Professional Documents
Culture Documents
por
Lucas Máximo Alves
CURITIBA – PARANÁ
MARÇO – 2007
LUCAS MÁXIMOALVES
CURITIBA – PARANÁ
MARÇO – 2007
2
LUCAS MÁXIMOALVES
CURITIBA – PARANÁ
MARÇO – 2007
3
Dedicatória
Dedico,
4
Agradecimentos
Agradeço a Deus pelo seu imenso amor e misericórdia revelado nas oportunidades
que a vida me trouxe. Quero também agradecer:
À minha Família pelo apoio emocional e espiritual, ao meu orientador o Prof. Dr.
....., ao meu Co-Orientador o Prof. Dr. .... , a Maristela Bradil pela amizade e dedicação com
que nos atende, aos amigos, ...., .... ...., ......., e toda a galera do CESEC.
5
Epígrafe
6
Sumário
Apresentação ............................................................................................................................ 18
Capítulo – I ............................................................................................................................... 19
INTRODUÇÃO A TEORIA DO CONTÍNUO ....................................................................... 19
1. 1 – Objetivos do capítulo...................................................................................................... 19
1. 2 – Introdução a Teoria do Contínuo.................................................................................... 19
1. 3 – Conteúdos da Mecânica do Contínuo............................................................................. 20
Capítulo – II.............................................................................................................................. 23
TENSORES .............................................................................................................................. 23
2. 1 - Objetivos do capítulo ...................................................................................................... 23
2. 2 – Introdução....................................................................................................................... 23
2. 3 - Parte – A: A Notação Indicial ......................................................................................... 24
2. 4 - Parte – B: Tensores ......................................................................................................... 40
2. 5 - Parte – C: Cálculo Tensorial ........................................................................................... 91
2. 6 - Parte – D: Coordenadas Curvilineas ............................................................................. 126
2. 7 – Teoremas Integrais ....................................................................................................... 151
2. 8 – Exemplos e Aplicações................................................................................................. 159
2. 9 – Exercícios e Problemas................................................................................................. 161
Capítulo – III .......................................................................................................................... 162
CINEMÁTICA DO CONTÍNUO .......................................................................................... 162
3. 1 - Objetivos do capítulo .................................................................................................... 162
3. 2 - Introdução ..................................................................................................................... 162
3. 3 – O Movimento................................................................................................................ 163
3. 4 – Descrição do Movimento de um Meio Contínuo ......................................................... 164
3. 5 – Descrição Material e Descrição Espacial ..................................................................... 168
3. 6 – Derivada Material ......................................................................................................... 170
3. 7 – Aceleração da Partícula em um Meio Contínuo........................................................... 172
3. 8 – O Campo de Deslocamento .......................................................................................... 176
3. 9 – Equação Cinemática do Movimento de Corpo Rígido................................................. 177
3. 10 – Exemplos e Aplicações............................................................................................... 179
3. 11 – Exercícios e Problemas............................................................................................... 180
Capítulo – IV .......................................................................................................................... 181
DEFORMAÇÃO NO CONTÍNUO ....................................................................................... 181
4. 1 – Objetivos do capítulo.................................................................................................... 181
4. 2 – Introdução..................................................................................................................... 181
4. 3 – Gradiente de Deformações ........................................................................................... 182
4. 4 – Deformações................................................................................................................. 187
4. 5 – Deformações Infinitesimais.......................................................................................... 189
4. 6 – Significado Geométrico de E........................................................................................ 192
4. 7 – Deformações Principais................................................................................................ 196
4. 8 – Dilatação....................................................................................................................... 197
4. 9 – Tensor Rotação Infinitesimal........................................................................................ 199
4. 10 – Taxa de Variação de um Elemento Material .............................................................. 201
4. 11 – Tensor Taxa de Deformação....................................................................................... 203
4. 12 – Taxa de Variação Volumétrica de um Elemento Material ......................................... 207
4. 13 – Tensor de Rotação e Velocidade Angular .................................................................. 209
4. 14 – Equações de Conservação da Massa .......................................................................... 210
7
4. 15 – Condição de Compatibilidade para o Tensor E .......................................................... 212
4. 16 – Condição de Compatibilidade para o Tensor de Deformação .................................... 214
4. 17 – O Gradiente de Deformação ....................................................................................... 215
4. 18 – Deslocamento de Corpo Rígido.................................................................................. 216
4. 19 – Deformação Finita ...................................................................................................... 217
4. 20 – Teorema da Decomposição Polar ............................................................................... 222
4. 21 – Cálculo do Tensor de Estiramento a partir do Gradiente de Deformação.................. 223
4. 22 – O Tensor Direito de Deformação de Cauchy-Green .................................................. 225
4. 23 – O Tensor Lagrangeano de Deformação...................................................................... 227
4. 24 – O Tensor Esquerdo de Deformação de Cauchy-Green .............................................. 230
4. 25 – O Tensor de Deformação de Euler ............................................................................. 234
4. 26 – Condição de Compatibilidade para as Componenetes do Tensor de Deformação Finito
.............................................................................................................................. 239
4. 27 – Variação de Área devido a Deformação..................................................................... 240
4. 28 – Variação de Volume devido a Deformação................................................................ 244
4. 29 – Exemplos e Aplicações............................................................................................... 247
4. 30 – Exercícios e Problemas............................................................................................... 248
Capítulo – V ........................................................................................................................... 249
TENSÃO NO CONTÍNUO.................................................................................................... 249
5. 1 – Objetivos do Capítulo................................................................................................... 249
5. 2 – Introdução..................................................................................................................... 249
5. 3 – Vetor Tensão de Cauchy .............................................................................................. 251
5. 4 – Componentes do Tensor de Tensão de Cauchy............................................................ 254
5. 4 – Simetria do Tensor de Tensão de Cauchy .................................................................... 256
5. 5 – Tensão Principais.......................................................................................................... 259
5. 6 – Máxima Tensão de Cisalhamento................................................................................. 263
5. 7 – Equação de Movimento de um Meio Contínuo Sujeito a Um Campo de Tensão........ 268
5. 8 –Tensor de Tensão de Piola-Kirchoff.............................................................................. 273
5. 4 – Equação de Movimento escrito na Configuração de Referência.................................. 277
5. 4 – Potência de Tensão ....................................................................................................... 280
5. 4 – Taxa de Fluxo de Calor por Condução......................................................................... 284
5. 4 – Equação da 1ª Lei da Termodinâmica .......................................................................... 286
5. 4 – Desigualdade de Entropia............................................................................................. 288
5. 9 - Exemplos e Aplicações ................................................................................................ 289
5. 10 - Exercícios e Problemas ............................................................................................... 290
Capítulo – VI .......................................................................................................................... 291
O SÓLIDO ELÁSTICO ......................................................................................................... 291
6. 1 - Objetivos do capítulo .................................................................................................... 291
6. 2 - Introdução ..................................................................................................................... 291
6. 3 – A Teoria da Elasticidade............................................................................................... 292
6. 4 – Propriedades Mecânicas ............................................................................................... 293
6. 5 – O Sólido Elástico Linear .............................................................................................. 295
6. 6 – Equação da Teoria da Elasticidade Infinitesimal ......................................................... 307
6. 7 – Princípio da Superposição ............................................................................................ 309
6. 8 – Onda Plana Irrotacional ................................................................................................ 311
6. 9 – Onda Plana Equivolumial............................................................................................. 313
6. 10 – Extensão Simples........................................................................................................ 316
6. 11 - Exemplos e Aplicações ............................................................................................... 345
6. 12 - Exercícios e Problemas ............................................................................................... 346
Capítulo – VII......................................................................................................................... 347
8
O FLUIDO VISCOSO NEWTONIANO ............................................................................... 347
7. 1 - Objetivos do capítulo .................................................................................................... 347
7. 2 - Introdução ..................................................................................................................... 347
7. 3 - Exemplos e Aplicações ................................................................................................. 348
7. 4 - Exercícios e Problemas ................................................................................................. 349
Capítulo – VIII ....................................................................................................................... 350
FORMULAÇÃO INTEGRAL DE PRINCÍPIOS GERAIS................................................... 350
8. 1 - Objetivos do capítulo .................................................................................................... 350
8. 2 - Introdução ..................................................................................................................... 350
8. 3 – Teoremas Integrais ....................................................................................................... 351
8. 4 – Teorema de Gauss ........................................................................................................ 352
8. 5 – Teorema de Stokes........................................................................................................ 353
8. 6 - Exemplos e Aplicações ................................................................................................. 354
8. 7 - Exercícios e Problemas ................................................................................................. 355
Capítulo –IX ........................................................................................................................... 356
FLUIDO NÃO-NEWTONIANO ........................................................................................... 356
9. 1 - Objetivos do capítulo .................................................................................................... 356
9. 2 - Introdução ..................................................................................................................... 356
9. 3 - Exemplos e Aplicações ................................................................................................. 357
9. 4 - Exercícios e Problemas ................................................................................................. 358
Capítulo –X ............................................................................................................................ 359
A TEORIA DA PLASTICIDADE ......................................................................................... 359
10. 1 - Objetivos do capítulo .................................................................................................. 359
10. 2 - Introdução ................................................................................................................... 359
10. 3 - Plasticidade ................................................................................................................. 360
10. 4 - Exemplos e Aplicações ............................................................................................... 372
10. 5 - Exercícios e Problemas ............................................................................................... 373
Capítulo –XI ........................................................................................................................... 374
INTRODUÇÃO AOS PROBLEMAS NÃO LINEARES...................................................... 374
11. 1 - Objetivos do capítulo .................................................................................................. 374
11. 2 - Introdução ................................................................................................................... 374
11. 3 – Alguns Problemas Não-Lineares ................................................................................ 375
11. 4 – Problemas Estruturais Não-Lineares .......................................................................... 376
11. 5 - Exemplos e Aplicações ............................................................................................... 383
11. 6 - Exercícios e Problemas ............................................................................................... 384
Bibliografia............................................................................................................................. 385
9
Lista de Figuras
Figura - 1. 1. ............................................................................................................................. 22
Figura - 2. 1. ............................................................................................................................. 33
Figura - 2. 2. a) base ortonormal e b) regra da mão direita para o produto vetorial................. 35
Figura - 2. 3.
Figura - 1. 1. ............................................................................................................................. 22
Figura - 2. 1. ............................................................................................................................. 33
Figura - 2. 2. a) base ortonormal e b) regra da mão direita para o produto vetorial................. 35
Figura - 2. 3. Transformação Linear Vetorial de um vetor a em c . ...................................... 40
Figura - 2. 4. ............................................................................................................................. 43
Figura - 2. 5. ............................................................................................................................. 43
Figura - 2. 6. ............................................................................................................................. 44
Figura - 2. 7. ............................................................................................................................. 46
Figura - 2. 8. ............................................................................................................................. 46
Figura - 2. 9. ............................................................................................................................. 48
Figura - 2. 10. ........................................................................................................................... 50
Figura - 2. 11. ........................................................................................................................... 50
Figura - 2. 12. ........................................................................................................................... 66
Figura - 2. 13. ........................................................................................................................... 66
Figura - 2. 14. ........................................................................................................................... 68
Figura - 2. 15. ........................................................................................................................... 70
Figura - 2. 16. ........................................................................................................................... 81
Figura - 2. 17. ........................................................................................................................... 81
Figura - 2. 18. ........................................................................................................................... 83
Figura - 2. 19. ........................................................................................................................... 86
Figura - 2. 20. ........................................................................................................................... 91
Figura - 2. 21. Função potencial e o seu gradiente. .................................................................. 99
Figura - 2. 22. Função potencial e o seu gradiente. ................................................................ 101
Figura - 2. 23. Isotermas de um campo escalar. ..................................................................... 106
Figura - 2. 24. Isotermas de um campo escalar. ..................................................................... 108
Figura - 2. 25. ......................................................................................................................... 109
Figura - 2. 26. ......................................................................................................................... 151
Figura - 2. 27. ......................................................................................................................... 158
Figura - 3. 1 ............................................................................................................................ 163
Figura - 3. 2. ........................................................................................................................... 165
Figura - 3. 3. ........................................................................................................................... 167
Figura - 3. 4. ........................................................................................................................... 168
Figura - 3. 5. ........................................................................................................................... 169
Figura - 3. 6. ........................................................................................................................... 172
Figura - 3. 7. .............................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura - 3. 8. ........................................................................................................................... 185
Figura - 3. 9. ........................................................................................................................... 186
Figura - 3. 10. ......................................................................................................................... 188
Figura - 4. 1. .............................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura - 4. 2. ........................................................................................................................... 250
Figura - 4. 3. ........................................................................................................................... 251
Figura - 10. 1. ......................................................................................................................... 360
Figura - 10. 2. ......................................................................................................................... 360
10
Figura - 10. 3. ......................................................................................................................... 362
Figura - 10. 4. ......................................................................................................................... 365
Figura - 10. 5. ......................................................................................................................... 366
Figura - 10. 6. ......................................................................................................................... 367
Figura - 10. 7. ......................................................................................................................... 368
Figura - 10. 8. ......................................................................................................................... 368
Figura - 10. 9. ......................................................................................................................... 369
Figura - 10. 10. ....................................................................................................................... 371
Figura - 11. 1. a) ruptura elástica b) polielasticidade c) elasticidade não-linear d) plasticidade
................................................................................................................................................ 376
Figura - 11. 2. Flambagem em haste delgada com excentricidade nula................................. 376
Figura - 11. 3. Flambagem em haste delgada com excentricidade e não nula ....................... 377
Figura - 11. 4. Flambagem em articulações com inversão do estado e recuperação de
estabilidade ............................................................................................................................. 377
Figura - 11. 5. Flambagem em superfícies com inversão do estado....................................... 377
Figura - 11. 6. Flambagem multimodal em articulações ........................................................ 378
Figura - 11. 7. Flambagem localizada em haste estruturais.................................................... 378
Figura - 11. 8. Flambagem em superfícies sujeitas a um carregamento................................. 378
Figura - 11. 9. Grandes deslocamentos em a) vigas engastadas e b) em cabos áereos sujeitos
ao prório peso. ........................................................................................................................ 379
Figura - 11. 10. Problema de grandes deslocamentos com elipsização do diâmetro tubos em
tubulação aérea. ...................................................................................................................... 379
Figura - 11. 11. Grandes deslocamentos em articulações de guindastes e robôs ................... 379
Figura - 11. 12. Plastidade com Histerese Disipativa............................................................. 380
Figura - 11. 13. Viscoelasticidade com deformação não linear.............................................. 380
Figura - 11. 14. Materiais com não linearidade constitutiva a) revestimento de aeronaves b)
matriz óssea ............................................................................................................................ 381
Figura - 11. 15. Fratura e plasticidade na ponta da trinca. ..................................................... 382
.................................................................................................................................................. 40
Figura - 2. 4. ............................................................................................................................. 43
Figura - 2. 5. ............................................................................................................................. 43
Figura - 2. 6. ............................................................................................................................. 44
Figura - 2. 7. ............................................................................................................................. 46
Figura - 2. 8. ............................................................................................................................. 48
Figura - 2. 9. ............................................................................................................................. 50
Figura - 3. 1. ........................................................................................................................... 165
Figura - 3. 2. ........................................................................................................................... 185
Figura - 3. 3. ........................................................................................................................... 186
Figura - 3. 4. ........................................................................................................................... 167
Figura - 3. 5. ........................................................................................................................... 168
Figura - 3. 6. ........................................................................................................................... 169
Figura - 3. 7. ........................................................................................................................... 172
Figura - 4. 1. .............................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura - 4. 2. ........................................................................................................................... 250
Figura - 4. 3. ........................................................................................................................... 251
Figura - 10. 1. ......................................................................................................................... 360
Figura - 10. 2. ......................................................................................................................... 360
Figura - 10. 3. ......................................................................................................................... 362
Figura - 10. 4. ......................................................................................................................... 365
Figura - 10. 5. ......................................................................................................................... 366
11
Figura - 10. 6. ......................................................................................................................... 367
Figura - 10. 7. ......................................................................................................................... 368
Figura - 10. 8. ......................................................................................................................... 368
Figura - 10. 9. ......................................................................................................................... 369
Figura - 10. 10. ....................................................................................................................... 371
12
Lista de Tabelas
13
Lista de Siglas
14
Lista de Símbolos
15
Resumo
16
Abstract
17
Apresentação
Esta apostila de Introdução a Mecânica do Contínuo é resultado da digitação das
aulas do curso ministrado pelo professor Dr. Adriano Scremin e de estudos pessoais do
estudante de doutorado M. Sc. Lucas Máximo Alves, do Programa de Pós-Graduação de
Métodos Numéricos para a Engenharia-PPGMNE da Universidade Federal do Paraná.
18
Capítulo – I
INTRODUÇÃO A TEORIA DO CONTÍNUO
RESUMO
Neste capítulo será dada uma visão geral da teoria do contínuo e suas aplicações.
Em particular a definição de um meio contínuo dentro do contexto matemático e físico, no
que diz respeito a constituição atômica da matéria. Neste último contexto os limites de escala
inferior e superior são estabelecidos como uma forma de preservar o conceito matemático
abstrato.
1. 1 – Objetivos do capítulo
19
teoria, aceita-se a idéia de um volume infinitesimal de matéria referente a uma partícula no
contínuo, e em toda vizinhança de uma partícula existem sempre partículas vizinhas. A teoria
do contínuo é justificada ou não dependendo da situação.
A aproximação do contínuo descreve adequadamente o comportamento de
materiais reais em muitas circunstâncias. Ela fornece resultados que estão de acordo com as
observações experimentais na propagação de ondas de comprimento de onda
extrememamente pequenas.
Por outro lado, um gás perfeito pode ser adequadamente descrito por um contínuo
em certas circuntâncias. Em todo o caso é correto justificar a abordagem do contínuo com
base no número de moléculas em um dado volume. Além do que em um volume infinitesimal
no limite não contém moléclas no seu interior. Também não é necessário inferir que
quantidades que ocorrem na teoria do contínuo devem ser interpretadas como certas médias
estatíticas particulares. Nesta situação considera-se o limite termodinâmico para as médias
estatísticas em torno de 1015 particulas (átomos, moléculas, etc).
De fato, sabe-se que a mesma equação contínua pode ser obtida por diferentes
hipóteses a respeito da estrutura molecular e por definições de variáveis ....... Enquanto que a
teoria estatística molecular, se disponível, não melhora o entendimento da teoria do contínuo.
O ponto a ser pensado é simplesmente que se a teoria do contínuo é justificada em uma dada
situação, isto é, um assunto do teste experimental e não de filosofia. É suficiente dizer que
mais do que cem anos de experiência tem justificado tal teoria em uma larga variedade de
situações.
20
- Lei da Inegualdade da Entropia (2ª Lei da Termodinâmica).
Matematicamente existem duas formas dos princípios gerais:
(1) Forma Integral, formulada para um volume finito de matéria no contínuo.
(2) As equações de campo para um volume diferencial de matéria (partícula) em
todo ponto do campo de interesse.
Equações de campo são frequentemente derivadas a partir da forma integral. Elas
podem ser também derivadas diretamente a partir do corpo livre de um volume diferencial.
Esta última abordagem é adequada para iniciantes.
Neste livro-texto as abordagens são apresentadas, com a forma integral dada na
direção do fim do texto. As equações de campo são importantes se as variações das variáveis
no campo são também de interesse por elas mesmas ou são necessárias para se obter as
informações desejadas.
Por outro lado, as formas integrais das leis de conservação ------ elas mesmas .......
prontamente a certas soluções aproximadas.
A segunda maior parte da teoria da mecânica do contínuo e concernente a
“equações constitutivas” as quais são usadas para definir o material idealizado. Materiais
idealizados representam certos aspectos do comportamento dos materiais naturais. Por
exemplo, para muitos materiais sob condições restritas, a deformação causada pela aplicação
de cargas desaparece com a remoção das cargas. Este aspecto do comportamento do material
é representado pela equação constitutiva de um corpo elástco.
Sob condições mais restritas, o estado de tensão em um ponto depende
linearmente das variações dos comprimentos e dos ângulos (mútuos) sofridas pelos elementos
de volume no ponto medido a partir do estado onde as forças externas e internas se
desvanecem. A expressão acima define um sólido linearmente elástico.
Um outro exemplo, é fornecido pela definição clássica de viscosidade a qual é
baseada na superposição que o estado de tensão depende linearmente das taxas instantâneas
de variação dos comprimentos e ângulos mútuos do elemento de volume. Tal equação
constituiva define um fluido linearmente viscoso.
O comportamento mecânico dos materiais reais varia não somente de material
para material para material, mas também com diferentes condições de carregamento para um
dado material. Este leva a formulação de muitas equações constitutivas que definem os muitos
diferentes aspectos do comportamento material.
21
Neste texto, nós apresentaremos quatro modelos idealizados e estudaremos o
comportamento que eles representam por meio de algumas soluções de simples problemas de
valor de contorno. Os materiais idealizados escolhidos são:
(1) O sólido elástico linear isotrópico e anisotrópico
(2) O sólido elástico não-linear isotrópico e incompressível
(3) O fluido linearmente viscoso incluindo o fluido não-viscoso e
(4) O fluido não-newtoniano incompressível
Um importante requerimento que deve ser satisfeito para todos as quantidades
usadas na formulação de uma lei física é que elas são coordenadas invariantes. No capítulo
seguinte, nós discutiremos tais quantidades.
Figura - 1. 1.
22
Capítulo – II
TENSORES
RESUMO
Neste capítulo será visto a álgebra e o cálculo tensorial. As propriedades
fundamentais dos tensores serão demonstradas preparando o estudante para a sua aplicação na
teoria da elasticidade, na mecânica dos sólidos e na teoria da viscosidade.
2. 1 - Objetivos do capítulo
2. 2 – Introdução
23
2. 3 - Parte – A: A Notação Indicial
s a1 x1 a 2 x2 a3 x3 ...a n xn (2A1. 1)
Nós podemos escrever a equação (2A1. 1) de uma forma compacta usando o sinal de
somatório:
n
s a i xi ; n3 (2A1. 2)
i 1
É obvio que as seguintes equações possuem exatamente o mesmo significado que a Eq.(2A1.
2)
n
s a j x j ( j 1,2,3..., n) (2A1. 3)
j 1
n
s am xm (m 1,2,3..., n) (2A1. 4)
m 1
etc.
O índice i na equação (2A1. 2), ou j na equação (2A1. 3), ou m in equação (2A1.
4) é um índice mudo no senso de que a soma é independente da letra usada.
Nós podemos ainda simplificar a escrita da equação (2A1. 1) se nós adotarmos a
seguinte convenção: Quando acontecer de um índice aparecer repetido uma vez, este é um
índice mudo que indica que a somatório com o índice percorre os valores inteiros de 1,2, ..., n.
Esta convenção é conhecida como convenção de soma de Einstein. Usando a
convenção a equação (2A1. 1) se encurta para a notação
24
s ai xi ; i 1, 2,3
índices
mudos (2A1. 5)
ou
fictíctios
ai xi a m xm a j x j ... (2A1. 6)
que pode representado a decomposição de um vetor s com componente ai, decomposto em
termos dos vetores de uma base xi, ou o produto escalar de dois vetores a e x expresso em
termos de suas componentes ai e xi.
Deve-se enfatizar que as expressões tais como aibixi não são definidas dentro desta
convenção. Isto é, um índice nunca deve ser repetido mais do que uma vez, quando a
convenção de soma de Einstein é usada. Portanto, uma expressão da forma:
n
s ai bi xi ai bi xi ( forma errada ) (2A1. 8)
i 1
estaria errado e portanto deve-se reter seu sinal de somatório. A forma correta de se escrever
esta soma seria:
n
s ai b j x j ai b j x j ai b1 x1 b2 x2 b3 x3
j 1 (2A1. 9)
a1 b1 x1 b2 x2 b3 x3 a2 b1 x1 b2 x2 b3 x3 a3 b1 x1 b2 x2 b3 x3
De agora em diante nós devemos sempre tomar n igual a 3 tal que, por exemplo,
ai xi a m xm a1 x1 a 2 x2 a3 x3
aii a mm a11 a22 a33 (2A1. 10)
ai e i a1e1 a2e 2 a3e 3
A convenção de soma de Einstein obviamente pode ser usada para expressar uma dupla
soma, uma soma tripla, etc. Por exemplo, nós podemos escrever:
25
3 3
S aij xi x j (2A1. 11)
i 1 j 1
32 9 termos
Simplesmente como
Expandindo totalmente, a expressão (2A1. 12) da uma soma de nove termos, i.e.,
aij xi x j ai1 xi x1 ai 2 xi x2 ai 3 xi x3
a11 x1 x1 a12 x1 x2 a13 x1 x3
(2A1. 13)
a 21 x2 x1 a22 x2 x2 a 23 x2 x3
a31 x3 x1 a32 x3 x2 a33 x3 x3
onde
aij x1 x j a1 j x1 x1 a2 j x1 x2 a13 x1 x3
a11 x1 x1 a12 x1 x2 a13 x1 x3
(2A1. 15)
a 21 x2 x1 a22 x2 x2 a 23 x2 x3
a31 x3 x1 a32 x3 x2 a33 x3 x3
x'1 a1m xm p/ i 1
x ' 2 a2 m xm p/ i 2 (2A2. 2)
x ' 3 a3 m x m p/ i 3
Um índice que aparece somente uma vez em cada termo de uma equação tal como
o índice i na equação (2A2. 3) é chamado de um “índice livre”. Um índice livre toma valores
sobre números inteiros 1,2 ou 3 um de cada vez. Então a equação é (2A2. 3) é abreviada para
três equações cada uma tendo a soma de três termos sobre seu lado direito (isto é, equação
(2A2. 1))
Um exemplo a mais é dado por
Representando
27
ei ' Q11eˆ1 Q21eˆ2 Q31eˆ3
e2 ' Q12 eˆ1 Q22 eˆ2 Q32 eˆ3 (2A2. 6)
e3 ' Q13eˆ1 Q23eˆ2 Q33eˆ3
ai b j (2A2. 7)
ai ki ci i 1, 2, 3
(2A2. 8)
ai bi c j d j 0 i, j 1, 2,3
o certo seria
ai bi ci i 1,2,3 (2A2. 9)
Se existem dois índices livre que aparecem em uma equação tal que:
Então a equação é uma ...... escrita de 9 equações; cad uma tem uma soma de 3 termos no lado
direito. De fato,
28
T11 A1m A1m A11 A11 A12 A12 A13 A13
T12 A1m A2 m A11 A21 A12 A22 A13 A23
T13 A1m A3m A11 A31 A12 A22 A13 A33
possui 09 equações.
A notação indicial também aceita a mudança de índices.
Para
1 se i j
ij (2A3. 1)
0 se i j
Isto é:
29
11 22 33 1
(2A3. 2)
12 13 21 23 31 32 0
ii 11 22 33 1 1 1 3 (2A3. 3)
ou de forma geral:
im am ii ai ai (i 1,2,3) (2A3. 5)
ou
Matricialmente temos:
30
1 0 0 T11 T12 T13 T11 T12 T13
0 1 0 T T
21 22 T
23 21T T22 T23 (2A3. 9)
0 0 1 T
31 T32 T33 T31 T32 T33
ou
e para o caso
31
d) Seja eˆ1 , eˆ2 , eˆ3 uma base de vetores unitários perpendiculares um ao outro (base
ortonormal), então o produto escalar:
e finalmente
32
231 312 1
com permutação 123
132 321 213 1
111 112 113 0
0
221 222 223
0 123 1
1 213 1
2 231 1 (2A3. 20)
3 132 1
4 312 1
Veja que:
1) As permutações pares (0,2,4) ou cíclicas: 123, 231, 123 no sentido horário possui como
resultado o valor +1
2) As permutações ímpares (1,2,3) ou não-cíclicas: 132, 321, 213 no sentido anti-horário
possui como resultado o valor -1
3) As não-permutações pares possui como resultado o valor 0.
conforme mostra a Figura - 2. 1.
Figura - 2. 1.
33
Seja eˆ1 , eˆ2 , eˆ3 uma tríade de vetores que formam uma base ortonormal positiva,
onde:
Desenvolvemos temos:
34
Figura - 2. 2. a) base ortonormal e b) regra da mão direita para o produto vetorial.
Agora, sejam a e b vetores com representação na base eˆ1 , eˆ2 , eˆ3 dada por:
a ai eˆi e b bi eˆi (2A3. 24)
Então o que seria o produto vetorial a b ?
a b (ai eˆi ) (b j eˆ j ) ai b j (eˆi eˆ j ) ai b j ijk eˆk (2A3. 25)
Isto é:
a b ai b j ijk eˆk (2A3. 26)
Identidades Importantes
i)
ii)
iii)
35
Provando a propriedade (i)
36
2A5 – Manipulações com a Notação Indicial
a) Substituição
Se
b i v i m cm .
(2A3. 31)
m mn n
Então a ordem para substituir os bi’s em (ii) para dentro de (i) é: nós primeiro mudamos o
índice livre em (ii) de i para m, necessariamente, e o índice mudo m para alguma outra letra,
como n por exemplo, tal que:
Logo
Agora (2A3. 34) representa três equações cada uma tendo a soma de nove termos
em seu lado direito.
É errado, por exemplo, simplesmente substituir:
obtendo
b) Multiplicação
Se
p am bm (2A3. 37)
37
q cm d m (2A3. 38)
Então
pq a m bm cn d n (2A3. 39)
pq am bm cm d m (2A3. 40)
3
pq am bm cm d m (2A3. 41)
m 1
Se em particular, se eˆ1 , eˆ2 , eˆ3 sào vetores unitários perpendiculares um ao outro, então
a.b (ai eˆi ).(b j eˆ j ) ai b j (eˆi .eˆ j ) ai b j ij
(2A3. 43)
ai bi a j b j a1b1 a2b2 a3b3
c) Fatoração
Se
ni ij n j (2A3. 45)
Então
38
Tij ij n j 0 (2A3. 47)
Então
outros exemplos. Se
ou ainda
39
2. 4 - Parte – B: Tensores
e
Ta Ta (2B1. 3)
onde a e b são dois vetores arbitrários e é um escalar arbitrário então T é chamado de
uma Transformação Linear. Este é também chamado de Tensor de Segunda Ordem ou
simplesmente um Tensor. Uma definição alternativa e equivalente de uma transformação
linear é dada por uma única propriedade linear.
T a b T a Tb (2B1. 4)
onde a e b são dois vetores arbitrários e e são escalares arbitrários.
Figura - 2. 3. Transformação Linear Vetorial de um vetor a em c.
Se dois tensores T e S, transforma qualquer vetor arbitrário a de uma forma
idêntica, então estes tensores são iguais um ao outro, isto é:
1
Linear Inversível (Reversível); Não-linear Não-Inversível (Irreversível)
40
Ta S a c (2B1. 5)
logo
TS (2B1. 6)
Example 2B1.1
Solution
Seja a e b dois vetores quaisquer, então pela definição de T,
Ta nˆ , Tb nˆ (2B1. 7)
e
T a b nˆ (2B1. 8)
Portanto, T não é uma transformação linear. Em outras palavras, este não é um tensor
41
Exemplo 2B1.2
Seja T uma transformação a qual transforma todo vetor em um vetor que é k vezes
o vetor original. É esta uma transformação tensorial?
Solução
Seja a e b dois vetores arbitrários e e escalares arbitrários, então por
definição de T, temos:
Ta ka e Tb kb (2B1. 10)
e
T a b k a b (2B1. 11)
Logo
T a b T a Tb (2B1. 13)
Então, pela Equação (2B1.2), T é uma transformação linear. Em outras palavras, ele é um
Tensor
No exemplo prévio, se k = 0 então o tensor T transforma todos os vetores em
zero. Este é o tensor zero e é simbolizado por O .
42
Exemplo 2B1.3
Considere uma transformação T que transforma todo vetor em sua imagem
espelho com respeito a um palno fixo. É T um tensor.
Figura - 2. 4.
Solução
Considere um paralelogramo no espaço com seus lados representados pelos
vetores a e b e sua diagonal representada pela resultante a b . Uma vez que o
paralelogramo permanece um paralelogramo após a reflexão, a diagonal (o vetor resultante)
do paralelogramo refletido é claramente T( a b ) , o refletido ( a b ) , e Ta Tb , a soma
do refletido de a e de b . Isto é, T( a b ) Ta Tb . Também, para um escalar qualquer
, a reflexão de a , e obviamente a mesma que vezes a reflexão de a (Isto é,
T(a ) Ta ) porque ambos os vetores tem a mesma magnitude dada por vezes a
magnitude de a e a mesma direção. Então, pelas Equações (2B1.1) T é um tensor.
Figura - 2. 5.
43
Exemplo 2B1.4
Quando um corpo rígido sofre uma rotação sobre algum eixo, os vetores
descrevem em geral variações em suas direções. Isto é, a rotação transforma vetores descritos
no corpo rígido em outros vetores. Denote esta transformação R. É R um tensor?
Solução
Considere um paralelogramo imerso no corpo rígido com seus lados
representando vetores a e b e sua diagonal representadndo a resultante a b . Desde que o
paralelogramo pemanece um paralelogramo após a rotação sobre qualquer eixo, a diagonal (o
vetor resultante) do paralelo rotacionado é claramente ambos R ( a b ) , o rotacionado
( a b ), e Ra Rb , a soma do rotacionado a e o rotacionado b . Isto é
R (a b ) Ra Rb . Um argumento similar como aquee usado no exemplo prévio
conduz a R (a ) R ( a ) . Então R é um tensor.
Figura - 2. 6.
44
Exemplo 2B1.5
Seja T um tensor que transforma os vetores específicos a e b de acordo com a
seguinte regra.
Ta a 2b ; Tb a b (2B1. 14)
Dado um vetor c 2a b , ache Tc
Solução
Ta a 2b (2B1. 15)
e
Tb a b (2B1. 16)
ou
Tc 2(a 2b ) (a b ) (2B1. 18)
logo
Tc T(2a b ) 3a b (2B1. 19)
45
2B2 – Componentes de um Tensor
Seja uma base ortonormal positivamente orientada de vetores
Figura - 2. 7.
Seja T um tensor
As componentes de um vetor dependem da base de vetores usadas para descrever
as componentes. Isto também será verdade para os tensores. Seja eˆ1 , eˆ2, e eˆ3 os vetores
Te1 T11eˆ1 T21eˆ2 T31eˆ3
Te2 T12 eˆ1 T22 eˆ2 T32 eˆ3 (2B2. 1)
Te3 T13eˆ1 T23eˆ2 T33eˆ3
Figura - 2. 8.
46
ou em notação indicial temos:
Tei Ti eˆ
(2B2. 2)
Tei T ji eˆ j
tensor T. Estas componentes podem ser posta em uma matriz como segue:
Te1
Te2
Te3
T11 T12 T13
T T21 T22 T23 (2B2. 6)
T31 T32 T33
Este tensor de 2ª ordem possui 32 = 9 elementos. Esta matriz échamada de matriz do tensor T
com relação à série dos vetores da base eˆ1 , eˆ2 , eˆ3 ou êi abreviamdamente. Nós notamos
que, a forma com que nós temos escolhido para denotar as componentes de transformação dos
vetores da base, os elementos da primeira coluna são as componentes do vetor Tê1 , aqueles
47
da segunda coluna são componentes do vetor Tê2 , e aqueles da terceira coluna são as
Exemplo 2B2.1
Obtenha a matriz para o tensor T o qual transforma os vetores da base da seguinte
forma:
Te1 4eˆ1 1eˆ2 0eˆ3
Te2 2eˆ1 0eˆ2 3eˆ3 (2B2. 7)
Te3 1eˆ1 3eˆ2 1eˆ3
Solução
Pela equação (2B2. 7) é claro que:
4 2 1
T 1 0 3 (2B2. 8)
0 3 1
Exemplo 2B2.2
Seja T uma transformação linear que transforma todo vetor em sua imagem
espelhada em relação a um plano fixo. Se ê1 é normal ao plano de reflexão ( ê2 e ê3 são
paralelos a este plano). Ache a matriz do tensor T.
Figura - 2. 9.
48
Solução
Uma vez que a normal ao plano de reflexão é transformada em seu negativo e
vetores paralelos ao plano não são alterados, temos:
Te1 1eˆ1 0eˆ2 0eˆ3
Te2 0eˆ1 1eˆ2 0eˆ3 (2B2. 9)
Te3 0eˆ1 0eˆ2 1eˆ3
1 0 0
T 0 1 0 (2B2. 10)
0 0 1 eˆ
i
Nós notamos que este é somente uma das inifitas matrizes do tensor T, cada uma
depende de uma escolha particular da base de vetores. Na matriz acima, a esolha de êi é
indicada no canto inferior esquerdo da matriz. Se nós escolhemos ê'1 e ê' 2 estar sobre um
0 1 0
T 1 0 0 (2B2. 12)
0 0 1 eˆ '
i
Por todo este livro, nós denotaremos a matriz de um tensor T em relação a base êi
por T ou Tij e em relação a base e'
ˆ i por T ' ou T 'ij . A última duas matrizes não deve
ser confundida com T ', o qual representa a matriz do tensor T' com relação a base êi .
49
Exemplo 2B2.3
Seja R correspondente a uma notação positiva de um corpo rígido sobre o eixo x3
por um ângulo . Ache a matriz de R.
Figura - 2. 10.
Solução
A partir da Figura - 2. 10 é claro que:
Re1 coseˆ1 sen eˆ2 0eˆ3
Re2 sen eˆ1 coseˆ2 0eˆ3 (2B2. 13)
Re3 0eˆ1 0eˆ2 1eˆ3
Então,
cos sen 0
R sen cos 0
(2B2. 14)
0 0 1 eˆ
i
Figura - 2. 11.
50
2B3 – Componentes de um Vetor Transformado
Dado um vetor a e um tensor T, nós desejamos calcular as componentes de
b Ta a partir das componentes de a e das componentes de T. Sejam as componentes de
a em relação a base eˆ1 , eˆ2 , eˆ3 dado por a1 , a 2 , a3 , isto é:
a a1eˆ1 a2 eˆ2 a3eˆ3 (2B3. 1)
e
b b j eˆ j (2B3. 3)
Logo
b Ta Ta1eˆ1 a2 eˆ2 a3 eˆ3 a1Teˆ1 a 2 Teˆ2 a3Teˆ3 (2B3. 4)
ou
b Ta Tai eˆi ai Teˆi (2B3. 5)
Então
b1 eˆ1 .b a1 (eˆ1 .Teˆ1 ) a2 (eˆ1 .Teˆ2 ) a3 (eˆ1 .Teˆ3 )
b2 eˆ2 .b a1 (eˆ2 .Teˆ1 ) a2 (eˆ2 .Teˆ2 ) a3 (eˆ2 .Teˆ3 ) (2B3. 6)
b3 eˆ3 .b a1 (eˆ3 .Teˆ1 ) a2 (eˆ3 .Teˆ2 ) a3 (eˆ3 .Teˆ3 )
ou
b bi eˆi T(ai eˆi ) ai Teˆi aiT ji eˆi (2B3. 7)
51
que corresponde a multiplicar escalarmente ambos os membros da equação (2B3. 7) por êk , e
obter:
b .eˆk bi eˆi .eˆk T(ai eˆi ).eˆk ai Teˆi .eˆk aiT ji eˆi .eˆk
bi ik aiT ji jk (2B3. 9)
bk aiTki
ou
ou
nós obtemos:
Ta Tai eˆi ai Teˆi (2B3. 14)
A equação (2B3. 15) nada mais é do que a equação (2B3. 8) em notação indicial.
Nós vemos que a equação tensorial b Ta , existe uma equação matricial corresponde
52
exatamente da mesma forma, isto é [b ] [T][ a ] . Esta é a razão pela qual nós adotamos a
convenção de que Te1 T11eˆ1 T21eˆ2 T31eˆ3 , etc. Se nós tivéssemos adotado a convenção
Te1 T11eˆ1 T12 eˆ2 T13eˆ3 , então nós teríamos obtido [b ] [T]T [a ] para a equação
tensorial b Ta , a qual não seria natural.
Exemplo 2B3.1
Dado um tensor T que transforma a base de vetores como segue:
Te1 2eˆ1 6eˆ2 4eˆ3
Te2 3eˆ1 4eˆ2 1eˆ3 (2B3. 16)
Te3 2eˆ1 1eˆ2 2eˆ3
Solução
Usando a equação (2B3. 11) temos:
b1 2 3 2 1 2
b 6 4 1 2 5
2 (2B3. 18)
b3 4 1 2 3 8
Ou
b 2eˆ1 5eˆ2 8eˆ3 (2B3. 19)
53
2B4 – Soma de Tensores
Seja T e S dois tensores e a um vetor arbitrário qualquer. A soma de T com S,
denotada por T S , é definida por:
Pode-se ver facilmente que esta definição T S é realmente um tensor (porque é uma
trnsformação linear).
Para achar as componentes de T S , seja W o tensor soma de T com S ,
W T S , a (2B4. 2)
Weˆi T S eˆi
(2B4. 3)
Teˆi Seˆi
onde
isto é:
[W ] [T ] [ S ] (2B4. 6)
54
2B5 – Produto de dois Tensores
Seja T e S dois tensores e a um vetor arbitrário qualquer, então TS e ST, são
definidos ser as transformações (facilmente visto ser tensores)
TSa TSa (2B5. 1)
onde
a ai eˆi (2B5. 3)
isto é:
isto é:
55
[TS ] [T ][ S ] (2B5. 8)
[ ST ] [ S ][T ] (2B5. 9)
Os dois produtos de matrizes são em geral diferentes. Então, é claro que em geral o tensor
produto não é comutativo, isto é:
TS ST (2B5. 10)
isto é
56
Então o produto tensorial é associativo. Isto é, portanto, natural definir as potências positivas
integrais de uma transformação por estes simples produtos, tal que:
T 2 TT
T 3 TTT
: (2B5. 15)
T n TT
...
T
n vezes
Exemplo 2B5.1
(a) Seja R um tensor correspondente a uma rotação de corpo rígido sobre o eixo- x3 para a
direita. Ache a matriz de R.
(b) Seja S um tensor correspondente a uma rotação de corpo-rígido sobre o eixo- x1 , para a
direita. Ache a matriz de S.
(c) Ache a matriz do tensor que corresponde a rotação (a) e então a rotação (b).
(d) Ache a matriz do tensor que corresponde a rotação (b) e então a rotação (a).
(e) Considere um ponto P cujas coordenadas iniciais são (1,1,0). Ache a nova posição deste
ponto depois das rotações da parte (c). Ache também a nova posição deste ponto depois das
rotações da parte (d).
Solução
a) Para o tensor R: (90º/x3)
Para esta rotação a transformaçào dos vetores da base é dada por:
Reˆ1 eˆ2
Reˆ2 eˆ1 (2B5. 16)
Reˆ1 eˆ3
tal que:
0 1 0
R 1 0 0 (2B5. 17)
0 0 1
57
De forma similar ao iem (a) a transformaçào dos vetores da base é dado por:
Seˆ1 eˆ1
Seˆ2 eˆ3 (2B5. 18)
Seˆ1 eˆ2
tal que:
1 0 0
S 0 0 1 (2B5. 19)
0 1 0
c) Uma vez que S Ra SRa , a rotação resultante é dada pela simples transformação SR
1 0 0 0 1 0
SR 0 0 1 1 0 0 (2B5. 20)
0 1 0 0 0 1
logo
0 1 0
SR 0 0 1 (2B5. 21)
1 0 0
d) De maneira similar ao item (c) a notação resultante é dada pela simples transformação RS
cujas componentes são dadas pela matriz.
0 1 0 1 0 0
RS 1 0 0 0 0 1 (2B5. 22)
0 0 1 0 1 0
logo
0 0 1
RS 1 0 0 (2B5. 23)
0 1 0
e) Seja r a posição inicial do ponto P. Seja r * e r** a posição rodada de P depois da rotação
da parte (c) e (d) respectivamente. Então
58
0 1 0 1
r * SR r 0 0 1 1 (2B5. 24)
1 0 0 0
Logo
1
r * 0 (2B5. 25)
1
Isto é:
0 0 1 1
r ** RS r 1 0 0 1 (2B5. 27)
0 1 0 0
Logo
0
r ** 1 (2B5. 28)
1
Isto é:
Este exemplo ilustra que a ordem das rotações é importante, porque SR RS , ou seja o
produto nào é comutaivo.
59
2B6 – Transposto de um Tensor
Sejam T e TT dois tensores. O transposto de um tensor T, denotado por TT, é
definido ser um tensor que satisfaz a seguinte identidade para todos os vetores a e b :
a.Tb b .TT a a , b (2B6. 1)
Então
ou matricialmente temos:
T
TT T (2B6. 4)
T
a.TT b b . TT a a , b (2B6. 5)
Então
a.TT b b .Ta a , b (2B6. 6)
Vejamos que:
T
b . TT a b .Ta 0 (2B6. 7)
ou
T T
b . T a Ta 0
(2B6. 8)
0
para b 0 temos que:
60
TT T a Ta 0 (2B6. 9)
Vejamos que:
TT T a 0
T
(2B6. 10)
0
Logo para a 0 temos que:
TT T T 0
T (2B6. 11)
TT T 0
Portanto,
T T
T T (2B6. 12)
TS
T
TS
T
ij
TS ji T jm S mi
(2B6. 15)
TmjT Sim
T T T
SimTmj
Portanto,
T
TS ST TT (2B6. 16)
Isto é, o transposto de um produto dos tensores é igual ao produto dos tensores transpostos na
ordem reversa. Generalizzando temos:
T
ABCD...TS...Z ZT ...ST TT ...DT CT BT AT (2B6. 17)
61
2B7 – Produto Diádico de dois Vetores
Sejam dois vetores a e b quaisquer. O produto diádico de vetores a e b ,
denotado por ab ou a b é definido ser a transformação na qual transforma um veotr
arbitrário c de acordo com a seguinte regra:
a
diádico
b c b .c a c .b a , a , b , c (2B7. 1)
Veja que o produto diádico ab é linear, ou seja, agora, para quaisquer
c , d , e , nós temos, a partir da definição acima que:
a b c d a b . c d
a b .c b .d
b .c a b .d a (2B7. 2)
a b c d a b c a b d
( Linearidade )
Portanto, o produo diádico ab é um tensor.
Verificando quais são as componentes do produto diádico ab , temos:
Seja W ab um tensor onde suas componentes são dadas por:
Wij eˆi .Weˆ j eˆi . a b eˆ j eˆi . ab eˆ j (2B7. 3)
Portanto,
62
Wij ai b j (2B7. 5)
Veja que em particular, as componentes do produto diádico dos vetores da base eˆi , são:
1 1 0 0
eˆ1eˆ1 0 1 0 0 0 0 0
(2B7. 7)
0 0 0 0
1 0 1 0
eˆ1eˆ2 0 0 1 0 0 0 0
(2B7. 8)
0 0 0 0
Então está claro que ualquer tensor T pode ser representado da seguinte forma:
ou
isto é:
ab a b (2B7. 12)
Portanto,
63
2B8 – Traço de um Tensor
O traço de um tensor produto diádico (díade) ab é definido como:
tr ab a.b (2B8. 1)
Obs: Todo tensor é um operador linear mas nem todo operador linear é um tensor.
O traço de um tensor é:
tr T tr Tij eˆi eˆ j
Tij tr eˆi eˆ j
Tij eˆi .eˆ j (2B8. 3)
Tij ij
tr T Tii T11 T22 T33
É óbvio que:
tr T tr T T (2B8. 6)
TijT T ji (2B8. 7)
Logo
64
2B9 –Tensor Identidade e Tensor Inverso
Seja a um vetor qualquer, o tensor identidade (I) é tal que:
Ia a , a (2B9. 1)
onde
logo
I ij ij (2B9. 4)
ou
1 0 0
I 0 1 0 (2B9. 5)
0 0 1
TI T
(2B9. 6)
IT T
e que
TI a Ta
(2B9. 7)
TI a I Ta Ta
veja que essa operação é comutativa sempre para qualquer que seja o tensor T.
Dado um tensor T, se existir um tensor S tal que:
ST I (2B9. 8)
S T 1 (2B9. 9)
matricialmente
65
S T I (2B9. 10)
onde
1
S T (2B9. 11)
T 0 (2B9. 12)
e
T1b a (2B9. 14)
Se T 1 , T 0 então
Figura - 2. 12.
Se T 1 , T 0 então
Figura - 2. 13.
66
Exercícios
1)
pois
1
multiplicando os dois lados por TT temos:
1 1 T 1
T
T
T T T
T T
(2B9. 19)
I
Logo
1 T 1
T T T
(2B9. 20)
3) Provar que:
1 T
ST T 1S 1 (2B9. 21)
67
2B10 – Tensor Ortogonal
Seja a e b dois vetores quaisquer. Define-se o tensor ortogonal como aquele que
preserva o angulo e os comprimentos dos vetores a e b
Figura - 2. 14.
onde
a Qa e b Qb (2B10. 1)
transpondo temos:
b . QT Q a Qa.Qb b .a a.b (2B10. 3)
e
b . QT Q a a.Ib (2B10. 4)
logo
QT Q I (2B10. 5)
e
T
Q Q
T
IT (2B10. 6)
QQT I (2B10. 7)
68
QT Q 1 (2B10. 8)
Matricialmente temos:
T T
Q Q Q Q I (2B10. 9)
Portanto,
e o determinante de Q é:
Q 1 (2B10. 13)
Veja que:
como
Q QT (2B10. 15)
logo
2
Q QT Q 1 (2B10. 16)
Portanto,
Q 1 rotação
Q 1 (2B10. 17)
Q 1 reflexão especular
69
2B11 – Matriz de Transformação entre dois Sistemas de Coordenadas
Cartesianas
Figura - 2. 15.
e
T T
Q Q Q Q I (2B11. 3)
ou
QQT QT Q I (2B11. 4)
logo
70
2B12 – Leis de Transformações das Componentes de um Vetor
Seja um vetor a com componentes na base eˆi
a ai eˆi (2B12. 1)
Onde
a 'i a.eˆ 'i a.Qmi eˆm Qmi a.eˆm Qmi am (2B12. 3)
Logo
Matricialmente
ou
T
a ' Q a (2B12. 6)
Transformação inversa:
Logo
Matricialmente
71
a1 Q11 Q21 Q31 a '1
a Q Q Q32 a '2
2 12 22 (2B12. 10)
a3 Q13 Q23 Q33 a '3
ou
72
2B13 – Leis de Transformações das Componentes de um Tensor
Sabendo que:
temos:
Logo
Matricialmente temos:
T
T ' Q T Q (2B13. 6)
Transformação Inversa
Logo
Portanto,
Matricialmente temos:
T T
T Q T 'Q T ' Q T Q (2B13. 10)
73
Para algumas componentes
T 'ij
eˆ 'i ' .T eˆ j
componentes (2B13. 12)
de eˆi na
base eˆï
74
2B14 –Definição de um tensor pelas Leis de Transformação
Logo
Qmi am bm 0 (2B14. 2)
Qri Qmi am bm 0
mn am bm 0 (2B14. 3)
am bm 0
Portanto,
am bm (2B14. 4)
' (2B14. 5)
:
:
75
Tensor de Ordem n (ou Nmatriz)
Ti Teˆi
Tensor
de 2a ordem
(2B14. 11)
associado
a direção eˆi
Logo
ou ainda
um tensor
76
b) Regra da Multiplicação
Por exemplo seja a e b vetores:
ai e bi (componenetes de a e b no sistema eˆi ) e a 'i e b 'i (componenetes de
a e b no sistema eˆ 'i )
c) Regra do Quociente
Sejam ai os componentes de um vetor e Tij as componentes de um tensor
arbitrário (de 2ª ordem) onde ai Tij b j é válida para qualquer sistema de coordenadas. Então
ai Tij bp
(2B14. 19)
vetor Tensor vetor
Logo
Substituindo ( ) e ( ) em ( ) temos:
77
Qim a 'm QimQ jnT 'mn b j (2B14. 22)
Substituindo ( ) em ( ) temos:
Então
Para T 'kn 0
78
2B15 – Tensor Simétrico e Tensor Antisimétrico
Um tensor T é dito ser simétrico se
T TT (2B15. 1)
Ou
Matricialmente temos:
T
T11 T12 T13 T11 T12 T13
T T21 T22 T23 T21 T22 T23 (2B15. 3)
T31 T32 T33 T31 T32 T33
Ou seja
T TT (2B15. 5)
Ou
Matricialmente temos:
T
0 T12 T13 0 T12 T13
T T21 0 T23 T21 0 T23
(2B15. 7)
T31 T32 0 T31 T32 0
Ou seja
79
T TS T A (2B15. 9)
onde:
S T TT
T (2B15. 10)
2
T TT
TA (2B15. 11)
2
onde
S
Tij TijT Tij T ji
Tij (2B15. 12)
2 2
2Tij
Tij S Tij (2B15. 13)
2
S
Tij TijT Tij T ji
Tij (2B15. 14)
2 2
Tij T ji 2Tij
Tij A Tij (2B15. 15)
2 2
Exercício:
Mostre que esta decomposição é única.
80
2B16 – Vetor Dual de um Tensor Antissimétrico
Seja T um tensor antisimétrico. Define-se o dual de T como:
Ta t A a , a (2B16. 1)
Figura - 2. 16.
Figura - 2. 17.
então
então
ijk Tkj
tiA (2B16. 4)
2
ou
81
T
t A ijk kj eˆï (2B16. 5)
2
Portanto,
t1 A T23
t2A T31 (2B16. 6)
t3A T12
82
2B17 – Autovalor e Autovetor de um Tensor
Sendo T um tensor de 2ª ordem
Ta a (2B17. 1)
O vetor a é o valor escalar que verificam a igualdade acima são denominados
auto-vetor e auto-valor, respectivamente do tensor T.
Figura - 2. 18.
Qualquer vetor // a a também é auto-vetor.
T a T a a (2B17. 2)
Exemplo:
Ia a onde 1 , a (2B17. 3)
T nˆ 0 (2B17. 5)
onde
Tij ij j 0 (2B17. 6)
ou
83
T11 1 T12 2 T13 3 0
T211 T22 2 T23 3 0 (2B17. 7)
T311 T32 2 T33 3 0
A solução trivial é:
1 2 3 0 (2B17. 8)
det T I 0 (2B17. 9)
ou
T11 T12 T13
T I T21 T22 T23 0 (2B17. 10)
T T32 T33
31
Equação característica doTensor T
84
2B18 – Valores Principais e Direções Principais de um Tensor Real Simétrico
Os auto-valores de um tensor simétrico real são também reais. Para tensor
simétrico real existem sempre, pelo menos, 3 auto-vetores também chamados de direções
principais. Os correspondentes auto-valores são chamados valores principais.
Sejam n̂1 e n̂2 auto-vetores de 1 e 2 , respectivamente:
Tnˆ1 1nˆ1
(2B18. 1)
Tnˆ2 2 nˆ2
Fazendo ( ) – ( ):
1 2 nˆ1.nˆ2 0 (2B18. 4)
Tnˆ1 1nˆ1
(2B18. 5)
Tnˆ2 2 nˆ2
temos:
85
Figura - 2. 19.
86
2B19 – Matriz de Tensor em relação as Direções Principais
Considerando que:
satisfazendo
j ij
Tij i (2B19. 3)
ou seja
1 0 0
T n 0 2 0 (2B19. 5)
i
0 0 3
Desde que:
1 max 1 , 2 , 3
(2B19. 7)
3 min 1 , 2 , 3
87
Prova:
Seja
onde
Portanto,
88
2B20 – Invariantes Escalares de um Tensor
Dada a equação característica:
Tij ij 0 (2B20. 1)
3 I1 2 I 2 I 3 0 (2B20. 2)
Observe que os auto-valores são independentes da base eˆi . Portanto, os coeficientes I1, I2,
T T T T T T
I 2 11 12 22 23 11 13 (2B20. 4)
T21 T22 T32 T33 T31 T33
ou
1 1 2
I2
2
TiiT jj TijT ji trT tr T 2
2
(2B20. 5)
I 3 det T (2B20. 6)
1 0 0
T n 0 2 0 (2B20. 7)
i
0 0 3
onde
I1 1 2 3 (2B20. 8)
89
I 3 123 (2B20. 10)
90
2. 5 - Parte – C: Cálculo Tensorial
Figura - 2. 20.
1) A derivada de T com respeito a t é definida ser um tensor de segunda ordem dao por:
dT T t t T t
lim (2C1. 1)
dt t 0 t
dT Tij t t Tij t
lim
dt ij t 0 t
(2C1. 2)
dTij
dt
As seguintes identidades podem ser facilmente estabelecidas.
2)
d T S d T S
dt dt
(2C1. 3)
ou
d T S d T S ij d
dt
dt dt
Tij S ij (2C1. 4)
ij
logo
91
d T S d T S ij dTij dS ij
dt (2C1. 5)
ij dt dt dt
3)
d t T d t T
dt dt
(2C1. 6)
ou
d t T
d t T ij d t Tij
dt (2C1. 7)
ij dt dt
d t T ij dTij d t
t Tij (2C1. 8)
dt dt dt
Portanto,
d t T dT d t
t T (2C1. 9)
dt dt dt
4)
d TS d TS
dt dt (2C1. 10)
d
Tim S mj Tim dS mj Tim dS mj (2C1. 12)
dt dt dt
Portanto,
92
d
TS T dS T dS (2C1. 13)
dt dt dt
5)
d Ta d Ta
dt dt (2C1. 14)
d
Tij a j Tij da j a j dTij (2C1. 16)
dt dt dt
Portanto,
d da da
Ta T T (2C1. 17)
dt dt dt
e
d T t t a t t T t a t t T t a t t T t a t
Ta lim (2C1. 20)
dt t 0 t
Ou
d
Ta lim T t t T t a t t T t a t t a t
(2C1. 21)
dt t 0 t
93
Ou
d
Ta lim T t t T t a t t
lim
T t a t t a t
(2C1. 22)
dt t 0 t t 0 t
Então
d dT da
Ta a T (2C1. 23)
dt dt dt
6)
dT T d T T
(2C1. 24)
dt dt
dT T
T
d T ij d Tij T
(2C1. 25)
dt ij dt dt
d Tij
T
dTij
T
(2C1. 26)
dt dt
Portanto,
T T
d T dT
(2C1. 27)
dt dt
94
Exemplo 2C1.1
Mostre que em coordenadas cartesianas as componentes de dT / dt isto é,
dT dTij
são dadas pelas derivadas das componentes
dt ij dt
Solução
Desde que os vetores da base eˆ1 , eˆ2 , eˆ3 são fixos temos:
Então
Logo
dTij dT
eˆi eˆ j (2C1. 31)
dt dt
Portanto,
dTij dT
(2C1. 32)
dt dt ij
95
Exemplo 2C1.2
dQ T
Mostre que para um tensor ortogonal Qt , Q é um tensor antisimétrico.
dt
Solução
T
Desde que QQ I , nós temos:
d QQ T
Q
dQ T dQ T d I
Q 0 (2C1. 33)
dt dt dt dt
Isto é:
dQ T dQ T
Q Q (2C1. 34)
dt dt
Sendo
T
dQ T dQ
(2C1. 35)
dt dt
T
dQ dQ T
Q Q (2C1. 36)
dt dt
Mas
T T
dQ dQ T
Q Q (2C1. 37)
dt dt
T T
dQ T dQ
Q Q (2C1. 38)
dt dt
AT A (2C1. 39)
96
Exemplo 2C1.3
Uma rotação de um corpo rígido dependente do tempo ao redor de um ponto fixo
pode ser representado por um tensor rotação Rt , tal que um vetor posição ro é
transformado por meio da rotação em um vetor r t Rt ro . Derive a equação:
dr
r (2C1. 40)
dt
onde é o vetor dual do tensor antissimétrico dR / dt R T .
A partir da equação bem conhecida na cinemática do corpo rígido, nós podemos
identificar com a velocidade angular do corpo.
Solução
A partir de r t Rt ro temos:
dr dR
ro (2C1. 41)
dt dt
mas ro pode ser escrito a partir de:
r t Rt ro (2C1. 42)
como
R T t r t T
R t ro
t R (2C1. 43)
I
logo
ro R T t r t (2C1. 44)
97
dr dR T
R r t r (2C1. 46)
dt dt
onde é o vetor dual do tensor antissimétrico dR / dt R T .
98
2C.2 – Campo Escalar, Gradiente de uma Função Escalar
Seja um ponto P, localizado por um vetor r a partir de uma origem O de um
sistema de coordenadas, formado pela base de vetores ortogonais, eˆ1 , eˆ2 , eˆ3 , conforme mostra
a Figura - 2. 21.
Seja r uma função de um valor escalar da posição do vetor r
: r r
(2C3. 1)
escalar vetor campo escalar
Isto é, para cada posição r , r dá o valor de um escalar, tal como a densidade,
temperatura ou potencial elétrico no ponto. Em outras palavras, r descreve um campo
escalar. Associado com um campo escalar, existe um campo vetorial, chamdo de gradiente de
, o qual é de considerável importância
O gradiente de em um ponto r é definido ser um vetor (denotado por grad, ou
por r ) tal que seu produto com dr fornece a diferença dos valores do escalar em
r dr e r , isto é,
d r dr r definido
d . dr
r
vetor
(2C3. 2)
escalar vetor
r : é um vetor dado pela regra do quociente.
chamando de
dr dreˆr (2C3. 3)
99
onde dr dr
Se dr denota a magnitude de dr , e êr é um vetor unitário na direção de dr (note
que: eˆ dr / dr ), então a equação acima dá para dr na direção êr ,
d r .dr
(2C3. 4)
d r .dr eˆ
ou
d
r
dr
(2C3. 5)
d
r . eˆ
dr
Isto é, a componente de r na direção de ê dá a taxa de variação de naquela direção (a
derivada direcional).
Seja uma base ortonormal eˆi . Em particular, as componentes de r na
d
r 1 .eˆ1 na direção (2C3. 6)
dr ê x1
1
d
r 2 .eˆ2 na direção (2C3. 7)
dr ê x2
2
d
r 3 .eˆ3 na direção (2C3. 8)
dr ê x3
3
Portanto, as componentes cartesianas de r são:
r 1 eˆ1 r 2 eˆ2 r 3 eˆ3 (2C3. 9)
isto é:
100
d
dr
r 1 eˆ1 r 2 eˆ2 r 3 eˆ3 .eˆ (2C3. 10)
d dx1 dx2 dx3 (2C3. 11)
x1 x2 x3
r eˆ1 eˆ2 eˆ3 (2C3. 13)
x1 x2 x3
101
d
r . eˆr (2C3. 15)
dr
como
temos:
d
eˆn . eˆr (2C3. 17)
dr
ou
d
cos nˆ , rˆ (2C3. 18)
dr
d
eˆn . eˆn eˆ (2C3. 19)
dr
logo
d
ˆn .eˆn eˆn .eˆ
e (2C3. 20)
dr
1 0
d
(2C3. 21)
dr
d
r . eˆr 0 (2C3. 22)
dr
para uma cte . Então é um vetor perpendicular a superfície no ponto r , ou seja
102
// eˆ (2C3. 24)
Por outro lado, o produto escalar de r .dr é máximo quando dr está na
d nˆ . dr rˆ (2C3. 26)
ou
d
(2C3. 29)
dr
103
Exemplo 2C2.1
Se x1, x2 , x3 x1x2 x3 , ache o vetor unitário n normal a superfície de uma
Solução
Sendo
r eˆ1 eˆ2 eˆ3 (2C3. 30)
x1 x2 x3
para
Logo
r x2eˆ1 x1eˆ2 1eˆ3 (2C3. 32)
r 1eˆ1 2eˆ2 1eˆ3 (2C3. 33)
Então
2,1, 0 1
nˆ 1eˆ1 2eˆ2 1eˆ3 (2C3. 34)
2,1, 0 6
104
Exemplo 2C2.2
Se q denota o vetor fluxo de calor (taxa de calor/por área), a lei de condução de
Fourier estabeelce que:
q k (2C3. 35)
em A 1,0 e B 1/ 2,1/ 2 . Esboçe as curvas de constante (isotermas) e indique os
vetores q nos dois pontos.
Solução
Desde que:
eˆ1 eˆ2 eˆ3 (2C3. 36)
x1 x2 x3
para
temos:
Portanto,
q 4k x1eˆ1 x2eˆ2 0eˆ3 (2C3. 39)
q A 4keˆ1 (2C3. 40)
e no ponto B 1/ 2,1/ 2
qB 2 2k eˆ1 eˆ2 0eˆ3 (2C3. 41)
Claramente, as isotermas, mostrada na Figura - 2. 41, são circulos e o fluxo de calor está na
direção do vetor radial voltado para dentro.
105
Figura - 2. 23. Isotermas de um campo escalar.
106
Exemplo 2C2.3
Uma lei de condução de calor mais geral pode ser dada na seguinte forma:
q K (2C3. 42)
2 1 0
K 1 2 0 (2C3. 43)
0 0 3
Solução
a) Claramente vemos que para o exemplo anterior onde K era um escalar (ou pseudo-escalar)
o tensor correspondente pode ser escrito como:
K kI (2C3. 44)
tal que:
q kI k (2C3. 45)
b) Para o tensor K simétrico, nós sabemos da secção 2B.18 que existem no mínimo três
direções principais, nˆ1 , nˆ2 e nˆ3 tal que:
Knˆ1 k1nˆ1
Knˆ2 k2 nˆ2 (2C3. 46)
Knˆ3 k3nˆ3
q1 K K nˆ1
(2C3. 47)
K nˆ1 k1 nˆ1
107
Mas n̂1 , sendo na mesma direção que , é perpendicular à superfície de constante. Então
q1 é normal a superfície de temperatura constante. De forma similar, q2 é norma a superfície
de temperatura constante, etc.
Nós notamos que se k1 , k2 e k3 são todos distintos, as equações indicam que
diferentes condutividades térmicas nas três direções principais.
c) Desde que:
Nós temos:
2 1 0 2 1
q 1 2 0 3 4 (2C3. 50)
0 0 3 0 0
i. e.
q 1eˆ1 4eˆ2 0eˆ3 (2C3. 51)
108
2C.3 – Campo Vetorial, Gradiente de um Campo Vetorial
Seja um ponto P, localizado por um vetor r a partir de uma origem O de um
sistema de coordenadas formado pela base de vetores ortogonais eˆ1 , eˆ2 , eˆ3 , conforme mostra a
Figura - 2. 25.
Figura - 2. 25.
Seja v r uma função vetorial de um valor vetorial r da posição do vetor r ,
Isto é para cada posição r , v r dá o valor de um vetor, tal como a velocidade, a aceleração,
ou a deformação no ponto, etc. Em outras palavras, v r descreve um campo vetorial.
Associado com o campo vetorial v r , existe um campo tensorial v r , chamado de
gradiente de v r , o qual é de importância considerável.
O gradiente de v (denotado por v ou grad v ) é definido ser o tensor de
segunda ordem no qual, quando operado sobre dr dá a diferença de v em r dr e r . Isto é,
definido
dv r v r dr v r dv r
v . dv
Tensor vetor
(2C3. 53)
vetor
v : é um tensor de 2ª ordem dado pela regra do quociente, e
dr dreˆ (2C3. 54)
onde dr dr . Se dr denota a magnitude de dr e ê é um vetor unitário na direção de dr
(note eˆ dr / dr ), então a equação acima dá para dr na direção ê ,
109
dv vdreˆ drveˆ (2C3. 55)
logo
dv
v
dr
(2C3. 56)
dv
v eˆ
dr
Portanto, dv é a variação de v na direção de ê . Isto é, a componente de v na direção de ê
dá a taxa de variação de v naquela direção.
Seja uma base ortonormal eˆi . Em particular, as componentes de v na direção
e
dv v
v 3 v.eˆ3 na na direção eˆ3 (2C3. 59)
dr direção x3
eˆ3
Então o tensor de segunda ordem v transforma o vetor unitário ê no vetor que descreve a
taxa de variação de v naquela direção. Então as componentes de v em coordenadas
cartesianas são:
v v 1 eˆ1 v 2 eˆ2 v 3 eˆ3 (2C3. 61)
isto é:
110
v 11 v 12 v 13 eˆn
dv
v eˆ v 21 v 22 v 23 eˆt (2C3. 62)
v
dr
31
v 32 v 33 eˆ
Logo as componenetes na diagonal principal da matriz é:
dv v
na v .eˆi (na direção eˆi )
dr direção xi (2C3. 63)
eˆi
ou
v eˆi .v
v ij eˆi .veˆi eˆi . eˆi . (2C3. 64)
xi xi
eˆi .v j eˆ j
v ij
xi
v j eˆi .eˆ j
xi
(2C3. 65)
v j ij
xi
v
v ij i
xi
As componentes fora da diagonal principal da matriz é dada por de forma geral como:
dv v
na v .eˆ j
dr direção x j (2C3. 66)
eˆ j
ou
v eˆi .v
v ij eˆi .veˆ j eˆi . eˆi . (2C3. 67)
x j x j
111
eˆi .vk eˆk
v ij
x j
vk eˆi .eˆ j
x j
(2C3. 68)
vk ik
x j
v
v ij i
x j
Portanto, a matriz v é dada por:
é o tensor gradiente de um campo vetorial v .
A interpretação geométrica de v será dada posteriormente em conexão com a
cinemática da deformação. O que se pode adiantar é que:
vi xi
t (2C3. 70)
x j x j
xi
Como ij é uma “deformação” então
x j
vi ij
ij (2C3. 72)
x j t
ou seja v ij esta relacionado com a taxa de deformação, normal para os elementos da
112
Generalizando o gradiente para um campo tensorial temos:
dT
T
. dr
Tensor Tensor Vetor
de ordem de Tensor (2C3. 73)
n 1 vetor ordem de ordem
n2 n 1
113
2C.4 – Divergência de um Campo Vetorial e Divergência de um Campo
Tensorial
Seja v r um campo vetorial. A divergência de v r é definida ser um campo
escalar dado pelo traço do gradiente de v . Isto é,
div v tr v
(2C4. 1)
v ii
v v v
div v 1 2 3 (2C4. 2)
x1 x2 x3
ou
v
div v m (2C4. 3)
xm
Figura - 2. 26.
Tomando o fluxo, de v na superfície de norma n̂ , definido como:
ˆ
v .ndS (2C4. 4)
114
Figura - 2. 27.
O div v é o fluxo líquido de v pela superfície do paralelepípedo, ou seja, é o
balanço de quanto fluxo saiu e quanto fluxo entrou no elemento de volume, por unidade de
volume, ou seja,
d
div v (2C4. 5)
dV
ou
d
div v ˆ
v .ndS (2C4. 6)
dV
Figura - 2. 28.
115
ˆ
g.ndS (2C4. 7)
para um campo g constante ao longo de toda a superfície S que envolve a massa M, temos:
g rˆ.ndS
ˆ (2C4. 8)
g cos dS
(2C4. 9)
gS cos
4 gr 2 (2C4. 10)
Tomando a derivada do fluxo, , de g em relação ao volume temos:
d d 4 gr
2
(2C4. 11)
dV dV
M
Para o módulo do campo gravitacional dado por g G , o fluxo é
r2
4 GM (2C4. 12)
dM
.g 4 4 (2C4. 13)
dV
116
Divergência de um Campo Tensorial
Seja T r um campo tensorial de segunda ordem, A divergência de T é definido
ser um campo vetorial, denotado por divT , tal que para qualquer vetor a , tem-se:
T
T
div
T
. a
vetor
div T
a tr T
a
vetor (2C4. 14)
vetor
escalar
matriz
escolar escalar
Para achar as componentes cartesianas do vetor divT , seja b divT , então a
partir da (2C4. 14), temos que:
bi b .eˆi div T eˆi
(2C4. 15)
bi div T T eˆi tr T T eˆi
0
logo
Tim
div T eˆi (2C4. 19)
xm
117
Observe que:
Se
Então
div T.a div T T a tr T T a (2C4. 21)
logo
tr T .a tr T T a tr T T a (2C4. 22)
118
Exemplo 2C4.1
Se r e a a r mostre que:
div a div a .a (2C4. 23)
Solução
Seja b a , Então bi ai e
b a
div b i i ai (2C4. 24)
xi xi xi
E
div b div a .a (2C4. 25)
Portanto,
div a div a .a (2C4. 26)
119
Exemplo 2C4.2
Dado r e T r , mostre que
Solução
Nós temos, a partir da Equação (2C4. 19) que:
Tij Tij
div T eˆi Tij eˆi eˆi (2C4. 28)
x j x j x j
mas
Tij eˆi T (2C4. 29)
x j
Tij
eˆi divT (2C4. 30)
x j
120
Operador Laplaciano
Seja v um vetor onde v x . Seja a derivada de v em relação as coordenadas
v
v i (2C4. 32)
x j
u
2u (2C4. 33)
x j xi
u
v (2C4. 35)
xi
u 2u 2u 2u
2u 2 2 2 (2C4. 36)
xi xi x1 x2 x3
ou seja
u
2u (2C4. 37)
xi xi
121
Algumas Propriedades dos Operadores Diferenciais
i)
div v div v v .grad (2C4. 38)
ii)
div u v v .rot u u .rot v (2C4. 39)
iii)
rot u v v .grad u u .grad v udiv v vdiv u (2C4. 40)
iv)
grad u .v u.grad v v .grad u u rot v v rot u (2C4. 41)
Lembrando que:
grad v .grad vi v1 v2 v3 (2C4. 42)
xi xi x1 x2 x3
122
2C.5 – Rotacional de um Campo Vetorial
Seja v r um campo vetorial. O rotaional de v é definido ser o campo vetorial
dado por duas vezes o vetor dual da parte anti-simétrica do tensor v . Isto é:
rot v 2t A (2C5. 1)
A
Onde t A e o dual de v .
Portanto, rot v é um campo vetorial. Em um sistema de coordenadas
cartesaianas retangulares as componentes i, j do vetor anti-simétrico do tensor v são dadas
por:
ou
A 1 v v 1
v i j v T v
2 x j xi
2
ij
(2C5. 3)
Tensor antissimétrico
do gradiente de v
ou
1 v v
rot v i ijk i j
2 x j xi
1 v v
ijk i ijk j (2C5. 5)
2 x j xi
1 v
ijk ijk j
2 xk
Portanto,
123
v
rot v i ijk j (2C5. 6)
xk
Logo
v j v
rot v i ijk ijk k (2C5. 7)
xk x j
Então
v
rot v ijk k eˆi (2C5. 8)
x j
Portanto,
v v 1 v v 1 v v
rot v 2t A 3 2 eˆ1 1 3 eˆ2 2 1 eˆ3 (2C5. 9)
x2 x3 2 x3 x1 2 x1 x2
124
Significado Físico do Rotacional de um Campo Vetorial
Considere o movimento de rotação de um corpo rígido no plano.
Figura - 2. 29.
sendo
v r ijk j xk eˆi (2C5. 10)
Logo
v klml xm
rot v i ijk k ijk
x j x j
l xm
rot v i ijk klm (2C5. 11)
x j
xm
rot v i ijk klml
x j
ou
x
rot v i ij jm im jl l m
x j (2C5. 12)
rot v i ij jm im jl l jm
Logo
rot v i 2i (2C5. 13)
Portanto,
rot v 2 (2C5. 14)
125
2. 6 - Parte – D: Coordenadas Curvilineas
Figura - 2. 30.
onde
x
arctan 2 (2D1. 2)
x1
Expressando
deˆr
sen eˆ1 cos eˆ2
d (2D1. 4)
deˆr sen d eˆ1 cos d eˆ2
logo
analogamente
126
deˆ
cos eˆ1 sen eˆ2 eˆr (2D1. 6)
d
logo
r reˆr dr rdeˆr dreˆr (2D1. 8)
Finalmente temos:
dr rdeˆr rd eˆ (2D1. 9)
127
I) Componentes do Gradiente de um Escalar
Seja f um campo escalar
f f r , df f .dr (2D1. 10)
e
df f r eˆr f eˆ . dr rdeˆr rd eˆ (2D1. 11)
Logo
f f
df dr d (2D1. 13)
r
f
f r
r
(2D1. 14)
1 f
f
r
Portanto,
f 1 f
f eˆr eˆ (2D1. 15)
r r
128
II) Componentes do Gradiente de um Vetor em Coordenadas Polares
Vamos agora calcular as componentes de v coordenadas polares, onde esta é
dado por:
v r , vr r , eˆr v r , eˆ (2D1. 16)
Logo
dv Tdr
T dreˆr rd eˆ (2D1. 19)
drTeˆr rd Teˆ
Onde
Portanto,
dv dr Trr eˆr Tr eˆ rd Tr eˆr T eˆ (2D1. 21)
onde
vr v
dvr dr r d
r
(2D1. 24)
v v
dv dr d
r
129
Então
v v ˆ v v
dv dvr r dr r d er v deˆ dr d eˆ vr deˆr (2D1. 25)
r r
Como
temos:
v v v v
dv dvr r dr r v d eˆr dr vr d eˆ (2D1. 27)
r r
vr
Trr
r
1 v
Tr r v
r
(2D1. 28)
v
Tr
r
1 v
T vr
r
Matricialmente
vr 1 vr
v
r r
v (2D1. 29)
v 1 v
vr
r r
130
III) Componentes do Divergente de um Vetor
Observe que o traço da matriz v é o divergente de v , div v .v dado por:
v 1 v
div v .v tr v r vr (2D1. 30)
r r
sendo
chamando de
v T T eˆr Trr eˆr Tr eˆ (2D1. 34)
temos:
v vr eˆr v eˆ (2D1. 35)
vr 1 v
div T T eˆr vr (2D1. 37)
r r
Como,
131
Trr 1 Tr
div T T eˆr Trr (2D1. 38)
r r
vr 1 vr 1 1
r v 0 0
r r
eˆr (2D1. 39)
v 1 v 1 0
vr 0 1
r r r
logo
0 0
eˆr 1 (2D1. 40)
0
r
Portanto,
0 0 T Tr
eˆr T 1 Trr
T
T
(2D1. 41)
0 r
r
0 0
eˆr T Tr
T
T (2D1. 42)
r r
Portanto,
T
tr eˆr T T (2D1. 43)
r
Finalmente
Trr 1 Tr
div T r Trr (2D1. 44)
r r
Analogamente para
132
V) Componentes do Rotacional de um Vetor
E o rotacional de v , obtendo a parte antissimétrica de v temos:
rot v v 2t A (2D1. 46)
é dado por:
1 vr
0 v
A 1 T r
t v v (2D1. 47)
2 v
r 0
Logo
v v 1 vr
rot v v eˆ3 (2D1. 48)
r r r
VI) Exemplo - 1
1
Seja v eˆr este é irrotacional rot v 0
r
Figura - 2. 31.
VII) Exemplo - 2
Seja v reˆr este é rotacional rot v 2eˆ3
Figura - 2. 32.
133
Proposição
Um campo vetorial com rotacional identicamente nulo é um campo gradiente, isto é:
v grad (2D1. 49)
Prova:
Figura - 2. 33.
v .dL nˆ.rot vdS
L S
(2D1. 50)
onde L 2 1 , logo
v .dL v .dL .dL 0
v
L 1 1
(2D1. 51)
implica que:
v .dL v .dL
1 1
(2D1. 52)
Portanto,
u u x x1eˆ1 u x
lim (2D1. 54)
x1 x1 0 x1
134
x1 x1 x1 x1 x1
Analogamente para x2 e x3
u
vi x (2D1. 57)
xi
Portanto,
v x u (2D1. 58)
Figura - 2. 34.
Figura - 2. 35.
2
A menos de uma constante
135
Tendo .v e v o campo v é determinado.
Sejam
w rot v
(2D1. 59)
u div v
Suponha que existam v1 e v2 que satisfaçam ( ) e ( ) com v1 v2 . Logo para ( )
temos:
rot v1 rot v2 0 (2D1. 60)
onde
rot v1 v2 0 , x (2D1. 61)
logo , / v1 v2 grad
onde
div v1 v2 0 , x (2D1. 63)
ou seja
x x dV n x dS i
V
i
i S i
0 (2D1. 65)
ni dS
S
logo
n dS 0 , S no interior de R
S
i (2D1. 66)
Portanto,
constante (2D1. 67)
136
2D.2 – Coodenadas Cilíndricas
Seja um sistema cartesiano formado pelos eixos x1 , x2 e x3 é transformado em um
Figura - 2. 36.
onde
x
arctan 2 (2D2. 2)
x1
Expressando
deˆr
sen eˆ1 cos eˆ2
d (2D2. 4)
deˆr sen d eˆ1 cos d eˆ2
logo
analogamente
deˆ
cos eˆ1 sen eˆ2 eˆr (2D2. 6)
d
e
137
deˆ d eˆr (2D2. 7)
logo
r reˆr dr rdeˆr dreˆr (2D2. 8)
Finalmente
dr dreˆr rd eˆ dzeˆz (2D2. 9)
138
I) Componentes do Gradiente de um Escalar
Seja f um campo escalar
f f r , , z df f .dr (2D2. 10)
e
df f r eˆr f eˆ f z eˆz . dr rdeˆr rd eˆ dzeˆz (2D2. 11)
logo
f f f
df dr d dz (2D2. 13)
r z
comparando ( ) e ( )
f
f r
r
1 f
f (2D2. 14)
r
f
f z
z
Portanto,
f 1 f f
f eˆr eˆ eˆz (2D2. 15)
r r z
139
II) Componentes do Gradiente de um Vetor em Coordenadas Cilíndrincas
Vamos agora calcular as componentes de v coordenadas polares, onde esta é
dado por:
v r , vr r , eˆr v r , eˆ (2D2. 16)
Logo
dv Tdr
T dreˆr rd eˆ (2D2. 19)
drTeˆr rd Teˆ
Onde
Portanto,
dv dr Trr eˆr Tr eˆ rd Tr eˆr T eˆ (2D2. 21)
onde
vr v
dvr dr r d
r
(2D2. 24)
v v
dv dr d
r
140
Então
v v ˆ v v
dv dvr r dr r d er v deˆ dr d eˆ vr deˆr (2D2. 25)
r r
Como
temos:
v v v v
dv dvr r dr r v d eˆr dr vr d eˆ (2D2. 27)
r r
vr
Trr
r
1 v
Tr r v
r
(2D2. 28)
v
Tr
r
1 v
T vr
r
Matricialmente
vr 1 vr
v
r r
v (2D2. 29)
v 1 v
vr
r r
141
III) Componentes do Divergente de um Vetor
Observe que o traço da matriz v é o divergente de v , div v .v dado por:
v 1 v
div v .v tr v r vr (2D2. 30)
r r
142
IV) Componentes do Rotacional de um Vetor
E o rotacional de v , rot v v 2t A é dado por:
1 vr
0 v
A 1 T r
t v v (2D2. 31)
2 v
r 0
Logo
v v 1 vr
rot v v (2D2. 32)
r r r
V) Exemplo
143
2D.3 – Coordenadas Esféricas
Seja um sistema cartesiano formado pelos eixos x1 , x2 e x3 é transformado em um
Figura - 2. 37.
onde
x
arctan 2 (2D3. 2)
x1
Expressando
deˆr
sen eˆ1 cos eˆ2
d (2D3. 4)
deˆr sen d eˆ1 cos d eˆ2
logo
analogamente
deˆ
cos eˆ1 sen eˆ2 eˆr (2D3. 6)
d
144
deˆ d eˆr (2D3. 7)
logo
r reˆr dr rdeˆr dreˆr (2D3. 8)
Finalmente
dr dreˆr rd eˆ rsen d eˆ (2D3. 9)
145
I) Componentes do Gradiente de um Escalar
f f r , , df f .dr (2D3. 10)
e
df f r eˆr f eˆ f eˆ . dr rdeˆr rd eˆ rsen d eˆ (2D3. 11)
logo
f f f
df dr d d (2D3. 13)
r
comparando ( ) e ( )
f
f r
r
1 f
f (2D3. 14)
r
1 f
f
rsen
Portanto,
f 1 f 1 f
f eˆr eˆ eˆ (2D3. 15)
r r rsen
146
II) Componentes do Gradiente de um Vetor em Coordenadas Esféricas
Vamos agora calcular as componentes de v coordenadas polares, onde esta é
dado por:
v r , vr r , eˆr v r , eˆ (2D3. 16)
Logo
dv Tdr
T dreˆr rd eˆ (2D3. 19)
drTeˆr rd Teˆ
Onde
Portanto,
dv dr Trr eˆr Tr eˆ rd Tr eˆr T eˆ (2D3. 21)
onde
vr v
dvr dr r d
r
(2D3. 24)
v v
dv dr d
r
147
Então
v v ˆ v v
dv dvr r dr r d er v deˆ dr d eˆ vr deˆr (2D3. 25)
r r
Como
temos:
v v v v
dv dvr r dr r v d eˆr dr vr d eˆ (2D3. 27)
r r
vr
Trr
r
1 v
Tr r v
r
(2D3. 28)
v
Tr
r
1 v
T vr
r
Matricialmente
vr 1 vr
v
r r
v (2D3. 29)
v 1 v
vr
r r
148
III) Componentes do Divergente de um Vetor
Observe que o traço da matriz v é o divergente de v , div v .v dado por:
v 1 v
div v .v tr v r vr (2D3. 30)
r r
149
IV) Componentes do Rotacional de um Vetor
E o rotacional de v , rot v v 2t A é dado por:
1 vr
0 v
A 1 T r
t v v (2D3. 31)
2 v
r 0
Logo
v v 1 vr
rot v v (2D3. 32)
r r r
V) Exemplo
150
2. 7 – Teoremas Integrais
Figura - 2. 38.
Tijk ...
Considere a integral sobre V do tensor genérico de ordem N,
x1
Tijk ...
dV (2. 1)
V
x1
No prisma tem-se:
T *
ijk ... Tijk**... dx2 dx3 (2. 2)
mas
T *
ijk ... Tijk**... dx2 dx3 Tijk* ...nˆ1*dS * T jkl
**
ˆ ** **
... n1 dS (2. 4)
Observe que:
x1**
* **
Tijk ... x1*
T ijk ... T
ijk ... dx1 Tijk* ... (2. 5)
x1 x1**
x1**
151
Tijk ...
dx1dx2 dx3 Tijk* ...nˆ1*dS * T jkl
**
ˆ ** **
...n1 dS (2. 6)
V
x1
Logo
Tijk ...
dV Tijk ...n1dS (2. 7)
V
x1 S
Tijk ...
dV Tijk ...ni dS (2. 8)
V
xi S
e
Tijk ... v (vetor) Tensor de ordem 1 (2. 10)
v j
Tijk ... (matriz) Tensor de ordem 2 (2. 11)
xi
152
Casos Especiais Teorema de Gauss
Seja um campo escalar e v um campo vetorial, pelo Teorema de Gauss temos:
i)
ˆ
grad dV ndS (2. 12)
V S
ii)
ˆ
div vdV v.ndS (2. 13)
V S
ˆ
onde v .ndS é o fluxo de v na fronteira S
S
iii)
ˆ
rot vdV v ndS (2. 14)
V S
Figura - 2. 39.
Tijk ...
dV Tijk ...ni dS (2. 15)
V
xi S
i 1, 2 e i, j , k , l ,... 1, 2
153
Para um campo escalar e um campo vetorial v , pelo Teorema de Gauss temos:
i)
ˆ
grad dS ndL (2. 16)
R L
ii)
ˆ
div vdS v .ndL (2. 17)
R L
ˆ é o fluxo de v na fronteira L
onde v .ndL
L
iii)
ˆ
rot vdS v ndL (2. 18)
S L
154
Cálculo da Circulação de v ao longo de L
v j
3ij
S
xi
dS 3ij ni v j dL
L
(2. 19)
e
rot v
S
3
L
ˆ
dS v .ndL (2. 20)
155
Teorema de Stokes
Válido para Curva e Superfícies no Espaço 3D
rot v .ndS
S
ˆ v .ndL
L
ˆ
(2. 21)
Figura - 2. 40.
156
I) Primeira Identidade de Green
2
dV n dS grad.grad dV
V S V
(2. 22)
Prova:
x x
V i
dV
i V
xi xi
dV
V
xi
xi
dV
(2. 23)
ni
S
xi
dS
V
dV
xi xi V
xi xi
dV (2. 24)
e
2
n.grad dS grad .grad dV dV
S V V
(2. 25)
2
n dS grad .grad dV dV
S V V
(2. 26)
157
II) Segunda Identidade de Green
Decorre da 1a Identidade de Green aplicado a e e substituindo-as
dV
2 2
dS (2. 27)
V S
n n
Figura - 2. 41.
158
2. 8 – Exemplos e Aplicações
u u1 em 1
2
u 0 u (2. 28)
n q2 em 2
2
v udV 0
V
(2. 29)
temos que:
u v u u
x v x dV x dV v
x
dV
x x (2. 30)
V i i V i i V
i
i
2u 0
u v u
n v x dS x
S
i
i V
dV
x i i
(2. 31)
e
grad v .grad udV vgradu.ndS
V S
(2. 32)
ou
u
grad v .grad udV v n dS vq dS
V 1 2
2 (2. 33)
No MEF toma-se v / v 0 em 1 . Logo
grad v .grad udV vq dS
V 2
2 (2. 34)
159
2.8.1.2 - Exemplo de Aplicação ao Método dos Elementos de Contorno
Figura - 2. 42.
u u1 em 1
2
u 0 u (2. 35)
n q2 em 2
Onde S 1 2 e
0 , xi
2v 0 (2. 36)
, xi 0
Logo
x dV 1
i (2. 37)
R3
v u
u v v u dV
2 2
u v dS (2. 38)
V S 1 2
n n
2 2 v u
u vdV v udV
V V S 1 2
u
n
dS v dS
S 1 2
n (2. 39)
v v u u
V
u x dV v0dV u
i
V 1
1
n
dS u dS v2
2
n 2
n
dS v dS
1
n (2. 40)
Logo
v v u
u xi u1 dS u dS vq2 dS v dS (2. 41)
1 n 2 n 2 1 n
160
2. 9 – Exercícios e Problemas
161
Capítulo – III
CINEMÁTICA DO CONTÍNUO
RESUMO
Neste capítulo será visto
3. 1 - Objetivos do capítulo
i) Entender
ii) Descrever o movimento de partículas do contínuo.
3. 2 - Introdução
162
3. 3 – O Movimento
Figura - 3. 1
163
3. 4 – Descrição do Movimento de um Meio Contínuo
Na análise da deformação finita uma cuidadosa distinção tem de ser feita entre os
sistemas de coordenadas que podem ser escolhidos para descrever o comportamento do corpo
cujo movimento está sob consideração. Rigorosamente falando, quantidades relevantes, tais
como a densidade, podem ser tratadas em termos de onde o corpo estava antes da deformação
ou onde está ele durante a deformação. O primeiro é chamado de descrição material e o
último é chamado de descrição espacial. Alternativamente estas são frequentemente referidas
como a descrição Lagrangeana e Euleriana respectivamente. Uma descrição material refere-se
ao comportamento de uma partícula material, enquanto que a descrição espacial refere-se a ao
comportamento de uma posição espacial. Portanto, independentemente da descrição
eventualmente empregada, as equações governantes devem obviamente referir a onde o corpo
está e, portanto deve primariamente ser formulada usando uma descrição espacial.
Mecânicos dos Fluidos quase exclusivamente trabalham em termos de uma
descrição espacial porque não é apropriado descrever o comportamento de uma partícula
material em uma situação de fluxo em estado estacionário, por exemplo. Mecânicos dos
Sólidos, por outro lado, geralmente em algum estágio de uma formulação terão que considerar
o comportamento constitutivo da partícula material, a qual envolverá uma descrição material.
Em muitos casos – por exemplo, fluxo de polímeros – onde o comportamento do fluxo
material pode ser dependente do tempo, estas distinções são menos óbvias.
De forma entender a diferença entre uma descrição material e espacial, consider
uma simples quantidade escalar tal como a densidade material :
a) Descrição Material: A variação de sobre o corpo é descrito com relação à coordenada
original (ou inicial) X usada para rotular uma partícula material em um meio contínuo no
tempo t 0 como,
( X ,t) (3. 2)
164
Na equação (3. 2) a variação no tempo t implica que a mesma partícula material X possui
uma densidade, , diferente. Consequentemente o interesse é focado sobre a partícula
material X . Na equação (3. 3), contudo, a variação no tempo, t implica que uma diferente
densidade, é observada na mesma posição espacial x , agora provavelmente ocupada por
uma partícula diferente. Consequentemente o interesse é focado agora sobre a posição
espacial x .
Frequentemente é necessário transformar grandezas relevantes entre as descrições
materiais e espaciais. Por exemplo, dado uma quantidade escalar, tal como a densidade, uma
descrição material relevante pode ser facilmente obtida a partir de uma descrição espacial
usando a equação de movimento (3. 1) como
( X , t ) ( ( X , t ), t ) (3. 4)
Certas grandezas, não dependem se elas são marialmente ou espacialmente descritas, e são
naturalmente associadas com a configuração corrente ou inicial do corpo. Por exemplo, a
densidade inicial do corpo é uma grandeza material, equanto que a densidade corrente é uma
garndeza intrinsicamente espacial. Portanto, as equações (3. 2) a (3. 4) claramente mostra que
as quantidades espaciais podem, se desejadas, ser expressas em termos das corrdenadas
iniciais.
Figura - 3. 2.
165
Para n partículas, teríamos:
r1 r1 (t )
r2 r2 (t )
(3. 6)
:
rn rn (t )
O que torna imposível a descrição do movimento, pois em um meio contínuo nós temos um
número infinito de partículas, logo para rotular cada partícula usaremos as coordenadas das
posições iniciais das partículas dadas pelas coordenadas materiais:
X r (t o ) (3. 7)
Vejamos o exemplo:
166
Exemplo 3.1.3:
x1 X 1 X 1 X 2 t
x2 X 2 X 1 X 2 t (3. 13)
x3 X 3
Figura - 3. 3.
x1 ( X , t )
v1 X1 X 2
t
x2 ( X , t )
v2 X1 X 2 (3. 14)
t
x3 ( X , t )
v3 0
t
167
3. 5 – Descrição Material e Descrição Espacial
E
v vˆ( X , t ) v vˆ( X 1 , X 2 , X 3 , t ) (3. 16)
T Tˆ ( X , t ) T Tˆ ( X 1 , X 2 , X 3 , t ) (3. 17)
Onde
X X1, X 2 , X 3 (3. 18)
Figura - 3. 4.
168
3.5.2 – Descrição Espacial ou Euleriana:
Esta descrição descreve o movimento pela especificando-o por localização
espacial.
~ ~
( X ,t) ( X1, X 2 , X 3 ,t) (3. 19)
E
v v~ ( X , t ) v v~ ( X 1 , X 2 , X 3 , t ) (3. 20)
E
~ ~
T T ( X ,t) T T ( X1, X 2 , X 3 ,t) (3. 21)
Onde
x x1 , x2 , x3 (3. 22)
Figura - 3. 5.
169
3. 6 – Derivada Material
i) Descrição Material
ˆ ( X , t ) ˆ ( X 1 , X 2 , X 3 , t ) (3. 23)
170
ii) Descrição Espacial
D
lim
ˆ x , ( X X , t t ) ˆ ( x , ( X , t ), t )
(3. 25)
Dt t 0 t
ou por outro lado,
~ ~
( X ,t) ( X1, X 2 , X 3 ,t) (3. 26)
E
~ ~ ~ ~
~
D dx1 dx2 dx3 dt
x1 x2 x3 t x ( fixo ) (3. 27)
i
var iação espacial
Ou
~ ~
~
D dxi dt (3. 28)
xi t
Mas
dx v dt ou dxi vi dt (3. 29)
Logo
~ ~
~
D vi dt dt (3. 30)
xi t
Portanto,
~ ~ ~
D
vi (3. 31)
Dt xi t
Ou
~ ~
D ~
v
.
Dt
var iação t x (3. 32)
termo de devido ao i
criação movimento ( transporte ) var iação
local
171
3. 7 – Aceleração da Partícula em um Meio Contínuo
Com:
X x ( X , to ) (3. 34)
Figura - 3. 6.
172
v v v
a( X , t)
t
v X , t t v ( X , t )
a ( X , t ) lim (3. 37)
t 0 t
v ( X , t )
v ( X , t)
t X ( fixo )
i) Na Descrição Espacial:
v
dv ( X , t )
v dx dt
t
Variação devido
a posição Variação
Local (3. 38)
v
dv ( X , t ) vdx dt
t xi ( fixo )
Logo
Dv ( X , t ) v
v v (3. 39)
Dt t
Dvi v vi
vj i (3. 40)
x
Dt j t
173
Exemplo 3.4.1
A velocidade e a aceleração deste corpo são dadas por:
i)
v x eˆ3 x1eˆ1 x2eˆ2 x3eˆ3
(3. 41)
x2 eˆ1 x1eˆ2 0eˆ3
logo
v1 x2 ; v2 x1 ; v3 0 (3. 42)
ii)
v v vi
a v v ai v j i (3. 43)
t x
j t
0 0 0 0 x2
v 0 0 v v 0 0 x1 (3. 44)
0 0 0 0 0 0 0
v v v v
a v1 2 v2 1 1 2 (3. 45)
x1 x2 t t
v v
a1 v2 1 1 x1
x2
t
0
2
a1 x1
v v (3. 46)
a2 v1 2 2 x2
x1
t
0
2
a2 x2
a3 0
Logo
174
a 2 x1eˆ1 x2 eˆ2
(3. 47)
a 2 x
175
3. 8 – O Campo de Deslocamento
Seja u o campo de deslocamento conforme mostra a Figura - 3. 7.
Figura - 3. 7.
dado por:
u ( X , t) x( X , t) X (3. 48)
e
u ( X , t ) x ( X , t ) x ( X , t0 ) (3. 49)
176
3. 9 – Equação Cinemática do Movimento de Corpo Rígido
Figura - 3. 8.
x X u( X ,t)
(3. 50)
x ' X ' u ( X ', t )
e
x X u( X , t)
(3. 51)
X c (t )
Observação:
O vetor deslocamento u ( X , t ) é o mesmo para qualquer ponto do corpo rígido.
Logo u ( X , t ) u ( X ', t ) c t
Figura - 3. 9.
x( X , t ) b R t X b (3. 52)
177
3.9.3 – Movimento Geral de Corpo Rígido
Figura - 3. 10.
Translação:
x ' X f (t )
(3. 53)
b ' b f t
Rotação:
x ( X , t ) b ' R t x '( X , t ) b ' (3. 54)
Logo
x( X , t ) b f t R t X f t b f t
x( X , t ) R t X b b f t
(3. 55)
x( X , t ) R t X b c t
T a a
RT (3. 56)
e R t RT é antissimétrico
T
v RR x c c t
(3. 57)
v x c c t
178
3. 10 – Exemplos e Aplicações
179
3. 11 – Exercícios e Problemas
180
Capítulo – IV
DEFORMAÇÃO NO CONTÍNUO
RESUMO
Neste capítulo será visto
4. 1 – Objetivos do capítulo
i) Entender
4. 2 – Introdução
181
4. 3 – Gradiente de Deformações
Figura - 4. 1.
dX 2 X Q2 X P (4. 2)
182
dx1 xq1 xP X P dX1, t X P , t
(4. 4)
dx2 xq2 xP X P dX 2 , t X P , t
Definindo o tensor gradiente de deformação F como,
F (4. 5)
X
Então os vetores elementares dx1 e dx2 pode ser obtida em termos de dX1 e dX 2 como,
dx1 FdX1 (4. 6)
dx2 FdX 2 (4. 7)
OBS -1:
Observe que em muitos livros textos o movimento é expresso como:
x x( X , t) (4. 8)
O qual permite que o gradiente de deformação seja escrito, talvez de uma forma mais clara,
x
F (4. 9)
X
3
F FiI eˆi Eˆ I (4. 10)
i , I 1
xi
FiI (4. 11)
X I
O inverso de F é,
1 X
F 1 (4. 13)
x
3
X I ˆ
F 1 EI eˆi (4. 14)
i , I 1
xi
OBS - 2:
Muita literatura de pesquisa expressa a relação entre as quantidades nas configura
ções material e espacial em termos dos conceitos gerais de empurra para frente e puxa de
volta. Por exemplo, o vetor elementar dx pode ser expresso como o empurra para frente
equivalente do vetor material dX . Este pode ser expresso em termos da operação,
dx * dX FdX (4. 15)
Inversamente, o vetor material dX é o puxa de volta equivalente do vetor espacial dx , o qual
é expresso como (3),
dX 1* dx F 1dX (4. 16)
Observe que na equação (4. 15) a nomenclatura * implica que uma operação será
3
Na literatura * e 1* sào frequentemente escrito, como * e * respectivamente
184
Exemplo:
x X ktX 2 ê1 (4. 17)
Figura - 4. 2.
i) Partículas incialmente distribuídas ao longo de OA
No instante to:
X X 1 ,0,0 (4. 18)
No instante t:
X X 1 ,0 X 3
(4. 19)
x X 1 ,0 X 3 (0,0,0) X 1 ,0 X 3
Logo
x X kt 0eˆ1 X
(4. 20)
( X 1 ,0,0)
No instante t:
X X 1 , hX 3
(4. 22)
x X 1 , hX 3 (hKt , h, X 3 ) ( X 1 hKt , h, X 3 )
Logo
185
x X ktX 2 eˆ1
X 1eˆ1 X 2 eˆ2 X 3eˆ3 ktX 2 eˆ1
(4. 23)
X 1eˆ1 heˆ2 0eˆ3 ktX 2 eˆ1
( X 1 ktX 2 )eˆ1 heˆ2
Figura - 4. 3.
186
4. 4 – Deformações
dx1.dx2 dX1.CdX 2 (4. 24)
C FT F (4. 25)
Note que em (4. 25) o tensor C opera sobre os vetores materiais dX1 e dX 2 e
onde b é,
4
Em C FT F , F está no lado direito e em b FFT , F está no lado esquerdo.
187
1
2
dx1.dx2 dX1.dX 2 dX1.EdX 2 (4. 28)
1
E C I (4. 29)
2
Alternativamente, a mesma variação no produto escalar pode ser expressa com refer6encia
aos vetores elementares espaciais dx1 e dx2 e o Tensor de Deformação de Almansi ou
Euleriano e como,
1
2
dx1.dx2 dX1.dX 2 dx1.edx2 (4. 30)
1
e
2
I b 1 (4. 31)
Figura - 4. 4.
188
4. 5 – Deformações Infinitesimais
Considere a Figura - 4. 5
Figura - 4. 5.
onde
x X u ( X , t) (4. 32)
e
x dx X dX u ( X dX , t ) (4. 33)
Substraindo ( ) de ( ) temos:
dx dX u ( X dX , t ) u ( X , t )
(4. 34)
var iação deu na direção dx
logo
dx dX u ( X , t )dX I u ( X , t ) dX
(4. 35)
chamando de gradiente de deslocamento ao tensor, u , onde matricialmente temos:
ou
189
ui
u ij (4. 37)
X j
Fazendo
F I u ( X , t ) (4. 38)
Logo
dx FdX (4. 39)
Fazendo
dx ds.nˆ (4. 41)
e
dX dS .mˆ (4. 42)
logo
dx dsds nˆ.nˆ ds 2 (4. 43)
que corresponde a:
dx.dx ds 2
dX .FT FdX dSmˆ .FT FdSmˆ (4. 44)
dS 2 mˆ .FT Fmˆ
Portanto,
ds 2 dS 2 (4. 46)
190
FT F I u ( X , t ) I u ( X , t ) (4. 47)
logo
T T
FT F I u u u u (4. 48)
T um um u 2
u u m (4. 49)
ij X i X j X i
Portanto,
FT F I 2E (4. 51)
Onde
1 T
E
2
u u (4. 52)
1 u j ui
E (4. 53)
2 X i X j
191
4. 6 – Significado Geométrico de E
mostra Figura - 4. 6
Figura - 4. 6.
e
dx1.dx2 FdX 1.FdX 2 dX 2 .FT FdX 1
dX 1.FT FdX 2
(4. 56)
dX 1. I 2E dX 2
dx1.dx2 dX 1 2dX 1.EdX 2
Portanto,
dx1.dx2 ds 2
(4. 58)
dX 2 .dX 1 dS 2
e
2dX 1.EdX 2 2dS 2 nˆ.Enˆ 2dS 2 Enn (4. 59)
Portanto,
192
ds 2 dS 2 2dS 2 Enn (4. 60)
ds 2 dS 2
Enn (4. 61)
2dS 2
Logo
Enn
ds dS ds dS ds dS (4. 62)
2dS 2 dS
porque ds dS .
alongamento ou encurtamento
Enn varição relativa do comprimento (4. 63)
comprimento não deformado
Logo
ds1 dS1
eˆ1.Eeˆ1 E11 (4. 65)
dS1
ds2 dS 2
eˆ2 .Eeˆ2 E22 (4. 66)
dS 2
ds3 dS3
eˆ3 .Eeˆ3 E33 (4. 67)
dS3
Figura - 4. 7.
193
b) Elementos Fóra da Diagonal Principal
dX 1 dS1nˆ
mˆ nˆ (4. 68)
dX 2 dS 2 nˆ
usando a expressão:
dx1.dx2 dX 1.dX 2 2dX 1.EdX 2 (4. 69)
onde
dx1 ds1m ' e dx2 ds2 nˆ ' (4. 70)
Portanto,
ds1ds2 cos m ', n ' 2dS1dS 2 mˆ .Enˆ 2dS1dS 2 Emn (4. 71)
ds1 ds2
2 Enn cos (4. 72)
dS1 dS 2
seja , logo cos sen e para pequenas deformações temos:
2
Figura - 4. 8.
e ainda
ds1 ds2
1 (4. 74)
dS1 dS 2
194
Logo
2 Enn Enn (4. 75)
2
ij
2eˆi Eeˆ j ij 2 Eij ij Eij (4. 76)
2
Figura - 4. 9.
du2
tg
dX 1
(4. 77)
du
tg 1
dX 2
Portanto,
u1 u2
12 (4. 78)
X 2 X 1
195
4. 7 – Deformações Principais
E1 0 0
E ni 0 E2 0 (4. 79)
0 0 E3
Se E1 E2 E3 logo E3 Eii E1 .
196
4. 8 – Dilatação
Seja eˆ1 , eˆ2 , eˆ3 , uma base de vetores nas direções principais nˆ1 , nˆ2 , nˆ3 , conforme
mostra a Figura - 4. 10.
Figura - 4. 10.
dX 1 d S1eˆ1
dX 2 d S 2eˆ2 (4. 84)
dX 3 d S3eˆ3
O volume inicial:
ds d S1
dX 1 : E1 1 ds1 1 E1 dS1
d S1
ds d S 2
dX 2 : E2 2 ds2 1 E2 dS 2 (4. 86)
d S2
ds d S3
dX 3 : E3 3 ds3 1 E3 dS3
d S3
A variação do volume
Logo,
197
dV d s1ds2 d s3 d S1dS 2 d S3
1 E1 dS1 1 E2 dS2 1 E3 dS3 d S1dS2 d S3
1 E1 1 E2 1 E3 1 dS1dS 2 dS3
1 E1 1 E2 1 E3 1 dV
(4. 88)
1 E1 E2 E3 E1 E2 E1 E3 E2 E3 E1E2 E3 1 dV
E1 E2 E3 Ei E j dV
Logo
dV E1 E2 E3 Ei E j dV (4. 89)
dV
e E1 E2 E3 tr E Eii (4. 90)
dV
dV u
e tr E Eii i div u (4. 91)
dV X i
ou
dV
e tr E div u (4. 92)
dV
198
4. 9 – Tensor Rotação Infinitesimal
Seja,
dx dX u .dX
(4. 93)
dx dX E .dX
ui
u ij (4. 95)
x j
e
u ij u ji 1 u u j
3ij i (4. 96)
2 2 X j X i
e
dx dX EdX t A dX (4. 97)
Figura - 4. 11.
Se dX coincide com uma das direções principais de E:
dX dSnˆ
EdX Edsnˆ dSnˆ (4. 98)
dX
199
Figura - 4. 12.
200
4. 10 – Taxa de Variação de um Elemento Material
Figura - 4. 13.
D D D
Dt
dx
Dt
x X dX , t
Dt
x X ,t (4. 100)
Mas
D
x X dX , t vˆ X dX , t v x dx , t
(4. 101)
Dt
D
x X , t vˆ X , t v x , t
(4. 102)
Dt
Portanto,
D
Dt
x X , t vˆ X dX , t vˆ X , t (4. 103)
v x dx , t v x , t
Logo
Ddx ˆ
X vdX
Dt
(4. 104)
Ddx
X vdx
Dt
201
Ddx
vdx (4. 105)
Dt
Logo
v1 v1 v1
x1 x2 x3
v v2 v2 vi
v 2 v ij (4. 106)
x1 x2 x3 x j
v3 v3 v3
x1 x2 x3
202
4. 11 – Tensor Taxa de Deformação
1
D
2
v T v (4. 107)
1
W
2
v T v (4. 108)
Ou
1 v v j
Dij i (4. 111)
2 x j xi
Ou
203
1 v v j
Wij i (4. 113)
2 x j xi
Significado Geométrico de D e W
Seja
dx dsnˆ (4. 114)
logo
dx.dx ds 2 (4. 115)
D D
2 dx. dx 2 ds ds (4. 116)
Dt Dt
D
dx. dx dx. v dx
Dt
(4. 117)
dx. D + W dx
dx.Ddx dx.Wdx
Observe que:
dx.Wdx dx.WT dx
dx. W dx (4. 118)
dx.Wdx dx.Wdx 0
Portanto,
D
dx. dx dx.Ddx (4. 119)
Dt
Logo
D
dsnˆ dsnˆ dsnˆ.D dsnˆ (4. 120)
Dt
204
D
ds ds ds 2 nˆ.Dnˆ
Dt
(4. 121)
D
ds ds nˆ.Dnˆ
Dt
Na direção ê1 :
D
eˆ1.Deˆ1 D11 ds1 ds1 (4. 122)
Dt
Na direção ê2 :
D
eˆ2 .Deˆ2 D22 ds2 ds2 (4. 123)
Dt
Na direção ê3 :
D
eˆ3 .Deˆ3 D33 ds3 ds3 (4. 124)
Dt
D D
dx1.dx2 ds1ds2 cos (4. 126)
Dt Dt
D D
dx1 .dx2 dx1. dx2
Dt Dt
(4. 127)
D D D
ds1 ds2 cos ds1 ds2 cos ds1ds2 sen
Dt Dt Dt
e
205
dx1 T v dx2 dx1. v dx2 ds1ds2 (4. 129)
Logo
T
dx1
v v dx2 ds1ds2 (4. 130)
2D
e
2dx1Ddx2 ds1ds2 (4. 131)
206
4. 12 – Taxa de Variação Volumétrica de um Elemento Material
Figura - 4. 14.
D D
dV ds1ds2ds3 (4. 138)
Dt Dt
ou
D D D D
dV ds1 ds2 ds3 ds1 ds2 ds3 ds1ds2 ds3 (4. 139)
Dt Dt Dt Dt
Logo
D
dV D11ds2 ds3 ds1D22 ds3 ds1ds2 D33 (4. 140)
Dt
que corresponde a:
D
dV D11 D22 D33 ds1ds2 ds3 D11 D22 D33 dV (4. 141)
Dt
Então:
1 D
dV Dii tr D (4. 142)
dV Dt
Portanto,
207
1 D v v v
dV tr D 1 2 3 (4. 143)
dV Dt x1 x2 x3
ou
1 D
dV div v (4. 144)
dV Dt
O div v é a variação material do volume por unidade de volume.
Figura - 4. 15.
208
4. 13 – Tensor de Rotação e Velocidade Angular
W é a componente antisimétrica de v , logo:
Wa
a
vetor (4. 145)
dual
onde:
W23eˆ1 W31eˆ2 W12eˆ3 (4. 146)
logo
D
dx vdx Ddx Wdx (4. 148)
Dt
ou
D
dx Ddx w dx (4. 149)
Dt
Figura - 4. 16.
209
4. 14 – Equações de Conservação da Massa
Figura - 4. 17.
Onde:
dm dV (4. 150)
D D
dm dV 0 (4. 151)
Dt Dt
D D D
dV dV dV 0 (4. 152)
Dt Dt Dt
1 D D D
dV dV 0 (4. 153)
dV Dt Dt dV Dt
1 D
div v dV (4. 154)
dV Dt
Logo ( ) fica:
210
D
div v 0 (4. 155)
Dt
D v
i 0 (4. 156)
Dt xi
Mas
D
v . (4. 157)
Dt t
div v v . 0 (4. 158)
t
D
0 (4. 159)
Dt
211
4. 15 – Condição de Compatibilidade para o Tensor E
Considere a seguinte transformação entre o vetores u , v e os tensores E, D ,
conforme esquematiza a Figura - 4. 18.
Figura - 4. 18.
Por exemplo:
onde
u1
E11 X 22 u1 X 1 X 22 f X 2 , X 3
X 1
(4. 162)
u2
0 u2 g X 1 , X 3
X 2
Desde que:
u1 u2
0 (4. 163)
X 1 X 1
Temos:
f X 2 , X 3 g X 1 , X 3 0
2 X1 X 2 (4. 164)
X 2 X 1
212
Teorema de Compatibilidade
Figura - 4. 19.
213
4. 16 – Condição de Compatibilidade para o Tensor de
Deformação
Considere a seguinte transformação entre o vetores u , v e os tensores E, D ,
conforme esquematiza a Figura - 4. 20.
1 vi v j
Dij (4. 169)
2 x j xi
Figura - 4. 20.
214
4. 17 – O Gradiente de Deformação
Figura - 4. 21.
dx x X dX , t x X , t x dx (4. 173)
Seja F x (gradiente de deformação) onde
dx FdX (4. 174)
e
x X u (4. 175)
e
dx I u dX (4. 176)
onde
F I u (4. 177)
215
4. 18 – Deslocamento de Corpo Rígido
Figura - 4. 22.
Logo,
Portanto,
FT F I (4. 180)
216
4. 19 – Deformação Finita
logo
dx UdX (4. 183)
Figura - 4. 23.
No Plano
Figura - 4. 24.
217
UdX 1 1dX 1
(4. 184)
UdX 2 2 dX 2
logo
dx1 UdX 1 UdS1nˆ1 dS11nˆ1
dx2 UdX 2 UdS 2 nˆ2 dS 2 2 nˆ2 (4. 186)
dx3 UdX 3 UdS3nˆ3 dS33nˆ3
i) para dx1 temos:
ds1
ds1nˆ1 dS11nˆ1 1 : estiramento (4. 187)
dS1
ds2
ds2 nˆ2 dS 2 2 nˆ2 2 : estiramento (4. 188)
dS 2
ds3
ds3nˆ3 dS33nˆ3 3 : estiramento (4. 189)
dS3
Figura - 4. 25.
218
Exemplo 3.20-2
Figura - 4. 26.
onde
dx UdX
U dX 1eˆ1 dX 2eˆ2 dX 3eˆ3
(4. 191)
1dx1eˆ1 2 dx2 eˆ2 3 dx3eˆ3
dx1eˆ1 dx2eˆ2 dx3eˆ3
dx1 1dX 1
dx2 2 dX 2 (4. 192)
dx3 3 dX 3
Figura - 4. 27.
219
dx FdX R U
dX (4. 193)
onde
F R
U V
R
direito esquerdo
(4. 194)
Figura - 4. 28.
dx FdX V R
dX (4. 195)
logo
RT F R
T
R U R T VR (4. 196)
U R T VR (4. 197)
RU RRT VR VR
RURT V RR T (4. 198)
V
dx12 dx22 dx32 12 dx12 22 dx22 32 dx32 (4. 200)
onde
220
2
dX dX 12 dX 22 dX 32 2 (4. 201)
e
2 2 2
dx1 dx2 dx3 2
(4. 202)
1 2 3
Figura - 4. 29.
221
4. 20 – Teorema da Decomposição Polar
Para cada tensor real F com determinante não nulo (i. e. F 1 existe), este pode ser
decomposto no produto de tensor ortogonal com um tensor simétrico.
F RU VR (4. 203)
logo
RUnˆ R nˆ Rnˆ
(4. 205)
Fnˆ R Unˆ Rnˆ
RU VR F
Fnˆ V Rnˆ Rnˆ
(4. 206)
222
4. 21 – Cálculo do Tensor de Estiramento a partir do Gradiente de
Deformação
i)
F RU (4. 207)
logo
T
FT F RU RU UT R
T
R U U2 (4. 208)
Portanto,
1/ 2
U FT F (4. 209)
ii)
F RU (4. 210)
logo
FU 1 R UU
1
(4. 211)
Portanto,
R FU 1 (4. 212)
iii) Se R for
F RU (4. 213)
logo
1 1 1 2 1 1 T
IU
U U U U F
U UU F U 1
T T
F U 1 FU 1
(4. 214)
1
FU 1 FU 1
Portanto,
I RT R (4. 215)
223
iv) Tensor de Estiramento esquerdo V.
Seja
F VR (4. 216)
logo
F VR
(4. 217)
FR T VRR T V
Portanto,
V FR T (4. 218)
ds
0 (4. 220)
dS
224
4. 22 – O Tensor Direito de Deformação de Cauchy-Green
C U2 (4. 221)
C FT F (4. 224)
Figura - 4. 30.
dx1.dx2 FdX 1.FdX 2 FdX 2 .FdX 1
dX 1.FT FdX 2 dX 1.CdX 2 (4. 226)
dx1.dx2 dX 1.CdX 2
Fazendo:
dx dsnˆ
(4. 227)
dX dSnˆ
E
225
i) Para os elementos da diagonal principal
dx1.dx1 dX 1.CdX 1
ds12 dS1eˆ1.CdS1eˆ1 (4. 228)
2
dS1 eˆ1.Ceˆ1
Portanto,
2
ds
eˆ1.Ceˆ1 C11 1
dS1
2
ds
eˆ2 .Ceˆ2 C22 2 (4. 229)
dS 2
2
ds
eˆ3 .Ceˆ3 C33 3
dS3
e
dx1.dx1 dX 1.CdX 1 (4. 231)
Logo
dx1.dx1 dX 1.CdX 1
ds1ds2 cos mˆ , nˆ dS1eˆ1.CdS 2 eˆ2
(4. 232)
ds1ds2 cos mˆ , nˆ dS1dS 2 eˆ1.Ceˆ2
C12
Portanto,
ds1ds2
C12 cos mˆ , nˆ (4. 233)
dS1dS 2
Figura - 4. 31.
226
4. 23 – O Tensor Lagrangeano de Deformação
1
E* C I (4. 234)
2
Portanto,
dx1.dx2 dX 1dX 2 dX 1.E*dX 2 (4. 236)
dS12 2dS1eˆ1.E*dS1eˆ1
ds12 dS12 (4. 238)
2eˆ1.E*eˆ1
dS12
ds12 dS12
2 E11* (4. 239)
dS12
* ds22 dS 22
2 E22 (4. 240)
dS 22
227
e
ds32 dS32
*
2E 33 (4. 241)
dS32
Portanto,
ds1 dS1
E11* (4. 243)
dS1
Portanto,
ds1ds2
2 E12* cos mˆ , nˆ (4. 246)
dS1dS 2
228
T
C U 2 FT F I u I u
(4. 247)
I T u I u
logo
Portanto,
1 1 1
E* C I u T u T uu (4. 249)
2 2 2
Logo
1 u u j 1 um un
Eij* i (4. 250)
2 X j X i 2 X i X j
229
4. 24 – O Tensor Esquerdo de Deformação de Cauchy-Green
Por definição:
B V2 (4. 253)
Desde que:
F VR (4. 254)
Sendo
FR T V (4. 255)
Então
T
FFT VR VR V RR
V
T T
(4. 256)
T T
FF VV
Portanto,
Relação entre B e C
C R T BR (4. 261)
se
230
RRT BRnˆ RCnˆ R nˆ (4. 263)
Então
Interpretação Geométrica:
Figura - 4. 32.
logo
dx1.dx1 FdX 1.FdX 1 dS12 nˆ F
T
F nˆ
C
dx1.dx1 dS12 nˆ.Cnˆ
ds1.ds1 dS12 nˆCnˆ
(4. 266)
ds12 dS12 Reˆ1CRT eˆ1
ds12 dS12 eˆ1. RCR T
eˆ1
B
2 2
ds dS eˆ1.Beˆ1
Portanto,
ds12
B11 (4. 267)
dS12
ds22
B22 (4. 268)
dS 22
ds32
B33 2 (4. 269)
dS3
231
ii) Para os elementos fora da diagonal temos:
dX 1 dS1RT eˆ1
(4. 270)
dX 2 dS 2 RT eˆ2
e
dx1 ds1mˆ
(4. 271)
dx2 ds2 nˆ
Logo,
dx1.dx1 ds1mˆ .ds1nˆ FdX 2 .FdX 1 dX 1.FT FdX 2
(4. 272)
dX 1.CdX 2
e ainda
Logo
Portanto,
ds1ds2 cos mˆ , nˆ
B21 (4. 275)
dS1dS 2
Figura - 4. 33.
232
Em termos do campo de deslocamento,
T
B FFT I u I u
I u I T u (4. 276)
I u T u u T u
u u j ui u j
Bij ij i (4. 277)
X X i
j X m X m
Observe que:
1 1 u u j 1 ui u j
Bij ij i
2 X j X i
(4. 278)
2 2 X m X m
1 1 u u j
2
Bij ij i
2 X j X i
Eij (4. 279)
233
4. 25 – O Tensor de Deformação de Euler
Por definição:
1
e*
2
I B 1 (4. 280)
Figura - 4. 34.
dX X dX X X x dx , t X x , t
(4. 282)
dX Xdx
Logo
dX F 1dx (4. 283)
então,
X i 1
X ij
x j x j (4. 284)
X i
Portanto,
X ij
Fij1 (4. 285)
Matricialmente
234
X 1 X 1 X 1
x1 x2 x3
1 X X 2 X 2
F ij 2 (4. 286)
x1 x2 x3
X 3 X 3 X 3
x1 x2 x3
e
dX 1dX 2 dx1.B 1dx2 (4. 288)
Logo
dS12
1
B 2
11 (4. 289)
ds1
Figura - 4. 35.
dx1.dx2 dX 1dX 2 dx1.Idx2 dx1.B 1dx2
dx1. I B 1 dx2 (4. 290)
2dx1.e*dx2
Figura - 4. 36.
235
dx1 ds1mˆ
(4. 291)
dX 1 dS1nˆ
e
dx1.dx1 dX 1.dX 1 2dx1.e*dx2
ds12 dS12 2ds1eˆ1.e*ds1eˆ1 (4. 292)
2 2 2 *
ds dS 2ds eˆ .e eˆ1
1 1 1 1
e
ds12 dS12 1 dS12
2e11* e B11 (4. 293)
ds12 ds12
temos:
2e11*
ds1 dS1 ds1 dS1
ds12
2 ds1 ds1 dS1
(4. 295)
*
2e 11
ds12
Portanto,
e11*
ds1 dS1 ds1 dS1 E
11 (4. 296)
ds1 dS1
e
dX 1 dS1mˆ
(4. 298)
dX 2 dS 2 nˆ
Logo
236
dx1.dx2 dX 1.dX 2 2dx1.e*dx2
ds1 ds2 dS1dS 2 cos mˆ , nˆ 2ds1eˆ1.e*ds2eˆ2
(4. 299)
dS1dS 2 cos mˆ , nˆ 2ds1eˆ1.e*ds2eˆ2
2ds1ds2 eˆ1.e*eˆ2
Portanto,
dS1dS 2
2e12* cos mˆ , nˆ (4. 300)
ds1ds2
e
dX 1dX 2 dx1.B 1dx2
dS1dS 2 cos mˆ , nˆ 2ds1eˆ1.B 1ds2 eˆ2
(4. 301)
2ds1ds2eˆ1.B 1eˆ2
2ds1ds2 B 1
12
Portanto,
dS1dS 2
B
1
12
ds1ds2
cos mˆ , nˆ (4. 302)
X i u
F 1
ij
x j
ij i
x j
(4. 304)
ou seja:
F 1 I x u (4. 305)
Veja que:
T T
B 1 F 1 F 1 I x u I x u
T (4. 306)
I xu I xu
237
B 1 I Tx u x u Tx u x u (4. 307)
1
como e*
2
I B 1 temos:
1 1
e*
2
x u Tx u Tx u x u
2
(4. 308)
1 u u j 1 um um
eij* i (4. 309)
2 x j xi 2 xi x j
1 u u j
eij* i (4. 311)
2 x j xi
Observe que:
ui ui
(4. 312)
x j X j
Então
Figura - 4. 37.
238
4. 26 – Condição de Compatibilidade para as Componenetes do
Tensor de Deformação Finito
239
4. 27 – Variação de Área devido a Deformação
Figura - 4. 38.
Figura - 4. 39.
dA dx1.dx2 FdX 1 FdX 2 FdS1eˆ1 FdS2 eˆ2
(4. 316)
dS1dS2 Feˆ1 Feˆ2 dAo Feˆ1 Feˆ2
240
logo
dA dAnˆ dAo Feˆ1 Feˆ2 (4. 318)
Observe que:
Feˆ1.dA Feˆ2 dA
Feˆ3 .dA dAo Feˆ3 .Feˆ1 Feˆ2 (4. 319)
vamosinterpolar
esse termo
Em notação indicial
Feˆ1 Fp1 eˆ p
Feˆ2 Fq2 eˆq (4. 320)
Feˆ3 Fr3 eˆr
Portanto,
Logo
k Fr3 eˆr .Fp1 eˆ p Fq2 eˆq Fr3 Fp1 Fq2 eˆr . eˆ p eˆq
k Fr3 Fp1 Fq2 eˆr . pqs eˆs Fr3 Fp1 Fq2 pqr
(4. 322)
eˆr .eˆs rs
k Fr3 Fq1 Fp2 qpr Fr3 Fp1 Fq2 pqr Fp3 Fr1 Fq2 rqp
(4. 323)
Fp3 Fq1 Fr2 pqr
241
6k Fpi Fq j Frk ijk pqr
1 (4. 325)
k Fpi Fq j Frk ijk pqr det F
6
Portanto,
logo
Feˆ3 .dAn dAo det F (4. 327)
de ( ) temos:
n.Feˆ1 0 eˆ1.FT nˆ 0
(4. 328)
n.Feˆ2 0 eˆ2 .FT nˆ 0
da equação ( ) temos:
dAo
eˆ3 .FT nˆ det F (4. 331)
dA
dAo
FT nˆ det F eˆ3 (4. 332)
dA
Portanto,
1 1 dAo
F
T
FT nˆ FT det F
dA
eˆ3
(4. 333)
dAo T 1
nˆ det F
dA
F eˆ3
e finalmente
242
1
dAnˆ dAo det F FT eˆ3 (4. 334)
1
dA dAo det F FT eˆ3 (4. 335)
243
4. 28 – Variação de Volume devido a Deformação
Figura - 4. 40.
não é soma
O volume no instante inicial t to é:
Logo
Figura - 4. 41.
244
Muda a área dAo dA
Figura - 4. 42.
e
2
det C det FT F det F (4. 343)
e
2
det B det FFT det F (4. 344)
logo
Figura - 4. 43.
245
d m dmo
(4. 347)
d V o dVo
Então
dVo
o o (4. 348)
dV det F
246
4. 29 – Exemplos e Aplicações
247
4. 30 – Exercícios e Problemas
248
Capítulo – V
TENSÃO NO CONTÍNUO
RESUMO
Neste capítulo será visto
5. 1 – Objetivos do Capítulo
i) Entender
5. 2 – Introdução
249
4.2.1 – Força de Corpo
É a força que atua à distância envolvendo todo o volume do corpo (força
gravitacional; força elétrica, a força magnética).
Figura - 5. 1.
Figura - 5. 2.
250
5. 3 – Vetor Tensão de Cauchy
Figura - 5. 3.
Figura - 5. 4. A tensão t depende do corte da superfície
A dependência de t x , t , nˆ pode ser expressa como:
t x , t , nˆ T X , t nˆ (5. 2)
251
Seja a tensão tn onde:
tn Tnˆ (5. 3)
Figura - 5. 5.
X 1X 2 X 3
F t eˆ1 A1 t eˆ2 A2 t eˆ3 A3 tnˆ An
6
aB (5. 5)
Observe que:
X 2 X 3 X 1X 2 X 1X 2
A1 ; A2 ; A3 (5. 6)
3 3 3
X 1X 2 X 3
Onde
6
a B é um infinitésimo de ordem superior. Mas
252
A2 nˆ2 . An An nˆ2 .eˆ2 An nˆ2 eˆn .eˆ2 An n2 cos 2 (5. 10)
e
A3 nˆ3 . An An nˆ3 .eˆ3 An nˆ3 eˆn .eˆ3 An n3 cos 3 (5. 11)
Portanto,
An nˆi . An An nˆ.eˆ1 An nˆ eˆn .eˆi An ni cos i An ni ni (5. 12)
ou ainda
Então
An tnˆ nˆ1. An teˆ1 nˆ2 . Anteˆ2 nˆ3 . An teˆ3
(5. 14)
An tnˆ n1 Anteˆ1 n2 An teˆ2 n3 An teˆ3
e
tnˆ n1teˆ1 n2teˆ2 n3teˆ3 (5. 15)
e
tnˆ n1T j1eˆ j n2T j 2eˆ j n3T j 3eˆ j (5. 16)
logo
tnˆ niT ji eˆ j (5. 17)
ou
tnˆ j ni
T ji
compontes Tensor de (5. 18)
componentes
deum vetor 2a ordem
de um vetor
253
5. 4 – Componentes do Tensor de Tensão de Cauchy
Considere a Figura - 5. 6
Figura - 5. 6.
T11 , T22 , T33 são as componentes de tensões normais e T12 , T21 , T13 , T31 , T23 , T32 são as
componentes de tensões de cisalhamento.
254
Teˆ1 T j1eˆ3
T i j T11eˆ1 T21eˆ2 T31eˆ3
direç . direç
(5. 24)
da da
tensão tensão decisalhamento
comp . normal normal
ao
plano
Figura - 5. 7.
A tensão normal em n̂ :
n tn .nˆ ti ni ni n jTij (5. 29)
e
n tn .ˆ ti i i n jTij
(5. 30)
vn tn .vˆ ti vi vi n jTij
255
5. 5 – Simetria do Tensor de Tensão de Cauchy
Figura - 5. 8.
Figura - 5. 9.
256
ii) A força resultante na face ê2 na direção ê2
X 1 X 2
M A T21 T21 X 2 X 3 T12 T12 X 1 X 3
2 2
X 1 X 2
T21 X 2 X 3 T12 X 1 X 3 X 1X 2 X 3 .B
(5. 38)
2 2
V
2
I X 1X 2 X 3 X 1 X 2
2
I X 12 X 22 (5. 39)
Portanto,
257
Tij T ji (5. 43)
Logo
2T21 2T12 B 0 (5. 45)
258
5. 6 – Tensão Principais
A partir da secção 2B18, nós sabemos que para qualquer tensor de tensão
simétrico T existe no mínimo três direções principais, nˆ1 , nˆ2 , nˆ3 mutuamente perpendiculares
(que são os auto-vetores de T). Os planos que contêm estas direções como suas normais são
conhecidas como planos principais 1 , 2 , 3 . Sobre estes planos, o vetor de tensão, t , é
Considerando que T é simétrico então ele pode ser diagonalizável de forma a obter:
ta
tc
tb
T1 0 0
*
T 0 T2 0 (5. 47)
0 0 T
3
259
t Tnˆ nˆ (5. 48)
Os i ' s (auto-valores) estão associados as direções principais nas quais ocorre as tensões
principais. Observe que:
ti Tnˆi i nˆ i (5. 49)
e
nˆ j ti nˆ j Tnˆi nˆ j i nˆi
(5. 51)
nˆ j Tnˆi nˆ j i nˆi i ij
dadas por:
T1 0 0
T 0 T2 0 (5. 53)
0 0 T3
260
min T1 , T2 , T3 n max T1 , T2 , T3 (5. 54)
Figura - 5. 11.
ou seja:
T I nˆ t nˆ I 0 (5. 56)
Logo,
1 0 0 0
t1 t2 t3 n1 n2 n3 0 1 0 0
0 0 1 0
(5. 57)
1 0 0 0
t1 n1 t2 n2 t3 n3 0 1 0 0
0 0 1 0
ou ainda,
Portanto,
261
Sabemos que a equação ( ) é satisfeita para qualquer se nˆ 0ˆ . Logo, para
eliminar esta solução trivial, nos observamos que o sistema homogêneo em ( ) admite solução
não-trivial somente se o determinante de seus coeficientes se anulam, ou seja:
isto é:
onde:
T T T T T T
I 2 det 11 12 det 11 13 det 22 23
T21 T22 T31 T33 T32 T33 (5. 64)
I 2 T12 T22 T32
são os três invariantes escalares principais do tensor das tensões. Para os cálculos das direções
principais, vamos retornar a secção 2B17 (Veja processo de Ortogonalização de Gram-
Schimidt).
262
5. 7 – Máxima Tensão de Cisalhamento
sobre o plano que divide o angulo reto entre as direções das tensões principais máxima e
mínima t1 , t3 .
Seja eˆ1, eˆ2 e eˆ3 as direções principais do tensor T e seja T1 , T2 , e T3 o valor das
Figura - 5. 12.
Então
t1 T1 0 0 n1 n1T1
t 0 T 0 n n T
2 2 2 2 2 (5. 68)
t3 0 0 T3 n3 n3T3
isto é, se T for representado em uma base de vetores eˆ1, eˆ2 e eˆ3 nas direções principais (aquela
dos auto-vetores), então teremos:
t n1T1eˆ1 n2T2eˆ2 +n3T3eˆ3 (5. 69)
263
Tn nˆ.t n1eˆ1 n2 eˆ2 +n3eˆ3 . t1eˆ1 t2 eˆ2 +t3eˆ3
(5. 70)
Tn n1eˆ1 n2 eˆ2 +n3eˆ3 . n1T1eˆ1 n2T2 eˆ2 +n3T3eˆ3
logo
onde:
Tn nˆ . t cos
Tn 1. t cos (5. 72)
Tn t cos
se 0 cos 1 , logo
Tn t (5. 73)
Então, se TS denota a magnitude da tensão de cisalhamento total sobre o plano, nós temos
(vide Figura - 5. 13).
Figura - 5. 13.
onde
t Tnˆ Tnˆ Tni eˆi T ji ni eˆ j (5. 75)
Logo
264
T11n1 T1n1
T ji ni T22 n2 T2 n2 (5. 76)
T n T n
33 3 3 3
e
2
t n12T12 n22T22 n32T32 (5. 77)
logo
ou
2
Ts2 n12T12 n22T22 n32T32 n12T1 n22T2 n32T3 (5. 79)
Observe que:
Dado que dn1 , dn2 e dn3 não são independentes, então vamos tomar o diferencial
de:
2
d nˆ d n12 n22 n32 d 1
2
d nˆ 2n1dn1 2n2 dn2 2n3dn3 0 (5. 83)
n1dn1 n2 dn2 n3dn3 0
265
Então usando ( ) em ( )
logo
n1 n2 0
n1 n1 n2 n1 n1 n1
(5. 87)
Ts2 Ts2 1 Ts 1 Ts
2 2
n1 n3 0
n3 n3 n3 n3 n1 n1
onde são os multiplicadores de Lagrange (ver livro do Prager) substituindo Ts2 nas três
equações acima temos:
2n T 2 2 n 2T n 2T n 2T 2 n
1 1 1 1 2 2 3 3 1
2
2n2 T22 2 n12T1 n22T2 n32T3 n2
(5. 89)
2 2
2n3 T3 2 n1 T1 n2 T2 n3 T3 n3
2 2 2
2 2 2
n1 n2 n3 1
266
Figura - 5. 14.
As três tensões de cisalhamento máximo são obtidas substituindo-se nˆ1 , nˆ2 , nˆ3 , em
T1 temos:
T1 T2
Ts max 12
2
T1 T3
Ts max 13 (5. 91)
2
T2 T3
Ts max 23
2
logo
Ts max máx Ts max 12 , Ts max 13 , Ts max 23 (5. 92)
Se fizermos:
T1 T2 T3 (5. 93)
Logo
T1 T3
Ts max (5. 94)
2
T1 T3
Tn (5. 95)
2
Figura - 5. 15.
267
5. 8 – Equação de Movimento de um Meio Contínuo Sujeito a Um
Campo de Tensão
(5. 96)
Figura - 5. 16.
t x x , x , x t x , x , x x x x
eˆ1 1 1 2 3 eˆ1 1 2 3
1 2 3
x1
t x , x
eˆ2 1 2 x2 , x3 teˆ1 x1 , x2 , x3 x x x
1 2 3
x2 (5. 97)
t x , x , x
eˆ3 1 2 3 x3 teˆ1 x1 , x2 , x3 x x x
1 2 3
x3
B x1x2 x3 a x1x2 x3
268
t x x , x , x t x , x , x
eˆ1 1 1 2 3 eˆ1 1 2 3
x1
t x , x
eˆ2 1 2 x2 , x3 teˆ1 x1 , x2 , x3
x2 (5. 98)
t x , x , x
eˆ3 1 2 3 x3 teˆ1 x1 , x2 , x3
x3
B a
teˆi Teˆi
B a B a (5. 100)
xi xi
Tij eˆi
B a (5. 101)
x j
Tij eˆi
Bi eˆi ai eˆi (5. 102)
x j
Tij
Bi ai (5. 104)
x j
corpo particular meio em repouso ou a 0
divT B a (5. 105)
269
Equação de Movimento em Coordenadas Cilíndricas
270
Equação de Movimento em Coordenadas Esféricas
271
Condição de Contorno para o Tensor de Tensão
Figura - 5. 17.
se
é possível que:
Tnˆ.m 0 (5. 108)
Figura - 5. 18.
272
5. 9 –Tensor de Tensão de Piola-Kirchoff
Figura - 5. 19.
273
1º Tensor de Tensão de Piola-Kirchoff
Figura - 5. 20.
Analogamente temos:
to To nˆo (5. 112)
logo
df tdAo to dAo df (5. 113)
dA
to
dAo
t to // t (5. 114)
dA dA
To nˆo Tnˆ T nˆ (5. 115)
dAo dAo
mas
T
dAnˆ dAo det F F 1 nˆo (5. 116)
Portanto,
T
To nˆo T det F F 1 nˆo (5. 117)
ou
T
To T det F F 1 (5. 118)
1
T To FT (5. 119)
det F
Observação: F e To não são necessáriamente simétricos.
274
2º Tensor de Tensão de Piola-Kirchoff
Figura - 5. 21.
nˆ
t T o
df tdA o
(5. 120)
df
t
dAo
logo
df Fdf FtdA o
(5. 122)
df FT nˆ dA
o o
Por outro lado, considerando df df o ,
df o to dAo Tnˆo dAo (5. 123)
F 1T
T (5. 125)
o
Substituindo:
T
To det F T F 1 (5. 126)
temos:
T
F F
det F F 1 T 1
T
2o Tensor Cauchy
( Físico )
(5. 127)
Piola
Kirchoff
é simétrico.
onde T
275
Aplicação a Vigas
Considere a viga mostrada na Figura - 5. 22.
Figura - 5. 22.
Descrição Material:
Equação Diferencial - t (domínio dependente do tempo na descrição de
Euler)
u u x, t (5. 128)
Descrição Material:
Equação Diferencial - cte (domínio não depende do tempo na descrição de
Lagrange)
u u X ,t (5. 129)
276
5. 10 – Equação de Movimento escrito na Configuração de
Referência
Tij
Bi ai (5. 130)
x j
onde
1
Tij To im Fjm (5. 131)
det F
substituindo
Tij 1
To im Fjm (5. 132)
x j x j det F
logo
To im 1 x j To im X n 1 x j
(5. 135)
x j det F X m X n x j det F X m
To im
d To im dX n (5. 136)
X n
X n
dX n dx j (5. 137)
xi
277
X n X n x j
(5. 138)
X m x j X m
temos:
To im 1 x j To im X n 1
x j det F X m X n X m det F
2
1 x j X n x j 1 det F X n
2 (5. 141)
det F X n X m x j X n det F X n x j
2
1 x j X n 1 det F
2
mn (5. 142)
det F X n X m x j det F X n
1 2 x j X n 1 2 det F
F (5. 143)
det F X n X m x j det F X m
mas
det F Fjn
det F F 1 (5. 144)
X m nj X
m
e então
278
det F X 2 x j
det F n (5. 145)
X m x
j X n X m
logo
Fjm
0 (5. 146)
x j det F
Portanto,
Tij To im 1
(5. 147)
x j X m det F
To im 1
Bi ai (5. 148)
X m det F
logo
To im
det F Bi det F ai (5. 149)
X m
visto que:
temos:
To im
o Bi o ai (5. 151)
X m
onde
a a X ,t e B B X ,t (5. 153)
279
5. 11 – Potência de Tensão
Figura - 5. 23.
P teˆ1 x1 x1 , x2 , x3 x2 x3 .v x1 x1 , x2 , x3
t eˆ1 x1 , x2 , x3 x2 x3 .v x1 , x2 , x3
teˆ2 x1 , x2 x2 , x3 x1x3 .v x1 , x2 x2 , x3
(5. 154)
t eˆ2 x1 , x2 , x3 x1x3 .v x1 , x2 , x3
teˆ3 x1 , x2 , x3 x3 x1x2 .v x1 , x2 , x3 x3
t eˆ3 x1 , x2 , x3 x1x2 .v x1 , x2 , x3 B x1x2 x3v x1 , x2 , x3
ou
P teˆ1 x1 x1 , x2 , x3 .v x1 x1 , x2 , x3 teˆ1 x1 , x2 , x3 .v x1 , x2 , x3
V x1
teˆ2 x1 , x2 x2 , x3 .v x1 , x2 x2 , x3 teˆ2 x1 , x2 , x3 .v x1 , x2 , x3
x2 (5. 155)
teˆ3 x1 , x2 , x3 x3 .v x1 , x2 , x3 x3 teˆ3 x1 , x2 , x3 .v x1 , x2 , x3
x3
B .v x1 , x2 , x3
Ou ainda
280
P teˆ1 .v x1 x1 , x2 , x3 teˆ1 .v x1 , x2 , x3
V x1
teˆ2 .v x1 , x2 x2 , x3 teˆ2 .v x1 , x2 , x3
x2 (5. 156)
teˆ3 .v x1 , x2 , x3 x3 teˆ3 .v x1 , x2 , x3 x1 , x2 , x3
x3
B .v x1 , x2 , x3
dP teˆ1 .v
teˆ2 .v
teˆ3 .v
B .v x1 , x2 , x3 (5. 157)
dV x1 x2 x3
Ou
dP teˆ j .v
B .v (5. 158)
dV x j
Mas
teˆ j .v Teˆ j vi eˆi Tkj eˆk vi eˆi
(5. 159)
Tkj vi ki viTij
logo
dP viTij
Bi .vi (5. 160)
dV x j
Substituindo em ( ) temos:
dP Tij v
vi Tij i Bi .vi
dV x j x j
Tij v (5. 162)
vi Bi Tij i
x x j
j
Equação de Movimento
281
logo
dP D vi v
vi Tij i (5. 163)
dV Dt x j
mas
D vi vi
dP vi dV Tij dV (5. 164)
Dt x j
Mas
D KE D 1
dV vi vi
Dt Dt 2
1 D
dV vi vi (5. 165)
2 Dt
2 D vi
dVvi
2 Dt
logo
D KE D vi
dVvi (5. 166)
Dt Dt
Portanto,
D KE
dP dV dPS (5. 167)
Dt
Onde
vi
dPS Tij dV tr TT x v dV (5. 168)
x j
vi v v j
Tij T ji i Tij (5. 169)
x j x j xi
logo
282
vi 1 v v
dPS Tij dV Tij i Tij i dV
x j 2 x j x j
Portanto,
dP D K E dPS
(5. 173)
dV Dt dV
Ou finalmente
dP D K E
tr TD (5. 174)
dV Dt
283
5. 12 – Taxa de Fluxo de Calor por Condução
Figura - 5. 24.
ou
Qc q x1 dx1 , x2 , x3 q x1 , x2 , x3 dx2 dx3
q x1 , x2 dx2 , x3 . q x1 , x2 , x3 dx1dx3 (5. 176)
q x1 , x2 , x3 dx3 . q x1 , x2 , x3 dx1dx2
logo
q q q
Qc dx1dx2 dx3 dx1dx2 dx3 dx1dx2 dx3
x1 x2 x3
(5. 177)
q q q
dV
x1 x2 x3
Portanto,
Qc divq dV (5. 178)
284
Usando a lei de Fourier:
q k (5. 179)
logo
Qc k k k dV (5. 181)
x1 x1 x2 x2 x3 x3
2 2 2
Qc k 2 2 2 dV
x1 x2 x3 (5. 182)
k 2 dV
2 2 2
2 (5. 183)
x12 x22 x32
Portanto,
dQc
k 2 (5. 184)
dV
Se não há fonte de calor mas apenas uma distribuição de temperatura ao redor e no interior de
um volume temos então:
2 0 (5. 185)
285
5. 13 – Equação da 1ª Lei da Termodinâmica
Figura - 5. 25.
D
U K E P QC QS
(5. 186)
Dt Energia Energia Potencia Calor Calor
Potencial Dissipada
Cinética Condução Radiação
onde
D v
P K E Tij i dV (5. 187)
Dt x j
qi
Qc dV (5. 188)
xi
Temos:
D D KE v q
U K E Tij i dV i dV QS (5. 189)
Dt Dt x j xi
logo
DU v q
Tij i dV i dV QS (5. 190)
Dt x j xi
286
Fazendo a energia interna dU u dV onde u é a energia interna por unidade de volume
temos:
DU D u dV Du
dV (5. 191)
Dt Dt Dt
D dV
0 (5. 192)
Dt
Du v q
dV Tij i dV i dV QS (5. 193)
Dt x j xi
Fazendo
dQS
qS QS qS dV (5. 194)
dm
Logo
Du v q
dV Tij i dV i dV qS dV (5. 195)
Dt x j xi
Du v q
Tij i i qS (5. 196)
Dt x j xi
Du
tr TD divq qS (5. 197)
Dt
287
5. 14 – Desigualdade de Entropia
dm dV (5. 198)
D D
dV dV (5. 199)
Dt Dt
D d D
(5. 200)
Dt dV Dt
288
5. 15 - Exemplos e Aplicações
289
5. 16 - Exercícios e Problemas
290
Capítulo – VI
O SÓLIDO ELÁSTICO
RESUMO
Neste capítulo será visto
6. 1 - Objetivos do capítulo
i) Entender
6. 2 - Introdução
291
6. 3 – A Teoria da Elasticidade
292
6. 4 – Propriedades Mecânicas
E (6. 1)
v d (6. 2)
a
Isotropia
Mesmas propriedades em qualquer direção
Anisotropia
Homogeneidade
Mesmas propriedades para qualquer partícula.
Não-Homogenenidade
Módulo Volumétrico
Tij ij (6. 3)
e
Tnˆ tn (6. 4)
k (6. 6)
e
293
d V
e (6. 7)
dV
Ensaio de Torção
Figura - 6. 1.
Mtl
(6. 8)
I p
294
6. 5 – O Sólido Elástico Linear
T T E (6. 9)
Na notação indicial
295
Pode-se fazer com liberdade:
C1112 C1121
C1113 C1131 (6. 13)
C1123 C1132
logo
sendo
temos:
Cijkl C jikl
(6. 18)
6 6
296
Exemplo 5.2.2
a)
b)
1 1
U Tij Eij Cijkl Eij Ekl (6. 20)
2 2
Solução
O sólido elástico satisfaz:
Tij
Cijrs (6. 22)
Ers
Logo
Tij U 2U
Cijrs (6. 23)
Ers Ers Eij Ers Eij
Trs U 2U
Crsij (6. 24)
Eij Eij Ers Eij Ers
2U 2U
(6. 25)
Ers Eij Eij Ers
logo
297
Cijrs Crsij (6. 26)
Sendo:
a)
U
Tij (6. 27)
Eij
U
Tij dEij dEij dU (6. 28)
Eij
como
Temos:
U U U
dU dE11 dE12 ... dE33 (6. 30)
E11 E12 E33
logo
mas
então
2dU Cklij Ekl dEij Eij dEkl (6. 35)
298
2dU Cklij d Eij Ekl (6. 36)
Portanto,
1
U Cklij Eij Ekl (6. 37)
2
299
6. 6 – O Sólido Elástico Linear Isotrópico
Figura - 6. 2.
sendo
Então
Logo,
ou seja, Cijkl é invariante, ele tem as mesma componentes qualquer que seja o sistema de
coordenadas.
A única possibilidade é dada por:
300
ij kl
ik jl tensores de 4a ordem Invariantes (6. 44)
il jk
Portanto,
Substituindo ( ) em ( ) temos:
Logo
Fazendo 2 obtemos:
Lembrando que:
logo,
T eI 2 E (6. 52)
301
Tnˆ eInˆ 2 Enˆ (6. 53)
que é igual a:
Mas
e E1 E2 E3 (6. 56)
E1 (6. 57)
T1 E1 E2 E3 2 E1
T2 E1 E2 E3 2 E2 (6. 58)
T3 E1 E2 E3 2 E3
302
6. 7 – Módulo de Young, Coeficiente de Poisson, Módulo de
Elasticidade Transversal, Módulo Volumétrico
Sendo
logo
Tij e
Eij ij (6. 61)
2 2
logo
Tkk
e (6. 64)
3 2
Portanto,
Tij Tkk
Eij ij (6. 65)
2 2 3 2
ou
1 Tkk
Eij Tij ij (6. 66)
2 3 2
T1 T2 T3 0 (6. 67)
303
1 T1
E11 T1 11
(6. 68)
2
3 2
1
logo
T1
E11 (6. 69)
3 2
1 T1
E22 T2 (6. 70)
2 3 2
22
0 1
logo
1 T1 E1
E22 (6. 71)
2 3 2 2
1 T1
E33 T3 33 (6. 72)
2 3 2
0 1
logo
1 T1 E11
E33 (6. 73)
2 3 2 2
T1 3 2
Ey (6. 74)
E11
Mas o módulo de Poisson é:
E22
v
E11 2
(6. 75)
E33
v
E11 2
Portanto,
304
1
E11 T11 v T22 T33
EY
1
E22 T22 v T33 T11 (6. 76)
EY
1
E33 T33 v T11 T22
EY
1
E12 T12
2
1
E13 T13 (6. 77)
2
1
E23 T23
2
EY
(6. 78)
2 1 v
logo
1
Eij 1 v Tij vTkk ij (6. 79)
EY
T12 T T
G 13 23 (6. 80)
2 E12 2 E13 2 E23
onde
1
E I 3 I (6. 82)
2 3 2
305
1 3
E I (6. 83)
2 3 2
sendo
3
e tr E (6. 84)
3 2
então
3 2
k (6. 85)
e 3
logo
2
k (6. 86)
e 3
306
6. 8 – Equação da Teoria da Elasticidade Infinitesimal
Tij
ai Bi (6. 87)
x j
Figura - 6. 3.
pode-se assumir
xi X i (6. 88)
Estão implicitas
ui ui
1 (6. 89)
X i xi
Dado que:
xi X i ui (6. 90)
onde
ui
Como por hipótese, é desprezível temos:
x j
ui
vi (6. 92)
t
307
Dvi vi v
ai vj i (6. 93)
Dt t x j
vi 2ui
ai 2 (6. 94)
t t
então
dV o
1 Ekk (6. 97)
dVo
logo
o
(6. 98)
1 Ekk
o (6. 99)
2ui T
o 2 o Bi ij (6. 100)
t x j
308
6. 9 – Princípio da Superposição
Seja u 1 e u 2 dois possíveis campos de deslocamento de um corpo sólido, e B 1
e B 2 e T 1 e T 2 , os correspondentes forças de corpo e campo de tensão.
Figura - 6. 4.
Se u 1 é compatível, então ele deve satisafazer a equação do movimento:
1
2ui1 1 Tij
o o Bi (6. 103)
t 2 x j
E por msua vez u 2 , também
2
2ui 2 Tij
o 2
o Bi 2 (6. 104)
t x j
sendo
1
t T nˆ
1 (6. 105)
e
2
t T nˆ
2 (6. 106)
Somando-se ( ) e ( ) , ( ) e ( ), obtém-se:
2ui1 2ui 2
o 2 2
o Bi Bi
1 2
1
Tij Tij
2
(6. 107)
t t x j
309
1 2
1 2
t t T T nˆ (6. 108)
O que garante isso é a linearidade da equação do movimento em termos de u , B e T.
310
6. 10 – Onda Plana Irrotacional
Figura - 6. 5.
u1 u1 x1, t
(6. 109)
u2 u3 0
Vejamos:
u1
E11 ; E22 E33 0 (6. 110)
x1
1 u u
E12 1 2 0 (6. 111)
2 x2 x1
1 u u
E13 1 3 0 (6. 112)
2 x3 x1
1 u u
E23 2 3 0 (6. 113)
2 x3 x2
u1 u u
T11 2 1 2 1
x1 x1 x1
(6. 114)
u
T22 1 T33
x1
311
T12 e 12 2 E12 T13 T23 0
(6. 115)
0 0
2ui Tij
o
t 2
x j x j
eij 2 Eij (6. 116)
Para i = 1,
2u1 T11 u
o 2
2 1 (6. 117)
t x1 x1 x1
2u1 2u1
o 2 2 2 (6. 118)
t x1
ou
2u1 2 2u1
(6. 119)
t 2 o x12
2u1 2
2 u1
c L (6. 120)
t 2 x12
onde
2
cL (6. 121)
o
312
6. 11 – Onda Plana Equivolumial
Figura - 6. 6.
u1 u3 0
(6. 123)
u2 u2 x1 , t
E11 0 ; E33 0
E22
u2
0
(6. 124)
x2
Portanto,
e tr E 0 (6. 125)
1 u u 1 u2
E12 1 2 (6. 126)
2 x2 x1 2 x1
1 u u
E13 1 3 0 (6. 127)
2 x3 x1
1 u u
E23 2 3 0 (6. 128)
2 x3 x2
313
Levando à Lei de Hooke temos:
u2
T12 2 E12 2 T21 (6. 130)
x1
2ui Tij
o 2 (6. 132)
t x j
2 u2 2 u2
o 2 (6. 134)
t 2 x12
2u2 2
2 u2
cT (6. 135)
t 2 x12
onde
cT (6. 136)
o
u2 g x1 cT t (6. 137)
314
onde
1/ 2
cL 2
(6. 138)
cT
cL cT (6. 139)
315
6. 12 – Extensão Simples
Considere uma barra fabricada por extrusão, por exemplo, conforme mostra a
Figura - 6. 7.
admitindo que:
u1 u1 x1
u2 u2 x2 , x3 (6. 140)
u3 u3 x2 , x3
Tij
0 (6. 141)
x j
Da Lei de Hooke
Tij e ij 2 Eij (6. 142)
e
u u j
Tij e ij i 0 (6. 143)
x j x j
i) Para i = 1:
316
T1 j u u u u u j
1 2 3 ij 1 0 (6. 145)
x j x j x1 x2 x3 x x
j 1
e
ui
xi
onde
ui
e (6. 146)
xi
logo
T1 j 2u1 2u1 2u1
0 (6. 147)
x j x12 x12 x12
e
T1 j 2u1
2 2 0 (6. 148)
x j x1
i) Para i = 2:
T2 j u u u u u j
1 2 3 ij 2 0 (6. 149)
x j x j x1 x2 x3 x j x2
u
e i
xi
onde
ui
e (6. 150)
xi
logo
T2 j 2 u2 2u2 2 u3
2 0 (6. 151)
x j x22 x22 x2x3
e
T2 j 2 u2 2u3
2 2 0 (6. 152)
x j x2 x2x3
i) Para i = 3:
317
T3 j u1 u2 u3 u u j
ij 3 0 (6. 153)
x j x j x1 x2 x3 x j x3
u
e i
xi
onde
ui
e (6. 154)
xi
logo
T3 j 2 u3 2 u3 2u3
2 0 (6. 155)
x j x22 x22 x2x3
e
T3 j 2 u3 2u3
2 2 0 (6. 156)
x j x3 x2x3
Solução
De (1) temos:
u1 C1 x2 C2 (6. 157)
e
T11 T11 x2 , x3 (6. 159)
e
u u u u
T22 1 2 3 22 2 (6. 160)
x1 x2 x3 1 x2
e
T22 T22 x2 , x3 (6. 161)
Analogamente
318
T33 T33 x2 , x3 (6. 162)
e
u u
T12 1 2 0 (6. 163)
x2 x1
e
T13 0 (6. 164)
e
u u u u u
T23 1 2 3 23 2 3 (6. 165)
x1 x2 x3 1 x3 x2
e
u u
T23 2 3 T23 x2 , x3 (6. 166)
x3 x2
Para x1 0
e
T eˆ2 T12eˆ1 T22 eˆ2 T32 eˆ3
(6. 168)
T eˆ2 T22 eˆ2
e
Tnˆ 0 (6. 169)
onde
nˆ n1eˆ1 n2eˆ2 n3eˆ3 (6. 170)
e
T n1eˆ1 n2eˆ2 n3eˆ3 n2Teˆ2 n3Teˆ3 (6. 171)
e
n2 T12eˆ1 T22 eˆ2 T33eˆ3 n3 T13eˆ1 T23eˆ2 T33eˆ3 0 (6. 172)
319
n2T12 n3T13 eˆ1 n2T22 n3T23 eˆ2 n2T32 n3T33 eˆ3 0 (6. 173)
e
n2T12 n3T13 0
n2T22 n3T23 0 ; n2 , n3 (6. 174)
n T n T 0
2 32 3 33
Como
T23 0 T22 0
(6. 175)
T32 0 T33 0
Analisando
Figura - 6. 8.
e
T2 j T21 T22 T23
0 (6. 177)
x j x1 x2 x3
T22 u2 u
2 3 0 (6. 178)
x2 x2 x2 x3
u2 u
2 3 f x3 (6. 179)
x2 x3
u2 C1 x2 f x3 C2
1 (6. 180)
u3 g x3 C
320
Por outro lado,
T23 u3 u
2 2 0 (6. 181)
x3 x3 x3 x2
u3 u
2 2 c * g x2 (6. 182)
x3 x2
Portanto,
u2 C1 x2 C2
* * (6. 184)
u3 C1 x3 C2
Logo,
T22 C1 C2 C3 C2
(6. 185)
T22 C2 0
T11 C1 C2 C3 C1
(6. 186)
T11 C1
T33 C1 C2 C3 C3
(6. 187)
T33 C3
u u u u u
T23 1 2 3 23 2 3 (6. 188)
x1 x2 x3 0 x3 x2
321
u2 u3
T23 0 (6. 189)
x3 x2
0 0
continuando da interrupção. De
n2T22 n3T23 0
(6. 190)
n2T32 n3T33 0
Portanto,
E o tensor de tensão é:
T11 0 0 0 0
T 0 0 0 0 0 0 (6. 192)
0 0 0 0 0 0
u1
T11 e
x1
u2
T22 e 0
x2 (6. 193)
u3
T33 e 0
x3
3 e e
e 3 (6. 194)
e (6. 195)
3
i)
u
T11 1 (6. 196)
3 x1
322
Então
u1
(6. 197)
x1 3
e
u1 3
(6. 198)
x1 3
u1 2
(6. 199)
x1 3
Portanto,
u1 2
(6. 200)
x1 3
Então
2
u1 x1 (6. 201)
3
ii)
u2 u
T22 e 2 0 (6. 202)
x2 3 x2
u2
(6. 203)
x2 3
Então
u2 x (6. 204)
3 2
iii)
u3 u
T33 e 3 0 (6. 205)
x3 3 x3
323
u3
(6. 206)
x3 3
Então
u3 x (6. 207)
3 3
324
6. 13 – Torção de uma Barra Cilíndrica
Figura - 6. 9.
v r (6. 208)
ou
du d
v r (6. 209)
dt dt
logo
du d r (6. 210)
e
u x2 eˆ2 x3eˆ3 (6. 212)
Portanto,
u1 0
u2 x3 (6. 213)
u3 x2
onde
325
x1 (6. 214)
1 u u 1 '
E12 1 2 ' x3 x3 (6. 216)
2 x2 x1 2 2
1 u u 1 '
E13 1 3 ' x2 x2 (6. 217)
2 x3 x1 2 2
1 u u 1
E23 2 3 0 (6. 218)
2 x3 x2 2
onde
'
T12 2 x3 ' x3 (6. 221)
2
'
T13 2 x2 ' x2 (6. 222)
2
326
Tij
0 (6. 224)
x j
Para i 1
Para i 2
Para i 3
Portanto,
C1 x1 C2 (6. 229)
T n2 eˆ2 n3eˆ3 n2T12 n3T13 eˆ1 n2T22 n3T23 eˆ2 n2T32 n3T33 eˆ3 0
(6. 232)
logo
327
n2T12 n3T13 0
n2 T22 n3T23 0
0
(6. 233)
n2T32 n3 T33 0
0
logo
t ' x3eˆ2 ' x2 eˆ3 (6. 236)
Figura - 6. 10.
R tdA ' x3eˆ2 dA ' x2eˆ3dA (6. 237)
A A A
328
R tdA ' x3 dAeˆ2 ' x2 dAeˆ3 0
A
A
A
(6. 238)
0 0
e
M o x2eˆ2 x3eˆ3 ' x3eˆ2 ' x2eˆ3 dA (6. 240)
A
e
M o ' eˆ1 x22 x32 dA ' eˆ1 I P
A
r
2
(6. 241)
Momento de
Inércia Polar I P
e
M o ' I P eˆ1 (6. 242)
e
M o M t eˆ1 (6. 243)
Portanto,
Mt
' (6. 244)
IP
329