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TECNICA E is ul 4 f o a a ee ee NUS Ste Py ow UO es | No 200-Marco-1950 IU Fabricado pelos mals modernos pro- cessos ¢ preferido para todos os tra- balhos de responsabilidade. Sacos de papel ou de juta com 50 Kg. Barricas de 180 Kg. s Bb Cc iL COMPANHIA GERAL DE CAL E CIMERTO RUA DO COMERCIO, 56, 3° | Mais quilometragem | Mais comodidade @ Hoe MAJIBOR } GENERAL ‘SQUEEGEE Cimento «Liz» bidtotugado <1 IMPERMEABILIZAGAO DE OBRAS REBOCOS, FUNDACOES, PAREDES, ETC, Substitue com vantagem de or- onémica todos os impermeabilizadores conhecidos. Em sacos de papel de 50 quilos Pecam insirugdes para o seu emprégo Agentes em todo 0 Pais NUMERO 200 Margo — 1950 | | | a TECNICA REVISTA DE ENGENHARIA ALUNOS DO INSTITUTO SUPERIOR TECNICO Aednegio«Adninistagio: AV. ROVISCO PAIS, IST /LISBOA.N./ TEL, 70144 (nko 60) DIRECTOR JOSE MARIA AVILLEZ ADMINISTRADOR LUIZ DA CUNHA FERRAZ SECRETARIO MANUEL MARQUES MAIA BIBLIOTECARIA MARIA HELENA PORTUGAL DA SILVEIRA CORPO REDACTORIAL |ARMANDO. COUTINHO DE LENCASTRE JULIO FERREIRA LOPES MARGELINO ABREU COSTA ENRIQUE CANALES PEREIRA NWOMERO AVULSO 9800 ASSINATURAS: ‘ore ateanelro — soso 90400 * KOITOR & PROPRIETARIO ASS. DOS ESTUD. DO'LS.T. * COMPOSTO E IMPRESSO Tip. JORGE FERKANDES, Lo RUA CRUZ DOS POIAIS, 103 LusBOA UU SUMARIO CAPA—Vista geval da Fabrica «Cibrax, em Pataias. Propriedade d2 Companhia Portuguese de Cimentos Brancos Poss ials de construgdo © en- . t+ Enge José de Lucena... + 99t Estudo do circuito oscilantecom turado em regime forcado. . Eog* Manuel José de Abrew Faro... 2's ve 63g Aguas de piscinas ..... .. Eng* Joaquim José Salado 947 Absorpedo de gases - Eng? Lals A. de Alme Alves nee! 65 A Mecénica do Solo e as suas aplicagSes... . . + Bag.’ Manuel Pimentel Pe- reirados Santos... +s 97t Processes unitérios de quimica orgénica—PolimerizagSo . . Eng* Manuel Chagas Ro: guetie eee 90 Biblioteca... 6. ee ee ee Snr} OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA REVISTA SAO. DE EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DOS AUTORES, A SONDAGENS RODIO, Limitada Sondagens geolégicas, estudo da resis- téncia e permeabilidade de terre- nob; laboratério geotécnico Pesquisas de agua. Consolidacdo ¢ impermeabilizagéo de terrenos e de obras por meio de injecgées de cimento, produtos qui- micos, argila activada, emulsao be- tuminosa Shellperm, etc. Estacas de betio armado, sistema Rédio moldadas no solo sem trepidagées, Rebocos comprimidos por «cement gun» Pp © Dp i Ce Fundagées em terrenos dificeis quer por congelacdo artificial, quer por abaixamento do lencol de agua. As melhores referéncis _Sicio gerenie resitente om Portugal: no pals e no estrangeiro ‘Walter Weyermann, eno. eivit R. S. Mamede ao Caldas, 22, 3°—LISBOA es Tel, 2.0685 L | MUIR-HILL DUMPER TRANSPORTADORES BASCULANTES COM COMANDO ROTATIVO © método mais econémico de transportar materiais a granel, como podem comprovar as wnidades jA ao servigo em Portugal lil OS REPRESENTANTES EXCLUSIVOS HENRY M. F. 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TIMKEN ROLAMENTOS DE ROLETES CONICOS Antes de efectuar o seu Seguro de Vida one F BC LA EQUITATIVA (FUNOACION ROSILLO) ROLAMENTOS DE ESFERAS E ROLETES CILINORICOS Delegagt de Portugal : ‘Av. da Liberdade, 228 — LISBOA ‘A mais moderna Apélice do mercado portugues: Participagio nos lucros-— Juros «Post-Mortem Duplo capital no Renda anal : retin A Acco DESTRUIDORA DA FERRUGEM LQUULLULLULULULLLULLLLNLUOAUN TECNICA JOSE MARIA AVILLEZ binecror ANO XXVI-N.° 200 MARCO 1950 MATERIAIS DE CONSTRUCAO E ENSINO PELO ENGS Civil (LS. T) JOSE DE LUCENA 6. D. 918 ,42:691 F indiscutivelmente ‘til, mesmo indispensivel, a aprocimagio entre a Escola e ox seus antigos alunos, na meditla em que estes, através da sua experiéneia profissional, podem contribuir para 0 progresso daquela, no que reapeita aos seus programas ¢ métodos de ensino (!). Nesta conviegto, apresento a seguir alguns pontos de vista acereada orientagao do ensino superior dos emateriais de constragion, os quai assentando numa indispensével mas discutivel sistematizato ligica, : ‘sdo produto da verificagto de méiltiplas deficiéncias ¢ lacunas da 4 minha prépria formagdo téenica neste aspecto, & saida da Escola, Nao se pode, evidentemente, abstrair do cardeter pessoal das apre H ciagdes adiante feitas ; no entanto—e isto é que é importante subli nhar — através das consideragies que se sequen, pretendi cingir-me ds condigies impostas apencs pela andlise racional do problema. I—A finalidade que se atribuir ao ensino dos «materiais de construgon numa escola superior de engenharia condiciona, como é evidente, a estructuragio desse ensino 4 ©, por consequéncia, a formagio dos alunos, neste aspecto da sua futura actividades pro- j fissional. Interessa, assim, e antes de qualquer outra consideragio, definir com clareza f essa finalidade. Sempre que se torna necessirio ao engenheiro projectar um elemento qualquer (ou um conjunto de elementos) de uma construgio, hé a considerar trés etapes distintas na resolugio do problema: 18— Determinagiio da «finalidade» do elemento a projectar, ou seja de todos os esforgos e aegdes fisico-quimicas que sobre ele virko a actuar. 2.8 Escolha do material mais indicado 2 construgdo do elemento em estudo, consi- derando simultéineamente os factores «resisténcia aos esforcos ¢ acgdes fisico- j ~quimicas anteriormente estabelecidos», edeformacao normal», wcuston ¢ tam- bém, por vezes, «aspecto estético». : (ty Pouce on nada se tom feito no sentido de se promover esta aprosimasKo que, podando cfectivarse sb varia- i lssimas formas (conferéncis, nguérite, ete), tanto poderia contsbuir para o progresto da Escola. TECNICA 931 — Estabelecimento da forma ¢ dimensées de elemento a projectar, de modo que este trabalhe em condigées de satisfazer, tio completamente quanto possivel, as solicitagdes acgdes fixadas nas duas etapes anteriores. |A primeira e tereeira etapes constituem, na sua quase totalidade, objecto dos méto- dos ¢ férmulas da Mectinica Aplicada (Resisténcia de Materiais e Estabilidade), pelo que nto serio abordadas aqui. Hi, pois, que considerar a segunda etape indicada — estudo projundo das propricdades t6enico-econ6micas dos materiais de constragio em relagito ao fin a que se destinam — e é este, em sintese, o objectivo do ensino superior dos «materiais de construcaoy. Il —Como seguimento légico do que atris se referiu, poderd afirmar-se que fa primeira.grande observacto a fazer, no {inicio do estudo dos amateriais de constru~ cto», 6 a de que este, sobretudo quando ministrado numa escola de grau superior, deveré dasear-se num predominante «cardcter nacional» — com 0 que se pretende significar que todos os aspectos desse estudo deverdo ser apresentados e aprofundados de modo a desper- tarem e desenvolverem nos estudantes o seu maior interesse, digamos mesmo, @ sua paixio pela andlise dos recursos e possibilidades nacionais no que respeita & exploragio, fabrica- ‘cho e aplicagao nacionais dos materiais de construgio. Num pafs que, como 0 nosso, dispde de reduzidos recursos naturais, nio pode admitir-se o desperdfcio, total ou parcial, de ‘qualquer desses recursos — e por isso o problema atrés enunciado constitui um ponto de importineia capital, decisiva, que 4 Engenharia Civil compete analisar e resolver, devendo, portanto, ser insistentemente chamados para ele o interesse e a atenco dos alunos. ‘Ao abordar-se, assim, 0 que poderemos, em rigor, denominar «problema nacional dos materiais de construgdo», conviré esquematizi-lo da seguinte forma : 1.°— 0 que jé se encontra realizado nos campos da exploragiio, fabricago e apli- cagio dos materiais de construgio. 2.°—O que ainda falta e é urgente realizar nos mesmos campos. Embora seja mais féeil—o que nfo significa que tenha interesse nulo—estructurar oestudo dos materiais sobre o primeiro aspecto referido, nfo restam diividas de que 6 para o segundo aspecto que se deve chamar, dum modo especial, a atengo dos estudantes. Na realidade, o aperfeicoamento das industrias de materiais de construgio jé existentes, a relacionagiio entre o nivel téenico-econdmico desses empreendimentos e as possibilidades do pais, a instalagao de indtistrias para a fabricacio de novos materiais de construgio, @, ainda, a elevacio do nivel téenico-econémico da utilizagdo dos materiais de construgao cis alguns dos muitos problemas cujo enunciado e solugio urgente deveriio passar a constituir preoeupagio dominante dos futuros engenheiros civis, se se pretender, sincera~ mente, atingir nitidos progressos neste campo da actividade da Engenharia Civil. IIT — Como reduzidissimo esquema do estudo dos materiais de construgio, pode dizer-se que estes se dividem em duas grandes categorias: os que se obtém directa- mente da Natureza, sem qualquer preparagiio especial (pedra, areia, madeira, ote.), e que poderfio chamar-se «materiais naturaisn ; ¢ os que se obtém a partir dos «materiais natu- rais», por qualquer provesso fisico, quimico, ete. (eimento, hetiio, materiais cermivos, ete). Desta classificagio muito geral ressalta imediatamente a enorme importineia que a Natureza desempenha na construgio. E volta a compreender-se, por uma via mais clara, ¢ extraordinério interesse que assume o esindo em detalhe dos recursos naturais ¢ da pos- sibilidade de exploragio desses reoursos em fungio das condigdes locais (geoldgicas, eli~ matérieas, ete.) das varias regides do pats. TECNICA 932 ac evi un co! me ne on na Pp e 1 ( 1 que vel, ito- que ado ao ais A localizagio das indistrias de materiais de constragito esti, assim, muito condicio- nada pela distribuigaio dos recursos naturais (matérias primase fontes de energia), sendo evidente que, em relagio a um mesmo material de construcio, nio possivel conseguir uma fabricagio igualmente econémica em todas as regides do pafs. I torna-se clara a conclusio de que certas indvstrias de materiais de construgio poderio desenvolver-se mais ficilmente de que outras no nosso pafs, 0 que equivale a dizer-se que 0 progresso neste campo, exige que a produgio nacional dos materiais de construgio se adapte &s caracteristicas do nosso solo, subsolo e clima, isto é, constitua uma certa especializagho nacional. Estas consideragdes sto aplicéveis, por exemplo, aos casos dos materiais obtidos a partir da cortica (de que somos os maiores produtores do mundo) ¢ do cimento (de que existem actualmente 4 e, em breve, 6 fitbricas na Metrépole, ¢ 3 nas Colénias). ‘Ao problema da localizagio das indtistrias dos materiais de construgho liga-se inti- mamente 0 do estudo dos pregos de ousto destes e, como sequéneia indispensivel, o dos precos de venda, E para ambos se tornou inadivel a intervengio do engenheiro e, por- tanto, uma preparagio adequada dos alunos de engenharia, no sentido de se avaliarem cuidadosamente todas as possibilidades téonieas de abaixamento desses pregos, 0 que cons- titui uma das condigdes de elevagio do nivel de vida nacional. E assim, por exemplo, sera sempre deficiente, sob o ponto de vista formativo, o afirmar-se, a propésito de qualquer material, que a sua utilizagio ndo ¢ econdmica, se nio se precisarem as condigtes dessa utilizagdo, isto é, se nfo se indicarem as razdes desse custo clevado, e, ao mesmo tempo, as possibilidades de um abaixamento através da melhoria das condigdes téenicas de fabri- cagiio dos mate ‘Vejamos um exemplo, A utilizagio do aluminio na construgao, antes da iiltima guerra, era em rigor impossfvel mesmo em paises de grandes possibilidades industriais eomo os Estados Unidos da América do Norte, dado o elevado prego de custo deste material. Como porém a guerra trouxe consideriveis progressos & indvistria daquele metal, a sua utilizagio tornou-se possivel j4 em escala muito razodvel. IV —Por tudo o que anteriormente se referiu tem de coneluir-se quo o ensino supe- rior dos «materiais de construgdon no pode, de modo algum, revestir-se de um aspecto meramente deseritivo. Pelo contrério, constituindo, como suponho, a «matéria basa» do curso de Engenharia Civil, deverd ter um eardcter profundamente formativo, isto 6, deveré ser ministrado de modo a deixar bem nitidas no espirito do estudante as cédeias gerais» sobre os varios materiais de construgio, o que 6 é posstvel através de um estudo compara~ tivo desenvolvido gradualmente, por indicagio das «caracterfsticas comuns» e das udife- rengas essenciais» existentes entre os varios materiais, quer sob o ponto de vista fisivo- -téenieo quer sob 0 ponto de vista econdmico, de acordo com os fins a que se destinam, em resumo, pelo «estudo eritico dos materiais de construgdo», ¢ nfo pelo seu estado exelu- sivamente descritivo, que, como é evidente, se torna intitil por nfo deixar qualquer vesti- gio, qualquer «marca formativa» no espirito do estudante. ‘A simples deserigao dos materiais de construgio , de facto, insuficiente porquanto no estimula iniciativas nem fornece os elementos basilares de qualquer estudo compara- ivo por parte do aluno, quer no aspecto fisico-mecdnieo quer no aspecto coonémico— ambos fundamentais e insepardveis na sua fatura vida profissional. Por outras palavras, torna-se indispensivel, que a mancira de apresentar o estudo dos materiais de construgio desperte no aluno pontos de vista pessoais, fomente o seu espirito eritico © desenvolva 0 seu interesse pela eficiéncia © economia da construgio, no aspecto «materiaisn — o esta preeupagio 6 incompatfvel com o predominio de um cardeter exclusivamente descritivo. Alguns exemplos ajudario a compreender os pontos de vista que defendo. Assim, ‘em ‘nada se contribui para a formagio do aluno quando se afirma que um determinado material 6 bom isolador do calor ou impermedvel 2 humidade, se nfo se analisar em deta- TECNICA 933 Ihe, pelo menos nalguns casos, o mecanismo fisico da condutibilidade térmica e da per- meshilidade, Niko se pretende, com isto, afirmar que devam ser expostas, no decorrer do tnsing dos materiais de construgio, as bases tedricas daqueles mecanismos fisicos, por- quanto essas bases devem ser adquiridas pelo aluno na cadeira de Fisien. Deve sim dar-se 2 cote a oportunidade de apliear coneretamente esses conhecimentos ao estndo dos mate- tiais de construgio, quer por explicagio pormenorizada do proprio professor nos oasos ais compleros, quer através de exerefcios de aplicagio (aulas priticas) nos ensos mais simples, ou, pelo menos, acessiveis ao aluno. E também completamente imitil, mesmo prejudicial, » deseriglo verbal dos nume- rosos ensaios a que podem sujeitar-se os materiais de construqio, se ndo se proporcionarem ‘ao aluno 08 meios de os realizar, pelo menos em grande parte. De facto, Himitando-se este tavudo dos ensaios a uma monétona descrigfo, obriga-se o aluno a um trabalho predomi- hantemente de meméria, eansativo, improdutivo e, o que parece mais grave, quase total- mente substituivel pela’ propria realizagio dos ensaios que, sfinal, constituem um dos métodos mais eficientes de criar e desenvolver o espfrito critico anteriormente referido. V—Emm conclusio de tudo o que acaba de expor-se, pode dizer-se que o ensino superior dos «materiais de construcdo» so apresenta com verdadeiro sentido o utilidade navionais apenas quando ministrado com um earfcter simulténeamente #éenico e econd- mica} e esta orientago, para ser fecunda, sob o ponto de vista formativo, deverd basear-se nos seguintes prinefpios fundamentais: 1°— Aplicagio constante dos conhecimentos adquiridos na cadeira de Fisica ao ecindo dos materiais de construgio, através de estudos erfticos comparativos, ‘niio s6 em atilas tedrieas mas também, e muito especialmente, em aulas pré- ticas (). 2.°— Estudo econdmico comparativo de todos os materiais estudados. 3.2—Conjugagiio dos dois elementos atris indieados—espirito fisico © eardcter ccondmico — de modo a contribuir-se para a criagho do «clima» que tornaré possivel o despertar nos alunos do gosto pela investigagio cientifiea aplicada fos materiais de construgio, fomentando-se assim as vocagies que Ho neces- sarias se estio tornando neste campo da actividade técnico-cientifico nacional. Parece ser esta, no conjunto e em muito breve resumo, a orientaglio que per- mitird tornar o ensino dos materiais de construgdo» num ensino simultaneamente vivo, profundo, © com utiidade nacional; ¢ a inion via pela qual seré, entko, possivel dir aoe Faturos engenheiros eivis uma formagio profissional compativel com a necessidade da sus intervengao na melhoria do nivel econdmico do pais através do estado do abaixamento do custo da constragio, da resolugto do problema da habitagio e doutros igualmente importantes. Lishoa, Fevereiro de 1950. (4) Em men entender, 0 desenvolvimento que esta orientagho ligicaments obrig, justfen plenamento a separa do don easinos dos emateriais de construsdov, 30 dos eproccasn erais de conatruion tanto mais que este iltimo, para vip eiiont, abriga também a um razaavel desenvolvimento o revela, por outro lado, a nesessidade da existncia, no nino dov materia de conetrundon, de verdadeiras aulas pritieas de exercicios ¢ ensaios laboratoriais TECNICA 934 Estudo do circuifo oscilante com bobina de nucleo de ferro saturado em regime forcado PELO ENG. ELECT. (I S.t) MANUEL JOSE DE ABREU FARO Assistonte do L. 8. T. ©. D. 538,554.2 © trabalho que agora publicamos é, sem alteragito aensivel, © mesmo que foi apresentado para a obtencao do diploma a que se refere 0 artigo 44. do Regulamento do Instituto Superior Técnico. ae A parte experinental deste estudo foi realizada, durante o 1.2 semestre do ano de 1949 no Laboratbrio de Medidas Bléctricas 6 do Instituto Superior Téenico tendo-se utilizado 0 seu material. se ‘Antes de iniciar esta publicagto desejamos testenunhar ao Ex. Professor Doutor-Engenkeiro Carlos Ferrer Moncada 0 nosso profundo agradecimento nito 86 pelos conselhos ¢ ensinamentos que oe nos deu mas ainda por. ter eriado no Laboratorio as condigies on necessdrias para a realizagito do presente trabalho. Introdugdo no laboratério para verificagio da. teoria exposta. No presente trabalho estuda-se «o cireuito Na segunda parte faremos referéncia a ter oscilante com bobina de nticleo de ferro um processo aproximado de tratar 0 pro- saturado em regime forgado. Este cireuito apresenta para determi- nados valores das grandezas que caracte- rizam os sens elementos, um comportamento interessante que foi evidenciado pela pri- meira vez por Martienssen. ‘Além do interesse teérico que possa apre- sentar, 0 circuito considerado intervéim ainda dum modo digno de relevo nas insta- ages eléctricas do dominio industrial, onde ‘© vamos encontrar realizado desde que se operem nas referidas instalagdes certas alte- ragdes que provéim, na generalidade dos casos, de manobras erradas ou avarias. Nestas circunstincias 0 comportamento do referido circuito determina o estabeleci- mento brusco de sobretensdes importantes. Consia este trabalho de trés partes: na primeira fazemos um estudo tedrico do eir- cuito e apresentamos os resultados experi- mentais das medidas eléctricas efectuadas blema e que é usual, analisando-se a impor- tincia dos erros que introduz. Finalmente preencheremos a tereeira com uma relagdo das instalagies eléetricas onde o estabelecimento das referidas sobre~ tensdes 6 mais frequente. O sistema de unidades utilizado foi o sis- tema pritico electromagnético de Maxwel; deste modo o fluxo viré expresso numa uni- dade que nao tendo designagiio prépria re- presentaremos pelas suas dimensdes [v. 8] Noragons Designamos por : R—resisténcia em série no circuito C—capacidade em s6 i —valor instanténeo da cor do fluxo total ligado com a bobina ECNICA, 935 ¢—valor instantiineo da tensio aplicada Gey @p» €n—Valores instantineos das que- das de tensio no condensador, bobina e resistencia. Letras maitisoulas afectadas do indice m — ‘Amplitude da harménica da ordem 2 da respectiva grandeza Eq, Ecs «+ Letras maitisculas afectadas do indice «ef» — Valor eficaz da respectiva grandeza Tass Ener) Eos Letras maitisculas encimadas por um trago — Amplitudes complexas em notagio simbélica Be - Outras designagdes que se usem serio definidas no momento oportuno. 1 PARTE 1—Circuifo oscilante com bobina de nicleo de ferro saturado Para melhor compreensio do assunto que ‘vamos tratar, indicaremos dum modo breve em que consiste 0 comportamento especial do referido cironito, as causas que o deter- minam e algumas das prineipais proprie- dades. ‘Na fig. 1 representam-se as caracterfs- tions Ey — f (Ly) para diversos valores da capacidade e para R = 0, supondo-se que a pulsagiio » da tenso @, é constante © que se trata sempre da mesma bobina, Como se vé, as caracterfsticas nfo sfio ineares e deformam-se & medida que C’ diminui,existindo um valor de C=C, que separa dois tipos de caracterfsticas. ‘Assim para C>G, as caracteristions apresentam uma zona decrescente enquanto que para CO, RC,. ‘A existéncia de resisténcia no circuit atenua a zona decrescente, Deste modo, 0 conjunto bobina-capacidade intervém como factor de origem enquanto que a resisténcia intervém como factor de desaparecimento em relagio a um dado conjunto. Dam ‘modo grosseiro podemos explicar este tipo de caracteristicas. Consideremos a sinusoide equivalente & corrente i, ou seja uma corrente sinusoidal nse alo oe Re wee Fa las ‘eo ito no ia to ar com a pulsagio da fundamental que tenha © mesmo valor eficaz de i a qual, como vere mos, no é sinusoidal ‘Teremos entio as equagdes: ). Bee = RPG + (Bou — Pew? Co) B @) A fungio By =f (Ix) traduziré 0 efeito da saturagho, indo tragada qualitativamente na fig. 3. Consideremos agora o caso de ser R. seré: Exet= Eby —Ecgy Neste caso, a caracteristion Exar = f (Iu) pode obter-se facilmente : basta subtrair as ordenadas correspondentes de (2) (3) cons- trugko que vai foita na fig. 3. Fig. 8 Para obter a caracteristica no enso de existir resisténcia, bastar4 adicionar vecto- rinlmente para cada valor de I, a diferenga sq — Eey com o valor RI, obtendo-se entio caracterfsticas cujo andamento é 0 mesmo das anteriormente tragadas. Esta construgio, embora grosseira tem a vantagem de fazer ressaltar com simplici- dade a esséncia do fendmeno, e constitui um process aproximado de tratar 0 py blema, que ser analisado na devida altura, Expliquemos ainda, rapidamente, o esta- belecimento brusco de sobretensdes. Consideremos uma caracteristica (fig. 2) em queC>C, RR. Suponhamos um estado de equilfbrio (Bx, I)) na 1. zona erescente, ¢ admitamos que se aumenta dum modo permanente ou momentineo Ex para Ex’ > Exqrs Como se verifica facilmente este estado 86 & possivel na segunda zona crescente. Pois bem, na realidade o regime de funcionamento estabelece-sebruscamente nesta zona e nela permaneceré mesmo que Ex diminua exigindo-se apenas que Ex > Exes Deste modo, passa-se dum regime de fracas correntes I’, para outro de correntes clevadas I", 0 condensador fica sujeito a uma sobretensio que 6 medida mproximada~ mente mente por , 8 sobretensio na bobina seré menor devido ao efeito da saturacio, Estas sobretensdes sfio méximas no caso de sor R= 0 e atenuam-se & medida que R aumenta como & evidente (fig. 2). Todos estes pontos serdo elucidados no seguimento do trabalho terminando aqui a introdngio que querfamos fazer. 2 —Meétodo utilizedo O método que seguimos no estudo do re~ ferido circuito consistiu em tomar como dado fundamental a lei de variagio £(°, i)—=0 da corrente que atravessa a bobina com o fluxo total ligado com esta, lei que deter- minimos empiricamente. Em seguida fize- mos intervir esta relagio nas equagdes de valores instantineos que regem 0 compor- tamento do circuito. ‘Nao tomémos em consideragio as perdas no ferro e admitimos ainda que a lei de varingo f (9, i)=0 6 independente do modo como qualquer destas grandezas vs no tempo, TECNICA 937 3—Lei de variagdo (7, i) =O Existem diversas relagdes que traduzem dum modo aproximado a lei de variacko £(2, i)==0 em bobinas de micleo de ferro saturado. Dentre as que conhecemos destacamos & de Dreyfas que relaciona a induegio b com a corrente i aaretg@ityi 4 qual podemos fazer corresponder dare tg flip i. Esta expresso 6 a que melhor traduz a lei de variagao f (?, i)=0. Existem outras relagdes que permitem também uma boa representagio desta lei de variagio sko por exemplo as de: Frolieh + Qualquer destas siltimas tem o inconve- niente de nio ser uma fungito impar, condigio aque satisfaz como sabemos a lei de variagio £(2,i)—0 desde que i varie simetrica~ mente em relagdo ao valor zero, Deste modo so ineémodas de utilizar na resolugao das equagses. Por outro Indo hé conveniéncia em tomar- mos como inedgnita fundamental o fluxo e, sendo assim, também no usamos a expressfio de Dreyfus mas uma do tipo areas + as que também é usual. 0 facto de & priori podermos estabelecer © tipo de fung&o que deve traduzir a lei de variagio f (2, i)—=0 esté em que, d referida lei corresponde uma lei g (b, i)—=0 que & sensivelmente a mesma para as diversas chapas magnéticas que habitualmente se usam na construgio dos nticleos. TECNICA 938 4—Determinagéo experimental da lei de 30 do fluxo com a correnie A fim de verificar os resultados teéricos determinémos para uma bobina a lei de variagio £(?, )=0. Esta determinagao foi feita a partir de curvas obtidas num oscilégrafo de raios catédicos que foram fotografadas ¢ amplia- das a escala conveniente. Usémos dois processos ; qualquer deles exige duas tenstes respectivamente propor- cionais ¢ em fase com a corrente € com 0 fiuxo, distinguindo-se no modo como utilizi- mos essas tensdes no oscilégrafo. Passamos a indicar a montagem que per- mite obter as duas tensdes exigidas. Consideremos 0 esquema n.° 1. Esquema pratico: atom Para obter uma tensio proporcional i corrente ¢ tomaremos a tensio aos terminais da resistencia ohmica pura Seri Rai A tensio Vy proporeional a > conse~ gue-se utilizando a tensiio aos terminais do condensador C, para valores conven de G, By. Desprezando a queds ohmic: teremos as equagdes @ tes na bobina 4 finde Cr e@ de 208 de de ia- Jes or- aie er- la ais se. do ites ll escolhermos R, e C, de modo a po- fis dt dermos desprezar [1% em relagio a Ry iy teremos ag at Ri ig de e portanto i, proporcional a Sendo assim a tensfio e,, aos terminais do condensador ser’ piudt 1 4) ej =ft= ‘ SG TRG Cometemos dois erros. O primeiro deve-se & aproximagio feita na equagio (2), 0 se- gundo ao facto da bobina nfo ser percorrida pela corrente i mas sim pela corrente i—i. Os valores adoptados foram os seguintes: R~5o Ry ~ 32.400 2 O12 10yF A experigneia foi feita para uma tensto ¢ corrente de valores eficazes respectiva- mente : Bef 52A f=50 H, ‘A reactincia correspondente a C, é para 318 0 0 Hs Valor que em relagio a R, é x. ¥. _. 0,008 = 1% Tr Valor oficaz da corrente i dé: tof = © = 0,0061 A Valor que em relagio a I dé: 0,0012 I Ost Perante estes valores conclui-se que sio despreziiveis os erros cometidos. Convém notar que a tensio e, nfo é sinu- soidal devido A queda de tensfo na resi LINUUUN téncia R, facto que de tomarmos em consideragiio a vari curva £(9, i)=0 com a form no tempo. Vejamos agora como utilizar as tensdes Ve, Vy prozamos por nao gio da como 9 varia Procnsso I—Consiste na aplicagiio ts placas verticais do oscilégrafo da tensio Vo ¢ As horizontais da tensiio V; No ecran aparecer4 a curva f (9, ¥ com a corrente em abcissas e o fluxo em ordenadas. ‘A fotografia da curva obtida figura na foto (1). A fim de obtermos as escalas convenien- tes aferimos o oseilégrafo impondona mesma fotografia as escalas de aferigio, Aferigdto da escala de corrento— Fizemos atravessar a resisténcia J por uma corrente sinusoidal pura de valor cfieaz 7A; deste modo obtivemos no oscilégrafo um trago correspondente ao dobro do valor méximo da corrente 2> | Oita) siz | 129 | 408 4 | 80 | 1786 | G10 > | o'g03 | sig2 | 161) 484 5 | ae | ist4 | 105 | > | ofsa2 | 4355 | 1,98 | 487 6 | 40 | 1890 ) 805 2 | olaso | os | 222 | 8,00 7 45 | 1942 | 892 | > | osm | 975 | 207 | 5,00 8 5,0 | 1984 | 1006 | | > | 0808 | 645 | 2,86 | 4,99 h Evidentemente que a funglo ima, 2+ Doquadro de valoresn.° 3 tira-se para gy» tomando a média dos resultados mais pro- ximos 0 valor de: oe) Boy H4o 16 a= 15,7 AVS Substituindo este valor na equagio (3) fe supondo a, 0 achamos fora a; 0 valor médio de: y=OlTAV Deste modo a {6rmula empfrica assim determinada 6: 0,77 ¢ + 15,7 9 Enquanto que a dada pelo processo ante- rior era 1 = 0,6 9 + 16,5 98 Verifica-se, portanto, uma boa concordan- cin, 26 08 coeficientes de ? se afastem um poco, Corresponde portanto esta formula Pio a uma aproximagio’da formula empf- Tien atrés determinads, mas a uma aproxi- magho da fungio £(%i) —0 que agora se far doutro modo embora préximo do que primeiro achamos. ‘Toda a parte do trabalho que se segue utiliza a formula i= 0,69 + 16,5 9 nee ‘Perminamos aqui o que queriamos dizer sobre a determinagho da lei de variagio f(¢, i)=0, on seja o dado experimental fem que apoiamos 0 estudo que se segue. TECNICA 946 + ay 9 +a, P ndo pode traduzir dum modo completo para todas as saturagdes a lei de variagio £(?,i)=0 contudo, permite-o fazer para as saturagdes normais dentro das aplicagdes préticas que interessam 0 nosso estudo. ‘A fim de dar uma ideia das saturagées com que trabalhdmos juntamos as caracte- ristieas da bobina utilizada. Caracteristicas da bobina utilizada ‘Usdmos como bobina o enrolamento dum transformador monofiisico com as seguintes caracterfsticas ‘Tensfio de servigo — 150/110 V Corrente — w/is A Utilizdmos 0 enrolamento de 150 volts. ntimero de espiras determinado por me- didaseléctricas 6 de 210 aproximadamente. Secgfio do micleo — 32 cm? ‘Tomando para coeficiente de utilizagio da chapa 0,9 determindmos a indugio correspondente a um finxo total ligado, de valor maximo 1 V.8. Desprezando ofiuxo de dispersio obtém-se uma indugdo de 16.500 Gauss, ‘Fste valor, embora nao seja garantido com rigor dé-nos uma ideia aproximada da indugao com que traball:dmos, tendo-se tra- gado uma eseala que estabelece a corres: pondéncia do fluxo com « induct (gréfico da fig. 4). (Continua) a4 ATELIERS NEYRET-BEYLIER & PICCARD-PICTET GRENOBLE LABORATORIO DE ENSAIOS HIDRAULICOS EQUIPAMENTOS DE QUEDAS DE AGUA HIDRAULICA AGRICOLA ~ REGA EQUIPAMENTOS DAS GRANDES BARRAGENS | Rodgs para turbinas «FRANCIS» de 96,000 CV ¢ 28,000 CENTRAL DE CORD! EM PORTUGAL: LABORATORIO DE HIDRAULICA _ NA AMADORA R, Viee-Almirante Jodo Aniénlo de Azevedo Coutinho AMADORA Tele[. YENDA NOVA 48 ii lll! ACABA DE APARECER FORMULARIO MATEMATICAS GERAIS Pelos Eng.” Fernando Jdcome de Castro Afonso Rodrigues J. Fernandes Livro de grande ulilidade para téonioos, matemdtioos e estudantes contendo MATEMATICAS ELEMENTARES GEOMETRIA ELEMENTAR TRIGONOMETRIA PLANA ELEMENTOS DE ANALISE E ALGEBRA SUPERIOR GEOMETRIA ANALITICA GEOMETRIA NO ESPACO RESOLUCAO GRAFICA DE EQUACOES Preso SOgoo , (Desconto de 10%, aos nossos assinantes) EDICAO DA TECNICA ’ HHMI AGUAS DE PISCINAS ALGUMAS PALAVRAS SOBRE A SUA ESTERILIZACAO PELO ENG. MECANICO (1.s.t) JOAQUIM JOSE SALGADO As Aguas nio esterilizadas das cnvas de natagio transformam-se ripidamente em depésito duma intensa flora mierobiana ¢ em receptécnlo duma quantidade incaleuli- yel de porearias diversas. Sio, em primeiro lugar as algas, de numerosas e microsed- pieas variedades, que nela encontram um meio favorével ao seu desenvolvimento. A elas se juntam intimeras colénias micro- bianas, especialmente de ordem fecaldide, sobretudo 0s colis, levados pelos banhistas, alguns deles sendo poriadores de germens infecciosos, Assinalaremos ainda a presenga nessas Aguas de mucus, de saliva, de suor, de urina em grande quantidade, e de outros humores iquidos, carregados muitas vezes de virus que saem do corpo humano. ‘Todo este conjunto constitui um meio propicio & propagagio das infeccdes. Por esse motivo as cuvas de natagio cujas guas no sio bacterioldgicamente depuradas, se transformam num verdadeiro perigo para a sade piblien, contriria- mente ao fim higiénieo que, ao erif-las, se tem em vista. ‘A esterilizagio das dguas das cuvas de natagio impée-se portanto de forma impe- riosa. Para a realizar é necessiirio dispor-se um processo qne ofereca toda a seguranga, Os processos de esterilizngho das Aguas agrupam-se em fisicos e quimicos. Os fisi- ‘008, que recorrem ao calor, \ electrieidade ou aos raios ultravioletas, apresentam, no caso de que nos estamos ocupando, muito pouco interesse em comparagiio com os pri cessos quimicos. Nada diremos sobre a este- G, D. 628: 797.2 rilizagio pelo ealor pois ela nko é pratica- mente aplicivel a massas de Agua tio importantes como aquelas que haveré que movimentar. Quanto & esterilizagio pela clectricidade, diremos que nao tem obtido sucesso pritico. A decomposigio por clectricidade duma solugio de sal das covinhas e a adigao do Uquido obtido & gua a esterilizar, ov ainda a passagem da propria agua entre dois electrodes com tensdes diferentes, niio re- presentam, no fim de contas, mais que a pro- dugio de cloro e de hipoclorito, que é muito mais simples e econdmico adicionar-Ihe di- rectamente (sobretudo no nosso pais em que © Kih ainda tem um tio elevado prego de venda). © ‘inico proceso que mereceria reter a nossa atengio, é 0 que utiliza os raios ultra-violeta; é elegante, simples ¢ tem sobretudo a 'vantagem de nfo introduzir qualquer corpo novo na figua. Mas, segundo a opinido de autoridades nn matéria como © «Conseil Supérieur d’Hygiine de France», apresenta muitos defeitos. Os aparelhos de produgiio de raios ultt -violeta so infelizmente delicados e, ps © seu emprego em grande escala, exigem uma vigilincia constante, porque: a) A gua a tratar deve ser clara, sem coloragio, privada de substincias coloidais e de matérias corantes de origem orgiinica, pois os raios so muito rhpidamente absor- vidos pelos corpiisculos em suspensio ; d) As Itmpadas de quartzo com vapor de merctirio, mesmo novas, exercem efeitos bactericidas muito irregulares, E necessirio controli-las ¢ ainda por cima, A medida que TECNICA 947 vito sendo utilizadas, a sua eficitneia di- minui, ‘As cangas de cheque sfio numerosas, © por isso 0 contréle bacteriolégico deve ser continuo. Por estas razdes a esterilizagio por raios ultra-violeta no tem conseguido generali- zar-se. Passaremos portanto aos processos qui- mieos que nos parece interessante serem detalhados, pois alguns deles sito universal~ mente aplicdveis no sofrendo qualquer tica fundada. Os corpos quimicos baetericidas a empre- gar devem, acima de tudo, niio ser nem téxicos nem mesmo prejudiciais para o homem; nfo devem comuniear 4 agua qualquer gosto, cheiro, ou cor. Pritica- mente hoje, para grandes volumes de égua, sdmente so empregados os oxidantes, que slo os que melhor respondem as condigdes impostas ao fim em vista, ou seja 0 ozon0, © cloro ¢ os compostos clorados. Antes porém de entrarmos na apreciagio do valor de tais oxidantes, parece-nos que serd interessante dizer algumas palavras acerca do emprego de certos metais que encontram por vezes o seu campo de apli- cagiio em casos particulares, ¢ para o tra~ tamento de quantidades de agua relativa- mente redusidas, Foi em 1870 que Raulin verificou pela primeira vez que o «Aspergillus Niger» niio podia desenvolver-se num vaso de prata, Desde a mais velha antiguidade, os homens observaram a acgio desse metal. Hérodoto ensina-nos que o grande rei persa Gyrus que vive hi 2.500 anos, se fazia acompanhar, no decurso das suas guerras, por equipagens transportando gua fervida congervada em cisternas de prata. Naegeli em 1893 e Vincent em 1895 no- taram a acgio téxica exercida sobre os mieroorganismos por vestigios de prata de cobre, Esta acgio téxica, que se mani- festa com muito fracas quantidedes de cortos metais ou dos seus sais, foi designada pelo nome de «acco oligodinamicay por Naegeli e de «poder antiséptico» por Vin- cent, A primeira designagio é a mais vul- garmente ewpregada para marcar a des- proporgko que existe entre a pequena quan- tidade de metal activo e a grandeza dos efeitos obtidos. ‘A primeira proposta de aplicagio foi feita por Vincent, em 1894, ao ministro da guerra do sen pals, preconizando o emprego, pelos exéreitos, de depésitos de paredes prateadas munidos de agitadores cobertos igualmente de prata. Esta primeira pro- posta, que aliés nfo foi aceite, deu lugar, estes tiltimos anos, a realizagdes bastante mais pritieas, porque 0 escolho do proceso Vincent, & 0 longo espago de tempo neces- sirio para obter a esterilizagio da agua, mesmo que no haja em vista sendo atingir os germens patogénicos, mais sensiveis acgio do metal que os germens banais. Para diminuir, tanto quanto possivel este espago de tempo, Krause utilizou a prata sob uma forma especial : uma prata soprada, de estructura lamelar, incorporada num suporte conveniente, tal comopedagos de por- celana ou um filtro Berkefeld, caja acgio de- purante assim se prolonga indefinidamente. Mas, como no final, sio os ies metélicos o suporte das propriedades oligodinémicas, Krause aperfeigoon 0 seu proceso ¢ tor nou-o aplicével ‘a maiores caudais introdu- zindo na Agua os ides de prata emitidos pela passagem duma corrente eléctrica num fio ot numa placa daquele metal. Todos sabem que a passagem duma corrente eléc- trica através dum fio de prata servindo de anodo, dissolve estn; & nisto que se resume toda a celectro-katadinizagiion que permite obter mais rhpidamente uma Agua estéril que a simples imersio dum pedago de prata. ‘A quantidade de metal necesséria para esterilizar uma gua poluida depende da composigio quimica desta; certos sais, os cloretos especialmente, entravam a reacgio, que depende também ¢ sobretudo das maté- rias absorventes eventualmente em suspen- sio na gua tratada. Reeonheceu-se uma acgio bactericida com teores da ordem do gama de prata, Krause pensa contudo que sio necessirios por Tine vul- des- yan- dos foi oda ego, odes srtos pro- gar, ante vess0 2ees- gua, ngir sis D este mata ada, num por ode- ente. licos icas, tor- odn- tidos num odos elée- lode sume mite gril vrata. para, ego, nate spen- cide, vrata. strios 26 gamas por litro de gua lmpida para se obter a sua esterilizacho. Apesar desta realizago pritiea, o dom{nio de aplicagio do processo est limitado, em vista do tempo relativamente longo ainda necessrio para com ele se obter uma este- rilizag&o perfeita. E especialmente aconse- Ih4vel quando se trata de conservar a égua durante muito tempo, porque se a Agua armazenada tornada estéril por vestigios de prata, nfo contém corpos extranhos em dissoluglio ou em susponsio, conservars a sa pureza, a presenga dos ides metilicos conferindo-lhe um poder baciericida sus- ceptivel de se manifestar em caso de polui- gio secundéria acidental, através de um ozonizador composto de dois electrodos, separados ou no por dieléctricos, levados a’ win muito forte potencial (6.000 a 20,000 volts); 0 ar seco earregando-se de ozono pela acgio do efliivio 6 conduzido para os aparellios em que se estabelecerA 0 contacto com a Agua, Conforme os ozoniza- dores, a concentragiio em ozono varia entre 2a 40 gr por m’, Nao hé porém interesse em se ter mais de § mmgr por litro, O que importa sobretudo, ¢ fazer passar na agua uma qnantidade suficiente para uma con- centragio minima de 2 mmgr por litro de ar durante 4 a 5 minutos e assegurar entre 6 liquido e o gas um contacto intimo. E esta a ranio porque o ozonizador 6 Fig, 4 Rsquema do uma inst 0 do fltraso © esterilizago pelo ozono «Swimming Pool Perification» da The Patterson Engineering Company Lt, de Londres Muitas piseinas tém a sna Agua purifienda pela dissolugfio eléctriea de anodos de prata, A esterilizagio pelo ozono Este processo merece o interesse que des- perton e que ainda se mantém. No seu estado natural, 0 ozono est4 sempre dilufdo num rande volume de oxigénio: uma moléeula de oxigénio oeupando dois volumes contém dois &tomos de oxigénio, uma molécula de ozono que oeupa também dois volumes contém trés dtomos de oxigénio. & pois uma espécie de oxigénio condensado com exalta- go das suas propriedades oxidantes. Nada de estranhar ¢ portanto qne se tenha pen- sado em o utilizar para a esterilizagio das ‘guns Para a_sua produgfo, faz-se passar uma corrente de ar, que proviamente ge secon, seguido dum aparelho onde se realiza este contacto que, no proceso, re importancia. No sistema Otto — o mais fr quentemente empregado —, existem dois aparelhos ligados entre si que de certo modo se torneram clssicos. O primeiro 6 0 emul- sionador — verdadeira trompa de fgua que aspira 0 ar ozonizado. A acgio do oxono sobre a gua é de tal forma intensa que uma viva fosforeseéncia se produz no momento em. que a emulsio comega a fazer-se. O segundo 6a coluna chamada de self-contact:: simples coluna vertical por euja parte inferior se fan a entrada do ar ozonizado, Por ensaios feitos em Franca, reconheceu- -se que eram necessirios 0,5'a 1,5 gr de ovono para esterilizar 1m’ de Agua. sta quantidade aumenta porém quando éyica em matérias orgdnicas. Com Aguas turvas a esterilizagio 6 incompleta, sendo gu TECNICA 949) iudispensdvel fazer proceder a ozonizagéo duma filtragio. Certas Aguas conservam, apés coagulagao @ filtragdo, um cheiro e gosto a lodo ou terra, Este gosto o este cheiro sito destruidos pelo ozono, a desodorizaglo fazendo-se Fig. 2 Aspecto da instalagio da esterilizagio pelo ozono da Black Rock Bath, de Brighton (Inglaterra) Swimming Pool Purifeations, da The Patterson Engineering Company Lta,, de Londres acompanhar também de descoloragio: a Agua ozonizada apresenta-se com uma cor azalada que faz lembrar a das mais belas Aguas de naseente. Para que todos os resultados previstos sejam atingidos no caso das piseinas: est rilizagio, descoloragio e desodorizagio, seria necessirio que o ozono pudesse persistir na gua enquanto ela se encontra na cuva (caso do tratamento em cireuito fechado), 6 que infelizmente nfo sucede, Sem que queiramos cair num paradoxo, niio andaremos muito longe da verdade, se dissermos que a esterilizagio da 4gua das piseinas pelo ozono s6 é aconselhével, com toda a seguranga, no cago de éguas que nio tenham necessidade de tratamento por nio serem poluidas pelos banhistas. Na tealidade porém a Agua das piscinas esta constantemente a ser poluida, carre- gando-se de matérias orginicase adquirindo cor. Nestas condigdes 0 ozone cuja acgio & muito répida, fixa-se principal ¢ instan- tiineamente sobre as matérias mais oxidi- TecNica 950 yeis (isto 6 sobre as matérias orgénicas dissolvidas), nfio tendo tempo de destruir todos of compostos mais resistentes: a maté- ria dos organismos vivos. E, a propésito, devemos lembrar o facto de que uma esterilizagao incompleta é mais Instalasio de esterilizago pelo ozono das Aguas da Pis- cina Municipal de Valenciennes, feita pela «Trailigace (Soviet! Induetrielte de Traitement des Liquides et des Gi de Paris, vondo-se no primeiro plano a bateria de ozoni- zadores, sistema patentado Van Der Made, Gravara codida pola «Revista da Ordem dos Engonheiros» prejudicial que a auséncia absoluta de tra- tamento, A célula microbiana csimplesmente feridav reconstitui-se ripidamente, assis- tindo-se entioa fenémenos de revivesoéncia, isto é a um aumento de viruléncia e das faculdades reprodutoras. f paralamentar que este processo de este- lizagio apresente tXo grande inconve- niente, pois, com as qualidades que aquele elemento possui, seria muito interessante © seu emprego nas piscinas. ‘Acresce ainda o facto de que o custo da exploragio do proceso é bastante elevado, tornando-se priticamente profbitivo para paises em que o prego do Kh é vendido tio elevado como em Portugal. Por esse motivo nfo se pode tentar remediar os inconvenientes anteriormente apontados, Jangando permanentemente na agua um excesso de esterilizante, pois que tal pritica além do pouco sucesso que apresentaria, acarretava despesas de exploragio incom- portiveis. as tir sto ais TECNICA 951 Fig. 4 | eT epee Fig. A Ante-projeeto para a instalagio de tratamento da gaa das trés piseinas do Estdidio Nacional, apresentato pela extinta firma Empresa de Trabslhos Metropolitanos © Colonisis eMecotra», do Lisboa, colaborasiio com a sTrailigass (Soviet! Industrielle de Traitement des Liquides et des Gas de Paris) ‘A esterilizagéo pelo cloro e seus compostos Hi pois todo o interesse em utilizar um esterilizante de acgio relativamente lenta, que tenha tempo para destruir as e6lulas vivas antes de ser absorvido pelos compos- tos indiferentes contidos na gua, Se um agente de esterilizaciio apresenta tais quali- dades num elevado grau, se é industrinl- mente utilizdvel em condicdes simples e econdmicas, e se ainda além disso permite realizar uma esterilizagdo sem cheiro nem sabor, pode-se dizer que se atingiu a per- feigio para a solugio do problema, O emprego do cloro (sob a forma gasosa ou de hipocloritos: Agua de Javel, hipoclo- tito de cileio), tem-se imposto universal- mente em mais de 70°/, dos casos, 0 que basta para provar que se tem mostrado plenamente eficaz e que priticamente nfo tem causado acidentes dignos de mengao Seja qual for a forma por que o cloro seja empregado, do seu contacto com a agua resulta a formagio de Acido hipocloroso, e 6 ‘ob esta forma que ele é na realidade um to grande bactericida. Se se utiliza o cloro puro teremos Ch + 1,02 CLH+ CLOH TECNICA, 952 Pig. 5 Clorémetro de débito proporcional Quando ce trata de esterilizar um caudal varigvel, é in- dispensavel que a dose de cloro utilizada so mantenha rigorosamenta proporcionsl iquele caudal, Utilizam-se para esse fim dispositivos de relai bidrdulico ou pneumd- tico, Ete, Degrénont, de Parie el, din antenba lizam-se So se emprega a digua de Javel a reaegio CLONa + CO; + H0= CLO + CO;NaH Este dicido hipocloroso que reage imedia~ tamente com as matérias orginicas contidas na figna, entrado em combinagio, perderé toda a sua eficdcia, a menos que, tendo formado compostos instdveis, consiga liber tar-se de novo, pouco a pouco, mas nunca mais atingindo a concentragio inicial. da melhoria inegdvel pela mistura fntima -anida ao processo de verdunizagiio. E indispens4vel insistir neste aspecto do problema, porque ainda se veem muitas instalagdes em que o hipoclorito ge. junta & gna gota a gota, ou de qualquer outra forma descontinua, ¢ ainda por cima ou directamente para um depésito, ow para uma conduta em que a Agua nfo é animada de movimentos turbilhondrios. Este modo de aplicagio 6 errado porque obriga sempre Fig 6 Clorémetzo miltiplo Quando a estagdo de bombagem comporta viias bombas foncionando isolada ‘ou simultineamente, utiliza-se um quadro distribuidor contendo os aparelbos que podem ser comuns a todas ax bombas, tais como filtros de loro, torneiea de alta presefo, dispositivos de expansio, contador, © ainda um jogo de tornei ras de regulagio, eada uma afeetando a ea homba, assim como torneiras de automatism, funeionande igualmente cada yma em ligagio com uma determi- nada bomba, A gravara ropresonta um clordmotro dostinado a assogurar a esterilizaglo automética em ligago com trés grapos bombs. Ett, Degrémont, de Paris Tmporta portanto oferecé-lo o mais posstvel fos germens antes que se tenha perdido em reacgdes estranhas ao fim em vista. Todo 0 ‘sbraso que haja numa repartigio homogénea serd prejudicial, porque o efeito méximo para a dose utiliznda nfo poderd ser atin gido. Tal 6, estamos certos, a explicagio a0 emprego de cloro. Sea mistura da Agua com o cloro nto for intimamente feita e no préprio mome: em que ela se junta A massa a trator, as propriedades do ficido hipocloroso nao serdo eficazmente aproveitadas, dando-se TECNICA 953 ypocconenane a seguinte reacgio que elimina aquele pro- duto: 2C10MZ2C1 0 + O% conjunto de reacgdes que apresentamos permite diferentes observagdes: 1° — Em primeiro Ingar, sabe-se que 0 cloro no ge conserva na Agua: 0 éeido clorfdrico formado, se bem que em dose praticamente impossivel de se per- ceber, éimediatamente destrufdo pelos bicar- Donatos da Sgua: 2.01 M4 (COs)? Hy Oa + ClyCa + 2C0:+ 2720 2.2—A esterilizagio pela agua de Javel exige a presenga de gis carbénico e 4 menos eficaz em meio alcalino; 3°—As reacgdes parece indiearem que o cloro da agua de Javel é duns vezes mais activo que o cloro gasoso pois que um ditomo de cloro, sob « forma de hipoelorito, desen- yolve tanto oxigénio como dois étomos de loro gasoso em presenga da gua, Na rea- lidade porém, 6 preciso nfo nos esquecer- mos que a gua de Javel 6 um composto complexo, vendido segundo o seu grau clo- rométrico, Um grau clorométrico corres- ponde a um litro ow 3,17 gr de cloro gasoso por quilograma de hipoclorito (agua de Javel ou hipoelorito de eiileio). Se a solugko tem, por exemplo, o titulo de 12 graus clo- rométricos, isto nfo signifiea que ela contém 38 gr de cloro por kg, mas sdmente que a sua eficdcia 6 compardvel 4 de 38 gr de cloro gasos0. ‘Na tealidade ela contém duas vezes menos pois que uma molécula de Acido hipocloroso tem a mesma eficdeia que uma molécula de eloro, A digua de Javel sendo sempre doseada em fungo deste gran clorométrico, vé-se que a equivaléncia com o cloro gasoso se mantém completa. Ese se consome, para esterilizar certo volume de agua, um litro de agua de Javel a 12 graus seré necessério utilizar exactamente 38 gr de eloro gasoso para esta mesma esterilizagao. 0 cloro é destrufdo na agua pelas maté- rins organioas que ela contém, de tal forma TECNICA 954 que ao fim de algumas horas desaparece totalmente qualquer sinal da sua existéneia, Se a gua tem que se conservar bastante Aparelho di (tipo MSVC-M) visto com Raios X — Technical Publication 261, de Mal- lace & Tiernan Company, Tnc., de New Jeveey, B. U. A tempo nag cuvas, ou se a afluéncia de banhistas for grande, sio de receiar as con- taminagdes, © neste caso & necessirio este- rilizé-la com um produto suficientemente estdvel para so obter uma agua verdadeira- mente antiséptiea durante bastante tempo. ‘Atinge-se tal finalidade introduzindo também na agua uma certa dose de amo- niaco, Os dois reagentes unindo-se dio origem a compostos denominados clora- minas — mono, di e tricloramina —, cuj proporgio respectiva depende da concen- rece acia. ante a de con- este: aente eira- mpo. sindo amo- dio lora- cuje ren tragio dos dois constituintes ¢ do pH do meio. ‘As reacgdes produzidas sio: QNH 3+ Clee CLN UCL NU(mono) 3 NH, +2Cl=2 C1 NH+ChNH (di) BNHs4+8C0L=301NIH+CN (tri) Os primeiros ensaios deste interessante proceso efectuaram-se de 1915 a 1918, tendo-se chegado A conclusio de queaadigio do amoniaco antes da do cloro diminufa ou suprimia 0 gosto e cheiro por este provo- cados; que tornava a esterilizagio mais in Gee oon \ taf Tor view etary ter Sey RAR VIEW nagio do gosto clorado (!) ¢ por outro a conservagio na figua duma reserva bacte- ricida de cloro. As cloraminas ainda que pouco dissociadas em decide hipocloroso, ‘sfio-no o suficiente para tornarem impréprio 4 vida microbiana, o meio em que se encon- trem. Ha duas formas de juntar 0 amonfaco: Antes do cloro, é a téeniea da «preamo- nizagio» especialmente indieada para os casos de dguas de consumo, visto que tam- bém se pretende evitar o gosto e 0 cheiro. Mas se a Agua a tratar niio contém maté- rias susceptiveis de, com o cloro, the darem. © tal gosto, pode-se juntar-lhe 0 amonfaco depois do cloro, isto é fazer-se a epostamo- sive view Fig. 8 Esquemas vitios do aparstho distribuidor de esterilizante (tipo MSVC) Technical Publication 261, de Wallace & Tie lenta, 0 que tinha como consequéncia tor- né-la mais completa do que a obtida pelo cloro, quando sdzinho, ¢ até mesmo que ela se conseguia com uma dose inferior. © potencial de oxidagio das cloraminas & menos elevado que o do cloro; por con- sequéncia, estes compostos nfo reagem to depressa nem tio intimamente como ele com as matérias orginicas. As duas prin- cipais consequéncias deste abaixamento de potencial de oxidagao, que resumem as van- tagens do proceso, so por um lado, a elimi- srnan Company, Tne, de New Jersy. B. nizagio». £ este o método empregado para o tratamento da Agua das piscinas. A per- contagem normalmente usada 6 1/4 a 1/2 da dose de cloro. A vantagem deste método reside no facto () 0 claro apresenta por vezes grave inconveniente de dar & Sigua um gosto desagradivel (nice, como val- garmente se diz) bastande para isso que existam vestigios de fenol na égua ou nas substincias com que a eanaliza- fe for protegida contra a oxidagio (aleatrlo, por exem- plo), ou ainda que na agua existam csrtas algas, cuja estraiso pelo cloro provoca um gosto a iodoférmio, TECHICA 955 de que se utiliza primeiramente a acgio da das, enquanto que ssmente com o cloro, tal totalidade do deido hipocloroso, pois que se resuiltado nfo seria obtido senfo com a mantém o excesso sob uma forma de que adigio duma dose muito mais clevada, Rs Cell = i Pig. 9 Esquema descritivo do funcionamento do um distribuidor de esterilizante — Technical Publication n’ 88 B, do Wallace & Tiernan Ldn, de Londrer cle se libertaré pouco a ponco. A agua visto o sen mais répido desaparecimento, assim tratada 6 esterilizada e esterilizante, Qualquer dos processos se pde em pré- podendo misturar-se com dguas nfo trata- ica juntando quantidades varidveis de TECNICA 956 o, tal ma vada, +B mento. a pré- eis de cloro @ de amonfaco. Quanto maior for rela- tivamente a quantidade de amoniaco, mais lenta & a acgio bactericida, Inversamente, aumentando a quantidade relativa de cloro, 6 possivel obter uma esterilizagio to répida amo se ele estivesse sdzinho, mas entio no desaparecers o tal mau gosto ‘As trés espécies de cloraminas formam-se com predominio marcado da monoclora- mina, a die tri produzindo-se em meio nitidamente Acido. Estes compostos sio estiveis na dgua durante pelo menos 4 dias, sendo totalmente inofensivos para a savide dos banhistas. ‘Além disso as cloraminas sio absoluta- mente inédoras e insfpidas, mesmo se na digua se contiver um ligeiro excesso. Priticamente, a esterilizagio por clora~ mina leva-se a’ efeito juntando ao distri buidor de cloro um aparelho de eoneepgao exactamente igual para a distribuigio de amoniaco, diferindo apenas na qualidade do metal com que é fabricado o dispositive de absorpgio. Certas algas transportam esporos que se desenvolvem em seguida nas cuvas ¢ até mesmo nas canalizagdes. ‘A destruigio destes esporos é dificil por- que a sua muito grande resistencia exigiria uma distribuigho excessiva de cloro. Contudo, se inis esporos so pouco sen- afveis ao eloro, siio-no enormemente a certos iGes metilicos'e em especial aos ides cobre que os destroem, mesmo em doses infinite- simais, se 0 cobre se encontra na igua ao mesmo tempo que o cloro. Trata-se entio duma acgio especffica do cobre sobre certas diastases das eélulas microbianas. se assim uma esterilizagio com- pleta e a destruigio de todas as algas. © proceso do cloro-cobre consiste em fazer pasar a Agua clorada, saindo do cloré- metro (antes da introdugfiona Agua a tratar), num depésito especial ‘contendo aparas de cobre. A figna clorada carrega-se entio suficientemente de cobre para que a des- truigho dos esporos seja total. Este proceso, muito simples, 6 interes- sante para o tratamento da dgua das pisci- nas abertas. 0 bidxido ou perdxido de cloro tem sido utilizado desde hi muito para a.esterilizagio das signas, mas as dificuldades da sua prepa- ragho opunham-se a uma utilizagio indus- trial. ‘Actualmente pode-se, com muita facili- dade e sem perigo algum, preparé-lo em solugio, por simples mistura dum soluto de clorito de s6dio preparado separadamente, e de figua clorada fornecida por um eloré- metro 2C1 0, Na + Cly = 2 CL Na + 2 Cl 0, O bidxido de cloro é um oxidante extre- mamente enérgico, que permite destruir ito rhpidamente o man sabor ou cheiro das figuas, sem que no entanto seja denun- cidvel ao paladar. O cloro, ¢ acabamos de o verificar mais uma veg, tem sido sempre considerado como © principal agente esterilizante das Aguas. Era © 6, como vimos, empregado actual- mente no estado gasoso, de hipoclorito alen- Tino ow alealino-terroso, de cloramina, ete, $6 hd poucos anos porém 6 utilizado sob a forma de dcido hipocloroso, que, segundo afirmam muitos, que tém empregado 0 pro- cesso, se revelou um bomagente esterilizante, bactericida e algicida. Esta constataglo, j4 feita no decorrer destas notas, fora verificada tedrieamente, a literatura demonstrando muitas vezes que a actividade bactericida e algicida dos ‘compostos clorados oxidantes, se deve sobre- indo & formagio numa fase intermedidria, do Acido hipocloroso, Ora, a presenga deste corpo activo nao resulin seniio de reacgdes parcinis, regidas pela lei de acgiodas massns. Por consequéncia, a concentragho em deido hipocloroso é muito limitada, a formagio de novas porgées, apés um comego de este- rilizaglo, sendo Ienta e a acgio oxidante dos compostos clorados enumerados nao TECNICA 987 podendo ser senio progressiva, muitas é ve- ues incompleta, 0 feido hipocloroso neta sobre a maté- ria orgiinica viva (micrébios, algas, vermes, animais mimisoulos, ete.) como sobre a maté- Fig. 40 Instalapdo dupla de aparelhos distribuidores de este santo om Kensington Baths (Inglaterra) — Technical Pu- lication 2,° 38 B de Wallace & Tiernan Did, de Londres ri orgiinica privada de vida e putresefvel, por um duplo fenémeno de sobreoxidagio intensa ou de deshidrogenacio, causando rhpidamentea morte, a destruigio ou a trans- formagio das matérias orginicas putresci- veis em corpos mais estiveis, Era légico recorrer ao emprego directo de tal feido, procurando um método pratico de obtengio deste agente esterilizante sob uma forma suficientemente concentrada © estiivel para poder ser cimodamente mani- pulado, Foi o que, segundo se dis nas publicagdes que temos presente, se conseguin realizar TECNICA 958 nos Iaboratérios da sociedade «Solvay & ©», 0 proceso e aparelhagem estando a ser utilizado nalgumas dtizias de piscinas, especialmente da Bélgica. Pelas informagées que temos recebido, parece poder-se afirmar que, dos reagentes oxidantes quimicos, 0 feido hipocloroso injectado directamente & um eficaz agente bactericida, algicida e desodorizante. Fig. 14 Aparelhe prodator de deide hipoctoroso Solvay db Cie, de Brucelles A sua acco rpida © prolongada permite a esterilizagio ¢ a estabilizagio das aguas contendo patogéneos, micro-organismos di- versos ¢ materiais putresciveis. Mata os ger- () Gilbert de Smet — Stérilisation des eaux par Vacide hipochloreux em La Technique de I"Eau — Maio do 1047. y & doa inas, bido, entes >ro80 gente ormite ‘aguas os di- de ger- vex par Maio mens infecciosos, a8 criptogAmicas micros- cépicas, tais como as algas, ataca as matérias organicas que transforma total ou pelo menos superficialmente (depende do seu volume), em corpos imputrescfveis. fo nor ta aeeoll 2 4 eo PP mmevepsrercieat li 00) My ah Pouvoir bactéricide de Uacide hypochloreux Jor Prana) 009 hla e i ' Ed ie a a i eee i { | E | petauons seat, A oo A acgio imediata e macign, condigio necessdria para impedir com toda a segu- ranga uma putrefacgio, 6 mais dificilmente cbtida com os outros’ derivados clorados que exigem uma duragio mais longa de 7 resem) stn colons 2 colonie felenie Pig, 12 © diagrama superior rorve para oomparar o poder bactericida da signa de claro com 0 do deido hipocloroso, ¢ o inferior demonstra o poder bactoricida deste 4 to, Soleay & Cie, de Brucselee Nio sendo um agente de floculagio, ajuda a fazé-la, preparando-a. © também um bom desodorizante porque destréi ripidamente 8 produtos gasosos nauseabundos da putre- facgio, em especial o hidrogénio sulfurado © outros gases fétidos. contacto, e facto curioso, a acgio do Acido hipocloroso é mais prolongada que a deles. ‘0 diagrama que se apresenta, elaborado sobre estudos feitos pelo «Hygienische Ins- titut der Anhaltischen Kreise» de Dessau mostra a superioridade de poder bactericida TECNICA 959 do fcido hipocloroso em comparagio com 0 da gua de cloro. A’ instabilidade do Acido hipocloroso obriga a fabricd-lo no local de aplicagiio, ¢ a preparar de manhi a quantidade de solu- Go esterilizante precisa para as necessida- des do dia, Esta forma de utilizagio suprime priticamente toda a vigilincia durante a injeegio, 0 que o emprego do cloro gasoso niio permite. As reacgies de fabrico silo as seguintes: Quando se dissolve o cloro na agua, for- ma-se Acido hipocloroso, segundo a equagio de equilibrio Cl, +10 2 LOH + CIT. . (1) Esta equagio 6 limitada pelo equilfbrio quimico, de forma que a qnantidade de fcido hipocloroso produzida é sempre fraca em relagio ao cloro que fien em solugio no Uquido. Em virtude da lei da aegio das massas, 0 coeficiente de equilfbrio é definido pela relagiio _ [eto my (crm) (on) Este coeficiente ¢ uma constante para uma dada temperatura e pressio. Por consequéneia, se para uma concen tragio constante em cloro dissolvido, se quer aumentar o ‘ieido hipocloroso hi que diminuir o Acido cloridrico. f 0 que se produz na coluna de mérmore do apa- relho Solvay, onde este deido & neutrali- zado pelo carbonato de cileio segundo a reacgiio: 2CL H+ C 0; Ca=Cly Ca +H; 0+ COs. (2) No referido aparelho a altura de saida do Iquido esterilizante regula a duragio da reaegio na coluna de mérmore de forma tal que, 0 pH da soluefo que sai, no pode des- cer alm de 4,0; em presenga do Acido hipocloroso 0 earbonato de eslcio nto pode fazer subir 0 pH além de 5,5. Este esté pois compreendido entre 4 '¢ 5,5, valo- res a que corresponde precisamente a transformagio aproximadamente total de ICA 0 cloro activo da solugio em Acido hipoclo- roso. Disto resulta a aecdo esterilizante maciga, enérgiea e isenta de reacgdes para- sitas de cloragio, obtida com o liquide for- necido. A fabrieagio do Acido hipocloroso faz-se em prinefpio em duas fases. a) A acgko do cloro sobre a agua se- gundo a reacefo (1) a que j4 nos referimos. Esta primeira reacgho faz-se na primeira coluna em presenga das matérias inertes, 1) A neutralizagko do Acido elorfarico (2) formado apés a reacgio de prinefpio : 2CLH +210 + COsCa + 2 CLOH + + ClxCa + C0; + TRO A duragio de contacto entre o reagente ea Agua de cloro é tal que o pH do licor que sai compreendido entre 4 e 5,5. Aquem disto, hi mais depressa produgio de gua de cloro, além disto, de hipoclorito de calcio, Os distribuidores de cloro e de agua sito coneebidos de forma a evitar que 0 orificio de safda do cloro seja afogado durante a posta em marcha, a marcha e a paragem. Gragas a este artificio e ao dispositive de seguranca, 6 impossfvel qualquer retorno de liquido para a garrafa de cloro, O dispositivo de seguranga consiste numa saida automética para o ar evitando 0 re- torno da Agua no tubo de chegada do cloro por rarefaccio quando da paragem. Esta saida para o ar est colocada, como vimos, na chegada da agua e é antomética. Evi- ta-se desta forma a emanacio de bafnradas de cloro para a atmosfera pela safda para © ar anteriormente colocada sobre a che- gada do eloro. 0 emprego do Acido hipocloroso evita a introdugio de cloro livre nas dguas a tratar. ‘A acgio do deste reagente prolonga-se ¢ torna as dguas esterilizantes suprimindo © perigo de contigio infeccioso de banhista para banhista, oelo- sante para- for- Anse gente licor 5,5. lugio. lorito a silo ificio nie a igem. vo de torno numa 0 re- loro Esta “imos, Evie radas » para «chi vita @ ratar. iga-se nindo ohista ‘Transforma a maior parte dos compostos da urina em uratos inofensivos. Dé freseura 4 Agua pelo oxigénio nas- oe f : ; i © Variation ae oS I TID g | wi lonclisn cu ph] capris Misay af Kean t = sects! ciéncia, mas sim apenas reunir elementos colhidos aqui e além para formar um con- Junto de notas cnja consulta talves seja in- Fig. 13 Variaso da composisio duma talus de eloro active em fango do pli, segundo Hiscy e Koon— Solvay & Cie, de Bruzelles conte libertado ¢ clarifica-a destruindo as algas. Para terminar este despretencioso traba- Iho, em que nunea tivemos em vista fazer teressante para quem (nfio sendo também especializado em quimica) amanh& queira ter uma ideia, embora vaga, sobre os pro- cessos usados ‘na esterilizagio da gua das piscinas, parece-nos estar indicado, dizer alguma coisa sobre a forma de aplicar 0 TECNICA 961 proceso do Acido hipocloroso, que supomos ser dos menos conhecidos entre nés. Eneararemos duas hipéteses: Piscinas com cireulagdo de dgua— Para tratar a agua destas piseinas introduz-se 0 VUE EN PLAN a tte TE en ! Fig. 14 quema de aplicagio do procosso de esterilizayao pelo feido hipocloroso numa piscina deseoberta (com cireula- so) — Solvay & Cie. — Brurelles licor esterilizante por injecgiio continua em fraca dose. O princfpio repousa nas seguintes obser- vagbes : 4) As Sguas empregadas para as pisoinas com circulagio transportam muito poucas matérias em suspensio ou em solucio; TECNICA 962 8) Um teor residual permanente de 0,2 0,3 gr do elemento activo esterilizante, caleulado em cloro activo por m° de Agua na piscina, assegura néo smente a ester zagio mas confere A figua um poder esteri- Tizante activo. E suficiente para proteger os banhistas contra a contaminagio patogé- nica pela visinhanga dos infectados. Ao ‘mesmo tempo opde-se A vida das algas no seio das aguas, Para se conseguir este resultado 0 con- sumo ditrio om ‘icido hipocloroso é fraco, cifrando-se aproximadamente em 1 gr de cloro activo por m’ de cuva. A verificagio do excesso faz-se em menos de 10 minutos por um método simples, ao aleanee de toda ‘a gente. "A experiéncia mostra que se obtém a melhor difusio do licor antiséptico na agua eo melhor efeito esterilizante e algicida quando a injecgfio & feita em dois pontos: —No grande fundo da cuva; —Na canalizagio de alimentagao, depois dos filtros. Esta iiltima injecgfo 6 feita na aspiracio da bomba se cla estiver colocada a seguir aos filtros. Tal forma de proceder permite misturar 0 licor introduzido, realizando assim uma «verdunizagion. ‘As duas injeogdes fazem-se simultinea- mente se a circulagio da Agua se suspende durante a noite, a primeira faz-se de dia ea segunda & noite se a cireulagio 6 continua (sistema alemio). Piscinas sem cireulagdo — Para tratar a ‘igua destas piscinas, e é esta a hipétese que se nos afigura mais interessante no estado em que actualmente se encontra grande niimero das nossas instalagdes, recorre-se 2 injecglo intermitente, em doses macicas ; aceilo, ainda que instantinea, sendo pro- longada pelo excesso de cloro activo intr duzido. Seria, com efeito, diffeil injectar o licor esterilizante duma forma permanente numa grande cuva, ao ar livre, sem cireulagio ALCALINAS CADMIO —NIQUEL FONES — RAD AERODINAMOS — CENTRAIS ILUMINACAO. DE SOCORRO — G, DE FERRO — APARELHAGE TRACCAO—LABORATORIOS —ETC, nutos toda Representantes exclusives para Portugal metropolitano ¢ ultramarino: SOCIEDADE PORTUGUESA DO ACUMULADOR TUDOR, lepois Bf eee PILHAS SECAS PARA: LANTERNAS — CAMPAINHAS — RADIO-RECEPTORES TELEFONES — TELEGRAFO — SINALIZACAO APARELHAGEM MEDICINAL — APARELHOS DE SURDEZ ETC ° TODAS AS PILHAS SECAS DE TODAS AS MARCAS SE DESCARREGAM COM O TEMPO... COMPRAR PILHAS SECAS E COMPRAR PILHAS RECEM-FABRICADAS 15 ANOS DE FABRICACAO EM PORTUGAL hh _zz ll TOPOGRAFIA GERAL Pelo Eng,” CARVALHO XEREZ VOLUME | Generalidades. Representacao do terreno Leitura ¢ utilizagdo das cartas Medigdo de distancias. Medico de angulos Nivelamento j Apoio dos levantamentos Métodos classicos de ‘levantamento i | VOLUME II Levantamentos subterraneos Métodos fotogramétricos de levantamento Erros e compensagdes de observagdes j < Cartografia i Astronomia geodésica. Complementos de geodesia i Aplicagoes PREGO DE CADA VOLUME ENCADERNADO 150$00 Desconto de 10%/o 208 nossos assinantes Edicao da TECNICA i nem filtro. Uma concentragio progressiva om reagente nas “iguas seria para receiar em consequéneia da falta de difusio e de cir- culagio. O processo consiste em injectar, apés o encerramento dos banhos, por meio dum aparelho especial, uma dose maciga de licor esterilizante, de maneira uniforme, sobre 0 fundo da cuva e nos cantos, A dose é da ordem de 1 a 1,5 gr de cloro activo por m? de Agua. da ouva, A verificago da manhi seguinte deve revelar a presenca dum teor residudrio em cloro activo de 0,2 a 0,3 gr por m’, 0 Ticor espalhado no fundo da cuva actua, de baixo para cima, mata os mierébios xo PE patogénicos e as algas, destaca o mucus VUE EN PLAN Fig. 15 Bsquema de aplieasio do proceso de esterlizaglo pelo feide hipoctoroso numa piscina descoberts (sem cireula- so) — Solvay & Cie, — Brazelles, colado ts paredes, e ajuda a decantagio das matérias em suspensio destruindo as bolhas gasosas que as sustém. Hm caso de forte desenvolvimento de algas ede vermes (apés um perfodo de encer- ramento do estabelecimento, por exemplo) nilo se deve receiar recomecar o tratamento com uma primeira dose muito forte de cloro activo da ordem de 5 gr por m’, A decantagio faz-se de noite, 0 levanta- mento das lamas far-se- de manhi ea dgua assim tratada nfo tom necessidade de ser renovada no decurso duma época conser- vando-se esterilizada e fresea. O tratamento da sigua deste género de cuvas exige o emprego de todo um material auxiliar para fazer a injeogto do licor e para retirar as lamas. A injecgiio no fundo faz-se por um distribuidor sobre carrinho que se arrasta por um sistema de vai-vem. O licor fabricado pelo aparelho instalado em qual- quer sftio, é armazenado num tambor de onde 6 enviado por pressiio para o distri- buidor, a tubagem sendo flexfvel. ‘A sucgiio das lamas depositadas faz-se pelo sistema jé conhecido. fim em vista com o tratamento pelo fcido hipocloroso é esterilizar baterioldgi- camente as diguas ¢ ajudar a sun clarificagao matando as algas. Como accio secundaria favorece, como jé dissemos, a decantagho, mas tal trataménto nfo pode substituir os filtros ou o tratamento floculizador. Para as cuvas sem circulagio nem filtros & recomendavel fazer de tempos a tempos um trataments de coagulaciio, langando na figua uma solugdo de sulfato de aluminio pulverizado, E eis, muito resumidamente, os prinei- ais processos de esterilizagio da Agua de piseinas. A técnica actualmente nio tem, estamos certos, qualquer dificuldade em resolver seja que problema for dos que neste aspecto especial do tratamento de Aguas se Ihe apresente. ‘0 nosso trabalho tem cortamente muitas lacunas, sendo incompleto e imperfeito. Jé dissemos que nfo era nossa ideia alar- dear cigncia, mas sim apenas apresentar uma colectinea de notas, cuja leitura, espe- ramos nfo enfade, e que sirva de guia para estudo mais profundo da solugio que inte- resse ao leitor. Se conseguimos atingir o fim em vista, damo-nos por muito satisfeitos, e atrever- -nos-emos a abordar outros aspectos do problema da constrngio, utilizagio e explo- ragio das piscinas, em préximos artigos. QUARTA CONFERENCIA De 10 a 15 de Julho do ano corrente realizar-se-4 em Londres uma conferéneia sobre «Recursos mundiais e produgio da energian. Seré a primeira reuniio pleniria da Gon- feréncia Mundial da Energia apés a sessio que teve Iugar em Washington, em 1936. Em seguida ao termo da conferén com inicio em 17 de Julho, serio organiza- das excursies a instalngdes de cardeter técnico. Os itinerdrios esto previstos para que os congressistas possam apreciar regides TECNICA 968 MUNDIAL DA ENERGIA de interesse turfstico e histérieo da Gra- -Bretanha. A cotizagio, quer dos membros da con- feréneia, quer das pessoas que os acompa- nham, é de 6 libras esterlinas, e permitird a aquisigio dos trabalhos apresentados ¢ a assisténcia ao banquete. Para mais completos esclarecimentos, poderio os interessados dirigir-se ao Secre- tério de Comité Nacional Portugués da Conferénein Mundial da Energia, Rua de 8. Sebastifio da Pedreira, 37, em Lisboa, vista, ever- 5 do xplo- 8. Gra- con- mpa- tir a sea antos, Secre- ds da 1a de oa. ABSORPGAO DE GASES PELO ENG.* QuiMico.iNDUsTRIAL LUIS A. DE ALMEIDA ALVES Introdugée 0 estudo do problema da Absorpgio de Gases j& foi iniciado no artigo sobre «Bxtracgion (!), tendo-se obtido expressdes andlogas is da extracgao de Nquidos. Para completar esse estudo, resta estabelecer as dimensdes e os tipos de aparelhagem e as perdas de carga, atendendo a que o meca- nismo da Absorpgio 6 0 mesmo da extracgio continua, CAPITULO I COEFICIENTES DE PROGRESSAO E CONSTANTE H 8) Cooficiente de progressio Como se viu no artigo citado, tem-se =hga (p—p) aV=hia (4—e) aV e pix Hey © valor de he nfo presenta nenhuma difienldade porque, como vimos, as suas dimensées sito [L™!] eas unidades de massa silo as mesmas para Qe (c; — c). Pelo con- trério, o valor de h,a de dimensdes [L~?T'}, tem de ser considerado de novo, porque, em geral, as pressdes siio expressas em atmos- feras’ ou milfmetros de merctirio; nestas condigées, seré (?) wr [1A] atm Uy] (MT-L- atm] [hy a] = [MT-1 L-? atm—] (®) eTéenieas, n: 185, pg. 1065 ©) Ver artigo sobre «Secagems, Téeniea n° 194, ©. D, 66.07:542.7 Como se sabe, (!) 0 coeficiente hy tem o valor D sendo D o coeficiente de difusiio, B a espes- sura do filme %,, 0 média logaritmica da fracgao molecular do dissolvente, Para caleular o valor de h,, apliquemos, ao film gusoso, n expressio sg at (ep av, sendo ce c; as concentragses do gis, O valor de h, sera, nestas condigées bt Me= Bain Admitindo que ¢ vilida a lei dos gases perfeitos sera sendo ¢ a massa especifien do gas dissol- vido, P a pressio total ¢ pa, a médin loga- ritmica das pressdes do gis inerte na massa gasosa e na superficie de separagio. Substi= tuindo estes valores na expresso de “2 at a Die, : 2 De (pp aay Pam (9) eBxtracgiiow, Técnica 0. 186 TECNICA 965 Portanto, De b= De Bi pan, Como vimos, também, os coeficientes de progressiio sito dados em fungito dos ntimeros de Reynolds ¢ de Schmidt; os valores mais modernos foram apresentados por D. W. Van Krovelen e P. J. Hoftijzer (), e sto os seguintes: y= 0,015 . — hp = 0,2 2 ze” (SF Pam day, oD. Nestas expresses hi a notar o seguinte: 1) No mimero de Reynolds o diametro d da torre 6, substituido por + sendo a, 0 valor do coeficiente a quando a torre esté seca, isto é, a relagio entre a dren total de enchimento ¢ o volume da torre. 2) O coeficiente de difusio D’ através da fase gasosa é dado por uma expressio ani- Joga A que foi apresentada no estudo de Extracedo (), mas em que se despreza a influéncia da viscosidade e em que B é fun- cdo da temperatura absoluta e da pressio P expressa em atmosferas, 3 Te B=0,00427 P Serd, portanto, 4 RT ( Comog = Lavm ET , esta expresso pode eserever-se be de BRT paw () No artigo «Kinetics of Simultaneous Absorption ‘and Chemical Reaction», publicado na revista «Chemical Engineering Progress» de Tulbo de 1948. (©) Téenien n° 184, (pop )aav TECNICA 966 b) Constante A constante H tem o valor | As suas dimensdes fio tpl w= 2 =r fel ‘Na préitica, nfo 6 costume exprimir o valor de H desta maneira, porque é mais cémodo utilizar p em atmosferas ¢ substituir a con- centragiio ¢ pela fracciio molecular au do gis dissolvido ; representando o novo valor de H por H seré wk Nestas condigdes a constante Hi é expressa em atmosferas e 0 seu valor 6 dado om tabelas ('). Para resolver 0 problema nos termos em que foi tratado no estudo da Extraeco é ne- cessirio exprimir H em fungio de H’, Representando por my tp e M, Mp os ntimeros de moléculas e massas moleculares respectivamente do gis e do dissolventé, por gq @ massa especifica da solgio (que corresponde & fase B do estndo de Extrac- gio) ter-se & ee” aM Vv nM-pup Mp cry ete M+ "2Mp ‘Mas —* a4 pap toe e, portanto, Mas, como a lei de Henry s6 & vélida para solugdes diluidas serd, () Ver, por exomplo, «Chemical Bugineers’ Handbooks, de J. Perry, pig. 1128 a 1199. alor odo von- gis eH ssa, om em ne- os. ares ee que lida ok, Logo © Mes wp wp ca c= Como Me M, sio da mesma ordem de grandeza o termo M é desprezivel ¢m rela~ to gio aM® e, portant ou e, finalmente, new, 22 le Nestas condigdes, as dimensdes de H. serio [H] = “™ ML No caso de niio ser posstvel doterminar um valor de H constante, traga-se a curva de p em fungiio de ¢ © procede-se como no caso da extracgio mareando p em orde- nadas. A teoria desenvolvida a propésito de ex- traegio continua de Ifquidos é inteiramente aplicdvel. E costume referir a varidvel x & fase Nquida e ay i gasosa, mas deve notar- -se que entre as pressdes eo valor de y existe, como & fiéeil de verificar, a relagio sendo Me M, as massas moleculares do gs a absorver e do giis inerte, CAPITULO ID ABSORPCAO COM REACCAO QUIMICA Pode acontecer que o liqnido com o qual se efectua a absorpgio reaja quimicamente com o gas a absorver; por isso é necessirio considerar simultineamente a reaegio qui- mica ea absorpeao fisica. 0 problema resolve-se pelo chamado mé- todo de Hatta que consiste em associar as equagdes da progressio através do film Nquido ¢ da reacc%o que tem Ingar nesse film. A equagio velocidade de reaegio é varid- vel, como se sabe (!), com a ordem de reac- ho; no entanto, 6 costume supor, que a reacgio é monomolecular, o que na pritica se verifica, por vezes, aproximadamente. Representando por K a constante de ve~ locidade e por ¢ a concentragio ser& ae ge at Mas pela lei de Fick (°) sabe-se que ae ae at ast sendo x a distiincia de um ponto do film & superficie de separagio. Como a velocidade de reaogio é s6 fun- =, de aio de t, sera So =" ; } portanto igualan- do as duas expressies e fazendo ; cS ‘ ea ter-se-d do _ K no, dx? Dd que é uma equagio linear de 2." ordem de coeficientes constantes (') e de rafaes reais, visto que K e D so ambos positivos; o inte- gral, serd, como se sabe +Cr0 As condigdes limites sio: Para x= 0, c=o 6 para x=B, o==c, sendo Ba espessura total do film e c, « concentragio final do gis solfivel no Ifquido. Ter-se-4, portanto = Cit Cp Ve a=Qe () Quinivsinorgniaoprnspion de Quinieat -Ginematica quimica ©) Ver «Extracpoe, Téenien, n° 184, ©) Céleulo diferencial e integral — Equagies life. TECNICA, 967 Resolyendo o sistema e substituindo no valor de ¢ ter-se-4 éa8 VEs pany = (8-2) a D /® ne Derivando em ordem a x ter-se~i ays Aplieando, de novo, a lei de Fick sob a forma de equagio de 1.* ordem, seré Os valores inicial e final (2) e( a de a obter-se-to respectivamente para x=0 e x= B} portanto ( Nestas condigdes, a fr que atinge a massa de Ifquido é dada pela Se a solugdo do gis no liquide for muito diluida seré co) ~ 0 e, portanto () Mateméticas Gerais — FungSes hiperbélicas. TECNICA 961 Se a concentragio ¢, no for nula mas muito pequena, esta expressio pode esere- ver-se, aproximadamente (i), A partir deste ponto, os céleulos conti- nuam como no caso da absorp¢ho simples, fazendo /KD VR? ae) = Mire) para calcular B utiliza-se a expresso conhe- cida sendo hy 0 valor do coeficiente de progres- sig no caso da absorpefio simples ('). CAPITULO IL APARELHAGEM UTILIZADA No estudo da Extracedo (?) continua ja se fez referencia i aparelhagem utilizada; no caso da absorpgao de gases, a entrada do wis faz-se sempre pela parte inferior. Os tipos utilizados dependem fundamental- mente da resisténcia de cada um dos filmes e dos caudais relativos de liquido ¢ de gas; na pritiea, hé fundamentalmente, 5 eatego- ras de aparelhagem de absorpgio. 1) Sistemas em que o gie bordulha no liguidlo Em geral, s6 se utiliza para a absorpgio de gases completamente soltiveis ¢ em que, portanto, a absorpgao & regulada pelo film Mquido. 2) Camaras de puleé ieagito Sto edmaras em que o liquido & pulveri- () Para mais detalhes sobre este exemple «Absorption and Extraction» de Sherwood, Le edigdo pag, 198 a 986, ¢ 0 artigo ji citado «Kinetics of Simultaneous Absorption and Chemical Reaction». () «Téenieas, n.° 186 into. ver por as e i ° coon zado na massa do gis ¢ utilizam-se quando a absorpgio é regulada pelo film gasoso. 8) Sistemas em que o gés passa sobre massas de fiquido Aplicam-se no caso em que se libertam grandes quantidades de calor na absorpgiio. exemplo elissico 6 0 da absorpgio do Acido clorfdrico em garrafves de grés on euvas de Viteosil. 4) Torres com enchimento © enchimento destina-se a anmentar a superficie livre do liquido e tem de satis- fazer As seguintes condigdes: Pequeno peso por unidade de volume, grande superficie em relagio ao volume, grande secgio de passagem, grande volume livre, pequena retengio de liquido e clevada resisténcia quimica. Os tipos de enchimento mais vulgares so os seguinte: Coque, tijolos de varios formatos, andis Raschig, angis Lessing, angis em espiral e selas de Berl. ‘A deserigio dos diferentes tipos de enchi- mento, assim como a pereentagem de espaco livre, direa por unidade de volume, peso por unidade de volume e niimero de pecas por unidade de volume, pode encontrar-se por exemplo, em «Chemical Engineers’ Hand- book» de J. Perry, 2.* edigfo pig. 1197 a 1206. 5) Colunas de pratos Sho andlogas As colunas de rectifieagio("). 6) Sistemas com partes mecdnicas. Em geral sio constituidos por drgios rotativos que langam o Iiquido no gis (7) CAPITULO IV COEFICIENTES DE ABSORPGAO Os valores dos coeficientes de absorpgio dependem dos diferentes Iiquidos e gases ¢ dos tipos de enchimento. () Ver eDestilasioe, «Téenioa» n.* 198. © Para mais detalbes, ver «Chemical Engineers! Handbook» de J Berry 2+ eligfo pg. 1195 a 1212. Alguns valores silo dados, por exemplo, em «Chemical Engineers’ Handbook» de J. Perry, pag. 1171 a 1194, CAPITULO V PERDAS DE PRESSAO. As perdas de pressito variam conforme se trata de colunas com enchimento ou colunas de pratos. a) Colunas com enchimento Utiliza-se a expresso usual para as per- das de carga em canalizagaes, sendo H a altura da torre. Deve notar-se, noentanto, que, na pritica, 6 costume substituir o mimero de Reynolds por um mimero de Reynolds modificado (diferente do que foi definido no estudo da Mistura (') ), substituindo o difimotro d@ da torre pela granulometrin média L. das pegas de enchimento; por outro Indo, & costume afectar a férmula de tr rectivos ky, coefivientes eor- @ ky e, portanto, fic AP Skike ky sendo U a velocidade admitindo que a torre niio tem enchimento, ¢ que, portanto, é inde- pendente do tipo de enchimento. Examinemos separadamente f, ky, ky ¢ k 1) Coeficiente f E fungiio do ntimero de Reynolds modi- fiesdo p— SUL | Este valor pode determinar-se gritic mente (') ou pelas expressdes que se indicam aseguir. () Ver «Técnicar ns 182. @) Por exemplo, «Absorption and Estraction», de wood, pig. 189. TECNICA 969 i 1) Movimento viscoso (NW<40) 4) Coeficiente ks 0 coeficiente k; que se pode chamar factor i x de humidade representa a correcgio a intro~ i} duzir em fungio de quantidade de Nquido 2) Movimento turbulento ("> 40) em cireulagho, Este coeficiente 6 igual & unidade quando o enchimento esti seco e i 38 aumenta com a velocidade do liquide, sendo woe varidvel com o tipo de enchimento, i > . Alguns valores de k; sio dados no | i 2) Coeficiente ky quadro III. ' : 0 cooficiente k, tem o nome de factor de QUADRO II parede e representa a correccao a introduzir pelo facto de variar relagio entre a gra- 3e nulometria L das pegas de enchimento e 0 32 didmetro da torre d. Alguns valores de k; i sfio indicados no quadro I. inte do] snekimsenia) )32) & i QUADRO I - | Quartzo del”. 8250| 1,63 L | ky ue de 2". Ea 112 | au 5 uartzo do 3”. + |3250| 1,38 i @ | Merinento | Movimento Coque do 3” 8260| 1.28 of | Anéis em espiral de 3" >< 3" | 8250/1,18a1,4 | | ; 1 om do 620"... ,/3280/1,81 1,46 | dis Rasehig . |. 2 1/8250)" 1 : 0,05 eam 0,83 ‘Tijolos regulares . . |. | |8250/1,89.1,72, O10 O88 oat Anéis triangolares. . 2 2’ |90C0| 1,2a113 0,20 O74 06 oa || Or O58 030 | On 0,57 5) Velocidades limites 3) Coeficiente ky 0 coeficiente k, que se pode denominar e | cooficiente de abertura, 6 igual & unidade, por definiggo, para enchimentos no ocos ¢ tem valores inferiores para outros tipos de enchimento. Alguns valores de k, sito dados no quadro II. QUADRO II ‘Tipo de enchimento Coque de 3”. . Andis Raschig de 1" ‘Angis om espiral de TECNICA 970 O aumento do caudal do liquido ou do gés vai aumentando a velocidade até se atingir um valor designado por velocidade de inundagao para o qual j& nfo 6 posstvel uma cireulagio regular do quido e do gés. Os valores dns velocidades de inundacho- variam com os tipos de enchimento ¢ podem variar entre 0,5 m/seg a 7,5 m/seg ; como regra geral deve trabalhar-se em condi¢des tais que ks <2 ('). b) Colunas de pratos 0 problema é andlogo ao da destilagao (2), () Para mais pormenores sabre cate auinento, ver ‘Absorption and Extraction» de Sherwood, pig. 146 4 150, () eDéeniens 18 108 tor ro- ido La oe ido no 150. A Mecanica do Solo e as suas aplicagées PELO ENG. Civit (U.P) MANUEL PIMENTEL PEREIRA DOS SANTOS Antigo Assistente da Faculdade de Ci cas do Porto Director do Laboratério de Ensaios de Materiais o Meciinica do Solo (Continuagdo) As curvas da fig. 92 mostram a necessi dade duma espessura total (base e revesti- mento superficial) de 21’. Esta espessura poder ser realizada usando um, dois ou ©. D. 624.434 trés materiais, a consulta das curvas mostra a necessidade de 14” de solo acima do mate- rial n.° 1 7’ acima do n.° 2. No outro caso procede-se semelhantemente. O. mate- CALIFORNIA. BEARING RATIO. EM PERCENTAGER 20304030 60 we0a0100 pe es ase ° “ca poe] epi Fora, [4 10 eet : [7 1 30 1 aaa F | sea a u { ” ESPESGURA TOTAL DE BASE © RevesrimenTO SUPERFICIBL PANDO €.8R. SATISEATORIO chassipicd cay fal PusLif wofos borlinisrhar aultionge [vo] soco | [para FB eon a us| es ese | ibe tbe zee a ate 30 Fig. 92 (Diversos [41 pag. 73) Notas: 1—A linha «A» usa-se no projecto de estradas de tratico restrito 2—A linha «Bo usa-so no projecto do estradas de tréfiea pesado, 3—A espessura minima da efmara snporior da hase deve variar desde 4" ile material de 40 0p C. B. R. para eargas de 4.000 libras, até 8" nateriais 0 80 9 C. BR, para carga de 10,000 libras, quanclo a canada saperticial nfo existe ou tein menos de 1" trés dos materiais disponiveis; isto depende da facilidade da sua obtengio e de conside- rages de ordem econémica, A fig. 93 apre- senta duas solugdes possfveis, Usando os rial n.° 3 é sempre de emprego necessirio, pois o seu C. B. R. é 0 tinico que satisfaz ao valor necessirio para a camada subjacente ao revestimento superficial. TECNICA 971 Convém frisar que os C. B, R. dos dife- rentes materiais em nada influem na espes- sura total do pavimento, que apenas é con- dicionada pelo C. B. R. ‘da infra-estrutura. 21—Ensaio de C. B. R. O ensaio é feito com materiais saturados portanto nas condi¢des mais desfavoriveis que se podem apresentar no campo. E necessfrio utilizar um equipamento de C. B. R. completo, um forno de secagem, crivos de 3/4" e 3/16" B.S, uma bomba somi-automética ¢ uma tina em ferro gal- vanizado para saturagio do material, Procede-se da forma seguinte : [4] —Comeca-se por desembaracar o material das partfeulas retidas no erivo de 3/4’, ain 4,5 kg da altura de 45 em por 55 vezes, em cada uma dos 5 camadas em que se divide 0 enchimento. —Pesa-se um cilindro, aperta-se-lhe o colar ¢ a placa de base e compacta-se uma amostra atéao gran éptimo de humidade pre- cedentemente determinado. Se for proviivel que a compactagiio no campo nao seja satis- fatéria, deverd conseguir-se que a amostra compactada apresents sensivelmente a den- sidade possivel de obter no campo. Desmonta-se o colar e a placa de base, corta-se 0 excesso de material no cimo da amostra, e pesa-se determinando a densi- dade, (para verificar se o grau dptimo de jumidade foi de facto atingido). —Coloea-se de novo » placa de base na extremidade alisada da amostra, monta-se 0 " INFRA ESTROTORA INTRA-ESTRUTURA -REvesTiMENTO TNTRA- ESTRUTURA a Eee ; CRATE RK MAT. NED | oe eee 1 54 at L “REvEsTi mento SUPERFICIAL tt Cone 80% GBR. 50% ¢ CBR 15% a COMPACTADA G8. a7 SUPERFICIAL, [ EB COMPACTADA CB R8% INFRA ESTRUTURA Fig. 98 (Diversos [4] pag. 188) substituindo-se 0 peso correspondente & parte retida por um peso igual do mesmo solo, mas passando o crivo da 3/4” e sendo retido no de 3/16". —Determina-se o grau éptimo de humi- dade pela compactagio no molde C. B. R. (se no crivo 3/16", for retido menos de 50°, do material pode utilizar-se o molde de Proctor) deixando cair 0 martelo de TECNICA 972 colar e pée-se o papel de filtro na face exposta, Insere-se um prato perfarado ¢ colocam-se sobre ele sobrecargas anulares, com um peso niio inferior a 4,5 kg, fixado de acordo com a experiéneia. —Instaln-se uma ponte de medida sobre ajustando a haste do prato perfu- rado de modo a permitir leituras no micrs- metro. Mergulha-se 0 conjunto em dgua durante 4 dias (a altura desta deve estar 1,5 em acima da amostra) até que cesse a expansio da amostra, e tomando leituras duas vezes por dia. (Com argilas, a expanstio poderia continuar depois de 4 dias de imer- siio, contudo tome-se este perfodo). — Retira-se o cilindro da Agua, levan- tam-se os pesos, desaperta-se 0 colar e dei- xa-se escorrer durante 15 minutos Levanta-se 0 papel de filtro e pesa-se, para determinar o peso da agua absorvida. ~Procede-se depois no ensaio de pene- tragiio (fig. 94) colocando o cilindro com a placa de base ¢ colar no aparelho de ensaio. — Traga-se 0 grifico carga-penetragio, permitindo a eliminagio gréfiea de quais- quer pequenas irregularidades. — Caleula-se o C. B. R. atendendo & sua defini 22 —Estabilizagio de solos Os métodos de estabilizngio de solos, enjo desenvolvimento soften notiivel impulso du- rantea passada guerra, pretendem em tiltima anélise assegurar o gean de compactagio conseguido numa base ou sub-base, contra 8 acgo da agua, do gelo ¢ do tréfico, Para Devem ter-se em posigio as sobrecargas isso torna-se necessirio manter em_n{vel t | i | | micnarcerne. f wean | cena | - | | reatartoreee aD | | | | | if { | | Fig. 94 anulares, excepto se se tratar de argilas com grande coesfio. Com 0 macaco fax-se subir a amostra até que a agulha de pene- tragio encoste ao solo e 0 aparelho de medida registe uma carga leve (4 ou 5 kg). Ajusta-se o micrdmetro de maneira a encos tar ao cimo do colar e faz-se a sua leitura. Aplica-se a carga com a velocidade apro- ximada de 0,05” por minuto, fazendo-se as leituras de carga para penetragdes de 0,1"; 0,2"; 0,3" € 0,5". ~Depois da penetragio determina-se como ustalmente o gran de humidade da camada superficial de 2,5 cm da amostra. conveniente o grau de humidade e as pro- priedades mecfinicas do solo. Como as bases assim constituidas sfo fle- xiveis, ¢ necessirio conceder uma partienlar atengiio As qualidades da infra-estrutura sobre « qual vio assentar; doutro modo correr-se-in 0 risco da destruigio do pavi- mento, E portanto necessirio quase sempre © trataménto da infra-estrutura por com- pactagiio, mas tendo em atengiio que certas argilas tém propriedades mais aproveitdveis no estado natural do que depois de tratadas. Se lidarmos com infra-estrutmras bran- das, impréprins para serem cilindradas, 6 TECNICA 973 necessirio 0 uso, a que j4 fizemos alusio, duma sub-base constituida por cinzas ou O quadro seguinte devido & Markwick [4] permenoriza esta classificagiio : Procetso Ligante utilizado 1 — Estabilizagio me- cfnies | a) Som liganto argiloso 1) construgio a seco 5) Argila cas deliqueseentes II — Estabilizagio gantes betuminoss com substancias a) Li | 4) Aleatrio 8) Cimento ou cal 2) constragio com agua ¢) Argila com substincias quimi- cespociais, 1) Asfalto ¢ eroad oils+ Materiais muito variavois om granu- Jometria do material inerte © per- | 2) Asfaltos liquidos (cut buck) | centagem de ligante. 3) omulsdes betuminosas ©) Substancias quimicas tendo pro- priedades impermeabilizadoras @) Sub-produtos industriais Exemplos pipedos, ahard core», macadam consiruido a seco, Macadam construido com dgua (s6 com pedras), coral, latorites, con- chas, margas, ete. Macadam construido com agua, mis- tora de cascalho-areis-argila on de areia-argila. Material semelhante ao das estradas de argila, mas com adigio do clo- eto de sédio on do calcio. Solo-cimento, betio magro cilindrado, Solos estabilizados com resinas ¢ coras. Bases estabilizadas com sulfitos ¢ certos licores (subprodutos da in- diistria do papel). II — Estabilizagio por tratamento a quente no solo Algumas argilas material similar, convenientemente espalha- dase cilindrada. Na estabilizagio podemos distinguir trés diferentes formas de proceder [4]: a) Estabilizagio mecinica; b) Estabilizagio por adigao de substin- ins especiais ; ¢) Estabilizagio por tratamento a quente do solo. TECNICA 974 © quadro da pagina seguinte, também devido a Marckwick, regista as possibilida- des de utilizag&io dos diferentes materiais. —Estal lizagéo mecanica Neste proceso niio se langa mio de agen tes estabilizadores, empregando-se solos cuja estabilidade 6 natural ou pode ser facilmente obtida por drenagem ¢ mistura 4] 4) sem ligante ar- = proprio I= impréprio OP =ocasionalmente proprio | Materia ] Proceso de estabili- | | Casea-| | — | cares: sagio i thocon| sreia| Arsia | Lime a esma- | Cascalho |"0com| sreia| ;S508 | Mat, | | iol - — oer | - Mecanica giles... | P P P | P| | Bastante comamna Amé- | pe yey rica 2) com ligante ar- | foio! 1 | giloso. .. «| P P P | p | op| 1 | 1 | Numorosas estradas de | | | "“easealho no. norte dos i | | Bee Canad, Nas | | | | estradas do sul usa-se| areia argila, : L Foto | ese : - Betuminosos | | | | | @) asfaltos ligui | ee dos(cutback).| P | oP | PIP |. | I | 1 | Bastante usada sobretudo | | j | | na Florida. | ) Emuls | iy | | | . minosa | P P 1 | P| 1 | 1 | 1 | Resultados variéveis nos | | | | E.U, Poueo aconselhi- \ | | vel em Inglaterra. jAtatio..| P| pv | P| P| x | I | 1 | Usado até certo pontoso- | | bre areias (E. U). ___ |_| /* Cimento ePortlands| P| P P | Pj er] Muito usadoespecialmento eomacicio| =| =| | ‘em solos com pequena | fame) ||| percentagem de argi Trawmenwoaqvens| 1 | or | [| 2 | a |p | tec posso sede | [As observagdes diem rospeito 4 experiGneia colh com outros tipos de solos. Neste caso pro- eede-se & pulverizagio do solo ou mistura de solos, e compacta-se no grau Gptimo de humidade, Para evitar mudangas nesta caracteristica, por evaporagio ou entrada de fgua, ser& necessirio ter em atengiio uma drenagem conveniente e um revesti- mento superficial adequado. Os pavimentos em paralelipfpedos de peda cabem ainda dentro deste tipo, pois fa sua estabilidade esté naturalmente asse- hida nos E. U, (sobeotudo) ¢ Inglaterra, gurada desde que o assentamento se faga com 08 devidos euidados, E no entanto um processo de construgio nothvelmente caro, pois nfio pode faze com auxilio de miquinas. 0 uso de pedagos de alvenaria de pedra, tijolo ou betio ¢ até de escdrias metaliirgi- cas langados sobre o solo, nivelados ¢ cilin- drados de forma a produzir uma inter-pene tragio dos vazios agregados constitui o chamado «hard core» em que se aproveita~ TECNICA 975 ram destrogos das demoligtes causadas em cidades bombardeadas, Um outro proceso de construgiio de pavimentos denomina-se macadam a aco consiste no espalhamento com miquina i propria de pedra solta, de diametro varis- i vel entre 1a 5 om em camadas de 5 a H 7,5 om convenientemente cilindradas. Pode ser necessirio, a adi¢io de finos para preenchimento dos vazios; mas normal- mente isso consegue-se com 0 esmagamento de parte da pedra sob o cilindro. Com uso de sigua, pode recorrer-se 20 macadam, ¢ a outros materiais como coral, conchas, caledreo brando, com bons resultados. Misturas de areia ¢ argila encontram-se \ na Carolina do Norte e do Sul (B. U.) e na Nigéria, fornecendo exeelentes bases para estradas de tréfico constituido por vefeulos com pnens, Nas zonas tropicais, as laterites formam um dos mais importantes materiais para construgio de estradas, cascaiho, com ligante argiloso e areia, fornece outro material de largo ‘uso. Para se obter a densidade necessiiria 6 necessério que a razio {Ye quo passa o criva n.* 200 "o que passa ocrivu n.°40 0. S. (ou 36 B.S) <0, podendo em certos casos atingir 0,67. O ligante utilizado nas camadas super- ficiais deve ter limite Nquido inferior a 35 € indice de plasticidade compreendido entre 4c 9. Nas bases, o indice de plasticidade niio deve exeeder 6, ¢ 0 limite liquido deve ser menor que 25. As bases estabilizadas mecinicamente que niio tenham revestimento superficial devem ser tratadas com deliquescentes (cloreto de ciileio, sédio ou magnésio), sobretudo em climas quentes ¢ secos; pata climas hiimi- dos jé isso se nfo aconselha, A’ impermeabilizaglio poderé ser conse- guida com resinas em pé embora tal nto seja necessirio de forma taxativa. A granulometria desempenha um papel essencial na estabilidade mecinica das bases, devendo os materinis respectivos obedecer as seguintes normas da A. S.T. M.: Granulometria de materiais para uso em bases estabilizadas (Norma D-566 or, da AS. LM) Perventagens que passam ee ‘TIPO A TIPO B | ‘TIPO C i Argamassa natural on | Agregados grossos, Areia, on residuos atleal de areia oargila | natarals ou atienas (de caseatho ow peda) Grivos U.S, | Crives - B-1 | Boo saaie apron {lo lomate-| (Ditmetro | (Diimetro simados Hialque passa) maximo 1°) | sxe ets 2 | | | 100 | aaj" | | 70 9 100 [a 100 100 085 | 3a" ' | tole 100 | 20a 80 100 38” 280 | 40070 ~ | sie | | aon 60 | 70 » 100 |Ne7 | 632100) 100 | 20200 | 8 080. Nis | vera | 55 | Ne37_ | coluna 19. 80 7) Nie 200 | seguinte | “8 a Da 1b ate ° n 448 passa no orivo N.* 200 nko dove exsudar main aca gaan sented 3 40. TECNICA 976 Granulometria dos materiais para uso em camadas superficiais estabilizadas (Norma D-657 — 40 7, do LS. TM) TIPO A | TIPO B TIPO Argamassa natural ou | Ayregados ge ata-| Areis ou residuas (de casealbo rtifcial de arsias argile | rais ou artiiciais a pedra Crivas B.S, fo do mar 1 | a ne WN, 40.270 25045 10 a 25" 100 80a 100 65 2 100 | a 85 A percontagem que pasta no erivo n.® 200 nfo dove exceder 28 da que 24 — Estabilizagao com betuminosos A fangio dos betuminosos na estabiliz g&o 6 conservar constante o gran de hum! dade do solo compactado. Esta compacta- gio faz-se a um grau de humidade inferior ao dado pelo ensaio normal, sendo geral- mente utilizndo para a sua determinagio um penetrémetro de cone. fj um penetré- metro do tipo ji descrito anteriormente, em que 0 cone tem uma abertura de 90°. No ensaio [4], compacta-se o solo como usual- mente num molde préprio, e coloca-se sobre ele 0 cone, que penetra sob a acco do seu jo peso P, a uma profundidade d Coloca-se om seguida uma carga P,, ini- cialmente de 20 kg, e mede-se a penetr go d, que nfo deve 0,7 em (se exceder este valor, reduz-se a carga P,) A resisténeia & penetragto do cone (C. P. R.) 6 dada por WP: — VPP (de — dnt PR. sa no eriva ni. 40 VS, ‘Traga-se a curva, tomando estes valores para ordenadas ¢ 08 diversos grans de hu- midade em abeissas. O andamento daquela & semelhante ao da curva de compactagio o grau de humidade dptimo assim obtido difere do correspondente ao ensaio de com- pactagio A. A.S, HO. de 3 a 5°/, para menos. Este segundo ensaio pode portanto ir de guia, que o solo seja suscoptivel d esta Dilizago por este proceso, convém que 30°/, passem no crivo n.° 200, e que possua 15 a 20%, de argila, Podem utilizar-se os seguin 8 produtos : Aleatrdo: As carac' selhiveis sfio as do a mais acon- estradas inglés n° 1. Quantidade a usa tivel a 3°, se se juntar 4°, de cera de parafina, Asjaltos: sobretudo liquidos, aplicados nas mesmas condigdes do aleatrio. 8. S. 0. (Soil Stabitising, Oil) % um asfalto Iiquido especial produzido pela Shell TECNICA 977 para fins de estabilizagio, sendo aplicavel a solos sem argila (areias e cascalhos), Contém 4°/, de cera de parafina, Tem que ser aquecido a cerca de 100° C, mas actnal- mente ji existem certos tipos que se podem utilizar a frio. Emulsdes betuminosas: poucoempregadas. Com 0 uso de betuminosos, 6 essencial assegurar imediatamente a permanéncin do grau de hiimidade por meio dum revesti- mento superficial conveniente. Pode ser constitufdo por uma espessura de 5a 7,5 cm em duas camadas de macadam de aleatrio, on, ainda melhor, por 5 om constitufdos pelo processo de mistura de areia hiimida (wet sand mix) ou mistura de pedra e areia htimida (vet stone-sand mic), A utilizaglo de agregados hnimidos foi desenvolvida durante a guerra, sobretudo quando se descobriu que 2°, de cal hidra- tada permitem constitair um bom asfalto de arcia, mesmo nfo sendo esta seca. Existem especificdgdes americanas para as caracteristicas a exigir dos betnminosos, conforme o fim a que se destinam. Um dos mais usados 60 8. R. O. (Special Road Oil). 25 —Solo-cimento A estabilizagiio com cimento pode conse- guir-se por dois processos: betio magro cilindrado e solo-cimento. («lean-mix rolled concrete»). O fim que se pretende conseguir 6a obtengio dum material duro, durével resistente A acgfio da Agua; emprega-se em bases, com revestimento superficial betumi- noso, ot em sub-bases, destinadas a receber pavimentos de betio. O primeiro proceso pode utilizar agre- gados diversos, como enscalho ¢ arcins, desperdicios de pedreiras, ete. Nao hé neces- sidade destes agregados terem as qualidades normalmente exigidas para os betdes, pois a resisténcia A compressio exigida nio excede nunca 08 180 kg/em?. De resto, como 0 material depois de misturado na betoneira e espalhado com uma auto-niveladora, tem que ser cilindrado com cilindro de 8 tone- ladas, pode emprogar-se relativamente seco, e portanto a resisténsia serd, maior por ser TECNICA 978 baixa a razo Agua/cimento (da ordem de 0,8 a 0,9). A proporetio de cimento, varid~ vel coma natnreza dos agregados, varia de :10 a 1:15. A compactagio deve ser con- duzida a um gran alto, © processo do solo-cimento encontra-se muito mais espalhado, pois permite 0 em- prego duma maior escala de agregados. Mas ¢ essencial a execugio de ensaios con- venientes, antes ¢ durante a construgio. Em primeiro lugar, convém frizar que nem todos os solos so aconselhiveis para serem utilizados neste processo. As duas condigdes mais importantes a respeitar sio as seguintes [4]: a) boa granulometria, para ser possivel nobtengiio duma alta densidade compactada; 6) pequena percentagem de matéria orga nica, inferior a 2°/, (com tolerdncia em certos casos até 4°/,), Além destas, convém assegurar mais: ¢) resisténcia minima & ruptura de 18 kg/em? (aproximadamente 250 libras por pol. quadrada) depois de conservadas fas amostras durante sete dins em atmosfera hiimida). d) resisténcia, sem perda apreciivel de material, a 12 ciclos sucessivos de arrefe- cimento a bnixa temperatura e aquecimento. ¢) resistencia a ensaios de durabilidade, constituidos por 12 ciclos sueessivos de humedecimento e secagem. f) facilidade de trabalho (maniabilidade). Para aplicagio no solo-cimento, convém classificar os solos em 4 grupos. O grupo 1 corresponde aos solos arenosos, necessitando de 6 a 10°, de cimento ¢ endurecendo muito notivelmente. O-grupo 2 jé exige 8 a 10°/, de englobando solos lodosos; 0 endureci 6 ainda notivel. O grupo 3, incluindo os solos argilosos, exige 12 a 14%, de cimento, sendo o endu- recimento regular. Finalmente, 0 grupo 4 contém os solos que niio podem ser tratados conveniente- mente por este proceso, Resumindo imento,, nento H. PARRY & SON, L.°4 SEDE: 6, AV. 24 DE JULHO - LISBOA Telef.: 64187 {4 Linhas) 66065 Teleg.: NAVIOS-LISBOA sa CONSTRUCOES E REPARACOES NAVAIS DOCAS SECAS Execugdo de qualquer trabalho de mec4dnica, electricidade, fundigao, caldeiraria, forja, soldadura, etc. DESENHOS PROJECTOS ORCAMENTOS = Tx. Fabrica Portugal MOBILIARIO METALICO —M TODOS OS GENEROS InstalagSes completes para : Mobiliario moderno CLINICAS para HOSPITAIS SANATORIOS ESCRITORIOS CINEMAS ESCcOLAS HOTE NI Ss BIBLIOTECAS ESPLANADAS SALAS DE EXPOSICOES : Rua Febo Moniz, 2a 2 Grape 4 Grape 2 Grape 3 | Grupo 4 _ = | , ae Efeito do tratamento | Endurecimento | Endurecimento | Endurecimento | Niio pode ser tra- com cimento muito notavel notavel regular tado com sucesso a ——_1. { _ | | 1 | Solos tarforos Tipos de solos Prodominantemen ssigg jodosos | Solos argilosos | Sivoo aryifaa — | J | Limote liquido <50 indice do plasticidade <25 | _ _ | - a : | | ! ereentagem deargila 5 so | (particnlas <5 <85 %f <95 "a | —____ _ Resisténcia dcompres-| 18 kg/em* depois de 7 dias | vio minima om atmostera bimida | - _ - i Pordas admissiveisdu- | durabilidade (refe- 14 0% 10 oy renter a0. poro em Variagio de volume | > Tiasimo admiesivel| 20 | 2M 2M ee fo | | | Percentagem normal | | de cimento (referida | — 10 oo 8—12 oy w—uy, | 0 peto em 3600) 26 —Ensaios normais de solo-cimento Pesa-se cerca de 3 kg — quantidade sufi- ciente para 3 moldes— ¢ junta-se 2 percon- Para assegurar as condigdes expostas tagem devida de cimento (tendo em atengio toma-se necessfirio efectuar os seguintes ensaios de laboratério [4]: a) Ensaio de compressdo. A aparelhagem necessiiria consta de aparelho de Proctor, Dalanga semi-autométicn senstvel ao deci grama, maquina de compresstio, recipientes de aluminio, gume recto de ago © orivo de 3/16" B.S. Seca-se o material a 105° C, e passa-se pelocrivo 8,16", rejeitando o que ficar retido neste. © material grosso separado) a mistura faz-se 2 mio ou mecanicamente, o que 6 preferivel. Completada a mistura a seco, junta-se a figua correspondente a graw dptimo de Iumidade proviamente determinado para a mistura pelo método de Proctor e compact: -se nos moldes pelo método normal: em tr camadas ¢ escarificando 0 topo de cada camada para assegurar bon aderénoia da seguinte. A tltima é nivelada ¢ alisada com © gume recto, No dia seguinte, extraem-se TECNICA 979 as amostras dos_moldes ¢ conservam-se cobertas durante 7 dins com areia hiimida, que no fim deste perfodo & enidadosamente removida com um farrapo. Faz-se entiio o ensaio de compressfio na prensa, aplicando a carga a uma velocidade de 70 a 140 kg/em? por minuto. Dos exemplares ensaiados tiram-se amos- tras para determinagio do gran dehumidade, b) Ensaio de durabilidade: Preparam-se duas amostras, para cada percentagem de cimento, em moldes de Proctor, no grau 6ptimo de humidade. Aplica-se apenas mate- rial que passe no erivo N 7 B.S. Mantém-se as amostras durante 7 dias em atmosfera htimida e submetem-se a 12ciclos constando das operngdes seguintes: —pesagem —imersfio em dgua durante 5 horas —pesagem das duas amostras e medigio da amosira N° 1 —seoagem a 70? G durante 42 horas —arrefecimento 4 temperatura ambiente e nova medida da amostra N.° 1 —remogio do material desagregado .na amostra N.° 2 por meio de duas escova- delas com escova de ago, pesando-se em seguida, A amostra N.° 1 utiliza-se na determina- Ho do gran de humidade e a variagio de volume, e a N.° 2 para a avaliagao das perdas durante o ensaio, Um material sati fatério obedece aos valores anotados no quadro do parigrafo anterior. ©) Ensaio de arrefecimento ¢ aqueci- ‘mento, Este ensnio tem importincia quando sejam de recear baixas temperaturas, Consta de 12 ciclos assim constituidos. —colocagiio de duas amostras numa geleira a, pelo menos— 10°C; devem dispor-se sobre um leito de areia hiimida que per- mita a absorpgio de Agua durante o arrefecimento, —remogho das amostras da geleira e sua pesagem ; medigho da amosira N.* 1 —Conservagiio em atmosfera hiimida du- rante 22 horas, colocadas em leito de arein Inimida, ICNICA 980 —pesagem das duas amostras, medigho da amostra N.° 1, e pesagem da amostra Nv 2 depois de escovada. Os resultados devem obedecer Ais condi- Bes do quadro citado. Durante a construgio, 6 necessirio efec- tuar os seguintes ensaios de controle: a) Verificaglo do grau de humidade ; 2) Verifiengio da percentagem de cimento em toda a espessura tratada; c) Ensaios de Proctor do material prepa- rado antes da compactagio, para verificar o grau de humidade e a densidade a esperar. 4) Verificacio dadensidade na hase deter- minada, e também durante o cilindramento liso, para ajuizar da necessidade de modifi- car os métodos de compactagio de forma a atingir a densidade necessiria, 27 — Ensaiot de emergincia de solo-cimento Durante a guerra foram desenvolvidos certos ensaios de emergéneia, para uso nas zonas de combate, ou quando se niio dispn- nha dos aparelhos necessirios, ou final- mente, quando o tempo urgia. essencial a conhecer para realizar uma construciio em solo-cimento resume-se nos trés valores seguinte: —quantidade de cimento a juntar para assegurar um endurecimento suficiente; —quantidade de gua a juntar & mistura de solo-cimento; —densidade a que se deve fazer compacta- iio. E sempre necessirio dispor de aparelha- gem para ensaios de compactagio e para molar amostras, ou, pelo menos, de mate- rial que permita improvisé-ln, Assim se responde hs duas tiltimas alinoas citadas. Quanto A primeira, usamo processos designados por «pick testy © «click testy que s6 sko de intorome quando efectnados por quem tonha praticn dow ensaios nor- mais de solo-eimento ¢ portanto saibs inter- preté-lon. Convém notar que ® quantidede de cimento assim determinada tem uma mar- gem de seguranga, sendo portanto um valor por excesso. Os trabalhos podem seguir a ordem que vamos registar [4] a) Inspecgio do solo, para determinaca dos tipos deste 0) Colheita de amostras de 25 kg do cada tipo. ¢) Ensaio de Proctor para cada tipo de solo, juntando 14°/, do peso em cimento. d) Moldagem de 3 amostras com, respec- tivamente, 10, 14 e 18°/, do volume em cimento, @) Manutengo das amostras durante 3 dias em humidade clevada (em areia hiimida ou sob palha ou ervas hnimidas), yerificando a marcha do endurecimento apick test». “f) Ao fim dos 8 dias, se necessério, ou de 7 dias se possfvel, imersfio das amostras em gua durante 3 horas ¢ aplicagio dos «pick» ¢ celick tests» para avaliar o grau de endurecimento do material hrimido. 9) Secagem das amostras, e emprego dos mesmos ensaios. }) Novamente humedecer as amostras ¢ renovar 0s ensaios. ‘Vejamos os dois ensaios citados [4]. «Pick testy — segurando a amostra numa das miios bate-se-Ihe levemente com um instrumento ponteagudo, como uma pequena pieareta, e duma distineia de 5 a 7 em. Se a amostra resistir vai-se aumentando a forea do choque. Se o endurecimento for bom, uma amostra com menos de 7 dias, mergulhada em ‘gua 3 horas, nfo deve deixar penetrar o instrumento mais de 3 a a 6 mm, A marcha do endurecimento vai-se seguindo, como foi explicado, desde a mol- dagem. “Click test» — aplica-se as amostras que satisfizeram a0 ensaio anterior, Segura-se uma em cada mio, separadas 10 em, © batem-se produsindo um som. Se o endurecimento é satisfatrio, esse som deve ser sonoro, Se uma das amostras no estiver em condigdes, o som é abafado. Prossegue-se o ensaio até quebrar as amos- tras, submetendo-se 0 sen interior ao «pick test. 28 —Camada de desgasie para bases estabi- lizadas com cimento into as bases em betio magro, como as do solo-cimento, devem ser protegidas por um revestimento superficial impermedvel. Entre os mais usados figuram de dois tipos, ambos com espessura média de 5 em. a) Tapete de brita e areia. Podem usar- -se og materiais e proporgdes seguintes: Brita: 1/2" a 1/8' 45 -55°/ Areia: 1/8"aN2200.... 40-50%, Resfduos: passando no n.°200 5 6°/o Aleatrio: penetragio 80 a 120a35°C— 60 a 70 litros por ton. de agregado on Asfalto: penetragio 160 a 300 a 26°C — 60 a 70 litros por ton. de agregado. Seja qual for o ligante, a mistura deve ser feita, colocada ¢ cilindrada a quente? b) Papete de areia: Agregado passando 1/4". . 100% ‘Agregado passando 1/8’. . 70-100°/ Agregado passando N.°36 , 20- 60°/> ‘Agregado passando N.° 200 10- 20°/, Ligante— 70 a 80 litros por tonelada de agregado. O ligante pode ser: A) Asfalto: penetragio 150 2800 a 26°C B) Asfalto liquido (cut back): penetragio 75" —200 a 25° C Aleatrdo penetragiio: 180" — 220. a30°C D) Aleatrio’ =» 30" — 6030°C. © ligante ¢ o agregado devem ser aque- cidos separadamente antes da mistura, Em- pregando 0s ligantes A) ou C), a colocagio @ cilindramento devem ser feitos a quente; com os ligantes B) ou D) jé se pode proce- der a frio w essas operagdes, mesmo alguns dias apés a mistura, Mas o seu endureci- mento € mais lento. © tapete de brita e arcia pode ser usado algumas horas depois de exeeutado, se se empregar asfalto; ou 24 horas depois usando aleatrio, TECNICA 981 O tapete de brita e areia apresenta maio- res resisiéncins com o ligante A); se no se puder obter, segue-se-lhe o ligante C). 29 — Uso de calcéreos 86 devem ser usados como agregados em betio quando outros nao estejam disponi- veis. E mesmo assim, apenas os tipos mais duros podem ser utilizados. Para outros empregos, nfio dispomos de conclusdes seguras, parecendo que podem ser esmagados, compactados e cilindrados da maneira usual, embora apresentem me- nor resisténcia & aegio do gelo. 30 —Estabilizagio. com substincias polares (3] 14] Uma vez obtida a resisténcia ao corte conveniente dum dado solo, a manutengio do valor aleangado para esta caracteristica pode ser obtida pela adigao de certas subs- tincias capazes de manterem constante o grau de humidade e impedirem acces eapi- ares. Assim se consegue a auséneia de pé no tempo seco © de lodo no tempo das chuvas, Jé nos referimos & utilizagio de certos sais deliquescentes (como os cloretos de sédio ou cdleio) que pela sua natureza, agem como reguladores da humidade. Agora queremos tratar de cortas substincias eapa- ues de polarizar a luz, cujas moléculas sio assimétricas, apresentando um carbocilo (grapo com afinidade para a Agua) num dos extremos ¢ uma cadeia de parafina (que por sua vez repele a figua) no outro. Essas subs- tncias colocadas no solo e em presenga da 4gua formam membranas de extremamente pequena espessura, fieando em contacto com a dgua os grupos absorventes desta, enquanto ® superficie exterior da membrana impede as acgdes capilares pela repulsio da humi- dade. Podem classificar-se neste grupo certas resinas (das quais algumas, como o «Vinsol» constituem produtos patenteados), seus de- rivados, como resinato de sédio e algumas coras, A mais impressionante das vantagens do TECNICA 2 seu emprego consiste na quantidade neces- sérin, que & de cerea de 1°/, do peso do solo seco. Além disso presta-se ao trata- mento duma maior variedade de solos que 08 outros estabilizadores; depois de usada uma estrada assim construida pode ser sacrificada © novamente compactada; e fi- nalmente, a construgho nfo é afeetada por chuvas durante a construcio, como sucede com 0 solo-cimento, 31—Evabilizagio por aquecimento ou pot fratomento eléctrico [3] Em alguns casos tom-se empregado o aquecimento prévio das argilas, a usar como agregados, ou o seu aquecimento no préprio local. A utilizagiio deste proceso tem sido contudo muito restrita, © poucos elementos se conhecem sobre ele. Por outro lado, a aplicagio de corrente eléctrica para o endurecimento das argilas tem sido empregada com sucesso, Em argi- las brandas de alto grau de humidade, a colocagio de dois electrodos de aluminio, provoca a secagem e aumento de consis- téncia junto ao dnodo, devido provivel- mente ao fendmeno da eloctrélise e electro- -osmose, sendo os ides de céleio ou de sédio presentes na argila substituidos por ides de aluminio. 32—Breve andlise dos modernos processos de construsio As ideias correntes desde hii muito sobre 08 métodos de construgio de pavimentos e infra-estruturas sofreram nos iltimos anos uma evolugio notivel, cujas caracterfsticas principais residem na mecanizagio do tra- balho, na elevada poténcia das méquinas empregadas e, sobretudo, na substituigio dos conhecimentos empiricos por outros dotados de série base cientifica. Limitar-nos-emos aqui a dar uma breve resenha daqueles processos que mais so afastam dos outros seguidos. Trés métodos distintos condicionam a forma de se efectuarem as misturas de solos entre si ou com estabilizadores, a saber: 1.° — Hstaleiro fixo (stationary plant) 2° —Estaleiro mével (éravelling plant) 3.° — Mistura no préprio local (mix -in- plac 33 — Construgéo por mistura no local [4] E talvez 0 método que mais se afasta das concepgtes clissicas. Comecemos por estudar as earacterfsticas do material a empregar, que de resto tem também aplicagko nos outros métodos, a) Auto-niveladoras. Existem de diferen- tas tipos, sendo as mais usadas munidas de Himina de 3,60 m, muitas vezes equipadas com um escarificador. b) Bquipamento agricola. Empregam-se arados, capazes de revolverem o solo até profundidade de 14 om; grades de discos € por vexes grades de pontas e grades lisas. ‘As grades de discos devem ter, se possivel, 2,70 m de largura, podendo ter mecanismo regulador da profundidade a que penetrem, Discos de 50 a 60 m permite obter uma boa pulverizagio do solo até 15 em de pro- fundidade; 0 emprego de discos menores pode obrigar a utilizagio de arados para frazer 0 material niio pulverizado & super- ficie e permitir o seu tratamento por esses discos. c) «Scrapers», Sio usados na remogio, transporte ¢ colocagiio de terras. 4) Cilindros lisos. Sio hoje muito pouco usados para fins de compactagao, por terem efeito apenas nas eamadas superiores ¢ dei- xarem as superficies lisas com pouea liga- glo com as inferiores. Empregam-se con- tudo om acabamentos, depois dos cilindros de rodas pneumiticas. O seu peso deve ser de 6 a 8 toneladas. ©) Cilindros de pé de carneiro. Tém um larguissimo emprego nas operagées de con- solidagio. A seco de cada pé deve ser de 10 a 15 om? (para construgao de barragens de terra, 25 a 50 cm?) As presses, varidveis com o tipo de solo, estiio compreendidas entre 10 a 20 kg/em’. As pressdes mais altas obtém-se enchendo com gua o tambor: Em solos arenosos: 7 kg/em? Argilas arenosas ¢ argilas soltas: 7 a a 15 kg, Argilas compactas ¢ solos eontendo agre- gados: 15 a 20kg/om’, A forma mais aconselhiivel para os pés & a de troneo de piramide, com 17,5 om de altura, 12,5 > 12,5 em na base e 10,5>< >< 10,5 em no topo. O niimero de pastagens do cilindro para obter a compactagio necessiria varia de 10 a 22. Se nio se consegue a densidade desejada, isso pode ser atribufdo a ser baixo o grau de humidade, possivelmente por eva- poragio. Corrige-se entiio este: Terminado 0 cilindramento, 0 solo deve ser convenientemente gradado para destruir qualquer irregularidade que se tenha for- mado, ¢ pulverizado até & profundidade de 2,5 em, a fim de se preparar para o cilin- dramento com o cilindro de rodas pneumé- ticas. £) Cilindrosderodas pnoundticas. Devem ter pelo menos 5 rodas no eixo trazeiro e 4 no da frente, com rastos desencontra~ dos; podem ser carregados co de balastro, podagos de forro, A. pressiio dos pneus pode vari 84,2 kg/om. g) Tanques de gua: Devem ser munidos de bombs, par: i buic&o da Agua uniforme e sob pressio. Para a execugio de 4500 m? de 15 em de camada consolidada por dia de 10 horas de trabalho pode usar-se o seguinte material : iar de 2,8 Auto-niveladoras ou «bulldozers» com Himina de 3,60m.........- 2 Tractores de Ingartas de 40 HP... . 4 ‘Tractores de pneys de 80-40 H.P.- 2 Grades de discos... 0.0.05 3 Arado pesado... eee Grade de molas.. 2.2... 1 ee ae Grade dedentes. . . 1 Grade lisa 2... ami) Gilindro de pés de carneiro. |... 2 Cilindro de rodas pneumitions. . 2. 1 Cilindro liso de 6-8 toneladas. . . . 1 Tanque de Agua de 450 Titros. .. 2 Camides de 2 toneladas........ 6 Tecnica 983 Um esquema da organizagio do pessoal pode ser 0 seguinte: que para trifico leve, de 400 a 600 vefculos por dia, as condigdes de conservagio sio Engenheiro Pager Telos (1 Capataz (1) | T T Assistente do Labo- “ Conduto- "Drabae rratério (1) res do tha maquinas dores (i) GO) Para a estabilizacio com o rendimento citado, 08 materiais necessirios so, con- forme o estabilizador empregado: imento (12°/,). . . . . , 125 ton. insol (1°/,)- . +--+ 10 1/2 ton. Agua... 2.1.44. 8-6%, Oleo combustivel para trac- tres... 2... . . 450 litros Gasolina... .. . . 675 litros Oleo lubrificante , . . , , 180 1/semana ‘Massa Iubrificante, . . . . 25 kgs/sem. Convém dispor dos seguintes barracdes transportiveis : 2 de 3,60><3,00m para o engenheiro ¢ en- carregado do escritério 1 de 3,60 3,00 m para o laboratério de campo 1 de 6,00 3,00 m para o armazém 1 de 5,40><3,60 m para os mecinicos ¢ sua aparelhagem, Como em todos os métodlos, o seu emprego & precedido pela conveniente inspeceo do solo e ensaios de Inboratério, que decidem © caminho a seguir. Assim, poderé chegar-se 4 conclusio de que uma estrada em hetio de argila é acon- selhivel. Isso pode ser conseguido, em solos argilosos, pela adigao de material granuloso em quantidade ¢ qualidade satisfatérias, ou, em solos arenosos, pela adigio de argila, Por vezes, a adicfo consta apenas duma camada superficial de mistura natural de argila ¢ areia, obtida nos campos préximos. A experiéncia americana (Georgia) mostrou TECNICA 984 Mecanicos (4) Encarregado da oserituracio (1) —— Chefe de armazém (1) satisfatérias, sobretudo em presenga dum tapete betuminoso (6 a 8 anos de duragio, mas com despezas de conservagio). Outras vezes, mostrando-se o solo natural com ms condigdes de estabilizagio, poderd recorrer-se ao uso de eascalho de jazigos préximos, utilizivel tal qual, ou com mis- tura de argila ou do proprio solo, Areia que exista proximo pode conduzir a uma base estabilizada com 8.8.0. depois de misturada com solo natural ou argila, Obtendo-se brita, poderé convir uma base de cerca de 15 em, do tipo macadam construfdo com ‘gua, © por vezes adigao de deliquescentes. A estabilizagio do solo natural com os produtos jé estndados fornece ainda uma outra possibilidade, quase sempre a mais seguida, ‘Vejamos a sequéncia das operagdes para aplieagées do método de mistura no local. ‘Vamos para isso exemplificar com 0 caso do solo-cimento que 6 o mais empregado, embora 0 uso de Vinsol e de betuminosos também possa ter Ingar pelo mesmo pro- cesso. a) Piguetagem. Define-se a linha média da estrada ou pista com cavilhas niveladas, a intervalos de 30 m, e bem assim os Iados com cavilhas niveladas de forma a acusarem © abaulamento. Na gradagem final, as cavilhas devem ser colocadas com intervalos menores, da ordem dos 7,5 m. b) Remocto da camada superficial. A camada de solo orginico superficial deve ser removida, até 7,5 ou 10m pelo menos, de forma a arrancay ay raiges, Por vezes é os Bo necessério ir até 15 em de profundidade, Utilizam-se uscrapers». ©) Preparagao do solo, Nivela-se segundo ascavilhas, utilizando auto-niveladoras se os declives sio uniformes (longitutinal e trans- versalmente) ou wscrapers se é necessiirio formar abaulamento, e se se deseja obter maior rigor no trabalho, Colocam-se depois cavilhas de nivelamento separadas 7,5 m € passa-se a auto-niveladora de forma a obter superficie uniforme. 4) Correcgao do solo, Sendo necesstirio a adigaio de argila a solos arenosos, ou de cascalho a solos argilosos, amontoa-se 0 material sobre a superficie preparada e com auto-niveladoras espalha-se em camada uni- forme da espessura correspondendo 4 per- centagem a empregar. e) Remeaimento do solo. Com arados, remexe-te 0 solo até cerca de 1 em ou de 1,5 cm a menos da espessura tratada a for- mar (para espessura de 10 em, até 25 em, e para espessura de 15 em até 13,5 om), ‘Uma s6 passagem de arados 6 suficiente para solos ineoerentes ou para solos eoeren- tes de grau de humidade conveniente. Se a humidade for muita, & necessirio permitir a evaporagio entre algumas passa~ gens consecutivas dos arados. £) Pulverizagao do solo. Utilizando gra- des de discos, procura-se obter que 80 °/, do solo (exceptuando eascalho e pedras) passem no erivo de 3/16". Por vezes é necessirio obrigar o solo nko pulverizado avir { superficie, langando novamente mao dos arados. Convém que a espessura do solo pulverizado exceda em 3,5 a 4m a espessura do solo compactado que se pre- tende obter. Para se manter a superficie bem uniforme e nivelada, pode recorrer-se & acciio da grade de dentes ¢ de auto-niveladoras. Com efeito tanto os arados como as grades de disco arrastam Jateralmente o material. Muitas vezes convém proteger o solo preparado com «sisal-kraft» ou outro papel preparado, para evitar a acgio duma chu- vada forte no intervalo que medeia entre a conclusio destas’ operagdes preliminares © comego da estabilizagio. Atingido este ponto, se o solo no neces- sita a adigho de estabilizadores, procede-se As operagdes de compactag&o. No caso con- trério, 6 necessério executar mais os seguin- tes trabalhos. 2) Formagao de juntas. Ao longo dos bordos passa-se um arado de forma a abrir um suleo onde se possam instalar barrotes de 15> 15 em colocados topo a topo. So cuidadosamente alinhados ¢ nivelados, fixando-se ao solo com cavilhas de 2,5 em ¢ 45 a 60 em de comprimento, que passam por furos priviamente deixados na madeira. ‘ém por fim resistir & pressio lateral exer- cida pelas méquinas durante a construgio. © mesmo processo se observa na ligag&o de duas secges executadas em dias dife- rentes. Pode colocar-se uma plataforma de pranchdes na parte acabada, até pelo menos 4,20 m, cobertos com 10 cm de terra, que forma rampa para o lado a cons- truir, Quando se atingem as operagdes de compactagiio, retira-se o barrote de 6”><6", deixando o material novo encostar ao outro e consolidando-o, com 2,5 em acima do outro, ao pé da junta, Bassa elevagiio des- faz-se mais tarde com a anto-niveladora. A fig. 95 dé uma ideia do processo. h) Colocagdo do cimento: Em alguns casos da pritien americana, o cimento é dis- tribufdo meednicamente, com 0 auxflio de carros proprios. Mas geralmente procede-se & sua distri buigdo manual. ‘As operagies respectivas levam entio cerca de duas on trés horas, pelo que convém comecar cerca de uma hora apés 0 infeio do trabalho do dia, hora essa gasta em controle das estacas de nivelamento, acabamento da pulverizagio, colocago dos barrotes nas juntas, ete. Ficam entio cerca de 6 horas do dia de trabalho para as ope- ragdes que se seguem a distribnigao. A colocagio dos sacos pode fazer-se on em montes situados & beira da estrada, ou, de preferéneia, directamente na sua posigio, desearregados dum reboque, A separagio entre sacos 6 determinada pelo engenheiro de solos Abrem-se entiio os sacos num dos extre- mos com pis agngadas, seguindo-se outra brigada de trabalhadores que os despejam, TECNICA 988 cuidadosamente para que nto haja dispor- silo com o vento. O espalhamento faz-se com grade de dentes, por vezes tendo atrelada uma grade lisa, rebocada por um tractor pavinenro scasavo rial para fora da faixa em tratamento, o que obrigaria a apanhé-lo 4 pa. Por outro lado, 8 mistura deve merecer cuidados especiais Junto das bordas onde convém passar o weaman oF reRR wore ravinewro Fig. 98 com pneus. Geralmente bastam 3 ou 4 pas- sagens para ser ser assegurada uma distri- buicho uniforme, i) Mistura a seco, Uma passagem (pelo menos) do cultivador de dentes flextveis re- volve 0 solo, fazendo-o cobrir de cimento ¢ impedindo perdas deste pela acciio do vento. Segne-se 0 uso da grade de discos ¢ nova- mente ocultivador de dentes flexiveis até quo a mistura tenha atingido um grausuficiente. O arado permite entio trazer & superficie solo ainda nio misturado, seguindo-se novas aplicagdes dos dois aparelhos. Por meio de buracos pequenas trinchei- ras cavadas no terreno e espagamentos con- venientes, faz-se 0 controle da profundi- dade atingida pela mistura (cerea de 18,5 a 22 om) ¢ também do grau de uniformi- dade atingido, posto em evidéncia pela mesma cor em toda a profundidade. Entio pode considerar-se terminada a operagio. E necessirio ter em conta um certo niimero de precangées. Assim, a manobra do equipamento deve ser dirigida de forma a nao lancar o mate- TECNICA 986 arado, misturar e nivelar, Em eertos solos em que o cimento tem tendéneia a acumu- lar-se no fundo das camadas, 0 emprogo jndieioso dos arados é também de aconse- har. Terminada a mistura a seco, colhem-se amostras a fim de se determinar 0 grau de humidade e portanto a percentagem de fgua a juntar. Para evitar a formagiio de covas on depresses onde a éguase acumule, um nivelamento geral deve ter Ingar entao. j) Mistura himida, A adigio de dgua Jevanta em geral importantes problemas ligados ao facto de que toda a égua neces- siria A seocdio em testamento deve ser dis- tribufda em cerea de trés horas, O mimero © forma de abastecimento dos camides-tan- ques deve ser cuidadosamente examinado; normalmente 3 tanques sio suficientes, Convém montar uma bomba no ponto de abastecimento para diminnir 0 tempo ai gasto. O caudal de regan deve ser regulado de forma que cada eamiio se esvasie per- correndo uma s6 vex a secgio, Na avaliagio da percentagem de dgua a empregar, deve ter-se em conta a evapo- ragio; em climas nfo excessivos toma-se por vezes 2°/, acima do grau éptimo de humidade, £ preciso notar que, quando a obtengio de digua no é fKeil, 6 possfvel nio fazer essa correcgio, ou fazé-la parcial- mente, resultando dai um menor grau de compactagiio, 0 que nfo tem grande impor- incia se 0 maximo da curva densidade/grau de humidade niio for muito acentuado. A mistura hrimida processa-se da maneira que segue. Apés o langamento da agua de cada tan- que, imediatamente se remexe o terreno com grade de dentes, cultivador de dentes flexi- veis e grade de discos. Quando jé se distri- buin metade de Agua a ser empregne, pas- sam-se os arados, imediatamente seguidos dos cultivadores de dentes flexiveis. Depois as operacdes seguem como anteriormente, devendo a gradagem continuar mesmo depois de terminada a rega, até se conseguir uma mistura bem uniforme, Controla-se entiio 0 gran de humidade, e passa-se finalmente, como preparago para a compactagio, o cultivador de dentes flexfveis. b) Compactagao. A compactagio pode comegar pelo uso de cilindros de pé de car- neiro do tipo aconselhével para 0 solo em- pregado, passando-se até obter a densidade desejada (10 a 12 vezes). Em seguida nive- In-se a superficie, pulveriza-se a camada superficial de 2,5 om, como preparagio para ocilindramento com eilindro de rodas pneu- méticas, rebocado por um tractor com pneus. Se nfo se conseguir com estes uma superfi- cie bem unida on so se formarem fendas, 6 sinal da falta de Agua; convém regar, exi- gindo uma pequena aplicagio de digua (de 0,5 8 1,5 litvos por m’). O cilindramento termina quando se obtém uma superficie bem acabada. Imediatamente, duas passa- gens de cilindro liso asseguram 0 acaba- mento final, 1) Protecgdo. Durante pelo menos 7 dias & benéfico 0 uso dams proteceao de papel impermesvel, ou de terra, areia, ervas, ete., conservadas htimidas. Hf quem aconselhe em lugar disso que seja permitido tnifico ligeiro de antoméveis, passando-se uma m) Revestimento superficial. Jé indied- mos anteriormente dois tipos de tapetes be- tuminosos impermesveis muito usados para revestimento superficial de estradas deste tipo. Evidentemente, outros tipos podem ser usados, por exemplo construindo uma ca- mada impermesvel logo apés o eilindra- mento (ou, segundo outros, apés os 7 dias de amadurecimento do solo-cimento) obtido por rega do pavimento com éleo de estrada ou asfalto liquido, com 1 a 2 litros por m? € com penetragio apenas de 3 a 12 mm. Terminada a penetragio (24 horas) apli case uma camada de desgaste, cuja compo- si¢io pode ser muito varidvel conforme o fim a que se destina: desde uma simples rega de aleatriio on asfalto com areia ou resfduos até um pavimento betuminoso de 5 ou 7,5 em de espessura, para trifico pesado (bombardeiros). 34 — Construgio com estaleiro mével [4] $6 por alturas de 1930 apareceu nos E, U. este método, procurando juntar as vantagens da construgio por mistura no local com a de estaleiro fixo. Existem mdquinas de diferentes caracte- risticas para esto fim. As figs. 96 ¢ 97 dito o esquema das miquinas «Barber-Greene» ; a primeira é misturadora, a segunda, desti- na-se ao acabamento do pavimento. A me- dida que caminha ao longo da estrada, a primeira méquina carrega a pedra e arcia disposta ao longo dela; na cimara de mis- tra junta-se a0 astalto, cuja introdugito é automética e regulada pelo proprio movi- mento da maquina. A’ mistura é entio expulsa, sendo o pavimento regularizado pela segunda miquina, Este método de construgio pode ser em- pregado nfo s6 com betuminosos, mas com qualquer outro tipo de estabilizador. Com estabilizadores Mquidos, o tanque de abus- tecimento liga-se com uma mangueira i «Barber-Greene» deslocando-se com esta até se esgotar. © asfalto passa por aspiragio para 0 tanque ligado & maquina, a partir do tanque de abasteeimento onde se deve encontrar TECMIEA 987 temperatura conveniente. A reserva assim feita na prépria maquina permite que o tra- balho continui sem interrupgio quando 6 necessério substituir um tanque de abaste- cimento vazio por outro cheio, operagio que pode levar corea de meia hora. fornecimento de gua faz-se da mesma maneira, mas o tanque de reserva s6 pode courte a) Amontoamento do solo. 0 solo pulveri zado na operagdo anterior é arrastado com auto-niveladoras de forma a constituir um monte colocado ao longo do centro da faixa Fig. 98 (Diversos [4] pig: 184) covreote BA Fig. 97 (Diversos [4] pag. 184) ser utilizado quando se empregam estabili- zadores em pé. Os sacos destes colocam-se a0 lado da estrada, com um espacamento correspondente 4 quantidade a misturar ao solo que se vai carregando do monte esta- elecido ao longo da estrada. As operagdes iniciais a executar sio as mesmias do método anterior até & pulveri- zagho do solo, inclusivé, Em seguida, pro- cede-se da forma que se vai explicar. TECNICA 988 de 6,00 m trabalhada, tendo-se 0 cnidado de assegurar a regularidade de dimensdes dese amontoamento. No caso de serem neces sirias operagdes de compactagio ou estal Tizagio da infra-estrutura, entio as auto- veladoras comegam por arrastar o solo para fora da faixa, 26 depois desses tra~ balhos conclufdos ¢ que se forma esse monte central. ‘A evaporagio agora s6 tem lugar na superficie, ao passo que a dgua de qualquer chuvada deslizaré prontamente pelos taludes do monte de terras; 6 uma vantagem impor- tante do método. Caleula-se a seogio recta do monte, e 0 seu volume por unidade de comprimento, © que permite estabelecer 0 espagamento dos sacos ¢ a velocidade a imprimir & maquina. Determina-se também o grau de humidade das terras, para avaliar a quan- tidade de Agua a juntar, b) Mistura. As operagdes de mistura a seco ede mistura hrimida do método anterior so agora reunidas numa s6. Quando se usam detuminosos, a maquina é colocada no ex- tremo da seccXo a pavimentar com os tan- ques de ligante e Agua em posigio; carre- ga-se em seguida e pde-se a trabalhar, comecando 0 seu deslocamento logo que tém lugar as primeiras descargas da mis- tura, Com cimento, os sacos estio colocados ao longo da estrada (com alguns deles aber- tos),¢0 trabalho comeca da mesma maneira. Sio necessirias frequentes determinagdes de controle do grau de humidade e da pereen- tagem de estabilizador. Quando se empregam asfaltos (particular- mente S. 8. 0.) as operagdes de espalha- ‘mento ¢ compactagio podem ser executadas a seguir ou, indiferentemente, alguns dias depois. J& 0 mesmo nio sucede com 0 cimento ; entio todas as operagées seguintes se devem completar até cerea de 6 horas a partir do comego da mistura, ©) Espalhamento. Um espalhamento pre- liminar pode ser conseguido com cerca de T passagens do bulldozer ou niveladora (8 ao longo de cada margem ¢ 1 alternada- mente dum Indo para o outro). Ent&o con- trolam-se convenientemente as espessuras, acerta-se 0 que for necessirio e passa-se 0 cultivador de dentes flexiveis como prelimi- nar para a compactagao. Antes do infeio do espalhamento convém verificar a existéncin de qualquer ponto fraco na infrastrutura, substituindo-se e compactando-se 0 solo respectivo se se trata de pequenas ‘reas, on arando ¢ com- pactando noutros casos, £) Outras operagies: As restantes opera~ ges, de compactacko e acabamento, execu- tam-se como no método anterior. Para a execugio de 4.500 m? de camada de 15 em por dia de 10 horas de trabalho, pode usar-se o seguinte material: Maquina de mistura, mével, tipo «Bar ber-Greoney> . 2. we eee Auto-niveladoras on «bulldozers» com lamina de 360m... ... ‘Tractores de lagartas de 40H. PL. ‘Tractores de pnens de 30— 40 H.P. | Grades de discos J... 2... eee Arado pesado. , Caltivador de dentes flexive Grade de dentes . . Cilindros de pés de earneiro . | Cilindros de rodas pneumétieas |. | Gilindro liso de G=8 ton. ... 24. ‘Tanque de Agua de 450 litros. . ‘Tanque de asfalto de 450 a 900 litros Camides de 2 toneladas.... 2... te OWN HHH EH ED Este material tanto serve para utilizagio ‘meefiniea, com eimento ou com Vinsol, como para estabilizagio com betuminogos. Neste tiltimo caso, sio necessirios mais 6 aque- cedores de asfalto de 250 litros. ‘A organizagio do pessoal pode ser a ex- posta no método anterior, mas o ntimero de motoristas 6 de 16 ou 14 ¢ o de trabalha- dores de 30 ou 45 conforme a estabilizagio se faz com betuminosos on pelos outros pro- cessos. Sio necessirios mais trés homens para o manejo da «Barber-Greenen. 35 — Construgo com estaleiro fixo £ 0 método usndo ht mais tempo sendo portanto perfeitamente conhecido, pelo que nos abstemos de entrar em pormenores, 36 — Utilizagao de agregados himidos Jé fizémos ligeira referencia & utilizagio de agregados Inimidos. ‘Tem enorme impor- tineia na construgio de pavimentos em asfal- tos de areia, variando os detalhes do trabalho conforme a areia existe no local, é extrafda de jazigos préximos ou tem de vir do exterior. (Continua) TECNICA 989 PROCESSOS UNITARIOS DA QUIMICA ORGANICA POLIMERIZACAO PELO ENG. QUIMICO-INDUSTRIAL MANUEL CHAGAS ROQUETTE (Conelusiio) ©) Factores que influenciam a moldagao Do que anteriormente se expos sobre a importdncia do prego do molde no valor de eusto do produto acabado, conelui-se que 0 1) tempo de moldagio ser um factor decisivo, sob 0 ponto de vista econdmico, na moldagio em grande escala, Ontros factores importantes estiio também relacionados com o tempo de moldagio e intervém naquela operagio: T1) temperatura de moldagio IL) pressio de moldagto IV) composi¢io do pé de moldagio V) fiuides do pé de moldagio I) Tompo de moldagio © tempo de moliagio no processo de extrusio esté relacionado com o débito do material que 6 constantemente comprimido através dos orificios de extrusfio; 0 tempo de moldagio na injecgiio é muito mais eurto do que na compressio e depende principal- mente das operagdes meciinicas necessirias ao enchimento do molde e da fiuides com que a massa a moldar enche o molde fr 0 tempo de moldagio na compressio é constituido por diferentes parcelas : a) abertura da prensa e introdugao do ps de moldagio b) amolecimento e compressfio do pé de moldagio c) eura (mecanismo final de polimeri- zagho) d) extracgio da pega moldada. TECNICA 990 (Assistente do I. 8. 1) ©. D, 661.73 Apenas & parcela ¢) # tinien de interesse sob o ponto de vista da polimerizagio, nos referiremos. Esse tempo de cura seria pro- poreional A espessura das peas até 2 mm. Acima desta espessura o tempo aumentaria exponencialmente. Segundo Geller verificar-se-ia a seguinte relacio, aplictvel, especialmente, a0s amino- -plastas tak.s em que: tempo de cura (em minutos) constante espessura méxima das paredes (em mm) 14a 1,5 * aT | | as \\ | aL MW a ao 8 16] Tempo de cura (min.) eo ae Temperotura ———> carvas de Geller Na pritica o tempo de moldagho 6 deter- minado experimentalmente a partir da maior espessura da peca a moldar, tendo em atengio as caracterfsticas do pé de mol- dagiio. Assim para a maioria dos fenoplastas, para pegas nfio muito espessas, so precisos 0,5 a 1 minuto por mm de espessura mé- xima. O tempo de cura, cresce muito mais damente do que a espessura da pecn a moldar, © que esté de acordo com as considerages de Geller, e se explica pela m4 condutibili dade calorifica dos materisis termo-reacti- vos. Se quisessemos moldar uma pega de dimensdes médias ou grandes, num tempo muito reduzido, ainda que recorrendo a temperaturas mais elevadas, haveria gran- des probabilidades da parte exterior da peca amoldar sofrer uma decomposi¢&o, enquanto © nifeleo interior nfo tinha tido a cura sufi- ciente. O tempo de enra, ¢ portanto a duragio da moldagio nao so influenciados pela pressio, duma maneira aprecidvel, mas diminuem ripidamente com a temperatura, Il) Temperatura de moldagio Nos provessos de injecgiio ¢ extrusio, nor- malmente, a temperatura a que é aquecida a carga de moldacho, é a de amolecimento do material ou pouco superior, a fim de per- mitir uma viscosidade adequada. Na mol- dagio por compressio das resinas termo- -reactivas a determinacio da temperatura 6 um problema mais delicado. Vamos estabelecer uma expresso que permite relacionar a temperatura T da pega a moldar por compressio, num instante da operagio de moldagio com as cara: cterfsticas do pé e da téoniea de molda- oho. De facto possivel, para condigdes bem definidas (tipo ¢ dimensdes da pega a mol- dar, presi, composigo do pé de molda- io) determinar os coeficientes experimen- tais necessirios. Admitindo que em qualquer instante t, na moldagio duma resina termo-reactiva, a velocidade de polimerizagio 6 proporcional A quantidade de calor a libertar: at y) v=K(Q—f qay em que: Q—quantidade de calor libertado numa polimerizagio completa q—calor libertado pela reacgio, por unidades de volume e de tempo desta expressio se conelui que se deve trabalhar, nas condigées ideais, a uma tem- peratura, a que corresponda um valor m4- ximo de K, ¢ na prética dentro duma zona de tomperaturas tio prdxima quanto possi~ vel daquele valor. A temperatura da pega a moldar tende a clevar-se devido a 3 causas: 1) exotermicidade da reacgio de polime- rizagito 2) aquecimento, por condutibilidade tér- mica, através do sistema pungio— matriz 8) aquecimento devido aos trabalhos me- cinicos realizados. Utiliza-se um artificio que permite agru- par estas diferentes causas de elevagio da temperatura em 2 categorias a) calor transmitido a um pequeno eilin- dro a moldar pelo sistema pungio — matriz b) calor desenvolvido (calor libertado na polimerizag&o) no interior desse ci aro, zsh Suponhamos que se molda um disco, de espessura /, com um pé de moldago duma i Se considerarmos TECNICA 991 | nesse disco, um cilindro, com a mesma altura, com pequeno didmetro cujo eixo coineida com o-eixo do disco moldado, a equagio geral de propagagio do calor no interior deste volume ser4: a eT, a_ot ») cp aa teem on em que: condutibilidade calorffica calor especffico do pé.a moldar densidade do mesmo pé temperatura tempo = calor libertado pela reagdo, por uni- dades de volume e de tempo. Seja, sind: ‘emperatura no centro da massa a moldar ‘Y= Temperatura média do sistema matriz-pungio. ‘A experiéneia mostrou que a variagio de temperaturas, no interior da pega a moldar, esté condieionada por uma expresso sint- soidal: 3) 2 A T en ( b sendo: AT=T,—T. oT a temperatura num ponto de abeissa x. Derivando a relagio 3): . ye 4) 2T_ ark son & ) ost # e para: a expressio 4) toma a forma simplifioada: eT ape ost i Substituindo, agora, em 2), este valor: 9 Aat+ia27 eg ot em que: a iF ce TECNICA 992 Experimentalmente pode determinar-se 0 valor médio de A. Assim A. Horn, achou o valor 0,85 >< >< 10", para um pé de moldagio i base de feno-plasta, para h—=1,2 om eT, —=140- 160° C. ‘A base do processo consiste em compri mir uma substincia ji completamente pol merizada, ¢ entiio porque q=0 a expressio 5) transforma-se em: or AAT=o at donde: 4 uiTe_ gar ey at No caso estudado por A. Horn: 4 28 e_ 9.95 5< 10-247 ee ot Determinadas, experimentalmente, as curvas T, =f, (#) e Teh (t), a partir das ote medidas dos valores de TT e dea T, pode estabelecer-se a relagio: 4 cy Sane tL ai L a - | al H\ ; qa CF 4 | =) ot # 6 8 ‘Tempo em mules. ——= No exemplo citado esta fangio tem o de- senvolvimento grifico indieado. Esta repre- sentagio tem ainda a vantagem de dar uma indieago sobre o tempo minimo da molda- do: no exemplo considerado esse tempo seria de 5 minutos. Este valor corresponde, sensivelmente, & inflexfo da curva com a recta (calor de polimerizagdo ja totalmente libertado, ainda que a transmitir parcial- mente). As fungdes f, f © f permitem, para qualquer valor de t, determinar o corres- pondente ‘T’, em condigdes andlogas. Ainda a partir do grifico de f,, pode caloular-se o valor do integral: fa at multiplicando as aboissas t, por ©, © me= dindo a érea limitada pela curva e pelos novos valores destas abcissas. 0 valor a= qat pode determinar-se ou, expérimentalmente, 0u por extrapolacho a partir def. ‘Temos assim, jé, os elementos, para uti- lizar a expresso’ 1 K depende, logicamento, de T,. Fazendo variar T., podem determinar-se 98 correspondentes valores de K. Na expe- riéneia realizada por A. Horn, a varingio de K=F (T), apresentava-se conforme 0 gréfico junto, 0 3] 1| K=FT) W100 128-140 Ved TH Temperatura ¢° ——» A temperatura ideal de moldagio seria cerca de 160° C, III — Prossio de moldagio A pressiio de moldag&o tem, om gral, um valor mfnimo para um determinado tipo de pé moldagio, e um valor variivel conforme a forma e dimensdes do objecto a moldar. Quanto mais complieada ou mais espessa for a poga a fabricar, mais elevada deveré ser a pressio a fim de permitir um acabamento perfeito Existem determinados diagramas, esta- belecidos experimentalmente, que permitem relucionar a temperatura, o tempo de cura © a pressio a utilizar. E porque tanto o tempo de eura, como a temperatura depen dem, em tiltima andlise, do pé de moldagio e das caracteristieas da pega a moldar, esses grificos relacionam, afinal, a pressio com as caracteristiens do pé de moldacho ¢ do artigo a moldar, por meio de fungdes de fungio, IV — Composigao do pé de moldagio A composiggo do p6 de moldagio vai influenciar todas as varidveis da moldagio, Por exemplo os aminoplasias sio moldados ® temperaturas inferiores aos feno-plastas; um feno-plasta & base de m-cresol seré mol- dado em condigdes diferentes do que um plistico A base de fenol; para o mesmo tipo de resina fendlica, 0 emprego dum inerte i base de fibras curtas de algodao pode exigir um tempo de moldagio superior, do que quando se emprega farinha de madeira... Uma caracterfstiea importante relacio- nada com a composigio e propriedades fisiens do pé de moldagio 6 a contracchi moldagiio (bulk-factor). Define-se da se~ guinte maneira contraccito & moldagio = volume do pé de mold volume da poga moldada + barbelas peso especifico apés a moldagio peso especifico aparonto antes da moldagio Para as substai 8 termo-reactivas este valor oscila normalmente entre 1,5 e 3. £ uma caracteristica de conhecimento indis- pensiivel ao projectar-se 0 molde. O emprego das méquinas calibradoras na moldacio por compressio (que comprimem © pb de moldagio sob a forma de pastilhas TECNICA 993 compactas antes daquele ser introduzido nas prenses) diminui fortemente a contrac Ho A moldagio, além de permitir a dosa- gem da carga. Na moldagio por injecgiio e extrusio utiliza-se muitas vezes 0 p6 de moldagio sob a forma de pequenos parale- lip{pedos: obtém-se assim menor contracgao A moldagio ©, principalmente, maior faei- lidade de carga, V — Fluidez do pé de moldagio Entende-se por fluidex dum pé de mol- dagio a maior ou menor aptidito, que apre- senta esse pé a encher o molde ea tornar-se rigido, por acgfio da temperatura e da pressiio. Esta caracterfstica 6 doterminada por di- ferentes processos estandartizados @ nfo pode ser considerada rigorosamente como © inverso de viscosidade, A fluidez dum pé de moldagio ests di- rectamente relacionada com o grau de poli- merizagiio deste. Quanto mais elevado for 0 valor do DP,, menor seré a fluider, e também menor 0 tempo de cura, ¢, portanto, a duragiio da moldagio. Por outro lado, nao convém, por vezes, um valor baixo da fluidez, visto que o pO de moldagio pode tornar-se rigido, por acgio da pressfio ¢ da temperatura, antes de preencher eompleta- mente o molde, Para certos inertes (por exemplo fibras) nfo convém que a fiuidex seja muito ele- vada, porque hii o perigo, dea resina, que estava a embeber o inerte, se deslocar, devido i sua fluidez, ¢ dar-se uma hetero- geneizagio do material, com os consequen- tes defeitos. 5—Exemplo duma Polimerizagéio Indus- ‘trial Obtengao de Fenoplasias a base de Fenol ede Formol © fabrico 6 constituido pelas seguintes fases : 1) obtengiio duma resina de baixo peso molecular ¢ fusivel TECNICA 994 2) mistura da composigio e preparacio duma resina de maior peso molecular ¢ termo-reactiva 3) moldagio por compressiio. ou por transleréncia do plistico termo-reac- tivo. Obtengito duma resina de buizo peso molecular © fustoel Esta fase realiza-se em aparelhagem do tipo da que foi deserita nas Instalagdes Deseontinuas. O aquecimento da autoclave é feito por camisa de vapor, ¢ a agitagio efectuacse por meio dum agitador de hélice. ‘As cargas (fenol, furfural, formol e cata~ Tizador) sfo introdusidas por canalizagdes laterais na autoclave de polimerizagio. Tra- balha-se com excesso de fenol. ‘Ainda dentro desta fase podem-se consi- derar 2 sub-perfodos: a) condensagio 8) deshidratagio a) Condensagito Durante esta operagio hé perigo de ineéndio e explosio, se a temperatura se clevar demasiado, ¢ assim esta é mantida dentro de determinados limites (130-140° C pata as composicdes mais vulgares). A pressio oscila entre 1,1 a 1,5 kg/em’, podendo atingir os 2 kg/em?. O condensa- dor de refluxo encontra-se ligado & autoclave © 0 de deshidratagho est desligado. Deste modo o formol, que tende a libertar-se da autoclave, 6 obrigado a refluir, Este ciclo para pequenas ¢ médias produ- Bes e para as composigdes mais vulgares, ceupa cerea de 4 horas. O fim da operagio é normalmente, denunciado por uma des- cida nitida de temperatura, Péra-se, cutio, a agitagio © efectna-se uma lavagem com figna, que tem por fim facilitar a separagio da resina (que se deposita no fundo da autoclave no estado coloidal), © permite ainda a climinagio de impurezas, que serio arrastadas juntamente com a dgua, no perfodo de deshidratacio. b) Deshidratacao Durante todo este ciclo mantém-se a agitagiio eo aquecimento. Desliga-so 0 con- densador de refluxo e liga-se & autoclave condensador de deshidratacdo. Trabalha-se agora sob pressto reduzida (0,80 0,6 kg/om’), utilizando uma bomba de véeuo, Considera-se esta fase terminada, quando num visor em vidro do condensador de deshidratagio, se observa que, juntamente nm ul eeetina ca Foot f—Feno. Eo FUmruRaL (CATALDO Gordensoder de deshdroarde ‘Manho de matlos a’ quando se utilizam bons matérias primas. Com o tempo tem tendéncia a escurecer. 2—Mistura da composigéo ¢ obtencito duma resina de maior peso molecular 6 tormo-reactivo © produto na fase anterior ¢ triturado, primeiramente, num moinho de martelos e, depois; mofdo num moinho de bolas, donde ‘Mavnho de martlos ae Hs Fanaa DE MADERA EXAMCTLERATETRAMAT: Comune f ohare oo ——— Larunoder pebrerzaor Mistirador P—p— 2 Warn Cabbrader Forno tle Prance de ° ‘mildesie com a agua, comegam a deposi qos de resina, Este perfodo, nas condigées indicadas para a operagio precedente, dura ceren de 5 horas. A descarga da resina faz-se por uma valvula de fundo da autoclave sobre tabu- Ieiros, onde 0 produto solidifica e arrefec A resina apresenta-se com fractura seme- Ihante a da colofénia e muito impida, 20, peda- Obtengio industrial dum pléstico fonélico segue para um misturador de ei 0 inclinado, onde se Ihe adiciona o inerte (farinha de madeira), a hexametilenatetramina, o Inbri- ficante eo corante. A farinha de madeira deve ter uma granulometria muito fina. A mistura 6, a seguir, langada num mis- turador de 2 cilindros horizontais (lamina- dor-polimerizador), rodando em sentidos contrévios e com velocidades diferentes, no interior dos quais cireula vapor. Neste TECNICA 995 misturador liberta-se grande quantidade de qnebradigas, que sto trituradas e mof- gases provenientes da combinagio da hexa- das. metilenatetramina com o fenol ¢ constitui- _O p6 mofdo ¢ com a composigio necessi- Diagrama de foncionamento duma méquina calibradora dos, essencialmente, por NH. Obtém-se ria segue para uma miquina calibradora pastas sob a forma de chapas rugosas e (méquina de fazer pastillas) onde & com- primido sob a forma de pastilhas de peso constante. Maquina calibradora Forno de aquecimento electrénico TECNICA 3— Moldacto por compressdo ou por transferéncia do pldstico termo- -reactivo Quando se pretende imprimir um ritmo ripido A produgio, efectua-se, antes da moldagio, 0 aquecimento (a 140-150° Q) das pastilhas em muflas eléctriens vulgares ou fornos eléetricos de aquecimento elec- trénico. Esta pritiea diminui muito o tempo da moldagao. A moldagio das pastilhas, j4 preaqueci- das, 6 feita, normalmente, por compressiio (a 150-180" C, 220-330 kg/em’). O molde 6 Gimensionado de tal maneira que o peso da peca a moldar 6 um miiltiplo do peso uni- tério duma pastilha, 86 quando a pega a moldar 6 muito pequena, da ordem dum sub-miiltiplo do peso unitirio duma pastilha, se recorre 2 moldagiio por transferéncia. As ‘pegas moldadas sio extraiilas da prensa por acgiio dos extractores, ou ainda com o auxilio de ar comprimido. Seguem para as seegdes de acabamento, escolha, embalagem e finalmente para a expedigio. BIBLIOGRAFIA Braw-Kwox ©.*— Produetion Units for Phenolic and Urea Resins — Bulletin n,° 2062. Braw-Kwox C.*— Resin Plants and Equipment — Bulletin n.* 2087 Canoruens — Collected Papors of W. H. Caro- thers on High Polymerie Substances — publ, dirigida por Mark e Whithy — ed. Inter- seience (1940). Duxtor & Resse — Continuous Polymerization y. Ind. Eng. Chem. 654 (1948), Frony — Molecular Size Distribution in Linear Condensation Polymers — J. Am. Chem, Soe, — 1877 (1936). Frory—Molecalar Size Distribation in ‘Three Dimensional Polymers — J. Am. Chem, Soc. — 3083 (1941). Gueito — Résines Vinyliques —od. Dunod 1946). Grocers — Unit Processes in Organie Synthe- sis —ed, McGraw-Hill (1947). Lawnert — Moulding of Plastics —ed. George Newnes (Londres) (1948). Mepiva & Vian — Resistencia Quimica de los Materiales — od. Ciencia y Tecnica (Madrid) (1944). ‘Moxrméanp — Phenoplastes — ed. Danod (1947). ‘Ruxse x Peery — Polymerization Units for Thor- moseting Resins —Ind. Eng. Chem. 2089 (1948). 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LICHNEROWICZ Colleceion Armand Colin 1950 — Page, 216 Chapitre _1—Les espaces vectoriels. » Il —Les espaces ponetuels affines et euclidiens. > IIL —~Algebre Tensorielle >» IV—Lrespace euclidien en eoordonnés > V—Les espaces riemanniéns. > VI--Le ealeul tensoriel et Ia dynamique classique. » Vil ~La theorie de la relativité restreinte et les équations de Maxwell. > VIII —Elements de la theorie relativiste de la gravitation. Dada a grande importincia dos métodos tensoriai nnas modernas teorias da Fisica e da Téeniea, € este livro uma boa introdugio necesséria a essas teorias ‘Numa primeira parte, os «Elements de Caleul Ten- soriel» apresentam-nos, duma maneira elementar mas com o devido rigor, a Algebra Tensorial como conti- nuagio € complemento de Algebra Vectorial e contém ensinamentos completos sobre a Anslise Tensorial A segunda parte consta de varias aplieagies do cdloulo tensorial: & dinamica clissiea dos sistemas © melos continues, & electro-dinatmiea, a teoria da relati- vvidade réstrita a alguns elementos da teoria relativista da gravitacto, E portanto, um livro de grande interesse para estu- dantes, engenheiros e fisicos. M.A. MM, cp. 822.7 Lecciones de Astronomia Esférica Por M. LANGREO Escuela Especial de Ingenieros de Minas 1944 — Page. 204 TECNICA 998 ©. D. 62 Paratusos — Passadores e espigas — Cunhas Cavaletes — Rebites e cravagdes Pelo Eng.° ALBWIN OBERHOLZER x Volume Da «Biblioteca do Técnico Mecinico> 1949 Edigdes Técnicas —Porto E bastante louvdvel a iniciativa desta Biblioteca, sob f direcgio de Albwin Obetholzer e A. J. de Gouv Neves, tanto mais que a escassez de livros téenicos portugueses leva-nosa consullar obras estrangeiras que so, multas vezes, dificeis de adquirir. No prefacio faz-se alusio a0 valor do autor € a0 bom acolhimento que 0 piblico dara 20 presente vo- lume. Néo contestamos o valor do autor mas ereio que © pablico nfo acothers este primeiro volume da Biblio- ‘teca com o interesse e entusiasmo que os seus autores esperam. © livro tem, ineontestavelmente, boa apresentacto, mas a sua linguagem ¢ por vezes incorrecta e, pior do ‘que isso, contém alguns erros graves, muita terminolo- sia fortemente invulgar e carece de eéleulos e dedu: 's bisicas, principalmente, em parafusos e chavetas: E um livre que se pode indicar para no especi tas ou que pode servir de guia nas escolas industriais: Para a engenharla mecinica 1do serve pois tudo 0 que contém € largamente excedido nas cadeiras da especialidade do IS. e nas obras eongeneres estran- geiras. Antonio Abrantes 6c. D. 834/536 Problemas de Mecénica General y Aplicada Por F. WITTENBAUER Editorial Labor, S. A. 1946 — Pégs, 1039 Tomo 1—Mecdnica General > I—Elastecidad y Resistencia de materiales > Ill —Liquidos e Gases. 2.096 problemas e suas solugdes. ©. D. 830.84 Théorie de la Détermination Exp des Contraintes par une Méthode n'éxigeant pas la Connaissance précise du module d'Elasticité Por A. COUTINHO Association Internationale des Ponts et Charpentes 1949 —Pags. 83/103 «548 Cristalografia Por I. ROSO LUNA Escuela Especial de Ingenieros de Minas 1043 — Pls. 531 Parte — Fundamentos Geomeétricos de Morfolo- Cristalina, 24 Parte — Fundamentos Geométricos de estroctura cristalina. ©. S494 Estudio Microseépico de Miner Por A. BASELGA Escuela Especial de Ingenicros de Minas 1945; Jes y Rocas Pags. 163 C.D, 5496 ios Atémicos de los Silicatos Por JUAN ANTONIO COMBA Eseuela Especial de Ingenieros de Minas 1946 — Pigs, 56 ©. D. 8847 Cuadro Sistematico de las Formaciones Geo- logicas y de las Fases de Plegamiento Por J. M. RIOS Escuela Especial de Ingenieros de Minas 1945 — Pas. 39, ©. 0, 552 y Classificacién de las Rocas Por ANTONIO BASELGA Editorial Tradicionatista ro4— Page, 304 C.D. 61.3 Impianti Elettrici Por ALDO POLETTINI Giulio Vannini Editore — Brescia 1948— Pigs. 771 ©. D, 622.344. (469) Jazigos de Manganés do Alentejo (l6inas das herdades do Ferragudo o da Felipeja) Por COSTA ALMEIDA, JOSE MARIA CONCEIGAO FERNANDES Servigo de Fomento Mineiro 1948 — Vol. 7—Pég. 17 6. b,6n2,361.2(69) Jezigos de Manganés no Aleniejo (Mina da Serra dos Fretas) Por FERNANDO JOSE DA SILVA Servigo de Fomento Mineiro 1948 — Vol. 8 — Pigs. 17 ©, D. 624/628.003, El précio de coste on la construccién Por RITTER, H. Editorial Labor, 8. A. "947 Pags, 96 ©. D. 624/628 lanual del Ingeniero Constructor Por SCHLEICHER, F. Editorial Labor, S. A. 1948 — Pigs. 23t0—2 tomos ©. D, 624.431 Analyses of Pore Pressure and Setilement Observations af Logan International Airpor! Por GOULD, JAMES P. Harvard Universit 1949 — Pgs. 70 Part A Analysis of Pore Pressure Observations > B—Compression Characersties of Fill and Fondation Materials. '— Analysis of Surface Settlement of Hydratt lie Clay Fill ©. D, 602.69 Combustibles Por BRAME, J. S.S.; KING, J. G. Editor Escuela Especial de Ingenieros de Minss 3946 — Pigs. s3r [ENTERPRISE ENGINE & FOUNDRY COMPANY— U. S. A. mm MOTORES DIESEL MARITIMOS—MOTORES DIESEL ESTACIONARIOS GRUPOS DIESEL-GERADOR 45 2 2100 HP 200 2 850 RPM 32 8 cilindros © loco dectlindrosfandido ume 86 pecs. © Tirantes om ago forjedo, (© Base fundida numa 25 pose. Tipo maritino, © camisas om contacto directo || © Bombas de injocpio ia | © Cambota em ago forjado. |) @ Lubrificagio forcada. © BBalanceiros com sistema hi- aréulico para eleminagio de folga. com a agua. ‘viduals. © Valvale de arranque em todos i © Caboces de cilindro indivi- © Vaivulas om ago || 05 citinar | ‘sicamout» Ho comou sem sobre-limentgto, | CONSTRUGAO ROBUSTA— SERVICO CONTINUO — ECONOMIA REPRESENTANTES: i ® TERMO-MECANICA ®@ LIMITADA | AVENIDA ALMIRANTE REIS, 247, 1.° LISBOA | REVISTAS en. Acroplne (the) a amiga oe cece eeeeee eee Ingles suess faite ear vag olos9sesa Argento nda a8 2 2 sestna fea ANeiectin anaes 2000! Pon 2 senxena nce Sean us Boles Csr do Sine Povingunn nto. 22 case isa) Solem dafunt Jetspragionsae nes 220 Snel aT Bolen Monde Hoste ni 359 angst i Bolen Mena dentrandsSotsbor Engrs Gino.) 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Ghana de mati ai Fone accu tec Cura Espa a rahe IMornaclnes ram so beenta Sugunuse eis ares DUDLEDLLD RISE — eauagstes Monro das Cass do Povo (&Miyaeag 22 LIITIL So reine a6 Maullngarnwageag escent Sint iat “ Moun Ohare see 200002 Ret so) Mido In aes 2 2SLLI LL : Rigen a0 Ouare Mentig as 22D DELILE SOD nde smo | Proatings stefan tect Engineers ie) n= 98 122) tera wats j Revista de Artilharia, n." 296. +++ ee ee eee ~ Portugal 623, Revie Destog ney ee Dinca ea Revi do be eng aeeeeeeeean ane Reva Becrotaneg nearness coe, SLLLTTDLII ILD afemn cue Reveuindusly Mbrhasge 2200200222002. SEED EE ates evi Micpatdetageoa,aseoag 002202 Bea po Reon de Os Pabesyncames 2222111) SEEDED Btn cans Reine de Oram dor Eegeaben eg 0000022 22DDDIIIE Porm ngaoes Ronebrowe bor nvicite SUITED ge waa fovee des Inger ay nin 86 p@eiag ape! SELL te ania } Satis nitangesg eet TT Prag aH FICHEIRO S00 eta situa oa eos dos ngs c.. eaataane que nos mereceram maior alengio © estio contidos sobre el caleulo de los motores asincrénicos — Engenharia Mecanica Electrotecnia iter Construgdes de alvenaria Design Equations for Servomechanisme — Benjavrin ©, D. 626.010.4 Parzen. Diversidad de las aplicationos del hormigon pracompri- Electrical Communication, 9-949, vol. 26, n 3, mido. (Continuagio, fim) — M. Lalande, igs. 240/256 La Ingenieria, 9-49, n.°8o4, pigs. 295/258 Fabrica Nacional de Condutores Eléctricos, L.” VENDA NOVA—AMADORA CONDUTORES ELECTRICOS CEL Fabricados pela industria nacional segundo as Normas de seguranca das instalagées de Baixa Tensdo CONCESSIONARIOS GERAIS: SODIL — Sociedade Distribuidora, L.* R. 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