You are on page 1of 3

Carlos ZILIO

outros nomes Carlos Augusto da Silva Zilio país Brasil representação nacional Brasil

biografia (n. Rio de Janeiro, RJ, 1944)

Pintor.
De 1964 a 1965 estuda pintura com Iberê Camargo no Instituto de Belas-Artes do Rio de Janeiro, atual Escola de Artes Visuais. Entre 1975 e 1982 atua como um
dos editores da revista Malasartes e da revista Gávea, ambas no Rio de Janeiro. A partir de 1980 torna-se professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro. Em 1982 lança o livro A Querela do Brasil. Atualmente reside no Rio de Janeiro, onde mantém seu ateliê e atua como professor da Pontifícia Universidade
Católica.

Fonte: Catálogo da mostra "Bienal Brasil Século XX", FBSP, 1994, p. 349.

prêmios
crítica "Influenciado inicialmente pela Pop Art e pela Nova Figuração, Carlos Zilio vem praticando urna arte na qual a preocupação social e o questionamento da própria
atividade artística ocupam lugar de destaque."
José Roberto Teixeira Leite, Dicionário crítico da pintura no Brasil, Rio de Janeiro, Artlivre, 1988.
"(...) Para atualizar o conceito revolucionário de Cézanne, que proclamava que era preciso esquecer o museu indo diretamente à natureza, Carlos Zilio redimensiona
a questão a partir dos anos 80: como recolocaras referências culturais adquiridas e sedimentadas no museu, em contato e em conflito com a vida, com a própria
natureza. Zilio ataca este dilema da maneira mais atual, mais radical, ou seja, de modo mais superficial (o olho se atém na superfície da própria tela que a
composição, por sua vez, dinamiza): representando as questões e lições fundamentais dos mestres Seraut e Matisse, base da pintura do século XX. E procede com
o mesmo frescor e a mesma irreverência (...}." Jorge Guinle, Carlos Zilio, Rio de Janeiro, Galeria Paulo Klabin, 1984 (catálogo de exposição).
"First infiuenced by Pop Art and New Figuration, Carlos Zilio hás been producing art in which social concern and a constant questioning of his own artistic activity are
important issues." José Roberto Teixeira Leite
"(...) In order to update the revolutionary concept of Cézanne, which thought that it was necessary to forget the museum and go directly to nature, Carlos Zilio restates
the same question in the eighties: how to rethink the cultural references acquired and solidified in the museum while still being in contact - and in conflict - with life
and with nature itself. Zilio faces this issue in an updated, more radical' - and therefore more superficial - way. That is to say: the eye keeps to the surface of the
canvas and i t is the composition which introduces dynamism to it. He faces the same basic questions raised by both masters Seraut and Matisse who are the basis
of the 20th century painting. He works with equal freshness and irreverence (...}." Jorge Guinle

(Catálogo da mostra "Bienal Brasil Século XX", FBSP, 1994, p. 349)

A partir de obras de artistas como Carlos Zilio, o potencial político da arte passou a ser associado com a subversão de códigos e regras. O artista problematizou a
pintura, aplicando-lhe objetos variados ou até mesmo negando sua natureza bidimensional, a fim de demonstrar que ela não estava perpetuamente condenada a ser
fixada em paredes. Com isso, contribuiu para a afirmação da arte como território de articulação de ideias, não necessariamente restrito à denúncia explícita da
realidade. Sua busca incessante por novos suportes artísticos justificava-se como reação ao contexto da ditadura militar, orientava-se para a realidade do país,
contra a exploração da mão de obra, o amordaçamento e a supressão das vozes dos inimigos do regime. Aparentada com a linguagem de fotonovela, a série
fotográfica Para um jovem de brilhante futuro é uma das realizações mais irônicas do artista. A maleta “007”, símbolo de quem naquela altura ingressava no
mercado de trabalho sem outras preocupações que não os altos salários, é metáfora de uma armadilha. Seu recheio de pregos, organizados com o rigor de um
batalhão, é uma denúncia imprevista, uma advertência para os perigos contidos nos sonhos dos jovens alienados.
(Texto do catálogo da 29ª Bienal de São Paulo. FBSP, 2010)

exposições Individuais:

1975 - - Galeria Luiz Buarque de Hollanda e Paulo Bittencourt, Rio de Janeiro

Página 1 de 3
Banco de Dados de Arte da Fundação Bienal de São Paulo
Carlos ZILIO Cont.
1976 - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
1984 - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
1987 - Galeria Paulo Klabin, São Paulo
1987 - Galeria Maurício Leite Barbosa, Rio de Janeiro
1987-88 – Galeria de Arte da Universidade Federal do Espírito Santo e na Capela Santa Luzia, Vitória
1989-90- Galeria Paulo Klabin, no Rio de Janeiro
1993 - Paço Imperial do Rio de Janeiro

Coletivas:

1966 – Opinião 66, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro


1976 - Spazio Alternativo 2, Montecatini, Itália
1977 - X Bienal de Paris
1981 - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
1982 - Fundação Calouste Gülbenkian, Lisboa
1987 - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
1987 - Solar Grandjean de Montigny

bibliografia Carlos Zilio. Rio de Janeiro, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1982 (catálogo de exposição com texto de José António Braga Dias e Laymert Garcia dos
Santos).

ZANINI, Walter. História geral da arte no Brasil, São Paulo, Instituto Walther Moreira Salles, 1983, p. 735, 740, 743, 786.

Carlos Zilio. Rio de Janeiro, Galeria Paulo Klabin/Anna Maria Niemeyer Galeria, 1984 (catálogo de exposição com texto de Jorge Guinle).

PONTUAL, Roberto. Entre dois séculos; a arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand, Rio de janeiro, Editora JB, 1987, p. 558.

LOBATO, Eliane. "Tamanduás e caveiras", O Globo, Rio de Janeiro, 10 de setembro de 1987.

ROELSJR., Reynaldo. "As indagações do olhar", Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 10 de setembro de 1987.

Carlos Zilio. Vitória, Galeria de Arte e Pesquisa da Universidade Federal do Espírito Santo, 1987 (catálogo de exposição).

"Zilio expõe na Paulo Klabin", Folha de São Paulo, São Paulo, 30 de setembro de 1987.

TEIXEIRA LEITE, José Roberto. Dicionário crítico da pintura no Brasil, Rio de Janeiro, Artlivre, 1988, p. 551.

ROELS JR., Reynaldo. "Adereço ou necessidade?", Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 9 de junho de 1989.

LENCASTRE, Carla. "Os riscos do camaleão", O Globo, Rio de Janeiro, 20 de março de 1990.

CLEUSA MARIA. "A aventura do solista", Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 22 de março de 1990.

COUTINHO, Wilson. "Do outro lado do jardim", Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 1g de abril de 1990.

Página 2 de 3
Banco de Dados de Arte da Fundação Bienal de São Paulo
Carlos ZILIO Cont.
IX Bienal de São Paulo 1967
participação Selecionado área Artes Plásticas prêmio
Título: Ano: Linguagem: Descrição: Dimensões: Outros dados: Imagem?
Homens II 1967 Pintura Vinil s/ Duratex 87X73

Opção 1967 Pintura Vinil s/ Duratex 92X143

Reina Tranquilidade 1967 Pintura Vinil s/ Duratex 134X65

Visão Total 1967 Pintura Vinil s/ Duratex 87X73

Bienal Brasil Século XX 1994


participação Selecionado área Artes Plásticas prêmio
Título: Ano: Linguagem: Descrição: Dimensões: Outros dados: Imagem?
Para um Jovem de Brilhante Futuro 1974 Objeto Montagem c/ Maleta Col. do artista, Rio de Janeiro

Reina Tranqüilidade 1967 Objeto Tinta Vinílica - Eucatex c/ Relevo 135X65X15 Col. do artista, Rio de Janeiro

Sem Título 1966 Objeto Quadro-objeto 80X145X10 Col. do artista, Rio de Janeiro

Visão Total 1967 Objeto Duratex, Papier Maché, Plástico e 86X73X14 Col. do artista, Rio de Janeiro
Tinta Vinílica

29ª Bienal de São Paulo 2010


participação Convidado área Artes Visuais prêmio
Título: Ano: Linguagem: Descrição: Dimensões: Outros dados: Imagem?
Para um jovem de brilhante futuro 1973 Fotografia impressão fotográfica em fibra impressões Col. fotografias: artista; objeto: Vanda
com selênio; maleta e pregos 45 × 60 cm Mangia Klabin, Rio de Janeiro
cada; objeto
41 × 32 × 7
cm

Página 3 de 3
Banco de Dados de Arte da Fundação Bienal de São Paulo

You might also like