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Aula - Reatividade de Compostos de Coordenação PDF
Aula - Reatividade de Compostos de Coordenação PDF
Aula 11 –
Reatividade de Compostos de Coordenação
Teorias de Ligação
Compostos organometálicos
Catálise
Visible Light-Driven H2 Production by Hydrogenases Attached to Dye-
Sensitized TiO2 Nanoparticles
Erwin Reisner, Daniel J. Powell, Christine Cavazza, Juan C. Fontecilla-Camps, and Fraser A. Armstrong*,
Inorganic Chemistry Laboratory, University of Oxford, South Parks Road, Oxford, OX1 3QR, United Kingdom, and Laboratoire de
Crystallographie et Crystallogènese des Protéines, Institut de Biologie Structurale, J.P. Ebel, CEA, CNRS, Université Joseph Fourier, 41, rue J.
Horrowitz, 38027 Grenoble Cedex 1, France
J. AM. CHEM. SOC. 2009, 131, 18457–18466
Uso de complexo de rutênio como sensitizador para absorção de luz solar, tendo como
consequência transferência de elétrons e produção de hidrogênio
a hybrid (enzyme-TiO2) nanoparticle system for efficient and practical H2 production from sunlight.
Hydrogenase enzyme and a synthetic ruthenium photosensitizer, co-attached to colloidal TiO2 nanoparticles
20μL of 1 μM [NiFeSe]-H
0.5 μmol
[NiFeSe]-hydrogenase from Desulfomicrobium 0.1
RuP
0.02
baculatum (Db [NiFeSe]-H) is identified as a
particularly proficient catalyst
controle
2 H+(aq) + 2 e- → H2(g)
(iv) Estabilidade com o tempo, frente a irradiação (long-term stability upon irradiation).
Conteúdo
1. Teorias da ligação M-L: campo cristalino e campo ligante
2. EECL. Série espectroquímica.
3. Propriedades espectroscópicas e magnéticas
4. Reatividade de compostos de coordenação: estabilidade termodinâmica,
compostos lábeis e inertes.
5. Reações de substituição de ligantes
6. Reações de transferência eletrônica
Como se pode explicar as ligações em compostos deste tipo?
Dois modelos têm sido usados para entender a estrutura eletrônica dos complexos ou
compostos de coordenação dos metais do bloco d.
Teoria do Campo Cristalino (baseado na análise dos espectros de metais d no estado
sólido)
Teoria do Campo Ligante (aplicação da teoria de OM = orbitais moleculares)
Tem-se no íon metálico orbitais vazios e no ligante orbitais ocupados, com energia e
geometria apropriadas para a interação ocorrer:
Ligação Metal - Ligantes
o
Orbitais parcialmente
ocupados no metal Orbitais ocupados
dos ligantes
Orbitais moleculares
Considerando uma estrutura octaédrica, os ligantes se aproximam do íon central ao longo
dos três eixos (X, Y, Z).
Os orbitais d do metal, dz2 e dx2 – y2 sofrem maior repulsão eletrônica com relação aos
ligantes que os orbitais dxy, dxz e dyz porque estão diretamente localizados no eixo da
ligação.
t2
Em geral, o > t,
isto é, a energia de desdobramento
dos níveis num campo octaédrico é
t maior que num campo tetraédrico
e
Energia de Estabilização do Campo Ligante (EECL)
t
o
Para estruturas diferentes podem existir mais de dois níveis de energia desdobrados
Tabela de energias (ou parâmetros) de desdobramento do campo
ligante, o, para complexos octaédricos, ML6. Valores em cm-1
Íons Ligantes
Cl- H2O NH3 en CN-
d3 Cr3+ 13700 17400 21500 21900 26600
I- < Br- < S2- < SCN- < Cl- < NO2- < F- < OH- < C2O42- < H2O < NCS- < CH3CN < py < NH3 < en
< bipy < phen < NO2- < PPh3 < CN- < CO
Nesta série espectroquímica, um ligante que dá origem a uma transição de alta
energia, como o CO, é chamado de ligante de campo forte, enquanto um ligante
que origina uma transição de menor energia, como o Br-, é denominado ligante de
campo fraco.
A força do campo ligante também depende da identidade do íon metálico central, sendo a
ordem crescente:
Mn2+ < Ni2+ < Co2+ < Fe2+ < V2+ < Fe3+ < Co3+ < Mo3+ < Rh3+ < Ru3+ < Pd4+ < Ir3+ < Pt4+
paramagnético
diamagnético
Estrutura octaédrica
EECL = (no. elétrons nos orbitais
mais estabilizados, x 0,4) - (no.
Configuração eletrônica: t2gx egy elétrons nos orbitais menos
estabilizados, y 0,6)
EECL = (0,4 x – 0,6 y) o
Estrutura tetraédrica
Absorbance
370 nm
230 min
1.5
250 min
300 min
1.0
0.5
379 nm
isosbestic point
0.0 at 328 nm
isosbestic point
at 409 nm
-0.5
300 350 400 450 500
Wavelength, nm
As bandas de transferência de carga (TCML ou TCLM) originam-se de transições
eletrônicas de elétrons em diferentes orbitais, sendo que um tem caráter
predominantemente do ligante e o outro tem caráter predominantemente do
metal. Este tipo de transição é identificada pela sua alta intensidade e pela
sensibilidade de suas energias à polaridade do solvente.
Mn7+ e Cr6+ - Há orbitais d disponíveis para serem preenchidos por e- dos ligantes
Enquanto os ânions permanganato e cromato são intensamente coloridos,
O ânion perclorato é branco. Mn e Cr apresentam bandas de TCLM. No Cl não existem
orbitais d de valência (camada mais externa) e assim o perclorato não apresenta cor.
Reações de compostos de coordenação
Y + ML MY + L
M + nL ⇄ MLn
[Al(OH)4]-
[Cu(NH3)4]2+
incolor
azul escuro
7,7 x 1033
1,2 x 1012
[CuCl4]2- Verde 2 x 104
[Fe(SCN)(H2O)5]2+ vermelho 1 x 102
= [ML]/[M] [L]n [Fe(SCN)2(H2O)4]+ vermelho 1 x 103
[FeF(H2O)5]2+ incolor 2 x 105
[FeF2(H2O)4]+ incolor 6 x 109
Essa constante de formação é uma [FeF3(H2O)3] incolor 1 x 1012
[Ni(NH3)6]2+ azul violáceo 5,6 x 108
medida da estabilidade termodinâmica [CoCl(H2O)5]+ Rosa 0,17
da espécie complexa considerada. [CoCl2(H2O)2] Azul 1,7 x 10-3
[CoCl3(H2O)]- Azul 3,1 x 10-3
[CoCl4]2- Azul 8,8 x 10-3
[Co(SCN)4]2- Azul 1,8 x 102
Série de Irving-Williams
Esta série apresenta as estabilidades relativas dos complexos formados com íons
divalentes, M(II), e reflete uma combinação dos efeitos eletrostáticos e de EECL. É
relativamente insensível à escolha dos ligantes.
Ba(II) < Sr(II) < Ca(II)< Mg(II) < Mn(II) < Fe(II) < Co(II) < Ni(II) < Cu(II) > Zn(II)
V(II)< Cr(II) > Mn(II) < Fe(II) < Co(II) < Ni(II) < Cu(II) > Zn(II)
M + en ⇌ [M(en)]
en = NH2CH2CH2NH2
Espécies Complexas Lábeis e Inertes
Para preparar novos complexos são usados complexos precursores lábeis, que
rapidamente têm seus ligantes substituídos.
Co(II) – íon lábil
Co(III) – íon inerte
Complexos que estabelecem rapidamente o equilíbrio de troca, são denominados
lábeis. Os não-lábeis são chamados também de inertes.
K+
+Na Rb+
+Li
Exemplos: Cs+
Tempo de vida /s
V = k [CoL5(Cl)CrL5] = k1
Mecanismos
Em solução, transferências de elétrons usualmente
ocorrem por um mecanismo de esfera externa, onde
uma mudança mínima na esfera de coordenação do íon
metálico é observada. Apenas variações muito
pequenas na distância M-L são perceptíveis.
Essa transferência de elétrons pode ser rápida e a
velocidade é proporcional à diferença nos potenciais-
padrão dos dois pares de reagentes.
Ex.: FeIIL6 / FeIIIL6 e IrIVL6 / IrIIIL6
Genericamente:
Transferência de elétrons por Quanto mais favorável for o equilíbrio (> K), mais
esfera externa rápida será a reação.
A transferência também pode ocorrer por um
mecanismo de esfera interna. Neste caso a reação
envolve uma mudança na composição da esfera de
coordenação dos íons metálicos.
Um exemplo clássico:
Fe3+/Fe2+ Eo = +0,77 V
V3+/V2+ Eo = -0,255 V
Potenciais Redox
M.N. Hughes, The Inorganic Chemistry of Biological Processes, J. Wiley, 1972, p.144
Kred
Mred(H2O)n + nL ⇄ MredLn + nH2O
Se, ao contrário, o ligante L estabilizar melhor a forma oxidada, a razão [Kred]/ [Kox ]
diminui, ln K diminui e então o potencial ELo diminui (fica menos positivo ou mais
negativo que Eo)
Catalisador de vanádio na
fabricação de ácido sulfúrico
MnO2
H2O2 → H2O + ½ O2
Catálise por complexos metálicos
Processo Monsanto Mecanismo
Ciclo catalítico de carbonilação do metanol proposto
CH3OH + CO CH3COOH
Catalisador de cobalto para hidroformilação de um alceno
Substrato com 4 C
Produto com 5 C
O ataque do CO ao
substrato coordenado
é facilitado
RCH=CH2 + CO + H2 → RCH2CH2-CH=O
Catalisador de titânio para polimerização do etileno
polietileno
etileno
Catalisador – PdCl2
Reação realizada em meio
ácido (HCl), com
coordenação do reagente
etileno ao centro de Pd 2 CH2=CH2 + O2 → 2 CH3CHO
(composto organometálico)
Mecanismo de reação
Pd metálico
que deve ser
re-oxidado
(recuperado)
[Mn6(O2CCH3)6(mdeaH)2(tmp)2] (2)
Reagentes:
Mn(II) acetate Intermolecular interactions in the crystal
N-ethyl diethanolamine (edeaH2),
N-methyl diethanolamine (mdeaH2),
Triethanolamine (teaH3)
tris-hydroxymethyl propane (tmpH3)
Catálise homogênea
Na catálise homogênea todos os reagentes estão numa única fase. A interação entre os
reagentes é favorecida, mas é mais difícil separar os produtos formados.
Também fica mais difícil dirigir a reação, de modo a obter-se apenas os produtos
desejados. Por exemplo, um determinado isômero.
A reação é em geral não-específica.
Na catálise heterogênea, ao contrário, há pelo menos duas fases presentes. O
substrato pode estar na fase líquida ou gasosa e o catalisador na fase sólida. Assim,
tanto o reagente (oxidante ou redutor, em se tratando de reação redox) co mo o
substrato devem entrar em contato com a espécie cataliticamente ativa, para que a
reação seja acelerada.
Catálise heterogênea
2CO + O2 → 2CO2
2C2H6 + 7O2 → 4CO2 + 6H2O
2NO2 + 4CO → N2 + 4CO2
Pd(dba)2 Pd
Pd
O
Bis(dibenzilidenoacetona)paládio(0)
C
Pd(dba)2
Pd
C
dba = C6H5-CH=CH-C(=O)-CH=CH-C6H5
O
The Heck coupling is the palladium catalysed carbon-carbon coupling between halides
and activated alkenes in the presence of a base.
Richard F. Heck, Professor at the University of Delaware,
The Negishi coupling is the palladium cross coupling reaction which uses an organozinc
compound, and an organic halide to produce a new carbon-carbon covalent bond.
Ei-ichi Negishi, Professor at Purdue University
2. Shriver & Atkins – Química Inorgânica, Bookman, 2008, 4a. Ed. (Tradução da 4a. ed.
- Oxford Univ. Press, 2006 - D.F. Shriver, P.W. Atkins , T.L. Overton, J.P. Rourke, M.T.
Weller e F.A. Armstrong), cap. 19 – Complexos dos metais do bloco d; cap. 20 –
Química de coordenação: reações dos complexos