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Em 1808, quando a família real, por pressão da invasão Após 1807, os primeiros livros impressos em Ouro
napoleônica, transferiu-se para o Brasil, levou consigo Preto foram uma coleção das “Leis do Império do
60 mil volumes da Biblioteca Real[14]. Instalados na Brasil”, em 1835, por um impressor chamado Silva, e o
nova capital, Rio de Janeiro, Dom João VI e seus “Diccionario da Língua Brasileira”, de Luís Maria da
ministros criaram, entre os demais empreendimentos, a Silva Pinto, em 1832. Surgiram, posteriormente, outras
Biblioteca Real, atual Biblioteca Nacional, criada em tipografias em São João Del Rei (1827), Diamantina
1810. O impacto provocou um aumento do número de (1828) e Mariana (1830)[17].
livrarias, de 2 existentes em 1808 (as de Paulo Martim
e Manuel Jorge da Silva), para 5 em 1809 (além das
• Bahia
anteriores, somaram-se a de Francisco Luiz Saturnino
da Veiga, Manuel Mandillo — que após 1814
associou-se a José Norges de Pinho — e João Roberto Clóvis Bevilaqua, dono da Livraria J. L. da Fonseca, na
Bourgeois); 7 em 1812 (além das anteriores, Manuel Faculdade de Direito do Recife entre os anos de 1891 e
Joaquim da Silva Porto — que em 1815 associou-se a 1895. Fotografia de Alberto Henschel.
Pedro Antônio de Campos Bellos — e José Antônio da
Silva); 12 em 1816 (além das anteriores, Fernando José
Pinheiro, Jerônimo Gonçalves Guimarães, Fancisco Na Bahia, logo que a família real chegou ao Brasil, um
José Nicolau Mandillo, João Batista dos Santos), e em livreiro de Salvador, Manuel Antônio da Silva Serva,
1818, mais 3 (Antônio Joaquim da Silva Garcez, João natural de Portugal, pediu permissão para ir à Inglaterra
Lopes de Oliveira Guimarães e Manuel Monteiro e conseguir uma impressora para a Bahia; tal permissão
Trindade Coelho)[15]. O periódico “Correio foi concedida em 1809, e começou a imprimir em
Braziliense”, de Hipólito José da Costa Pereira Furtado 1811; aventa-se que possuía, na época, 2 impressoras.
de Mendonça, era produzido na Inglaterra. Em Paris, Serva morreu em 1819, e a tipografia continuou com
houve um desenvolvimento do comércio editorial em seu sócio e genro José Teixeira e Carvalho, ficando
língua portuguesa, que iria durar muito tempo, conhecida como “Typographia da Viúva Serva, e
praticamente até 1930. Carvalho”. Mais tarde, seu filho Manuel começou a
trabalhar na firma.. A publicação conhecida da Silva
Serva é de 176 títulos, e a editora sobreviveu com
Há discordância sobre o fato de haver ou não um prelo várias mudanças de nome até 1846, porém perdeu sua
no Brasil por ocasião da chegada da família real. posição de monopólio em 1823. Durante a luta pela
Consta que a imprensa com tipos móveis foi finalmente independência do Brasil, as tropas da junta pró-
trazida ao Brasil pelo próprio governo que antes a Portugal invadiram a “Typographia da Viúva Serva”,
proibira com tanta veemência. António de Araújo e para interromper a publicação do jornal nacionalista
Azevedo, então Ministro do Exterior e posteriormente
“Constitucional”; os editores fugiram para Cachoeira, de Sales Nines Cascais; a “Typographia Monárquica
onde instalaram sua própria gráfica para imprimir a Constitucional”, que foi vendida em 1848 a Fábio
continuação, o semanário “O Independente Alexandrino de Carvalho Reis, A. Theophilo de
Constitucional”[18]. A tipografia de Serva continuou Carvalho Leal e A. Rego, e que produziria “O
produzindo a Gazeta da Bahia, pró-Portugal, mas Progresso”, o 1º jornal diário do Maranhão, iniciado
quando a causa nacionalista triunfou, em junho de em 1847[20].
1823, sua publicação teve que ser interrompida.
Belarmino de Mattos tem sido considerado por muitos
Com a morte de Silva Serva, a produção literária historiadores como um dos melhores impressores que o
baiana entrou em declínio, só se recuperando nos anos Brasil já teve[21]. Criou um sindicato, a “Associação
1890. Destacam-se, na época, a “Livraria J. L. da Typographica Maranhense”, inaugurada em 11 de maio
Fonseca Magalhães, editores”, do jurista Clovis de 1857, uma das primeiras organizações de
Bevilacqua, entre 1895 e 1910, e a Livraria Catilina, trabalhadores do Brasil fora do Rio de Janeiro (foi
fundada por Carlos Pongetti em 2 de fevereiro de 1835, precedida, no Rio de Janeiro, pela “Imperial
e que duraria até 1960, ocasião em que se tornou a Associação Typographica Fluminense”, fundada em 25
mais antiga livraria do Brasil. Em 1864, Serra Teriga de dezembro de 1853).
assumiu sua direção, passando-a para Xavier Catilina
em 1877. A Catilina era uma casa varejista, mas teve • Pernambuco
um grande período editorial, na administração de
Romualdo dos Santos, em que publicou obras de
Em Pernambuco, Recife teve a 1ª tipografia, a “Oficina
Castro Alves, Coelho Neto, Ruy Barbosa, Xavier
Tipográfica da República restaurada de Pernambuco”,
Marques, e Ernesto Carneiro Ribeiro. A impressão,
em 1817, que logo foi fechada pelo governo, por
porém, geralmente era feita em Portugal ou outros
motivos políticos. Em 1820, o governador Luís do
países da Europa, como era costume na época.
Rego Barreto ordenou que se construísse uma “prensa
de parafuso”, de modelo tradicional, no arsenal local,
• Maranhão ou no trem, ficando então conhecida como “Officina do
Trem de Pernambuco”, e o professor francês de
O Maranhão foi uma das primeiras províncias a ter desenho, Jean-Paul Adour, foi nomeado para dirigi-la.
uma tipografia, pois era uma das mais prósperas do Quando Rego foi destituído, passou a se chamar
império, devido à produção do algodão, que valorizara “Officina do Trem Nacional”, em 1821, e depois
desde a invenção do tear de Cartwright, em 1787. “Typographia Nacional”. Ainda em Recife havia o
Durante tal período de desenvolvimento, houve um concorrente Manuel Clemente do Rego Cavalcante,
período áureo de atividade cultural e intelectual na que se estabeleceu com um equipamento recém-trazido
região, por influência da elite portuguesa. O período de Portugal, associando-se depois a Felipe Mena
áureo da literatura começa com o aparecimento dos 1ºs Calado da Fonseca e ao inglês James Prinches; o ex-
poemas de Gonçalves Dias, na década de 1840, e vai padre e professor de português Antônio José de
até a partida de Aluísio Azevedo para o Rio de Janeiro, Miranda Falcão aprendeu com Prinches a arte da
no início da década de1880. Dois impressores se tipografia. Além dessas, outras duas tipografias foram a
destacam nessa época: Belarmino de Mattos e José “Typographia Fidedigna” de Manuel Zeferino dos
Maria Corrêa de Frias. Santos, de 1827 a 1840, e a Typographia do Cruzeiro”,
iniciada em 1829.
A impressão foi introduzida no Maranhão em 1821,
pelo governador Bernardo da Silveira Pinto da Em Olinda, Manuel Figueiroa de Faria abriu, em
Fonseca, quando esse instalou uma impressora oficial, meados de 1831, a “Pinheiro Faria e Companhia”, que
para produzir o jornal do governo “Conciliador do se mudou em seguida para Recife, e que talvez seja
Maranhão”[19]. Um prelo “Columbian”, o mais moderno responsável pelos primeiros livros de Pernambuco;
da época, foi trazido de Lisboa, e formava-se então a publicava o “Diário de Pernambuco”, tendo comprado
“Typographia Nacional Maranhense”, posteriormente seus direitos de Antônio José de Miranda Falcão, em
denominada “Typographia Nacional Imperial”. 1835. Na época, havia 14 firmas impressoras e 4
estabelecimentos de litografia em Recife, e uma das
As primeiras impressoras de propriedade privada no mais importantes foi a “União”, de Santos e Cia.,
Maranhão foram a de Ricardo Antônio Rodrigues de fundada em 1836, pelo padre Ignácio Francisco dos
Araújo, que existiu de 1822 até a década de 50, e a Santos.
“Typographia Melandiana”, de Daniel G. de Melo, que
produziu seu 1º trabalho em 1825. A mais importante, Talvez a publicação mais interessante de Pernambuco,
porém, foi a “Typographia Constitucional”, de na época[22], foi o trabalho de Nísia Floresta
Clementino José Lisboa, que teve início em 1830. (pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto), “Direitos
Outras foram a de “Ignácio José Ferreira”, fundada em das Mulheres e Injustiças do Homens”, adaptação livre
1833 por João Francisco Lisboa e Frederico Magno da obra Vindication of the rights of women, de 1792,
d’Abranches; a “J. G. Magalhães e Manuel Pereira de autoria da feminista Mary Wollstonecraft Godwin.
Ramos”; a “Typographia Temperança”; a de Francisco
Outras tipografias a salientar são a do cônego O escritor Victoriano José dos Santos e Silva montou a
Marcelino Pacheco do Amaral, que instalou um prelo “Officina dos Anais Fluminenses”; havia também a
em sua própria casa, só para publicar seu “Compendio moderna “Typographia Astréia”, que imprimia um
de theologia moral”, em 3 volumes produzidos entre jornal com o mesmo nome, e a firma “Torres e Costa:
1888-1890, e depois vendeu sua “Imprensa Innocêncio Francisco Torres e Vicente Justiniano da
Econômica” a um editor local, e a de Tobias Barreto, Costa”, que logo foi substituída pela “Typographia
em 1847, que fundou em Escada, interior de Innocencio Francisco Torres e Companhia”. Mediante
Pernambuco, a “Typographia Constitucional”, que a quantidade de tipografias, houve um aumento do
durou até 1888. número de livrarias no Rio de Janeiro.
A Livraria de Serafim José Alves parece ter tido Na linha literária, Francisco Alves publicou Afrânio
alguma ligação, também, com a Livraria Quaresma[39]. Peixoto, Emílio de Menezes, Raul Pompéia, entre
Pedro da Silva Quaresma foi o fundador da “Livraria outros, mas a grande maioria de seus livros era
do Povo”, em 1879, na Rua São José. A Livraria impressa no exterior, por motivos econômicos e
Quaresma durou até a década de 1960, com livros técnicos que inviabilizavam a impressão interna, o que
baratos e de apelo popular, e foi o local de treinamento foi motivo de muitos nacionalistas o criticarem. No seu
do livreiro e alfarrabista Carlos Ribeiro, que fundou tempo livre, Francisco Alves escrevia seus próprios
depois a “Livraria São José”, atuante nas décadas de livros, sob o pseudônimo Guilherme do Prado, ou F.
1950 e 1960. d’Oliveira. Foram catalogados, após sua morte, 39
livros de sua autoria[40].
• Antônio Joaquim Castilho
Alves era diabético e adquiriu uma pneumonia que o
O livreiro e impressor Castilho é também dessa época, levou à tuberculose. Quando o sócio Pacheco Leão
mas as edições mais importantes dessa firma são de seu faleceu, em 23 de dezembro de 1913, Alves adquiriu a
filho, Antônio Joaquim Castilho. Castilho enfrentou parte da viúva, mas faleceu em 29 de junho de 1917,
dificuldades financeiras e, em 1931, sua firma se após complicações de uma fratura na perna em um
transformou na “Livraria América”, de A, Bedeschi, acidente ferroviário. No testamento, deixou um grande
legado e uma pensão vitalícia àquela que fora sua Moço, e em 1852, “Cantos da Solidão, de Bernardo
amante desde 1891, Maria Dolores Braun. Todo o Guimarães., na “Typographia Liberal” de Joaquim
restante de seus bens ficaria para a Academia Brasileira Roberto de Azeredo Marques.
de Letras, porém com a exigência de que a Academia
deveria realizar, a cada 5 anos, dois concursos em sua Em 1855, São Paulo tinha apenas 15 mil habitantes,
homenagem, cada um deles com um primeiro prêmio enquanto o Rio de Janeiro passava dos 250 mil e
de 10 contos, um segundo de 5 contos e um terceiro de Salvador e Recife possuíam mais de 80 mil. Havia
3 contos. Um dos concursos deveria ser para então 3 livrarias, “Fernandes de Souza”, “Gravesnes” e
monografias sobre “a melhor maneira de ampliar a “Torres de Oliveira”, e 3 gráficas, a “Typographia
educação primária no Brasil”, e o outro para Liberal” de Azeredo Marques, a “Typographia Dous de
monografias sobre a língua portuguesa[41]. Mediante a Dezembro”(sem ligação com a de Paula Brito), de
Academia estar estatutariamente impedida de gerir Antônio Lousada Antunes, e a “Typographia
qualquer tipo de negócio, vendeu a livrarai a um grupo Litteraria”. Havia um encadernador, o alemão U.
de antigos empregados, liderados por Paulo Ernesto Knossel, cujo negócio foi adquirido em 1880 pelo
Azevedo, sucessor de Pacheco Leão na gerência da alemão Jorge Seckler, tornando-se importante gráfica,
filial de São Paulo, e Antônio de Oliveira Martins. A com impressoras movidas a vapor. Em fins de 1860,
nova firma adotou o nome “Paulo de Azevedo & havia a “Typographia de Lei”, a “Typographia
Companhia”, mas continuou a usar a marca F. Alves, e Americana”, e a tipografia “Henrique Schroeder”.
a dominar o mercado de livros didáticos até o
aparecimento da Companhia Editora Nacional, de
• Casa Garraux
Octalles Marcondes Ferreira, na década de 1920.
Em 1860, Baptiste Louis Garnier abriu uma filial em
Paulo de Azevedo morreu em 1946, sendo sucedido
São Paulo, e confiou-a a Anatole Louis Garraux (1833-
pelos filhos Ivo e Ademar, que admitiram como sócios
1904), e em 1863 Garraux já se tornara independente e
Álvaro Ferreira de Almeida, Raul da Silva Passos e
abrira a Livraria Acadêmica, em sociedade com Guelfe
Lélio de Castro Andrade, havendo nova revitalização
de Lailhac e Raphael Suares, mas que ficou sempre
da Livraria. Em 1972, a empresa foi vendida para o
conhecida como “Casa Garraux”. Foi na Casa Garraux
almirante José Celso de la Rocque Maciel Soares
que José Olympio começou a se interessar pelo
Guimarães, que modificou seu nome para “Livraria
mercado livreiro, ao conseguir ali um emprego
Francisco Alves Editora”; em 1974, a empresa de
arrumando e limpando livros.
navegação Netumar, de Ariosto Amado, adquiriu 80%
do seu capital e Carlos Leal assumiu a gerência.
Antes de 1920, Garraux não publicava, mas tornou-se
destacado livreiro, tornando-se a livraria com o estoque
• Outras editoras mais atualizado do país[43]. A partir de 1872, a
cafeicultura foi modificando o cenário da província, e
Outras editoras e livrarias importantes do fim do século nesse ano a Garraux mudou do Largo da Sé para a Rua
XIX foram a firma Editora Pimenta de Mello, fundada da Imperatriz (futura XV de Novembro), passando a
em 1845, e que sobreviveu até 1937, e a Livraria desempenhar papel importante no desenvolvimento
Moderna, de Domingos de Magalhães e Companhia, a intelectual e cultural de São Paulo. Garraux passou a
principal editora no campo da literatura nos anos 1890. direção da loja, nessa época, para seu genro Willy
Fischer, que se aposentou em 1888, e seu sucessor,
[editar] Mercado editorial em São Paulo Alexandre Thiollier, antigo caixa, dirigiu os negócios
até 1893, passando então a direção às mãos do sócio
• Século XIX Charles Hildebrand, de Estrasburgo.
São Paulo, que no início do século XIX formava uma • Outras livrarias paulistanas
única província com o Paraná, possuía uma pequena
capital com menos de 10 mil habitantes, e tinha pouca De 3 livrarias em 1850, São Paulo passou para 5 em
importância[42].Em 1827, José da Costa Carvalho, 1870, sendo uma delas a “Grande Livraria Paulista”,
futuro Marquês de Monte Alegre, importou uma que os irmãos Antônio Maria e José Joaquim Teixeira
impressora e um impressor, e produziu o 1º jornal da abriram em 1876.
província, “O Farol Paulistano”.
Em 1893, mediante a imigração nordestina na fuga da
Em 1828, a cidade de São Paulo foi escolhida para seca, São Paulo cresceu para 192.409 habitantes [44] e,
abrigar uma das duas novas escolas de Direito do país, na passagem do século, igualou o Rio de Janeiro, com
e a vida estudantil acabou por transformar a cidade, 239.820 habitantes. A indústria de papel instalada no
sendo que em 1836, uma gráfica local possuía até um estado começou a crescer; uma das fábricas era a “Cia.
livro impresso, “Questões sobre presas marítimas”, de Melhoramentos de São Paulo”, formada em 1890 pelo
José Maria de Avelar Brotero. Após algumas outras Coronel Antônio Proost Rodovalho, e que em 1920
impressões, em 1849 surgiu a 1ª obra literária, de um entrou para o ramo de papel para livros, associando-se
estudante, “Rosas e Goivos”, de José Bonifácio, o à editora “Weiszflog Irmãos”. No fim do século,
porém, São Paulo ainda tinha apenas 8 livrarias. Entre passou, aos poucos, para o genro Ênio Silveira. Em
outras, destacava-se a “Casa Eclectica”. 1934, a marca “Nacional” quase se reservava
totalmente para livros didáticos e infantis. Em 1943,
[editar] Século XX houve o abandono da empresa de 6 professores
responsáveis pela execução dos livros didáticos, que
fundaram sua própria editora, a “Editora do Brasil”,
• Monteiro Lobato
especializada em livros didáticos. O auxiliar de
Octalles, Arthur Neves (1916-1971), saiu e formou a
Ver artigo principal: Companhia Editora Editora Brasiliense, que implantou sua própria livraria,
Nacional a "Livraria Brasiliense".
Até a Primeira Guerra Mundial, os livros brasileiros Octalles morreu em 1973, e a presidência da empresa
eram impressos, em sua maioria, na Europa. A Editora passou ao seu irmão Lindolfo. Em 1974 a Livraria José
Garnier, utilizada por Machado de Assis e quase todos Olympio Editora solicitou auxílio financeiro para
os acadêmicos, era francesa e tinha suas oficinas na comprar a editora[49], porém, essa operação não chegou
França. Coelho Neto era impresso no Porto, em a ser finalizada. A empresa de José Olímpio solicitou
Portugal, e editado por Lelo & Irmão. As editoras e ajuda governamental: no caso, o financiamento total da
livrarias brasileiras dedicavam-se mais aos livros operação; assim, o Banco Nacional de
didáticos, e pouco se imprimia no Brasil. Desenvolvimento Econômico (BNDES) adquiriu a
totalidade das ações da empresa [...], contudo, a
Monteiro Lobato teve a iniciativa que modificou o situação econômica da José Olympio tornava
mercado editorial brasileiro. Imprimiu por conta impossível a desejada transferência e a Nacional
própria, nas oficinas do jornal “O Estado de São acabou tornando-se propriedade do BNDE[50].
Paulo”, seu livro Urupês, e verificou que, na época, o
Brasil contava com apenas umas 30 livrarias capazes Em 1980, o Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas
de receber e vender livros[45]. Escreveu, então, para (IBEP) adquiriu a Companhia Editora Nacional,
todos os agentes postais do Brasil (1300 ao todo), formando um dos maiores grupos editoriais do país.
solicitando nomes e endereços de bancas de jornais, Em 2009, a Conrad Editora, especializada em revistas
papelarias, armazéns e farmácias interessadas em em quadrinhos, foi comprada pelo Grupo IBEP-
vender livros[46]. Quase 100% dos agentes postais Companhia Editora Nacional[51].
responderam, proporcionando uma rede de quase dois
mil distribuidores espalhados pelo país. Lobato • José Olympio
começou a publicar obras de seus amigos e de
escritores iniciantes.
Ver artigo principal: Livraria José
Olympio Editora
Monteiro Lobato, um dos grandes incentivadores do
livro no Brasil, na Cia. Editora Nacional: "Um país se A editora deu largada em 1931, ainda em São Paulo,
faz com homens e livros". com um livro de sucesso: “Conhece-te pela
Psicanálise”, do americano J. Ralph, obra do gênero
Quando a inicial Cia. Gráfio-Editora Monteiro Lobato que hoje se conhece como auto-ajuda[52]. Nos anos 40 e
entrou em colapso, Octalles Marcondes Ferreira (1899- 50, Olympio se tornou o maior editor do país,
1972), que fora seu auxiliar e se tornara seu sócio, o publicando 2 mil títulos, com 5 mil edições, os quais
incentivou a abrir outra editora, e em novembro de nos anos 80 atingem 30 milhões de livros de 900
1925, a Companhia Editora Nacional já estava autores nacionais e 500 estrangeiros.
constituída e se preparava para publicar uma versão,
supervisionada por Lobato, do 1º livro escrito no Brasil A crise da Livraria José Olympio teve início com o
no século XVI, o relato de Hans Staden, “Meu colapso no mercado de ações. Nos anos 70, tentou
Cativeiro Entre os Selvagens Brasileiros”, numa comprar a Companhia Editora Nacional. Em 03 de
tiragem de 5 mil exemplares[47]. maio de 1990, quando morreu, José Olympio já não era
mais proprietário da editora que leva seu nome, pois
Enquanto Octalles permanecia em São Paulo, Lobato após ser encampada pelo BNDES nos anos 70, foi
dirigia a filial do Rio de Janeiro; em viagem aos comprada pela Record em 2001; hoje pertence ao
Estados Unidos, e devido à especulação na bolsa de Grupo Editorial Record[53].
valores e ao crash de outubro de 1929, Lobato precisou
vender a Octalles suas ações da editora, e passou a • Martins Editora
contribuir apenas como autor e tradutor[48].
Ver artigo principal: Livraria Martins
A editora começou a investir, aos poucos, em títulos
Editora
educacionais. Em 1932, Octalles adquiriu a Editora
Civilização Brasileira, fundada em 1929 por Getúlio
M. Costa, Ribeiro Couto e Gustavo Barroso, e que
José de Barros Martins resolveu abandonar o emprego imprimir as apostilas, e em 1962 foi criada a Sesil
para abrir uma livraria numa pequena sala do primeiro (Sociedade Editora do Santa Inês Ltda.). Anderson
andar de um edifício na Rua da Quitanda, em São Fernandes Dias, porém, defendeu a criação de uma
Paulo, em 1937[54]. Organizou seu próprio editora. Assim, a Editora Ática surgiu em agosto de
departamento editorial, sob a direção de Edgard 1965, e no ano seguinte, já apresentava 20 títulos em
Cavalheiro, e seu 1º título, no início de 1940, foi seu catálogo.
“Direito Social Brasileiro”, de Antônio Ferreira
Cesarino Júnior. Em 1999, a Ática foi comprada pela Editora Abril em
1999, numa parceria com o grupo francês Vivendi. Em
Martins promoveu a liquidação de sua companhia em 2002, a Vivendi vendeu suas empresas do ramo de
1974, mas procurou manter-se no ramo, negociando os publicações para o grupo francês Lagardère, mas a
mais valiosos contratos de publicação com a Editora Editora Ática ficou fora dessa transação comercial. Em
Record[55]. Atualmente, a Martins Editora é um selo 2003, os dois acionistas controladores da Ática —
editorial da Livraria Martins Fontes. Abril e Vivendi — puseram novamente a Editora à
venda. Após um ano de negociações, foram adquiridos
• Civilização Brasileira pela Editora Abril, em fevereiro de 2004, os ativos
financeiros da Vivendi, tornando-se a sócia majoritária
da Editora Ática, inaugurando uma nova fase na
Ver artigo principal: Civilização história da empresa, que passou a fazer parte da Abril
Brasileira Educação. No início de 2005, a editora passou a
funcionar no prédio do Edifício Abril, na Marginal
Fundada por Getúlio M. Costa, Ribeiro Couto e Tietê.
Gustavo Barroso em 1929, a Editora Civilização
Brasileira tinha na época poucos títulos, e em 1932 foi • Livraria do Globo
adquirida por Octalles Marcondes Ferreira[56], passando
a fazer parte da Companhia Editora Nacional. Ênio
Na década de 1880, a “Livraria Americana”, de Carlos
Silveira assumiu em parte a Civilização Brasileira, e a
Pinto, originalmente estabelecida em Pelotas,
incrementou, sendo que, no final da década de 50,
apresentava traduções de vários autores estrangeiros,
tornara-se já uma das principais editoras do país. Em
nem sempre com autorização dos autores. Casos como
1963, Ênio Silveira assumiu o controle total da
esse, e muitos outros, ocasionaram uma reação por
Civilização Brasileira[57]e, no ano seguinte, seu
parte dos autores e do governo, e começaram a se
catálogo era igual ao da Companhia Editora Nacional,
estabelecer leis com o intuito de preservar tais direitos.
acrescentado de 46 novos títulos. A Civilização acabou
As origens da Livraria do Globo são dessa época, mas
se tornando o canal mais importante para a moderna
a editora só começou um programa regular de edições
literatura brasileira nos anos 60[58], além de se dedicar
em 1928[60]. No início dos anos 30 surgia, assim, em
às traduções, tanto dos países europeus, quanto dos
Porto Alegre, a Livraria do Globo, e o início da
estadunidenses, japoneses e latino-americanos.
atividade editorial parece ter se dado, especialmente,
pela posição de desrespeito do novo governo com
Em 1982, Ênio aceitou uma oferta operacional da relação aos direitos autorais dos outros estados. A
DIFEL, empresa estrangeira, para colaborar com sua Revista do Globo, por não ter verba para matérias
firma. Paralelamente, o Banco Pinto de Magalhães, de inéditas, recorria também à pirataria[61]
capital português, e uma pessoa jurídica portuguesa, o
major Batista da Silva, adquiriram 90% do capital da
Civilização Brasileira, e Ênio ficou com 10%. Em Livraria do Globo na Rua da Praia em Porto Alegre.
março de 1984, formalizou-se a transferência da matriz
da Civilização para São Paulo, mantendo-se uma filial O florescimento da atividade editorial também era
no Rio de Janeiro[59]. Ênio da Silveira faleceu em 1996. decorrente do aumento de desenvolvimento do Rio
Atualmente, a Civilização Brasileira faz parte do Grande do Sul, que se dera no período da República
Grupo Editorial Record. Velha, 1889-1930. A Editora Globo começou com uma
pequena papelaria e livraria, fundada em 1883 pelo
• Editora Ática imigrante português Laudelino Pinheiro Barcellos,
junto à qual foi construída uma oficina gráfica para
Ver artigo principal: Editora Ática trabalhos sob encomenda. José Bertaso, rapaz admitido
para pequenos serviços em 1890, tornou-se sócio e em
1919, proprietário. Bertaso previu a escassez de papel
Entre 1964 e 1965, surge a Editora Ática. Em 15 de com a Primeira Guerra Mundial e importou o suficiente
outubro de 1956, foi fundado o Curso de Madureza para lucrar depois, com as vendas. A “Barcellos,
Santa Inês, para a educação de jovens e adultos, pelos Bertaso e Cia” adquiriu uma máquina linotipo, a 1ª do
irmãos Anderson Fernandes Dias e Vasco Fernandes estado, e em 1922 começou a publicar livros de um
Dias Filho e pelo amigo Antonio Narvaes Filho. Com o renascimento literário local, a contrapartida gaúcha do
passar do tempo, mediante o crescente número de movimento modernista. Mansueto Bernardi, italiano de
alunos, o mimeógrafo tornou-se insuficiente para Treviso e diretor do departamento de propaganda, era
ainda mais ambicioso, e incentivou a publicação de Com a revolução de 1930, o Rio Grande do Sul
títulos traduzidos. Montou uma equipe de revisores, projetou-se no cenário nacional.. Com a implantação
tradutores e artistas gráficos, e criou a Revista do do Estado Novo, uma das consequências foi a criação
Globo. do Instituto Nacional do Livro, por iniciativa do
Ministro Gustavo Capanema, em setembro/dezembro
Bernardi, em 1931, com a criação do Estado Novo, de 1937 (pelo Decreto-Lei nº 93, de 21/09/1937). O
abandonou a atividade editorial e passou a dirigir a poeta Augusto Meyer o dirigiria até 1954, e novamente
Casa da Moeda. O mais velho de seus 3 filhos, de 1961 a 1967[63]. Foi criado e incentivado por Getúlio
Henrique d’Avila Bertaso, que começara na Livraria Vargas com o objetivo de elaborar uma enciclopédia e
Globo em 1922, aos 15 anos, assumiu o setor editorial, dicionário da língua brasileira que retratasse a
enquanto a direção da Revista do Globo foi dada a um identidade e a memória nacional e para apoiar a
jovem escritor, Érico Veríssimo, que se transformou implantação de bibliotecas públicas em todo o Brasil.
em um dos principais tradutores da editora. A carreira Até 1945, no entanto, ainda não haviam concluído a
de Veríssimo como autor tivera início em 1928, quando enciclopédia e o dicionário, mas, o número de
Bernardi aceitara seu conto “Ladrão de Gado” para bibliotecas públicas cresceu, principalmente nos
Revista do Globo. Seu 1º livro, "Fantoches", foi uma estados de escassez cultural, graças ao auxílio prestado
coletânea de contos que H. Bertaso aceitara publicar pelo o INL na composição do acervo e na capacitação
em 1932. Após alguns livros, o êxito comercial só técnica.
chegou em 1935, com “Caminhos Cruzados”, que
recebeu vários prêmios. • Outras editoras de destaque
No Paraná, em Curitiba, na década de 30 a Editora Na década de 60, surgiu a Dominus Editora S/A
Guaíra ganhou reputação nacional com títulos como (DESA), com edições de bolso e a Livraria José
“Esperança”, de André Malraux, “Doña Bárbara”, de Olympio Editora lançou a “Sagarana”, com
Rómulo Gallegos, entre outros. No início dos anos 40, reimpressões em pequeno formato. Em 1970, a Editora
sua produção era de 40 títulos por ano. Declinou após a Bruguera, subsidiária brasileira da Francisco Bruguera,
Segunda Guerra Mundial. Ainda em Curitiba, A da Argentina, publicou uma coleção de bolso de ficção
Editora dos Professores, criada por Ocyron Cunha em estrangeira e nacional, a maioria em domínio público.
1962, era destinada a produzir obras de professores A Editora Artenova também teve experiências com
regionais, e atualmente está desativada. livro de bolso. Em fins de 1971, a Editora Edibolso
iniciou com apenas 14 títulos e em fins de 1977 já
Santa Catarina, apesar da pouca atividade editorial, tem lançara quase uma centena de livros de bolso[68].
abundância em pontos de venda, e grande parte de seus Algumas das coleções de bolso mais conhecidas,
municípios possui livrarias, o que a colocava em 5º atualmente, são das editoras L&PM (Coleção Pocket) e
lugar nacional em pontos de venda de livros nos anos Martin Claret.
80[66].
[editar] Panorama editorial atual
Em outras cidades do Rio de Janeiro, vale destacar
Petrópolis, com a Editora Vozes, criada em 5 de março A partir dos anos 80 houve um crescimento ascendente
de 1901, pelo convento franciscano local, e é a mais do mercado editorial brasileiro, com um aumento do
antiga editora do Brasil ainda em atividade. setor editorial. Novas editoras surgiram, mas muitas
das antigas foram substituídas ou incorporadas a
Em Minas Gerais, em Belo Horizonte se destacou a outras. A Companhia Editora Nacional, por exemplo,
Livraria Itatiaia Editora, além da Editora Comunicação, atualmente pertence ao IBEP, e a Civilização
Editora Vega, Interlivros e LEMI (Livraria Editora Brasileira, ao Grupo Editorial Record, que surgira em
Miguilim), de livros infantis. 1942 e se constituíra em editora em 1957. As Editoras
Cultrix e Pensamento se uniram na Editora
Na Bahia, entre as décadas de 40 e 60, a mais Pensamento-Cultrix, enquanto a Editora Cortez &
importante marca editorial foi a “Livraria Progresso”, Moraes separou-se, formando a Editora Cortez e a
de Aguiar e Souza Ltda. (não confundir com a Editora Moraes, que por sua vez se transformou na
Progresso do Grupo Delta). Outra foi a Edições Centauro Editora. Editoras antigas sobreviveram, como
Macunaíma, fundada em 1957 por Calasans Neto, a Editora Brasiliense e a Editora Vozes, a mais antiga
ainda atuante do Brasil, e novas editoras cresceram e até 80 mil habitantes, muitas vezes, não há nenhum
diversificaram o cenário editorial nacional, como ponto de venda”. Ainda de acordo com a ANL, a
Editora Perspectiva (1965), Editora Nórdica (1970), região Sudeste é a que tem o maior número de lojas;
Editora Cátedra (1970), Martin Claret (1970), Alfa- São Paulo, com 864 varejistas especializados em livros,
Ômega (1973), Editora Rocco (1975), Companhia das tem mais que o dobro do 2º colocado, seguido pelo Rio
letras (1986), entre outras. de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O
Paraná está em 5º lugar em número de livrarias. A
• Editora Nova Fronteira Bahia tem o maior número de livrarias na região
Nordeste, sendo o sexto colocado no país, empatado
com Santa Catarina; Roraima, que apesar de ter apenas
A Editora Nova Fronteira foi fundada no Rio de
25 livrarias tem, proporcionalmente, na região Norte, a
Janeiro em1965, pelo jornalista político Carlos
melhor média nacional[71].
Lacerda. Antes de morrer, em 1977, acertou um
vínculo formal com a Editora Nova Aguilar, fundada
em 1958, por um sobrinho do proprietário de sua [editar] Enquete
homônima em Madri. Com a morte de Lacerda,
assumiram seus filhos Sérgio e Sebastião. Em 23 de julho de 2010, o jornal Valor Econômico
promoveu uma enquete com um grupo de críticos e
• Editora Abril professores para identificar qual é a melhor editora do
Brasil[72], apresentando como resultado a Companhia
das Letras em primeiro lugar (81%), a Cosac Naify em
Birmann 21, o edifício sede da Editora Abril, em São segundo (76%). Em 3º lugar ficaram a Editora 34, a
Paulo, é um dos maiores arranha-céus do Brasil. Martins Fontes e a Record; em 4º a Editora UFMG; em
5º Ateliê Editorial, Editora Hedra, Editora Iluminuras,
Editora da Unicamp[73]; em 6º lugar Contraponto
A Editora Abril foi a responsável pelo êxito de um tipo
Editora, Difel, Edusp, Editora Escrituras, Editora
de livro vendido nas bancas de jornais: a edição em
Perspectiva, UnB, Editora Vozes, WMF Martins
fascículos. A Abril foi constituída por Victor Civita e
Fontes, Zahar Editores.
seu amigo Giordano Rossi em 1950, inicialmente como
editora de revistas. Começou com o Pato Donald,
trabalhando com a organização Walt Disney, e seu 1º A pesquisa promovida pelo jornal não teve a intenção
empreendimento no mercado de livros foi em 1965, de medir a eficiência empresarial, mas sim de indicar
com uma edição ilustrada da Bíblia Sagrada, em as editoras que mais se destacam culturalmente. A
fascículos quinzenais, seguindo-se outras, de interesse votação se encaminhou para a ênfase nas áreas
geral. O crescimento e a aceitação foram artístico-literária e das ciências humanas e na
impressionantes, e em 1974, até fascículos sobre capacidade de interferir na vida cultural e de formar
filosofia, Os Pensadores, dos quais eram vendidos leitores com critérios para medir a qualidade de uma
100.000 exemplares por semana. Em 1982, foram editora. Aos 21 especialistas consultados, foi pedido
lançados Os Economistas, incluindo 20 títulos que que fossem escolhidas as três melhores casas editoriais.
nunca haviam sido publicados em português. Foram excluídas as áreas mais especializadas, como
livros técnicos, autoajuda, didáticos e paradidáticos.
• Panorama atual da leitura no Brasil
Em 1858, a Biblioteca foi transferida para a Rua do Em 1990 a Biblioteca Nacional foi transformada em
Passeio, número 60, no Largo da Lapa, e instalada no fundação de direito público, com vínculo ao Ministério
prédio que tinha por finalidade abrigar de forma da Cultura, absorvendo parte das funções do Instituto
melhor o seu acervo. Atualmente, com algumas Nacional do Livro (INL) que foi extinto naquele ano.
modificações, esse edifício abriga a Escola de Música
da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com essa reestruturação teve incluídos em sua
estrutura organizacional os seguintes órgãos:
Como seu acervo continuava a ampliar-se com as
doações, aquisições e através de contribuição legal, • Escritório de Direitos Autorais (EDA), em que
compra de coleções de obras raras em leilões e em são realizados os registros de obras
centros livreiros de todo o mundo, em breve seria intelectuais
necessária sua mudança para outro edifício, mais • Agência Brasileira do International Standard
adequando às suas necessidades. Book Number (ISBN)
• Agência Brasileira do International Standard
[editar] A sede atual Series Number (ISSN)
• Agência Brasileira do International Standard
Escadaria interior Music Number (ISMN)
O crescimento constante e permanente do acervo da A partir dessa data passou a coordenar, em todo o
biblioteca foi fundamental para a realização de um Brasil:
projeto de construção de uma sede que atendesse a
todas as necessidades da biblioteca, acomodando de
forma adequada suas coleções. Com base nisso foi • o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas
projetado seu atual prédio, que teve sua pedra • o Programa Nacional de Incentivo à Leitura
fundamental lançada em 15 de agosto de 1905, durante (PROLER)
o governo de Rodrigues Alves. A inauguração se • o Plano Nacional de Obras Raras (PLANOR)
realizou em 29 de outubro de 1910, durante o governo • o Plano Nacional de Microfilmagem de
Nilo Peçanha. Periódicos Brasileiros (PLANO)
O edifício da Biblioteca Nacional, cujo projeto é Além disso tornou-se responsável pela promoção e
assinado pelo engenheiro Sousa Aguiar, tem um estilo divulgação de autores e livros brasileiros no exterior,
eclético, no qual se misturam elementos neoclássicos e através de participação em feiras internacionais de
art nouveau, e contém ornamentos de artistas como livros e concessão a editoras estrangeiras de bolsas de
Eliseu Visconti, Henrique e Rodolfo Bernardelli, apoio à tradução de escritores brasileiros.
Modesto Brocos e Rodolfo Amoedo.
[editar] Funções
Fica situado na Avenida Rio Branco, número 219,
praça da Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, e A BN tem estabelecido estreita relação com
compondo com o Museu Nacional de Belas Artes e o organismos internacionais para divulgar os livros e
Teatro Municipal um conjunto arquitetônico e cultural autores brasileiros, e tem atuado no desempenho de
de grande valor. funções referentes à biblioteca, ao livro e à leitura, em
seus diversos segmentos.
[editar] Atividades
Como também tem a função de centro nacional de
Ao longo do século, a Biblioteca Nacional diversificou informações bibliográficas e documentais, vem
e aperfeiçoou suas atividades, e passou por sucessivas atuando como uma biblioteca de amplo acesso com
reformas. Em resposta às exigências impostas pela acervo disponível a pesquisadores, tanto presenciais
demanda dos pesquisadores, e diante da importância do quanto distantes, no Brasil e no exterior. Em seu
conjunto bibliográfico e documental sob sua guarda, prédio-sede atende a cerca de quinze mil usuários por
buscou acompanhar a evolução tecnológica mundial e mês.
investiu no aprimoramento dos mecanismos de
segurança e preservação do patrimônio sob sua Dispõe de duas outras bibliotecas públicas:
custódia; criou e desenvolveu metodologias modernas
de catalogação e classificação para seu acervo e adotou • a Biblioteca Demonstrativa de Brasília (BDB),
novas tecnologias da informação, para garantir o com atendimento ao público do Distrito
direito de acesso do cidadão e contribuir para a sua Federal que registra uma média de 25 mil
qualificação. usuários por mês
• a Biblioteca Euclides da Cunha (BEC),
dedicada ao público infanto-juvenil da
Biblioteca Nacional, com a média de 2500
usuários por mês