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INSTITUTO FEDERAL DE SERGIPE

CAMPUS SÃO CRISTÓVÃO

HIDROLOGIA E
SANEAMENTO AMBIENTAL
APLICAÇÕES DA
HIDROLOGIA
Profa.Marinoé Gonzaga
HIDROLOGIA - DEFINIÇÕES

Ciência que trata da água na Terra, sua ocorrência, circulação e


distribuição, suas propriedades físicas e químicas, e sua reação com o
meio ambiente, incluindo sua relação com as formas vivas (U.S.
Federal Council for Science and Technology, citado por Chow,1959).

Ciência que estuda a água sobre a Terra; sua quantidade, distribuição,


circulação, características químicas e físicas, e sua relação com o
meio ambiente e com os seres vivos. (Ven Te Chow)
HIDROLOGIA -DEFINIÇÕES

Ciência interdisciplinar
Profissionais de diferentes áreas como engenheiros, agrônomos,
geólogos, matemáticos, estatísticos, geógrafos, biólogos,
meteorologistas, entre outros atuam nas diferentes subáreas dessa
ciência.
SUBÁREAS
1. Hidrometeorologia: trata da água na atmosfera;
2. Hidrogeologia: trata das águas subterrâneas;
3. Geomorfologia: análise quantitativa das características
do relevo de bacias hidrográficas e sua associação com o
escoamento;
4. Interceptação vegetal: avalia a interceptação de
precipitação pela cobertura vegetal na bacia hidrográfica;
SUBÁREAS
5. Infiltração e escoamento em meio não-saturado: observação
e previsão da infiltração no solo e do escoamento no solo não-
saturado;
6. Escoamento em meio saturado: estudo do comportamento do
fluxo em aquíferos, camada do subsolo saturada;
7. Escoamento em rios e canais: análise do escoamento em rios,
canais e reservatórios;
8. Evaporação e evapotranspiração: avaliação da perda de água
por evaporação de superfícies livres como reservatórios e lagos,
evapotranspiração de culturas e da vegetação natural;
SUBÁREAS
9. Fluxo dinâmico em reservatórios, lagos e estuários:
escoamento turbulento em meios multidimensionais;
10. Produção e transporte de sedimentos: quantificação da
erosão do solo e do transporte de sedimento, na superfície
da bacia e nos rios, devido às condições naturais e de uso
do solo
10. Qualidade da água e meio ambiente: quantificação de
parâmetros físicos, químicos e biológicos da água e sua
interação com os seus usos na avaliação do meio ambiente
aquático.
INTRODUÇÃO

Redução de
Ação conjunta:
impactos e Desenvolvimento
poder público e
controle dos Sustentável
empresas
recursos naturais

Gerenciamento
Conservação integrado dos
recursos hídricos
HISTÓRICO
• Barragens no rio Nilo: 4000 a.C.
• Canais de irrigação na Mesopotâmia: 3000 a.C.
• Nilômetro (escala para leitura do nível do rio Nilo), ao
qual apenas sacerdotes tinham acesso. A taxa de imposto
a ser cobrada durante o ano dependia do nível de água
do rio Nilo: 3000 a. C.
• Aquedutos e canais em Roma, Grécia, China, América
Pré-Colombiana: 2000 a.C.
• Medição de chuva na Índia, o total precipitado no ano
também servia como base para cálculo de impostos: 350
a.C.
HIDROLOGIA E SUA APLICAÇÃO
• Planejamento e gerenciamento da bacia hidrográfica:
desenvolvimento das principais bacias quanto ao planejamento e
controle do uso dos recursos naturais, ação pública e privada
coordenada.
• Drenagem Urbana: 75% da população brasileira ocupa o espaço
urbano, aumentando problemas como enchentes, produção de
sedimentos e degradação da qualidade da água.
• Energia: 92% da energia brasileira é de matriz hidrelétrica. Essa
energia depende da disponibilidade hídrica, se sua regularização por
obras hidráulicas e o impacto das mesmas sobre o meio ambiente.
HIDROLOGIA E SUA APLICAÇÃO
Hidrologia e sua aplicação
• Uso racional do solo: expansão das fronteiras agrícolas e o
intenso uso têm gerado impactos significativos na produção de
sedimentos e nutrientes nas bacias, resultando na perda do solo e
assoreamento dos rios.
• Qualidade da água: degradação da qualidade das águas por conta
do lançamento de efluentes domésticos e industriais sem
tratamento, além da carga de agroquímicos das atividades
agrícolas.
• Abastecimento: regiões do país apresentam limitações hídricas, a
exemplo das regiões áridas e semiáridas.
HIDROLOGIA E SUA APLICAÇÃO
Hidrologia e sua aplicação
• Irrigação: aumento da produtividade agrícola passa pelo aumento
da irrigação;
• Navegação: pequena no país, mas importante. É necessário ter
conhecimento da disponibilidade hídrica, previsão de níveis e
obras hidráulicas para navegação.
SANEAMENTO BÁSICO

• Brasil – 12 % dos recursos hídricos


• Má distribuição
• 64% das nossas empresas de água não coletam os esgotos
domésticos
• 110 milhões de brasileiros não têm esgoto tratado.
• Os mais pobres desse grupo, em torno de 11 milhões, não
têm sequer acesso à água limpa para beber.
SANEAMENTO BÁSICO

Mais de 40 milhões de brasileiros não recebem água de forma

regular, não podem confiar na qualidade da água que chega nas

suas torneiras e vivem num penoso regime de rodízio ou de

fornecimento muito irregular da água


SANEAMENTO BÁSICO

A Organização Mundial de Saúde (OMS), verifica que o

investimento de cada um dólar em saneamento básico, significa

uma redução de quatro a cinco dólares nas despesas hospitalares


SANEAMENTO BÁSICO
A Declaração de Dublin (1991):
“A escassez e o desperdício da água doce representam séria e
crescente ameaça ao desenvolvimento sustentável e à proteção do
meio ambiente. A saúde e o bem-estar do homem, a garantia de
alimentos, o desenvolvimento industrial e o equilíbrio dos
ecossistemas estarão sob risco se a gestão da água e do solo não se
tornar realidade, na presente década, de forma bem mais efetiva do
que tem sido no passado.”
SANEAMENTO BÁSICO
PRINCÍPIOS DA DECLARAÇÃO DE DUBLIN:
“1. A água doce é um recurso finito e vulnerável, essencial para a
conservação da vida, a manutenção do desenvolvimento e do meio
ambiente.
2. O desenvolvimento e a gestão da água devem ser baseados
em participação dos usuários, dos planejadores e dos gestores
políticos, em todos os níveis.
3. As mulheres devem assumir papel essencial na conservação e
gestão da água.
4. A água tem valor econômico em todos os seus usos
competitivos; deve-se promover sua conservação e proteção.”
Qualidade dos cursos
receptores deteriora

Figura 2: Processos que ocorrem devido à urbanização (HALL, 1984, apud TUCCI, 2005)

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