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O REGISTRO CARTOGRAFICO DOS FATOS GEOMORFICOS, EA QUESTAO DA TAXONOMIA DO RELEVO 1-INTRODUGAO ‘Este wabelho visa passar aos interessados em geomorfologia ¢ em andlise ambiental espacializada, informagies ¢ orienlagoes experimentadas c amadurecidas 120 longo de vérios anos no Laboratério de Geomorfologia do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciencias Humanas da Universidade de Sto Paulo. Tem objetivo direto de fornecer aos futuros estudiosos da isciplina um dos vérios caminhos que podem ser trilhados nas pesquisas das citncias da terra, ondo a geomorfologia se inclue. Neste caso especificamente a preocupacdo ¢ dar direc#o a uma geomorfologia que tem suas bases conceituais nas ciéncias da terra, mas fortes vineulos com as ciéncias humanas, & medida que pode servir como suporte para entendimento dos ambientes naturais, onde as sociedades humanas se estrturam, fextraem 05 recursos para a sobrevivéncia ¢ organizam © espago fisico-teritorial. Assim sendo, o entendimento do relevo e sua dindmica, passa obrigatoriamente pela compreensio do funcionamento ¢ da intcrrelagao entre os demais componnies naturais (éguas, solos, sub-solo, clima e cobertura vegetal), © isto & de significativo interess¢ 20 planejamento fisico-territorial. Planejamento que deve levar em conta as potencialidades dos recursos ¢ as fragilidades dos ambientes naturais, bem como a ccapacidade tecnolégica, 0 nivel s6cio-cultural © os recursos econdmicos da populagio atingida, Deste modo, os estudos geomorfolégicos ¢ ambicniais, quer sejam eles detalhados ou de ambito Jurandyr Luciano Sanches Ross(*) regional, atendem as necessidades politico-administrativas funcionam como instrumento de apoio téenico aos mais, diversos interesses politicos e socisis. Assim sendo, 0 primeiro fato que deve estar ermanentemente slerta nos estudiosos da geomorfologia € que as formas do relevo de diferentes tamanhos tém explicagéo genética ¢ sio interelacionadas « inferdependentes &s demais componentes da natureza, A superficie terrestre, que se compée por formas de relevo de diferentes tamanhos ou taxons, de diferemes 1aades rocessos genéticos distintos, ¢ portanto dintmica, ainda que os olhos humanos no consigam captar isso. A dinamicidede das formas do relevo apresenta velocidades Giferenciadas, mostrando-se ora mais estével, ora mais instével, Tal comportamento depende as vezes, de flores nalurais e oulras de inlerieréncias dos homens. AS rudangas.climétices espontineas ou induzidas pelo hhomem alteram a intensidede da dinfmica geomérfica, Os movimentos da crosta terres, como 0s abalos sfsmicos, falhamentos ¢ erupodes vulcénicas também interferem na intmica do relevo, E enttetanto 0 homem, © maior predador de natureza, ¢ consequentemente, o ser animal ‘que mais se julga capaz de alterar e controlar os ambientes ‘natura. A histria da humanidade demonstra claramente {que esse dominio do natural pelo homem, (fm se revelado za Verdade om uma intonsa, inescrupulosa ¢ desordenada () Profesor Dontor do Departamento de Goografia ds Faculdade de Filosofia, Letras Citncis Humanas/USP 18 apmpriagéo dos recursos naturis. evidente a contradigio entre a natureza eas sociedades humanas, néo se podendo negar que o crescimento demogrifieo © © avango tecnol6gico tem contribuido cada ver mais pare acentuar essa conttadigdo. E fato também not6rio que 0s homens exigem cada vez mais recursos naturais para suprir as necessidades bésicas © as necessidades criadas pelo incentivo ao consumo. Certamenie & possivel € desejivel que tal voracidade scja administrada ¢ conttolada airavés de medidas legais, educacionnis © até mesmo penalizagées aos transgressores, Cabe ao homem, ‘como ser social, conscientee dotado de maior capacidade de raciocinio, saber planejar © uso dos recursos da natureza sem transformar a terra em um planeta onde os seres humanos nio possam subsistircom boa qualidade de vida, Neste trabalho, a preocupagéo bésica é nortear a execugio de estudas tSenicos de cariter geomorfolégico cengajado 20 planejamento s6cio-econdmico © ambiental ‘com a ulilizagéo de imagens de radar e satélites © 0 controle sistemtico de campo. Tem como fim a geragdo de uma cartografia geomorfolégica integrada de leitura direta e que subsidie 0 planejamento ambiental em espacos (sico-tertitoriais de diferentes dimensées. Por isso setéo discutidos sinteticamente alguns fundamentos: ‘e6rico-metodol6gicos que embasam os estudes ¢ os procedimentos técnico-operacionais de gabincte © de campo. A preocupagio portant é orientar a produgio de ‘uma carta geomorfol6gica integrada ¢ cujas informacoes tenham sido controladas pelas observagdes © medidas sisteméticas de campo ¢ gabinete 2-08 FUNDAMENTOS TEORICO- METODOLOGICOS: UMA PROPOSTA TAXONOMICA E preciso desde 0 inicio esctarecer que hé uma diferenga nitida entre metodologia © as téenicas para execugéo do trabalho. A metodologia esté dirctamente atrelada & fundamentagio tedrica ¢ se define por nortear a pesquisa, enquanto as técnicas so os meios para gerar os trabalhos ¢ atingir com isso os objetivos. Assim sendo, a moetodologia determina a linha a seguir, é a espinha dorsal, cenquanto as técnicas sdo as ferramentas pare execugio das ‘tarefas da pesquisa. ‘A. fundamentagéo tedrica-metodoldgica, que se propée para trabalhar a pesquise geomorfolégica tém suas raizes na concepcio de Walter PencK (1953) que definiu ‘com clareza as forgas geradoras das formas do relevo terrestre. Penck percebeu que entendimento das atuais formas de relevo da superficie da terra sio produtos do antagonismo das forgas motoras dos processos endégenos fe exégenos, ou seja, da ago das forcas emanadas do interior da crosta temestre de um lado © das forgas impulsionadas através da atmosfera pela agio climética, atual © do passado, de outro. As forcas endégenss, seguindo os prinefpios de W. Penck, se revelam de dois riodos distintos através da estrutura da crosta terrestre. Uma das revelagées ¢ através do processo ativo, comandado pela dintimica da crosta tetestre — os abalos, sismicos, o vuleanismo, os dobramentos, os afundamentos soerguimentos das plataformas, fathamentos ¢ fraturas que tm explicagéo hoje na teoria da tect6nica de places. ‘A segunda revelagio se processa de modo impercepttvel através da resisténcia ao desgaste que a litologia ¢ seu arranjo estrutural oferece a agio dos processos exdgenos ou de erostio, Neste caso & uma agio passiva constante, porém desigual, face ao maior ou menor grau de resiténcia da ltologia.. A agio exdgena € também de atuagio constante © também diferencia, tanto no espago quanto n0 tempo, face as ceractersticas climéticas locais,regionais © zonais «is mudancas climéticas. O processo de meteorizacio, rosso ¢ transporte da base rochosa, se exerce tanto pela agio mectnica da gua, do vento, da variagéo térmica como pela agio quimica da égua, que transforma min primérios em secundérios e simultaneamenic esculpe as formas do relevo. Tendo como principio teérico 0s processos endégenos e exégenas como geradores das formas grandes, médias © pequenas do relevo terresire, Guerasimov (1946) © Mecerjakov (1968) desenvolveram 0s conceitos de morfoestrutura ¢ morfocscultura. Assim todo 0 relevo terrestre pertence a uma determinada esirutura que 0 sustenia © mostra um aspecto escultural que ¢ decorrente da acio do tipo climético atual e pretérito que aluou c atua nessa estrutura. Deste modo a morfoestrutura ¢ a morfoescultura definem situagbes estiticas, produtos da agéo dindmica dos processos endégenos ¢ exégenos. A noclo de morfoescultura néo deve ser confundida com a de morfoclimdtica, pois cenquanto a primeira é um produto da acéo climiética sobre ‘uma determinada estrutura, a segunda se define por processos morfogenéticos comandados por um determinado tipo elimstico, Assim sendo pode-se definit que a morfocscultura € frulo de agies climéticas subsequentes ¢ a morfoclimética € 0 tipo de agente climético atuante em uma determinada época. Dentro desta concepgio, os domuivs ou conas morfocliméticas atuais nfo so obrigatoriamente coincidentes com a5 unidades identiicdveis na superficie teresie. Isto se deve & dois motives: primeiro porque a5 unidades, morfoesculturais no so produtos somente da agéo climética atual, mas também dos climas do passado; segundo porque as tunidades morfoesculturais refletem a influéncia da iversidade de resisténcia da litologia, ¢ seu respectivo arranjo estrutural, sobre a qual foi esculpida, Deste modo, om uma determinada unidade morfoestrutural pode-se {ter uma ou mais unidades morfoesculturais que refletem ‘as diversidades litoldgicas da estrutura, os tipos ctimaticos ‘que atuaram no passado © 05 que atuam no presente. Tomando como exemplo conereio a morfoestrutura da bacin sedimentar do Parané, pode-se encontrar mela ‘vérias unidades morfoesculturais. De imediato jé se tem, baseando-sc na inlerpretagio genética, dois niveis de entendimento. © primeito, que se caracteriza por um taxon ou seja, @ morfoestrutura da bacia sedimentar que pelas suas caracteristicas estruturais define um determinado padrio de formas grandes do ‘morfoesculturais 19 relevo, © segundo, definido por um taxon menor sig as unidades morfoesculturais, geradas pela ago climatica a0 longo do tempo geol6gico, no seio da morfoestrutura, ‘Assim em uma unidade morfoestrutural como a da bacia do Parané pode-se ter vérias unidades morfoesculturais, ‘como por exemplo depressdes periféricas, depressbes ‘monoctinais, planalios em patamares intermedisrios, planaltos ¢ chapadas de superticies de cimeira, planalto residuais entre outros. Todas essas_unidades morfoesculturais podem pertencer a uma mesma zona ou dominio morfoclimético atual, Daf fica claro que as tunidades —morfoesculturais _identificadas morfoestrutura (Bacia do Parand), nfo tem relagéo genética em sua totalidade com as caracteristicas climéticas atuais. Entrotanto, idemtifieagéo ¢ andlise de um terceiro taxon (de dimensio inferior), chega-se as Unidades dos Padres de Formas ‘Semethantes do Relevo ou os Padres de Tipos do Relevo ‘que € onde os processos morfocliméticos atuais comegam ‘a ser mais facilmente notados. Estes Padres de Formas ‘Semethantes, so conjuntos de formas menores do relevo, {que apresentam distingbes de aparéncia entre si em fungao da rugosidade topogrifiea ou indice de dissecagio do relevo, bem como do formato dos topos, vertentes e wales de cada padrao existente. Pode-se ter vérias Unidades de Padres de Formas Semelhantes em cada Unidade Morfoescultural. Avangando no raciocinio dos niveis ou taxons do relevo terresire chega-se a pelo menos outros tnés taxons de dimensées espaciais menores —as formas de relevo, as vertentes, as formas atuais (ravinas, vogorocas & cicatrizes de deslizamenios, terracetes de pisoteio, entre outros). nesta ao passar-se para a ‘As formas de relevo individualizadas dentro de cada Unidade de Padrio de Formas Semelhantes, coresponde a0 4 Taxon na ordem dectescente. As formas de relevo desta categoria tanto podem ser as de agradagio tais como ‘as planicies fluviais, temagos fluviais ou marinhos, planicies marinhas, planicies lacustres ene outros ou as de denudacio resullantes do desgaste erosive, como colinas, morres, cristas, enfim, formas com topos planos, agugados ou convexos. Assim uma unidade de Padrio de Formas Semelhantes constitue-se por grande nimero de formas de relevo do 4° taxon, todas semelhantes entre si tanto na morfologia quanto na morfometria, ou seja, no formato, no tamanho, bem como na idade, © 5* Taxon na ordem decrescente so as vertentes ow sciores das vertentes perlencentes a cada uma das formas individualizadas do relevo. AS vertentes de cada tipologia de forma séo geneticamente distintas, e cada um dos setores destasvertentes também mostram-se diferentes. Como exemplo, tomando-se a forma de uma colina ou de um morro, os diversos sctores apresentam caracteristicas. goométricas, genéticas © dinimicas bem distintas. © topo e a parte superior da vertente podem, por ‘exemplo, ter formato retilineo ¢ a base cOncava. Ao ‘mesmo tempo esses setores podem apresentar inclinagbes diversas que também ajudam a definir as suas ccaracteristicas. © sexto taxon, corresponde 3s formas menores Produzidas pelos processos erosivos atuais ou por depésitos atuais. Assim, sdo exemplos as vogoroces, ravinas, cicatrizes de deslizamentos, bancos de sedimentaggo atual, assoreamentos, terracctes de pisoteio, {rutos dos processos morfogenéticos atuais e quase sempre induzidos pelo homem. Pode-se citar ainda as formas antrépicas como corte, aterros, desmontes de morros entre outtos. Com os varios taxons ou categorias de formas de relevo definidos, pode-se com maior facilidade operacionalizar uma pesquisa geomorfol6gica tendo como apoio a cartografia das formas do relevo de diferentes tamanhos. ‘A quesiio da txonomia ¢ a representagéo cartogréfica do relevo tem sempre revelado grande \ificuldade de solugéo face a natureza do fendmeno a ser representado. As formas séo tridimensionais, bem como de diferentes formatos, tamanhos, génescs € idades. Diante dist, tem-se muitas propostas de representacio do relevo, mas todas demonstram grande dificuldade para tender as determinagies da Unio. Grogéica Internacional, quais sejam as de que as Carls Geomorfoldgicas devem representar as formss de relevo ‘os aspecios morfolégicos (morfogréfica), mosfométricas, morfocronolégicos © morfogensticos, Quase sempre as representagoes valorizam alguns aspectos em detrimento de outros ¢ nfo raro as carlas geomorfol6gicas se transformam em verdadeitos documentes de ullidade Indeus, face as dticuldades de Ietura e de decodificagio das informagSes nelas comtidss. Outro fato de grande complexidede € discemir os niveis de representagio dos faos geomérficos em fungio da dimenséo deles © da escala de representagdo escothida. E incompativel por exemplo, a representagio espacializada dos seiores de vertentes para escalas médias © pequenas como 1:50.000, 1:100.000, 1:250.000, 1:500,000. Os setores de vertentes 36 se tomam passiveis de cartografagio cm cscalas ‘grandes tipo 1:25.000, 1:10.000, 1:5.000. Demek (1967) Preocupado com esia questi props és nlveis de representagéo cartogréfica para escalas grandes ou de detalhe, que se configuram nos tés axons por ele assim definidos, em ordem crescente: 1F taxon ~ de menor dimenséo espacial chamou de "“Superficies Gencticamente Homogéneas; 2 taxon — de dimenséo intermediéria chamou de "Formas do Relevo"; 3* taxon — de dimensio maior denominou de "Tipos de Relevo", Tal proposta ¢ de significative valor para a cartogratia geomorfolégica de escalas de detalhe tipo 115.000, 1:10.000, mas mosirase deficiente quando desoja-se representar reas maiores ¢ mais complexas, que tendem a apresentar maior diversidade de categorias de formas. ‘A questo da representagio grifica das formas do relevo mio pode ser tratada de modo a negligenciar @ classifeagio ou taxonomia destas. Isto se justifica, antes ‘de mais nada, pelo fato de que os diferentes tamanhos de formas estdo ditelamente associados & cronologia e _génese. Para facilitar 0 entendimento, toma-se 0 mesmo ‘exemplo da bacia sedimentar do Parang. A morfoestrutura, ‘da bacia sedimentar do Parand é a forma de relevo maior — tém portanto lugar como 1° taxon, Sua histéria genética e idade si mais antigas. do que as Unidades Morfoesculturais esculpidas no seu interior. Enquanto a génese da bacia sedimentar associase a formacéo de uma sequéncia de depésitos marinhos € continentais que se estendem desde 0 Paleozdico a0 Cenozéico, as Unidades Morfoesculturais foram geradas a partir do Cenozéico com a epirogenia da plataforma sul-americana, Assim as Unidades Morfoesculturais perlencem a um taxon inferior, ou seja, a0 2! Taxon, Esse segundo taxon tm sua génese relacionada com os, rocessos erosivos ou denudacionais do Cenozéico. Assim ‘endo as unidades morfoesculturais, como Depressao Periférica Paulista ov o Segundo Planalto Paranaense entre outros, sio de dimensdes bem inferiores & totalidade da bacia sedimentar ¢ tém, idade também bem menor. Entretanto, as Unidades Morfoesculturais no si0 obrigatoriamente homogéneas em toda sua extensio. Ao se tomar como exemplo a Depressio Periférica Paulista verifica-se que esta apresenta caracteristicas morfologicas ¢ de morfometria diferentes a0 longo de sua extensfo, (Chega-se portanto a0 3° taxon ou ordem de grandeza que ‘se pode definir como Unidades Morfolégicas, Unidades de Tipos de Relevo ou Padrées de Formas Semelhantes. ‘So formas de relevo que observadas de avio, em imagens de radar ou satdlite mostram 0 mesmo aspecto fisiondmico quanto a rugosidade topogrifica ou dissecagio do relevo. As Unidades de Paddes de Formas Semelhantes ou a Unidades Morfolégicas retratam um determinado aspecio fisiondmico que decorre das influéncias dos rocessos erosives mais recentes, ou seja, posteriores a aqueles que se encarregaram de esculpir depressoes, planaltos de niveis intermeditrios, entre outras. Séo 24 unidades que apresentam dimensdes de areas menores, idades mais recentes ¢ processos erosivos que favorecem a dissecagio do relevo, Esia Unidade pode ser relavionada com o que Demek (1967) charmou de Tipos de Relevo. © 4 taxon refere-se a cada uma das formas de relevo contidas nas Unidades Morfol6gicas ou de Padroes de Formas Semelhantes. Embora as Unidades de Padries de Formas Semelhantes possam ser classificadas dentro de ‘uma mesma categoria em escales médias € pequenas, a0 se processar uma andlise de maior detathe ¢ cartogral cemescala grande, vai se perceber que cada uma delas t@m, aspecios fisiondmicos préprios embora pertengam a ‘mesma familia, Assim sendo, dois morros que fagam parte de uma mesma Unidade Morfoldgica, Unidade de Padrio de Formas Semelhantes, na realidade tm aspecios fisiondmicos e genéticos ligelramente diferenciados, © 5* axon esié representado pelos tipos de verientes contidas em cada uma das formas de relevo, Os setores de vertentes, quer sejam eles convexos, retilineos, planos, agugados, abruptos, cdncavos, so dimensOes menores do relevo. Assim sendo, suo de genese e idade mais recentes. E evidente que os processos erosivos ou de esculturagéo operanes. no momento atual se manifesta 0 longo das wertentes, A dindmica aul do relevo melhor se manifesta nas verlentes ¢ ¢ poranto neste laxon que 0 homem pode melhor percehere tua juno a0 processos morfogensticos, pois a vertenle € 0 resultado da smosfogenése ou morfodingmiea viva, presente, atual.£ 20 nivel da verlente qu confunde-s o esto da indica do tele © os problemas relativos i erosdo de solo, que na vereadefazem parte de um mesma realidad, © sexto taxon que se refere as formas de relevo ainda menores, so geradas a0 longo das vertentes por Processos gcomérficos aluais, ¢ principalmente por indugo antr6pica. A crosio que degrada os solos, 20 ‘mesmo tempo esculpe o relevo, eriando pequenas formas ‘como sulcos, ravinas, vogorocas, cicatrizes. de deslizamentos, que se desenvolvem ao longo das vertentes por agio das dguas pluvinis. Essas formas séo totalmente induzidas pela interferéncia da agio humana no ambiente rratural gerando absoluto desequilibrio, tornando 0 formas pequenas do relevo se enquadram no sexto taxon ambiente instével do ponto de vista morfodinamico. (FIGURA 1). Pequenos depésitos aluvionares na base das vertentes, bancos de assoreamento nos leitos fluviais, mas também 1 TAXON = SACIA SEDIMENTAR - UNIDADE MoRFOESTAUTURAL | 22 TAKON ~ UNDADES monFoEscuLTURIS Voto eu sts nie ew ens tna 4e saxon -\ rip0s be FoRAS oF eLévo aR xoK = UNBADES ORFOLGOICAS OU DE PADREES OE FoRMAS SEELAANTES st axon [ios of vERTENTES anal [ =| st taxon /- romuas, De ppocessos aqua te, Crema vm Ree importante ressalar que tal proposigio de classifcagio on de texonomia apoit-se fundamentalmente 0 aspect fstondmico ou seja no formato das formas de relevo de diferentes ‘amantos. Enretant, deve-e fisar também que © aspecto fsiondmico € reflexo de determinada infuéncia de ondem genética © 20 mesmo tempo indicador de uma determinada idade. Assim, a taxonomia proposta bascada na fisionomie das formas € antes de tudo uma proposta que tém por base a genése e a inde desias. Deste modo, pode-se afirmar que, quanto maior a dimensio da forma maior € a sun dade © quanto menor a dimensio, menor idade ela tem. O que ndo se pode & estbelecer com rigiez 0 tamanho da forma ‘medida em Km?, com o tempo geologico ¢ histérico medido em anos ¢ a génese associads © apenas um determinade processo. Esta proposta taxondmica tem a preocupagio de resolver um antigo problema néo solucionado pelas propostas de classificagio dos faios geomorfolégicos de Cailleux-Tricart (1965) e 0 esquema geral de classificagao, do rlevo da tera de Mecerjakov (1968), que nio conseguiram definir coneretamente a relagio de suas propostas com a cartografagéo das formas do relevo realmente identificadas ao se executar a cartografacio geomorfol6gica. Tanto a classificagio de Cailleux-Tricart quanto a de Mecesjakov procuram dar 20s diversos tamanhos e tipos de formas uma dimensio espacial em Km’, Ao mesmo tempo Cailleux-Tricart (op cit) evidencia a relago dos tipos de formas ¢ tamanhos estas com a idade ou seja, quanto maior 0 tamanho 23 (extensio) da forma, maior € a idade da mesma. Mecerjakov (op cit) estabelece a relagéo de tamanho com elementos estruturais de um lado e esculturais de outro, procurando evidenciar que as formas do relevo tém influéneia estrutural independente da dimenséo espacial clas, A primeira diffculdade nestas classificagoes & a relagio intriseca de tipos de formas com dimenséo espacial em Km?, embora haja ligeira associaglo destes fatos, no ¢ possivel estabelecerrelagio rigida. O segundo grande © principal problema esté na dificuldade de se trabalhar com esses falos geomorfol6gicos a nivel da pesquisa e cartografacio, haja visto que no se consegue estabelecer uma relagio direta de correspondencia entre 08 ‘axons propostos ¢ a realidade do terreno. (© que ambas classificagdes ttm de positive é que procuram mostrar que existe diferentes ordens de ‘grandeza das formas do relevo © que esias grandezas tém. relagdo com as idades das formas © com os tipos de processor atunntes, Assim, a classificagio que of propoe € calcada fundamentalmente no aspecto fisiondmico que cada tamanho de forma de relevo presenta, néo interessando a rigidez da extensto em Km”, mas sim o significado morfogenético ¢ as influéncias estruturais © esculturais no modelado. Como sio as estruturas que fornecem as caracteristicas principais das formas do relevo, toda identificacio e classificagéo do, relevo, tém como ponto de partida a morfoestrutura sobre ‘a qual as formas de diferentes tamanhos estéo esculpidas, cconforme mostra o quadro a seguir. ‘irate soit orotate cm importante esslir que tal proposigho de ctassiieagio 0x de taxonomiaapoiase fundamentalmente 0 aspect fisindmico ou seja no formato das formas de relevo de diterentestamantos, Enretato, deve-se fiat também que o sspecto fsiondmico ¢ reflexo de determinadainfutncia de ordem genélica © s0 mesmo tempo indcador de umn determinada idae. Assim, a taxonomia propostabaseada na fisionomia das formas € nies de tudo uma proposia que tém por base a gene © a idade destas. Deste modo, podese aitmar que, quanto Imaor dimensho da forma malor 6 a sua ida e quanto tenor a dimensio, menor idade ela tm. © que mio se pode € estaelecer com rigiez 0 tamanho da forma medida em Km’, com o tempo gcolégico histérico tmedido em anos ¢ a génese assocada a apenas um determinado process Esta proposta taxontmica tem 2 preocupagio de resolver um antigo problema no solucionado pelas propostas de classificagio dos fatos geomorfoldgices de CCailleux-Tricart (1965) e 0 esquema geral de classificagio do relevo da terra de Mecerjakov (1968), que nfo cconseguiram definir concretamente @ relagéo de suas ‘propostas com a cariografagio das formas do relevo realmente identificadas ao s¢ executar a cartografagio gromorfoldgica. Tanto a classificagio de Cailleux-Tricart quanto a de Mecerjakov procuram dar 2as. diversos, ‘tamanhos e tipos de formas uma dimensdo espacial em Km?, Ao mesmo tempo Cailleux-Tricart (op cit) evidencia a relagio dos tipos de formas ¢ tamanhos destas com a idade ou seja, quanto maior o tamanho (extenslo) da forma, maior & @ idadc da mesma. Mecerjakov (op cit) estabelece a relagéo de tamanho com elementos estruturais de um lado ¢ esculturais de outro, procurando evidenciar que as formas do relevo tem Influéncia estrutural independente da dimensio espacial delas. A primeira dificuldade nestas classificagdes ¢ a relagio intrinseca de tipos de formas com dimensio espacial em Km?, embora haje ligeira associagao destes falos, nio & possivel esiabelecer relagio rigida. O segundo ‘grande © principal probleme esté na dificuldade de se trabalhar com esses {alos geomorfol6gicos a nivel da pesquisa e carlografagio, haja visto que no se consegue estabclecer uma relagio direta de correspondéncia entre os taxons propostos a ealidade do terreno, ‘© que ambas classificagdes tm de positive & que procuram mostrar que existe diferentes ordens de grandeza das formas do relevo e que estas grandezas tm relaglo com as idades das formas e com os tipos de processos atuantes. Assim, a classificagio que ora se propde € calcada fundamentalmente no aspecto fisiondmico que cada tamanho de forma de relevo presenta, néo interessando a rigidez da extensio em Km”, mas sim o significado morfogenético ¢ as influéncias estruturais ¢ esculturais no modelado. Como sio as estruturas que fornecem as caracteristicas principais das Formas do relevo, toda idemtificacio e classificagio do relevo, t&m como ponto de partida a morfoestrutura sobre ‘a qual as formas de diferentes tamanhos estdo esculpidas, ‘conforme mostra o quadro a seguir. Esta proposta esti teoricamente embasuda no principio de Penck(1983) relative aos processox cendégenos © extigenos, nos conceitas formulados. por Guerusimov(1946) © = Meverjakov(1968) sobre morfoesiulura © morfoescultura © na experiéneia em cartografia geomorfolégica para escalas médias © pequenas elaboradas com imagens de radar ¢ satéite em mapeamento sistemético do Projeto Ravambrasil e posieriormente no Luboratério de Geomorfologia do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras ¢ Ciéncias Humanas da Universidade de Sao Paulo, ‘onde hui alguns anos desenvolve-se ensaios de cartogratia geomorfoldgica como programa de treinamento a alunos eslagidrios. 3-08 PROCEDIMENTOS TECNICOS, OPERACIONAIS DA CARTOGRAFACAO- A cartografagio dos falos geomorfoldgicos através do uso de sensores como 0 radar e satélite no Brasil t¢m sido exccuttdos asicamemte para escalas médias (1:50,000, 1:100.000) e pequenas (1:250:000, 1:500.000 e 1:1.000.000). Mapeamentos sistemiticos. foram gerados hasicamenie pelo Projeo Radambrasil para todo 0 iemritério nacional ¢ pelo Institulo de Pesquisas Tecnoldgicas — IPT(L981) para o estado de Séo Paulo, enlre outros menos divulgodos. Estes dois rabalhos aplicaram meiodologias distintas, apoiando.se no sensor radar. © procedimento técnico operacional para ambos os trabalhos foi © de identifieagio visual dos. diversos padres de formas semelhantes, que se definem pelo aspecio fisiondmico da. rugosidade topogritiea ou das Giferentes.intensidades dos padrbes de dissecagio do relevo. Assim sendo, a base da earlografagio tém sido a ‘dentficagdo © batismo de *manchas* de padrdes de formas de relevo semelhantes enlre si. No fimbito metodolégico, o IPT ~ Inctitulo de Pesyuisas Teenolégicas, uilizou © chamado “Sistema de Relevos" aplicado anteriormente no mapeamento sistemético da Australia, enquanto 0 Projeto Radambresil desenvolvew quatro metadologis a0 longo dos quinze anos de atividades, na tentativa de aprimorar a qualidade da informacio cartografada. Na fase inicial a cartografagio 28 opresentava padrdes de formas diversos © tentouse tugrupé-los por superficies ou niveis altimétricos, acreditando-se na relagdo intrinseca entre niveis ‘opogrificos © superticies de aplanamento, Na segunda fase manteve-se essa concepgio mas allerou-se de modo significative © modo de identficar os padrées de formas serescentando além de letras simbolos, niimeros ardbicos (que indicavam a dimenséo interfuvial média ¢ o grau de entalhamento médio dos vales, apoiados em uma matriz de indices de dissecagao do relevo. Na terceira fase ‘manteve-se 0 mesmo tipo de tratamento para os padres de formas mas incorporou-se a concepcio de Unidades Geomorfol6gicas, inspirada na proposta metodologica de Ab’Saber (1969). A quarta fase procurou dar um fratamento mais genético as formas de relevo carlografadas, incorporando-se a concepcio de Unidades Morfoestruturais, Unidades Geomorfoldgicas ¢ Padroes de Formas Homogéneas, inspirada em Tricart (1965). ‘A. carlografia geomorfologica ressente-se da ifculdade de encontrar adequado modelo. de repteseniagio gréfica, exisindo uma diversidade ue propostas metodolégicas, que valorizam sempre um ‘determinado elemento do relevo. AS carts francesas, bem coma a proposia por Tricart (1965), ressaliam representagdo da morfogénese através de _s{mbolos Pontuais ¢ lineares, © o modelado € indicedo pelas curvas de nivel. Outros tipos de representagdo valorizam niveis morfoldgicos associando as superficies de erosio, dados morfomélticos como declividades de _vertentes, informagdes morfolégicas com formas ¢tipos de relevo. ‘A. cartografacéo geomorfolégica deve mapear concretamente 0 que se v8e no 0 que se deduz da andlise ‘geomorfoldgica, porianto em primeiro plano os mapas eomorfoldgicos deve representar 0s diferentes lamanhos de formas de relevo, dentro da escala compativel. Em primeiro plano deve-se representar as formas de diferentes tamanhos e em planos seeundérios, a representagio da _morfometria, —morfogénese ‘morfocronologia, que (ém vinculo direto com @ tipologia das formas. Deve-se aplicar para a _cartografia geomorfoldgica 0s mesmos principios adotados para a carlografia de solos © de geologia, onde representa-se 0 26 que estes temas (@m de concreto, ou seja 0s tipos de solos © as formagdes rochosas, para a seguit dar outras informagSes relativas & idade, a genese © as demais caracteristicas de um modo descritive no corpo da legenda. A sobrecarga de informagbes com manchas, ‘ornamentos, simbolos tineares contidas no interior dos ‘mapas os tornam muito ricos, entretanto extremamente Aificies de serem utilizados. s ensaios técnicos e metodolégicos desenvolvidos no Laboratério de Geomorfologia do Departamento de Geografia da Universidade de Sao Paulo, nos tiltimos ‘anos, vém procurando outros caminhos para @ ccariografagio & anélise geomorfoldgica ulizando imagens de radar em escalas 1:250,000 ¢ 1:100.000 € folografias aéreas de escalas grandes (1:10.00 ¢ 1:25.00), Mauitos mapas foram gerados artesanalmente pelos alunos estagiérios. O acesso @ outras. propostas metodolégicas como as de Demek (1967), Basonina, 1800 on vatos are (oie: Gannon (2) 1 MEDIA (3) IPEQUENA() 1 MUIZO. ' ' pnouewas) ¢ 13001700 F300 nO a mo 4 30 tet : a (= 0 20m) ' 1 ise kag Wee eet chee Praco (2) ' no mot 8 tf «1m et medio (31 (20 a 40m) : moot mt wt Porte (4) 1 (49 8 0m) : oo: Muito Porte (5) toon 1 (oa 20m) ' 1 @ 20m) 1 088 + Dara ascalas méaies @ poquen as class ‘480 Lnversanonto proporcionats, ia imenato interfluvial média. quanto ao indice de Aissececto mis trace, 2 forte, oo soda, 55+ Essa matriz foi inspirada nos trabalhos do Projeto Radambrasil com modiicagdes na _disposigio dos conjuntes numéricos tanto para eoluna horizontal como para. vertical. Nacoluna de dimenséo interfuvial média, ‘5 valores mais altos dos interthivios estio & esquerda & porianio diminuem para a diteita. Nas colunas verticais 05 algarismos ardbicos crescem do topo para a base da ‘matriz, ou seja, do menor para o maior grau de cenialhamento, Tomando-se um exemplo, 0 do conjunto sumérico 23 ~ 0 nimero 2 refere-se 20 entalhamento do vale tipo Fraco (de 10 a 20 mye 0 nimero 3 significa que (41250.000, 11100.000), face a diticuldade de ee 42 densidade de drenagen, utilize quanto maior 4 doneidade do dronsgen, 21 @ © maior valor numérico @ a dies toviel média, eujes valores é © moner valor sunarico acto, a a forma de relevo ali representada 1m dimensfo média que oscila no interval de 300 & 700 Essa matriz tem a vanlagem —da__melhor representaglo dos indices de Dissecagio do Relevo. assim ‘quanto maior for 0 valor numérico expresso pelo conjunto dos dois algarismos ardbicos, maior é a dissecacao e vice-versa, Por exemplo, 0 conjunto de algarismos 2.1 representa um menor indice de dissecacio do relevo que o ‘conjunto dos algarismos 2.3 (veja matriz). 28. As Unidades. Morflogicas ow dos Pardes de Formas Semelhantessio idenlificadas por um conjunto de agarismos ardbicos extraidos da Matriz dos indices de Dissecagio do Relevo. As lets simbolos so de. duas haturezas genéicas as formes agradacionais (ecumulagio) e 45 formas. denudacionais (erosfo) AS formas Agadacionas tecebem a primeira letra maiscula (A (de agradegio) acompanhades de ours dias tetas minisculas que detetminam a gnese © processo de getagdo da forma de agradagdo, por exemplo Apt ~ A de etadagio ov acumulagio: p de planicie e f de Avia Guitas formas de agradagho possiveis so a8 planicies ‘marinas (Ap), panics lacstes (Api), res panas de inundagio por difculdade de escoamento (Api) e as de g2neses mises. AS formes de Agradagio ni tecebem os flgariamos ardbicos, pois esias nao. apresenvam, disceagéo por eros. ‘AS formas Denudacionais (D) séo acompanhadas de ‘outta letra miniseula que indica a morfologia do topo da forma que € reflexe do processo rmorfogenéiico que erou tal forma. As formes podem apresentar caracterstieas de topos agugados (a), convexos (©). tabulares () ou absolutamente planos (p). Deste modo, ‘08 conjuntos de formas denudacionais so atizados pelos eonjuntos Da, De, Dt e Dp ou outras combinagies que aparegam ao se executar 0 mapeamenio. Esses conjunios de algarismos ardbieos extraidos da matriz dos indices de disseeaxio, como exemplo 0 conjunto Desa, significa forma denudacional de topo convexo com entalhamento de vale de indice 3 (20 a 40 metros) © dimenséo interfluvial de tamanho grande-2 (700 a 1500 metros. © quarto taxon & representado elas formas individuslizadas e que neste caso é indicada no conjunto, Deste modo a Unidade Morfoldgica ou Ue Padrio de Formas Semelhantes tipo De3s constitue-se por formas de topos arredondados ou convexos ¢ vales entalhados que individualmente se caracterizam por colinas. Assim a forma individualizada & uma colina de topo convexo com determinadas caracteristicas de tamanho, inelinagio das vertentes € gerada por erosdo de ambiente climético ‘quente e dimido e que fez parte de um conjunto maior que 0 Padrio de Forma Semelhante. © quinto taxon refere-se as partes das formas do relevo ou seja das verlentes. Este taxon $6 pode ser totalmente representado carlogralicamente quando se trabalha com fotografias aéreas em escalas grandes ou de detalhe como 1:25.000, 1:10.00, 1:5.000. Nestes casos as vertenles séo identificadas por seus diversos setores, que indicam determinadas caracteristcas geneticas. Assim, 08 setores de vertentes podem ser tipo escarpada (Ve), convexa (Ve), wiilineas (Vr), coneava (Vee), em patamares planos (Vpp), em patamares inclinados (Vp), topos convexos (Te), topos planos (Tp) entre outras que postam ser encontradas. Para mapeamentos em esealas ‘médias tipo 1:50.000, 1:100.000 e 1:250.000 as vertentes, io podem ser representadas de modo espacializado. Nestes casos utilizase simbolos lineares ou pontuais, Indieando 0s tipos de vertentes. © sexto taxon corresponde as pequenas formas de relevo que se desenvolvem por interferéncia antrépica a0 Tongo das vertentes. Sao formas geradas pelos processos erosives e acumulativas atuais. Nestes casos destacam-se as ravinas, vogorocas, deslizamentos, corridas de lama, equenos depésitos aluvionares de indugho antropica, bancos de assoreamento, entre outros. ‘A. representaglo cartogrilica destas formas de relevo 86 pode ser efetuada em escalas grandes, onde ossivel carlografar detalhes dos falos geomérficos ‘denlificados em fotos aéreas ou no campo. Nao € possivel carlografar, alé 0 momento, no Brasil, fatos desta nalureza utilizando-se imagens de radar ou mesmo de salsites nas escalas disponiveis atualmente. 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