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Anarcocapitalismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Anarcocapitalism o (também conhecido como anarquism o de liv re m ercado, [1 ][2 ] anarquism o libertário, [3 ][4 ]
anarquism o de propriedade priv ada[5 ] ou anarcoliberalism o)[6 ] é uma filosofia política capitalista que promov e a
anarquia entendida como a eliminação do Estado e a proteção a soberania do indiv íduo atrav és da propriedade priv ada e do
mercado liv re. [2 ][5 ][7 ][8 ] Em uma sociedade anarcocapitalista, a educação, a saúde, bem como a polícia, os tribunais e
todos os outros serv iços de segurança pública seriam fornecidos por concorrentes priv ados em v ez de impostos, e o
dinheiro seria fornecido de forma priv ada e competitiv a num mercado aberto, inclusiv e o uso de moedas correntes .
Portanto, as ativ idades pessoais e econômicas no anarcocapitalismo seriam reguladas atrav és de gestão e direito priv ado, e
não pela lei da gestão política. [9 ]
Os princípios da ética política dos anarcocapitalistas geralmente decorrem da idéia de autopropriedade e do princípio da não
agressão, que significa, respectiv amente, o direito ao domínio sobre si mesmo e sua propriedade e a proibição de coerção ou
fraude contra as pessoas e seus bens. [7 ][1 0 ] Os anarcocapitalistas consideram que o direito à propriedade é o único que
pode materialmente pagar direitos indiv iduais e que a existência do Estado é contraditória com a existência de ambos os
direitos. Na ética política anarcocapitalista, o importante é como a propriedade é adquirida, mantida e transferida; o que
indica que a única maneira justa de adquirir uma propriedade é atrav és da apropriação original baseada no trabalho, troca
v oluntária (por exemplo, comércio e doação). Embora o objetiv o do anarcocapitalismo seja maximizar a liberdade
indiv idual e a prosperidade, essa ideia reconhece os acordos solidários e comunais como parte da mesma ética
v oluntária. [1 1 ] A partir dessas premissas, os anarcocapitalistas deriv am como consequência lógica a rejeição total do Estado
como uma instituição que exerce o monopólio do poder sobre os habitantes de determinada região (em geral:
país/nação/reino), onde seus representantes de gov erno afirmam ser legítimo e a adoção da liv re iniciativ a, onde as
agências priv adas ofereceriam um mercado de serv iços empréstimos e segurança pública incluídos para os indiv íduos.
Índice
Princípios
Nãoagressão
Livre empresa frente ao Estado
Propriedade privada
Autopropriedade e apropriação original
Propriedade comum
Meio ambiente
Armas
Lei e ordem
Variantes do anarcocapitalismo
História e origens
Liberalismo clássico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anarcocapitalismo 1/19
29/03/2018 Anarcocapitalismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
Anarquismo individualista americano do século XIX
Escola austríaca
Outros idiomas
Exemplos históricos
Irlanda céltica
Islândia medieval
Pensilvânia primitiva
O Velho Oeste Americano
Internet
Críticas
Do minarquismo
Do anarquismo clássico
Estabilidade jurídica
Literatura
Não ficção
Ficção
Símbolos
Ver também
Notas
Referências
Bibliografia
De caráter anarquista reconhecido
Anarquismo individualista
Anarquismo em geral
Rejeição do caráter anarquista
Ligações externas
Em espanhol
Em português
Princípios
Nãoagressão
Eu defino a sociedade anarquista como aquela em
“ que não há possibilidade legal de agressão
coercitiva contra a pessoa ou propriedade de
” O termo anarcocapitalismo foi
cunhado em meados da década de
qualquer pessoa. Os anarquistas opõemse ao
1950 pelo economista e filósofo
Estado, pois tem seu próprio ser em tal agressão, ou
político Murray Rothbard. [1 9 ]
seja, a expropriação de propriedade privada através
Outros termos usados por esta
de impostos, exclusão coercitiva de outros
filosofia são:
prestadores de serviços de defesa em seu território e
todos as outras depredações e restrições baseadas • Capitalismo antiestatal.
nesses dois focos de invasão de direitos individuais. • Mercado antiestatal
• Anarcoliberalismo
— Murray Rothbard em Society Without a State [24].
• Anarquismo capitalista
O anarcocapitalismo, tal como definido por Rothbard e outros, baseiase
• Anarquismo de mercado
fortemente no princípio da não agressão:
• Anarquismo libertario [2 0 ]
• Anarquismo de liv re mercado
O axioma básico da teoria política libertária postula
“ que todo homem se possui, possuindo soberania
absoluta sobre seu próprio corpo. Com efeito, isso
” • Anarquismo indiv idualista [2 1 ]
• Sociedade de lei priv ada [2 2 ]
possuído, apropriado ou que "se mistura com o • Capitalismo radical [2 2 ]
trabalho". Com base nesses axiomas gêmeos • Anarquismo de direita [2 3 ]
propriedade de si mesmo e apropriação original a • Capitalismo sem estado
justificativa para todo o sistema de títulos é • Sociedade sem estado
construída em uma sociedade de mercado livre. • Liberalismo sem estado
Este sistema estabelece o direito de cada pessoa a • Libertarismo anarquista
sua própria pessoa (autopropriedade), o direito de
doar, dar herança e, consequentemente, o direito
de herdar e o direito à troca contratual de títulos de
propriedade.
— Murray Rothbard, em Law, Property Rights, and Air Pollution [25].
Rothbard, um dos principais teóricos do anarcocapitalismo durante o século XX, defende a tese de "possuirse" pela
eliminação lógica das únicas duas alternativ as: um grupo de pessoas pode possuir outro grupo de pessoas, ou que ninguém é
mestre absoluto de si mesmo. Ambas as alternativ as não produzem uma ética univ ersal (que se aplica igualmente a todos os
seres humanos), ou seja, uma lei natural justa, capaz de gov ernar tudo, independentemente do lugar e do tempo. A única
alternativ a v álida, então, segundo Rothbard, é o princípio da autopropriedade, que segundo ele é ao mesmo tempo
axiomático e univ ersal. [2 6 ]
Em geral, podese dizer que o axioma da não agressão é uma proibição contra o início de v iolência ou da ameaça de uso de
v iolência contra pessoas (ou seja, v iolência direta, assalto, assassinato, etc.) ou contra a propriedade legítima (roubo,
fraude, impostos). [2 7 ] A iniciação da v iolência é geralmente referida como agressão ou coerção. A diferença entre
anarcocapitalistas e outros libertários liberais é basicamente dev ido ao grau de compromisso com este axioma. Por
exemplo, os liberais minarquistas, ou clássicos, preserv ariam o Estado (com sua agressão inerente) de forma limitada e com
esferas de ação mínimas, cujas funções consistiriam apenas em defesa nacional, segurança pública, ordem interna, direito e
justiça. Em contraste, os anarcocapitalistas rejeitam mesmo esses nív eis de interv enção estatal nas instituições sociais e
definem o Estado como um monopólio coerciv o da legislação e o uso legítimo da v iolência e, que esta é a única entidade na
sociedade que obtém sua renda atrav és de agressão legal, uma entidade cuja existência v iola o axioma central do
anarcocapitalismo. [2 6 ]
Alguns anarcocapitalistas como Rothbard aceitam o axioma da não agressão por uma justiça moral ou natural intrínseca. É
em termos do axioma da não agressão que Rothbard define o anarquismo como um sistema "que fornece sanções não legais
para tais agressões [contra pessoas ou propriedades]" e "o que o anarquismo propõe é a abolição do estado, a abolição da
instituição regularizada de coerção agressiva". [2 8 ] Numa entrev ista ao New Banner, Rothbard afirma que "o capitalismo é
a expressão mais completa do anarquismo e o anarquismo, a expressão mais completa do capitalismo. Não só eles são
compatíveis, mas você não pode ter um sem o outro. O verdadeiro anarquismo será o capitalismo, o capitalismo real será
o anarquismo". [2 9 ] Em alternativ a, outros como Dav id Friedman usam uma perspectiv a consequencialista, em v ez de
afirmar que a agressão é intrinsecamente imoral, argumentam que uma lei contra a agressão apenas pode surgir de um
contrato entre partes mutuamente interessadas, que concordam desta forma para absterse de iniciar a v iolência entre si.
Livre empresa frente ao Estado
Para o anarquismo capitalista, o axioma da não agressão encontra aplicação
na liv re iniciativ a e sua negação no Estado. Eles sustentam que o poder
estatista é uma fonte de corrupção, priv ilégio e agressão, e tem como eixo o
monopólio da segurança pública e defesa nacional, e que estes não constituem
uma categoria de bens e serv iços diferentes dos outros e, portanto, assim,
podem ser produzidos de forma mais eficiente por empresas priv adas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anarcocapitalismo 3/19
29/03/2018 Anarcocapitalismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
anarcocapitalistas usam este termo, é uma interpretação "neolockeana" ou "anarcolockeana" da propriedade, para não ser
confundido com o capitalismo de estado, monopólio, mercantilismo oligárquico (economias cartelizadas), capitalismo de
compadrio ou com economias mistas contemporâneas, em que, de acordo com anarcocapitalistas, incentiv os e
desincentivos do mercado são distorcidos pela interv enção do Estado. [3 2 ]
Eles, portanto, rejeitam o estado com base no pressuposto de que estados são entidades agressiv as que roubam propriedade
(atrav és de impostos e desapropriações), pelo o uso da força, são monopólios obrigatórios do uso de forças defensiv as ou
repressiv as, usam seu poder de coerção para beneficiar empresas e indiv íduos à custa de outros, criam monopólios e
restringem o comércio. O capitalismo libertário proposto pelos anarcocapitalistas postulase como uma ideologia
indiv idualista e uma economia de mercado contrária ao que chamam de "capitalismo real", "capitalismo autoritário" ou
capitalismo de Estado. [3 1 ]
É teorizado que, sem a interv enção do Estado, grandes empresas corporativ as seriam reduzidas ou, pelo menos,
suplantáv eis em qualquer momento dev ido à liv re concorrência. Ou seja, se uma empresa líder existe para um bem ou
serv iço em particular, é suposto ser porque os consumidores decidiram ou porque o fornecedor tem controle dos recursos
sob propriedade priv ada e nunca porque essa situação tenha sido atingida coercitiv amente, seja por imposições legais ou
por ameaças ou v iolência física.
Propriedade privada
Autopropriedade e apropriação original
Os anarcocapitalistas definem a autopropriedade como o direito de cada
pessoa possuir propriedade sobre seu próprio corpo, enquanto que, atrav és
O anarcocapitalismo geralmente usa
do princípio da apropriação original, estabelece que cada pessoa é a
os seguintes termos:
proprietária legítima de todos esses recursos sem proprietário anterior, no
• Anarquism o: filosofia que se
qual ele realizou alguma forma de trabalho. Nas palav ras de HansHermann
opõe a todas as formas de coerção
Hoppe:
(incluindo a oposição ao Estado).
• Contrato: um acordo v oluntário
Cada um é o proprietário legítimo de seu próprio
“ corpo físico, bem como de todos os lugares e bens
naturais que ele ocupa e que ele usa em seu corpo,
” v inculativ o entre pessoas.
• Coerção: força física ou ameaça de
força física contra pessoas ou
com a única condição de que ninguém mais ocupou
propriedades.
os mesmos lugares ou usou as mesmas
mercadorias anteriormente. Esta propriedade em • Capitalism o: um sistema
locais e propriedades "apropriados originalmente" econômico no qual os meios de
por uma pessoa implicam o direito de usar e produção são de propriedade
transformar esses lugares e mercadorias de priv ada e onde o inv estimento, a
qualquer forma que considere conveniente, com a produção, a distribuição, a renda e
única condição de que, como consequência, não os preços são estabelecidos atrav és
altere a integridade física de lugares ou mercadorias da operação do mercado liv re em v ez
originalmente apropriados por outra pessoa. Em do gov erno.
particular, uma vez que um bem foi apropriado pela • Mercado liv re: um mercado em
primeira vez, usando a frase de Locke "misturar que todas as decisões relativ as à
seu trabalho com o bem", a propriedade em tais transferência de dinheiro, bens
lugares ou bens só pode ser adquirida por meio de (incluindo bens de capital) e serv iços
transferência voluntária contratual do título de uma são v oluntárias.
propriedade anterior para um futuro proprietário. • Fraude: induzir alguém a
— HansHermann Hoppe, "economista austríaco" e filósofo compartilhar algo de v alor por meios
anarcocapitalista em: Ética rothbardiana [33].
desonestos.
Esta é a raiz dos direitos de propriedade no anarcocapitalismo. Os • Estado: uma organização que taxa
anarcocapitalistas defendem o direito de cada pessoa aos frutos de seu e trabalha atrav és a coerção
trabalho, independentemente de sua necessidade ou a de outros. Depois de agressiv a, sistematizada e
ser criado pelo trabalho, a propriedade só pode mudar as mãos de forma institucionalizada.
legítima quando é trocada v oluntariamente (por outra propriedade • Voluntário: qualquer ação, não
produzida anteriormente, por mão de obra) ou quando é distribuída ou
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anarcocapitalismo 4/19
29/03/2018 Anarcocapitalismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
Os anarcocapitalistas da tradição Rothbardiana são proprietários, isto é, que consideram a propriedade como um direito
natural deriv ado da propriedade de si mesmo (v er: teoria da propriedadetrabalho). De acordo com a filosofia Lockeana, os
anarquistas do mercado liv re acreditam que a propriedade só pode ser originária do trabalho e pode legitimamente mudar
de mãos somente por troca ou presente. [3 4 ][3 5 ] Em qualquer caso, John Locke Tinha uma "condição" que diz que o
apropriador de recursos dev e deixar "o suficiente e tão bom em comum... para os outros". Os anarquistas do mercado
Rothbardianos não concordam com essa condição, afirmando que o indiv íduo pode originalmente apropriarse do tanto
quanto ele deseja misturando seu trabalho, e continua sendo sua propriedade até ele decidir de outra forma. [3 4 ][3 5 ] Eles
chamam isso de "NeoLockeano". [3 5 ][3 6 ] Os anarquistas libertários v êem isso como consistente com sua oposição ao início
da coerção, uma v ez que apenas as terras inapropriadas podem ser tomadas. Se algo não for apropriado, não existe um
apropriador original contra o qual a coerção está sendo iniciada. E eles não pensam que a simples reiv indicação gera
propriedade. Os anarcocapitalistas aceitam formas v oluntárias de propriedade coletiv a, que significa propriedade aberta ao
acesso de todos os indiv íduos. [3 7 ]
Propriedade comum
Embora os anarcocapitalistas sejam conhecidos por defenderem o direito à propriedade priv ada (seja indiv idual ou não
pública), a propriedade coletiv a não estatal também pode existir em uma sociedade anarcocapitalista. [3 8 ] Assim como uma
pessoa v em possuir algo sem um proprietário misturando seu trabalho com ele ou usandoo regularmente, muitas pessoas
podem se tornar proprietárias de uma coisa em comum, misturando seu trabalho junto com ele, no sentido de que ninguém
pode apropriálo como seu. Isso pode ser aplicado a estradas, parques, rios e partes dos oceanos. O teórico anarcocapitalista
Roderick Long dá o seguinte exemplo:
Considere uma aldeia perto de um lago. É comum que os aldeões caminhem até o lago para
“ ir pescar. Nos primeiros dias da comunidade, era difícil chegar ao lago por causa de todos os
arbustos e galhos caídos ao longo do caminho. Mas ao longo do tempo, uma trilha toma
”
forma, não por esforços coordenados, mas simplesmente como resultado de todas as
pessoas andando ali a cada dia. A trilha é o produto do trabalho, não o trabalho de qualquer
pessoa, mas de todos juntos. Se um aldeão determinado a aproveitar os benefícios do
caminho recém aberto cria uma porteira com pedágio, isso violaria os direitos de propriedade
coletiva que os moradores ganharam juntos.
— Roderick Long [39].
No entanto, uma v ez que a propriedade que é coletiv a, ela tende a perder o nív el de responsabilidade que é encontrada na
propriedade indiv idual, na medida em que existe um maior número de proprietários ou para tornar essa responsabilidade
proporcionalmente mais complexa os anarcocapitalistas às v ezes têm desconfiança e tentam ev itar arranjos comunitários
intencionais, embora estes, como mostrado, não entrem de forma alguma em conflito com sua ideologia e são mais uma
questão de critérios particulares.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anarcocapitalismo 5/19
29/03/2018 Anarcocapitalismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
A priv atização, a descentralização e a indiv idualização das responsabilidades são objetiv os anarcocapitalistas. Mas em
alguns casos, eles não só fornecem um desafio, mas eles mesmos consideram impossív el. Estabelecer rotas oceânicas é um
exemplo comum de bens considerados como de propriedade priv ada difícil. O negativ o e o contraditório de sua ideologia é a
coletiv ização estatal ou forçada (supostamente em nome da "maioria") que fortalece o poder e a legitimidade do gov erno, nas
quais as contas são entregues a terceiros e não entre as partes e não há responsabilidade particular.
Meio ambiente
Os gov ernos centrais geralmente tendem a defender ações ou censuras contra poluidores para beneficiar o "pov o" ou a
"maioria". No entanto, a economia cartelizada e poluente das corporações recebe subsídios gov ernamentais (capitalismo
corporativ o), como a indústria pesada altamente poluente que obtém subsídios legais e econômicos de políticos sob o
argumento de criação de empregos ou incentiv os ao inv estimento priv ado. [carece de fontes ?]
Armas
O anarcocapitalismo opõese a toda coerção e, portanto, defende a liv re posse de armas. [4 0 ] Embora a propriedade priv ada
permita aos seus legítimos proprietários decidirem se outros podem entrar ou não em suas propriedades portando armas.
Lei e ordem
Na teoria anarquista libertária, a lei e a ordem pública de uma sociedade v oluntária podem ser proporcionadas por um
mercado competitiv o de instituições priv adas que oferecem segurança pública, justiça e outros serv iços de defesa, [4 1 ] "a
alocação priv ada da força, sem uma controle central". [4 2 ] Um mercado onde existem prov edores de segurança e de direito
concorrentes para clientes que pagam v oluntariamente e que desejam receber serv iços, em v ez de indiv íduos tributados
sem seu consentimento para quem um prov edor de monopólio é designado. [4 3 ] A crença entre os anarquistas do mercado
liv re é que essa competição tende a produzir serv iços jurídicos e de polícia mais baratos e de melhor qualidade, incluindo
"uma alta arbitragem boa e imparcial de reiv indicações de direitos em conflito". [4 4 ]
O anarquismo de mercado desenv olv ido por Murray Rothbard teoriza uma sociedade onde os prov edores de justiça
competem por clientes (lei policêntrica, agência de defesa priv ada) e onde a lei é baseada em leis naturais ou leis negativ as.
Dav id Friedman propõe o anarquismo de mercado onde, além da segurança proporcionada pelo mercado, a própria lei é
produzida pelo mercado. [4 5 ]
Variantes do anarcocapitalismo
A adoção do anarquismo de mercado liv re com propriedade priv ada e ausência de lei estatal foi desenv olv ida pelo
economista e historiador americano Murray Rothbard, que foi o primeiro a teorizar o anarcocapitalismo. "Um aluno e
discípulo do economista austríaco Ludwig v on Mises, Rothbard, combinou o laissezfaire de seu professor com a v isão
absolutista dos direitos humanos e a rejeição do Estado que ele adotou ao estudar anarquistas indiv idualistas americanos do
século XIX, como Ly sander Spooner e Benjamin Tucker". [4 6 ] No anarcocapitalismo de Rothbard, em primeiro lugar, hav eria
a implementação de um "código legal libertário mutuamente acordado, que seria de aceitação geral e a que os tribunais se
dobrariam". [4 7 ] Este código reconheceria a soberania indiv idual e a nãoagressão como direitos inalienáv eis, esta
concepção do anarcocapitalismo baseiase em argumentos jusnaturalistas.
[4 9 ]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anarcocapitalismo 6/19
29/03/2018 Anarcocapitalismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
os pontos libertários". [4 9 ] HansHermann Hoppe usa a ética argumentativ a para fundar o "anarquismo da propriedade
priv ada" [5 0 ] e está mais próximo da v isão de Rothbard sobre a lei natural. Nem todos os defensores do anarquismo
capitalista autodenominamse anarcocapitalistas, por exemplo, Wendy McElroy prefere usar o termo
"anarcoindiv idualismo". [5 1 ]
Os anarcocapitalistas têm v isões v ariadas de como eliminar o Estado. Rothbard defendeu o uso de táticas nãoimorais
disponív eis para alcançar a liberdade. [5 2 ] Os agoristas, seguidores da filosofia de Samuel Edward Konkin III [5 3 ] propõem
eliminar o Estado praticando resistência fiscal e o uso de estratégias ilegais de mercado negro chamadas contraeconomia até
que as funções de segurança pública do estado possam ser substituídas por concorrentes de liv re mercado.
História e origens
Liberalismo clássico
A primeira fonte para apoiar a teoria moderna da anarquia de
mercado é o liberal clássico John Locke, que argumentou que, à
medida que as pessoas misturam seu próprio trabalho com recursos
não possuídos, eles tornam esses recursos sua propriedade. As
pessoas podem adquirir nov as propriedades trabalhando em
recursos não apropriados ou negociando produtos criados. Essa
ideia é usada por anarcocapitalistas para explicar por que a
soberania da propriedade priv ada contradiz a soberania do estado.
Molinari argumentou que o monopólio da segurança causa altos preços e baixa qualidade. Ele disse em Les Soirées:
O monopólio do governo não é melhor do que qualquer outro. Um governo gerencia bem e
“ não faz isso especialmente barato, quando não há competição a temer, quando os
governados são privados do direito de escolher livremente suas regras... A produção de
”
segurança inevitavelmente se torna onerosa e ruim quando está organizada como
monopólio.[56]
A inclinação de Molinari pelo anarquismo do mercado liv re é baseado na economia e não na oposição moral ao Estado. [5 7 ]
A tradição liberal antiestadista na Europa e nos Estados Unidos continuou após Molinari nos primeiros escritos de Herbert
Spencer, bem como em pensadores como Paul Émile de Puy dt e Auberon Herbert.
Anarquismo individualista americano do século XIX
O teórico da lei natural, o adv ogado Ly sander Spooner, é considerado entre os principais predecessores do
anarcocapitalismo e mais próximo da ideia contemporânea por sua doutrina legal. [5 8 ][5 9 ] Em 1845, Spooner escrev eu um
ensaio radical contra a escrav idão, Unconstitutionality of slavery. Estabelecido firmemente na tradição da lei natural
enfrentou, desde o início de sua carreira profissional e ideológica, os monopólios protegidos pelo Estado, em 187 0 escrev eu
No Treason: The Constitution of No Authority, onde explica que toda legislação se opõe à lei natural e, portanto, é
criminosa. Um exemplo de sua luta contra os monopólios era o American Letter Mail Company, fundado em 1844, que
competia com o monopólio estatal do Serv iço Postal dos Estados Unidos em v iolação do "Estatuto de Env ios Priv ados", que
restringe aos Estados Unidos o transporte e a entrega de cartas por qualquer organização fora do serv iço postal. Spooner
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anarcocapitalismo 7/19
29/03/2018 Anarcocapitalismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
considerou que os monopólios eram uma restrição imoral e, apesar de ter tido algum
sucesso na redução dos preços, o gov erno dos Estados Unidos desafiou Spooner com
medidas legais, obrigandoo a cessar as operações em 1851. [6 0 ]
Seu abolicionismo lev ouo a criticar os motiv os da guerra civ il americana (1861
1865): ele entendeu que lutou pelo falso [[ideal] da União, quando dev eria ter lutado
pelo ideal da escrav idão. Spooner pensou que os proprietários de escrav os não teriam
se atrev ido a se rebelar contra um gov erno que daria liberdade ao mundo inteiro,
enquanto defendiam sua própria liberdade, os sulistas ganharam uma v antagem moral
e psicológica que os sustentou durante a guerra. Assim, em 1864, ele publicou a Carta
a Charles Sumner, na qual ele acusou os políticos do norte de ter "sobre suas cabeças,
ainda mais, se possível, do que a dos proprietários de escravos (que agiram de
acordo com suas associações, interesses e princípios declarados como donos de
escravos) repousa o sangue desta guerra horrível, desnecessária e, portanto,
culpada."[6 1 ] Ao contrário das coincidências legais, as ideias de Spooner sobre a
Lysander Spooner (18081887), o
propriedade intelectual estão em desacordo com ideias anarcocapitalistas que negam
teórico jurídico
que ideias sejam propriedades priv adas. anarcoindividualista, considerado
predecessor do
Benjamin Tucker (18541939) desenv olv eu o anarquismo indiv idualista numa série de
anarcocapitalismo, que expôs a
s posteriormente compilados no liv ro Instead of a Book (1893). Seu princípio básico lei natural como a aproximação
era que cada indiv íduo desfrutav a o máximo de liberdade compatív el com uma máxima do conceito de justiça.
liberdade igual para os outros, implicando, em particular, direitos ilimitados de
adquirir e alienar bens no mercado. [6 2 ] No antigo anarquismo da tradição americana, especialmente entre aqueles
conhecidos como "anarquistas bostonianos", há uma afirmação do v alor da propriedade priv ada;[6 3 ] comprometidos com a
idéia de um mercado liv re, que para eles não hav ia sido totalmente desenv olv ido pela distorção produzida pelos
monopólios, e que responsabilizav a principalmente o gov erno. [6 4 ] Tucker, influenciado por Josiah Warren e a teoria do
v alortrabalho, considerou que a propriedade da terra era justificáv el somente quando o proprietário estav a usando a
mesma. [6 5 ] O último, ao contrário de seu predecessor Ly sander Spooner que tradicionalmente era Lockeano em relação à
propriedade priv ada da terra (apropriação original). [6 6 ] Tucker mais tarde abandonou sua ideia de propriedade da terra e
diria que ela é legitimamente transferida pela força, a menos que especificado por contrato. [6 7 ] As teorias de Tucker sobre o
v alor de mercado e sobre a propriedade da terra sempre foi rejeitada pela doutrina econômica e jurídica anarcocapitalista.
Como Spooner, Tucker atacou os monopólios criados pelo Estado; sem um Estado, cada pessoa poderia exercer o seu direito
de proteger sua própria liberdade, usando os serv iços de uma associação de proteção priv ada, se necessário. [6 2 ] Tucker
antecipou a ideia da qual, mais tarde, ele aprofundaria o anarquismocapitalismo: essa defesa é um serv iço como qualquer
outro, um trabalho e uma mercadoria sujeitos à lei da oferta e da procura, que a concorrência prev alece, o patrocínio será
para quem oferece o melhor produto ao preço mais razoáv el e que a produção e v enda desta mercadoria agora é
monopolizada por um estado que, como um monopolista, cobra preços exorbitantes por um serv iço precário. [6 8 ] Ele
observ ou que o anarquismo que ele propôs incluiu prisões e forças armadas. [6 9 ] Tucker também lançou a ideia da
possibilidade de agências gov ernamentais financiadas por "impostos v oluntários". [7 0 ]
Escola austríaca
A Escola Austríaca de economia foi fundada com a publicação em 187 1 com o liv ro Grundsätze der Volkswirtschaftslehre
(Princípios de Economia) de Carl Menger. Os membros desta escola se concentram na economia como um sistema a priori,
como a lógica ou a matemática, e não como uma ciência empírica como a geologia. Tratase de descobrir os axiomas da ação
humana (chamada "praxeologia" na tradição austríaca) e fazer suas deduções. Alguns desses axiomas praxeológicos são:
Os seres humanos agem intencionalmente.
Os seres humanos preferem mais de um bem do que menos.
Os seres humanos preferem receber um bem mais cedo do que mais tarde, e
Cada parte de um ato comercial beneficia exante.
Mesmo nos primeiros dias, a economia austríaca era usada como uma arma teórica contra o socialismo e a política estatista.
Eugen v on BöhmBawerk, colega de Menger, escrev eu uma das primeiras críticas ao socialismo em seu tratado The
Exploitation Theory of Socialismcommunism. O economista austríaco mais influente era, talv ez, Ludwig v on Mises, autor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anarcocapitalismo 8/19
29/03/2018 Anarcocapitalismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
do trabalho praxeológico Ação Humana. Mais tarde, Friedrich Hay ek, discípulo
de Mises, escrev eu O Caminho da Servidão, afirmando que uma economia
planificada destrói a função da informação dos preços e que a autoridade na
economia lev a ao totalitarismo.
Murray Rothbard, também discípulo de Mises, foi quem tentou fundir a economia
austríaca com o liberalismo clássico e o anarquismo indiv idualista. Ele escrev eu
seu primeiro artigo defendendo o "anarquismo de propriedade priv ada" em 1949, e
mais tarde apresentou o nome alternativ o de "anarcocapitalismo". Ele era um
economista de formação, mas também com conhecimento em história e filosofia
política. Quando jov em, era considerado parte da Old Right, um ramo
antiestatalista e antiinterv encionista do Partido Republicano. Na década de 1950,
participou brev emente com Ay n Rand, distanciandose da mesma após
desentendimentos. Quando, durante a Guerra Fria, interv encionistas da National
Review, como William F. Buckley , Jr. ganharam influência no Partido Republicano
Murray Rothbard (19261995),
na década de 1950, Rothbard deixou esse grupo e formou uma aliança com grupos
afirmou: "o capitalismo é a expressão
antiguerra de esquerda, lev ando em consideração a tradição antiguerra entre
mais completa do anarquismo, e o
anarquismo é a expressão mais uma série de esquerdistas autoproclamados e, até certo ponto, mais próximo da
completa do capitalismo."[29] Old Right conserv adora. Acreditav a que a Guerra Fria estav a mais em dív ida, em
teoria, com a esquerda e imperialistas progressistas, especialmente em relação à
teoria trotskista. [7 1 ] Mais tarde, Rothbard inicialmente se opôs à fundação do Partido Libertário, mas juntouse a ele em
197 3 tornandose um dos seus principais ativ istas. Os liv ros de Rothbard, como Man, Economy, and State, Power and
Market, The Ethics of Liberty e For a New Liberty, são considerados clássicos do pensamento libertário da lei natural.
Outros idiomas
Em português, podese encontrar o Instituto Ludwig v on Mises Brasil, em flamenco o Rothbard Instituut e, em italianno,
importantes membros do Instituto Bruno Leoni, que aderem e promov em o anarcocapitalismo por meio destes institutos.
Exemplos históricos
Alguns teóricos do anarcocapitalismo apontam para exemplos históricos que têm semelhanças com sua ideologia. Embora
estas sejam sociedades extemporâneas, para a formulação dessa doutrina ou processos sociais não deriv ados dessa filosofia,
esses teóricos destacam situações reais em que a proteção da liberdade e da propriedade indiv idual foram financiadas
v oluntariamente antes de fornecidas pelo Estado atrav és de impostos.
Irlanda céltica
Um exemplo comum de uma sociedade com características anarcocapitalistas foi a da Irlanda Celta (Gaélica) na Idade
Média, dev ido ao seu sistema legal e tribunais baseados em clãs aos quais se poderia afiliar ou desligarse liv remente. [7 2 ]
Islândia medieval
De acordo com Dav id Friedman, "as instituições mediev ais islandesas tinham v árias características peculiares e
interessantes; poderiam ter sido criadas por um economista enlouquecido para testar a medida em que os sistemas de
mercado poderiam suplantar o gov erno na maioria de suas funções fundamentais". [7 3 ] Embora ele não qualifique
diretamente como anarcocapitalista, Friedman argumenta que o municipalismo islandês de 930 e 1262 apresentou "algumas
características" da sociedade anarcocapitalista, dev ido à existência de um sistema jurídico simples com segurança pública
inteiramente priv ada e capitalista, fornecendo algumas ev idências de como essa sociedade funcionaria. "Embora o sistema
jurídico islandês reconheça uma ofensa essencialmente 'pública', conseguiu dar a alguns indiv íduos (às v ezes escolhidos
entre os afetados) o direito de tomar o caso e cobrar multas, cabendo assim a um sistema essencialmente priv ado."[7 3 ]
Pensilvânia primitiva
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anarcocapitalismo 9/19
29/03/2018 Anarcocapitalismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
O estudo de Murray Rothbard sobre o período colonial dos Estados Unidos,
Conceived in Liberty, discute o momento em que a Pensilv ânia desde a época do
Holy Experiment ("Santo Experimento" dos quakers) [n ot a 1 ] entrou num estado de
anarquia e como William Penn lutou por cerca de uma década para reinstalar seu
gov erno sobre um pov o que não o desejav a. [7 4 ]
O Velho Oeste Americano
De acordo com a pesquisa de Terry L. Anderson e PJ Hill, o Velho Oeste dos
Estados Unidos, durante o período 18301900, tev e semelhanças com o
anarcocapitalismo, já que "as agências priv adas forneceram a base necessária para
uma sociedade ordenada onde a propriedade foi protegida e os conflitos foram
resolv idos", e que a percepção popular comum de que o Velho Oeste era caótico e
com pouca consideração pelos direitos de propriedade é incorreta. [7 5 ]
Interpretação do século XIX do
Althing (parlamento) da Comunidade
Internet
Islandesa, que autores como David
Para muitos anarcocapitalistas, por exemplo, aqueles ligados ao Friedman e Roderick Long acreditam
criptoanarquismo, a internet dev eria ser o exemplo de uma rede de jurisdições ter algumas características da
(com alguma semelhança com o direito policêntrico) e os conflitos seriam sociedade anarcocapitalista.
resolv idos com base no direito comum (ver: Lex mercatoria).[7 5][7 6 ] São
tomados por eles como uma metáfora para o funcionamento da interação
v oluntária (mercado), uma v ez que o conhecimento das interações infinitas entre
os indiv íduos que ocorrem todos os dias no mundo é muito superior ao que
nenhuma instituição centralizada jamais poderia lidar (ver: conhecimento
disperso).
Críticas Tratado dos quakers com os índios
delawares (lenapes), em
As críticas ao anarcocapitalismo incluem v árias categorias: aqueles que afirmam Shackamaxon, (Pensilvânia) pelo
que o anarcospolicismo não pode funcionar na prática; outros afirmam que o qual estes compraram terras dos
capitalismo precisa de um Estado coerciv o para existir (de acordo com o nativos (1682). Este pacto iniciou um
período de paz que perdurou por
minarquismo) e que uma sociedade pode ser anarquista ou capitalista, mas não
quase um século.
ambas (de acordo com o anarcocomunismo); críticas gerais à moralidade no
capitalismo e no liberalismo que podem ser aplicadas ao anarcocapitalismo; e as
críticas utilitaristas que afirmam que o anarcocapitalismo não maximiza a rentabilidade.
Do minarquismo
Alguns liberais acreditam que um sistema capitalista não poderia sobrev iv er, ou não seria eficiente, sem um Estado público e
imparcial em que todo o sistema legal que protege o capitalismo seria ameaçado pela existência de v ários Estados priv ados,
que competem uns com os outros. Eles afirmam que o capitalismo precisa de um Estado de direito para se manter estáv el.
O anarcocapitalismo foi criticado, entre outros, por Milton Friedman, que escrev eu:
“ A história sugere que o capitalismo é uma condição necessária para a liberdade política.
Claramente, não é uma condição suficiente.[77] ”
Objetiv istas afirmam que, dev ido à ausência do Estado, uma sociedade anarcocapitalista degeneraria em uma "guerra de
todos contra todos". [7 8 ][7 9 ] Outras críticas argumentam que o problema das externalidades dificulta a prestação de
serv iços de proteção em uma sociedade anarcocapitalista.
Uma crítica bem conhecida do anarquismo de liv re mercado é feita Robert Nozick, que argumentou que um sistema jurídico
competitiv o ev oluiria para um gov erno de monopólio, mesmo sem v iolar os direitos indiv iduais no processo. [8 0 ] Vários
anarquistas do mercado como Roy Childs ou Murray Rothbard rejeitaram a conclusão de Nozick (embora Childs,
[8 1 ]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anarcocapitalismo 10/19
29/03/2018 Anarcocapitalismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
posteriormente, rejeite o anarquismo). [8 1 ]
Do anarquismo clássico
A adoção do capitalismo irrestrito gera uma tensão consideráv el entre anarquistas capitalistas e anarquistas socialistas. A
diferença mais importante é o ceticismo dos anarquistas socialistas, o ramo histórico mais conhecido do anarquismo
clássico, às propostas anarcocapitalistas sobre o tema da propriedade priv ada. Embora, por outro lado, as semelhanças com
o anarquismo indiv idualista clássico sejam mais fortes e é normal considerar o anarcocapitalismo como o ressurgimento do
anarquismo indiv idual (antiestatistas e v oluntaristas antiautoritários). [8 2 ]
Apesar do reconhecimento geral do anarcocapitalismo como uma forma de anarquismo indiv idualista (v er bibliografia),
mesmo por autores que questionam essa filosofia, [8 3 ] muitos anarquistas pertencentes especificamente ao
anarcocomunismo rejeitam v eementemente a natureza anarquista do anarcocapitalismo, argumentando que O "capitalismo"
é uma forma de coerção, algo incompatív el com uma sociedade anarquista. [8 4 ]
Muitos anarcocapitalistas, por outro lado, argumentam que o anarcocapitalismo é a única forma v erdadeira de
anarquismo. [8 5 ][8 6 ][8 7 ] Alguns afirmam que as formas socialistas de anarquismo são irreais porque exigem consentimento
e benev olência de todos os membros de uma sociedade anarquista, enquanto o anarcocapitalismo surge naturalmente onde
não existe liberdade estatal e indiv idual. [8 8 ] No entanto, existem anarcocapitalistas que argumentam que, se forem
v oluntários e respeitem a propriedade priv ada, todos os sistemas poderiam coexistir na anarquia. [8 9 ]
Estabilidade jurídica
Dois dos estudiosos mais proeminentes que dedicaramse a pensar seriamente sobre as instituições jurídicas essencialmente
anarcocapitalistas são Richard Posner, juiz federal de apelações e cientista jurídico prolífico e o economista William Landes.
Em seu ensaio de 197 5, "The Priv ate Enforcement of Law", [9 0 ] discutem um gedankenexperiment (experimento mental)
anterior realizado por Becker e Stigler, no qual foi proposto que a aplicação da lei fosse priv atizada e explicam porque
consideram que tal sistema não seria economicamente eficiente. De acordo com uma resposta posterior de Dav id Friedman,
Efficient Institutions for the Private Enforcement of Law. [9 1 ]
[Landes e Posner argumentaram] que o sistema privado tinha falhas básicas que o tornava
“ inferior a um sistema público ideal, exceto por ofensas que podem ser detectadas e punidas
com custo quase zero. Eles admitem que o sistema privado pode ser preferível ao pouco
”
menos do que ideal sistema público que temos. No entanto, eles argumentam que o
predomínio da aplicação privada (da lei) contra delitos que são facilmente detectados
(principalmente ofensas civis) e sua raridade contra delitos difíceis de detectar (principalmente
ofensas criminais) sugerem que nosso sistema legal é, pelo menos amplamente, eficiente,
usando em cada caso o sistema mais eficiente.
Friedman, no entanto, prossegue argumentando que "a ineficiência que Landes e Posner demonstraram nas instituições
priv adas de aplicação da lei que descrev em, pode ser eliminada com pequenas mudanças nas instituições".
Literatura
Não ficção
Lista parcial de trabalhos essenciais sobre o anarcocapitalismo. [2 2 ]
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The Economics and Ethics of Private Property
A Theory of Socialism and Capitalism
Democracy: The God That Failed
Jesus Huerta de Soto
Socialismo, cálculo económico y función empresarial
Walter Block
Defending the Undefendable
The Privatization of Roads and Highways: Human and Economic Factors
Toward a Libertarian Society
Robert P. Murphy
Chaos Theory
Anarcocapitalismo com outras bases, linhas ou escolas de pensamento
David D. Friedman:
The Machinery of Freedom. Defesa consequencialista clássica do anarcocapitalismo.
Bruce L. Benson:
The Enterprise of Law
To Serve and Protect
Randy E. Barnett, The Structure of Liberty. As forças do mercado criam ordem legal.
Anthony de Jasay:
Jan Narveson:
Morris y Linda Tannahill:
The Mark et for Liberty. Um clássico em agências privadas de defesa.
Anarcocapitalismo revolucionario
Samuel Edward Konkin III
New Libertarian Manifesto
Visão geral
Edward P. Stringham:
Ficção
Alguns defensores do anarcocapitalismo acreditam que o tema foi tratado em algumas obras literárias especialmente de
ficção científica. Um dos primeiros exemplos disso é The Moon is a Harsh Mistress (1966) de Robert A. Heinlein, onde o
autor descrev e o que ele chama de "anarquismo racional", embora ele não fale abertamente sobre anarcocapitalismo.
Os autores de cy berpunk e póscy berpunk ficaram fascinados com a ideia da queda do Estadonação. Muitas histórias de
Vernor Vinge, como Marooned in Realtime, descrev em as sociedades anarcocapitalistas com frequência e, de forma
fav oráv el. Snow Crash de Neal Stephenson, The Diamond Age e Jennifer Government de Max Barry , Down and Out in the
Magic Kingdom de Cory Doctorow, e The Probability Broach de L. Neil Smith, também exploram ideias anarcocapitalistas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anarcocapitalismo 12/19
29/03/2018 Anarcocapitalismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
Símbolos
Anarcocapitalistas ou anarquistas libertários adotaram símbolos que representam a conv ergência das tradições anarquistas
(não estatais) e libertárias (de mercado liv re). Enfatiza a combinação aurinegra que identifica o anarcocapitalismo.
Ver também
Anarquismo e anarcocapitalismo
Anarquismo e racismo
Lista de tópicos em anarquismo
Notas
1. Holy Experiment (pt: "Santo Experimento"). Foi um projeto de organização política baseado no conceito de tolerância religiosa,
criado pelos quakers no território do atual estado americano da Pensilvânia. Durou de 1681 a 1756. (Ref. 1 (http://www.penntreat
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Ligações externas
Em espanhol
Instituto Mises Hispano (http://www.miseshispano.org/) Investigaciones y artículos libertarios desde la perspectiva
austroanarquista
Instituto Juan de Mariana (http://www.juandemariana.org/), organización académica con afinidad al anarcocapitalismo.
Em português
O que significa ser um anarcocapitalista? (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=215)
Anarco Capitalismo – Anarcocapitalistas – Anarquismo de mercado (http://www.anarquista.net/anarcocapitalismoanarcocapital
istasanarquismodemercado/)
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29/03/2018 Anarcocapitalismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
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