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músicas infantis

A barca virou
A barca virou

A barca virou,
deixá-la virar,
a menina (Ana)
não sabe nadar.

A barca virou,
deixá-la virar,
a menina (Júlia)
não sabe voar.
Lá vai uma, lá vão duas
Lá vai uma, lá vão duas

Lá vai uma, lá vão duas,


três pombinhas a voar,
uma é minha, outra é tua,
outra é de quem a apanhar.

Sete e sete, são catorze,


com mais sete são vinte e um,
tenho sete namorados,
e não gosto de nenhum.

Lá vai uma, lá vão duas,


três pombinhas a voar,
uma é minha, outra é tua,
outra é de quem a apanhar.
Senhora D. Anica
Senhora D. Anica

Senhora Dona Anica


venha abaixo ao seu jardim.
Venha ver as (costureiras)
a fazer assim, assim.

Senhora Dona Anica


venha abaixo ao seu jardim.
Venha ver os (pescadores)
a fazer assim, assim.
Pantaleão
Pantaleão

Pantaleão da Conceição,
vinte cinco Manuel João,
cinco pratos por um tostão.
Cucurucú que te viras tu.

Pantaleão da Conceição,
vinte cinco Manuel João,
cinco pratos por um tostão.
Cucurucú que te viras tu.
Passa, passa, Gabriel
Passa, passa, Gabriel

Passa, passa Gabriel,


todo o mundo passa;
passa, passa Gabriel,
todo o mundo passa;
os (pescadores) fazem assim.
Ai, ai, ai, ai, todo o mundo passa.

Passa, passa Gabriel,


todo o mundo passa;
passa, passa Gabriel,
todo o mundo passa;
os (camponeses) fazem assim.
Ai, ai, ai, ai, todo o mundo passa.
Ó Terrá, tá, tá
Ó Terrá, tá, tá

Ó terrá, terrá, tá tá,


ó terréu, terréu, téu téu,
eu já tenho três fitinhas,
a enfeitar o meu chapéu.

Bate palmas, siga a festa,


gira a roda sem parar,
não há festa como esta,
sempre a rir e a brincar.
Que linda falua
Que linda falua

Que linda falua,


que lá vem, lá vem,
é uma falua,
que vem de Belém.

Eu peço ao Senhor Barqueiro


que me deixe passar,
tenho filhos pequeninos
não os posso sustentar.

Passará, não passará,


algum deles ficará,
se não for a mãe à frente,
é o filho lá de trás.
Fui ao jardim da Celeste
Fui ao jardim da Celeste

Fui ao jardim da Celeste, Para quem é essa rosa,


giroflé, giroflá, giroflé, giroflá,
fui ao jardim da Celeste, Para quem é essa rosa,
giroflé, flé, flá. giroflé, flé, flá.

O que foste lá fazer? É para a menina (Ana),


giroflé, giroflá, giroflé, giroflá,
O que foste lá fazer? É para a menina (Ana),
giroflé, flé, flá. giroflé, flé, flá.

Fui lá buscar uma rosa,


giroflé, giroflá,
Fui lá buscar uma rosa,
giroflé, flé, flá.
Marcha soldado
Marcha soldado

Marcha soldado,
cabeça de papel.
Marcha direito,
direito pr'o quartel.

Marcha soldado,
cabeça de papel.
Quem não marcha direito,
vai preso pr'o quartel.
Rosa branca ao peito
Rosa branca ao peito

Rosa branca ao peito, Quem ela namora,


a todos está bem. quem ela namorou.
Rosa branca ao peito, Quem ela namora,
a todos está bem. quem ela namorou.
À menina (Rosa), olaré, O menino (Zé), olaré,
melhor que a ninguém a mão lhe apertou.
À menina (Rosa), olaré, O menino (Zé), olaré,
melhor que a ninguém a mão lhe apertou.

Melhor que a ninguém, A mão lhe apertou,


por dentro ou por fora. a mão lhe apertaria.
Melhor que a ninguém, A mão lhe apertou,
por dentro ou por fora. a mão lhe apertaria.
Quem sabe lá, olaré, Quem sabe lá, olaré,
quem ela namora. o que mais seria?
Quem sabe lá, olaré, Quem sabe lá, olaré,
quem ela namora. o que mais seria?
As pombinhas da Catrina
As pombinhas da Catrina

As pombinhas da Catrina, Por ser o pombal tão estreito,


andam já de mão em mão, e asas termos pr'a voar,
foram ter à quinta nova, nós voamos com tal jeito,
ao pombal de S. João. que não qu'remos já voltar.

Ao pombal de S. João, Se alguém nos vê passar,


ao quintal da Rosalina. diz: que lindos que eles são;
Minha mãe mandou-me à fonte, nós não queremos já voltar,
eu parti a cantarinha. mas andar de mão em mão.

Ao passar o ribeirinho, Sem ter beira nem patrão,


água sobe e água desce, o voar é nossa sina.
dei a mão ao meu amor, - vão andar de mão em mão,
não quiz que ninguém as pombinhas da Catrina.
soubesse.

Se tu és o meu amor,
dá-me cá os braços teus,
se não és o meu amor,
vai-te embora, adeus, adeus.
A Machadinha
A Machadinha

Ai, ai, ai, minha machadinha


Ai, ai, ai, minha machadinha
quem te pôs a mão, sabendo que és minha.
quem te pôs a mão, sabendo que és minha.

Sabendo que és minha, também eu sou tua,


Sabendo que és minha, também eu sou tua,
salta machadinha, para o meio da rua.
salta machadinha, para o meio da rua.

No meio da rua, não hei-de eu ficar


No meio da rua, não hei-de eu ficar
Hei-de ir à roda, buscar o meu par
Hei-de ir à roda, buscar o meu par
Ó Malhão
Ó Malhão

Ó malhão, malhão, Ó malhão, malhão, Ó malhão, malhão,


que vida é a tua? ó malhão vai ver, ó malhão do Sul,
Ó malhão, malhão, Ó malhão, malhão, Ó malhão, malhão,
que vida é a tua? ó malhão vai ver, ó malhão do Sul,
Comer e beber, ó terrim, tim, as ondas do mar, quando o mar está manso,
tim, ó terrim, tim, tim, ó terrim, tim, tim,
passear na rua. ai, onde vão ter. faz a onda azul.
Comer e beber, ó terrim, tim, as ondas do mar, quando o mar está manso,
tim, ó terrim, tim, tim, ó terrim, tim, tim,
passear na rua. ai, onde vão ter. faz a onda azul.

Ó malhão, malhão, Ó malhão, malhão,


ó malhão d'aqui, ó malhão do Norte,
Ó malhão, malhão, Ó malhão, malhão,
ó malhão d'aqui, ó malhão do Norte,
se dançar, dancei, ó terrim, quando o mar está bravo,
tim, tim, ó terrim, tim, tim,
se fugi, fugi. faz a onda forte.
se dançar, dancei, ó terrim, quando o mar está bravo,
tim, tim, ó terrim, tim, tim,
se fugi, fugi. faz a onda forte.
O seu ladrãozinho
O seu ladrãozinho

Ó seu ladrãozinho,
ande ligeirinho,
pois não vá ficar,
na roda sozinho.

Na roda sozinho,
não hei-de eu ficar,
a mais linda dama
eu vou abraçar.

Eu vou abraçar,
apertar a mão,
à mais linda dama,
do meu coração.
Mata tira
Mata tira

A nossa roda é tão linda, Que menina escolherás,


mata, tira, lira, lira, mata, tira, lira, lan.
a nossa roda é tão linda, A menina (Isabel),
mata, tira, lira, lan. mata, tira, lira, lira,
Mas nós a destruiremos, A menina (Isabel),
mata, tira, lira, lira, mata, tira, lira, lan.
Mas nós a destruiremos, Que presente lhe dareis?
mata, tira, lira, lan. mata, tira, lira, lira,
Que menina escolherás, Que presente lhe dareis?
mata, tira, lira, lira, mata, tira, lira, lan.
(Um barquinho a vapor),
mata, tira, lira, lira,
(Um barquinho a vapor),
mata, tira, lira, lan.
Dom solidom
Dom solidom

Ai a menina, Dom Solidom, Ai a menina, Dom Solidom, Ai a menina, Dom


como vai contente. como vai bonita. Solidom,
Ai a menina, Dom Solidom, Ai a menina, Dom Solidom, parece uma rosa.
como vai contente. como vai bonita. Ai a menina, Dom
Ponha a mão na trança, Ponha a mão na trança, Solidom,
Dom Solidom, Dom Solidom, parece uma rosa.
não lhe caia o pente. não lhe caia a fita. Ponha a mão na
Ponha a mão na trança, Ponha a mão na trança, trança,
Dom Solidom, Dom Solidom, Dom Solidom,
não lhe caia o pente. não lhe caia a fita. fica mais airosa.
Ponha a mão na
Ai a menina, Dom Solidom, Ai a menina, Dom Solidom, trança,
como vai airosa. com o seu raminho. Dom Solidom,
Ai a menina, Dom Solidom, Ai a menina, Dom Solidom, fica mais airosa.
como vai airosa. com o seu raminho.
Ponha a mão na trança, Ponha a mão na trança,
Dom Solidom, Dom Solidom,
não lhe caia a rosa. segure o lencinho.
Ponha a mão na trança, Ponha a mão na trança,
Dom Solidom, Dom Solidom,
não lhe caia a rosa. segure o lencinho.
Na ponte da viola
Na ponte da viola

Na ponte da viola,
Na ponte da viola,
toda a gente passa lá,
toda a gente passa lá,
Lavadeiras fazem assim,
sapateiros fazem assim,
caçadores fazem assim,
camponeses fazem assim,
Lá, rá, lá, lá.
A rolinha, andou, andou
A rolinha, andou, andou

Olha a rolinha, andou, andou,


caíu no laço e lá ficou.
Dá-me um abraço e troca o passo,
olha a rolinha, caíu no laço.

Olha a rolinha, lá ia, ia,


debaixo d'água, ninguém a via.
Dá-me um abraço, com desembaraço,
olha a rolinha, caíu no laço.
O senhor do meio
O senhor do meio

O senhor do meio, Na roda sozinho


cuida ser alguém. não hei-de eu ficar.
O senhor do meio, Na roda sozinho.
cuida ser alguém. não hei-de eu ficar.
É um rapazinho, Eu hei-de ir à roda
que nem barbas tem. buscar o meu par.
É um rapazinho, Eu hei-de ir à roda
que nem barbas tem. buscar o meu par.

Ó senhor do meio,
ande ligeirinho.
Ó senhor do meio,
ande ligeirinho.
Se não quer ficar,
na roda sozinho.
Se não quer ficar,
na roda sozinho.
A galinha pintada
A galinha pintada

Tenho uma galinha pintada, Tlim, tlim, tlim, tlão,


meu marido m'a comprou. tenho um realejo, que me ganha o
É bonita e põe bons ovos, queijo,
bom dinheiro me custou. tenho um violão, que me ganha o pão.

Tlim, tlim, tlim, tlão, Já me deram pelos ossos,


tenho um realejo, que me ganha o uma saca de tremoços;
queijo, com isso não me contento,
tenho um violão, que me ganha o pão. chut galinha, lá p'ra dentro.

Já me deram pelo bico, Tlim, tlim, tlim, tlão,


uma casa em Machico; tenho um realejo, que me ganha o
com isso não me contento, queijo,
chut galinha, lá p'ra dentro. tenho um violão, que me ganha o pão.

Tlim, tlim, tlim, tlão, Já me deram pelos pés,


tenho um realejo, que me ganha o uma saca de cafés;
queijo, com isso não me contento,
tenho um violão, que me ganha o pão. chut galinha, lá p'ra dentro.

Já me deram pelas patas, Tlim, tlim, tlim, tlão,


uma saca de batatas; tenho um realejo, que me ganha o
com isso não me contento, queijo,
chut galinha, lá p'ra dentro. pão. tenho um violão, que me ganha o pão.
Capelinha de melão
Capelinha de melão

Capelinha de melão,
é de S. João,
é de cravo, é de rosa,
de mangericão.

S. João está dormindo,


não se ouve não.
Acordai, acordai,
acordai, João.
Pombinha rolinha
Pombinha rolinha

Pombinha rolinha, passou por aqui,


comendo, bebendo, fazendo assim,
assim, assim,
assim, outra vez, assim.

Pombinha rolinha, passou por aqui,


comendo, bebendo, fazendo assim,
assim, assim,
assim, outra vez, assim.
Barqueiro
Barqueiro

Barqueiro deita o barco ao rio,


Barqueiro deita o barco ao mar,
mas olha que o barco vira,
lá no meio do Mira
e eu não sei nadar.
Larau, larito
Larau, larito

Uma vez uma pastora, Depois foi confessar-se,


larau, larau, larito, larau, larau, larito,
com o leite do seu gado depois foi confessar-se
mandou fazer um queijito. ao seu Padre Francisquito.

Mas o gato espreitava, Senhor padre eu me confesso,


larau, larau, larito, larau, larau, larito,
mas o gato espreitava Senhor padre eu me confesso
e metia o focinhito. que bati no meu gatito.

A pastora de zangada, O castigo que te dou,


larau, larau, larito, larau, larau, larito,
a pastora de zangada O castigo que te dou
bateu muito no gatito.. é fazeres mais um queijito.
Joga a laranjinha
Joga a laranjinha

Joga a laranjinha,
quem tem sede vai beber
e eu vou na roda
tenho direito a escolher.

Joga a laranjinha,
quem tem sede vai beber
e eu vou na roda
tenho direito a escolher.
Ora bate, bate
Ora bate, bate

Ora bate, bate, já canta a rolinha Ora bate, bate, já canta o galinho
Ora bate, bate, no ninho sozinha Ora bate, bate, no seu poleirinho
Ora bate, bate, já canta a rolinha, Ora bate, bate, já canta o galinho
ruru, ruru, no ninho sozinha. cócórócó no seu poleirinho

Ora bate, bate, já canta o cuquinho Ora bate, bate, já canta a poupinha
Ora bate, bate, no alto raminho Ora bate, bate, no ninho sozinha
Ora bate, bate, já canta o cuquinho Ora bate, bate, já canta a poupinha
cucu, cucu, no alto raminho poupai, poupai, que sou pobrezinha.

Ora bate, bate, já canta o grilinho


Ora bate, bate, no seu buraquinho
Ora bate, bate, já canta o grilinho
grigri, grigri, no seu buraquinho
A moda da Rita
A moda da Rita

Esta é que era a moda


que a Rita cantava
Lá na praia nova, olaré,
ninguém lhe ganhava
Lá na praia nova, olaré,
ninguém lhe ganhou.

Ninguém lhe ganhava,


ninguém lhe ganhou,
esta é que era a moda, olaré,
que a Rita cantava,
esta é que era a moda, olaré,
que a Rita cantou
Papagaio louro
Papagaio louro

Papagaio louro
de bico dourado,
leva-me esta carta
ao meu namorado.

Ele não é frade


nem homem casado,
é rapaz solteiro
lindo como um cravo.
Indo eu
Indo eu

Indo eu, indo eu, Ora zuz, truz, truz,


a caminho de Viseu, ora zás, traz, traz,
Indo eu, indo eu, Ora zuz, truz, truz,
a caminho de Viseu, ora zás, traz, traz,
ora chega, chega, chega,
Encontrei o meu amor, ora arreda lá p'ra trás,
ai Jesus que lá vou eu, ora chega, chega, chega,
Encontrei o meu amor, ora arreda lá p'ra trás.
ai Jesus que lá vou eu,
No alto daquela serra
No alto daquela serra

No alto daquela Serra,


No alto daquela Serra,
Está um lenço, está um lenço de mil cores
Vira a roda, vira a roda, meus amores.
Está dizendo, viva, viva,
Está dizendo, viva, viva,
Viva quem, viva quem não tem amores,
Viva quem, viva quem não tem amores.
Disse o galo pra galinha
Disse o galo pra galinha

Disse o galo pr'á Respondeu o rato Responde a formiga


galinha, do seu buraquinho, do seu formigal,
- Casemos, ó prima. que ele estava pronto que ela estava pronta
- Sim, sim, p'ra ser o padrinho. para o trigo dar.
casaremos, - O padrinho já nós - O pão trigo já nós
mas, falta a madrinha. temos temos
e mui certo o temos, e mui certo o temos,
Respondeu a cobra agora o carneiro, mas a cozinheira,
lá da Ribeirinha, onde nós iremos? onde nós iremos?
que ela estava pronta
p'ra ser a madrinha. Respondeu o lobo Responde a raposa,
- A madrinha já nós lá do seu lobal, por ser mais lampeira,
temos que ele estava pronto que ela estava pronta
e mui certa a temos, pró carneiro dar. p'ra ser cozinheira.
agora o padrinho, - O carneiro já nós - Cozinheira já nós
onde nós iremos? temos temos,
e mui certo o temos, e mui certa a temos,
agora o pão trigo, não nos falta nada,
onde nós iremos? sim, sim, casaremos.
A loja do mestre André
A loja do mestre André

Foi na loja do Mestre André Foi na loja do Mestre André Foi na loja do Mestre André
que eu comprei um pifarito, que eu comprei um tamborzinho, que eu comprei uma
tiro, liro, lir'um pifarito, tum tum tum, um tamborzinho, rabequinha,
Ai olá, ai olé, plim plim plim, um pianinho, Chiribiri-biri, uma rabequinha,
Foi na loja do Mestre André. tiro, liro, lir'um pifarito, tlim tlim tlim, uma campainha,
Ai olá, ai olé, Ai olá, ai olé, tum tum tum, um tamborzinho,
Foi na loja do Mestre André. Foi na loja do Mestre André. plim plim plim, um pianinho,
Ai olá, ai olé, tiro, liro, lir'um pifarito,
Foi na loja do Mestre André Foi na loja do Mestre André. Ai olá, ai olé,
que eu comprei um pianinho, Foi na loja do Mestre André.
plim plim plim, um pianinho, Foi na loja do Mestre André Ai olá, ai olé,
tiro, liro, lir'um pifarito, que eu comprei uma campaínha, Foi na loja do Mestre André.
Ai olá, ai olé, tlim tlim tlim, uma campainha,
Foi na loja do Mestre André. tum tum tum, um tamborzinho, Foi na loja do Mestre André
Ai olá, ai olé, plim plim plim, um pianinho, que eu comprei um rabecão,
Foi na loja do Mestre André. tiro, liro, lir'um pifarito, Chiribiribão, um rabecão,
Ai olá, ai olé, Chiribiri-biri, uma rabequinha,
. Foi na loja do Mestre André. tlim tlim tlim, uma campainha,
Ai olá, ai olé, tum tum tum, um tamborzinho,
Foi na loja do Mestre André. plim plim plim, um pianinho,
tiro, liro, lir'um pifarito,
Ai olá, ai olé,
Foi na loja do Mestre André.
Ai olá, ai olé,
Foi na loja do Mestre André.
Lá vem a Nau Catrineta
Lá vem a Nau Catrineta

Lá vem a Nau Catrineta, - "Sobe, sobe, marujinho, Lá vejo muitas ribeiras, - "A Nau Catrineta, amigo,
que tem muito que contar! àquele mastro real, lavadeiras a lavar; eu não te posso dar;
Ouvide, agora, senhores, vê se vês terras de Espanha, vejo muito forno aceso, assim que chegar a terra,
Uma história de pasmar." ou praias de Portugal." padeiras a padejar, logo ela vai a queimar.
e vejo muitos açougues, - "Dou-te o meu cavalo
Passava mais de ano e dia, - "Não vejo terras de carniceiros a matar. branco,
que iam na volta do mar. Espanha, Que nunca houve outro
Já não tinham que comer, nem praias de Portugal. Também vejo três meninas, igual."
nem tão pouco que manjar. Vejo sete espadas nuas, debaixo de um laranjal.
que estão para te matar." Uma sentada a coser, - "Guardai o vosso cavalo,
Já mataram o seu galo, outra na roca a fiar, Que vos custou a ensinar."
que tinham para cantar. - "Acima, acima, gajeiro, A mais formosa de todas, - "Dar-te-ei tanto dinheiro
Já mataram o seu cão, acima ao tope real! está no meio a chorar." Que o não possas contar"
que tinham para ladrar." Olha se vês minhas terras,
ou reinos de Portugal." - "Todas três são minhas - "Não quero o vosso
"Já não tinham que comer, filhas, dinheiro
nem tão pouco que manjar. - "Alvíssaras, senhor Oh! quem mas dera abraçar! Pois vos custou a ganhar.
Deitaram sola de molho, alvissaras, A mais formosa de todas Quero a Nau Catrineta,
para o outro dia jantar. meu capitão general! Contigo a hei-de casar" para nela navegar.
Mas a sola era tão rija, Que eu já vejo tuas terras, Que assim como escapou
que a não puderam tragar." e reinos de Portugal. - "A vossa filha não quero, desta,
Se não nos faltar o vento, Que vos custou a criar. doutra ainda há-de escapar"
"Deitaram sortes ao fundo, a terra iremos jantar. Que eu tenho mulher em
qual se havia de matar. França, Lá vai a Nau Catrineta,
Logo a sorte foi cair filhinhos de sustentar. leva muito que contar.
no capitão general" Quero a Nau Catrineta, Estava a noite a cair,
para nela navegar.” e ela em terra a varar.
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