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Grupo I
Se eu interrogasse e me espantasse
Nem mudaria qualquer coisa no sol de modo a ele ficar mais belo…
(Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946
(10ª ed. 1993).
1. Explica de que modo a figura de retórica com que abre o poema reflete a filosofia de
vida defendida pelo sujeito poético.
1.1. Refere as razões para as propriedades atribuídas ao «olhar».
1.1.1. Classifica a estrutura linguística usada para veicular essas razões.
2. Estabelece a relação entre o que é dito na primeira estrofe e o que é apresentado nas
segunda e terceira estrofes.
2.1. Identifica e explica as estratégias linguísticas ao serviço da intenção do sujeito
poético.
3. Explicita o sentido de «e nem agradeço/ Para não parecer que penso nisso» (vv. 13-14)..
«Quando li pela primeira vez Fernando Pessoa, rapariguinha provincial absoluta, aluna do
3.º ano no Liceu de Faro, Algarve (1943/1944), O Guardador de Rebanhos de Alberto Caeiro
foi deslumbramento, era-me consubstancial: era aquela luz, era aquele “Tempo”, passar das
estações do ano como aprendíamos no livro de leitura da Escola, era a rotação celeste, era a
terra, nossa primeira mãe, como uma certeza. (…) Foi uma impressão que intuí e ficou,
consubstancial ao meu ser. Não se explica.»
Vocabulário:
GRUPO II
Lê o texto seguinte.
Neste trecho rememorativo, escrito pelo poeta no ano da sua morte, mais de vinte
anos depois da criação dos heterónimos, dois fenómenos chamam a nossa atenção: em
primeiro lugar, o relevo que Pessoa dá ao facto de os primeiros poemas de Alberto Caeiro
terem sido escritos sob o impulso duma inspiração inexplicável. Só muito ao de leve é que
Pessoa roça pelas inspirações teóricas que os pudessem ter precedido, de modo a deixar o
ato criador, nitidamente distinto delas, brilhar sozinho em toda a sua magnificência. (…)
Em segundo lugar, a carta tenta causar a impressão de os heterónimos terem nascido dum
jogo de forças instintivo e inconsciente. Não há, pois, na carta, uma única referência aos
programas estético-literários que, originalmente, tal como no-lo mostra o espólio,
apadrinharam o nascimento dos heterónimos. Não nos repugnaria concluir que o poeta
manhoso se decidira, em 1935, a cultivar conscientemente a sua própria lenda,
apresentando-se aos amigos mais jovens como o pai involuntário de três personagens
poéticas e ocultando, propositadamente, todas as considerações de ordem teórica e
programática que haviam precedido o nascimento delas. A descrição, citada na primeira
parte deste capítulo, do nascimento de Ricardo Reis como representante dum
neoclassicismo “científico” não deixa lugar a dúvidas de que ao nascimento de Ricardo
Reis havia presidido um programa pré-existente. Programa esse que data de janeiro de
1914, anterior, portanto, ao inspirado dia de março dos poemas de Alberto Caeiro; a
explicação dos acontecimentos oferecida por Pessoa na carta a Casais Monteiro não deve,
por conseguinte, ser aceite sem reservas, uma vez que acentua demasiado unilateralmente
a espontaneidade do poder criador, ao mesmo tempo que procura ocultar o papel
considerável desempenhado pela teoria.
1. Seleciona, em cada um dos itens de 1 a 7, a única alternativa que permite obter uma
afirmação adequada ao sentido do texto.
1. O adjetivo «bucólico» na expressão «(…) lembrei-me um dia de fazer uma partida ao Sá-
Carneiro – de inventar um poeta bucólico» dá relevo à relação do poeta com um ambiente:
A. urbano.
B. agrícola.
C. campestre.
D. citadino.
2. Segundo Rudolf Lind, a carta que Pessoa escreve a Casais Monteiro acerca do nascimento
dos heterónimos constitui:
B. uma ficção criada pelo poeta para sugerir a magnificência do ato criador.
C. uma invenção propositada sem haver nenhum poema escrito pelos heterónimos.
A. Fernando Pessoa.
D. uma carta enviada por Pessoa em 13-1-35 a Adolfo Casais Monteiro, poeta e crítico do grupo
da “Presença”.
4. A oração “que os primeiros indícios da sua atitude pagã datavam já do ano de 1912”.
classifica-se como:
A. introdução.
B. explicitação.
C. conclusão.
D. série enumerativa.
A. opostos.
B. semelhantes.
C. diferentes.
D. complementares.
D. pretérito-mais-que-perfeito do conjuntivo.
2. Considera a frase “(…) a explicação dos acontecimentos oferecida por Pessoa na carta a
Casais Monteiro não deve, por conseguinte, ser aceite sem reservas (…).».
2.1. Classifica os verbos “dever” e “ser” no complexo verbal “deve ser aceite”.
Classificação
Grupo I Grupo II
A 1.……….......………………………………….. 5 pontos
2. ………………...……………………………. 5 pontos
2. 1. …………………………………………. 10 pontos
B
Total = 50 pontos
………....……………… 18+12 pontos
Grupo III
Total= 30 pontos
Total = 50 pontos