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Destilação do petróleo

O processo de obtenção dos produtos do petróleo.

Para obtermos os derivados do petróleo e os torná-los utilizáveis, o óleo cru, passa por
uma série de processos até atingir seu estado final, e será, então, consumido.

O que é destilação fracionada?

Para separarmos uma mistura de produtos, utilizamos de uma propriedade físico-química:


o ponto de ebulição, ou seja, a certa temperatura o produto irá evaporar. A destilação fracionada é
um processo de aquecimento, separação e esfriamento dos produtos.

O processo de destilação fracionada compreende o aquecimento de uma mistura de mais


de dois líquidos que possuem pontos de ebulição não muito próximos. Assim, a solução é
aquecida e se separa, inicialmente, o líquido com menor ponto de ebulição. Em seguida, a
solução é aquecida até se separar o líquido com o ponto de ebulição acima do primeiro líquido
separado, e assim sucessivamente até a separação do líquido com maior ponto de ebulição. A
destilação fracionada é usada, por exemplo, em indústrias petroquímicas para separar os
diversos derivados do petróleo.

Componentes da destilação do petróleo

Nas refinarias, o petróleo é submetido a uma destilação fracionada, sendo o resultado


desse processo separado em grupos. Nesta destilação encontramos os seguintes componentes:

• De 20 a 60°C -> éter de petróleo


• De 60 a 90°C -> benzina
• De 90 a 120°C -> nafta
• De 40 a 200°C -> gasolina
• De 150 a 300°C -> querosene
• De 250 a 350°C -> óleo diesel
• De 300 a 400°C -> óleos lubrificantes
• Resíduos -> asfalto, piche e coque
• Subprodutos -> parafina e vaselina

O Processo de refino do petróleo:

1. Retirada do sal e da água, que se misturaram ao petróleo.


2. Aquecimento do óleo em fogo direto a 320ºC e então, começa a se separar.
3. Na coluna atmosférica, o petróleo é aquecido junto com vapor de água, para facilitar a
destilação.
4. Saída dos produtos, já separados..
5. Produtos consumíveis.

Acompanhe agora a utilização de cada um dos subprodutos do petróleo:

Gás de petróleo: dá origem ao gás de cozinha.

Gasolina: usada como combustível de motores automotivos.

Querosene: combustível próprio para aviões.

Diesel: é o combustível de ônibus, caminhões, tratores.

Lubrificante: aplicado em máquinas e peças para aumentar a vida útil desses


equipamentos.

Óleo: também chamado de óleo combustível, é ele o responsável pela movimentação


de navios.

Asfalto: este é o último produto a ser fracionado, e apresenta aspecto denso, é usado
na pavimentação de ruas e estradas.

Nas refinarias, os processos físicos e químicos mais utilizados para o refinamento do


petróleo são: destilação fracionada, destilação a vácuo, craqueamento térmico ou
catalítico e reforma catalítica. Vejamos cada um desses:

1. Destilação Fracionada: baseada na temperatura de ebulição das frações. O


petróleo é colocado em um forno, fornalha ou caldeira, e ligado a uma torre de
destilação que possui vários níveis, também chamados de pratos ou bandejas.
Conforme vai aumentando a altura da torre, a temperatura de cada bandeja
vai diminuindo.

O petróleo é aquecido até a sua ebulição, então os vapores dos compostos vão
subindo pela torre. Os hidrocarbonetos com moléculas maiores permanecem líquidos
na base da torre. Os mais leves são vaporizados e vão subindo pela coluna até
atingirem níveis de temperaturas menores que o seu ponto de ebulição, e assim se
condensam e saem da coluna.
Abaixo é mostrado um esquema* que representa o processo de destilação fracionada
e algumas frações que são obtidas por meio dessa técnica, como gás, gasolina e
querosene.

Esquema de algumas frações do petróleo obtidas pela destilação fracionada, primeira


etapa do seu refino

2. Destilação a vácuo: as frações que não foram separadas na etapa anterior são
colocadas em outro tipo de torre de destilação; a diferença consiste na pressão, que é
inferior à pressão atmosférica. Isso possibilita que as frações mais pesadas entrem em
ebulição em temperaturas mais baixas. Com isso, suas moléculas de cadeia longa não
se quebram.

Nessa etapa são recolhidas frações, como graxa, parafinas e betume.

3. Craqueamento térmico ou catalítico (Cracking ou Pirólise): o termo


“craqueamento” vem do inglês to crack, que significa “quebrar”. E é exatamente isso
que é feito nesse processo, ocorre a quebra de moléculas longas de hidrocarbonetos
de elevada massa molar em outras de cadeia menor e massa molar mais baixa. É um
processo importantíssimo que permite que a partir de um único composto se
obtenham vários compostos de moléculas menores, que são usados para várias
finalidades.

O craqueamento pode ser térmico ou catalítico. O térmico é feito submetendo-se o


petróleo a altas temperaturas e a elevadas pressões. Já o catalítico não necessita
disso, mas apenas da presença de catalisadores (e é feito na ausência de oxigênio).

Essa etapa é feita para aumentar o aproveitamento e rendimento do petróleo e


conseguir suprir as demandas mundiais cada vez maiores de petróleo e seus
derivados. Por exemplo, se a demanda por gasolina aumentar, uma refinaria pode
transformar óleo diesel ou querosene em gasolina.

4. Reforma Catalítica (Reforming): nesse processo se reformulam ou reestruturam


as moléculas dos derivados do petróleo, podendo transformar hidrocarbonetos de
cadeia normal em cadeia ramificada, pela isomerização, ou pode-se também
transformar hidrocarbonetos de cadeia normal em hidrocarbonetos de cadeia cíclica
ou aromáticos.

Esse processo é importante, pois permite melhorar a qualidade da gasolina, sendo


que quanto mais ramificações e cadeia cíclicas e aromáticas o hidrocarbonetos tiver,
melhor será o desempenho da gasolina nos motores dos automóveis.

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