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1- A ESCOLA E OS DESAFIOS ORIUNDOS DAS TECNOLOGIAS DE

INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO- TIC

A Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) está cada vez mais


presente em muitas atividades da sociedade humana, seja social, politica,
religiosa, econômica e educacional. Aparelhos eletrônicos como celular,
notebook, tablet, entre outros e fazem parte da vida de muitos estudantes que
levam esses aparelhos para todos os lugares, inclusive, para a escola,
utilizando as mais diversas ferramentas disponíveis, e que por muitas vezes o
usam para fins particulares, ou seja, para utilizar as redes sociais como
diversão. Os modelos mais sofisticados são os Smartphones, IPhones, mas a
cada mês surgem novos modelos mais sofisticados, numa guerra de
concorrência entre as empresas.
Reconhecer a importância do celular no mundo contemporâneo é
notório, então, já que estão usando, como podemos fazer para utilizá-lo como
instrumento educacional? A fim de torná-lo capaz de proceder de maneira a
resolver situações problema no processo de aprendizagem nessa sociedade de
transformação.
E no mundo de transformações movidas pela tecnologia é necessário
conhecer alguns conceitos de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC)
e dentre autores pesquisados, Miranda define o termo:

O termo Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) refere-se à


conjugação da tecnologia computacional ou informática com a
tecnologia das telecomunicações e tem na internet e mais
particularmente no World Wide Web (www) a sua mais forte expressão.
(2007,p.43).

Conforme o Ministério de Educação e Cultura, o curso de Mídias na


Educação define TIC: (MEC, s.d. p. 2):

A terminologia TIC (tecnologia de informação e comunicação),


especificamente envolve a aquisição, o armazenamento, o
processamento e a distribuição da informação por meios eletrônicos e
digitais, como rádio, televisão, telefone e computadores entre outros.
Resultou da fusão das tecnologias de informação, antes referenciadas
como informática, e as tecnologias de comunicação, relativas às
telecomunicações e mídias eletrônicas.
E assim a disponibilidade das informações é facultada pelas TICs e
o setor da educação não ficou fora desse novo cenário. As tecnologias da
informação e comunicação (TIC) são introduzidas no contexto educacional e
vem transformando o ambiente escolar, como: a mudança no comportamento
de professores e alunos, a agilidade de comunicação, novas formas de
aprender e ensinar, tornando possível ao professor e ao aluno conhecer e lidar
com diferentes assuntos dentre eles, sociais, econômicos, politicos e científicos
e outros.
A realidade do mundo nos apresenta uma sociedade que vive em
constante mudança, no qual o conhecimento é atualizado a todo instante. E
quando se fala neste processo a escola é a instituição historicamente
incumbida de repassar o conhecimento e disponibiliza o espaço de desenvolver
a argumentação, além de preparar o aluno para vivência social em diferentes
dimensões no qual seja capaz de expressar seus conhecimentos e ideias.
Diante das novas dinâmicas sociais a escola precisa rever seu papel
no que diz respeito às tecnologias digitais, com o uso do smartphone em sala
de aula, a necessidade de atualização em todas as esferas do ambiente
escolar, ou seja, acompanhar o mundo contemporâneo, os mecanismos
modernos que diante do cenário atual, percebe-se que, as aulas tradicionais
estão ficando menos atrativas, perdendo espaço para as diversas
possibilidades que as tecnologias digitais podem oferecer como recurso
pedagógico no processo de ensino e aprendizagem neste sentido Silva, afirma
que:

O impacto das transformações de nosso tempo obriga a sociedade, e


mais especificamente os educadores, a repensarem a escola, a
repensarem a sua temporalidade. E continua. Vale dizer que precisamos
estar atentos para a urgência do tempo e reconhecer que a expansão
das vias do saber não obedece mais a lógica vetorial. É necessário
pensarmos a educação como um caleidoscópio, e perceberas múltiplas
possibilidades que ela pode nos apresentar, os diversos olhares que ela
impõe, sem contudo, submetê-la à tirania do efêmero. (SILVA. 2001,
p.37).

O ato de ensinar não é uma tarefa fácil, ao exercer seu papel o educador
adquire o compromisso de transmitir os seus conhecimentos de maneira que o
aluno possa aprender e compreender o conteúdo, buscando sempre um novo
modo de ensinar e aos alunos novas formas de aprender.
1.1. O papel da escola diante da nova realidade: Inclusão Digital

Durante todo o processo histórico da escola, esta organização


acumulou diversas atribuições sociais além de transmitir conhecimento, foi a
ela conferida a responsabilidade de socialização dos indivíduos. De acordo
com Saviani:
[...] o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente,
em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e
coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objeto da educação
diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que
precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que
eles se tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, a
descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo
(SAVIANI, 2008, p. 13).

Neste sentido a escola deve pensar novas dinâmicas de trabalhar o


saber, sendo uma das atribuições à promoção da socialização do individuo
adequando-o à dinâmica social, seria importante que esta instituição tomasse
para si a missão de promover a inclusão das pessoas na cultura digital a favor
do processo de ensino/aprendizagem, acreditamos na promoção do
desenvolvimento socioeducativo, além da socialização do saber e da
informação pelo aluno.
Para Mizukami (1986), o processo de ensino resiste a frequentes
modificações e sempre busca novos resultados para tornar essa prática mais
fácil e participativa. Modelos e formas de ensino surgiram ao longo dos tempos,
desde o giz e o quadro-negro, passando por livros, cursos por
correspondências, rádio aula, tele aula, entre outras. Muitos desses
instrumentos procuram atender às várias necessidades do aluno, como falta de
tempo, local apropriado, facilidade de obtenção desses meios e maneiras mais
interativas de estudar o conteúdo.
Refletindo sobre como as Tecnologias de informação e comunicação
(TIC) tem o poder de transformar, alterar e criar novos métodos para aprimorar
o processo de ensino e aprendizagem, é desafiador e impactante e vão além
da formação do professor, é necessário que todo o segmento da escola, alunos
professores e gestores estejam envolvidos na perspectiva de contribuir na
aquisição de conhecimento para formação do aluno. Para Sancho, a tecnologia
atual apresenta três tipos de efeitos:
Em primeiro lugar, altera a estrutura de interesses, o que tem
consequências importantes na avaliação do que se considera prioritário,
importante, fundamental ou obsoleto e também na configuração das
relações de poder. Em segundo lugar, mudam o caráter dos símbolos,
quando o primeiro ser humano começou a realizar operações
comparativamente simples[...], passou a mudar a estrutura psicológica
do processo de memória, ampliando-a para além das dimensões
biológicas do sistema nervoso humano. [...] Em terceiro lugar, modificam
a natureza da comunidade. Neste momento, para um grande número de
indivíduos, esta área pode ser o ciberespaço, a totalidade do mundo
conhecido e do virtual. (SANCHO. 2006, p. 16).

Neste contexto o autor informa que as pessoas que já tem conhecimento


destas novas tecnologias não demonstram dificuldades em usa-la,
diferentemente daqueles que não costumam usar os meios tecnológicos para
realizar pesquisas, ou outro trabalho, sendo que, posteriormente, os mesmos
sentirão a necessidade de se ajustar a esta nova era.
De acordo com o processo de aprendizagem, a novas tecnologias
necessitam ser satisfatórias e conhecidas pelos professores, que exercem um
papel fundamental neste processo. Através de uma interação por parte dos
professores com os recursos tecnológicos, eles acabam por interagir com a
realidade que o aluno está inserido.
As tecnologias da informação e comunicação têm sido instaladas no
espaço escolar por intermédio de projetos do governo e das próprias escolas,
por conseguinte cria-se a oportunidade de professores inserirem em suas aulas
o uso das novas tecnologias disponíveis. Com a finalidade de avançar o
governo tem executado e promovido ações que viabiliza a inclusão digital no
Brasil, apoiando diversos programas e órgãos, dentre os quais serão citados os
principais em ação e, ainda, uma estatística sobre um levantamento que
analisa seus resultados e a disponibilidade de cada um por região e por
Estados.
Dentre os programas do governo citamos o Programa Nacional de
Informática na Educação: PROINFO.

 PROINFO - Programa Nacional de Informática na Educação em


ação: Ministério da Educação – foi apresentado, em 1997, pelo MEC,
um novo Programa Nacional de Informática na Educação (Brasil,
1997a) - elaborado pela Secretaria de Educação à Distância (SEED) e
patrocinado pelo BIRD. Tal programa tem por objetivos explícitos
melhorar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem, possibilitar
a criação de uma nova ecologia cognitiva nos ambientes escolares
mediante incorporação adequada das novas tecnologias da informação
pelas escolas, propiciar uma educação voltada para o desenvolvimento
científico e tecnológico e educar para uma cidadania global numa
sociedade tecnologicamente desenvolvida, onde a informação
desempenhará um papel cada vez mais estratégico, cuja atribuição
principal é a de introduzir o uso das tecnologias de informação e
comunicação nas escolas da rede pública, além de articular as
atividades desenvolvidas sob sua jurisdição, em especial as ações dos
Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs). É um programa
educacional com o objetivo de promover o uso pedagógico da
informática na rede pública de educação básica. O programa leva às
escolas computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais. Em
contrapartida, Estados, Distrito Federal e municípios devem garantir a
estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os
educadores para uso das máquinas e tecnologias.

A intenção de citar o programa acima cabe para conhecimento do projeto


ofertado pelo governo em que professores, técnicos e gestores deverão buscar
os mesmos para o espaço escolar, com intenção de facilitar a inclusão digital e
inteirar a escola no mundo da informática, pois, percebeu-se que exclusão
digital é um fenômeno presente haja vista que nem todos os indivíduos tem
acesso ao mundo da informática, podendo ser ocasionado por questões
econômicas, não tem condições de comprar um aparelho eletrônico, não ter
como acessar a rede ou pelo não ter conhecimento de como usar os meios de
comunicação virtual.
Figura 01 – Mapa da exclusão digital no Brasil
Fonte: Mapa da Exclusão Digital (INFOEXAME, 2010).

Deve-se entender que mesmo com todo avanço tecnológico, com os


benefícios gerados pela inclusão digital, a realidade sobre a exclusão digital no
Brasil demonstra, que são muitos que estão fora da linha de beneficiados pelo
mundo virtual, a maioria dos brasileiros não são incluídos digitalmente pela
falta de acesso a Internet.

1.2. Os desafios e as oportunidades no cotidiano da sala de aula: Cultura digital


e Cibercultura.

Entende-se que cultura, conforme aprendizagem de décadas anteriores


à sociedade contemporânea é um complexo de conhecimentos, arte, crenças,
hábitos, moral e todos os atributos adquiridos por um povo ou civilização e é
passado de geração a geração. Logo todas as ações humanas que são
modificadas, desenvolvidas e que hábitos são alterados e transformados,
também fazem parte das características da cultura, pois com o passar do
tempo esse processo de mudança influenciará novas maneiras, novos
costumes, novos conhecimentos e experiências e passará para futuras
gerações incorporando outras vivências.
A vivência experimentada pela sociedade contemporânea promovida
pelas novas tecnologias como: uso de computadores, telefonia móvel, a
comunicação via satélite, os recursos audiovisuais, permite ao homem viver um
novo horizonte sociocultural, novas formas de comunicação e conhecimentos e
de produção cultural e cientifica, e assim surge a sociedade da informação ou
sociedade do conhecimento, forma de expressar a grande importância do
processo de informação em todas as atividades do homem.
Logo, este conjunto de inovações proporciona aos indivíduos e grupos
sociais a construção de suas identidades baseadas nesse novo modelo de
produção cultural, “em vez de enfatizar o impacto das tecnologias, poderíamos
igualmente pensar que as tecnologias são produtos de uma sociedade e de
uma cultura” (LÉVY, 1999, p. 22).
As tecnologias de informação e comunicação tem desempenhado um
papel importante na comunicação coletiva, pois através dessa ferramenta a
comunicação flui sem que aja barreira. Segundo Levy (1999), novas maneiras
de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo da informática.
Pierre Lévy (1999), em sua obra Cibercultura, declara que a rede de
computadores é um universo permitindo com que as pessoas conectadas
construam e compartilhem a inteligência coletiva sem depender de qualquer
tipo de restrição político ideológico, ou seja, a internet é um agente
humanizador porque democratiza a informação e humanitário porque permite a
valorização das competências individuais e a defesa dos interesses das
minorias.
Observamos no comentário de Silva, a seguir:
O uso da internet na escola é exigência da cibercultura, isto é, do novo
ambiente comunicacional-cultural que surge com a interconexão mundial
de computadores em forte expansão no inicio do século XXI. Novo
espaço de sociabilidade, de organização, de informação, de
conhecimento e de educação. (2013, p. 63).

Então Cibercultura é a cultura que surgiu, ou surge, a partir do uso da


rede de computadores, e de outros suportes tecnológicos (como, por exemplo,
o smartphone e o tablet) através da comunicação virtual.
A internet refere-se a uma rede mundial de computadores interligados
entre si em todo o globo, revela-se como um poderoso elemento produtor de
comunicação, integração social, armazenamento de diversas informações e
globalização de produtos. Levy prossegue:

Símbolo e principal florão do ciberespaço, a Internet é um dos mais


fantásticos exemplos de construção cooperativa internacional, a
expressão técnica de um movimento que começou por baixo,
constantemente alimentado por uma multiplicidade de iniciativas locais.
(LEVY. 1999, p.126).

Contudo o surgimento da internet ocasionou profundas mudanças e


transformações em diversos âmbitos, criando um novo espaço para a
expressão, conhecimento e comunicação humana, trata-se de um espaço
abstrato existente somente no mundo virtual: o ciberespaço.
De acordo com Levy (1999, p.17) O ciberespaço, responsável pela rede
global de comunicação mediada, possibilita a interação entre tecnologia e a
sociedade contemporânea, ampliadas por redes sociais: uma sociedade
conectada, colaborativa, hipertextual, destituída de presencialidade física:

O ciberespaço (que também chamarei de "rede") é o novo meio de


comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O
termo especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação
digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga,
assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo.
( LEVY,1999, p.17).

A informática vem ganhando espaço e cada vez mais importância no


âmbito da educação, atendendo o rápido avanço tecnológico, as instituições de
ensino procuram adequar seu modo de funcionamento para acompanhar essa
tecnologia, refletindo no comportamento do próprio meio educacional e na
sociedade em geral.
Os índices no uso das TICs tiveram um crescimento acelerado,
tornando-as indispensáveis para o individuo na sociedade atual, de forma que
as ferramentas que fazem parte do dia a dia do aluno seja mais presente em
sala de aula no processo de ensino e aprendizagem. Segundo Matias:
Não se pode negar que a tecnologia existe e que ela não pode estar fora
da escola. As novas tecnologias são recursos do nosso tempo que
podem ser empregados de forma inovadora na mediação. Esses
recursos são: televisão, computador, vídeo, Datashow, simulação,
realidade virtual entre outros. Na sociedade do conhecimento esse tipo
de recurso é importante e exige do sujeito capacidade de adaptação e
flexibilidade para extrair dela seus pontos positivos. (MATIAS. 2005, p.
242)

Não se deve esquivar dos mais diversos benefícios que proporciona o


uso da TIC, seu uso deverá ser visto com muita cautela, pois não se trata
apenas de inserir um recurso tecnológico em ala de aula, ele precisa ser
integrado à dinâmica didática do professor, utilizando de forma correta para que
tenha resultado positivo e eficaz, como melhorar e ajudar no entendimento de
determinados assuntos em sala de aula, como uma nova metodologia no
processo de buscar conhecimentos, ideias, pesquisas, etc. Isso torna a
dinâmica de aprendizagem mais criativa, estimulante e moderna. Como Piaget
(2002) enunciou: “A principal meta da educação é criar homens que sejam
capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras
gerações já fizeram”.
O uso da internet através de um dispositivo móvel — o celular —, em
sala de aula, como ferramenta pedagógica garante ao aluno e ao professor a
liberdade de maximizar o conteúdo, buscando estas possibilidades através de
sites educativos, blogs, vídeos, áudios e redes sociais, devendo o uso dessa
ferramenta ajudar a ampliar o horizonte de possibilidades do aluno.
Conforme Freire (2000), educar é um ato político que visa
transformação, liberdade e deve basear-se numa perspectiva emancipatória.
Não se trata de uma educação mecânica ou vazia de significações, porém
daquela que faz com que o sujeito aprenda partindo das situações, de seu
cotidiano vivenciado, e nos reportou ao que disse Paulo Freire:

Se a educação é dialógica, é óbvio que o papel do professor, em


qualquer situação, é importante. Na medida em que ele dialoga com os
educandos, deve chamar a atenção destes para um ou outro ponto
menos claro, mais ingênuo, problematizando-os sempre. O papel do
educador não é o de «encher» o educando com ‘conhecimento’, de
ordem técnica ou não, mas sim, o de proporcionar, através da relação
dialógica educador-educando, a organização do pensamento correto de
ambos (FREIRE, 1992).

Cabe ao professor o papel de mediador da relação entre a busca da


informação ao conhecimento, estar à frente do processo inovador
proporcionado pelas novas tecnologias.
1.3 O papel do professor frente às novas tecnologias: aprendendo para mudar,
mudando para aprender.

Fundamentado na reflexão e partindo do proposito de que uma das


principais funções da escola é formar, através de seu processo de ensino-
aprendizagem, a consciência critica do individuo, processando-se que ensinar
não é uma mera transmissão de conhecimento, mas sim, criar possibilidades
para a sua própria construção.
E torna-se relevante, pensar a educação com um campo de construção
de conhecimentos que saiba lidar com os meios tecnológicos disponíveis na
sociedade, pois:
A partir das diversas transformações tecnológicas o professor ganha
novas formas de ensinar chamando a atenção de seus alunos para as
informações a serem recebidas. Fazendo com que o professor saiba
utilizar as possibilidades disponíveis. Dos laptops mais baratos aos
telefones que fazem de tudo, surgem instrumentos, cada vez mais ao
nosso alcance, que abrem novas perspectivas para a pesquisa, o
transporte e consumo de bens culturais, a troca de mensagens e para
atividade de autoria de todos os tipos. Resta saber se a escola saberá
explorar essas possibilidades (RISCHBIETER, 2009, p.56).

Por conseguinte, ao usar os meios tecnológicos e suas ferramentas de


apoio, o professor pode contribuir para a constituição de sujeitos aptos a
interagir com o mundo e a assumir posições comprometidas nos diversos
espaços virtuais de que o telefone celular possui.
A sociedade atual vive um mundo permeado de tecnologias em que o
acesso às informações está disponibilizado sob diversas formas a exemplo: a
internet, jogos eletrônicos, celular, entre outros, fazendo parte da atividade
humana. Diante deste cenário cabe ao professor, o como proceder à frente as
novas tecnologias de informação e comunicação- TIC, em sala de aula.
Libâneo (2011) destaca o professor como sujeito atuante na formação do
cidadão e de sua importância para o desenvolvimento da localidade onde atua,
pois através do conhecimento, preza pela liberdade intelectual e pela
perspectiva de emancipação do indivíduo. Desta forma, o autor perpassa pela
nova identidade deste docente desde a sua técnica, sua práxis, sua
capacidade de lidar com as pessoas, didática, sua disposição em se atualizar,
em se formar etc.
Caminhando com o ensino tradicional, surge uma nova fase na educação
a era da informática, na qual já estamos, e é marcado por instrumentos que
permitem a geração de mensagens e conteúdos usando áudio, imagem e texto
escrito, através de vídeos na web, softwares educativo, etc.
Neste cenário o professor surge com um novo perfil ao entender que as
novas tecnologias de informação e comunicação TICs, o uso do celular em sala
de aula, o smartphone, pode ser uma ferramenta, uma aliada na busca e
construção do saber, de certo que não substitui este profissional da educação,
como também não diminui seu compromisso com o processo de
ensino/aprendizagem.
O professor sempre foi importante e continua sendo, não como repetidor
de informações prontas, mas como mediador, é um pesquisador e ao mesmo
tempo um articulador de aprendizagens, avaliador dos resultados onde o seu
papel é criativo ao invés de repetitivo.

Conforme a pesquisa de campo efetuada neste trabalho, percebeu-se


que uma boa parte dos professores não trabalham suas aulas com o uso do
celular. E Demo, faz uma excelente observação, quanto o professor e as
mudanças didáticas frente às novas tecnologias:

Temos que cuidar do professor, porque todas essas mudanças só entram


bem na escola se entrarem pelo professor, ele é a figura fundamental.
Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias, e
deve se portar como tal. (DEMO. 2008, p.134).

A formação dos professores, aprimorar o conhecimento, é essencial


para a melhoria da qualidade do ensino. É preciso que o professor compreenda
as transformações que estão ocorrendo no mundo e a necessidade da escola
em acompanhar esses avanços, e o processo de qualificação e atualização
deverá ser continuo.
Os celulares, por exemplo, o smartphone tem influenciado a cultura dos
jovens e a educação, porém no ambiente escolar, alguns de nossos estudantes
pesquisados afirmam que o celular é visto como um pesadelo ou ameaça para
muitos professores.
A Educação Digital é um dos atuais papéis da escola na Sociedade da
Informação, tendo a mesma função de ensinar sobre cidadania, ética,
propriedade intelectual, privacidade e segurança online, preparando indivíduos
adaptáveis e criativos que lidem facilmente com a rapidez na fluência de
informações, mas, principalmente, cidadãos digitais éticos para um novo
mercado de trabalho cujas exigências tendem a ser maiores que as atuais.

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