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BUROCRAS
Vai ter seminário. Discussão com os monitores. Um é dia 17/03;
Prova marcada para dia 28/04. Uma redação sobre tema do seminários
(arbitragem) e mais 5 perguntinhas (valendo um ponto cada); segunda
prova com redação sobre o tema ‘contraditório’;
PROCESSO
Para atuar perante o judiciário, precisa saber processo, oras! Não tem
muito como fugir.
“Processo te dá a chave para você mover uma ação na justiça, acessar
os tribunais, para obter uma liminar, etc.”. Cada vez que precisar ir a
justiça, precisa saber de processo.
BOA: vamos ser a primeira turma formada só com o novo CPC.
OBJETIVOS
Saber que ação propor. É mandato de segurança ou não? É o que? É
interpolação de recurso? Recebe ou não recebe?
LIVRO
“Teoria Geral do Processo”, de Araujo Cintra e Cândido Dinamarco
Em termos de Teoria Geral do Processo, a parte teórica do livro ainda
vale. Só lá na frente, nas partes mais específicas, que edições mais
recentes do livro são recomendadas.
LÁ PRA FRENTE
TGP é nossa matéria agora.
Depois teremos T.P. Civil / Penal / Trabalho. Os 3 não tem nada a ver
um com o outro. Mas TGP se propõe a encontrar coisas em comum.
O PROCESSO É NEUTRO
O processo é neutro. Ele, teoricamente, não carrega aqueles juizos de
valores de “quem agiu com dolo tem que recompensar bla bla bla”.
Mas, a medida em que o processo atual no direito material, ele fica
com a cara do direito material onde ele atua.
TGP é “só processo”. Aqui, não há valores. Em TPCivil, o processo
absorve parte da cara do Direito Civil.
Exemplo: direito civil leva em consideração que as pessoas são todas
maiores e capazes. Elas são iguais. O Processo Civil tende a ser
equilibrado. Parte do princípio do equilíbrio entre as partes.
Exemplo 2: no direito penal, temos sempre um órgão acusador, o MP
(Estado) e todo seu aparato contra um acusado. Todo o poder do
Estado se reúne para adquirir provas para conferir um crime. No
direito penal, esse cidadão está numa posição de inferioridade.
Pensando nisso, ninguém pode ser posto na prisão sem prévia
condenação (pelo menos teoricamente). Aqui, o ônus da acusação é do
MP. O réu só se defende. In dubio pro reo.
Exemplo 3: Direito do trabalho: rege as relações entre empresa e
empregado. Empregado está em relação de inferioridade. Logo, o
processo do trabalho pende ao lado do trabalhador, tende a corrigir
uma fragilidade que se confere na sociedade. Empregado tem direito à
proteção de suas garantias individuais.
Isso tudo pra dizer que: o processo é neutro. TGP vai estudar essa
neutralidade, institutos comuns. Mas, em contrapartida, TGP nos dá
base para entender os processos em específicos
(civil/penal/trabalhista).
Consequência: precisamos estudar processo.
1. EVOLUÇÃO DO PROCESSO
CONFLITO
Quem está envolvido? Como resolver? Que remédio dar?
Há conflitos familiares, tributários, trabalhistas, previdenciários, etc.
O ser humano é essencialmente cheio de conflitos.
LÁ EM ROMA…
Conflitos entre cidadãos romanos. Como o Estado ainda era muito
incipiente naquela época, permitia que os cidadãos escolhessem uma
terceira pessoa, um ÀRBITRO. O árbitro, pessoa de confiança
daqueles que estavam em litígio, proferia uma decisão. Essa decisão
era levada ao pretor para que ele a chancelasse.
Quem resolvia o conflito era os próprios cidadãos, o Estado só
chancelava a decisão.
Só depois, o Estado toma para si a função de resolver os conflitos.
Cria-se a figura do JUIZ, que julgará os litígios entre os romanos.
Terá por base um codex de ius, de leis.
Roma atingiu um alto estágio de evolução com relação ao processo,
complexo – que só foi alcançado novamente lá nost tempos modernos.
A única coisa que sempre houve em comum em todas essas regras é
que toda a sociedade necessitava de um processo. Se há um litigio, é
necessário haver um ritual para saber quem tinha razão. Isso vale para
todas as sociedades, das mais complexas às mas “rústicas”.
FASE SINCRÉTICA
A medida que o Estado ficou mais complexo e estável, o processo
também evolui. Só que, até meados do sec. XIX, o processo era
considerado SINCRÉTICO. Veio de Roma até o sec. XIX, na
Alemanha, dessa forma.
SINCRETISMO é a união de coisas diferentes. Era tudo envolvido
dentro do direito civil/material.
A ideia era que o processo não tinha autonomia, era apenas o direito
real em movimento. A ciência processual não existia. Processo era
como se fosse um mero capítulo do direito civil. Ainda não havia
ciência processual.
FASE AUTONOMISTA
Quando o processo ganha sua vida própria. A partir daí, dois
ordenamentos jurídicos: o DIREITO MATERIAL (direito civil,
administrativo, tributário, etc) e o DIREITO PROCESSUAL.
O ordenamento jurídico tem uma DUALIDADE, tem esses dois
níveis diferentes – e que necessitam um do outro para existirem e
fazerem sentido.
O material e o processual se ligam, são interdependentes entre eles. E,
para as coisas funcionarem, essas ligações precisam estar muito bem
operantes na sua cabeça, se não, não tem como ir no fórum conversar
com o juiz – ou não tem como fazer com que direitos materiais serem
cobrados.
PROBLEMA DA FASE AUTONOMISTA: foi marcada por uma
preocupação técnica muito grande. A técnica processual, que estava
sendo criada naquele momento pós 1958, recebia a atenção louca de
juizes e advogados. Começa a se formar o mundo técnico, de grandes
brigas técnicas (até meados dos anos 1950). Havia uma
despreocupação com o cidadão, FALTA SE SENSIBILIDADE
SOCIAL. O ordenamento jurídico era criado, mas quem realmente
precisava da justiça se perdida em questões técnicas. Um
distanciamento da sociedade
OUTROS NOMES
GIUSEPPE CHIOVENDA: precursor de todo pensamento
processual que temos hoje. Ele era concretista;
FRANCESCO CARNELUTTI: tinha uma visão unitária do direito.
Era o opositor de Chiovenda. Era abstracionista;
HENRICO TULIO LIEBMAN: veio pro Brasil e arrasou. É um dos
criadores da Teoria Eclética (todos tem direito à ação, desde que
preencham requisitos mínimos).
O QUE É PROCESSO?
SEMANA PASSADA
Breve história da evolução processual;
“Teoria Geral do Processo”, Candido Rangel Dinamarco é nosso livro.
Tem aqui: https://direito3c.files.wordpress.com/2013/04/teoria-geral-
do-processo-25-edicao.pdf
Nos anos 50, o juiz era “a boca da lei”. O legalismo era o valor
supremo, ainda que contra valores sociais.
Fim dos anos 60, inicio da fase instrumentalistas; Cappeletti e ondas
renovatórias.
Mais pra frente, instrumentalismo chega ao ápice. Não só o valor
jurídico, mas também o valor social e político estão na mira do
processo. Hoje, a própria constituição diz isso (“função social da
propriedade”).
Na hora da julgar, o juiz terá de pesar tudo isso. Outro ponto é que se
valorizar demais um desses pontos, deixa os outros a descoberto – o
que é algo tenso.
“Esse complexo de valores interage. Isso tem repercussões
econômicas, políticas, etc.”
Um dos primeiros brasileiros a estudar isso foi Celso Furtado. Nossas
leis não repercutem só judicialmente, mas também economicamente e
politicamente.
1. PROCESSO
2. CONTRADITÓRIO
1. Processo;
2. Jurisdição:
1. juris dictio, dizer o direito
2. Tem três perspectivas: poder, função e atividade
Poder jurisdicional, um dos poderes da república, o judiciário;
Função de dizer o direito, função que não lhe pode ser subtraída (art.
5°, XXXV);
Defesa
Ação
4. AUTOTUTELA, AUTOCOMPOSIÇÃO E
HETEROCOMPOSIÇÃO
Autotutela
Autocomposição
Heterocomposição
1. Composição entre autor e réu que conta com a ajuda de uma terceira
pessoa para resolver. Nesse caso, falamos basicamente de arbitragem
2. Lei 9307/96 ─ criação da faculdade (não é obrigação) de submeter o
litígio a uma terceira pessoa, o árbitro, que pode julgar sozinho ou, se
for a escolha das partes, através de um painel arbitral ─ órgão
colegiado formado de pelo menos 3 pessoas (sempre número ímpar);
3. É exatamente como funcionava lá no direito romano! Mais uma forma
de diminuir o número de litígios na justiça e uma possibilidade das
pessoas resolverem o problema de um jeito mais rápido;
4. A arbitragem/autocomposição é basicamente como um contrato. Ao
concluí-lo, é como se assinássemos um contrato, um ato jurídico
perfeito;
5. O árbitro pode ser qualquer pessoa, não precisa ser formado em
direito. O árbitro, dentro da arbitragem, profere uma decisão,
resolvendo o litígio. A decisão da arbitragem tem a mesma força de
uma sentença dada por um juiz. Caso seja necessária executar essa
decisão, seria do mesmo jeito que fosse executada um decisão
judicial;
TG do Processo
Prof. Marcelo José Magalhães Bonício
Aula 3
03/03/2016
1. INTRO / RELEMBRANDO
Informatização
Outras portas?
2. CONCILIAÇÃO
3. MEDIAÇÃO
4. ARBITRAGEM
o Lei 9.307/96;
o Para a arbitragem, podem ir pessoas maiores e capazes;
o Só podem ir litígios que envolvam direitos disponíveis. Litígios que
envolvem direitos indisponíveis não são arbitráveis;
5. PROCESSO ESTATAL
É o que a gente vai ver no resto do semestre tudo #eeeee #dahora #sqn
#cadedinheiros?
1. INTRO
2. JURISDIÇÃO
3. REQUISITOS ELEMENTARES/CARACTERÍSTICAS DA
JURISDIÇÃO (elementos para identificar a atividade
jurisdicional)
4. ESCOPOS/FINALIDADES DA JURISDIÇÃO
8. “ESPÉCIES” DE JURISDIÇÃO
9. “GRAUS” DE JURISDIÇÃO
Economia de tempo;
Gestão mais eficáz dos processos ─ isso está super incluído no novo
código;
5. NOS EUA
6. TIPOS DE ADR
Arbitragem possível
Arbitragem obrigtória ─ o Oregon obriga arbitragem dentro do
judiciário em casos de valores até 50 mil dólares (de valores baixos!
Ao contrário do Brasil);
Mediação avaliativa (d. De família);
“Conciliação”;
Michigan midiation;
Investigação maluca
Joint F. Find;
Mini-trial: tipo um mini game
TEM UM MONTE DE FORMATOS SOCORR;
“Regra Negociada”: funciona no âmbito de agência reguladora.
Agência negocia regras que sejam interessam interessantes para
governo e possíveis de serem executadas pelos ‘players’;
8. NO BRASIL
9. MEDIADOR
MEDIADOR: não tem a função de ele chegar a uma solução. Não tem
poder de fazer propostas. Ele tem que mostrar a lei para as duas partes
e fazer com que eles chegem;
CONCILIADOR: pode oferecer propostas e trabalhar mais perto das
partes;
Na real, mediador e conciliador, na prática, é a mesma coisa ─ mas o
legislador quis diferenciar.
A partir do Novo CPC, todo processo tem que rolar uma sessão de
mediação. Agora é praticamente obrigatório;
Agilidade? Sim, rapidinho. Dá até para resolver numa sessão só;
No Brasil, tem muito mediador nas comunidades (enfermeira de
postinho, pastor evangélico…);
Conciliardor/mediador é o representante do poder judiciário naquele
momento ─ mas também é bem informal, pode acontecer em qualquer
ambiente;
É mais barato;
Mas e agora, com a mediação obrigatória? Vai dar certo? Não temos
estrutura pra isso. Vai ter umas filas gigantes?
ADVOGADOS PÚBLICOS
MINISTÉRIO PÚBLICO
MAGISTRATURA
4. PRINCÍPIO 3: CONTRADITÓRIO
Princípios
Imparcialidade do juiz
Hoje: continuamos princípios;
Últimas duas aulas: introdutorinho para civil
FICADICA Livro de princípios, by professor Marcelinho! “É
totalmente coincidência, gente!”
EXTRAS
1.4 FUNDAMENTAÇÃO
EVOLUÇÃO DO PROCESSO
Importância do conflito
Roma: árbitro. Depois aparece a figura do juiz
Fase sincrética. Até meados sec. XIX. Sincretismo: união de coisas
diferentes. Era tudo envolvido dentro do direito civil/material;
Fase autonomista. A partir sec. XIX. Quando o processo ganha sua
vida própria. A partir daí, dois ordenamentos jurídicos: o DIREITO
MATERIAL (direito civil, administrativo, tributário, etc) e o
DIREITO PROCESSUAL. Ordenamento em dualidade. Problemas
da fase autonomista: falta de sensibilidade social, processo tecnico
demais. Teorias discutidas na época: abstracionistas, concretistas,
ecléticos. Teoria eclética: todos têm direito de ação, desde que
preencham requisitos mínimos para isso. Se tiverem interesse de agir,
legitimidade e se o pedido for juridicamente possível, então há
processo e há o direito de ação para a pessoa;
Fase instrumentalista. Mauro Cappelletti, a partir dos anos 1960.
“Preocupação com os resultados do processo na sociedade”. TRÊS
BARREIRAS que deviam ser ultrapassadas (ondas renovatórias do
processo) para que o processo migre da fase técnica para a fase
preocupada com realização social: 1. Abertura do sistema às pessoas
economicamente carentes; 2. Não há como lidar com litígios de massa
senão através de ações coletivas; 3. Desburocratização do processo
Instrumentalidade do processo (Escola Processual de São Paulo).
Ainda na fase instrumentalista. Cândido Dinamarco, anos 1980. Há
finalidades sociais, mas há também finalidades políticas e
jurídicas por trás de todo processo. É essa a fase que vivemos hoje,
de busca de resultados: jurídicos, políticos e sociais. EXEMPLO:
casamento homoafetivo adquiriu mesmo status do casamento
heteroafetivo. Não foi uma alteração na lei, mas uma mutação de
valores na sociedade que levou o juiz a julgar contra a lei. Os fins
sociais do processo recomendaram que se julgasse contra a lei.
Diminuiu-se o valor jurídico, o escopo jurídico do processo, para se
elevar o escopo social e político da decisão. Entretanto, “o cobertor é
curto”. Nenhum desses escopos prepondera sobre os outros; dar
atenção demais a um pode fuder um outro lado. A busca desse
equilíbrio é o desafio do mundo moderno.
O QUE É PROCESSO?
AULA 2
INSTITUTOS FUNDAMENTAIS DO D. PROCESSUAL //
COLUNAS QUE SUSTENTAM O DIREITO PROCESSUAL //
POLOS METODOLÓGICOS
São 4
1. Processo
2. Jurisdição. juris dictio, dizer o direito. Tem três perspectivas: poder,
função e atividade.
AULA 4: JURISDIÇÃO
CONCEITO
REQUISITOS ELEMENTARES/CARACTERÍSTICAS DA
JURISDIÇÃO (elementos para identificar a atividade
jurisdicional)
ESCOPOS/FINALIDADES DA JURISDIÇÃO
“ESPÉCIES” DE JURISDIÇÃO
“GRAUS” DE JURISDIÇÃO
Justiça federal se divide por regiões, não por comarcas. Não há juiz
federal em todas as cidades. Ao contrário, são raras as cidades que têm
juízes federais. São 5 regiões
2. AMPLA DEFESA
3. CONTRADITÓRIO
CF Art. 5°. LV – aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
É a alma do processo;
Perspectiva política. Contraditório é participação. Quanto mais
participação das partes no processo, mais justa a decisão final tende a
ser. Quanto mais ouvirmos as partes, em tese, maior justiça faremos
(ou uma justiça mais próxima da realidade). Aqui também há uma
noção delegitimação da decisão: quanto maior o contraditório (quanto
maior a participação das pessoas), mais legítima é a decisão final do
processo.
2. Perspectiva técnica. Ajuda a resolver problemas de
contraditório.Primeiro elemento: informação, significa que o juiz deve
informar as partes sobre tudo o que ocorrer durante o processo; nada
pode escapar do conhecimento das partes. Segundo elemento: reação
das partes (é uma consequência da informação); para cada ato do
processo, partes precisam ser informadas e precisam poder reagir a
esse ato;
Reação pode ser: exigida ou facultativa
5. IMPARCIALIDADE DO JUIZ
EXTRAS FINAIS