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EM ATMOSFERAS
EXPLOSIVAS
SENAI
PETROBRAS
CTGÁS-ER
Natal / RN
2009
© 2009 CTGÁS-ER
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Diretor Executivo
Rodrigo Diniz de Mello
Diretor de Tecnologias
Pedro Neto Nogueira Diógenes
Diretor de Negócios
José Geraldo Saraiva Pinto
Coordenadora
Maria do Socorro Almeida
Elaboração
Djair José Cabral Júnior
Diagramação
Lidigleydson de Melo Torres
FICHA CATALOGRÁFICA
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 70
Instalações Elétrica em Atmosferas Explosivas
AR + COMBUSTÍVEL
+ FONTE DE IGNIÇÃO
Uma vez que o oxigênio já está presente no ar, falta reunir apenas dois
elementos para que se produza uma explosão.
É preciso saber que uma centelha ou uma chama não é indispensável para
que se produza uma explosão. Um aparelho pode, por elevação de temperatura em
sua superfície, atingir a temperatura de inflamação do gás e provocar a explosão.
Os equipamentos elétricos, por sua própria natureza, podem se constituir em
fontes de ignição quando operando em uma atmosfera potencialmente explosiva.
Essa fonte de ignição pode ser ocasionada quer seja pelo centelhamento normal
devido à abertura e fechamento de seus contatos, ou ainda por apresentarem
temperatura elevada, esta podendo ser intencional (para atender a uma função
própria do equipamento) ou provocada por correntes de defeito.
Sabe-se que a energia necessária para causar a inflamação de uma
atmosfera explosiva é em geral, muito pequena. Sabe-se também que a quantidade
de energia elétrica usual na indústria para fins de acionamento de máquinas,
iluminação, controle, automação, etc. é muitas vezes superior ao mínimo necessário
para provocar incêndios ou explosões.
Por isso, a solução é prover meios para que a instalação elétrica
(indispensável numa indústria) possa cumprir com o seu papel sem se constituir num
risco elevado para a segurança.
Foi necessário, então, o desenvolvimento de técnicas de proteção de modo
que a fabricação dos equipamentos elétricos, sua montagem e manutenção fossem
feitos segundo critérios bem definidos (normas técnicas) que garantissem um nível
de segurança aceitável para as instalações.
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Instalações Elétrica em Atmosferas Explosivas
Introdução
1.1.1. Vaporização
Limites de Inflamabilidade
Substância Inferior Superior Inferior Superior
(% vol.) (% vol.) (g/m³) (g/m³)
Metano CH4 5,0 15 33 100
Benzeno C6H6 1,2 8 39 270
Éter Etílico (C2H5)2O 1,7 36 50 1.100
Álcool Etílico C2H5OH 3,5 15 67 290
Dissulfeto de Carbono 1,0 60 30 1.900
CS2
Hidrogênio H2 4,0 75,6 3,3 64
Acetileno C2H2 1,5 82 16 880
1.4.1. Deflagração
1.4.2. Explosão
1.4.3. Detonação
1.6. Ventilação
7. Na sua visão, entre os dois tipos de ventilação, qual inspira maior eficiência e
confiabilidade?
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Instalações Elétrica em Atmosferas Explosivas
Introdução
Classificar uma área significa elaborar um mapa que define, entre outras
coisas, o volume de risco dentro do qual pode ocorrer mistura inflamável.
A primeira idéia que se apresenta é que para se executar um desenho de
classificação de áreas, o pré-requisito é que quem elabora este tipo de desenho
tenha conhecimento a respeito do comportamento das substâncias inflamáveis, em
relação às suas propriedades físicas e químicas, principalmente quando submetidas
a um processo de combustão.
Acontece que, tradicionalmente, o assunto “classificação de áreas e
instalações elétricas em atmosferas explosivas” foi sempre da competência dos
técnicos em eletricidade, por se tratar de quem na verdade introduz a fonte de
ignição nos locais sujeitos à presença de mistura inflamável.
Atualmente, vem observando-se uma tendência de se realizar os planos de
classificação de áreas com o envolvimento de todas as disciplinas contidas no
contexto do equipamento ou da unidade de processo, que quando em operação,
poderá formar a atmosfera explosiva.
2.2. Definições
2.4.1. Zonas
A classificação segundo as zonas baseia-se na freqüência e duração com que
ocorre a atmosfera explosiva.
Zona 0 – ocorre atmosfera explosiva sempre ou por longos períodos.
(mais perigosa).
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Instalações Elétrica em Atmosferas Explosivas
2.4.2. Grupos
A classificação segundo os grupos baseia-se no grau de periculosidade dos
materiais.
Grupo I - ocorre em minas subterrâneas, onde há a existência de grisu
(mistura de ar com metano). Estão nesta categoria as indústrias que processam o
carvão com atmosfera de grisu ainda que instaladas na superfície;
Grupo II - ocorre em indústrias de superfície (químicas ou
petroquímicas) e subdivide-se em:
Grupo II A – (menos explosivos) ocorre em atmosfera explosiva onde
prevalecem os gases da família do propano.
Grupo II B – ocorre em atmosfera explosiva onde prevalecem os gases da
família do etileno.
Grupo II C – ocorre em atmosfera explosiva onde prevalecem os gases da
família do hidrogênio, incluindo-se o acetileno (mais perigosa).
2.4.3. Temperatura
2.5.1. Classes
2.5.2. Divisões
2.5.3. Grupos
2.5.4. Temperatura
T1 – 450ºC;
T2 – 300ºC; T2A – 280ºC; T2B – 260ºC; T2C – 250ºC; T2D – 215ºC;
T3 – 200ºC; T3A – 180ºC; T3B – 165ºC; T3C – 160ºC;
Tabela 2.1.
NORMA AMERICANA x NORMA INTERNACIONAL (continuação,
quanto ao grupo gasoso)
Tabela 2.2.
Especial atenção deve ser dada aos mancais de bombas de óleo e motores
elétricos de acionamento dessas bombas e outros equipamentos que manuseiem
produtos inflamáveis, cujos skids normalmente ficam dentro de braçolas de
contenção, para coleta de drenagem, que ficam com resíduos de petróleo.
Tais motores devem ter proteção de sobrecarga, complementado se possível,
com monitoração de temperatura dos mancais e dos enrolamentos.
É recomendado um acompanhamento sistemático dos mancais e outras
partes móveis, tanto do motor quanto do equipamento acionado, para evitar o sobre-
aquecimento dos mancais que, se levado ao rubro, pode resultar em incêndio;
graves incêndios têm sido reportados na indústria do petróleo, por tais motivos.
Motores do tipo segurança aumentada devem ter relé de proteção contra
sobrecargas, rotor bloqueado, de modo a desligá-lo, antes que atinja temperatura
superficial que possa causar ignição de atmosfera explosiva (abaixo do tempo tE
especificado para a categoria T3, 200ºC).
Fig. 3.8 - Tomada com chave à prova de explosão combinada com segurança
aumentada.
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Instalações Elétrica em Atmosferas Explosivas
De acordo com o que foi visto até aqui, pode-se fazer um resumo do tipo de
proteção utilizada em função da classificação da área:
CLASSIFICAÇÃO DA ÁREA RESUMO: TIPO DE PROTEÇÃO / CÓDIGO
ZONA 0 Segurança Intrínseca / Ex ia; Proteção especial para zona 0 / Ex
s.
ZONA 1 Qualquer tipo p/ zona 0; Segurança Intrínseca/ Ex ib; À prova de
explosão/ Ex d; Segurança aumentada/ Ex e; Pressurizado/ Ex p; Imerso em óleo/
Ex o; Com enchimento de areia/ Ex q; Proteção especial p/ zona 1 /Ex s.
ZONA 2 Qualquer tipo p/ zona 1; Não Incendiáveis/ Ex n.
Importante: Os códigos Ex s e Ex n são definições da norma brasileira
para proteções especiais e proteções não-incendiáveis (não-acendíveis).
NOTA:
2. Em relação aos tipos de fontes de ignição, quais são? Cite três exemplos de
cada tipo.
CAPÍTULO 4 – CERTIFICAÇÃO
Fig. 4.1.
BR Ex-d I/IIB T3
Fig. 4.2.
Fig. 4.3.
1 - Nome/Logotipo do Fabricante
2 - Marcação indicativa de Proteção para atmosfera explosiva
3 - Modelo e referência do produto
4 - Grupo de Indústria
I - Mineração,
II - Outras (indústrias de superfície)
Nota:
vários países/fabricantes já estão adotando esta marcação que entrou em
vigor a partir de jun/2003, conforme a Diretiva ATEX 100A, juntamente com a
Diretiva ATEX 118A.
NOTAS:
Descrição:
Descrição:
Descrição:
Advertência!
NOTA:
Fig. 5.2 - Fixação de cabo armado, com armadura metálica em caixa metálica
à prova de explosão (“Ex-d”), através de prensa-cabo “Ex-d”.
Nota:
Nenhum equipamento elétrico instalado em Área Classificada poderá ter
partes vivas expostas.
Notas:
NOTA:
Precauções especiais devem ser tomadas quando da execução de serviços
temporários ou manutenção, com a unidade em operação, quando são utilizadas
luminárias portáteis e painéis de ligação provisórias. Estes devem ter proteção “Ex”
se usadas em área classificada.
3. Cite pelo menos três erros mais comuns em instalações elétricas em áreas
classificadas.
Introdução
a) inspeções periódicas, ou
b) supervisão contínua executada por pessoal qualificado.
Atenção!
Nenhum condutor vivo poderá ficar desprotegido ou exposto em Áreas
Classificadas; condutores de circuitos desativados devem ser removidos de área
classificada, ou devidamente cortados e isolados para evitarem-se acidentes.
adequada à classificação de área (caso alguma parte permaneça vivo para atender
qualquer outro equipamento). Caso seja cabo de força, tal caixa deverá ser indicada
no diagrama correspondente.
Atenção!
A superfície das juntas dos flanges deverá estar totalmente plana, retificada,
não podendo ter mossas ou rebarbas que aumentem o GAP ou interstício de
resfriamento do gás; rugosidade média < 6,3 μm.
A junta usinada não deve ser raspada com ferramentas metálicas, deve-se
utilizar somente material plástico/madeira.
Nota:
Tais recursos para vedação contra umidade, não devem ser empregados em
equipamentos para uso em ambiente com gases do grupo IIC (acetileno/hidrogênio);
para uso em ambiente com gases do grupo IIB (exemplo: paiol de tintas), deve ser
evitado ou verificado por especialista.
Gaxetas
Registros de Manutenção
Devem ser realizados de acordo com os requisitos da norma ABNT NBR IEC
60079-19 –Reparo, revisão e recuperação de equipamentos para atmosferas
explosivas.
Os serviços de reparos e de manutenção corretiva de motores do tipo à Prova
de Explosão devem ser feitos sempre que possível por oficinas qualificadas para
este tipo de equipamento e devidamente credenciadas pelo fabricante.
Este procedimento é necessário a fim de assegurar que o equipamento “Ex”
mantenha suas características e propriedades de proteção após a realização dos
serviços de reparos requeridos.
REFERÊNCIAS