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A barca virou
A barca virou
A barca virou,
deixá-la virar,
a menina (Ana)
não sabe nadar.
A barca virou,
deixá-la virar,
a menina (Júlia)
não sabe voar.
Lá vai uma, lá vão duas
Lá vai uma, lá vão duas
Pantaleão da Conceição,
vinte cinco Manuel João,
cinco pratos por um tostão.
Cucurucú que te viras tu.
Pantaleão da Conceição,
vinte cinco Manuel João,
cinco pratos por um tostão.
Cucurucú que te viras tu.
Passa, passa, Gabriel
Passa, passa, Gabriel
Marcha soldado,
cabeça de papel.
Marcha direito,
direito pr'o quartel.
Marcha soldado,
cabeça de papel.
Quem não marcha direito,
vai preso pr'o quartel.
Rosa branca ao peito
Rosa branca ao peito
Se tu és o meu amor,
dá-me cá os braços teus,
se não és o meu amor,
vai-te embora, adeus, adeus.
A Machadinha
A Machadinha
Ó seu ladrãozinho,
ande ligeirinho,
pois não vá ficar,
na roda sozinho.
Na roda sozinho,
não hei-de eu ficar,
a mais linda dama
eu vou abraçar.
Eu vou abraçar,
apertar a mão,
à mais linda dama,
do meu coração.
Mata tira
Mata tira
Na ponte da viola,
Na ponte da viola,
toda a gente passa lá,
toda a gente passa lá,
Lavadeiras fazem assim,
sapateiros fazem assim,
caçadores fazem assim,
camponeses fazem assim,
Lá, rá, lá, lá.
A rolinha, andou, andou
A rolinha, andou, andou
Ó senhor do meio,
ande ligeirinho.
Ó senhor do meio,
ande ligeirinho.
Se não quer ficar,
na roda sozinho.
Se não quer ficar,
na roda sozinho.
A galinha pintada
A galinha pintada
Capelinha de melão,
é de S. João,
é de cravo, é de rosa,
de mangericão.
Joga a laranjinha,
quem tem sede vai beber
e eu vou na roda
tenho direito a escolher.
Joga a laranjinha,
quem tem sede vai beber
e eu vou na roda
tenho direito a escolher.
Ora bate, bate
Ora bate, bate
Ora bate, bate, já canta a rolinha Ora bate, bate, já canta o galinho
Ora bate, bate, no ninho sozinha Ora bate, bate, no seu poleirinho
Ora bate, bate, já canta a rolinha, Ora bate, bate, já canta o galinho
ruru, ruru, no ninho sozinha. cócórócó no seu poleirinho
Ora bate, bate, já canta o cuquinho Ora bate, bate, já canta a poupinha
Ora bate, bate, no alto raminho Ora bate, bate, no ninho sozinha
Ora bate, bate, já canta o cuquinho Ora bate, bate, já canta a poupinha
cucu, cucu, no alto raminho poupai, poupai, que sou pobrezinha.
Papagaio louro
de bico dourado,
leva-me esta carta
ao meu namorado.
Foi na loja do Mestre André Foi na loja do Mestre André Foi na loja do Mestre André
que eu comprei um pifarito, que eu comprei um tamborzinho, que eu comprei uma
tiro, liro, lir'um pifarito, tum tum tum, um tamborzinho, rabequinha,
Ai olá, ai olé, plim plim plim, um pianinho, Chiribiri-biri, uma rabequinha,
Foi na loja do Mestre André. tiro, liro, lir'um pifarito, tlim tlim tlim, uma campainha,
Ai olá, ai olé, Ai olá, ai olé, tum tum tum, um tamborzinho,
Foi na loja do Mestre André. Foi na loja do Mestre André. plim plim plim, um pianinho,
Ai olá, ai olé, tiro, liro, lir'um pifarito,
Foi na loja do Mestre André Foi na loja do Mestre André. Ai olá, ai olé,
que eu comprei um pianinho, Foi na loja do Mestre André.
plim plim plim, um pianinho, Foi na loja do Mestre André Ai olá, ai olé,
tiro, liro, lir'um pifarito, que eu comprei uma campaínha, Foi na loja do Mestre André.
Ai olá, ai olé, tlim tlim tlim, uma campainha,
Foi na loja do Mestre André. tum tum tum, um tamborzinho, Foi na loja do Mestre André
Ai olá, ai olé, plim plim plim, um pianinho, que eu comprei um rabecão,
Foi na loja do Mestre André. tiro, liro, lir'um pifarito, Chiribiribão, um rabecão,
Ai olá, ai olé, Chiribiri-biri, uma rabequinha,
. Foi na loja do Mestre André. tlim tlim tlim, uma campainha,
Ai olá, ai olé, tum tum tum, um tamborzinho,
Foi na loja do Mestre André. plim plim plim, um pianinho,
tiro, liro, lir'um pifarito,
Ai olá, ai olé,
Foi na loja do Mestre André.
Ai olá, ai olé,
Foi na loja do Mestre André.
Lá vem a Nau Catrineta
Lá vem a Nau Catrineta
Lá vem a Nau Catrineta, - "Sobe, sobe, marujinho, Lá vejo muitas ribeiras, - "A Nau Catrineta, amigo,
que tem muito que contar! àquele mastro real, lavadeiras a lavar; eu não te posso dar;
Ouvide, agora, senhores, vê se vês terras de Espanha, vejo muito forno aceso, assim que chegar a terra,
Uma história de pasmar." ou praias de Portugal." padeiras a padejar, logo ela vai a queimar.
e vejo muitos açougues, - "Dou-te o meu cavalo
Passava mais de ano e dia, - "Não vejo terras de carniceiros a matar. branco,
que iam na volta do mar. Espanha, Que nunca houve outro
Já não tinham que comer, nem praias de Portugal. Também vejo três meninas, igual."
nem tão pouco que manjar. Vejo sete espadas nuas, debaixo de um laranjal.
que estão para te matar." Uma sentada a coser, - "Guardai o vosso cavalo,
Já mataram o seu galo, outra na roca a fiar, Que vos custou a ensinar."
que tinham para cantar. - "Acima, acima, gajeiro, A mais formosa de todas, - "Dar-te-ei tanto dinheiro
Já mataram o seu cão, acima ao tope real! está no meio a chorar." Que o não possas contar"
que tinham para ladrar." Olha se vês minhas terras,
ou reinos de Portugal." - "Todas três são minhas - "Não quero o vosso
"Já não tinham que comer, filhas, dinheiro
nem tão pouco que manjar. - "Alvíssaras, senhor Oh! quem mas dera abraçar! Pois vos custou a ganhar.
Deitaram sola de molho, alvissaras, A mais formosa de todas Quero a Nau Catrineta,
para o outro dia jantar. meu capitão general! Contigo a hei-de casar" para nela navegar.
Mas a sola era tão rija, Que eu já vejo tuas terras, Que assim como escapou
que a não puderam tragar." e reinos de Portugal. - "A vossa filha não quero, desta,
Se não nos faltar o vento, Que vos custou a criar. doutra ainda há-de escapar"
"Deitaram sortes ao fundo, a terra iremos jantar. Que eu tenho mulher em
qual se havia de matar. França, Lá vai a Nau Catrineta,
Logo a sorte foi cair filhinhos de sustentar. leva muito que contar.
no capitão general" Quero a Nau Catrineta, Estava a noite a cair,
para nela navegar.” e ela em terra a varar.
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