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EXERCÍCIOS
NA ESCOLIOSE
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A escoliose pode ser funcional ou estrutural, sendo o último tipo


considerado potencialmente sintomático (1). A escoliose funcional é
geralmente reversevel e atribui-se-Ihe uma base mecânica. As alterações
estruturais dos corpos intervertebrais ou dos discos intervertebrais não
são geralmente implicadas como causas nem se consideram tomo resul-
tado da escoliose funcional. A escoliose funcional diminui ou desapa-
rece quando se suprime a ação da gravidade ou quando se remove o
fator causal. Fatores como uma perna mais curta que a outra ou po-'
sições defeituosas, podem ser a causa de escolioses funcionais e podem
ser remediados. A inclinação lateral corrige uma curvatura funcional,
mas não altera significativamente uma curvatura estrutural exceto em ,
pacientes muito jovens com escoliose menima, recente e flexevel.
A escoliose estrutural tem muitas etiologias, mas os verdadeiros
fatores causais permanecem desconhecidos. As curvaturas da coluna
progridem em direção lateral e são geralmente acompanhadas por
deformações rotatórias. A escoliose é potencialmente progressiva em
crianças que ainda têm crescimento epifisário (2) e progride de maneira
insignificante em curvas de menos de 40° depois de completado o
fechamento epifisário. O fechamento epifisário dá·se por volta dos
15 anos de idade no sexo feminino e dos 17 no sexo masculino. A pro-
gressão da curvatura na escoliose dos adultos ocorre em curvas exce-
dendo os 50° e é atribuida a alterações assimétricas dos discos em que
há compressão do lado da concavidade (3).
Descreve-se a escoliose em relação ao nevel e à extensão na coluna
vertebral (Fig. 20.1). As incidências laterais da coluna revelam as curva-
turas fisiológicas: lordoses cervical e lombar, citoses torácica e sacra I
(Fig. 20.2). Apenas o aumento da citqse torácica, a "corcunda", entra
no estudo da escoliose. A escoliose corresponde a um encurvamento
lateral da coluna vertebral normalmente retil enea e pode ser observada
nas incidências anteroposteriores.
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558 / TERAPEUTICA POR EXERCrCIOS
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Fig. 20.1. Nível das curvaturas escolióticas na coluna vertebral. A escoliose ~j//
descreve-se em relação ao nível da coluna em que Se situa e essa descrição inclui a /·"i '" L-5
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especificação dos números das vértebras abrangidas pela curvatura. As curvaturas


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cervicotorácicas e toracolombares designam-se desse modo em relação à situação
do ápice da curva. Fig. 20.2. Curvaturas fisiológicas da coluna vertebral. As quatro curvas, lordoses
cervicaI e lombar e cifoses dorsal e sacra I, devem intersectar o centro de gravidade.
O aumento do ângulo lombosacral faz aumentar todas as curvaturas situadas acima;
uma cifose dorsal de 30-35° é considerada dentro da faixa de normalidade.
As curvaturas classificam-se em principais e compensatórias. A curva
principal é a maior e a que tem a maior angulação. A curva compensa-
tória ou "secundária" desenvolve-se acima ou abaixo da curva principal as curvas são universalmente medidas e descritas pelo método de Cobb
(4) numa tentativa de manter o alinhamento do corpo com o seu centro
(Fig. 20.5). Considera-se que a vértebra apical é a vértebra da curvatura
de gravidade (Fig. 20.3).
que sofreu uma rotação maior. Não existe atualmente nenhum método
No alinhamento correto da coluna vertebral, sem escoliose ou numa
padrão para medir o grau de rotação e há várias técnicas' que diferem
escoliose "compensada", o occipital está em linha com o sacro. Um fio
de clínica para clínica. Qualquer que seja o método para exprimir a
de prumo colocado sobre o processo espinhal da sétima vértebra cer-
rotação que se aceite, esse método torna possível a cada uma das
vical (C7) vai passar diretàmente na prega interglútea (Fig. 20.4).
clínicas avaliar a progressão ou a melhora da escoliose.
As curvaturas distinguem-se também segundo a idade dos pacientes.
A rotação da coluna, simultânea com o encurvamento lateral, cons-
Uma curvatura durante os primeiros 3 anos de vida chama-se infantil;
titui o aspecto mais deformante da escoliose e, na coluna torácica, o
entre os 4 e os 12 anos de idade, chama-se juvenil; depois dos 12 anos
maior responsável pelos problemas cardiopulmonares.
de idade no sexo feminino e dos 14 anos no sexo masculino (antes da
Dado que a escoliose é melhor tratada quando se identifica cedo e se
maturidade), chama-se adolescente. As curvas que existem depois da
evitam as alterações laterais e rotatórias, é obrigatório fazer exames
maturidade esquelética são cOr.}sideradas escolioses adultas.
corretos. A criança examina-se por trás, devidamente despida e em
As curvaturas podem ser medidas objetivamente nas radiografias.
posição de pé. Os dois joelhos devem estar em extensão e as pernas
Conforme foi padronizado pela Sociedade de Investigação da Escoliose,
voltadas para a frente para mostrar o verdadeiro n (vel da pelve. Uma
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DUAS PRINCIPAIS DESEQUILIBRADAS
Fig. 20.3. Centro de gravidade: curvas equil,ibradas. No indill{duo normal (1) EQUI LIBRADAS
o occipital está em linha com o sacro. Na escoliose (2), se o conjunto das curvas
permite este alinhamento, as curvas conskieram·se "equilibradas".
Fig. 20.4. Duas curvas principais. As curvaturas torácica e lombar iguais, com o
occipital em linha com o sacro estão "equilibradas" e são pouco deformantes. A
curvatura do lado direito é "desequilibrada", tem tendência para progredir ainda
perna mais curta, qualquer que seja a causa, pôde ser a causa de uma mais e é mais diHcil de tratar.
obliquidade pélvica com uma escoliose funcional sobreposta. A causa
da desigualdad.e dos membros inferiores pode ser detectada por meio
de um exame clínico e radiológico cuidadoso (Fig. 20.6). Verifica-se ..
. se existe ou não equilíbrio, aplicando um fio de prumo sobre o processo i Segundo os atuais conceitos de tratamento, utilizam-se 'aparelhos orto-
espinhoso da sétima vértebra cervical e medindo o desvio para um ou pédicos e exercícios para todas as curvaturas com 20° ou mais. Num
outro lado da prega interglútea. grau menor de encurvamento pode estar indicado um aparelho ortopé-
Com o paciente dobrado para a frente em ângulo reto e observando-o dico, se existir um componente rotatório de uma certa importância,
por detrás, podem-se descobrir facilmente curvas mínimas com ou sem uma vez que a deformação rotacional torácica da escoliose é.a que dá
rotação inicial (Fig. 20.7 e 20.8). As radiografias confirman a existência origem a mais sintomas. Deve-se considerar a intervenção cirúrgica
de curvaturas, a altura da coluna a que se localizam e permitem medir numa curvatura que excede os 50°, seja de etiologia congênita como
-o grau de curvatura .. no caso de hemivértebras ou seja o caso de uma escoliose que progride
O tratamento consiste no diágnóstico precoce, na correção das curva- apesar de um tratamento conservador adequado.
turas existentes e na prevenção de progresso ulterior. Depois de diag- Os detalhes da utiliiação de aparelhos ortopédicos e das intervenções
nosticar uma curvatura deve-se pensar imediatamente no tratamento. cirúrgicas estão bem documentados naliteratura e não fazem parte desta
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Fig. 20.6. Obliquidade pélvica e escoliose funcional. Na figura da esquerda está


representada uma pelve equilibrada. A figura da direita representa uma perna maIs
curta que a outra, com obliqüidade da pelve e uma escoliose funcional sobreposta.
Fig. 20.5. Método de Cobb.para medir as curvaturas. Traça-se uma linha pas-
sando pela face superior da vértebra superior que se inclina mais na direção da
concavidade. Traça-se outra linha passando pela face inferior da vértebra inferior
que se !nclina mais na direção da concavidade. O ângulo formado por estas duas
linhas é o ângulo da curvatura.

exposição, cuja, base é o exerc{cio orientado para a escoliose (5). Tem


sido alegado que os exerdcios no tratamento da escoliose são "exer-
dcios de futilidade". Os exercfcios isolados não têm sido considerados
capazes de modificar de maneira significativa a progressão da escoliose.
Blount e Bolinske expuseram. em 1967 o pensamento quando afirma-
ram: "Muitos~irurgiões ortopédicos 'olham para' os pacientes enquanto
as curvaturas vão ficando tragicamente piores. Por falta de qualquer
programa realmente eficaz, alguns deles na verdade ficam esperando
até que a deformação se torne 'suficientemente grave' para justificar
a cirurgia. Muitos prescrevem exerc{cios durante este pedodo de espera Fig. 20.7. Método de exame para a esco.liose. Com o paciente em pé e fletido
porque não conhecem mais nada que possam fazer. Os fisioterapeutas para a frente num ângulo de 90°, os membros inferiores em extensão e os superiores
ficam frustrados pela falta de \melhoras. Os pacientes mais ansiosos balançando, examina-se a coluna vertebral observando-a diretamente pela parte
ficam neuróticos pela mesma razão e depois completamente exaustos de trás. Com este método diagnosticam-se freqüentemente curvaturas não detec-
pela rotina in~ficaz" (6). tadas na posição erecta.
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564 / TERAPEuTICA POR EXERCfCIOS ESCOLlOSE / 565


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LeGrand-Lambling, na edição anterior deste livro fez uma revisão
exaustiva dos exerc{cios para a escoliose (9) e dividia o seu programa
em exerc{cios para a escoliose funcional e exerc{cios para a escoliose
estrutural. Aludia também aos efeitos perniciosos da gravidade, afir-
mando: " ... o objetivo da terapia por exercCcio (na escoliose funcional)
não será desenvolver força muscular para endireitar as curvaturas, mas
escolher uma posição inicial para as fazer desaparecer. O objetivo será
evitar o reaparecimento do desvio na posição de pé (o grifo é meu) por
reeducação progressiva dos mecanismos automáticos e reflexos ... ".

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LeGrand-Lambling expressou a preocupação de que as lesões'osteoarti-
culares têm tendência para fixar os desvios laterais e a rOtação associada
" ... isto é, para os tornar mais ou menos redutrveis por manobras
. passivas ou movimentos ativos ... ".
Apesar dos limitados benef(cios atribuídos aos exérc(cios para a
escoliose, eles não são completamente destituidos de valor desde que
prescritos e utilizados corretamente. O seu maior valor é para:
1. Melhorar a postura
2. Aumentar a flexibilidade (alongar a face côncava da coluna ver-
tebral e estirar as contraturas dos tecidos moles) ,
3. Aumentar a força dos músculos abdominais que intervêm na
postu ra
4. Corrigir os desequiHbrios musculares
Fig. 20.8. Pesquisa da escoliose pelo exam"e. Observada por detrás a escoliose 5. Melhorar a respiração
revela-se como uma elevação das costelas do lado convexo da curva. Esta rotação
O desequil (brio muscular foi há muito identificado como um fator
pode não ser tão patente na posição erecta.
etiológico na escóliose idiopática e recentemente voltou a .manifestar-se
interesse pelo assunto. Embora se tenham confirmado diferenças histo-
Risser afirma: "Era costume, na clínica de escoliose do Hospital lógicas entre os músculos dos dois lados da coluna escoliótica (10), há
Ortopédico de Nova York, já nos anos 20 e 30, enviar os pacientes diferenças histoquímicas (11) e neurofisiolQgicas (12). Os estudos
novos que eram admitidos com escoliose, fazer exerc{cios para o histoquímicos mostraram uma maior proporção de fibras musculares de
ginásio. Invariavelmente os pacientes que tinham 12 ou 13 anos de "contração lenta" do que de fibras musculares de "contração rápida",
idade apreSentavam um au~ento da escoliose ... admitia-se por conse- no lado convexo, no ápice. Estes estudos foram feitos no músculo
guinte que os exerc{cios e os movimentos da coluna faziam aumentar multífido que se constatou ser mais curto no lado convexo do que no
a curvatura'" (7). lado côncavo. Esta situação paradoxal resulta da rotação das vértebras
O primeiro e mais completo sistema de exerc(cios para a escoliose com o encurvamento lateral (Fig. 20.9).
foi o de exerc{cios de engatinhar elaborado por Klapp (8) em 1905. As fibras musculares ·de "contração lenta", -são as .fibras escuras
Estes exerdcios ainda estão em voga e ainda são considerados eficazes, (vermelhas) que predominam nos músculos vermelhos de muitos verte-
uma vez que se evita a ação da gravidade. Infelizmente não era exe- brados mas não no homem cujos músculos são mistos. Essas fibras são
. qü ível manter uma posição próna ou quadrúpede durante todo o tempo utilizadas durante a atividade tônica prolongada como nas funções
de crescimento da coluna e por isso continuou a ser necessário o uso de posturais, contraem-se lentamente, contêm mioglobina e, devido ao
aparelhos ortopédicos simultaneamente com os exerdcios. seu metabolismo, são resistentes à fadiga. As fibras musculares de
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ESCOLlOSE / 567
566 / TERAPEuTICA POR EXERCfCIOS
Exercícios Postúrais

O objetivo dos exerc{cios posturais é alongar a coluna mediante a


diminuição da lordose cervical e lombar. Nas crianças em crescimento,
antes que as epífises se fechem, a cifose torácica pode também ser
reduzida.
xv < xz A base da coluna, que influencia todas as curvas situadas acima é
o ângulo lombosacral. Quanto maior for o ângulo, maior é a lord~se
lombar e a inversa também é verdadeira Para diminuir a lordose lombar
MÚSCULO
MULTt'FIDO
o ângulo lombosacral tem que ser red~zido. Para reduzir o ângulo lom~
bosacral, tem que se elevar a poroção inferior da pelve e que se abaixar
a face posterior. A primeira é feita pelos músculos abdominais e a
segunda pelos músculos glúteos e posteriores da coxa.
O conceito proprioceptivo de movimento pélvico necessita porém
de uma função sensorial secundária à contraçãq muscular. A "sensação"
Fig. 20.9. Encurtamento do músculo multffido. O encurtamento paradoxal do
músculo multífido no lado convexo XY ocorre por causa da rotação das vértebras.
do "balanceio pélvico" é muito mais valiosa do que simplesmente
O processo transverso (Y) localiza-se mais para trás no lado convexo e o processo estirar os músculos participantes. Esta função treina-se com um exer-
espinhoso (X) desvia-se na direção da convexidade.Os outros músculos eretores cício em posição supina. Com o paciente deitado em posição supina, o
espinhais estão mais compridos no lado convexo. com os quadris e os joelhos fletidos, a região lombar (1) é comprimida
contra o chão (ou mesa de tratamento) (2) e é aí mantida enquanto P)
as nádegas são erguidas do chão, suave e ritmicamente (Fig. 20.10).
"contração rápida" são claras ou "brancas", dependem do metabolismo
As nádegas não podem ser ergu idas até um ponto que vá provocar o
anaeróbio e por conseqüên~ia fatigam-se rapidamente durante a ativi-
levantamento da região lombar do chão.
dade violenta. São utilizadas nas atividades fásicas de curta duração.
A medida que o paciente aprende este balanceio pélvico, cOl')tinua-o
Os músculos de "contração lenta", em virtude da sua fisiologia
com as pernas em extensão progressivamente maior, até que os quadris
devem encurtar-se no lado côncavo de uma curvatura para se adaptarem
e os joelhos fiquem em extensão completa.
a um comprimento menor. Estudos recentes revelaram um predomínio
Depois este exercício é executado em posição de pé, com as costas
de fibras de "contração lenta" de pequeno comprimento, no lado
contra uma parede que simula a superfície do chão (Fig. 20.11).
convexo da curvatura. Estas alterações significam que as alterações
Quando se executa este exercício, vai-se gradualmente incluindo nele
musculares não são secundárias à escoliose mas podem realmente ser
o pescoço juntamente com a região lombar. A lordose cervical reduz-
um fator causal primário.
-se forçando o pescoço contra a mesa ou a parede.
Estudos eletromiográficos feitos recentemente revelaram hipersensi-
Se for difícil ao paciente compreender o conceito da redução da
bilidade do sistema do fuso muscular no lado da concavidade, sugerindo
curvatura lombar, pode-se executar um exerc{cio preliminar em posição
o desequilfbrio muscular como um possível fator causal na escoliose
prona quadrúpede (Fig. 20.12). O paciente fica sobre os quatro mem-
idiopática. Como o tono postural depende largamente do reflexo de
obros e "arqueia" e baixa ritmicamente a região lombar. Este movimento
estirmento nos músculos extensores, isto seria uma outra implicação
ondulante da coluna (cifose lombar alternando com lordose lombar),
da etiologia muscular da escoliose (12).
pode ser reforçado por resistência manual ou pela adição de um peso
Embora com as técnicas atuais a escoliose não possa ser controlada
colocado sobre a região lombar.
nem melhorada só com exercícios, há uma base fisiológica para acre-
Durante todos os exercícios de balanceio pélvico, em posição supina
dítar que os exerc{cios são valio~sos em conjunto com outras medidas
ou de pé, deve-se fazer a expansão repetidamente do tórax com exer·
ortopédica, das quais o princípio do aparelho ortopédico de Milwaukee
cícios de inspiração profunda.
é um exemplO ..
568 I TERAPEUTICA POR EXERCfCIOS ESCOl! OSE I 569

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Fig. 20.10. Exercício de "balanceio pélvico". Os exercícios para diminuir a


lordose lombar são executados em seqüência. Com os quadris e os joelhos em
flexão a região lombar (1) é comprimida contra o chão e mantida nessa posição (2).
A pelve (3) é depois erguida ligeiramente. Esta ação, executada pelos músculos
abdominais, isquiossurais e glúteós diminui a lordose e dá ao paciente a sensação Fig. 20.11. Balanceio pélvico em posição erecta. O paciente está encostado a
de movimento pélvico. uma parede e comprime a região lombar (1) contra a parede. A pelve é inclinada
para diante (2) diminuindo a lordose lombar. O pescoço é também comprimido
Como os músculos abdominais desempenham uma função vital no contra a parede (3) diminuindo a lordose cervical e alongando a coluna. Os joelhos
balanceio pélvico, devem ser fortalecidos. A força' utilizável, contudo, estão fletidos e os pés colocados 10-20 cm afastados da parede. À medida que o
exercício vai ficando mais fácil, os pés são colocados mais perto da parede e os
é a contração isométrica da contração prolongada e, por isso, para a joelhos colocados em extensão.
tolerância e não para a força fásica. O aumento da tolerância por
contração isométrica prolongada consegue-se partindo da posição
sentado erecto, em postura ffetida, baixando gradualmente o tronco ~
e sustentando esta nova posiçã~ durante tempos variáveis (F ig. 20.13).
E também desejável diminuir a cifose dorsal. Este exerc(cio executa-
°0',
.-se em posição'l)rÓna, fazendo a hiperextensão da parte superior das °00 ~
costas com a lordose lombar mantida no m(nimo. Com a pelve "incli-
nada", a cabeça e os ombros são levantados contra uma resistência .
Também se prescrevem "sOerguimentos" enquanto se mantém a pelve . o:::aCtL~<>;··
~'"
"inclinada".
Fig. 20.12. Exercício de "balanceio pélvico" em posição prona. Os pacientes
A "distração" pro'vou ser eficaz no alongamento da coluna, na que têm dificuldade em "balancear a sua pelve" podem assumir a posição quadrú-
melhoria da postura erecta, instruindo o paciente a "sentir a sua própria pede. A região lombar é arqueada e baixada - com ou sem um peso em cima dela.
postura" sem se concentrar nos músculos envolvidos. Este é o conceito Consegue-se o balanceio pélvico porque a flexibilidade da '?Oluna lombar é maior.
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570 I TERAPI:UTICA POR EXERCfCIOS ESCOLlOSE I 571

de "posição elevada" e este exerc{cio pode ser executado exercendo


uma pressão para baixo, com a mão, sobre a cabeça do paciente en-
quanto ele tenta "empurrar" para cima contra a mão. Um saco pesado
e equilibrado colocado sobre a cabeça pode substituir a mão do fisiote-
rapeuta e permite ao paciente andar, ficar de pé ou sentar-se em posição
erecta prolongada (Fig. 20.14).

Fig. 20.13. Exercício isométrico abdominal. Para desenvolver tolerância e a Aumento da Flexibilidade
"sensação" da contração abdominal, o paciente parte da posição sentado-erecto
completa e inclina-se ·para trás e depois mantém esta posição. O grau de reclina- Trata-se de exerc{cios de "estiramento" que devem ser considerados
mento aumenta gradualmente, da mesma forma que a duração da posição sus- em relação com exercícios "assimétricos". Os exercícios de engatinhar
tentada.
de Klapp acentuam o estiramento e o alongamento da coluna vertebral.
A técnica EDF (along;:tmento, desfazer a rotação, flexao lateral) de
Cotrel diz respeito ao aumento da flexibilidade e ao emprego de exer-
cícios combinados com a flexão (13).
Os exercícios de estiramento geral podem ser executados na posição
prona. Com o corpo em linha reta e os braços em extensão para cima
e as duas pernas com extensão completa, as costas podem ser comple-
tamente arqueadas de maneira gradual, mantidas assim durante algum
tempo e depois baixadas até ao chão (F ig. 20.15).

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Fig. 20.15. Exercícios de hiperextensão. Na posição prona, a elevação da cabeça
e dos ombros fazem a extensão da parte superior da coluna. A elevação dos mem-
bros inferiores faz a extensão da região lombar. A elevação de uma perna e do braço
do mesmo lado fazem a extensão assimétrica da coluna e podem corrigir o encurva-
mento lateral. Os braços podem ser mantidos para trás do corpo ou estendidos e
levantados para a frente, conforme o paciente puder tolerar.

CD
Na posição prona o engatinhar pode alongar a coluna. Estender um
Fig. 20.14. Exercícios de distração para a postura. Quando se tenta elevar braço para a frente (para cima) e simultaneamente estirar a perna do
-um peso colocado sobre a cabeça ('1) todas as curvaturas da coluna vertebral se mesmo lado, estira distalmente esse lado da coluna. Isso pode-se chamar
aproximam do centro de gravidade. (2) As lordoses cervical e lombar (A) são "nadar em seco". O mesmo exercício pode ser executado em posição
diminuidas (B) quando a pelve "balanceia" (A para B). quadrúpede. Estando o paciente apoiado sobre os quatro membros,
572 I TERAPEUTICA POR EXERCfCIOS ESCOLlOSE I 573

o braço pode ser estendido para a frente em direção horizontal e a


perna do lado oposto estirada para trás.' Os exerc{cios de engatinhar
esquematizados na Fig. 20.16 fazem a flexão lateral da coluna. "

Ficar simplesmente em pé e inclinar-se lateralmente tanto quanto


for possível, pode estirar a coluna vertebral nessa direção.
Como muitas escolioses têm encurvamentos' segmentares, os exer-
cícios que possam alongar estes segmentos devem ser benéficos. Muitos
exerc{cios porém são mais gerais e não têm efeitos segmentares espe-
cíficos. Os exerc{cios executados dentro dum aparelho ortopédico
com o contacto restritivo de uma almofada, podem ser localizados mais
especificamente.
A flexão lateral e o desfazer da rotação da coluna torácica podem ser
conseguidos com o exercício seguinte. O paciente coloca-se de joelhos
no chão, com as nádegas sobre os calcanhares e depois inclina-se para
a frente até que o abdome repouse sobre as coxas; esta posição imo-
biliza a coluna lombar (Fig. 20.17). O paciente estica então os braços
para cima (horizontais) e coloca as mãos no chão. A cabeça encontra-se Fig. 20.17. Exerc(cios EDF. Na posição acima, o paciente está sentado sobreos
pés e a coluna lombar está imobilizada. Os braços estendidos para a frente permitem
aos dedos "caminhar" para a esquerda (ou para a direita). Este exercício lateral
estira e desfaz a rotação da coluna torácica.

agora entre os braços esticados e afastados. Nesta poslçao as mãos


"caminham" o mais possível para um dos lados. Esta manobra estira
e desfaz a rotação da coluna torácica e pode ser executada para a direita
ou para a esquerda conforme for necessário.
c:>""t:!~ Em posição prona numa mesa de tratamento, o paciente pode agarrar
as bordas da mesa, o que imobiliza a coluna torácica. O fisioterapeuta
ou um membro da família treinado, pode agarrar os dois pés, íevar as
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duas pernas para um lado e depois para o outro e fazer o estiramento
lateral da coluna puxando lateralmente as pernas tal1to quanto o
t paciente possa tolerar.
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Dentro do aparelho ortopédico de Milwaukee, os exercícios são
II
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executados especificamente para diminuir a curvatura principal me-
diante a redução da bossa posterior principal e o forçar para fora a
depressão torácica anterior do lado oposto. Com a pelve inclinada para
i
r diminuir a lordose lombar, o paciente "afasta-se" da almofada posterior
I
Fig. 20.16. Exercícios de engatinhar. A posição de partida (1) é a pOSlçaO aplicada contra o ápice da bossa (no lado convexo da curva). Depois
quadrúpede. Quando se faz a extensão da perna direita simultaneamente com a de uma inspiração profunda a coluna torácica é empurrada para trás
extensão para a frente e para cima do braço direito, dá-se uma flexão lateral da contra as barras verticais do aparelho ortopédico (Fig. 20.18). A bossa
coluna que a faz ficar convexa para a direita. O movimento passa-se no sentido da cóstela do lado convexo entra em contacto com a almofada, resis-
contrário (3) quando se faz a extensão do braço e da perna do lado oposto. tindo a movimentos ulteriores e provocando desse f- .•.~,
modo
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574 / TERAPEuTICA POR EXERCrCIOS
ESCOLlOSE / 575

I
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I
I
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i

Fig. 20.19. Tração de Cotre!. Quando a tração está ligada, a extensão gradual das
pernas provoca aumento da tração cervical e alongamento da coluna. I!' força é
f aplicada pelo paciente que tem o controle de um supervisar.

I extensão, aplica-se uma força sobre as almofadas dos pés que exerce
I
i
tração sobre o halter da cabeça. Dessa maneira a colun.a· é alongada
i (Fig. 20.19). O comprimento da corda deve ser cuidadosamente ajus-
! tado para assegurar que o paciente receba o estiramento máximo dentro
do tolerável. Fazendo a extensão das pernas em direção lateral, par~
a esquerda ou para a direita da mesa de tração, pode-se conseguir o
estiramento lateral da colu na.

,I
"
fv1elhora da Respiração
I
Nas curvaturas torácicas com 50° ou mais e com rotação importante,
I
i são freqüentes as d ificu Idades respiratórias. Tem sido descrita uma
Fig, 20.18. Exercícios com o aparelho ortopédico de Milwaulkee. As figuras II diminuição da capacidade vital, proporcional ao grau da escoliose (14).
superiores representam: (A) o contorno normal das costelas com uma coluna
O tratamento da escoliose, independentemente da técnica ou do mé-
direita; na escoliose (8) o encurvamento lateral é compo~o por rotação vertebral
todo' utilizados, deve levar em conta este aspecto. Os exerdcios para
e deformação costa. No aparelho ortopédico (figura inferior), os exercícios são II
para o paciente "puxar" a sua bossa costal para longe da almofada (1) e simultanea- melhorar a flexibilidade, a postura e para desfazer a rotação, devem
I
mente empurrar as costas contra a coluna oposta do aparelho (2). Estes movimentos acompanhar-se de exercícios respiratórios. ,
I Os exercícios habitualmente prescritos para as doenças pulmonares
tendem a desfazer a rotação da coluna (3) e a diminuir a deformação da gaiola
costa!. dão realce às situações de asma e enfisema, pelo que respeita ao ensino
i do relaxamento. Este aspecto dos problemas respiratórios não se
encontra com freqüência nas escolioses estruturais de modo que não
coluna. A pary:e da frente, aplanada, da coluna torácica (no lado da I
I
bossa posterior)' desloca-se para a frente. lhe iremos dar realce (15). A postura é também realçada nos exerdcios
I
I
Todos os exerdcios feitos dentro do aparelho ortopédico devem .
I para os problemas respiratórios. A imobilidade da gaiola costal obser-
vada nos pacientes idosos enfisematosos, encontra-se também nos
evitar aumentar a lordose lombar e devem ser prolongados para comu-
nicar ao paciente a sensação de movimento. pacientes escol ióticos mas por diferentes razões etiológ icas.
As excursões do gradil costa I estão limitadas na escoliose devido à
Çotrel defende os exercícios E,DF para os pacientes em tratamento
angulação das costelas e das articulações costovertebrais. Deve-se tentar
com esta forma de tração (13). A tração é aplicada ativamente pelo
aumentar a amplitude dos movimentos das costelas. Os músculos auxi-
. paciente. Dentro da tração, quando as pernas do paciente estão em
liares da respiração, os escalenos, podem estar encurtados no lado côn-
ESCOLIOSE / 577
576 / TERAPEuTICA POR EXERCrCIOS I
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cavo do pescoço e podem ser alongados forçando gradualmente e i


j
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freqüentemente a cabeça, no sentido lateral, com as mãos, afastando-a ~.~

do lado em que há restrição. Isto pode ser feito pelo fisioterapeuta f

ou pelo paciente. A tração cervical vertical, também pode alongar o


pescoço e estirar estes músculos respiratórios auxiliares.
A articulapão escapuloumeral deve ser completamente mobilizada.
Estender os braços para a frente e para cima, apertar as mãos uma com
a outra nas costas e afastá-Ias do corpo, colocar as mãos atrás da cabeça
e trazer gradualmente os cotovelos para trás, levantar e baixar completa-
mente os membros superiores, todos estes exerc(cios mobilizam as
escápulas.
As excursão da parte inferior da gaiola costal pode ser aumentada.
Isto pode-se conseguir mediante exerc(cios de inspiração profunda,
ao mesmo tempo que se aplica uma resistência manual à excursão da
gaiola costa. A pressão manual direita pode ser aplicada à parte inferior
do gradil costal, s6 de um ou dos dois lados. Se se pretende agir sobre
a excursão de toda a gaiola costal, deve-se aplicar a pressão restritiva
sobre os dois lados simultaneamente. Se o lado direito do gradil costa I
necessitar expansão, aplica-se a restrição no lado esquerdo, o que faz
com que o lado oposto se expanda ainda mais.
Fig. 20.20. Exercício respiratório contra-resistência. Um cinto colocado em vo,lta
Pode-se aplicar a resistência à gaiola costal colocando um cinto largo
da porção inferior do gradil costal exerce uma pressão corretiva sobre a gaiola costal
em volta da região torácica, cruzado na frente do corpo e seguro pelas e resiste segmentarmente à respiração. Quando se puxa com a mão direita, a parte
mãos do paciente. Puxanao o cinto com as duas mãos (Fig. 20.20), inferior do lado esquerdo do gradil costa I fica impedida de se expandir durante a
produz-se uma restrição geral, puxando o cinto com a mão esquerda inspiração profunda e, desse modo, a parte inferior do lado direito do gradil costal
aplica-se pressão sobre o lado direito do gradil costal e vice-versa. faz saliência. A manobra pode também ser executada no sentido contrário.
Os pacientes têm tendência para fazer respiração torácica com
escassa respiração diafragmática. Isto ocorre em indiv{duos normais 7. Tenta-se depois praticar a respiração toracoabdominal em posição sentado e
mas não pode ser permitido em pacientes com escoliose. As intruções depois em posição de pé.
para a respiração toracoabdominal devem seguir a seguinte seqüência:

1. O paciente coloca-se em posição supina com os joelhos e os quadris em flexão; Correção dos Desequihbrios Musculares'
2. Por concentração o paciente evita mover a gaiola costal;
3. Quando o paciente inspira, o abdome deve fazer saliência. Isto deve ser verifi- Entre as numerosas etiologias da escoliose há algumas que são secun-
cado por observação visual ou por palpação e pode ser reforçado colocando um dárias a doenças neuromusculares e têm relação com desequilfbrios
saco de areia sobre o abdome; musculares. Incluem-se neste grupo a poliomielite anterior, doenças
4. Na expiração profunda o abdome atinge a depressão máxima; degenerativas espinocerebelares, distrofias musculares e outras doenças
5. Gradualmente inicia-se a combinação de respiração abdominal e respiração neuromusculares. Um estudo muscular cuidadoso pode detectar uma
torácica; a seguir a uma inspiração abdominal lenta, gradual (com saliência do fraqueza ou um desequil{brio. Podem-se prescrever exerc(cios contra-
abdome) a caixa torácica é completamente expandida; na expiração que se segue -resistência para o grupo muscular afetado. Podem ser feitos exerdcios
o abdome retrai-se e a caixa to}ácica retrai-se também;
para os membros, mas geralmente não são significativos. Os músculos
6. Praticam-se exerc(cios lentos de inspiração e expiração; a fase de expiração tem do tronco são mais afetados ..... __.~-~-~ ...
geralmente o dobro da duração da fase de inspiração; !' . \~r'H'JA U1;r
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578 / TERAPEuTICA POR EXERCfCIOS ESCOLlOSE / 579

Os exerdcios abdominais já foram estudados. Se existir uma assime- (Fig. 20.21). Também neste caso se pode conseguir fortalecer assime-
tria em que os obl(quos direitos são mais fracos que os esquerdos, os tricamente o lado mais fraco por meio de flexão lateral e rotação
exerdcios de flexão podem ser executados com rotação simultânea simultâneas do tronco.
do tronco ou flexão lateral com flexão do tronco. Assume-se a mesma
posição do exerdcio de "sentar ereto" mas o tronco é rodado ou
fletido para fortalecer o lado mais fraco. REFER~NCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Os. músculos extensores podem também ser fortalecidos e, tal como
acontece com os flexores, se existir assimetria, deve-se dar realce ao 1. CAILLIET, R. Sca/iasis: Diagnasis and Management. F. A. Davis Ca., Philadelphia, 1975.
fortalecimento do lado mais fraco. Os exerc(cios de extensão podem 2. ROAF, R. Vertebral grawth and its mechanical contraI. J. Bane Jaint Su!"g., 42B: 40-
ser executados com o paciente deitado em posição prona e levantando 59, 1960 ..
a cabeça e os ombros do chão para fortalecer os extensores superiores. 3. ENNEKING, W. F., AND HARRINGTON, P. Pathological changes in scoliosis. Bone J.
Jaint Surg., 51A: 165-184, 1969. -
Elevando as duas pernas simultaneamente fortalecerm-se os extensores 4. COBB, J. R. The problem of the primary curve. J. Bone Jaint Surg., 42A: 1413-1425,
inferiores. Elevando uma só perna do chão, fortalecem-se os extensores 1960.
do tronco do mesmo lado. Este exerc(cio de fortalecimento assimétrico 5. ARKIN, A. M. Correction of structural changes in scoliosis by correotive plaster jackets
and prolonged recumbency. J. Bane Jaint Surg., 46A: 32-52, 1964.
dos extensores pode' ser ainda intensificado elevando o braço esticado 6. BLOUNT, W. P., AND BOLINSKE, J. Physical therapy in the nonoperative treatment of
para diante, do mesmo lado da perna que está em extensão (ver Figura scoliosis. Phys. Ther., 47: 919-925, 1967.
20.15). 7. RISSER, J. C. Scoliosis; past and present. J. Bane Jaint Surg., 46A: 167-199, 1964.'
8;, KLAPP, B. Das Klapp'sche Kriechverfahren. Georg Thieme Verlag, Stuttgart, 1966.
Os exerc(cios dos extensores podem ser transformados em exer- 9. LeGrand-Lambling, Y. Exercises for Scoliosis. In Therapeutic Exercises, Ch. 21, Ed. 2,
dcios contra-resistência utilizando o peso do corpo do paciente, Na edited by S. Licht. Elizabeth Licht, New Haven, 1965.
posição de joelhos e os pés mantidos no chão por pesos ou colocando- 10. JAMES, J. 1. P., LLOYD-RoBERTS, G. C., AND PILCHER, M. F. Infantile struct\\J1'al
scoliosis. J. Bane Jaint Surg.; 41B: 719-735, 1959.
-os debaixo de um móvel, o paciente pode lentamente levantar-se da 11. FIDLER, M. W., AND JOWETT, R. L. Muscle imbalance in the aetiology of scoliosis. J.
posição de completa flexão para a posição totalmente ereta de joelhos Bane Jaint Surg., 58B: 200-201, 1976.
12. HOOGMARTENS, M. J., AND BASMAJIAN, J. V. Postural tone in the deep spinal muscles
of idiopathic scoliosis patients and their siblings. Electramyogr. Clin. Neuraphysial.,
16: 93-114, 1976.
13. LABRECHE, B. G., LEVANGIE, P. K., AND SHARBY, N. H. Cotrel traction; a new
approach to the preoperative management of idiopathic scoliasis. Phys. Ther., 54: 837-
842, 1974.
14. COLLIS, D. K., AND PONSETI, 1. Long term follow up ofpatients with idiopathic scoliosis
not treated surgically. J. Bane Jaint Surg., 51A: 425-445, 1969.
15. SINCLAIR, J. D. Exercises in Pulmonary Disease. Chapt. 22, In Therapeutic Exercise,
Ch. 22, Ed. 2, edited by S. j:..icht. Elizabeth Licht, New Haven, 1965:

Fig. 20.21. Exercício de extensão contra-resistência. Na posição de joelhos com


JS pés mantidos abaixados sob uma barra ou um móvel (1), as costas podem ser
êndireitadas elevando o corpo lentar\,ente para uma postura mais erecta. O estira-
mento assimétrico pode ser conseguido (2) pela incorporação de flexão e extensão
laterais, no exercício.

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