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26 DE JUNHO DE 2002 29 Processamento — actividades realizadas no ambito de qualquer actividade mineira, com o fim de obter metas, ligas ‘metlicas ou outros produtos minerros que requetram tratamentos a partir de outras substincias minerais. tal como extraidos ou como antertormente sujeitos a tratamento, contorme 0 estabelecido na presente Let 30 Produto mineral ou mineiro — significa minénio extraido dda terra com ou sem tratamento ou processamento 31. Programa de controlo de situagio de riseo ¢ emer- géncia ~ € 0 conjunto de procedimentos pata os diferentes riscos de acidentes da actividade, onde so incluidas as causas, consequéncias, frequéncia ou probabilidade, medidas de prevengdo ¢ de redugao dos riscos 32 Programa de encerramento da mina — métodos ¢ procedimentos levados a cabo na concepcio, desenvolvimento, construgao, operagio e encerramento, com vista & desactivagao dda mina e & reabiiitago e controlo ambiental da presente e das, zonas adjacentes afectadas pela actividade mineira, incluindo os aspectos soctais, econémicos e culturals 33. Programa de gestio ambiental — documentacao constituida pelo conyunto de métodos e procedimentos para angie ‘os objectivos eas metas ambrentars, englobando ainda o programa cde monitosizagao ambiental eo plano de encerramento da mina, incluindo os aspectos soctais, econémicos e culturals 34 Programa de monitorizacio ambiental — conjunto de métodos € procedimentos para controlo dos abyectivos € metas ambientais, ncluindo os aspectos soctais, econdimicos e culturais 38 Prospeccio e pesquisa — actividades realizadas visando a descoberta, identificagio, determinagio das caracteristicas ¢ a avaliagio da valor econsmico dos recursos minerais 36 Reconhecimento — actividades realzadas visando a descoberta € a identificagio de recursos minerais através de métodos geocientificos 37 Recursos minerais — qualquer substincia s6lida, liquida ‘ou gasosa formada na crusta terrestre por fenémenos geols- gicos ou a ele ligados 38 Recursos minerais para construgéo — mineraise rochas ‘com propriedades fistco- mec’nicas e quimicas apropriadas para 4 sua utthzagdo como materiais de construgio, tecnicamente designados por inertes 39 Regime fiseal — regime tnbutirio aplicdvel ao desen- volvimento da actividade mineira, conforme os termos & condigiies. nele defimidos 40 Royalty — o devido a um inventor, autor ou editor pelo uso das suas patentes ou direitos, 41, Senha mineira — autorrzago atnibuida nos termos da presente Let, que permite a actividade mineira de artesanal em ‘reas designadas de senha mineira 42. Titular — individuo ou entidade em cujo nome o titulo ‘mineiro € detido em conformidade com esta Let 43 Titulo Mineiro — licenga de reconhecimento, licenga de prospecgZo € pesquisa, concessio mineira e certthieado mineiro (ou qualquer um do presentes titulos, consoante 0 contexto em que a expressio titulo mineiro é usada, 44 Tratamento — operagdes que visam realizar a cconcentragio, beneficiagio e puriticagio de recursos mineraus, ‘bem como a separagao das respectivas substincias minerats 45 Utente da terra — individuo ou entidade que, em cconformidade coma Let de Terras e demats legislagio aplicavel, lusem ou ocupem a terra 220—(11) Lei n.? 15/2002 40 26 de Junho sistema tributino da Republica de Mocambique assenta em enténios de justiga social e © regime jurfdico-fiscal segue os principios da legalidade tributéria, de equidade, da eficiéncia € da simplicidade do sistema tributino Com esta Let se estabelecem as bases para a implementagao do novo sistema de tnbutagio do rendimento, obedecendo a principios de unidade e da progressividade, em complemento da reforma dos impostos indirectos Igualmente se definem os prineipios da organvzagao do sistema, as garantias e obrigagdes dos contribuintes ¢ da administragdo tnibutéra, bem como os elementos essencials do imposto Nestes termos, a0 abrigo do disposto na alinea j) do n® 2 do artigo 135 da Constituigdo, a Assemblera da Repdblica determina TITULOI Disposigdes gerais CAPITULO L Principios e fins do sistema tributério Agmico | (Objecto) A presente Ler estabelece os principios de organizagio do sistema tributério da Republica de Mogambique, define as garantias e obrigagdes do contribuinte ¢ da administragao Inbuténa, determina os procedimentos bisicos de hiquidagio & cobranca de impostos € institur 0 regime geral de infracgdes trbutdnias, ‘Agrico 2 (Fins da tnbutaglo) 1 A tributagio visa a satisfagio das necessidades finan- cerras do Estado e de outras entidades piblicas e promove a justiga social, a tgualdade de oportunidades ¢ a necessiria redistnibuigdo da rqueza e do rendimento 2A tnbutagao respeita os principios da generalidade, da iqualdade, da legalidade, da nio retroactvidade, da justiga maternal e da eficréncia ¢ simplicidade do sistema tributério Awnico 3 (Principio a legalidade tributéria) 1 Nao hé lugar & cobranga de impostos que ndo tenham sido estabelecidos por le 2. Esto sujentos a0 principio da legalidade tnbutana a meidéncia, a taxa, os beneficios fiscais. as garantias e obriga- ges dos contribuintes e da administragdo tributsria e 0 regime de infracgoes tributérias Agno 4 (mposto) 1 © imposto € um pagamento para 0 Orgamento do Estado, com natureza unilateral e obrigatéria, incluindo encargos legars ¢ juros previstos em normas tributirias 2 Os impostos slo calculados sob forma monetina e pagos 1a moeda nacional da Repiiblica de Mogambique 220-12) AgTioo 5 (Interprotapao) 1. Na determinagio do sentido das normas tributérias © nna qualificagio dos factos a que as mesmas se aplicam so observadas as regras € principios gerais de interpretacio ¢ aplicagdo das leis. 2. Sempre que, nas normas tributérias, se empreguem termos préprios de outros ramos de direito, devem os mesmos ser interpretados no mesmo sentido daquele que af tém, salvo se, outro entendimento decorrerdirectamente da It. 3. Persistindo a diivida sobre 0 sentido das normas de incidéncia a aplicar, deve atender-se & substincia econémica dos facto tributérios 4, Em caso de simulagio de acto ou negécio juridico, a tributagio recai sobre 0 acto ou negécio juridico real e no sobre 0 acto ou negécio simulado. 5. As lacunas resultantes de normas tributérias abrangidas na reserva de lei da Assembleia da Repdblica nao sto suscep- tiveis de integragdo anal6gica. 6. As normas que determinam a incidéncia ¢ as isengdes, no sio susceptivers de interpretagdo extensiva nem analgica ARTIGO 6 (Responsabilidade tributéria) 1 A responsabilidade tnibutéria abrange, nos termos fixados na lei, a totalidade da divide tributéria, os juros ¢ demais encargos legais. 2. Para além dos sujeitos passivos originérios, a res- ponsabilidade tributéria pode abranger solidéria ou subsi- diariamente outras pessoas. ‘ARrIGo 7 (Convengdes intemacionais) 1. As normas de direito internacional que vigorem directa- ‘mente na ordem interna prevalecem sobte a lei ordinat 2. Os beneficios contemplados em convengdes interna- cronars pata a atenuagio ou eliminago de dupla tributagio no sto concedidas a0 residente do Estado contratante da con: venglo, caso esta convengio seya utilizada por terveiro, io residente daguele Estado, com o fim de obtengdo dos referidos beneficios capiruLo Definigses Agmico 8 (Bujeltos activo e passivo) 1. O sujeito activo da relagao tributdria € a entidade de diteito pablico, titular de direito de exigir 0 cumprimento das obrigagdes tnbuténias, quer directamente quer através de representante. 2. O swperto passivo da relagio tributéria é a pessoa singu- lar ou colectiva, 0 patriménio ou a organrzagio de facto ou de direito que, nos termos da let, esté vinculado ao cumpri- ‘mento da prestagio tributéria, seja como contribuinte directo, substituto ou responsivel. Agrico 9 (Residéncia de pessoas fsicas) I Sto residentes em territério da Repablica de Mogambique 4s pessoas que, no ano a que respeitem os rendimentos: 4@) hajam nele permanecido mais de 180 dias, seguidos ‘ou interpolados; I SERIE —~ NUMERO 26 ) tendo permanecido por menos tempo, af disponham de hubitagiio em condigdes que fagam suporaintengo. cde a manter ¢ ocupar como residéncta permanente; ¢) desempenhem no estrangeiro fungdes ou comissdes de carécter pablico, ao servigo da Repiblica de Mogambique; 4) sejam tripulantes de navios ou aeronaves, desde que aqueles estejam ao servigo de entidades com residénera, sede ou direcedo efectiva no territério mogambieano, 2. B obrigaténia a comunieagio da residéncia do sujeito passivo & administracdo tnbutdria, ‘Awrig0 10 (Residéncia de entidades juridicas) 1, So consideradas residentes as entidades juridicas com sede ou direcgZo efectiva em terrt6rio da Replica de Mogambique, estando estas também obrigadas a0 cumprimento das obrigagiies de comunicagto de residéncia, bem como da respectiva mudanga. 2. Entende-se por direcedo efectiva o lugar em que normal- mente se praticam os actos da sua gestio global. ‘Agtico 11 (Substitulpso tibutéria) 1. A substituigdo tributéria verifica-se quando, por impo- sigdo desta Let ou de outras normas tibutérias, a prestagio tributéria for exigida A pessoa diferente do contribuinte. 2. 0 substituto tnbutério & a pessoa responsdvel pela liqui- dagio © pagamento do tributo, em consondincia com esta Let ‘ou outras normas tnibutérias 3. 0 substituto trbutério esté obrigado a : 4) liguidar, proceder a retengdo na fontee efectuar 0 paga- mento do tnibuto de um modo correcto e tempestivo; b) manter registos dos rendimentos pagos ao contribuinte «dos respectivos tributos retidos e pagos, estando ainda obrigado a possuir registos separados por contribuinte; © ©) cumprir outias obrigagdes estabelecidas em normas tnibuténas 4, Em caso de violagio ou cumprimento defeituoso das obrigagdes, 0 substituto trbutério € responsével, nos termos aplicavers ao contrbuinte, conforme estabelecido nesta Let ou noutras normas tributinias. 5. AsubsttuigZo tnbutéria €efectivada através do mecanismo de retencio na fonte do imposto devido. Arrigo 12 (Retengéo na fonte) Constituem reteng20 na fonte as dedugdes de valores Pecuntérios efectuadas aos rendimentos pagos ou postos a disposigio do titular pelo subststuto tributério, que devem ser entregues por este 40s coftes do Estado, nos prazos deter- rminados por let ‘Agtioo 13 (Pagamento por conta) ‘Constituem pagamento por conta do imposto devidoa final as entregas pecunidrias antecipadas que sejam efectuades pelos contribuintes, nos termos da le. 26 DE JUNHO DE 2002 TITULO Procedimentos Administrativos CaPITULOL Procedimentos gerais Agrigo It (Trbutagao de rencimentos ou actos licitos) Nio obsta & sua tributagio © caricter slicito da obteny rendimentos ou do acto Anrico 15 (Beneticios tiscals) 1 Accragdo de beneficios fiscars depende da clara definigo dos seus objectivos a atribuir nos casos de reconhecido interesse s6cx-econémico e da prévia quantificagao da despesa fiscal 2. Os ttulares de beneficios fiscats de qualquer natureza si0 sempre obrigados a revelar ou a autorvzar a revelagao & admi- nistrag2o tributéria dos pressupostos da sua concessio, ou a ‘cumpri outras obnigagGes previstas na lt, sob pena de os referidos beneficios ficarem sem efeto, 3. A administragdo tributina pode subordinar a atribuigao de beneficios fiscars ou a aplicagio de regimes fiscats de natureza especial, que nio sejam de concessio inteiramente vinculada, ao cumprimento de condigdes por parte do sujeito passivo, inclustvamente, nos casos previstos na let, por meio de contratos fiscais ARTiG0 16 (Namero de contribuinte) 1. A administragio tributéria deve atribuir niimeros de identificagdo aos contribuintes € substitutos Os nimeros de identificagdo tributdria devem ser usados em todos os tnbutos, incluindo os aduanetros 2. Os contriburntes t@m de incluir nas suas declaragbes, facturas, correspondéncias com a administragio tnbutina e outros documentos referidos nesta Le: ou em outras normas tnibutéria, © niimero de identificagao tributénia 3 Oscontnbuintes devem solietar 4 Administragio Trbuténia © nimero de Wentficagio tnbutérta, nos termos definidos por le. ‘Agnico 17 (Garantias gerais dos contribuintes) Constituem garantias gerars do contribuinte 4) ndo pagar impostos que nao tenham sido estabelecidos. de harmonia com a Constituigio; +b) poder apresentar reclamagOes, impugnagdes ou recut SoS nos termos previstos nesta Lei ou em outras rnormas tributanas, ©) poder recorrer da fixagio da matéria colectivel ¢ da Iquidagio dos impostos, nos termos da le, «) poder ser esclarecido, pelo competente servigo tribu- tino, acerca da interpretacdo das leis tnbutdrias do modo mais eémodo e seguro de as cumprir, @) poder ser informado sobre a sua concreta situagio, inbutana ARTIGO 18, (Representante tributério) 1 Osactos em matéria tributiria praticados pelo representante em nome do representado produzem efeitos na esfera juridica deste, nos limites dos poderes de representago que Ihe forem conferidos por ler ou por mandato. 20—(13) 2 O cumprimento dos deveres tributirios pelos imcapazes rndo snvalida o respectivo acto, sem prejuizo do diresto de reclamagio, recurso ou impugnacao do representante 3. Os sujestos passivos residentes no estrangeiro, bem como fos que, embora residentes no terrnério nacional, se ausentem deste por periodo superior a 180 dias, devem. para efeitos inbutdrios, designar um representante com residéncia em territ6n0 nacional Arico 19 (Fendimentos ndo expressos em moeda nacional) © pagamento dos impostos deve ser efectuado em moeda nacional e no caso de transacydes expressas em moeda estrangeira, deve proceder-se & sua conversio em moeda nacional, nos termos a regulamentar ‘Axniao 20 aformagies vnc 1A pedido do syjeto passivo, pode a entidade competente da Admmnistragéo Tributéria emitir informagdes vinculativas, respeitantes & aplicagio de normas inbutdrias a actos ou rnegécios yuridicos. 2. A informagio tem cardcter vinculativo se o sujeito passivo liver prestado correctamente todas as informagoes Juridico fiscalmente relevantes, relacionadas com o acto ou negécio juridico € estes tiverem sido realizados formal e materialmente em consonancia com o pedido requerido Awrig0 21 (Cbrigagbes do sujelto passive) 1 Constitur obrigagio principal do sujeito passivo efectuar, ‘no prazo legalmente estipulado, 0 pagamento da divida tnbutéra 2. © pagamento da divida tributéria deve ser efectuado directamente pelo sujeito passivo, salvo disposigio contrana estabelecida nesta Lei ou em outras normas inbuténas 3. Sio obrigagdes acesssrias do suyerto passivo as que visam possibilitar 0 apuramento da obrigacio de imposto, nomea- damente a apresentagio de declaragdes, dentro dos prazos fixados em normas tributérias, a exibicio de documentos fiscalmente relevantes, incluindo a contabilidade ou esenta, a prestacio de informagtes ea comunicagio do local de residéncia ‘ou respectiva mudanga e demais disposigGes previstas nesta Let € noutras normas trbutérias ‘Ania 22 (Deciarages) 1. As declaragOes apresentadas pelos contribuintes, bem como os documentos que as acompanham, devem ser escritos em lingua portuguesa, devendo os valores que deles constem ser expressos em moeda nacional. 2 Quando o original de qualquer factura ou demais docu- _mentos exigidos nesta Let ou em outras disposigdes tributarias for escrito noutra lingua, & obrigatéria a apresentacao da sua tradugdo em portugués, se assim exigido pela Administragao ‘Trbutinia 3 As declaragies devem ser assinadas pelos contribuintes ‘ou pelos seus representantes tributérios, os quais rubricam os documentos que as acompanham 4 Sao recusadas as declarages que nio estiverem devida- mente assinadas, sem preyuizo das sangGes estabelecidas para a falta da sua apresentaga0 5 Fiea 0 Conselho de Ministros autorizado a estabelecer tras formalidades relativas & apresentaciio das declaragies. 220—14) Axnig0 23 (Prazos) 1. Os prazos estabelecidos nas leis tributérias ficam suyeitos ao regime fixado no Cédigo Civil 2. Quando a lei trbutsria determina que qualquer acto deve ser praticado no més ou meses seguintes a verificagdo de certo evento, entende-se que se reporta aos meses de calendétto. ‘Anica 24 (Fiscaltzagto) 1. © cumprimento das obrigagdes impostas nesta Lei é fiscatizado pela administragao tributéria competente. 2. Para efeitos do disposto no mnimero anterior, qualquer autoridade ¢ departamento do Estado ficam vinculados a0 dever de colaborar com a administragio tributéna, sempre que esta sobicite e julgue conveniente, devendo, inclusivamente, participar a mesma qualquer ocorréncia de que obtenham cconhecimento, por qualquer meio. 3. As pessoas singulares ou colectivas que exercam acti dades comerciais, industriais, agricolas ou de prestacio de servigos devem prestar toda a colaboragio que Ihes for soicitada pelos servigos competentes, tendo em vista o integral cum- primento das atrbuigbes que estio cometidas por lei, em como de quaisquer elementos de que caregam para a verificagio do cumprimento das obrigagses fiscais dos contribuintes. AAnmico 25 (informagoes de terceiros) [As entidades que efectuem pagamentos de qualquer tipo, ‘nomeadamente os relativos @ bens ou servigos, estio obrigadas ‘a informar a administragdo tributéria os referidos pagamentos, bem como os respectives beneficidrios, conforme estipulado nesta Lei ow em outras normas tributérias caPfruLo mL Liquidagao Awnic0 26 (Tipos de tquidaeso) 1. A liguidagio pode ser oficiosa quando efeetuada pela administiagio Uibutdria, ow autoliquidada quando efectuada pelo contribuinte, 2.A liquidagio pode ainda ser de tipo adicional ou presumida ‘awmioo 27 (itétodos de tquidagao) 1. O tnibuto pode ser liquidado com base na dectaragio do contribuinte, de informagies disponivers ov com recurso utilizagio do método de retengio na fonte. 2. No caso de tributos cobrados através do método de re- tengio na fonte € nio possuindo a admimstragio tibutéria informagdes acerea da situacio tributénia do contribute, a liquidagio processa-se com base no imposto retido sobre os pagamentos efectuados, durante 0 periodo fiscal ‘Annio0 28 \Wotticagdo da iquidapao) © contnibuinte deve ser nouficado da liquidagto efectuada pela administragio tributdria e a notificagdo deve incluir a se- guinte informagio: «@) nome do contribuinte; 'b) niimero de identificagdo tributéria; 6) adata da notifieagio; 1SBRIE— NUMERO 26 4d) 0 facto objecto da notificagao € 0 respective perfodo ‘nbuténo, 4) 0 montane liquidado, juros, multas ¢ commas; ‘A/0 pedido de pagamento do tributo e respectivo prazo ; {9) 0 lugar e modo de efectuar 0 pagamento, ‘ha fundamentagio da lquidagio: € 1) procedimentos de reclamagio, impugnagdo ou recurso, ARTiG0 29 (impostotiquidedo superior ao devido) 1. Quando, por motivos no imputivers ao contnbuinte, tenha sido liquidado imposto superior ao devido, procede-se & anulagio oficiosa da parte do imposto que se mostrar indevido. 2. Anulada a liquidagao, quer oficrosamente, quer por decistio dos tribunais competentes com trnsito em julgado, processa-se imediatamente 0 respectivo titulo de anulagdo, para ser pago em dinheiro ou abatido contra qualquer outro tipo de imposto. 3. Contam-se juros a favor do contribuinte sempre que, estando pago 0 imposto, o Estado seja convencido, em reclamagio fu recurso da liquidagdo, de que nesta houve erro de facto imputdvel aos servigos. 4, Os juros sio contados dia a dia, desde a data do paga- mento do imposto, até & data do processamento do titulo de anulagdo e acrescidos & importincia deste ‘Antico 30 (Atraso na liquidagéo) 1. Sempre que, por facto imputdvel ao contrbuint, for retar- dada a liquidagio de parte ou totalidade do imposto devido, a esta acrescem surtos, sem prejufzo da malta cominada ao inftactor. 2. 0 juro é contado dia a dia, desde 0 termo do prazo para © cumprimento da obrigagdo de que resultou atraso na ligui- ddagdo, até a data em que vier a ser suprida ou corrignda a falta ‘Annico 31 (Prazo de liquidagto) 1. 6 pode ser lnquidado o imposto nos cinco anos seguintes Aquele a que a matéria colectivel resperte. 2 Quando se ventficar que na liquidagdo se cometeram erros. de facto ou de direito, ou houve quaisquer omissdes de que resultou preyuizo para 0 Estado, a repartiglo de finangas deve repard-lo mediante Inquidagio adicional, mas sempre com observincia do prazo fixado no niimero anterior CAPITULO IIL Extingdo da responsabilidade tributaria ‘Antigo 32 (Formas de extingdo das prestagbes tributérias) 1. As prestagdes tributdrias sto pagas em moeda corrente ou por cheque, débito em conta, transferéncia conta a conta, vale postal ou outros meios utilizados pelos servigos dos correios ou plas insttuigdes de crédito, que a lei expressamente autorize 2, A dagdo em cumprimento, a compensagtio ¢ a anulagilo do mposto so admitidas nos casos expressamente previstos na le! 3. Os contribuintes ou terceiros que efectuem o pagamento devem indicar 0s tributes e perfodos de tributagio a que se referem, 4. Em caso de 0 montante a pagar ser inferior a0 devido, © pagamento é sucessivamente imputado pela seguinte ordem a. 4@) juros moratérios; ) outros encargos legais; incluindo juros compensat6rios. 26 DE JUNHO DE 2002 ‘Arrigo 33, (Técnicas de reembolso) ‘Se 0 imposto pago exceder o imposto liquidado devido, a adminstragdo tributaria deve, e apés ter notficado 0 contribuinte 12) dispor do pagamento indevide ¢ compensar qualquer ‘outra divida trbutsria do contribuinte, 5) com 0 consentimento do contribuinte, usar esse paga- ‘mento para compensar qualquer outro tipo de dividas tnbuténas futuras deste, ou ¢) salvo disposiga0 em contrério prevista nesta Let, proceder ao reembolso. ‘ARTiG0 34 (Pagamento em prestagées) 1, O devedor que nao possa cumpnir integralmente e de uma 86 vez a divida tributara pode requerer © pagamento em prestagdes, nos termos que a ler fixar. 2. O disposto no nimero anterior ndo se aphica as quantias retidas na fonte ou legalmente repercutidas a terceiros ou ainda, {quando 0 pagamento do imposto seya condigao de entrega ou transmissto dos bens 3. Nos, pagamentos em prestagdes, em situagdes de mora e demas situagées previstas em leis tibutérias, aplica-se a taxa de 4uro interbanedria MAIBOR, acrescida de uma percentagem a fixar pelo Conselho de Ministros Awnico 35 (sur0s de mora) Nio sendo paga qualquer das presagdes ou a totalidade do rmposto na data legalmente estipulada, comecam a correr tmediatamente juros de mora Anrico 36 (Prescrigio) de qurnze anos, sem distingio de boa ou mi f&, 0 prazo de preserigao das dividastributrias. CAPITULO IV Cobranga ‘Awnigo 37 (Modalidades de cobranga) 1. A cobranga das dividas tributérias pode ocorrer sob forma de pagamento voluntério ou por cobranga coerewva. 2. Constitui pagamento voluntino de dividas tnbutarias o efectuado dentro do prazo estabelecido nas leis tributsrias. AARTIGO 38 (Garantia dos créditos tributérios) 1. O patnmémo do devedor constitu: a garantia geral dos exéditos tnbutinos. 2. Para garantia dos créditos tributérios, a admimistragio tributéna dispée ainda: 1) do direito de consttuigdo, nos termos da les, do penhor (ou hipoteca legal, quando essas garantias se revelem necessénias & cobranga efectiva da divida ou quando © imposto incida sobre a propriedade dos bens, 1) do direrto de retengtio de quansquer mercadorias suestas A acgo fiscal de que © sujeito passivo seya pro- prietinio, nos termos que a let fixar 3. A eficdcia dos direitos referidos na alinea a) do nimero anterior depende do regist. 220-15) ‘Agnico 39 (Responsivels tributirios) 1 Em caso de substituigio tnbutiria, as entidades que efectuem, pagamentos e nao cumpram a abrigagao de retengio na fonte do mposto, so responsaiveis pelo pagamento do imposto ni retido, acrescido dos respectivos juros, multas ou commas. 2. Arresponsabalidade subsidiiria efectiva-se por reversio do proceso de execugio fiscal, ficando a reversdo contra 0 Fesponsdvel subsidiério dependente da fundada msuficiéncia dos bens penhorivets do devedor principal e dos responsdvers solidérios, sem preyufzo do beneficio da excussio 3 Sto solidariamente responsdvers entre si pelo cumpri- mento da divida tributéria, juros, multas, cormas € demas cencargos legais. 4) 0s s6ctos ou membros de sociedades de responsabi- Iidade thmitada; +) 08 sécios que controlem, directa ou indirectamente, as decisbes de gestio da sociedade; 6) 0 administradores ou gerentes das sociedades de res- ponsabilidade Inmitada, pelo perfodo da sua geréncia. ‘Awnico 40 (otticagses aos contribuintes) Sempre que. leno disponha de outro modo, as notificagdes 20s contribuintes podem sr fertas por correo, po carta regstada com aviso de recepedo assinado por eles ou a seu rogo. caPiruLov Infracgées tributa ‘Agnico 41 (@etinigto de intracgdotibutra) | A nfracgao tibutériaconsiste num acto, acga0 ou omissio, do contribuinte, substituto, responsivel ou representante Inbuténo, contrario as les tnbutéias 2 As infracgdes tributinias dividem-se em crimes e contra- ordenagdes, podendo estas qualificar-se em simples ou graves. 3 Para efeitos de aplicagZo de multas ou commas, as nfracgOes tibutdnas sio de tipo processual ou material Arico 42 (Tipos de cul ) AAs infracgdes tributérias podem ser cometidas com dolo ou negligéncta, Awnigo 43 (Crimes e contra-ordenagées) 1. Constituem crime fiscal, qualificando igualmente como nfracgdes tributérias materiais, os actos que visem a no Iiquidagio ou pagamento do tributo. 2. Constituem contra-ordenagdes fiscais, qualificando igual- ‘mente como infracgdes tnbuténias formais, os actos que impegam ‘© cumprimento, correcto e tempestivo da prestagio tributéria, Anrico 44 (Abuso fiscal) Consttur abuso fiscal todo e qualquer acto que vise a dilagao do cumprimento da prestagao tributéna, Agric 45 (Penas aplicévels) 1 Aos crimes fiscais sio aphicfveis a pena de prisio € multa 220—(16) 2. As contea-ordenagdes fiscals sto puntveis com coims ou outras sangdes acessGrias definidas em lis tributarias. 3. Serd aplicdvel a pena de prisio maior de 2 a 8 anos, nas seguintes infracgdes tributarias cometidas com dol: 4) simulago em prejutzo do Estado; ») viciagao, falsificagio, ocultagio, destruigdo, descaminho ou inutiizagdo da contabilidade, bem como de quais- quer livros, registos e documentos exigidos pela legislaglo fiscal; ©) recusa da exibigdo da contablidade, ou de quaisquer elementos exigidos pela legislagio fiscal, ou de documentos com eles relacionados; € falta de desconto, ou a nfo entrega, total ou parcial, do imposto, nos casos em que esteja prescritaarespectiva retengao na fonte, 4, Aos crimes fiscais referidos no nero anterior, cometidos por negligéncia,ndo seréaplicada pena superior a 2 anos de prsio. 5. A regulamentagio dos diversos impostos pode ainda contemplar o estabelecimento de penas acessorias, como a suspensi0 dos beneficios fiscais concedidos, a inibigao de os obter, a intetdigdo temporéria ou definitiva do exercicio da actividade e a publicidade da sentenga condenatsria. ‘AnTigo 46 (Wuttas © colmas) 1. As mutase coimas podem ser de montante fixo ou variével. 2, As multas ou coimas podem ser graduadas em fungio do grau de culpabilidade do infractor, doto ou negligéncia 3. No caso de pagamento esponténeo, pode haver lugar a ‘extingdo ou redugio da multa ou coima, ‘Anniao $7 (Bendncia) ‘A deniincia de infracgao tributéria pode dar ori procedimento criminal, caso 0 denunciante se identifique e no seja manifesta a falta de fundamento da dentincia, Anrigo 48 (Extingio da responsabilidad por infracgdes tributérias Constituem causas de extinglo da responsabilidade por infracgdes tributérias: 42) © pagamento voluntério ou coercivo, das multas ou coumas; b)a morte do infractor; ) 8 amnistia; d) a prescnicao, CAPITULO VI Recursos ‘Anrico 49 (Rectamagao) 1. O provedimento de reclamagio visa a anulagfo total ou parcial dos actos tributérios por iniciativa do contribuinte, incluindo, nos termos da lei, 0s substitutos, representantes € responsaveis tributrios, 2, Do indeferimento total ou parcial da reclamago cabe recurso hierérquico no prazo legalmente estipulado. ‘Anaico 50 (Recurso hlerérquleo) 1. As decisoes dos érgios da administragio tributéria sto susceptiveis de recurso hierdrquico. 1 SERIE — NUMERO 26 2. Os recursos hierdrquicos sio dirigidos a0 superior hierdrquico do autor do acto, 3.05 recursos hierdrquicos, salvo disposigio em contréio das Jeis tributdrias, t&m natureza meramente facultativa e efeito devolutivo. 4, Em caso de a lei atribuir ao recurso hierérquico efeito suspensivo, este limita-se & parte da decisto contestada. 5. Adecisio sobre o recurso hierirquico & passivel de recurso contencioso, 6, As decisées da administragto tributéria devem ser sempre fundamentadas através de exposigio das razies de facto e de direito que as motivaram, devendo sempre conter as dispo- sigdes legais aplicdveis ‘ARnig0 $1 (6nus da prove) No processo de determinagio ¢ liquidagdo do tributo, obrigagio do contribuinte fazer prova da incorrecsio ou iregularidade detectadas. CAPITULO VIL Procedimentos relativos & Administragao Tributéria ‘Antigo 52 (Delogagto de competincia) 1. Salvo nos casos previstos na lei, os 6rgios da administragio tributdria podem delegar a competéncia dos procedimentos no seu imediato inferior hierdrquico. 2. A competéncia referida no mimero anterior pode ser subdelegada, com autorizagio do delegante salvo nos casos em que a lei o provba. Amigo $3, (Competéncias dos servicos de Inspecgaio e fiscalizapo) 1. Os Grgios competentes podem, nos termos da lei, desen- volver todas as diligéncias necessérias ao apuramento da situagio tributéria dos contribuintes, nomeadamente: 42) ter acesso livre Bs instalagbes ou locais onde possam cexustir elementos relacionados com a sua actividade ‘ou com a dos demais obrigados tributétios; +) examinar e visar 08 seus livros e registos da contabr- lidade ou escrituragao, bern como todos os elementos. susceptiveis de esclarecer a sua situagdo tributéria; ©) aceder, consultar € testar o seu sistema informtico, incluindo a documentagio sobre a sua andlise, programasio ¢ execusio; 4) soltcitar a colaboragao, de quaisquer entidades pi blicas, necesséria a0 apuramento da sua situacio tributdria ou de terceitos com quem mantenham relagdes econémicas; ¢) requisttar documentos dos notarios, conservadores ‘ outras entidades oficiais; A) wtlizar as suas instalagdes quando tal seja necessério para o exercicio da acgiio inspectiva 2, © acesso A informagao protegida pelo sigulo profissional, bancério ou qualquer outro dever de sigilo legalmente regulado depende de autorizagio judicial, nos termos da legislagio aplicavel 3. S6 pode haver mais de um procedimento externo de fiscalizacao respeitante ao mesmo sujeito passivo, imposto © Perfodo de tributaco, mediante deciso fundamentada com 26 DE JUNHO DE 2002 base em factos novos, do dinigente maximo dos servigos, salvo se a fiscalizagdo visar apenas a confirmagio dos pressu- postos de direito que 0 contribuinte invoque perante a admi- nustrago trbutdrna e sem prejuizo do apuramento da sttuagio tnbutdria do sujeito passivo por meio de inspecgio ou ins: pecgdes dinigidas a terceiros com quem mantenha relagies 4, A falta de cooperacao na realizagio das diligéncias previstas no n® I deste artigo s6 & legitima quando as mesmas impliquem: 4) acesso a habitago do contribute, 4) a consulta de elementos abrangidos pelo segredo profissional, bancério ou qualquer outro dever de sigilo legalmente regulado, salvo consentimento do ttular; 6) acesso a factos da vida intima dos cidadaos, d) a violagio dos direitos de personalidade e outros. direitos, iberdades e garantias dos cidadaos, nos termos e limites previstos na Constituigdo e na let 5. Em caso de oposigao do contribuinte com fundamento nalgumas circunstincias referidas no nimero anterior, a dilt- géncia 36 pode ser realizada mediante autorizacao concedida pelo tribunal competente com base em pedido fundamentado da administragio tnbutén Agnigo 54 des da Administragso Tributéra) 0s 6rgios da Admunistragio Tabutéria devem 4a) observar a Constituigdo, a presente Let e demats normas tnbutérias; ») participar na execugao da polfuca tbuténa nacional; ©) proceder a0 registo tnibutério dos contribuintes e fisca- Inzar a liquidago e pagamento dos tributos, 4) organizar informagdes estatisticas respestantes a recettas e despesas tributérias, (Ob €) aphicar tempestivamente penas de juros, multas ‘ou commas, {) realizar inspecgdes em consonincia com as leis teibu- tdnias em vigor, 8) emir instrugdes ¢ circulares em assuntos da sua ‘competéncia Anrico 55 (Contidenciatidade) | Os dingentes, funcionsios ¢ agentes da administacio tributina estio obrigados a guardar sigilo sobre os dados recolhidos, relativos a situagéo tnbuténa dos contribuintes (0s elementos de natureza pessoal que obtenham no procedi- mento, nomeadamente os decorrentes do sigilo profisstonal ou qualquer outro dever de segredo legalmente regulado 2 O dever de sigilo cessa em caso de. 4@) autorizagio do contribuinte para a revelaglo da sua situagio tnibuténa; + cooperagao legal da adminstragdo tnbuténa com outras ntidades publicas, na medida dos seus poderes; ©) assisténcia mitua e cooperagio da administragdo tibu- ‘Gna com asadminstragGes tnbutinas de outros paises decorrente de convengdes internacionals a que a Republica de Mogambique esteja vinculada, sempre {que estiver previsia reeiprocidade, 4) colaboragio com a justica nos termos do Cédigo de Processo Civil e Cdigo de Processo Penal 220—17) 3. O dever de confidenctalidade comunica-se a quem quer que, a0 abrigo do niimero anterior, obtenha elementos prote- gidos pelo segredo fiscal, nos mesmos termos do sigtlo da ‘admimistragao tbuténa TITULO I Sistema Tributario da Republica de Mogambique CAPITULO 1 Os Impostos do Sistema Tributério Antico 56 (Classiticagao dos impostos) 1. 0 Sistema Thbuténo da Repdblica de Mogambique integra, ‘mpostos nacionats e autdrquicos 2. A presente Let estabelece os impostos nacionais, estando (0s impostos autérquices defimidos em lei propria das financas autirquicas 3. Os Impostos do Sistema Tributério Nacional classifi- cam-se em ditectos € indirectos, actuando a diversos nivers, designadamente: 4) tnibutagdo directa dos rendimentos e da niqueza, € +) tnbutagdo indirecta da despesa. secgho 1 ‘Tributagao directa, ‘awnico $7 ‘Tributagao dos rendimentos A tnbutagio directa dos rendimentos na Republica de Mo- ‘gambique faz-se através do seguinte sistema de impostos 4) Imposto sobre 0 Rendimento das Pessoas Colectivas ~IRPC, ) Imposto sobre © Rendimento das Pessoas Singulares = IRPS Annico $8 (amposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectiva IRPC) 1 0 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas — IRPC sncide sobre os rendimentos obtido, anda que provententes de actos tictos, no periodo da tnbutagao, pelos sujet passivos 2 Sto supetos passivos do IRPC. 4) as sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as cooperativas, as empresas piblica eas demans pes- soas colectwvas de direrto pablico ou privado com sede. ‘ou direcgio efectiva em terntério mogambicano, 6) as entidades desprovidas de personalidade yuridica, ‘com sede ou direccao efectva em territério mogam- bicano, cujos rendimentos no sejam tributados em IRPS ou IRPC na titulandade das pessoas singu- lares ou colectivas que as integram, ©) as entidades, com ou sem personalidade yuridica, que rio tenham sede nem direcgio efectiva'em terntério mogambicano e cujos rendimentos nele obtidos do esteyam suyertos a0 IRPS. 3 Exceptuam-se do disposto na alinea a) do ndimero ante- ror as sociedades c1vis ndo constituidas sob forma comercial € as sociedades de profissionais, cuyos lucros ou perdas slo imputados aos respectivos sécios ¢ tributados em IRPS ou IRPC, conforme a sua particrpagio nos lucros 4. Relativamente as entidades com sede ou direcyio efectiva em territério mogambicano, o IRPC incide sobre a totalidade dos seus rendimentos, incluindo os obtidos fora desse ternténo€ reste caso pode deduzir o imposto pago no estrangeiro, nos termos a regulamentar. 20-18) _ 5 As entidades que nio tenham sede nem direcgao efectiva em fern6rio mogambicano tieam sujertas a IRPC apenas quanto 40s rendimentos nele obtidos. 6. Ataxa do IRPC ¢ estabelecida pelo Consetho de Ministros até 0 limite méximo de 35 por cento, podendo ser fixadas, ‘ransttonamente, txas diferenciadas em fungdo das actividades. 7. Sio tributados em IRPC por taxas liberatéras até vinte por cento, 08 rendimentos obtidos no terra mogambicano porentidades que nfo tenham a sua sede nem direccao efectrva tem Mogam-bique e os mesmos nao sejam imputives a estabe- lecimento estével a situado. 8 Fica autorizado o Conselho de Mimistros a regulamentar 0 estabelecido no niimero anterior e os regimes de retengio na fonte para determinados rendimentos e operagdes realizadas por entidades sujeitas a0 IRPC. Arrigo 59 (Isengdes do IPC) 1. Ficam isentos deste imposto: a) 0 Estado; as autarquias locais e as assocragdes ou federagdes de municipios, quando exergam actividades cujo objecto io vise a obtengao do lucro; ©) as entidades de bem piiblico, social ou cultural, quando estas ndo fenham por objecto actividades comercias, industriais ou agricolas; 4) as instituigdes de seguranga social legalmente reconhe- cidas e bem assim as instituigdes de previdéncia social, 2. A Let define os termos em que, de acordo com objectivos de politica econdmica e social, as cooperativas podem gozar de ssengio total ou parcial do IRPC, sem prejuizo da tributagio dos seus rendimentos sujeitos a este tmposto por retengdo na fonte. Antic 60 (imposto sobre o Rendimento das Pessoss Singulares -IRPS) 1. 0 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares — RPS, obedece aos prinefpios da unidade e da progressividade 0 Seu regime tem em conta as necessidades ¢ os rendimentos do agregado farmihar. 2. O IRPS, incide sobre o valor global anual dos rendimen- tos, mesmo quando provenientes de actos ilicitos. das categorias seguintes, depois de feitas as correspondentes dedugdes ¢ abatimentos: 4) primeira categoria: rendimentos do trabalho dependente; +) segunda categoria: rendimentos empresariais € pro- fisstonais; 6) terceira categoria: rendimentos de capita ¢ das mais valias 4) quarta categoria: rendimentos prediats; @) quinta categoria: outros rendimentos. ARniGo 61 (Conceltes de rendimentos das pessoa nguiares) |. Consideram-se rendimentos do trabalho dependente todas as remunetagdes. provententes do trabalho por conta de outrém, prestado quer por servidores do Estado © das demas pessoas colectivas de direito pablico, quer em resultado de contrato de trabalho ou de outro a ele legalmente equiparado Incluem-se ro rendimento de trabalho dependente as pensOes e rendas vita- licias ou rendimentos de natureza equipardvel 1 SERIE — NUMERO 26 2. Pata efeitos deste imposto sio considerados rendimentos empresarias € profissionats, os obtidos por pessoas singulares: 4a) decorrentes do exercicio de qualquer actividade comercial, industrial, agrfcola, silvicola ou pecudria; +) no exereicio, por conta propria, de qualquer actrvidade de prestaglo de servigos, ainda que conexas com qualquer actividade mencionada na alinea anterior; ©) provenentes do direito sobre a propriedade intelectual ‘ou industrial ou da prestaglo de informagdes res- peitantes a uma experiéncia adquirida no sector industrial, comerctal ou cientifico, quando auferidos pelo seu autor ou titular origins 3. Consideram-se rendimentos de capita: os Juros 0s lueros, inclurndo os apurados na liquidaglo, colocados a disposigaio dos e108 das sociedades ou doassociado num contrato de assocragio «em participagao ou de associagio & quota, bem como as quantias postas & disposigo dos membros das cooperativas a titulo de remuneragio do capital; 0s rendimentos detivados de ttulos de participagio, certificados de fundos de investimento, obrigagdes, € outros andlogos ou de operagdes de reporte; 0s rendimentos ‘onginados pelo diferimento no tempo de uma prestacio ou pela ‘mora no pagamento; os rendimentos provemientes de contratos {que tenham por objecto a cessio ou utilrzagio temporsria de direitos de propriedade intelectual ou mdustrial ou prestagio de informagGes respertante a uma experiéncia adqunda no sector industrial, comercial ou cientifico, quando nao aufenidos pelo seu autorou titular originério, ou ainda os denwvados de assisténcia técnica edo uso ou da concessio do uso de equipamento agricola, industrial, comercial ou ctentfico. 4. Constituem mais-vatia tributdveis em IRPS os ganhos resultantes de transmissio onerosa de bens iméveis ou de partes socitis ¢ outros valores mobilidrios, da cessio do arrendamento e de outros direitos e bens afectos, de modo duradouro, a0 exercicio de actividades profissionais independentes, da transmissio onerosa da propriedade intelectual ou industri ow crentffico, quando 0 transmitente nao for o seu autor ou titular origindno. 5 Consideram-se rendimentos prediais os decorrentes da Jocagto, total ou parcial, de prédios risticos ou urbanos eda cess de exploragio de estabelecimentos comercrats ou industrias, incluindo a dos bens méveis naqueles existentes. 6. Consideram-se outros rendimentos os ganhos em nume- ririo, pagos ou postos & disposigio provenientes de quaisquer modalidades de lotarias, rifas, apostas métuas, loto, bingo, sorteios, concursos ¢ outras modalidades de jogos de diversio social, bem como os inerementos patrimoniats, desde que no considerados rendimentos de outras categoria. ‘Agrico 62 (RPS ~ Incidéncla subjectiva) 1. O IRPS ¢ devido pelas pessoas singulares que residam em temitério mogambicano e pelas que, nele nio residindo, aqui obtenham rendimento, 2. Tratando-se de contribuintes residentes em territério mogambicano, © IRPS incide sobre a totalidade dos seus rendimentos, ainda que obtidos fora desse territério ¢ neste caso podem deduzit 0 smposto pago no estrangeiro, nos termos a regulamentar 3 Os contnbuintes nfo residents em teriGirio mogambicano ficam sueitos a IRPS unicamente pelos rendimentos nele obtidos 4 Se os contribuintes forem casados e no separados judt- c1almente de pessoas e bens, ambos os cényuges ficam sujeitos {UIRPS relativamente aos rendimentos do agregado familar. 26 DE JUNHO DE 2002 5 No caso dos contribuintes enquadrados na Segunda Categoria, conforme o n *2 do artigo 60 ,0 Consetho de Ministros pode estabelecer regimes de tributagao simplificada, em fungo do volume de negécios e némero de trabalhadores ‘AgTiG0 63 (RPS ~ Dedugses) 1 A let determina as dedugdes a fazer em cada uma das categorias de rendimentos mencionados no artigo 60, tomando como criténo os custos ou encargos necessdnos & sua obtenca0 2. As dedugdes devem corresponder aos custos ou encargos efecivos e comprovavers, sem prejuizo da possibilidade de algumas poderem ser fixadas com base em presungbes, quando esta soluglo apresentar mator seguranga para a administragio ‘nbuténia ou maior comodidade para os contnibuintes, espectal- ‘mente os de mais barxos rendimentos 3. Fica 0 Conselho de Ministros autonzado a fixar 0 mimmo ndo tnbutivel neste imposto, ndo podendo este ser inferior 30 dobro do_salirio minimo legalmente estabelecido, 4. Inmite referido no numero anterior é objecto de actua- Inzagao periédica, atendendo a evolugao salartal Axrigo 64 (Taxas do IRPS) 1 Astaxas do IRPS sto graduadas pelo Conselho de Ministros, entre 10 a 35 por cento 2 Fica autorizado o Conselho de Ministros a fixar taxas liberaténas, por retengao na fonte, até 20 por cento, dos seguintes rendimentos: 4) juros de quarsquer depésitos & ordem ou a prazo: ) rendimentos de titulos nominativos ou a0 portador, incluindo as obrigagbes; ‘)ganhos em numerdno, provententes de yogos de diverso socral, tars como, otarias,rfas, apostas mdtuas,loto, bingo, sortetos, concursos e outras modalidades consideradas de diversio social por ler; € 4) rendimentos auferidos por pessoas singulares no residentes em Mocambique. 3 Os utulares dos rendimentos referidos nas alineas a) € 6) ddo numero anterior podem optar peto respectivo englobamento, sendo nesse caso a retengao havida como pagamento por conta do mposto devido a final 4 Fica ainda autorizado 0 Consetho de Ministros estabelecer regimes de retengao na fonte para determinados rendimentos € ‘operagoes realizadas pelas pessoas swjettas ao IRPS, bem como a regulamentar a aplicagio do amposto aos rendimentos referidos nas alineas a) e b) don® 2 deste artigo, mcluindo a asengo ou reduclo das taxas Agnico 65 (RPS — Dedugtes a colecta) Com a finalidade de adequar o imposto & situacdo pessoal e familiar de cada contribuinte, fica 0 Conselho de Ministros autorizado a estabelecer na respectiva regulamentaco, os ‘montantes a deduzir pelos contribuintes, de acordo com o'seu estado ervil, mcluindo os dependentes. seccAout ‘Trbutagdo Indirecta ARTIGO 66 (Impostos sobre a despess) A trbutagio indirecta, que compreende os impostos sobre a despesa integra: 4a) Imposto sobre o Valor Actescentado ~ IVA; 220—(19) ») Imposto sobre Consumos Especiticos ~ ICE, € 6) 08 Durettos Aduanetros Awrico 67 (Imposto sobre o Valor Acrescentado -IVA) © imposto sobre o Valor Acrescentado incide sobre 0 valor das transmissdes de bens e prestagies de servigas realizadas no territério nacional, a titulo oneroso, por um sujeito passivo ‘agindo como tal. bem como sobre as importagdes de bens, devendo 4) as ssengies serem limitadas 4s exportagées © a0 con- sumo de alguns bens € servigos cuja natureza e essencialidade 0 justifiquem, ) a respectiva taxa ser estabelecida pelo Conselho de Ministros até o limite méximo de 25 por cento ARTiG0 68: (Imposto sobre Consumos Especiticos - ICE) 1 Imposto sobre Consumos Especificos tnbuta, de forma selectiva,o consumo de determinados bens constantes de legislagio specifica a aprovar pelo Conselho de Ministros e incide de uma 6 vez no produtor ou no importador, consoante 0 caso, 2. As taxas do Imposto sobre Consumos Especificos so estabelecidas pelo Conselho de Mimistros, podendo constar de taxas ad valorem, txas espectficas ou combinagdes destas duas entre st, tendo em conta a natureza dos bens a tributar, € bem assim 0s objectivos de indole social, econémica ou de prevengao geral (ou espectal a prosseguir em cada caso. Arico 69) (ireitos Aduaneiros) (Os direitos aduanesros incidem sobre as mercadorias mpor- tadas € exportadas no territério aduaneiro € estio consignados na pauta aduanesra, fieando 0 Conselho de Ministros com a ‘competéncia de fixar na mesma as respectivas taxas, bem como as snstrugdes preliminares da pauta aduaneirae os beneficios pautats ‘Awric0 70 (Outros impostos) 1 O sistema tnibutério de Mogambique se completa com, outros impostos, nomeadamente 1a) Imposto do Selo, ») 0 Imposto sobre Sucesstes e Doagoes, oa Sisa, 4) 0 Imposto Especial sobre 0 Jogo, 0 Imposto de Reconstrugo Nacional, ‘fro Imposto sobre Veiculos, 8) outros impostos e taxas especificas, estabelecidas por ler 2. O Imposto do Selo incide sobre todos os documentos, Invros, papéts e actos designados em tabela propria, a aprovar pelo Consetho de Ministros, na qual constam as respectivas taxas, ese estabelecem as exclusdes & tributaga 3 O Imposto sobre Sucessdes e Doagées incide sobre as trans: mussGes a titulo graturto de bens mobiliérios e mobsltsnios 4A Sisa incide sobre as transmissbes, a titulo oneroso, do direito de propriedade ou de figuras parcelares desse direito, sobre bens imévers 5 O Imposto Especial sobre o Jogo incide sobre as recestas brutas resultantes da exploragio dos jogos regulados pela Ler n° 8/94, de 14 de Setembro, apés o pagamento dos ganhos 20-—-(20) 1 SERIE — NOMERO 26 0s jogadores. A taxa € fixada no contrato de concessio © € vanivel de acordo com o periodo de concessio, nos seguintes termes. 4) 20% para 0 periodo de concessio de 10.0 14 anos; +b) 25% para 0 periodo de concessio de 15 a 19 anos , €) 30% s¢.0 perfodo de concesslo for de 20 a 24 anos e 4) 35% quando 0 perfodo de concessio seja de 25 a 30 anos. 6. 0 Imposto de Reconstrugio Nacional representa a contr buigio minima de eada cxdadio para os gastos piblicos e ince, segundo taxas espectficas, sobre todas as pessoas residentes no temténo nacional, ainda que estrangeiros, quando para las se ver fiquem as circunstincias de dade, ocupacio, aptdo para trabalho e demais condigdes estabelecidas no respectivo eddigo. A taxa é estabelecida para cada ano pelo Ministro do Plano e Finangas, ‘mediante proposta dos Governos Provineiats, diversficadas de modo a atender ao grau de desenvolvimento eas condigdes s6c10- econtémicas prevalecentes em cada distro ou regiao. 7. © Imposto sobre VeFculos ineide sobre 0 uso ¢ fruigdo dos veiculos a seguir mencionados, matnculados ou registados nos servigos competentes no terrtério da Repiblica de Mogambique, (ou independentemente de registo ou matricula, desde que sejam decorridos cento e ortenta dias a contar da entrada no mesmo tert6no e, estejam em uso e/ou circulagao: 4) automdveis ligeiros de passageiros, automéveis ligertos rmistos de peso bruto igual ou inferior a 2.500 Ke., camides pesados e motociclos de passageiros. com ou sem carro; ») aeronaves de uso particular; 6) bareos de recreso de uso particular 8 As taxas constam de uma tabela e sio fixadas anualmente pelo Conselho de Mimistros atendendo os seguintes entérios: 4) para automéveis e camides ~ 0 combustivel utilizado, a calindrada do motor, a poténcia, a voltagem (quando ‘movidos @ electrcidade)e a antiguidade; +) para motociclos ~ a cilindrada do motor e a antiguidade; ©) para aeronaves —0 peso méximo autorszado A descolagem, ‘Awnia0 71 (Taxa sobre os combustiveis) 1 © combustivel produzido ou importado e comerciahzado no temnténo nacional esti sujeuto a uma taxa a estabelecer pelo Conselho de Ministros. 2. A aplicago e as formas de cobranga da taxa referida no ‘ndimero anterior, bem como o estabelecimento de regras espé ficas, de acordo com a natureza dos bens a tnibutar € 0s objectvos de indole social, econémica ou de prevengao geral ou especial 2 prosseguir em cada caso, so objecto de regulamentagio do Consetho de Ministros. 3. Parte da receita proveniente da Taxa sobre Combustivels reverte para a manutengdo e ou reabilitagdo das estradas. CAPITULO I Disposicées finais e transitérias ‘Awniao 72 (Competéncia para sprovagéo dos Cédigos dos Impostos) 1. £ atnbufda a0 Conselho de Ministros competéneta para aprovagio, no piazo de 90 dias, das Cédigos dos Impastos pre- vistos na presente Let, regulamentando sobre a respectiva entrada em vigor 2 Compete ao Conselho de Ministros proceder & revisio e actualizagio das Pautas Aduanettas, do regulamento do Imposto ddo Selo € respectiva tabela ¢ das taxas dos restantes impostos previstos nesta Ler 3 0 Conselho de Ministros, para além de aprovar © C&digo ‘Thibutino Autérguico, autoriza as derramas para as autarquias © regulamenta ainda sobre as competéncias dos demais Grgiios locais do Estado, em matéria de fixagdo e revisio de quausquer taxas e licengas, Awnigo 73 (Disposigées transitérias) Mantém-se a vigéncta das dispostgdes relativas a aplicagio da Contribuigio Industrial, Imposto sobre 0 Rendimento do ‘Trabalho ~ Secco A, Imposto sobre 0 Rendimento do Trabalho = Seegao B, Imposto Complementar, Contnibuigio Predial Urbana, Imposto Especial sobre os Combustiveis, Imposto de Compen- sago e Manifesto de Veiculos Automéveis até a entrada em vigor do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRPC), do Imposto sobre os Rendimento das Pessoas Singulares (IPS), do Imposto sobre os Veiculos e da Taxa sobre os Combustivess ‘Avmig0 74 (Revogagio) Fica revogada a Let n? 3/87, de 19 deJaneiro, ¢ a Lein.°8/88, de 21 de Dezembro e todas as disposigSes que forem contrénas a presente Let ‘Avnigo 75 (Entrada em vigor) [A presente Let entra em vigor na data da sua publicagto, Aprovada pela Assemble1a da Repiblica, aos 2 de Maio, de 2002, Presidente da Assembleia da Repiiblica, Eduardo Joaquim Mulémbwe. Promulgada em 26 de Junho de 2002. Publique-se. (0 Presidente da Repiiblica, Jonquin ALosxTo CHissano. Lei n® 16/2002 de 2 de Junho Havendo necessidade de regular.a actividade de engenharia «em Mogambique, através do registoe cetificasio e do exeresei0 «da acgio disciplinar e de controto sobre os profissionais desse ramo, 2 abrigo dodisposto non 1 do artigo 135 da Consttuigio,, a Assembleia da Repablica determina: Antigo 1. ff criada a Ordem dos Engenhetros de Mogambi- ue © aprovado 0 seu estatuto, em anexo, que faz parte inte- grante da presente Let. Ait 2 A mscrigdo © reconhecrmento pela Ordem dos Engenheiros s20 condigdes obrigat6rias para 0 exercicio da actividade de Engenharia em Mogambique. ‘Ait 3 Apresente Let entra em vigor na data da sua publcagao. Aprovada pela Assembleia da Repiblica, aos 3 de Maio de 2002 O Presidente da Assembleta da Republica, Eduardo Joaquim Mulémbwe Promulgada em 26 de Junho de 2002 0 Presidente da Repiiblica, Joxquia ALart1O CHissAno.

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