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i =e ESTUDE OS TEMAS QUE MAIS CAEM NAS PROVAS REVISAO a Fichas-resumoe exercicios no final de cada capitulo para fixar a matéria SEM COMPLICAR Conteddo com linguagem facil, ideal para quem estuda sozinho MULTIMIDIA ATUALIDADES Ganhe acesso a Fatos do noticiario videos que vocé que ajudam vocé a entender melhor conceitos da fisica assiste usando o telefone celular A, useusarano GuIADO Guia do Estudante VESTIBULAR+tENEM 201 roo ati edema WICTORCIITA — ROBERTOCIMTA borage) — (amé2or) (onselo Exara:victur Cita Met President, Thoma Saute Coméa (ice Present ‘Asana Zappa, Giancarlo ita. PresdentedoGrup Aol: Walter Longo Direoratd trate Publisher da brik lcsandrazapparc) Diet de Operaqtes: FatioPetessiGalo (retards draturas cara ore Dreteradacasacar: Lia Pedreka Dire da.GoBor: Dias Meta Diretara de Mercado: tsbel amon Dretor delanefnenta, Cento «Operagex Elson Soares Direworadeservigos de Marketing:andreaAbell ara Dieta de Teenalagia:Cares sangre Ciro eral - Esto davida: goGreranan biter dered aocFabownbe Direor de wre Fabio Basque ditares Ana Prado, bo Ais Sasa sandra Mats, abo Mentota Repirter. an Louren(o analsa de nlamayses Gerencis Simone Chaves de Tle Analst. de Informarbes Garenals: Maa Ferrand Tpergan Des pers: nue Flo, Wor nove fstagirios Govanna Fran, Marcla Cool Sophia Kraak Rbendmaro ao Lelie. Sandra Hacc, Walla Glog) Car Luts Toes, Marcle Augusta Tears, Marsa Temas PROOUTO DIG TAL Goentes de Profit Pro Merenoe Renata guar COLARORARAM NESTA EDIGKO Edo: Therza venturdl Consul Marcos aera asaya aro Kanu (tga) 4 fas aa Resi: Ba ends eso crn (GEFISICA au ed ise a7 2522222). publica da tora Ari. Dsuibuidaem indo o pals pel nap Sk DisrldoraWaclnal de Publicar es So Paul, |MPRESEA WA GRAFICA ABRIL Av. Otavlano Alves de Lima, 4400, CEP oxgaqgoo~ Fraguesa do 0 slo Paula-5P BAT Ribeiro, Julio Fisica: vestibular + enem. / Julio Ribeiro , Gil Marcos ; por Thereza Venturoli. — S40 Paulo: Abril, 2017. 148 p< il; 27 cm (Guia do Estudante , ISBN 978-85-69522-33-1 ; ed. 6) 1. Fisica - Estudo e ensino. 2. Fisica - Dinamica. 3. Fisica - Cinematica. |. Titulo. II. Ribeiro, Julio. Ill. Marcos, Gil. IV. Venturoli, Thereza. V. Série. CDD 530.07 _APRESENTACAQ Um plano para Os seus estudos Este GUIA DO ESTUDANTE FISICA oferece uma ajuda e tanto para as provas, mas é claro que um tinico guano abrange toda a preparaciionecesséria para o Enem e os demais vestibulares. E por isso que o GUIA DO ESTUDANTE tem uma série de publicagées que, juntas, fornecem um material completo para um étimo plano de estudos. O roteiro a seguir ¢ uma sugestiio de como vocé pode tirar melhor proveito de nossos guias, seguindo uma trilha segura para 0 sucesso nas provas. Pa a eariso 3 1 Decida o que vai prestar © primeiro passo para todo vestibulando é escolher com clareza a carreira @ @ universidade onde pretende estudar. Conhecendoo grau de dificuldade do proceso seletivo e as matérlas quetém peso ! fa CALENDARIO tod maior na hora da prova, fica bem mais facil planejar os seus estudos para obter bons resultados. © COMO 0 GE PODE AJUDAR VOCE 0 GE PROFISSOES traz todos os cursos superioresexistentes no Brasil, explica em detalhes as carac- teristicas de mais de 270 carreiras ¢ ainda indica as instituigdes quo oferecem 0s cursos de melhor qualidade, de acordo com o ranking deestrelas do GUIA DO ESTUDANTE e coma avaliacao oficlaldo MEC. ? 2 Revise as matérias-chave Para comecar os estudos, nada melhordo que revisaros pontos mais : importantes das principais matérias presentes no EnsinoMédio. Voce. ! pode repassartodas as disciplinasoufocars6.em algumasdelas.Além de raver os contetidos, é fundamental fazerexercicios para praticar. : ‘© COMO 0 GE PODE AJUDAR VOCE Além do GE FISICA, que voc ja tem : ‘em mos, produzimos um guia para cada materia do Ensino Médi ‘Quimica, Biologia, Hist6ria, Geografia, Portu- linguagem facil de entender, permitindo que vocé estude sozinho. 3 Mantenha-se atualizado © passe finalé reforcar os estudos sobre atualidades, poisas provas ! exigem alunos cadavez mais antenados com os principais fatos que! ocorram no Brasil eno mundo. Além disso, preciso conhacerem detalhes o seu procasso seletivo-oEnem, porexemplo, ébastante : diferante dos demais vestibulares. ‘© COMO GE PODE AJUDAR VOCE © GE Enem c0 GE Fuvest sao dois verdadeiras “manuals de instrugdo”, que mantém voc atualizado sobretodos os segredas dos dofs maloresvestibulares do pais. Com # traz fatos de noticidrio que i podem cair nas préximas provas - @ com explicacées claras, para: duas edig6es no ano,o quem nao tam 0 costume de ler jornals nem ravistas. Gio. Todos retinem os temas que malscaem nas provas, ? trazem muitasquesties de vestibulares para fazer e ainda tm uma FALE COM A GENTE: CAPA: 45 JUJUBAS. Veja quando sao langadas as nossas publicagées MES. PUBLICACAO Janeiro Fevereiro GE HISTORIA GE ATUALIDADES 1 GE GEOGRAFIA GE QUIMICA GE PORTUGUES GE BIOLOGIA Junho GEENEM GE REDACAO Julho GE FUVEST Setembro GE FISICA ‘Outubro GE PROFISSOES ‘Novernbro Dezembro Os guias ficam umano nas bancas - com excacdo do ATUALIDADES, que & semestral. Vocé pode compra-los ‘também pelo Av, das Nacdes Unidas, 7221, 18° andar, CEP 05425-902, S40 Paulo/'SP, ou email para: guladoestudante.abril@atlettor.com.br Gerisica ze 5 A ciéncia contra as fake news oc# abre este guia com uma timicaideia em mente: passar no vestibular. Esté certo: 0 GUIA DO ESTUDANTE VESTIBULAR FISICA 2018 foi elaborado exatamente com esse objetivo — ajudé-lo a conquistar uma vaga num curso universitario. Mas quere- mos mais: que vocé se informe sobre alguns dos fatos mais importantes da atualidade. De novo, nao apenas para passar nas provas, mas para a vida em geral. Dominar os conceitos basicos das ciéncias - dentre elas, a fisica — ajuda, no minimo, ando cair na arapuca de mal-entendidos, boatos e firke news (noticias falsas). Leu nas redes sociais que o aquecimento- global ¢ mera invengao, como insiste em dizer o presidente norte-americano Donald Trump? Ou que astrénomos capta- ram recentemente sinais transmitidos por ETs? Acreditou? Cuidado. Centenas de estudos dos cientistas mais respeita- dos indicam que as ondas de calor cada vez mais intensas e frequentes indicam que a temperatura da Terra se eleva. E no, nao topamos ainda com eventuais vizinhos césmicos. Hi explicages mais simples e comuns para os sinais. Esses so dois dos assuntos que vocé encontra tagens de abertura dos sete capitulos desta edig deixa as redes sociais por um tempo, lé as reportagens feitas pela redagio do guia e parte para o contetido determologia, cinematica, dindmica, éptica, eletricidade, magnetismo e, num capitulo inédito, ondulatéria. A selegdo.das matérias é dos professores Julio Ribeiro, da Escola Mébile, e Gil Mar- cos, do Colégio Vértice, em Sao Paulo, E tudo foi elaborado com foco em quem estuda sozinho, com explicagdes passo a passo e exercicios resolvidos. Esperamos que, com isso, vocé receba logo uma true news (noticia verdadeira): que a faculdade aguarda sua matricula. © Aredacdo 6 certsica zo * ‘SEM CADA 10 APROVADOS NA USP USARAM 0 GUIA DO ESTUDANTE, Oselo de qualidade acimaé resultado de uma pes- qulsa realizada com jooestudantes aprovados em tres dos principals cursos da Universidade de S80 Paulo: Direlto, Engenharia e Medicina. ® Bem cada 10 entrevistados na pesquisa usaram algum contetido do GUIA DO ESTUDANTE durante sua preparagao para o vestibular. # Guia do Estudante TESTADO E APROVADO! > Pesquisa quantitativa feta nos dias a3 24/2/2017. 2 Total deestudartes aprovados nesses eursos:2.566, ‘> Margem de erroamostral:5 pontos percentuais. MAIS CONTEUDO PARA VOCE ‘As publicagBes: do GE contam agora com recurso mobile view. Essa tecnologia permite que voc® aces- 8, com seu smartphone, contelidos extras em alg mas aulas e reportagens dos nossos gulas. A presen- ga desses conteddos, principalmente em forma de videos, ser sempre ldantificada como Kone abalxo: (MOBILE VIEW Usar o recurso mobile view ¢ simples: 11. Baixe em seu smartphone o aplicativo Blippar. Ele esta disponivel, gratuitamente, para aparelhos com sistema Android ¢i0S em lojas virtuais como Google Play © Applestore. 2. Depois, basta abrir o aplicative e usar ocelularnas matérias que apresentam oicone do mobile view - seguindoas orientag6es em cada pagina. 10 32 16 20 24 26 28 32 35 38 4a 46 48 50 56 60 54, 66 70 © Fisica VESTIBULAR + ENEM 2018 FORMULAS As principais expressbes matemticas que voce encontra nesta edigdo TERMOLOGIA Temperaturas muito acima.do normal A onda de calor que atingea Europa é um dos indiciosde que a Terraesta cada vez mais quente Temperatura Calorimetria TransformacGes gasosas ‘Como cai na prova + Resumo Questies comentadas e sintese docapitulo CINEMATICA 0 homens mais rapido domundo se aposenta 0 jamaicano Usain Bolt pendura as sapatilhias, com nmero recorde de medalhas ‘Comceitos ‘Movimento retilineo uniforme ‘Movimento retilineo uniformemente variado Langamentos ‘Movimento circular uniforme ‘Como cai na prova + Resumo Questies comentadas e sintese dacapitulo DINAMICA. Eo quilograma no é mais o mesmo Cientistas esto mudandoo padrao que define quanto pesa..quilo Primeirae terceiraleis de Newton ‘Segunda lei de Newton Energia e trabalho Energia mecdnica Infografico 0s tipos de energia envolvidos num eventual choque de um asteroide com a Terra Dinmicaimpulsiva ‘Como cai na prova + Resumo Questdes comentadas esintese do capitulo a 72 74 76 80 85 88 go 92 98 102 106 108 110 114 118 122 aa 126, 128 132 14 136 GPTICA GEOMETRICA O telescépio que teimaem continuar no céuA desativacio do ‘elesbpio espacial Hubble e seu sucessor,o james Webb Infogréfico Como as les da éptica permitem medir distancias eésmicas Espelhos planos Espelhas esféricos Refracao ‘Como cai na prova+Resumo Questies comentadas e sintesedocapitulo ELETRICIDADE Nos carros, elétrons em vez de petrdlea Cresce na Europa o mercado de vefculos movidos a bateria, que prometem poluir menos Eletrostatica Eletrodinamica Leis de Ohm e potencia Geradores ereceptores ‘Como cai na prova+Resumo Questbes comentadas e sintesedocapitulo MAGNETISMO. Como um Davi que vence o gigante Golias As conquistasda pequena sonda espacial Juno, queestuda.o planeta Jupiter Comeitos ‘Campo magnético e corrente elétrica Forcamagnética ‘Como cai naprova+ Resuma Questiiescomentadas e sintese do capitulo ONDULATORIA 0s ETsse manifestam. $6 que nao Os sinais derdio captados da diregdo de uma estrela vinham da Terra, mesmo Conceitos Fendmenos Como cai na prova + Resumo Quests comentadase sintese do capitulo RAIOX As caracteristicas dos enundados que costuriam cairnas provas dos principais vestibuiares SIMULADO 0 questBese suas resolugbes, passoa passo cerisicazis 7 FORMULAS & EQUACOES AS PRINCIPAIS EXPRESSOES MATEMATICAS QUE APARECEM NESTA EDICAO TERMOLOGIA Conversdo de Celsius para outras escalas Te Tr 32 _ Tr- 273 5 9 5 Quantidade de calor sensivel Q=m-c:Aé Quantidade de calor latente Q=m-L Capacidade térmica C=Q/ae=m.c Equagdo de Clapeyron pV=n-R-T Lei geral dos gases ideais PAVE peVe qT Tr Transformacao isovolumeétrica Pi Pe Ti Tf Transformagdo isobdrica Mii Ms Ti TF Transforma¢ao isotérmica PiVi=pyVe CINEMATICA Deslocamento escalar AS = S—So 8 certsica zo Velocidade escalar média = AS. Va = AL Aceleracdoescalar média _Av oat Funcdo hordria da posicio no MRU S(t)= Sat vit Fun¢do hordria da posi¢go no MRUV 2 S(t) = Sot vo.t+ SE Fungao hordria da velocidade no MRUV v(t) = vot a.t Equacdo de Torricelli v= vit 2.0.45 Velocidade angular no MCU Aceleracaocentripeta no MCU 2 y ep = Velocidade linear no MCU = 7k ye w.R =< Engrenagens f_R f,~ Rs Ow, _ Ry wo” R Sa] DINAMICA Forca resultante Fe=m.a Forga peso P=m.g Atrito dindmico fat,=,.N Atrito estatico fat,=w,..N Componentes daforca peso num plano inclinado P,= P-sen@ P,= P-cos® Trabalho de uma forga constante t=F.d Trabalho de for¢a em angulo T= F.d.cos0 Poténcia AE_ tht _ xt P= Ar= At = Be Energia cinética 2 Eo= Energia potencial gravitacional E,=m.g.h Energia potencial elastica B= tee Trabalho de forcas dissipativas Ey ~ Ec T pais Impulsoe quantidade de movimento T pes = Qfnat - Qiniciat > T res = AO Forca centripeta Fp=m.w7.R Fa= me GOPTICA GEOMETRICA Equacdo de Gauss Jeli] sant FUP 'P Aumento de uma imagem Azcia_P o P Indice de refragio £ v Leide Snell ny. sen f= n, .senr n= ELETRICIDADE Forea elétrica Fane 121,14 Intensidade da corrente elétrica AQ Ar Primeira lei de Ohm U=Ri Segunda lef de Ohm =p = R= p-* Associagdo em série de resistores Reg = Rit Rit Rat wt Ra Associago em paralelo de resistores Poténcia elétrica Pra = Este. = Uj Poténcia dissipada num resistor aa @ Prk Tensdo nos terminais de um gerador U=E-ri Tensdo nos terminais de um receptor Ueetrei Intensidade da cerrente num circuito gerador-receptor ja be-Ze’ Ra MAGNETISMO Intensidade do campo magnético » Condutor retilineo fot 2.n.d B= + Condutor em espira circular Mat B= OR + Bobina chata _ py flor B=N >R +Solenoide Nei L Forga.sobre uma particula Fa= qv: B:sen@ B= Forga sobre um condutor retilineo Fn, = B-i-l-sen@ ONDULATORIA Frequéncia fxr Welocidade ve a =a.f Indice de refracao de uma onda nethe At v2” Aa Interfer€ncia destrutiva ou construtiva d=n.% =n.3 Ondas estacionarias + Comprimento de onda dos harménicos _2.L nen + Frequéncia do harménico hE + Frequéncia aparente e frequéncia real + Vobs a= fo Gave) Fonte |Observador | g*- ¢ Y+Vo o>| <9 v-V8 Fonte |Observador | ¢_ ¢ ¥=¥o ee eee V+Ve Fonte |Observador os | o> Fonte |Observador sel = Gerisica mus 9: TERMOLOGIA CONTEODO DESTE CAPITULO Temperatura. © Calorimetria © Transformages gasosas © Como cai na prova + Resumo. Temperatura muito acima do normal Aonda de calor que atinge em 2017 o Hemisfério Norte é uma amostra do que o mundo pode sofrer com as mudangas climaticas causadas pelo aquecimento global scenas podem até ser divertidas, como A: da foto da pagina ao lado, em que um. pai se refresea, com o filho, no espelho d’agua diante da Torre Eiffel, em Paris. Mas a realidade é bem menos feliz. A Europa foi assolada no verao de 2017 pela maior onda de calor dos ultimos dez anos. Os termémetros ultrapassaram os 40 graus Celsius em regides onde a temperatura raramente vai além dos 25 graus. Em muitos paises de clima temperado ou frio, como os dos Baledis, as casas sio construidas para aguentar o frio intenso do inverno. Agora, com os termémetros chegando perto dos 40°C © asensacao térmica (a temperatura aparente) passando dos 50, a falta de infraestrutura para proteger do calor tem matado. As altas temperaturas néo matam apenas pelas alteragdes na fisiologia humana, mas também por ineéndios. O clima excepcional- mente seco provocou dezenas de incéndios na Europa neste verao de 2017. Em Portugal, mais de 60 pessoas de uma pequena vila morreram queimadas ou intoxicadas pela fumaga. Os incéndios também ameacam a economia, ao destruir lavouras e industrias. 0 excesso de calor acelera, ainda, a evaporacio de lagos e reservatérios, ameacando milhées de pessoas 10 cerisica 208 com o desabastecimento de agua potavel. Na Itélia, um lago que atende a um quarto da po- pulacao de Roma desceu aniveis alarmantes, forcando o racionamento em varias cidades. Nessa situagdo, qualquer atitude de economia é mais do que bem-vinda. O papa Francisco tomou uma decis’o inédita em junho: desativar os chafarizes das fontes do Vaticano. Especialistas alertam: as temperaturas extre- mas na Europa séo uma amostra das mudangas climaticas provocadas pelo aquecimento global. ~ aelevacdo das temperaturas da superficie do planeta, causada pelo aumento da concen- tracao dos chamados gases do efeito estufana atmosfera. Eo cenario deve piorar. Um estudo da Universidade do Havai estima que, hoje, um terco da populagao esta exposta 4s mudangas climaticas. Até 2100 a cifra chegard perto dos 50%. © que é tempera- TUDO POR UM ALIVIO. ‘Aondade cal tura, o que é calor, — verio europeu de 2017 como ele se propaga __ transformou fontesem ea energia que ele _ piscinas. Nafoto, pale filho transfere sfio temas _ serefrescamemtrajes deste capitulo de ter- _ intimos nas fontes mologia. do Trocadéro, Parls TERMOLOGIA TEMPERATURA 12 cerisica 208 ‘SALAME MINGUE, UM SORVETE COLORE Tudo o que é fro frio porque suas moléculas perderam energla térmica Temperatura e sua medida superficie da Terra tem uma tempera- tura média de cerca de 15°C, ideal para a vida. Essa temperatura é garantida pelo efeito estufa:a camada de ar que envolve 0 planeta funciona como um cobertor, que 0 abafa e impede que parte daenergia recebida do Sol por irradiacdo seja refletida de volta para o espago. ‘Mas 15 °C éa temperatura média da superficie terrestre. Localmente, a temperatura pode estar acima ou abaixo disso. Em desertos, como odo Saara, as temperaturas durante o dia podem superar os 0 °C, E, em regides polares, atingir -80 °C. Issa depende da forma como aenergia solar interage com condicSes fisicas da regiio, como altitude, umidade e ventos. TEMPERATURA Temperatura ¢ a medida do grau de agitacéo das moléculas de um corpo. Quanto mais in- tenso for o movimento das moléculas, maior sera a temperatura do corpo e vice-versa. A temperatura é medida por termémetros, sempre de maneira indireta - ou seja, todo ter- mémetro tem seu principio de funcionamento- baseado na variagdo de alguma grandeza fisica que podemos associar 4 temperatura do objeto em questio. Essas grandezas sio chamadas grandezas termométricas. Otermémetromais comumente utilizado éo de mercirio. Quando colocamos o instrumento em contato com um objeto mais quente,o-objeto transfere energia térmica ao termémetro: a coluna de merciirio se expande e sobe. O inverso acontece quando o corpo tem temperatura menor que a do mercuric. Uma escala desenhada no vidro que recobre a co- luna de mercurio associa a altura da coluna & temperatura do corpo ao qual o termémetro- esta encostado. Existem diversas escalas termométricas — ou seja, utilizadas para medir a temperatura de um corpo, As mais conhecidas so as escalas Celsius, a Fahrenheit e a Kelvin (ou escala absoluta). As escalas Celsius e Fahrenheit séo criadas cam base em dois pontos fixos — ou seja, sistemas cujas temperaturas so conhecidas e bem definidas. Normalmente, os pontos fixos soo ponto de fusio eo ponto de ebulicéo da gua. Cada escalatermométrica utiliza um valor especifico para representar os mesmos pontos fixos. Mas ¢ possivel estabelecer a relagao ma- tematica entre duas delas. Relacdo entre as escalas A temperatura de um corpo pode ser ex- pressa por diferentes valores quando é medida em diferentes escalas. Um bloco de gelo que se encontra a uma temperatura de 0 °C (na escala Celsius, portanto) também est a 32 °F (na escala Fahrenheit) e a 273 K (na eseala Kelvin). Analogamente, um corpo qualquer que apresente uma temperatura de 212 °F apresenta uma temperatura de 100 °C ou 373 K. [HIMERN une onwensToCk TOOK Tea ‘temperatura define o ritmo de agitacdo das particulas de um corpo Quanto mais Num corpofrio, aquecide for as moléculas 1m corpo, mais se maven numa agitadas fica velacidade menor as moléculas MEDIDA INDIRETA ‘Aaltura da coluna de mercirio varia conforme a temperatura de um corpo a ‘O memirio reage& variagdo de temperaturae ] Aescalade temperatura indica se expande ou secontrai apidamente avatiacio da temperatura PE) Uma mesma temperatura tem diferentes valores, dependendo da escala Pontes Finns Celsius (°C) Fahrenheit (°F) Kelvin(K) 00" 22°F 373K Eaescala mais Escala usada Também conhecida. ®e usada no Brasil, principalmente coma escala absoluta, Tem como fem palses de estd associads ao grau pontos Fixes.a lingua inglesa, deagitardo molecular, tenes temperaturada Por la, a égua No zeroabsoluto Ebuliggo fusdo do gelo passa doestado (ok =-273 %C),as, da dgua (0%) eade sblido ao liquide moléculasestariam ebuliio dadgua | aos 32°F Edo imdveis. Masesa, (ao) liquide ao gasoso éumatemperatura aos 212°F inatingivel, pois as particulas sempre apresentam algumaagitacao Fuso ont BF 273K dogelo Ge Fisica 2018 13 TERMOLOGIA TEMPERATURA CAMA QUENTE Os cobertores aquecem porque isolam corpo do ambiente externo, dificultando a troca de ala energia entre o lado de © T, éatemperatura de um dado corpo, dentro e o-exterior. Ea medida na escala Celsius; energia retida debaixo © T, éamesma temperatura do corpo, das cobertas que agora medida na escala Fahrenheit; provocaa sensacéo de @ T,, representa a mesma temperatura, aquecimento. medida na escala Kelvin. Para converter a temperatura de um corpo de uma escala em outra, basta resolver a equagio correspondente as duas escalas. CALOR Sempre que dois corpos de tempera- Calor é a quantidade turas distintas so colocados em conta- degneriatransferida to, corre espontaneamente umatrans- corecowos feréneia de energia térmica do corpo queepresentam mais quente para o corpo mais frio. tempemtursdistines. Essa energia térmica transferida entre Ocslorpodeser —- ©OFpos que apresentam temperaturas medidoem joules (J) iniciais distintas ¢ o que se chama, em ovemecalorias (cal). & fisica, de calor. Essa transferéncia de calor se dé até que ambos os corpos apresentem a mes- ma temperatura final, ou seja,o mesmo Dolsoumalscorpos gram de agitae&o de suas moléculas. Isso atingem o equilibria acontece quando os corpos atingem 0 tommicoquande » equilibrio térmico.E.oque ocorrecom suas temperaturas se ‘os termémetros: a coluna de merctirio tomemiguals, _ sobe enquanto a temperatura dessa subs- ousejaohimals témeia é diferente da do corpo com que ‘ansferencia est em contato. E estaciona quando as de energia térmica ‘temperaturas se igualam. entre eles. PARA IR ALEM Todas as escalas mantém uma relagio NA PRATICA matematica entre suas medidas, que obedece seguinte proporgi ee ii el ISOPOR DE ESQUIMO Ogelo de um igiu funciona como lsolante térmico. Apesar de serem frlas, as paredes Impedem atroca de calor entre os corpos que estio em seu interior eo lado de fora as NA PRATICA CONVERSAO DE ESCALAS Para converter a temperatura ambiente de 25 °C para as escalas Fahrenheit e Kalvin, basta aplicar as equagbes de conversio entre as escalas: De Celsius para Fahrenheit: Te TB LR oy ppp 5 3 5 3 De Celsius para Kelvin: Te = Te -273 252 Te- 273 Tr= 298K ‘14 Ge Fisica 2018 ess toa Uy ‘Quem cozinha num fogdo a lenha observa todasas formas de transferéncia de calor Nacondu¢io, Ms energiada chamaagitaas gq molkculas do cabo da panela mais proximas (do fogo. Aos Pouce, essa agitaraio€ transmitida as maléculas mais distantes Aporgio de dgua mais proxima da fontede calor fica mais quente €, portanta, menos densa. Assim, esa parte sobe, enquanto a porgéo mais fia desc. Essaé a conveccio ém algumas panelas, 0 caboé revestidode baquelite,um material isolante, que impede a propagacéo do calarpor condugéo RADIAGAO Na radiagdo, aenergia térmica do fogo se propaga por ondas eletramagneéticas [DIRATA ANUSKEVICIUTEISTOCK (FERNANDO GONSALES Processos de propaga¢do do calor Attransferéncia deenergia térmica ocorrenatu- ralmente deum corpodemaior temperatura para um corpo de menor temperatura. Essa propagagio pode se dar por diferentes processos: Condugao térmica Eo proceso de propagacio quese da pela transmissic da agitagio molecular de uma particula para a seguinte; portanto, para que haja propagagio do calor por condugio, ¢ preciso aintermediagao de um meio fisico entre ‘0s corpos que inicialmente se encontram a tempe- raturas distintas. A eficiéncia dessatransferéncia depende da natureza do material que constitui esse meio fisico, ot seja, se esse material é bom ou mau condutor de calor. Oaluminio ¢ um bom condutor de calor: esse metal se aquece e se resfria rapidamente. Por isso, ele é ideal para as latas de refrigerante. Colocada nageladeira, alata deixao calor fluir facilmente do iquido em seu interior parao ar do refrigerador. Isso faz com que a tempera- tura do refrigerante diminua rapidamente. Ao contrario, os maus condutores térmicos so os materiais que dificultam a troca de calor entre dois corpos. So os chamados isolantes térmi- cos, empregados quando é necessario reduzir ao maximo a transferéncia de calor entre dois corpos. O baquelite é um mau condutor de calor. Por isso, essa resina sintética costuma ser usada em eabos de panela. Convecgiio térmica Eo processo de propagacio de calor pormeio do transporte de matéria de um sistema. Ocorre sempre que hé uma diferenca de temperatura num liquide ou gis,o quealtera a densidade de material. E o que ocorre, por exemplo, quando se aquece 4gua numa panela. Achama do fogio esquenta a 4gua que est no fundo da panela mais rapidamente do que a porgdo superior. Essa diferenca de temperaturas, ainda que pequena, faz com que a porefio infe- rior de agua se torne menos densa que aporgio superior. Como omaterial menos denso tende a subir ¢ o mais denso a descer, cria-se um ciclo chamado corrente de convecgao Radiagdo térmica ou irradiagSo E 0 processo de transferéncia de energia térmica por ondas eletromagnéticas. E otinico processo que nio. depende da existéncia de um meio fisico entre os corpos. Para chegar a Terra, a energia pro- veniente do Sol viaja em ondas pelo vacuo do espago sideral, porque se propaga por irra giio. A sensagiio de calor que sentimos quando nos expomos a luzsolar se deve essencialmente a radiacio infravermelha. a ATENCAO Ecomum alguém reclamar em um diade werao: “Puxa, que calor!” Clentificamenta, a ‘expresso esta incorrata, ‘Agrandaza assoclada a sensacio de quente efria é a temperatura. Calor é a energia térmica transferida entre corpos de diferentes temperaturas. a NA PRATICA OAREM MOVIMENTO Os aparelhos de ar-condicionado sao normalmente instalados perto do teto porque 6lé no alto quese concentra o ar mais quente. Resfriado, var fica mais denso edesce, dando espago a outra porgao de ar quent, que sera resfriada também. Donsidade 6 relagdo entrea massa eo volume de um corpo, a medida de matéria que existeem determinado ‘espaco. Quanto mals matéria houver em um volume, mais denso corpo sera. Quandosepropagam, “4 asondastransportam apenas energia, ndo matéria, As ondas, domartransportam energia sem “ompurrar* a agua, Omesmaacontece com as ondas elotromagnéticas. cerisica ze 15 TERMOLOGIA CALORIMETRIA 16 cerisica 2018 Cubosde gelo num copo derefrigerante & temperatura amblentederretem e gelama bebida As medidas do calor Ito verfio. Voeé chega em casa, morta A de sede. Mas alguém deixou de colocar as garrafas de refrigerante nageladeira. Vocé, entio, pée alguns eubos de gelo no copo. E, rapidamente, a bebida estd fresea e o gelo, derretido. Esse gesto ¢ tio natural que vocé provavelmente jamais parou para pensar: por que o gelo baixa.a temperatura da bebida? Que tipo de fendmeno é esse? Quando dois corpos em temperaturas dis- tintas sfo colocados em contato, ocorre uma transferéncia de calor do corpo de maior tem- peratura inicial para o de menor temperatura. Essa transferéncia de calor s6 se interrompe quando os corpos atingem 0 equilibrio tér- mico, ou seja, quando as temperaturas finais, dos dois corpos forem iguais. A forma como dois corpos chegam ao equi- librio térmico depende de diversas variaveis, como a temperatura inicial, anatureza ea massa de cada um dos corpos envolvidos. Sobre essas variaveis, os fisicos construiram trés conceitos importantes: calor especifico, calor sensivel calor latente. Calor especifico Calor especifico, representado por ¢,é a quantidade de energia necessaria para que 1 grama de determinado material apresente uma variagdo de temperatura de 1°C. A unidade de medida mais usual para calor especifico é cal/g °C. Mas no Sistema Internacional de ‘Unidades (S.1,) essa medida é dada em joule por quilograma e kelvin (J/kg K). Ocalorespecifico de um corpo ¢ uma gran- deza fisica prépria do material que constitui esse corpo - ¢ independe das dimensdes ou damassa do corpo. Assim, um bloco de 1 quilo de prata e outro bloco de 100 quilos de prata apresentam o mesmo calor especifico. Veja na tabela abaixo o calor especifico de alguns materiais. CALOR ESPECIFICO € preciso 1caloria para que erama dedguaem estato liquid tenhaa temperatura elevada em 1°C Também ddevemos retirar 1 calora para que 2 grama de dguaem estado quida tena a temperatura diminu(da em 1°C Para vatiara temperatura de ‘Lgrama de geloem 1°, ¢ preciso apenasa,§ cloria Apenas 0,2 caloriaé preciso para que ‘gama de areiatenha sua ‘temperatura alterada ern 1° ia prata tem calor especifico mais baixosinds:necessta apenas de0.056 caloria para que: grama tenhaa ‘temperatura alterada em 1°C Calor sensivel Ea quantidade de energia envolvida no pro- cesso de alteracio da temperatura de um corpo, sem que o corpo mude de estado fisico (veja o.quadro Atencio, ao lado). A quantidade de calor sensivel recebida ou cedida por um corpo de massa m e que apre- senta uma variaeao de temperatura A@ é dada pela equacio fundamental da calorimetria: Q=m-c- AO, emque: © Qécsimbelo para quantidade de energia (neste caso, calor sensivel); © m éa massa do corpo; © céo calor especifico; © AB éosimbolode variacdo da temperatura. [BY MB DALE MUCOHBSTOOK 2] MARIUS GRE ASTOCK ‘O'Sistema Internacional deUnidades (S.L) um ‘conjunto de unidades de medida de grandezas fisicas adotada pela comunidade cientifica. Abaixo, algumas das unidades fixadas no S.1 SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES Grandeza Unidade ‘Simbolo. Comprimento metro ™ Massa quilograma Tempo segundo 5 intensidade da . correnteelétrica | SPATE . Temperatura kelvin Trabalho e energia joule 1 Forca newton N be ATENCAO Calor especifica (c) um conceito diferente de capacidade térmica, também chamada capacidade calorifica (C). O calor especifico indica a quantidade deenergia para que determinado material se aqueca 1°C. ‘Sua unidadeé caloria por grama graus Celsius (cal/g. °C) ou jouleporquilograma kelvin (J/kg. K). Quanto maior 8 calor especifico de um material, mais energia ele exige para mudar de temperatura. ‘Acapacidade térmica indica quanto um corpo perde ou absorve calor, com avarlagao de ‘temperatura. Acapacidade térmica depande da massa do corpo. A unidade é joule/kelvin (JK) ou cal/PC. Quanto maior for a capacidade térmica de um ‘corpo, mais lentamente ele se aqueceou resfria, Corpos de massas diferentes ede mesma substincia tém calor especifica igual, mas diferentes capacidadestérmicas. ‘As expressées matematicas quedefinam a ccapacidade térmica de um corpo s80 +C=Q/.A8,em que C é acapacidade térmica; Qéaquantidade decalor (energia) recebida ou perdida; AQ é a variagdo de temperatura sofrida pela corpo. +C=m.c,emqueCéa capacidade térmica; m éa mas sado corpo; co calorespacifico do material de que o compo é constituido. cerisicazis 17 TERMOLOGIA CALORIMETRIA Sempre que um corpo tem a temperatura au- mentada, dizemos que elerecebeucerta quanti- dade de energia, chamada de calor sensivel, do meioexterno, Analogamente, quandoum corpo apresenta uma diminuigdo de temperatura, dizemos que ele perdeu certa quantidade de energia, ou calor sensivel, parao meio externo. Assim, Q pode assumir valores positives ou negativos. Em linguagem matematica: A@ > 0+ Q > 0 + o corpo recebe calor do meio externa AO <03Q <0 = ocorpo perde calor parao meio externo Calor latente E aenergia envolvida no processo de mudan- ado estado fisico (ou fase) de uma substincia, eseu valor depende tanto da massa quanto da mudanca de estado fisico em questio. A quan- tidade de energia Q necesséria para que um corpo de massa m softa determinada mudanga de fase é calculada pela expresso: QO= m-L,emque © Qéa quantidade de energia(ou seja, quan- tidade de calor latente); © méamassa do corpo: @ Léocalorlatente da mudanga de fase em questio, medido em cal/g. Aquantidade de calor latente (Q) recebida ou perdida por um corpo nao provoca mudanga de temperatura. E responsdvel apenas pela altera- giio do estado de agregacao de suas particulas, ou seja, pela mudanga de seu estado fisico. O comportamento de um corpo que é aque- cido no estado sélido, passa pelo estado liqui- doe atinge o estado gasoso pode ser descrito num grafico que mostre o que ocorre com sua temperatura em fungao da quantidade de calor trocada entre 0 corpo e o meio externo. Ea chamada eurva de aquecimento. Ao lado voeé vé dois graficos. O primeiro mos- tra umacurva de aquecimento genérica. Nele,as temperaturas de fusio e ebulicao se referem a uma substéncia qualquer. O segundo, logo abaixo, éacurva de aquecimento de um cubo de gelo. Trocas de calor Quando dois corpos so postos em contato dentro de um r lado, 0 corpo mais quente cede calor para o 18 cerisica 2018 < Pa ee a) 6 Temperatura — Quantidate ce calor sensivel — Quanta de calor latte uantidade le calor EM DEGRAUS Durante as mudangasde estado fico, temperaturado carpo permanece constant, ‘Mo grafico acima, isso corre nostrachas BC (fisSo)@ DE (vaporizaro). Vajaum axemplo nogréficoabatro. CURVA DE AQUECIMENTO DE UM CUBO DE GELO ere) DDE GELO.A VAPOR Wote que 2 temperatura nical do gel, 80°C no ponto A, vaise efevandolents mente, até tingic,no pontoB, o°C. Essa temperatura defusdo da Sgua. Somente 20 atingi essa temperatura, cogelo comeca a derreter.A temperatura se mantém em e°C durante todoo processo de usdo, atéo «étimo pedacinhe de gofo derreter (ponte (Com toda a Sgua no estado liquide, a temperatura volta a subir, até atingi os 190 € (panto D). Alcomega a evapora E, maisuma vez o vapar sé terda temperatura aumentada quando ndo houver mais gua iquida(apatir do ponto F. Um recipiente que oferece Isolamente térmico é aquele que impede que seu contetide troque calor com o meio externa. Uma geladeira deisopere uma garrafa térmica sae recipientes termicamente isolades. Mas, como.oisolamento nunca é perfeito, depois de algum tempo ocontetido acaba cedendo energia térmica ao ambiente, ou ganhando dete. corpo mais fri, até que o equilibrio térmico seja atingido. Para estudar a troca de calor entre diferentes materiais, os fisicos utilizam o equipamenta chamado calorimetro. Um calorimetro ideal éaquele que barra, completamente, a troca de calor entre o meio interno e o meio externo e que tem capacidade térmica desprezivel. Na pratica, ndo existem calorimetros perfeitos. Considere um calorimetro ideal com certa massa de égua, atemperatura ambiente. Se mer- gulharmos na égua um bloco de chumbo a uma temperatura clevada, haverd uma transferéncia espontinea de energia do corpo mais quente (chumbo) para o corpo mais frio (4gua), até que sistema dguae chumbo atinjao equilibrio térmico. Se o calorimetro é ideal, niio existe perda de energia para o meio externo. Entio, toda a quantidade de calor perdida pelo chumbo & transferida para a gua. Se durante a troca de calor entre os corpos 0 bloco de chumbo per- deu 100 calorias de energia, a 4gua recebeu as mesmas 100 calorias de energia. Isso significa que, num sistema em um calorimetro ideal, a quantidade de energia cedida por um ou mais corpos que constituem o sistema é igual & quan- tidade de energia recebida pelos demais corpos. Em linguagem matematica: Qeasie + Qemtts = = Qorenss + Qapa = 0 Utilizando o mesmo raciocinio para um sistema formado por n corpos trocando calor dentro de um recipiente ideal, temos: eats * Precaty = 9 > 2, +O, +2, Fon +Q,=O PARA IR ALEM — NAPRATICA CALOR LATENTE E MUDANGA DE FASE O calor latente L de uma mudanca de fase pode ser positive ou negative, dependendo da mudanca ocorrida - se envolve ganho ou parda de calor. Para que um cubo de gelo de 1 grama sofra fusdo, devemos fornecer 80 calorias. Entdo, podemos afirmar que o calor latente de fusao do golo é de 80 cal/g. No sentide inverso, o calor latente de solidificagao do gelo é nagativo: -80 cal/g. Ja para que 1 grama de dgua passe do estado liquido para o gasoso, sio necessérias S40 cal. Isso significa que o calor latente de vaporizagao da agua é de 540 cal/g. Na mudanca de fase inversa, co calor latente de condensagao do vapor de agua 6 de-540 cal/g, Esta éa quantidade de calor que deve ser retirada de cada grama. aR a uaa Durante a mudanca de estado fisico, toda a energia térmica usada na reorganizacao das moléculas, A temperatura ndo sealtera. Umblocode passa anestado .semalterar sua ela a0°C. liquide. temperatura Ol, GATINHA! EStou, PRECISANO UA BLOQUEAROR SOLAR! FERNANDO GORSALES Ge Fisica 2018 19 TERMOLOGIA TRANSFORMACOES GASOSAS CHEIOS WAMEDIDA CERTA Balbest#m paredes elésticas. Mas uma mudanca na pressio, no volume ou na temperatura pode faz¥o.estourar ou murchar ee. m ee ases siio corpos muito especiais. Sic A dinamica Ge vPeroriatidoe ba cepacd dos. Além disso, as moléculas de corpos dos gases gasosos entio mais distantes e sempre mais agitadas do que nos sélidos e liquidos. Por isso, eles respondem de maneira diferente as alteracées de temperatura. Um gas ¢ caracterizado por trés grandezas fisicas: temperatura, volume e pressao. Sao as chamadas varidveis de estado, que definem o estado termodindmico de um gas. Para fa- cilitar o estudo dos gases, os fisicos adotam um modelo cientifico que trata o gis como um gas ideal. « 20 cerlsica 2018 Mol &a unidade do 5.1. para aquantidade de matéria, medidaom Stomos, moléculas ou fons. Pordefinigao, mol contém 6,02 .10 particulas. Esse valor éaconstantede Avogadro. Em 1 molde qualquer gés existem 6,02. 10" moléculas. . Equagdo de Clapeyron Num gas ideal, as trés varidveis de estado (pressio, volume e temperatura) esto rela- cionadas com a quantidade de gis existente na amostra. A relagio matematica se da pela ‘equacao de Clapeyron, também chamada equa- gio de estado dos gases ideais: p:V=an-R:T,emque: © pé apressio exercida pela amostra, me- dida em N/m’, ©Vé0 volume ocupado pelo gis, medido em m’; © néomimero de mols da amostra (a quan- tidade de matéria); © Ré aconstante universal dos gases ideais (vale = 8,31 J/mol.K); ©T éa temperatura do gis, medida em kelvin (K). Repare que todas as medidas acima foram dadas conforme estabelecidas no 8.1. Mas a constante universal dos gases pode ser dada em outra unidade: R= 0,082 atm. L/mol.K A equagio de Clapeyron relaciona as varidveis de estado de um gis que ocupa um iinicoestado termodinamico, ou seja, ela ainda nao nos per- mite analisar ocomportamento de uma amostra de gis que sofre alguma alteracao em qualquer uma de suas variaveis de estado. Entio, para determinado estado termodinamice A, temos: amols PVT, wal, Afiguraacima mostran molsdeum gas no estado termodindmico ‘A,sob pressda P, ocupando um volume ¥, com temperatura, Lej geral dos gases ideais Umatransformagio gasosa é caracterizada pela alteraco do estado termodindmico de um gis, ou seja, toda transformacio gasosa esti atrelada a uma alteragdonasvariaveisde estado que definem aquelegés. Podemos entender umatransformagio gasosa como um procedimento que “leva” uma mostra gasosa de um estado termodinamico inicial para um estado termodindmico final. Uma amostra do gas A, aprisionada em um recipiente completamente vedado, em deter- minado estado termodinamico inicial i, sofre uma transformac3oqualquer passando paraum estado termodinamico f. Estado Estado inicial (i) final (f) = “ou EN gasosa PMT, Ps Ma, Repare que orecipiente évedado, Entio, no ha alteragio na quantidade de gis - ou seja, oniimero nde mols do gis se mantém constante durante a transformagao. Como todas as trés varidveis de estado se relacionam e nio houve alteragao na quantidade de gis, podemos igualar a equacio de Clapeyron para cada um dos estados acima: Para o estado inicial i: peVien-R-Ti= * n-R Para o estado final f: py Ve RT PE HR f Repare queas duas equagées acima so iguais an. R. Entio, elas siio iguais entre si: piVe _ py-Vi iF cerisicazois 21. WAIS LEVE QUE 0 AR? Dentroe fora de um balio, tudo é ar. Fle flutua porque oar de seu interior @aquecido. Menos denso que oar doexterior,oar quente se expandee levao balio para cima 22 cerlsica 208 A equacio indica que, numa amostra de gés ideal, em que no ha variagdo de massa, essa relacdo entre temperatura, volume e pressio se mantém, Em uma transformagio geral, qual- quer alteragao em uma das variaveis (digamos, a temperatura) afeta imediatamente as outras duas (volume e pressiio) e o gas sofre transfor- magao em seu estado termodinamico. Quando alteramos apenas duas variaveis de estado e mantemos fixa aterceira, ocorrem as chamadas transformagées particulares. Transformagdo isovolumétrica A transformacio isovolumeétrica (au isocé- rica) ocorre sem que haja alteragao no volume ocupado pela massa gasosa — ou seja,apenasa pressao e a temperatura sofrem mudanga. Veja o que ocorre numa amostra de gs aprisionada em um reeipiente rigido e indeformAvel que sofre alteracao de temperatura: = Veconstante PVyT, nmobdegisque Osmesmesn mols do gis s60 ocupam volume ¥,e aquecidos a temperatura, esto & temperatura ‘Atampa hermetica néodeiraa Tenercemapressio volume crescec As moléculasse Prsobreasparedes _agitame aumentamapressio nas do recipiente sparedesdo reipiente (?, »P) Matematicamente, a partir da lei geral dos gases ideais, concluimos que: peVi _ pr-Ve pi _ pe BENS | Pi Bh Tr T "Tt Tf Essa relagio matematica mostra que, numa transformacao isovolumétrica,apressao ea temperatura de um gas sio grandezas direta- mente proporcionais, ou seja, a0 dobrarmos a temperatura da amostra de gis, verificamos que a pressao exercida por ele também dobra. Re- pare que as temperaturas sic dadas em kelvin. E, como no podemos fazer nenhuma divisio por zero, entéo é impossivel que a amostra tenha, no inicio ou no final, temperatura de 0 K, Podemos representar essa transformagio gasosa em um gréfico (veja 0 grdfico Pressio versus temperatura, na pag. ao lado). Transformagdo isobdrica ‘Uma transformagao gasosa que ocorre sem alteragio de pressio é chamadaisobérica. Veja o- que acontece com uma amostra gasosa apri- sionada num recipiente com um émbolo mével, ou seja, cujo volume pode ser alterado. Pp : Pp z A = Ee PM l mob de gis ‘Os mesmosn mob de gis si0 ocupando volume V¢ aquecides & temperatura T, 0 sob temperatura 7 émboloé mével e sbe, abrindo exercema presséoP, _esparoparaas moléculas-o volume ‘sobre as paredes do ‘aumenta. Com maisespaga, as recipiente rmoléculas mantéma press sobre _asparedes do ecpiente (P,=P) ‘Matematicamente, a partir da lei geral dos gases ideais, temos: PiVi _ PPV) Vi Ve Ti Tr Ti TF Essa relagdo matemiatica mostra que, numa transformagio isobdrica, o volume e a tempe- ratura de um gas so grandezas diretamente proporcionais, ou seja, ao dobrarmos a tem- we peratura da amostra de gas, o volume ocupado. por ele também dobra. Podemos representar essa transformaco gasosa em um grafico que relacione as variiveis de estado desse gas (veja ogrdfico Volume versus temperatura, ao lado), ‘As variacdes numa transformagao isobarica podem também ser representadas pelarelagao entre pressio e volume: PRESSAO IGUAL, VOLUME DIFERENTE ‘Numa transformaséo isobirica,a pressio permanece constante-e 0 volume se altera Transformatdo isotérmica Atransformagioisotérmica ¢aquelanaquala temperatura da amostra de gas nio se altera,ou seja, em uma transformagio isotérmica, apenas as varidweis de estado pressiio e volume sofrem alteracio. Matematicamente, pela lei geral dos gases ideais, temos: Vi = My Vie pe Ty Note na expresso acima que, numa trans- formagiio em quea temperatura éconstante, apressio eo volume sio grandezas inversa- mente proporcionais - ou seja, se uma sobe, a outra desce, porém, mantendo o produto entre elas constante. A representacia de uma trans- formagio isotérmica em um grifico de pressio por volume se da pela chamada curvaisoterma (veja os grdficos Pressfio versus temperatura & Curvas isotermas, ao lado). caeLes scHUGHsTOCK SOE eu P(N/m) Apressia varia de forma proparcional a temperatura'se uma obra, outra também obra. Se triplca, também triplica. Note ‘que o grifico nio esti definido na origem, ou seja, a reta que define a proporzdio entre presséo e temperatura nio chega és coondenadas (0, 0). [sso indicaque nioé possivel a um gés atingiratemperaturade Kou pressia nul, Pe v(m) Numa transformagéa emque 2 pressio é mantida constante, quanto mais alta fora temperatura, maior serd o volume ocupado pelo gis, Repare que areta nio atiage a origem do sistema cartesiano. Isso indica que ¢ impossivel que uma amostrade gis esteja & temperatura de OK eu que ocupe volume nenhum. 1 1h) PRESSAO VERSUS VOLUME P(N/m) p, . v V, v(m RS ed ‘Numa transfommacioem que a temperatura no vana (isoténmica), os pontos que define apressiae a volume de gasse alinham emuma curva chamada isaterma, ‘que tema forma de hipérbole pamue a produto das duas grandezas é constante, P (N/m) Isotermas (Quanto mais afastada da origem estéa isoterma, maior é a temperatura em que ocorre a transformagio. y, \, Vim GE Fisica 2018 23 COMO CAI NA PROVA 1. (Unesp 2014) Para testaros conhecimentos de termofisica de seus alunos, ‘professor propoe umexerciclo de calorimetria noqual:sio misturados100 g de dgua liquida a 20 °C com 200-g de uma liga metdlica.a 75°C. O professor Informa que o calor especifico da Agua liquida é 2 calfig. °C) eo da liga 0.3 cag. *X), onde X 6 uma escala arbitraria de temperatura, cuja relagao com aescala Celsius estd representada no grafico. ‘Obtenhauma equagaodeconversao entre as escalasX eCelsius e, considerando ‘que a mistura seja feita dentro de um calorimetroldeal, calculea temperatura final damistura, naescala Celsius, depolsde atingida o equilibria térmico. RESOLUCAO Vamos resolver a primeira parte da questda: encontrar a equagdo de conversdo entre as escalas Celsius e X Acompanhe no grafico do enu nciado: = Qelxo x traza temperatura @ na escala Celsius; € 0 elxo y ma escala X; + Pare@,=0% $8,=25 X; + Pare @,=10 °C > 8, = 85 °X. Portanto, podemas estabelecerarela;do entre asescalasconforme oesquema abaixa: c x E expressar a proporgdo entre as duas escalas por: rom . Aaah > C= 4-25 902 Xo jo-0 85-25 30 60 e c4------| x of_---_-| 2g _ Esta aequayd de conversio da escalaX para Celss Para a segunda parte da questdo - a temperatura final da mistura, em graus Celsius, observe novamente o gréfico: quando OX varia em Go °X (85 °X - 25 °X = 60 “X) a variagdo na-escala Celsius 6 de 10 °C, Portanto, a cada 1 °N de varia¢do corresponde uma varlagao dete. Para encontrara temperatura final da mistura, em Celsius fazemos a conversdo dio valor do calor especific da liga, fornecido em °X no enunciado: Gyp= 01_cal_ = 01 _Cal_—> Gy = 06 cal eM git 2% A troca de calor entre a agua é a liga é feita em um calorimetro ideal - ou seja, sem perda. Entdo a soma das quantidades de calor trocadas é nula. Gua + Orga 07 (M.A) gra (1. C. LOge = 0 4100. 1,(9-20}+ 200. 96. (9 75}=0 +100, (0 - 20) +120. (O-75)=0 11008 - 2000+ 1208-9000 =0-+220 8=11 000+ 8 = 50°C Respostas: A equacio de conversfopedida &c= x- 25 . 6 ‘A temperatura de equiliorio térmico do ststema, na escala Celstus, € de 50°C. 2. (Fuvest2n17) Noinicio doséculo XX, Plerre Curleecolaboradores, emuma experiéncla para determinar caracterstkas do recém descoberto elementoqulmt ol, colocaram uma pequena quantidade desse materlal em umcalorimetro e verlficaram que 3,30 grama de agua liquida la do ponto de congelamento ao 24 cerisica 208 ponto de ebulicso em uma hora. A poténcia média liberada pelo radio nesse perlodo de tempo tol, aproximadamente, ajoo6W = bjoroW = coagW = djoa8W—e)oz2 W Notee adote: Calor especifico da aguas’ cal/(g.°C) ieal= 4] Temperatura de congelamento da agua: 0 °C ‘Temperatura de ebulicdo da agua: 100°C Considere que toda a energia em itida pelo radio fol absorvida pela agua.e empregada exclusivamente para elevar sua temperatura. RESOLUCAO A quantidade de calor absorvida pela dgua no aquecimento foi de: Q=m.c.d6+Q=13.2. (100-0) Q=130cal Adotando 1 cal= 4, concluimos que Q-= 520) Lembrando: poténcia é a medida da quantidade de energia recebida por um corpo em determinado intervalo de tempo. A unidade de medida da paténcia éawattea W=2//s Nocaso do calor aquantidade de energia corresponde 4 quantidade de calor (Q) Entao, temas P=Q4P= le 20) + P= 04 W E ora «$8008 Resposta:¢ '3 « (cnem 2029 Durantea primetratase do projeto de uma usina degeragiode energla elétrica, os engenhelros da equipe deavallacdio de Impactos amblentals procuram saber se esse projeto esta de acordo com as normas ambientats. ‘Anova planta estar’ locafizada 3 belra de um rlo, cuja temperatura média da agua é de 25 °C, e usar a sua Sgua somente para refrigeracio. 0 projeto pretende que a.usina opere com 2,0 MW de potfnda elétrica e, em razio de restriges téenicas,o dobro dessa poténcla serd dissipada por seu sistema de arrefecimento, na forma de calor. Para atender a resolucio nimero 430, de 13 de malo de 2021, do Conselho Nacional doMelo Ambiente, com uma ampla. margem de seguranca, os engenhelros determinaram que a agua s6 podera. ser devolvida ao rio.com um aumento de temperatura de, no maximo, 3°C em relagio temperatura da gua dorio captada pele sistemade arrefecimento, Considere o calor especfico da dgua igual a 4 ki{kg..C). Para atender essa. determinagio, avaziiominima do fluxo de Agua, em kg/s, para a refrigeracio da usina deve ser mals proxlma de: ajaa bay 67 d)250 #)500 RESOLUCAO 0 enunciado informa que osistema de arrefecimento deverd dissiparo dabroda poténcia elétrica dausina (1MW). Portanto, a paténcia de arvefecimento deverd ser Py-=2 MW. Convertendo megawatt para watt, ficamos com P,, = 2.105 W. O calor especitica da dguaéc= 4 kl/ (kg. °C) ‘Novamente, convertendo quifojoule para jou fe ficamos com ¢ = 4..20°J / (Kg.°Q) Segundo o enunciado, a variagdo de temperatura da dgua deverd ser 48 =3 °C Lembrando.a definigdo de pot€ndia - razdo entre a quantidade de calor absorvida pela dgua eo tempo emque essa absorgdo acomre. Entdo, Pay ax ecomsiderani 25 tremas2. 14 = Qu-> ay" 2.20) jt 1 Sabemos que Q= m.c.A6 Substituindo os valores que temos nessa expressdo, encontramos o valor da massa de dgua que escorre em 15: 2.10f=m. 4.10, 3 >m=267 Ke Esta éa massa de agua que escoa em 1 segundo. Resposta:¢ 4. (PUC Rio 2016) Uma substancla no estados6 ido esté emsua temperatura de Iiquetagao quando comeraa seraquedda poruma fonte decalor estavel. Observa ‘Se que o tempo que a-substncia leva para se liquetazer totalmente é 0 mesma ‘tempo que leva a partir de enti, para que sua temperatura se eleve em 45"C. Sabendo queseu calor latente é25cal/g, qual é oseu calor especifico, em cal/g. C2 aja b)o,25 gas dos e)o56 RESOLUCAO Amudanga defase e o aguecimento da substancia ocomeram durante o mesmo tempo e com caforemitido pela mesma fonte, Portanto, as quantidades de calor {gasias nos dais processos foram iguais. Entdo: Qngerao= Qayecinents >. Liy = m. C. 28, em que LE 0 calor latente, Substituindo nessa expresso os valores fomecidos no enunclada, obtemos: lye. 40 225 = €.45 220,56 callg Resposta: E 5 (rac. Albert Einstein 2017) Sabese que um liquide possul calor especifica igual a 0,58 cal/g. °C. Com o intuit de descobrir o valor de seu calor latente devaporlzacao, folreallzado um experimento onde |{quido fol aquecido por melo deuma fonte de poténcia uniforme, até sua total vaporlzacao, obtendo- 58 0 grafico abalxo, t(min) ° 10 54 ‘0 valor obtido para ocalor latente de vaporizacao do liquide, em cal/g, esta mals préximo de: a) 00 b) 200 540 4) 780 RESOLUGAO A fonte utiizada nos dots processos é a mesma. Portanto, a potncia para 0 aquecimento é (gual a pot&ncia para a mudanga de fase (vaparlzagao). Ent. Paqecamie = Praprtage > Qaypecneto = Qpwingo = m.t.40 = m.L Tapes Ttaprsear minutos Como amassa aquecida ea vaporizada si0 igual, teremos- 058.78 = L +L = 200calg “Ti Resposta: B RESUMO Termologia TEMPERATURA E CALOR Temperatura é a medida do grau de agitacio das moléculas de um corpo. Quanto mais quente estiver o corpo, maior sua temperatura, @ vice-versa. Calor & a quantidade de energja transferida entre corpos que apresentam temperaturas distintas. O calor pode ser medido em joules (J) ou em calorias (cal). Dois ou mais corpos atingem o equilibrio térmico quando suas temperaturas se tornam iguals - ou seja, nah mais transferéncia de energia térmica entre eles. Condugao térmica & 0 processo de propagacio que so dé através da transmissio da agita cio molecular de uma particula para a seguinta. Conveccao térmica é 0 processo de propagagao de calor por meio do transporte de matéria de um sistema. Ocorre sempre que ha uma diferenca de temperatura num liquide ou gas, o que altera a densidade de material. Ra- diagio térmica ou irradiagao é 0 processo detransferéncia de energia térmica por ondas eletromagnéticas. € 0 tinico proceso quando depende da existéncia de umn melo fisico entre os corpos. CALORIMETRIACalor especificoé a quantidade deenergia necesséria para que gama de um material varie a temperatu- raem 1°C, Unidades: cal/g.*Ce, no S..,jouleporquilogyama ekelvin (J/kg. K). Capacidade térmica indica a energia que um corpo absorve ou perde quando sua temperatura varia. Unidade: J /K. 2. Can =m.c Quantidade de calor sensivel é a quantidade de energia envolvida no procasso de alteracdo da temperatura de um corpo, sem que 0 corpo mude de estado fisico: Q=m.c.ad- Quantidade de calor latente é a energia envolvidano pro- cesso de mudanga do estado fisico de um corpo,e seu valor depende tanto da massa quanto da mudanga de estado fisico.em questao: Q=mL TRANSFORMACOES GASOSAS Num gas ideal, as trés variaveis de estado (pressdo, volume © temperatura) esto relacionadas com a quantidade de gis existen- te na amostra. Equagao de Clapeyron: p.V=n.R.T Lol geral dos gases Ideals: numa transformacao gasosa, a ralagdo entre pressdo, volume.e temperatura deum gas se mantém constante: BM. BM oR GE Fisica 2018 25 CONTEODO DESTE CAPITULO Conceitos..... © Movimento retil{neo uniforme. © Movimento retil{neo uniformemente variado.. © Lancamentos.. © Movimento circular uniform © Como cai na prova + Resumo. 0 homem mais rapido do mundo se aposenta Depois de uma sequéncia impressionante de medalhas e recordes, o jamaicano Usain Bolt se retira das pistas de corrida como o maior velocista de todos os tempos macaimbra traigoeira impediu que Usain Bolt vencesse sua tiltima competigao na carreira, a corrida de 100 metros com revezamento, no Campeonato Mundial de Atletismo de Londres, em agosto de 2017. Ainda assim, ele completou a tradicional vol- ta olimpica e repetiu o gesto com que come- morava cada vitdria: os bragos em posicéo de quem dispara um raio. Nao foi falta de modéstia. O jamaicano, que se despedia das pistas aas 31 anos de idade, continua sendo o homem-raio, o mais veloz de toda a histéria do atletismo. Os ntimeros do curriculo de Bolt sao impres- sionantes. Ele conquistou 19 medalhas de ouro nos Mundiais de Atletismo e Jogos Olimpicos entre 2008 e 2016. Por trés vezes bateu seus préprios recordes de velocidade em provas dos 100 metros, caindo de 9,74 segundos para 9,69 segundos e, por fim, para 9,58 segundos. Parece pouco, mas em corrridas, um centésimo de segundo ¢ uma eternidade.E € 0 unico atleta aacumular recordes nos 100 ¢ 200 metros, con- quistados nas Olimpiadas de 2008, 2012 2016. A velocidade do homem-raio é quase sobre- humana. Em seu auge, ele percorria 10 metros em 0,81 segundo. Se esse ritmo fosse mantido.ao longo de uma corrida, eleatingiria a velocidade 26 cerisica 2018 de 45 quilémetros por hora, praticamente a mesma atingida por um campeao de ciclismo, ou um cavalo a galope. Especialistas em fisiologia do esporte nao sabem qual 0 segredo exato dessa capacidade excepcional. Tudo indica que a altura conta. Bolt é 10 centimetros mais alto que a média de seus principais adversdrios. Em tese, a al- tura é um obstéculo para velocistas, porque, quanto mais alto o atleta, mais tempo ele leva para erguer o corpo depois do tiro de largada. Bolt realmente demorava mais para sair. Mas, 30 metros depois, emparelhava com os primeiros colocados, A vantagem vem do comprimento das pernas. Numa unica passada, o mito cobria cerca de 2,50 metros - 20 centimetros mais que amédia de seus rivais. Em 2009, em Berlim, le- ‘you 0 ouro em apenas 41 passadas,enquanto os demais precisaram de45paracruzarali- — OjamakanoUsain Bolt nha de chegada. ‘quebrou seus proprios. Movimento, velo- __recordesdeveloddade cidade e aceleragio —_portrés veres.Para sfio assuntos da Area _especialistas, o segredoesta decinematica Edisso no comprimentodas pemas quetrataeste capitulo, do homemralo CINEMATICA CONCEITOS 28 cerisica 2018 ‘Qdnibus movimenta-se em relacdo a rua. Masos passagelros esto parados uns-em rela¢ao acs outros O que define um movimento ONTO CEWLAR PARAS AGRA CONCEMOSBASICOS OF IMEATICA ua NS cinemética é o ramo da fisica que estuda Dy ovine cops eat to de um atleta que corre, nada ou salta quanto de um foguete que deixa a superficie da ‘Terra,ou de um corpo que circula em érbita do planeta. A cinemdtica nao se preocupa com a causa do movimento, apenas como movimenta em si. Com ela somos capazes de determinar a posigfo,avelocidade e aaceleragio docorpono decorrer do tempo. Neste capitulo, vocéconhece 0s conceitos basicos com que lida a cinematica. Referencial Imagine que vocé esteja viajando em um trem. Vocé est em repouso ou em movimento? Se essa pergunta é feita a uma pessoa que se encontra parada ao lado da estrada de ferro, vocé est em movimento. Porém, se a mes- ma pergunta se dirige a outro passageiro do. mesmo trem, vocé esté em repouso. Ou seja, a nog&o de movimento ou repouso de certo objeto mével ndo depende apenas do abjeto, mas do corpo que adotamos como referéncia do movimento. Tal corpo que utilizamos para analisar se o mével esta ou ndo em movimen- to chamamos de referencial ou sistema de referéncia. Dizemos que um mével qualquer esta parado ou em repouso quando sua posi¢ao nao varia em relacio a determinado referencial. O objeto mével est4 em movimento quando sua posicao varia em relagio a determinado referencial. Um mesmo objeto pode estarem repouso em relagao aum referencial e em movimento em relagéo.a outro.Otermo “em relagao”, repetido nas frases acima, indica queo movimento é relativo: suas medidas dependem dos referenciais adotados. Dimens6es do corpo © tamanho de um corpo em relagio as de- mais dimensées envolvidas no movimento pode ser importante para os céleulos. Quando. nao podemos desprezar as dimensdes do corpo. em relagao as demais dimensdes, dizemos que esse éum corpo extenso. E ocasodeum trem de 50 metros de comprimento que se desloca por 100 metros. Em outros casos, as dimensdes do corpo estu- dado sfio tio menores que as demais dimensdes envolvidas no movimento que podemos tratar © corpo como um ponto material. A Estacio Espacial Internacional (ISS) um exemplo de ponto material. A ISS é grande - tem cerca de 100 metros de ponta a ponta. Mas fiea mintiseula, se comparada ao pereurso de dezenas de milha- res de quilémetros que faz em torno da Terra. Centro de massa Podemos explicar os movimentos de um corpo extenso ¢ as forgas que atuam sobre ele utilizando o conceito de centro de massa (CM) - 0 ponto no qual se considera que toda amassa do corpo esteja concentrada. O CM se movimenta comose todas as forgas externas que atuam sobre o corpo fossem aplicadas sobre ele. No caso de um corporigido echomogéneo—ou seja, que nao se deforma e que é constituido de um mesmo material ¢ com a massa distribuida de maneira uniforme -, 0 CM coincide com 0 centro de gravidade (CG) - aquele no qual a forca peso estd concentrada. E, em corpos de formato regular, ambos coincidem com o centro geométrico. Veja ao lado. [B] SIMONE BECCHETTI/ISTOCK [2] NASR [2] MARCO DE BAR! () [5] !5TOCK O PONTUAL E 0 EXTENSO A estacdo espacial ¢ um ponto se comparada sua érbita em ‘toro da Terra. J.um automével que manobra em poucos metros & um corpo extenso Se SESS ‘Uma folha de papel pode -serconsiderada um corpo bidimensional. Nesse caso, oCMeo C6 ficam no centro stricodoretd CM pode estarfora dacorpoe, ainda assim, coincidircam 0€6 GE Fisica 2018 29 CINEMATICA CONCEITOS Trajetoria Dizer que o movimento de um corpo ¢ rela- tivo implica dizer que sua trajetéria é relativa, ou seja, o caminho percorrido pelo corpo em determinado tipo de movimento depende do referencial adotado. Para estudar um corpo que descreve uma tra- jetoria em relagdo a determinado referencial escolhemos uma origem, ou seja, um ponto a partir do qual as posicdes ocupadas pelo corpo sero registradas e contadas. Definimos, em seguida, um sentido para essa trajetéria. Assim, podemos identificar o sentido em queas posi¢es ocupadas pelo corpo crescem ou diminuem (veja 0 quadro Como a posicio muda, ao lado). Desfocamento escalar ‘Ao se deslocar, um corpo assume diferentes posigdes ao longo da trajetéria. Essa variagdo de posices é chamada deslocamento esca- lar (AS). A medida do deslocamento escalar é obtida pela diferenga entre a posigao final e a trecho qualquer. Matematicamente: AS=8 -So Na figura Como a posi¢do muda, ao lado, o objeto que parte do ponto B eao final do percur- so atinge o ponto C tem deslocamento escalar dado pela expresséo: Mas, se o mével partir do ponto Ce atingir ao final da viagem o ponto A, seu deslocamento serd de: AS = §-—S.=AS = S.- AsS=—20- 10s = Som 30 ken Repare que o deslocamento, neste caso, é ne- gativo. Isso indica que o percurso foi realizado no-sentido contrario ao adotado como positivo na trajetéria. Tipos de movimento ‘Um movimento é classificado conforme seu deslocamento ao longo datrajetéria. Movimen- tos progressivos so aqueles nos quais odesla- camento se déno sentido adotado como pasitivo na trajetéria. Assim,num movimento progressivo, o deslocamento escalar de um corpo ¢ positive. 30 Gerisica 2018 COMO A POSICAO NUDA Nesta trajetérla, todas as posigbes sto definidas a partir do ponto B, 20 sentido adotado é da esquerda para a direlta Na ponta 8, o corpo se ancontra exatamenta raorigem datrajetiria -10km Sentide adotado =20 km ‘oma postiva A +10 km Nesteponta o carpe ocupa a posi¢So.-20 km da trajetéria C No porta C, © corpo ocupaa peosigdo +30 km da trajetéria Es ATENCAO: Deslocamento escalar e distncia percorida sao grandezas diferentes. Veja a comparagéo das duas para um objeto que sal do ponto A, segue ato ponto C evolta para o ponto B. Adistancia percorrida é a soma detodos os trachos percorridos, ndo importando o sentido da viagem. Entio: Dyg*D,-+D=3 D,,, #3042050, = 4a hm -lokm -20 km Maso deslocamento escalar deste corpo a0 c 20km percorrer a mesmo trajeto éadiferenca entre a posicao final e a inicial: 5, = AS = 0- (+20) = AS =20 km TOME NOTA CONVERSAO DE ESCALAS Para converter quildmatros por hora {km/h} em metros por segundo (m/s), basta transformar cada uma das unidades: +1km=1000m +L hora tern 60 minutos, cada um deles com 60 segundos. Entio, 1 h= 60s.60s=3600s 1000m, 3600s Para transformarm/s em kmyh, @s6 fazer raciocinio inverse: assim, 1km/h = : ye =0,28m/s dividir por 36 rmultipicar por 36 — NA PRATICA VELOCIDADE MEDIA Um automével parte de uma cidade localizada no quilémetro 100 de uma estrada, as 10 horas. E choga a cidade vizinha, no quilé metra 244, as A2horas, Avelocidade média do automével no trajeto percomido foi de: AS Vn = aps Vm = 72km/h 72000 Vn = “S600 Vm = 20m/s m/s = — NA PRATICA ACELERAGAO E VELOCIDADE Um corpo acelaradoem ‘2m/s*tem avelocidade aumentada em 2m/s, a cada segundo. Ja um corpo que apresenta aceleragdo negativa, digamos, de -3 m/s tem avelocidade diminuidaem 3 mys, a cada segundo. Sa oo? ° 0 Morime nto progressiva Movimentos retrégrados sao aqueles cujo deslocamento acontece no sentido inverso ao adotado como positivo na trajetéria. Num mo- vimento retrégrado, o deslocamento escalar de um corpo é negativo. a oto) 0 Movimento ratrégrade Velocidade escalar média E arazdo entre o deslocamento escalar (AS) descrito por um corpo e o intervalo de tempo (At) gasto nesse deslocamento. Ou seja, é a variagdo da posigao ocupada por um corpo em determinada trajetéria no decorrer do tempo. Matematicamente: AS Vv, = oe Ar Os corpos que descrevem movimentos pro- gressivos apresentam velocidades positivas (v > 0), enquanto corpos que descrevem mo- -vimentos retrégrados apresentam velocidades negativas (v <0). No S.1., a unidade de medida para velocidade é metro por segundo (m/s). Aceleragdo escalar média EB amedida da variagio davelocidade do corpo emcerto intervalo de tempo. Matematicamente: Av o~ "at Aaceleragio de um mével pode ser entendida como a velocidade com que varia a sua velo- cidade, No S.L, a unidade de medida utilizada para aaceleragio é m/s’ Grandezas escalares e vetoriais Algumas grandezas necessitam apenas de seu valor absoluto para ser caracterizadas. Sio as grandezas escalares, como tempo, volume ¢ massa. Outras grandezas exigem que sejam definidos também sua diregio e seu sentido. Essas so grandezas vetoriais ~ aquelas nas quais um vetor indica intensidade, a direcioe o sentido. Sio grandezas vetoriais avelocidade, aaceleragio e a forca, por exemplo. Veja abaixo como ¢ indicada a velocidade de um objeto: yo sntido vetor —< ae diedo ) __j ta suporte modulo ‘Méduloga medida pura — Diregio dada pela ‘Sentide é cefinide: docomprimertode vetor diregdoda etasuporteem pelaponta daseta (indica intensidade da que ovetorse encontra ‘wlocidade) Soma de vetores As grandezas escalares podem ser somadas algebricamente: num bolo, 1 kg de agicar mais 2 kg de farinha resultam em 3 kgde ingredien- tes. Masa soma vetorial precisa considerar, além do médulo, a diregao e o sentido dos vetores. Existem dois métodos geométricos para a adic&o de vetores. O primeiro, o método da poligonal. Nele, a origem do segundo vetor coincide coma extremidade (ponta da flecha) do primeiro vetor. O-vetor soma (ou resultante) € ovetor que fecha o poligono, com origemno mesmo panto de origem do primeiro vetor. ‘A mesma ideia pode ser usada para a soma de mais de dois vetores. Veja: ‘O segundo método para somarmos vetores, dois a dois, ¢ o do paralelogramo: fazemos coincidir as origens dos dois vetores e cons- truimos um paralelogramo. O vetor soma é a diagonal do paralelogramo cuja origem coincide com ados dois vetores. Veja: GeFisicazus 32. CINEMATICA MOVIMENTO RETILINEO UNIFORME 32 Gerisica 201s RAIOO Jamaican Usain Bolt corre 100 metros em 9 6 segundos. Nessa velocidade, ele percorreria a qulldmetro em 1,5 minuto neaecomvelocidade constante- ou seja, . Em linha reta e 3 sem aceleragio - estiio em movimento NO MeSMO FItMO _cilincountforme cuMRU.Corposem MRU percorrem sempre a mesma distdncia em um. mesmo intervalo de tempo. Cc orpos que se deslocam enstrajetériaretili- V=locms . * e e e Os 18 25 35 4S ocm 10cm 20cm 30cm gocm FUNCAO HORARIA DA PosiCAO Para um corpo em MRU, a posigao num ins- tante ¢ qualquer é dada pela funciio hordriada posigéo: S(t) =S,+v. tem que: S, € posigao inicial, no instante t = 0; v 6a velocidade de deslocamento; é0 tempo do deslocamento. dade de deslocamento (v), podemos calcula a posicao S(t) que 0 corpo ocupaem um instante qualquer (t).Com isso, determinamosocompor- tamento do objeto mével no decorrerdotempo. No S.L, a posisio dos corpos ¢ medida em metros e a velocidade, em m/s. Lembre-se de que, em movimentos progressivos, as corpos apresentam velocidade positiva e, em movi- mentos retrégrados, velocidade negativa. Repare que a expresso § (t)= S,+v.té uma fungao do 1° grau. Seu coeficiente linear determina a posigao inicial S, do corpo eo coe- ficiente angular, a velocidade v do corpo (veja o quadre Tome nota, ao lado). GRAFICOS DO MRU E muito comum na cinemitica o estude do movimento de um corpe ser feito por meio de graficos que relacionam os pariimetrosfisicos do movimento com o tempo. A equagao que define um MRU uma funcic linear (ou fungao de 1° grau), ¢, por isso,sempre determina umia reta. Velocidade em funcdo do tempo Todo corpo que executa MRU mantém uma velocidade constante. Se a intensidade da velo- cidade nao varia, entio o grafico da velocidade em fungdo de tempo deve ser uma reta paralela ao eixo do tempo. No caso de um corpo mével que executa um. movimento progressive (no sentido adotadocomo positivo),avelocidade ¢ positiva. Assim, o grafico da velocidade em fun¢io do tempo ¢ uma reta acima da velocidade v= 0. Veja: A velocidade do corpo 6 positivae permanece inalterada durante todo odeslocamento ALBA FENBACHUREUTERS Ji em um objeto em MRU retrégrado, avelo- cidade ¢ negativa. Para essasituagio,o grifico da velocidade em fungiio da tempo também é uma reta, mas na posigfio em que v < 0. Veja: 1 Avelocidade permanece constante, masé regativa A drea sob a curva do gréfico é numericamen- te igual ao deslocamento escalar sofrido pelo corpo nesse intervalo de tempo. Veja: ¥. a Armodida da rea Aé ‘numericamente igual & TOME NOTA medida do desiocamento A entreas instants et, Fungo de 1° graué aquela na qual uma ot t t variavel (y) depende de outra varlavel (x), que é independente S¢levada a primeira poténcla: Mas atengao: a drea,naturalmente,nio indica osentido do deslocamento. Para definirmos se odeslocamento é positive ou negativo, devemos analisar se o movimento é progressivo (AS > 0) ou retrégrado (AS < 0). fix)=y=a.x+b Note queaéo cooficiente angular da reta, @ é definide pela diferenga entre as Posicdo em funcdo do tempo Podemos também construir graficos que re- presentem a posicao de um corpo que executa MRU em cada instante do percurso. Para isso, basta construir o gréifico da mesma fungo — coordenadas xey de horaria da posig: dois pontos quaisquer da reta: S(+S,tv.t Num movimento progressivo (y > 0), 0 mével avanga nas posigSes ao longo da trajetoria com © passar do tempo, a partir de um ponto de origem. Assim, o grafico da posigao em fungao do tempo é uma reta crescente. Ebéocoeficiente linear da reta: 0 valor de y no ponto em que 5. areta cruzao elxo y (ou Ocorpoavanca na aja, 0 ponto que tema trajetérianodecerrerdo = cordenada x=). tempo deslocamanta exxalarpositivo Movimento T Progresshvo Gerisica mus 33 CINEMATICA MOVIMENTO RETILINEO UNIFORME No caso de um movimento retrigrado (v <0), o mével recua a partir de um ponto de origem. Entio, o grafico é uma reta decrescente. Veja: corpo recua na ‘trajetdria no decorrer do tempo - des ocamento scalar nogativo Movimente 1 retrégrado. Acompanhe o raciocinio: um automével per- corre uma trajetoria retilinea. Sua posicao em fungio do tempo é representada no gréfico: (para t= Oh,S,=100 km); + A posicao final do automével é 500 km (para t= 4h, $,= 500 km); * O grafico é uma reta, entio trata-se de um. movimento uniforme; + O movimento é progressive porque a reta éascendente. Avelocidade média do automével é.araziio en- treodeslocamento escalar e otempo de percurso: = SS yjq = S00 100 Vm = P= Vm= 2955 = Vm = 100 km/h Repare que, num grafico da posigao em fun- Go do tempo para um corpo em MRU, a velo- cidade é 0 coeficiente angular da reta. Para construir a funcio horaria da posicéo do automével em determinado intervalo, basta substituir os valores conhecidos (S,¢ v): S(t)= Sot v.t—s S(t)= 1004 100. Esta é a funcao espeeifica para o movimento desse automével. Entio, podemos calcular sua posic¢oem qualquer momento daviagem. Veja: ‘34 Gerisica 2018 Qual a posigao do automével depois de 2,5 horas de viagem? S(t) = 100+ 100. S(2,5) = 100 + 100.2,5 S=350km ENCONTRO DE DOIS CORPOS O encentro de dois objetos que se movem sempre se da no momento em que eles ocupam amesma pasigao na trajetéria. Dois corpos seguem uma mesma trajetéria retilinea movendo-se em sentidos opostos, com velocidade constante. Veja abaixo: Seen EL SLU) hee Os dois vefculos, é claro, vio se encontrar na mesma posigéo. Matematicamente, temos: S,=5, Conhecemos as posigées iniciais e as veloci- dades de A eB. Adotando que o sentido positive datrajetériaé da esquerda paraadireita,e subs- tituindo esses valores na funcao horaria, temos: 0+30.t=400-50.t>t=5h Portanto, os automéveis irfo se encontrar apés cinco horas. Para definir a posigao em que eles se encon- trarao, ¢86 substituiros valores conhecidos na equagio horaria de qualquer um dos veiculos: Sa= Sat vats S.=0+ 30.55 S.=Se= 150km CINEMATICA MOVIMENTO RETILINEO UNIFORMEMENTE VARIADO EXPLOSAO DE CORRIDAO guepardo atinge 72 knvh em apenas 2:segundos. Sua aceleracao é.a mesma de um carro de Formula Variacdo gradual movimento retilineo uniformemente _ Jao MRUVem que o objeto mével apresenta variado, ou MRUV, é0que segue uma —_diminuigia do médulodavelocidade é chamado trajetériaretilinea eapresentaumaal- de movimento retardado. » teraglio uniforme no médulo de velocidade. E um movimento com aceleragio diferente de zero e constante — a velocidade do corpo aumenta ou diminui de maneira uniforme ao longo do percurso. O MRUV em que o corpo apresenta um au- mento do médulo da velocidade é chamado de movimento acelerado. Em um movimento retardade, ocorpo percorre distancias cada vez menores em um mesmo interval de tempo ast A aceleragao é uma grandeza vetorial - ou seja, para defini-la inteiramente é preciso con- siderar seu valor (médulo), sua direcio e seu sentido. Uma aceleragio cujo sentido coincide com o sentido adotade como positivo para a trajetéria tem valores positivos (a > 0). Nosen- Em um movimento acelarado, 0 corpo percorre distanei as tido oposto ao sentido adotado como positivo, ‘ada ver maioresem um mesma intervalo de tempo valores negatives (a < 0). DRKFRENERNSTOCK cerisicazois 35, CINEMATICA MOVIMENTO RETILINEO UNIFORMEMENTE VARIADO ATENCAO Nao confunda movimento retardado com movimento retrégrado. O movimento retardado sO considera a diminuigao do médulo davelocidade do corpo. O retrégrado é aquele que se da no sentido inverso ao adotado 136 cerisica 208 coma positivo na trajetoria. FUNCAQ HORARIA DA VELOCIDADE O MRUV é caracterizado pela alteragio da velacidade do corpo. A equagiio que fornece a velacidade do corpo em um instante qualquer é a chamada fungiio hordria da velocidade: v@ =v, +a.temque: © v(t) ¢ avelocidade do corpo num instante t; Ov, éavelocidade inicial do corpo: © aéaaceleragio do corpo; © té um instante qualquer. FUNCAO HORARIA DA PositAo ‘Assim como definimos a posicfio de um cor- poem MRU, sem aceleracao (veja na pdg. 28), podemos tambem definir aposigao de um cor- po que executa um MRUV, com aceleragio. A fungio horaria da posigéo é uma equagéo matemitica que fornece a localizagio do corpo em qualquer instante do movimento: a.t 2 S(t)= Sot vo.t+ ‘Comessa equag’odeterminamos a posigio S(t) deum corpo quetem posigio inicial 8, , velocidade inieial v, ¢ acelerago a em qualquer instante t. Equagdo de Torricelli ‘Combinando aequacio horariada velocidade e a equagiio horaria da posi¢do, encontramos a chamada equagao de Torricelli. A equagdo de Torricelli nao considera o tempo de pereurso. Eouitil quando nio temos essa informacao. veav+2.a, AS, em que: © vé avelocidade final do corpo; ©v, éavelocidade inicial do corpo; © aéaaceleragio do corpo; © AS é odeslocamento escalar do corpo. GRAFICOS DO MRUV Um MRUV também pode ser representado em graficos. Aceleragdo em fun¢do do tempo A velocidade varia, mas a aceleragio se mantém igual durante o tempo do percurso. Entio, esse grafico é uma reta paralela ao eixo do tempo. Um MRUV cuja acelera- gio tem o mesmo sen- tido do que foi adotado como positivo apresen- taa>0: a NA PRATICA FUNGAO HORARIA DA VELOCIDADE Se um atleta parte do repouso e acelera uniformemente 3 myst, afuncéo hordra de sua velocidade & V(t) = Vo+a.t—V(t)=0+3.t+v(t}=3.t Se o atleta consegue manteressa aceleracdo por segundos, sta velocidade ao final da aceleragiio&: vit)=3.t >v=3.3 v= 9m/s as NA PRATICA FUNCAO HORARIA DAPOSICAO Um ciclista parte do repouso na posigae inicial 10 m de determinado referencial e acelera 4 metros por segundo a cada segundo. A funcao horarla para sua welocidade é: S(t) = 5.4 vet St _ sity= woro.te4et S(t) = 10+2.t" Noinstante 4 segundos, ele estara no ponto: S(t) = 1042.8 4 S= 2042.47 S= 42m Depois de4 segundos, o ciclista estard na posicao 42m do referenclal. Descontados os 10 m dedistincia enire 0 referencial e sua posigao de partida, ele terd percorrido 32 m. as NA PRATICA EQUACAO DE TORRICELLI Um automével se desloca a 36 km/h. O motorista avista um sinal vermelho 20 metros a frente-e para exatamente no sinal. Qual a aceleraco do veiculo nessa situacao? Sabemos que: + Avelocidade inicial do automdvel 6 36 km/h (ou 10 m/s); + Avelocidade final é zero; + Adistancia percorrida até o sinalé de 20m. Substituindo os valores na equa¢ao de Torricelli: Wa Vi+2.a.AS = 07=10'+2.a.20 a=-2,5m/s O sinal negative indica que a aceleracéa foi aplicada no sentide inversa ao adotada como positive: 0 médulo da velocidade do automével diminul 2,5 m/s a cada segundo. Ja um MRUV cuja aceleragio tem senti- do oposto ao que foi adotado como positive apresenta a < 0. Entéo, a reta que representa a aceleragao sai de um ponto abaixo do zero: Velocidade em funcdo do tempo A velocidade de um corpo em MRUV varia com o tempo de acordo com a fungao horaria da velocidade: v(=vjta.t Esta é uma equacio de 1° grau cujo grafico € uma reta. Neste caso, o coeficiente linear fornece a velocidade inicial do corpo (v,) eo coeficiente angular, a aceleracao (a) (veja no Tome nota na pdg. 33) Para o caso de um MRUV com aceleragao positiva (a > 0), a funcao é crescente e o gra- fico da velocidade em fungao do tempo temo seguinte formato: Para o caso de um MRUV com aceleracao negativa (a < 0), a fungio é decrescente eo grafico da velocidade em fungio do tempo tem o seguinte formato: Movimento Movimento retardado ; acelerado O gréfico da-velocidade em fungio do tempo também fornece o deslocamento escalar exe- cutado pelo corpo. Veja a seguir: a v ATENCAO O deslocamenta excalarente tet, ‘énumericamente ial rea formada pela curvado grafico Num movimento acelerade: locidadae acelaracao da velocidada em tém mesmo sinal; v A fungdo do tempo «omédulo da velocidade aumentano T decorrer do tempo. 4 ut Num movimento Posicdo em funcao do tempo retardado: ‘A posic&o de um corpo em MRUV varia com © tempo de acordo com o que chamamos de + velocidadee aceleragio tém sinais opostos; fungio horaria da posigao: +0 médulo da velocidade diminui no S(t)=So+vo.t+ decorrerdo tempo. Esta é uma equagio de 2° grau e, portanto, define uma parabola como grifico. O sinal do coeficiente do termo quadratico da equacio (terme que acompanha f) indica se a acele- ragio é maior ou menor que zero. E isso pode ser descoberto pela concavidade da parabola (veja 0 quadro Tome nota abaixe). Um MRUV com aceleragio positiva (a > 0) resulta numa parabola com concavidade vol- tada para cima: s aro ° t Ja paraum MRUV comaceleragionegativa == (a 0),a parabola do grafico tem concavidade TOME NOTA voltada para baixo: Tada fungao de 2 rau 5 (aes bx+ ¢) tem coma eréfico uma pardbola. Aconcavidadeda parabola é dada palo sinal do coeficiente dex. +Paraa>0,a aco concavidade éparacima +Paraa<0,a concavidade & ° t para balxo. GE Fisica 2018 37 CINEMATICA LANCAMENTOS 38 ccrisica 2028 /pravldade da Terra dauma mSozinha an me de basuete,fazendo com que abola lanada descapela cesta Tudo o que sobe tende a descer BRE uma questio de gravidade: tudo o que E &langado ao ar, se nio tiver velocidade inicial suficiente para superar 0 atracio gravitacional da Terra e escapar para o espa- $0 & atraido de volta em diregio ac solo, E 0 que acontece num langamento de basquete e, também, com uma bala de eanhao. & ainda o que foz um objeto cair da mesa. Esse tipo de movimento é analisado e descrito com o emprego de conceitos tanto do MRU quanto do MRUV. ‘Queda livre Uma pena e uma pedra sio largadas da mesma altura. © que chega primeiro ao solo? A pedra, claro. Mas por qué? Porque a pedra tem mais massa? Nao, Se dependesse apenas da atracao gravitacional, a pluma ea pedracairiam exatamente ao mesmo tempo. O que faz a dife- renga aqui é a resisténcia do ar, que depende de fatores comoo formato do objeto esua velocidade. Tanto isso é verdade que no vicuo a situagio é bem diferente. =< peda pens pers e we Seo a) = ve A resistencia do Novvicug sem ariaz apena air resistbncia doar, mais devagar ‘os doiscorpas.caem queapedra a0 mesmo tempo O movimento de queda dos corpos, quando aresisténcia do ar ¢ desprezivel, é chama- do queda livre. Esse tipo de movimento é uniformemente acelerado: o corpo sofre a aceleracio constante da gravidade do planeta. Aatragio gravitacional é uma aceleracao representada pela letra ge, na superficie da Terra, vale 9,8 m/s? (valor muitas vezes arredondado para 10 m/s"). Aateleragio wavitacional (z) puxa ‘todas os corpos para J baimo aumavelocdade que aumenta 98 metros por segundo acada segunda ‘As equagées que descrevem qualquer lan- gamento vertical, seja queda livre, seja lan- gamento para cima, sfio as mesmas equacdes que descrevem um MRUV. No caso de um langamento para cima, no trajeto de subida aaceleracao g atua no sentido oposto ao do movimento - por isso, esse é um movimento retardado. A velocidade vai se reduzindo.aos poucos, até chegara zero no instante em que atinge o ponto mais alto da trajetéria. No retorno, o movimento volta a ser acelerado, de queda livre. NOAM GALALGETTY MAES Num langamento vertical, a acaleragao reduz avelocidade objeto, até que ele paree volta calr, em quedalivee Langamento horizontal E aquele em que o corpo é arremessado de uma altura H, com determinada velocidade ini- cial horizontal, e descreve um arco de parabola em diregio ao solo. Neste caso, novamente po- demos desprezar os efeitos de resisténcia do ar. ROLOU, DANCOU Uma bola que cal de cima de uma mesa. descreve uma trajetoria parabdllca.até o solo O movimento em forma de parabola pode ser decomposto em dois movimentos distintos: © um movimentouniforme no eixo horizontal; ‘um movimento uniformemente variado. no eixo vertical. Matematicamente, o comportamento do.cor- po no eixo horizontal é dado pelas equagdes de MRU. Jano eixo vertical, o movimento é dado pelas equacdes do MRUV. as SAIBA MAIS GALILEU GALILEI (1564-1642) Foi no inicio do século XVII queo grande fisico, astrénomo, matemitico @ inventor italiano lan- ou, num experimento, dois corpos de massas diferentes, mas de mes- me formato, do alto de uma torre (acredita-se que da Torre de Pisa), E constatou que, largados aomesmo tempodeuma mesma altura, os corpos. atingem o cho no mes- moinstante,nao importa amassade cada um. GE FISICA 2018 39) CINEMATICA LANGAMENTOS De ete LE hy A projecioda bolinha no eito horizontal realiza.um movimento retilingounitorme Nio existe aceleragio Jno ebm vertical, a projegio da blinha mostra um movimento retiineo uniformemente variado D Acompanemahortontal davebcidat, é constanta que riioevistenenhuma aceeracdona diresdo horzortal as ATENCAO: Num movimento composto, cada um dos movimentos componentes acontece como se os demais nao existissem: o MRU da horizontal e 0 MRUV da vertical so independentese simulténeos. Abolinha leva 0 mesmo tempo para realizar todos esses movimentos: 0 vertical em MRL, o horizontal em MRU eo movimento resultante parabélico. Essa idela pode ajudar muito na hora de resolver problemas. GO Gerisica 2038 ov, e @ Masacomponente vertical davelocidade, v,, tem seu médulo alimentadoa cada. instante. razdo desse aumento é a acaleracso eravitacional Movimento uniforme ¥,= Constante Dito de outro modo: no sentido horizontal, a velocidade é constante. Entdo, o comporta- mento do corpo no eixo horizontal é deserito pelas equagées do MRU. Jano sentido vertical, avelocidade cresce, acelerada pela gravidade. Ent&o, para descrever o comportamento do corpo no eixo vertical, utilizamos as equagdes do MRUV. Lancamento oblfquo A trajetéria descrita pelo lancamento de uma bola de basquete em lance livre é uma paribola. O mesmo ¢ valido para o movimento de um atleta que pratica salto com vara. Esse movi- mento, que desconsidera a resistencia do ar, 6 conheeido como langamento abliquo. Assim como o langamento horizontal, o obliquo é constituide de dois movimentos indepen- dentes: um horizontal, uniforme, e outro vertical, cuja velocidade esta sujeita a acele- ragdo da gravidade. Esse tipo de movimento também pode ser representado num grafico que mostra.os vetores velacidade decompostos nas componentes ¥- (horizontal) e ¥, (vertical). Lembre-se de que © movimento do projétil no eixo x (horizon- tal) é uniforme, enquanto no eixo ¥ (vertical) © movimento é uniformemente variado. No ponto mais alto datrajetéria, o corpo apresenta apenas a componente horizontal da velocidade. A componente vertical é zero porque a acele- racio gravitacional reduziu paulatinamente a velocidade, até chegar a zero. Veja: B) Emquatuermomento dolancamenta, ovetor welocidade resultante dabolinha édado pela soma vetrial das duas componantas: i=iy +i jamais sobresoma vetoral na ‘aula 1 daste capituto} COMO DECOMPOR UM VETOR Basta desanhar as duas componentas, perpendiculares: Oaleance horizontal varia segundo o Angulo em que 0 corpo é langado. O maximo alcance é obtido quando o langamento ¢ feito a 45°. Se nfo existisse a resisténeia do ar, este seria © angulo perseguido por atletas nas provas de arremesso de dardo, por exemplo. Vale notar também que dingulos complementares ~aqueles cujas medidas somadas resultam.em 90° - tem o mesmo alcance. TANTO FAZ Anguloscomplementares, como 0 par 15° e 75° ‘ou 30° e Go", definem o mesmo alcance horizontal CINEMATICA MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME PAPA-VENTO A hélice de um avlao faz um movimento circular. Depols da aceleracao na decolagem, esse movimento é uniforme a ATENCAO Reparequea frequéncia S igual ao inverso do periodo, Considerando n=1volta, temos At=T. Dai que: =qiafed Bec varmusnsrock A fisica do gira-gira movimento de uma particula que per- 0 corre uma trajetoria circular com velo- cidade escalar (v) constante chama-se movimento circular uniforme (MCU). No cotidiano, 0 MCU é realizado, por exemplo, elas pas de um ventilador, pelas rodas de um carroe pelos satélites artificiais que orbitam a Terra em velocidade constante. No MCU, as condigées e caracteristicas do movimento se repetem em intervalos de tem- po iguais. Portanto, esse tipo de movimento é considerado um fenémeno periédico. Por isso, no estude do MCU adotamos as seguintes grandezas: + Periodo(T):éo:ntervalo de tempoem que aparticula descreve uma volta completa (n= 1). Aunidade para periodo, peloSI, é o segundo (s). + Frequéneia (fF): éarelagao entreo mimero de voltas (n) dadas pela particula e 0 tempo gasto para completar essas voltas (At). Essa relagao é expressa como: f = fr No dia a dia, usamos diversas unidades para a frequéncia, como rotagdes por minuto (rpm). Mas pelo Sa unidade para frequéncia éo hertz (Hz), que equivale a uma rotagao por segundo (veja mais sobre frequénciae periodo no cap. 7). NA PRATICA FREQUENCIA EM HERTZ ‘Tacémetro 0 instrumento de um veiculo quemede o nimero de rotagbes que os elxos das redas, que sao acoplados ao motor, realizam em determinado intervalo de tampa - ou seja, 0 tacémetro medea frequéncia dos elxos (e das rodas). Num carro, 0 tacémetro indica que a frequéncia é de:2.400 rpm. Qual a frequéncia em hertz? O tacdmetro indica que os eixos dio 2 400 voltas completas a cada minuto. Entao: f= 2400 voltas ' min Convertendo minuts para segundo, temos: #= 2400 voltas / 60's f=40 voltas/s=40 Hz cerisicazis 41. CINEMATICA MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME Grandezas escalares e angulares As grandezas escalares usadas para o movi- mento de uma particula em MCU siio calcu- ladas da mesma maneira como fazemos para movimentos retilineos. Assim: Deslocamento: As =s-s, . As Velocidade: v= “a, Mas no MCU, uma particula muda constan- temente de diregao, em torna de um ponto central. Nesse caso, podemos analisar 0 movi- mentoda particula usando angulos. Nesse caso, o deslocamento e a velocidade sio grandezas angulares. A unidade basica para a medida de Angulos, no S.L, ¢0 radiano (rad). Odeslocamento angular (A) é 0 Angulo entre a posigio da particula em relagdoa um pontode origem do movimento. Em linguagem matema- tica: Ab = — ,. Repare que o deslocamento numa volta completa é de 360°, que equivalem a2 mrad. O tempo gasto nesse deslocamento ¢ igual ao periodo T. Portanto, o deslocamento no periodo é Ab=2 wrad. Avelocidade angular («) éodeslocamento angular (A) em dado intervalo de tempo (At). Aférmula:o= Sb Uma das vantagens de trabalhar com aunida- de radiano é que podemos estabelecerrelagdes diretas entre grandezas escalares e grandezas angulares. Acompanhe 0 raciocinio: Um corpo em MCU dé uma volta completa em um intervalo de tempo At. Vamos calcular avelocidade escalar ea angular. Paraa velocidade escalar: + Substituindo esses valores na formula da velocidade linear, temos v= 7 oy eo.R No MCU, 0 valor da velacidade é constante. Portanto,a aceleracaoescalaré nulla. Mas, aolon- goda trajetdria circular, o corpo muda constante- mente de diregio. Isso significa que avelocidade vetorial se altera. Nesse caso, trabalhamos coma aceleragio centripeta (ay), sempre orientada para o centro da trajetéria. Veja: O médulo da aceleragiocentripeta édado por agp= ¥7/ R, em que véo modulo da velocidade escalar e R éo raio da cireunferéncia. NA PRATICA VELOCIDADES ESCALAR E ANGULAR Uma particula em MCU percorre um arco de circunferéncia medindo 4,5 metros, eum raio Rde 3 metros, em 5 segundos. Quais as velocidades escalar e angular da particula? Paraa velocidade escalar: As=4,5 m; At=5s + aformulaé v= 48 , ATENCAO Entio v AB ys m/s + ocorpo di uma volta completa. Isso significa que ele se desloca por toda acircunferéncia. Para a velocidade angular, a formula é @ = Pa Lembrando das aulas de geometria, temos Amedidadeum Ad @o0 Angulo percorride pela particula, em C=20R: Anguloemradianos —_radianos. * eo tempo para dar essa volta completa ¢ 0 () @dada pela razio OO enunciado nao fornece esse valor, mas podemos periodo T. entreo comprimenta —calculé-lo pela relaco + Portanta, podemos estabelecer a relagao doarco(sjeoraioda ,, As 4, 4,5 ,,_ ye As, 20k creunferéncia (pg). P= Aba“ Ab= 15 rad "ar T Aplicando esse valor & formula da velocidade Para a velocidade angular («): angular, temos . . , _ Ab + Aformulaé w =]; rad * Se o corpo percorreu uma volta completa, entio Ad = 27e At= T (periodo) = 20 + Entio w =~ 42 Gerisica 2018 Ab ge ht wo Gt w= 5" — 00,3 rad/s Aplicando a relagao entre velocidades escalar e angular chegamos ao mesmo resultado da velocidade angular. Veja: V=@.R=0,9=0.3 + 0= 9. @=0,3 rad/s a NA PRATICA ACELERACAO CENTRIPETA Uma particula descreve MCU de ralo R= 2m, completando 6 voltas a cada 12 segundos. Determine omédulo dasuaaceleraciocentripeta. A formula para a aceleragao centripeta: acp = Primeiro precisamos encontrar o valor da velocidade escalar. v=w.R Encontrando a velocidade angular: Ab = 20.6 “Tr o=st-w =w=nrad/s Voltando a formula da velocidade escalar: vet.2sv=20 Na férmula da aceleragao centripeta, ficamos com 2 2 a= a0 =8E aga 2. Considerando m=3,14 21 =9,9 acp= 2.9,9 cp = 19,8 m/st Polias e engrenagens ‘Uma aplicagao das propriedades do MCU diz respeito ao estudo do acoplamento entre polias ou engrenagens. Veja a figura: Ficurat _f aL Ay, FiguRam hak a 8 A = Repare: + Na figura I, as polias A e B esto ligadas poruma correia. Isso éum acoplamento de polias. Repare que Ae B giram no mesmo sentido, Jé a figura II, mostra o acoplamento de duas engrenagens. Note que elas giram em sentidos opostos. + Em ambas, o médulo da velocidade escalar (v) de qualquer ponto da correia éa mesma, tanto para a engrenagem 1 quanto para a2. (Lembre-se de que em termos vetoriais as velocidades esto sempre variando.) + Em qualquer uma das figuras, as frequén- cias e os periodos de cada par de polias sio diferentes. Explieando: quanto maior 0 raio de uma polia, maior o tempo que ela Jevara para dar uma volta completa (ou seja, maior sera seu periodo T). Portanto, menor seré a sua frequéncia f. Neste caso, fa< fa Arelagdoentrea frequencia decada é f&_ R.. engrenagem édada por fy By + Se as frequéncias siio diferentes, o médu- Jo das velocidades angulares também sio diferentes. Da mesma maneira, temos aqui WA < oB. Se avelocidade escalar éamesma, podemos estabelecer a relagio entre as velocidades angulares: Va = Vi Ri = a RO NA PRATICA POLIAS E ENGRENAGENS O sistema de cambio de uma bicicleta funciona com a combinacao entre engrenagens presas a um eixa ligada aos pedals (coroa) e uma segunda engrenagem presa ao elxo da roda traselra (catraca). Essas engrenagens estao ligadas poruma correla matalica, No caso em queo rao da coroa for Ry =5 cme oraio da catraca 6R)=3cm, seociclista da pedaladas em 4 segundos, determine: a)a frequéncia da catraca (f); b) a razao (em porcantagem) entre a velocidade angular de um ponto da catraca ¢ outro, na coroa. Resolvende: a) Vamos encontrar a frequéncia da coroa (queéa engrenagem dos pedals). Cada pedalada representa uma volta completa. 0 tempo em que isso ocarre é0 periodo T. Pela férmula da frequéncia encontramos a frequéncia da coroa: f= $-h= LSpedaladas/s f= 1,5 He Pola relacao entre os raios da coroa eda catraca, encontramos a frequéncla da coroa: f= 2,5 pedaladas/s b) Seas velocidades escalares si iguals, entio podemos igualar as expressdes R; m 3 Or_ H-@h-2-fheas Portanto, a velocidade angularna engrenagem da coroa (wy) equivale a 60% da velocidade angular na catraca loin). Gerisica mas 43, COMO CAI NA PROVA 1. (Unicamp 2017) Em 2016 fol batide o recorde de voo Ininterrupto mals: longo da histdrla. O avigo Solar Impulse 2, movido aenergia solar, percorreu quase 6 fo km em aproximadamente 5 dias, partindo de Nagoya, no Japa, até o Haval, nos Estados Unidos da América. A veloddade escalar média desenvolvida pelo aviio fol de aproximadamente: a) sq kmh. jag km/h. 1296 knvh. RESOLUCAO Adquestdo é muito simples, Vocé apenas deve se lembrar da formula de velocidade media v=05/t Oenunciado informa a distancia percorrida pelo avido: As= & ¢80km, Informa, também, o tempo total de viagem: At = dias = 120 horas. d).198 km/h. 480 Portanto, vn = Fm = oP ym = 54 keh Resposta:A 2. (Lniiesp 2017] Um avldo, logo apés a aterrisagem, estd em movimento retilineo uniforme sobre a pista horizontal com sua hélice girando com uma frequéncia constantede ¢ Hz. Considere queem um determinado intervalode. tempo a veloddade escalar desse avido emrrelacio 20 solo éconstantee igual a2 m/s,que cada p4 da hélice tem 1 m de comprimento e que re= 3 Calcule: a)a distancia, em metros, percorrida pelo avido enquanto sua hélice da 12 voltascompletas, b) 0 médulo da velocidade vetorlal instantanea, em mys, de um pontodaextremt ‘dade de uma das pas da hélice do avid, em relagdo ao solo, em determinado instante desse intervalo. RESOLUCAO Para resolver a questdo vocé deve dominar conceitos de movimento circular uniforme e relaciond-las com mavimento retilfnea. a) O enunciado informa que a hélce gira com uma frequéncia de 4 Hz. Cada Hiz representa 1 volta por segunda, Entdo a hélice executa 4 voltas par segundo, Portanto, 12 valtas serdo dadasem t= 35. ‘O enunciado fornece, ainda, a velocidade escalar do avido: v = 2 m/s. ‘Se conhecemos a velocidad e 0 tempo, encontramos 0 deslocamento por: v=ds/dt > 2= 05/3 > Os=6m ) Para encontraroméddulo davefocidade vetorial deum ponto na ponta de uma das pds da hélice, voc® deve lembrar que esse ponto executa dois movimentos simuftaneamente: +0 primeiro, em rela¢do ao solo, é um movimento linear, de translagZo, na velo- cidade do avido: v>= 2 m/s; 0 segundo movimento é 0 de rotarao em tomo do eixo da hélice (MCU), com velocidad vp, +A velocidade vetoria! do ponto P ¢é a resultante da soma das duas velocidades. sas duas velocidades podem ser representadas assim: i “a ‘p Conhecemos vy=2 m/s Obtemas vp lembranda que o tempo necessério para que a pd dé uma volta completa &0 perfoda (7) da movimento. E sabemos que T= 2. Portanto, Te1/p3T=0,255 () GA, Ge isica 2038 Ea distancia percorrida pelo ponto na extremidade da pd ¢ o comprimento da circunferéncia descrita no movimento, Entdg As= 21.8 Oenunciado informa que cada pd mede 2 mde comprimenta. Esse é oraio R da circunferéncia. Dai, temas que As = 2.3.1-> As = 6m ll) Aplicando os valores le Ila férmula da velocidad, encontramos a velocidade de rotagdo: vas GE cones gis ve +246 Avelocidade vetovial da ponto P em relagdoao sola éacombinacda deve Vr: ip? pet Repare.no esquema desenhado no inicia da resolugdo que vpé a hipotenusa de um triangula Por Pitdgoras encontramos o médulo de vp: VB =Vy+ Vg > Wp= 27+ 24? > vp? 241 VS Respostas: a) 6m/s, )242 m/s ‘3. (Unicamp 2016) A demanda por trens de alta velocidade tem crescldo em todo.o mundo. Uma preocupacio importante no projeto desses trens é o conforto dos passagelros durante a aceleragao. Sendo assim, considere que, ‘em uma viagem de trem de alta velocidade, aaceleracao experlmentada pelos. passagelros-fol limitada a a... = 0)09g, onde g=10 m/s* 4a aceleracao da grat vidade. Se o trem acelera apartir do repouso com acelerace constante igual ayygye @ distinda minima percorrida pelo trem para atingir uma velocidade e180 km/h corresponde &: a)20 km. b) 20 km. qsokm, d).100 km. RESOLUGAO No conhecemas o tempo de durara0 da aceleragdo. Mas encontramas 0 deslo- camento pela equagio de Torricelliv? =v +2.a.As Sabemos que: « otrem sai do repouso, portanto, vy = 0; + ovalor da aceferagdo do trem 6a = 0,09. ga = 0,09.10 3 a= 0,9 mys?; +a velocidade final é v=1 080 km Fazendo a conversdo para m/s, chegamas a v= 300 m/s Aplicando esses valores na equacdo de Torricelli, temos As + As= 50.000 m= ds = 50 km 4. (Unicamp 2014) Correr uma maratona req uer preparo fisicoe determinagao, ‘A.uma pessoa comum se recomenda, parao treino de um dla, repetirs vezes: aseguinte sequéncla: correr adistancla de km a velocidadede 10,8 km/h e, posterlormente, andar rapido a 7,2 kn/h durante dots minutos. a) Qual seré a distancia total percorrida pelo atleta ao terminar a treino? bj Paraatingira velocidade de0,8 km/h, partindo do repouso, oatleta percorte 3 m_com aceleracdo constante. Calcule o médulo da aceleragdo a do corredor neste trecho. RESOLUCAO a) Considerando cada etapa do treino: + Av= 108 km/h, ele percomre 1 km, Como faz esse percurso 8 vezes, ent30 As, =8 km = 8000 m; + Ave 72.kmjh a cada 2 minutos (1205). Convertendo km/h em mys, temos: 7 200 /'3 600 = 2 m/s ts)=2.120= 240M. Esta etapa também é executada § vezes Assim, s,=8.240 -» As,=1 920m. Somando os dois desiocamentos, encontramos a distancia tatal: As=As, +s, =8000+1920 > As=9 920m ‘b) Encontramos 0 médulo da aceleragdo pela equagao de Torricell: Pavge2.d. ds + Qatleta parte do repouso. Entao, «+ Atinge a velocidade v = 10,8 km/h = 108.1 000 /3 600 > v=3 m/s + Eperome ds = 3m Substituindo esses valores em Torricelli, ficamos com 22.4.3 9=6.a 9 a-g/6 + a=15. m/s? Respostas: a) 9 920m; b) 1,5 m/s 5}. (Puc hio 2016) Um menino,estando em repouso, oga umagarratachela de dguaverticalmente para drmacom velocidade estalarde 40 mvs, a partir de uma altura dea,omem relacio ao chia. Ele, entio, comega a correr em trafetdria retilinea a uma velocidade de 6,0 mvs. A que distancia, em metres, da panto de partida, o menino esta quandoa garrafa bate no cho? Dade: g = 10 m/s RESOLUCAO Cesquema abaixo representa o ponte Ponde omenino estava 20 jogara garrafae : tp.ta Loy = Yor ty. toa yoatgte105- yeasatest (Queremos a valor para y =0: Portanto, 01+ gt- st2 ‘Resolvendo a equagdo de segundo grau por Baskhara, chegamos as ralZes ty=15et,=-925. Como se trata de uma medida de tempo, cams com o valor positivo (t=). Este é a tempoque a garato corre (At = as) auma velocidade v= 6 mis. Adistdncia percorcida por ele enquanta a garrafa sobe-e desce & dada por: veds/At > As=v.dt—> ds=6.1 > As=6m ‘Resposta: Quando a garrafa atingiro cho omenino terd percorrido 6 metros. RESUMO Cinematica DESLOCAMENTO, VELOCIDADE EACELERAGAO Deslocamento escalar a diferenca entre a pasicao inal @ aposicao inicial deum corpo. Num movimento progres- sivo,o deslocamento escalar épositivo. Nummovimento. retrégrado, odeslocamento escalaré negativo, Acelerago escalarmédia éa variacioda velocidade docorpo em certo intervalo de tempo. Vn = 45 a-4u ia at VETORES Grandezas vetorlals sao aquelas nas quails a direcSo.e o sentido sioindicados por umvvator (velocidade, aceleragto eforca, por axamplo}. AS =S-So MRU Movimento retilineo uniferme é aqueleem que um corpo percerre uma trajetoria retilinea, com velacidade constante. Em MRU, a posigae num instante tédada pela fungao horériada posigao: Sit} =S, +. t. 0 grafice do MRU éuma reta cujo coeficiente linear é a posicao inicial do corpo eo coeficiente angular, sua velocidade. MRUV Movimento retilineo uniformemente variado 6 aquele om que 0 corpo segue uma trajetéria retilinea com aceleragao constante e diferente de zero. A fungao hordria da posigao é a equagio que fornece alacalizagao do corpo em MRUV em qualquer instante do movimento: S(t) =Se+ vote at. EQUAGAO DE TORRICELLI: v? = vi +2.a.AS.Ograficoda velocidadeem fungdo do tempoé umareta cujocoeficlente linear & a valocidade iniciale o angular, a aceleragao. LANCAMENTOS Queda livre é o movimento retilineo. uniformemente variado em que resisténcia do aré des- prezadaea unica aceleragao éa da atragao gravitacional (g=9,8 m/s*na superficle da Terra). Langamento hori- zontal é 0 movimento em que o corpo é arremessado de uma altura hedescreve um arco de parabola em dirego a0 solo. Na componente horizontal, ocorpo langado descreve um MRU. Na vertical, como sofre a agio da gravidade, descreve um MRUV. MCU Movimento circular uniforme é aquele em queum corpo pereorre uma trajetéria circular com velocidade escalar (v) constante, Periade o intervalo de tempo que ocorpolevapara dar umavolta completa. Frequaéncia éo niimerode voltas que o corpo dé num intarvalo detampo. Volocidade angular: wo = Ad/At Aceleracdo centripeta: a=W? R Pollas ¢ engrenagens: As frequéncias sao inversamente proporcionals aos ralos decada engrenagem:fe/ f,= Ral Re. ‘As velocidade angulares também sao inversamente pro- porcionals aos raios: wa/i,=Ra/ Re. cerisica ms 45 46 CONTEODO DESTE CAPITULO © Primeira e terceira leis de Newton. © Segunda lei de Newton © Energia e trabalho. © Energia mecdnic © Infogrdfico.... @ Dindmica impulsiva © Como cai na prova+ Resumo. E o quilograma nao é mais 0 mesmo Cientistas querem mudar a defini¢do do quilo, a medida de massa do Sistema Internacional. A ideia é adotar um padr4o mais confidvel que a balanga o quilograma (kg) é definido por padrées oficiais. Desde o final do século XIX, um quilograma é definido.como amassa do chama- do Protétipo Internacional do Quilograma, um cilindro de platina e iridio guardado como um tesouro, sob umaredoma, no Comité Internacio- nal de Pesos e Medidas, na Franga. 0 cilindro é tao importante que até apelido tem: Grande K. Outros paises tém pegas-padrao, cuja massa é aferida a cada 40 anos com o protitipo francés. Pois agora os fisicos querem que o quilograma seja definido por outros critérios, mais confiaveis. A questio ¢ que um objeto, por mais resistente que seja seu material e por mais protegido que esteja, sempre sofre alteragdes em sua massa, seja pela aco corrosiva da atmosfera, seja por mindsculos arranhées em sua manipulagao. Amudangando afetardo diaadiadoconsumidor, na feira ou no supermereado. Mas paraa ciéncia, em que a precisao é tudo, adotar um padrao que seja efetivamente constante é muito importante. O quilograma é a unidade oficial para massa do Sistema Internacional (SI). Dela depende a definigfio de diversas outras unidades. Por exemplo, onewton (N) éa forca necessdria para acelerar um corpo de 1 kg A taxa de 1 metro por C omo ocorrecomtodas as medidas da fisica, Fisica 2018 segundo a cada segundo. E, também, a tinica unidade nfo relacionada a uma grandeza fun- damental da natureza que nao varia. 0 metro foi a primeira unidade a adotar uma constante, avelocidade da luz. Hoje, 1 metro equivale exa- tamente adistancia percorrida por um fotonem 1/299 792 458 segundo, Ogrande candidato para substituir o Grande K & a constante de Planck (h), uma grandeza da mecanica qudntica que mede a quantidade mi- nima de energia envolvida no movimento de particulas subatémicas (como. féton daluzou os elétrons de um dtomo). Como o nome diz, a constantede Planck é invariavel. Mas aqui ainda ha uma pendéncia: nio ha um valor definitive paraaconstante. Num encontra de especialistas em metrologia, marcado para dezembro de 2018, devem ser apresenta- das varias medicées, feitas em laboratério. Seraadotadaameédia —_Oprotétipo de quilograma, desses resultados. em Paris, debxoude ser A massa de um __ confidvel.Valsertrocado corpo é importante por umagrandeza no célculo de forcas — fundamentalda fisica emovimentos-tema que nuncavarla,a deste capitulo. constante de Planck DINAMICA PRIMEIRA E TERCEIRA LEIS DE NEWTON QUEM TOMA LEVA Quando um jogadorchuta a bola, ela exerce. Forca, inércia, acdo e reacao cinemitiea, vocé viu no capitulo 2, prea- Dy cr es on Sacre no mentos dos corpos, sem se prender a suas causas e consequéncias, Jéadindmica,de que trata este capitulo, é o campo da fisica que estuda as causas dos movimentos. ‘Oque coloca um corpo em movimento? O que é preciso para manterum corpo se movendo? O que provoca as variagées de direc, sentido e intensidade num movimento? Essas sio algumas das questées explicadas pela dinamica. A dinamica deve muito a um dos maiores génios da ciéncia, 0 fisico e matematico inglés Isaac Newton. No fim do século XVII, Newton publicou um dos maiores livros cientificos de todos os tempos — Principios Matemdticos da Filosofia Natural. Nele, Newton formulou trés principios essenciais para a compreensio dos 4B ccrisica 2028 movimentos. Esses principios foram chamados de primeira, segunda e terceiraleis de Newton. Sao ideias simples, diretas e precisas, que ex- plicam o movimento dos mais diversos corpos. Gragas a essas leis, os engenheiros constroem estradas com curvas mais seguras, em que 0s veiculos tém menos probabilidade de derrapar, 0s astrénomos sabem prever a érbita de um planeta ao redor do Sol ou qualquer corpo que gire em torno de uma estrela distante. Desde a Antiguidade, grandes pensadores formularam hipoteses para explicar as causas dos movimentos. Aristételes acreditava que 0 movimento de um corpo se mantém apenas se houver uma forga atuando sobre ele, de maneira continua. Pouco antes de Newton, no século XVI, o italiano Galileu Galilei ja havia desmenti- do essa ideia. Galileu percebeu que, mesmo quea forga que tenha colocado o corpo em movimento seja interrompida, o corpo pode continuarase mover indefinidamente. Descobriu, também, que esse movimento tem velocidade constante e segue uma linha reta, ou seja, o movimento é retilineo uniforme. Um corpo lancado com. sobre.a perna dele uma forca de mesma Intensidade e sentido contrarlo as SAIBA MAIS ISAAC NEWTON (1642-1727) Matematico, fisico, filé- sofo natural, alquimista e tedlogo inglés. Nama- tematic, criou ocalculo diferencial e integral. Na 6ptica, estudou a decom- posigao da luz branca ‘em outras cores ¢ apli- cou os principios dos es- pelhos para aperfaigoar ostelescépios. Masforam suas leis sobre forcas © movimentos que mais re- volucionaramseutempo. SPONTEGCELILAR DRAG GINS CenEWTEN (MAS FORRUACDESAAIG MeL swoenOHVETECK —s MASSA E INERCIA. Massa é a medida da inércia de um corpo. ‘Quanto maior a massa, malor a inércia. Por isso, é mais facil alterar 0 movimento deum corpo de menor massa (menor inércia) que o estado de um de maior massa (maior inércia). Ee © QUE E FORGA? Na fisica, a forga é uma grandeza vetoriak um corpo est sob agao de uma forca quando seu vetor velocidade se altera em médulo (sua intensidade expressa em niimero} efou quando hé qualquer mudanga em sua direc ou seu sentido. Um automével em velocidade constante que faz uma curva altera a diregao do movimento gracas 4 acdo de uma forga. Forga resultante é ‘ovetor dado pela soma dos vetores detodas as forgas que atuam sabre um corpo. Osimbolo de forga é Fe sua unidade no 5.1. newton (N). Outra unidade usada para fora 60 quilograma-forga (kgf): 1 kef determinada velocidade inicial, em uma pista perfeitamente lisa, isto é, sem atrito, continuaria indefinidamente em MRU. Primeira Lei Newton baseou-se nas conchusées de Galileu para afirmar que os corpos podem estar, na natureza, em dois estados: em repouso ou em MERU. Naauséneia de forcas,ou no caso em que a forga resultante é nula, a tendéncia é que o corpo se mantenha em seu estado natural. ‘Corpos em estado natural sfo aqueles que estio em equilibrio, Esse equilibrio pode ser estdtico (0 corpo esti em repouso) ou dind- mico (0 corpo esté em MRU). E sé é altera- do pela intervencio de uma forga qualquer. Foi assim que Newton formulou sua primeira lei, também chamada principio da inércia: “Todo corpo persiste em seu estado de repouso, ou de movimento retilineo uniforme, a menos que seja obrigado a mudar de estado pela agdo de foreas aplicadas sobre ele”. A primeira lei de Newton explica por que, quando um énibus freia bruscamente, os passa- geiros so projetados para frente. Na frenagem, avelocidade do énibus diminui gragas 4 forca dos freios sobre as rodas. Mas os passageiros niio so desacelerados. E, por inércia, tendem ase manterem MRU. Terceira lei Vejaa cena, num jogo de futebok bola parada (em repouso) na marca do pénalti. © jogador aproxima-se para fazer a cobranca. E claro que elenfio esté pensando nisso a cada vez que cobra um pénalti ou uma falta. Mas, assim que chutaa bola, surge um par de forgas. Uma delas vem do pé do jogador e atua sobre a bola - ¢ uma forea de agdo. Ao mesmo tempo, a bola exerce outra forcade igual intensidade sobre o pédo jogador. Ea forca de reagiio. Veja: ‘Ao mesmo tempo, a bola exerce sobre 0 pé do jogador outratorra, de reacdo, Opédojogadar de mesma intensidade ‘exerce uma forga que atua sobreabola a Sempre que alguém caminha ou corre, é im- pulsionado para a frente gracas 4 fora que os pés aplicam no solo, “empurrando-o” para tris. Foguetes sobem gracas a forga exercida pelos gases que eles expelem para tris. A ideia das forgas de agi e de reagio éa terceira lei de Newton. Também chamada de principio da agao e reacio, a lei diz: “Toda agdo (forga) exercida sobre um corpo como resultado da interagito com outro corpo provoca neste uma forca, chamada reacdo, de mesma intensidade e de mesma diregdo, mas de sentido oposto”. Isso significa que a interacio entre dois cor- pos quaisquer gera um par de forgas de mesmo médulo, de mesma diregio, mas de sentidos opostos. A forca gerada por um corpo sempre atua sobre outro. Forgas de agiio e de reagio ‘aunca atuam no mesmo corpo. Entio, uma forca desse par jamais pode anular a outra. cerisica mas 49, DINAMICA SEGUNDA LEI DE NEWTON ‘Nem sempre um objeto sob aceleracao é veloz. Até uma tartaruga sofre aceleracao quando muda de diregao # Regras do movimento 7 “Se _ fh F = jocé ja sabe: a primeira lei de Newton, x Forcaresultante F ou principio da inércia, garante que, se a forca resultante que atua sobre um corpo é nula, entio esse corpo tema tendéncia S\Aforea resultante doum de permanecer em seu estado de equilibrio: F F, corpoddada pela soma equilibrio estatico (em repouso) ou equilibrio s ‘vetrial de todas 2s forgs que din&mico (em movimento retilineo uniforme). atuam sobredle, reste as Mas o que acontece quando a forga resultante A que atua em determinado corpo nio for nula? Isaac Newton também pensou nisso.Edivulgou A segunda lei de Newton, ou principio fan- suas conclusées em sua segunda lei. damental da dinamica, afirma que: ‘50 Gerisica 2038 “A aceleracdo que um corpo adquire é diretamente proporcional dresultante das forgas que atuam sobre ele e tem a mesma direcdo e 0 mesmo sentido dessa resultante”. Detalhando: uma forga resultante nao nula provoca uma aceleragao no corpo. Ea intensida- de dessa aceleragao é diretamente proporcional a intensidade da forga. Além disso, a forga resultante que atua sobre um corpo ea aceleragio causada por essa forga tém a mesma diregao eo mesmo sentido, Esta é a expresso matemitica da segunda lei: B=m.Z,emque OF, é a forga resultante que atua sobre o corpo, medida em newton (N), no SI; © méamassa do corpo, medida em kg no SI; © #é aaceleracao adquirida pelo corpo,cuja intensidade é medida em m/s’, no 8.1. faj-ams Fein Um newton éaforraresultante capaz de dara um corpode akgde massa uma aceleragio de a m/s? Portanto, a forga resultante (If, ) ea aceleragao (#) so duas grandezas fisicas intimamente associadas. E a resultante das forgas aplicadas sobre um corpo ¢ igual ao produto de sua massa pela acelerac&o que o corpo adquire. ‘Quanto maior for a intensidade da forca re- sultante aplicada sobre um corpo, maior seraa aceleragio adquirida: FIN) ‘Areta indica que a forga resultante ‘diretamenta proporcional Aaceleracio Usandoa tm ula Fm. 6tél cleularamassa docorpar 10 N= 20 m/s, Eto, m=2 kg Intuitivamente sabemos que, para produzir a mesma acelerac&o em uma bicicleta e em um caminhao, sao necessérias forcas de intensidade bem diferentes. Quanto maior for a massa deum corpo, maior sera a forcaresultante necessiria para produzir determinada aceleragio. Cae Ganha o Jogo o grupo que conseguirdestocar o outro além do limite estabelecido (LE PcrTOCK MAR KANO MULTE cerisicazois 51. DINAMICA SEGUNDA LEI DE NEWTON Uma pessoa “que pesa’’ 62 kg tem, na verdade, massa de 62 kg. Seu peso 6a forca gerada pela multipticagae dessa massa pela aceleragio gravitacional (g=3,8 m/s"). Del ATENCAO Aforca de agaoe a forca de reagdo nunca atuam no mesmo corpo. Assim, a forga peso e aforga normal nunca formam um par agao-reagao. A reacao da forca paso esta no centro da Terra, = 52 Gerisica 2018 . FORGA PESO A forga mais comum no cotidiano ¢ a Forga peso. E uma forga de atragfio que atua em todos os corpos que esto sobre a superficie terrestre ou préximo a ela, que aponta para o centro da Terra. Lembre-se de que, pela terceira lei de Newton, toda ago exercida por uma forga provoca uma reaco, Assim, a forga peso tambem tem a sua reacao, e ela se encontra sempre no centro da Terra e tem a mesma intensidade e a mesma diregdo, mas sentido oposto ao da forga peso de um corpo. O médulo da forga peso pode ser expresso matematicamente por: P=m.g,emque: © Pé 0 médulo da forga peso que atua sobre corpo; © mé amassa do corpo; © gé 0 médulo da aceleracao gravitacional exercida pela Terra sobre o corpo. Préxima A superficie terrestre, essa aceleragio apre- senta intensidade de aproximadamente 9,8 m/s, Desprezando-se a resisténcia oferecida pelo ar, quando uma maga se desprende de uma drvore, esté em queda livre, apenas sob a aco da forga peso. Note que a forca peso é exercida pela Terra sobre a mac sem que haja nenhum contato fisico entre os dois corpos. a PARA IR ALEM Forga de campo: atragio gravitacional fr FORCA NORMAL A forga normal é a forga que surge sempre que um abjeto esté em contato com uma superficie. E uma forga perpendicular & superficie. Um corpo qualquer de peso B pressiona a mesa, exercendo uma forga sobre ela, ¢ a superficie reage sobre 0 corpo, exercendo uma forga de reagaio normal N. Veja: ™ Ago e reagdo TALE! ©UE EUNIDES DOS “NIGILANTES DO PESO” \ DEVE a WO MEIO BARCO! FORGA DE TRAGAO ‘A forga de tragao é a forga que surge quando dois corpos quaisquer interagem por meio de um fio ou uma eorda. a principal forga atuante na brincadeira do cabo de guerra, num guindaste que eleva uma carga e no cabo de um guincho que reboca um automével. A fungio da corda ou do fic, necaso, é apenas transmitir a forca entre os corpos (vejd o infogrdfico na pdgina 64). ATRITO Aforca de atrito surge entre corpos que estio em contato. E uma forca que se opde ao movi- mento, ou 4 tendéncia de movimento, de um corpo em relagao ao outro. ‘O médulo da forga de atrito depende da inten- sidade de interagdo entre o abjeto ea superficie sobre a qual ele se apoia. Depende, portanto, da forca normal entre o objeto e a superficie. Quanto mais intensamente o objeto pressionar a superficie, maior serd a forga de atrito. Existem dois tipos de atrit Atrito dindmico ‘Ou atrito cinético, ocorre quando os corpos estiio em movimento um em relagao ao outro. A expresso matemitica para o médule da forga de atrito dinamico é fat, = |, .N,em que: Op), é 0 coeficiente de atrito cinético entre © objeto ea superficie. Lembrando: esse cocficiente é adimensional, ou seja, é um numero puro, sem unidade; © N éa intensidade da forga normal. Atrito estatico Surge quando existe uma tendéncia de mo- vimento, mas 0s Corpos esto em repouso, um em relacao ao outro. Matematicamente, o valor maximo da fora de atrito estatico é dado por fat, = |, .N,em que: © I, é 0 coeficiente de atrito estatico entre 6 objeto a superficie. Esse valor é um numero puro, sem unidade; ON éaintensidade da forga normal entre o objeto e sua superficie de apoio. Oatrito estitico é sempre maior que o cinético. Por isso, é mais dificil comecar a mover um abje~ to do que manter seu movimento (vejano alto). Fomnann coNsns OS O atrito estatico é sempre malor que o cinético, 0 grafico mostra os dois tipos de forga de atrito fat em fungo da forga Faplicada sobre um corpo Quando forca apicada sobre o objeto se iguala | fora deatritaestitico maxima, acorpoesti na iminéncia de movimento, ¢ qualqueracréscimona {orca aplicada sobre ole fari com que ole semova, ‘Atrito Cinética {partir damamenta am que o corpo entra {— emmovimento, eomega a atuar sobre ele a i forca de atrite cinético. Repare que omédulo {dessa forga &constante e menor queo | méduloda forga deatrita estatico maximo. Inicio do movimento Cam o corpo ainda em repouso, o médulo daforga aplicada val aumentandoe 0 imédulo da forga de atrito também ESL ‘Ao empurrar um guarda-roupa, o mals dificil é vencer o atrito estatico Enquanta 0 guards-roupa nfo astiver om movimenta, 3 forca do atrito estStico sempre serd igual 4 forca aplicada sobre o mével. Ou sa, a fora de atritoestdtleo & vaidvel, valea que tlver de valer ‘para resist 20 movimento, a : I I : i |<—__ ‘Quando a forca exercida sobre o guarda-roupa supera o valor méximo da fora doatrito estatico,0 mével omega a 5 mover Aresistincia 30 movimento vem agora do atrito dingumico, que tem valor -constanta#ligeiramente menor que valor do atritoaststico. Gerisica mus 53, DINAMICA SEGUNDA LEI DE NEWTON CORPO EM PLANO INCLINADO E comum aparecerem nos exercicios de me- cdnica situagdes em que os corpos esto em superficies inclinadas: um bloco de massa m apoiado sobre um plano inclinado formando um angulo 8 com a horizontal (veja abaixo). Para simplificar, desprezamos o atrito entre 0 bloco eo plano inclinado. Com isso, consideramos apenas duas forgas atuando sobre o corpo: a forga peso e a forga normal: = Para encontrar a forca resultante que atua sobre o corpo, devemos fazer a soma vetorial dessas forgas. Note que as forcas PeNestao em diregdes distintas. A solugao ¢ decompor o vetor forga peso em duas componentes orto- gonais, uma delas na direc paralela A diregio do plano inclinado (B, ) e outra componente perpendicular ao plano inclinado (B, ): A componente B, , perpendicular ao plano inclinado, equil ibra-se coma forca normal (N). Eesse equilibrio que mantémoblocoem contato com asuperficie. A componente P, , paralela 4 diregao do plano inclinado, é a prépria forga resultante na diregfio do movimento. E essa forcaresultante que causa a aceleragiio que faz obloco escorregar. Por trigonometria podemos escrever as componentes da forca peso como: P,=P. send P, =P .cos@ Qualquer forga de atrito entre o blaco e 0 plano atuaré sempre no sentido contrario ao sentido da tendéncia do movimento. ‘54 Ge Fisica 2038 IRCULO vicioso ‘Um catavento, sob uma corrente de ar continua, mantémo médulo daveloddadeescalar ‘constal jum movimento circular uniforme FORCA CENTRIPETA Vocé viu no capitulo de Cinematica (pg. 26) que, no movimento circular uniforme (MCU), avelocidade escalar de um corpo nfo varia. Mas sua velocidade vetorial varia porque a diregio do deslocamento varia. Vocé viu, também, que a causa dessa variagio de direcio e sentido é a aceleracio centripeta. Nesta aula vocé vai ver que a aceleracao centripeta corresponde uma forga. ‘Um corpo em MCU pode estar sob a agao de diversas forcas que atuam na diregao radial (diregdo do raio da circunferéncia da trajeté- ria). Eacombinacio delas que resulta na forca centripeta. A forga centripetaé uma forca que atua sobre o corpo, com a mesma diregiio ¢ 0 mesmo sentido da aceleragao - sempre vol- tada para o centro da circunferéncia descrita pela trajetdria. E, como as demais forcas, sua unidade é newton. ‘Asegunda lei de Newton diz quea resultante das forcas que atuam num corpo é dada pela ex- pressio F =m a. Paraaforcacentripeta,temos, entio F.=m.ac, em quem éamassado corpo. Javimos que aceleragao centripetaé dada por vi ae = Fazendo as substituigdes, coneluimos que 2 Fe = ‘Ha outro modo de calcular a forga centripeta ~ pela velocidade angular (w). Para isso, usamos a relagdo entre as duas velocidades (angular e escalar): v= w . R. Substituindo v na expresso da forca centripeta, temos: Rk 2 Fee mC RY Fazendo as simplificagSes, fieamos com Fep=m. wR. Em varias situagées, a forga centripeta é a resultante da forgas peso normal. Por exemplo, numa montanha-russa, quando o carrinho faz um looping. Ou quando um carro passa sobre uma lombada. — ATENCAO No MCU, 0 médulo de velocidade scalar j do corpoé constante. Mas adirecio do vetor velocidade se altera a cada instante, mantendo-se sempre tangente 8 trajetéria. ‘sro. a NA PRATICA FORGA CENTRIPETA Um garoto amarra uma pedra de massa m = 0,4 kg numa das extremidades de um fio de comprimento 80 cm. Segurando na outra extremidade, ele faz com que essa pedra descreva uma trajetéria circular num plano vertical. Considerando que o raio dessa trajetéria sola igualao comprimento do fio equeo garotofaz com que a velocidade da pedra permaneca constante ¢ igual a 6 m/s, qual seré a intensidade da forca de tragio no fio no ponto: a) mais baixo da trajetéria; b) no ponto mais alto da trajetéria. ‘As forgas que atuam sobre a pedra esto representadas nas figuras abaixo: no ponto mais baixo no ponte mais alto Repareque, no ponto mats balxo, atragdio temo sentido oposto ao daforca peso, J4 no ponto mais alto, asduas forgas tam o mesmo sentido. 2 8 Resp = mM. —ReSep = 0,4 Rescp= 18N P=m.g—P=0,4.10 P=4N a) Aresultante das forcas resulta na aceleragio centri- peta. Portanto, essa resultante é dirigida para o centro da curva. Entio, no ponte mals baixo devemos ter que T, =P. Portanto, Rep=T1-P. Th Th Ty=22N b) Para o ponto mais alto da trajatéria: RespiT2tP > 1821, +45 T2=14N DINAMICA ENERGIA E TRABALHO ‘OTRABALHO DO VENTO As turbinas e6licas utilizam a energlado movimento do ar para gerar eletricidade O trabalho que uma forca realiza forga de realizar trabalho. Sempre que jum corpo sai do repouso ou, jd em movi- mento, tem alterada aintensidade de sua veloci- dade, a forgaresultante que atua sobre ele realiza trabalho. E esse trabalho esta relacionado com as transformagées de energia que podem ocorrer com ocorpo. Num automével, a energia liberada pela queima do combustivel se transforma em energia mecénica, ¢ o trabalho realizado pela forca do motor coloca o carro em movimento. Numahidrelétrica, aenergiamecanicadaqueda d’4gua move uma turbina e se transforma em energia elétrica num gerador (veja mais sobre transformagdo de energia na pag. 60). Podemos, entio, dizer que o trabalho de uma forga esta relacionado comas transformagSes de energia que podem ocorrer num corpo. Bern icireectin opens 56 cerisica 2028 cen cossEN SO Trabalho de uma forca constante Um corpo sai do repouso no pontoAe édes- locado para o ponte B por meio de uma forga constante F, que atua paralelamente ao deslo- camento do corpo e no mesmo sentido. O trabalho realizado por essa forga Fé dado pela expresso matemdtica: T=F.d,emque: © 7 é0 trabalho realizado, em joule (J). 1J=1N.1m © F é o médulo da forga aplicada sobre o corpo, em newton (N); © dé odeslocamento sofrido pelo corpo, em metro (m) Trabalho de uma forca em angulo ‘Uma forga constante F pode ser aplicada no sentido de deslocamento, mas fazer um dngulo em relagdo 4 sua diregao. Veja: Neste caso, podemos decompor a forga F aplicada ao corpo em duas componentes: © uma paralela 4 diregio dg movimento (acomponente horizontal F, ); © e outra perpendicular a essa diregao (F,). Entio, F,=F .cos8 eF, =F.sen®. Atinica Componente que realizard trabalho é a paralela ao movimento F. Poténcia Eotrabalho realizado em determinado inter- valo de tempo. Como trabalho serelaciona com atransformagio de energia,apoténcia pode ser definida, também, como a medida da quantidade de energia que ¢ transformada em determinado intervalo de tempo. Matematicamente, AE Pa "AE A unidade de poténcia no Sistema Interna- cional ¢ 0 watt (W).E1W=1J/s. Podemos medir a poténcia para qualquer tipo de energia: © Para energia cinética (movimento), a po- ténciaé P= AE, /At © Paraenergia térmica (calor),éa quantidade decalortransferida(Q). Portanto, P=Q /At (veja no cap. 1) © Para energia elétrica (cletricidade), p= ABginie (vefano cap 8) ee Tae Tay Dispor de energia ¢ fundamental para qualquer economia. Indistrias,caminhdes, hospitals, escolas eresidéncias - nada funciona sem energla. Quanto mals rico-é um palsem fontes de energia, melhores sao suas possibilidades de crescimento, ‘A produgdo de energia de uma nacdo 4 retratada na matriz energética. Abaixo, a matriz brasileira: OFERTA DE ENERGIA POR FONTE NO BRASIL (2015) Biomassa de cana Petrdlen e 169% derivadas mae Hidrauica 3% Lena ecanvdo veestal aah ‘Uviviae outras renovavels re Gis natural 3% Outras aorenovévels Nuclear Caryl mineral oft 43h 5% Energia renevivel Energia n3o renovave! “tac sas ca, eee, gs muta cand vegetal ent: astode Maa Ee CAMPEAO EM RENOVAVEIS 0 Brasifobtém pauco mais de 40% de sua enorgia de fontes renovveis-principalmente da quefma fe iomassade cana.e da Sgua dos ros (tone hidréulca, dar hidrelstricas). Mas o pais ainda depende muito das fontes n30 renovaveis - aquelas cuja recuperago depende de muito tempo «, partanto, padem se esgotar.£ 0 caso da petrdleoe do gas natural. As fontes n3o-renovdvels representam quase 60% de toda a anergia gerada no pals. cerisica 2018 57 DINAMICA ENERGIA E TRABALHO Portanto, de modo geral, podemos descrever matematicamente o trabalho realizado pela forca constante (F) como: T =F .d.cos0, em que: © F é 0 médulo da forga aplicada sobre 0 corpo, medida em newtons; © dé 0 deslocamento sofrido pelo corpo, medido em metros; © 8 é0 anguloentre odeslocamento do corpo ea forca F medido em graus. O trabalho de uma forga é uma grandeza es- calar. Entio, quando varias forgas atuam sobre determinado corpo, a soma algébrica dos tra- balhos de cada uma delas éigual ao trabalho da forca resultante. A diferenca que o Angulo faz Se oangulo entre a forca aplicadaco sentido do deslocamento estiver compreendido entre 0°< 8<'90°, o cosseno sera positivo. Isso significa que otrabalhorealizado pela forga também sera positivo. Eo. que chamamos de trabalho motor. Seo cosseno de > 0, otrabalho é positive Mas, seoanguloestivernointervalo90"< 6: 180°, © cosseno do ngulo seré negativo. O trabalho realizado pela forca também sera negative. Eo chamado trabalho resistente. F ==> = “ Seo cossenade 60, otrabalha é negativa 58 cerisica 2028 Forca em Angulo @ = 0° Quando o angulo entre a fora ¢ 0 sentido do deslocamento do corpo ¢ de 0", a forga esta sendo aplicada paralelamente ao deslocamento eno mesmo sentido dele. Neste easo, a forga contribui diretamente para o deslocamento. i Fed eoineidem. Entio, §= 0" G 4 > Forga em dngulo e = 90° Forgas que fazem um dngulo de 90° como sentido do deslocamento do corpo (perpendi- culares ao deslocamento) nao realizam trabalho ~ ou seja, nao contribuem nem atrapalham no deslocamento do corpo. = F Fed fazem angulog = go" i = 90°, cos 8 = 0. Entiio, .cos8 8 F F. F. oO aAadaa vu wt Forga em dngulo @ = 180° Uma forga que atue no sentido exatamente oposto ao deslocamento (num Angulo de 180° com o sentido do deslocamento) atrapalha o movimento. Seu trabalho, entio, ¢ negativo, resistente. Fo d s8o paralalos mas opastes. Entio, 6-8" Trabalho de uma forca varidvel Ocalculo de uma forga variavel pode ser apli- cado, por exemple, no caso em que aumentamos gradativamentea intensidade da forga aplicada em determinado corpa. Pademos ealcular o trabalho realizado por uma forga que varia analisando um grafico que relaciona a forga aplicada ao corpo 0 seu deslocamento, O trabalho realizado pela forca variavel tem valor igual ao da area compreen- dida entre a curva ¢ o eixo do deslocamento, desde um ponto inicial (d,) até um ponto final do movimento (4). F AREA ETRABALHO A grea cinzenta equivale.o trabafho realizado poruma frga no deslacamenta entre os pontos dd, Trabalho e poténcia 0 trabalho realizado por uma forga nfo de- pende do tempo. A forga usada para empurrar um guarda-roupa por 1 metro realiza 0 mesmo trabalho quer a tarefa seja executada em dois minutos, quer exija uma hora de esforco. Para considerar o tempo em que o trabalho é exe- cutado, recorremos ao conceito de poténcia. Apoténcia associada ao trabalhode uma forga 6a taxa em que o trabalho é realizado. Quanto maior é a poténcia de um equipamento, mais rapido ele realiza o trabalho. Um carro é mais potente se seu motor gera uma forga mecdnica que o faca atingir maior velocidade em menor tempo. Uma lampada é mais potente porque, num mesmo intervalo-de tempo, converte mais energia elétrica em luz. Matematicamente: Per At em que: © Péapoténcia, em watt (W); Or éo trabalho, medido em joules (J); O4Até ointervalo de tempo em que o trabalho & realizado, em segundos (s). Apoténcia é o trabalho dividido pelo tempo. Entéo, 1 W=1J/s. a NA PRATICA TRABALHO DE UMA FORCA VARIAVEL Um compo sofre a ago de uma forca deintensidade variévele se desloca por 6 metros, como mostra o gréfico abalxo. Qual o trabalho realizado pela forga nesse deslocamento? 60 dim) 0 valor do trabalho equivale & area entre a curva @ 0 eixo horizontal, no grafico. Neste caso, vamos calcular a érea deste trapézlc: FIN) 0 60 d(m) O trabalho realizado pelaforga éentao de 180 J. Como .a forgarepresentada no grafico apresenta sempre valores positives (acima doeixo x), entéo essa forcaé aplicadana mesma direco dodeslocamento durante todo percurso, Temos, portanto, um trabalho mator. — ATENCAO Quando um corpo se desloca com velocidade constante, a poténcia assoclada ao trabalho da forca que provoca «movimento pode ser simplificada para: P=F.v,emque ©F 6 0 médulo da forga aplicada ao corpo; ©v éa velocidade constante deservolvida pele corpo. [a TUDO SE TRANSFORMA Nenhuma energia @ criada, nenhuma é destruida. A quantidade de energia existente no universo é constante, Mas teda energia se transforma de um tipo em outro, Veja abaixa alguns exemplos de transformagdes energéticas. reais "ane a Deenergia \Waporizacao para. Sémica a = cerisica mus 59, DINAMICA ENERGIA MECANICA ‘ADRENALIHAO cartinho transforma potenclal gravitacional em energla. dinética Resultado: fro nna barriga, Tudo o que se move tem energia océ jd aprendeu: energiaéa capacidade V de realizar trabalho. E qualquer corpo em movimento pode realizar trabalho. Entao, todo corpo que se move € dotado de energia. Os pedais de uma bicicletatém energia para realizar trabalho ao girar as engrenagens, a corrente eas rodas. 0 motor de um liquidificador tem energia para realizar trabalho quando faz a lamina rodopiar. A forma de energia associada ao movimento dos corposéa energia cinética. Todo corpo-em movimento tem energia ciné- tica. O caleulo da energia cinética de um carro em movimento ou de uma pedra arremessada leva em consideragio algumas grandezas fisicast @avelocidade do corpo. Quanto mais veloz um corpo estiver, maior sera sua energia cinética; © massa do corpo. Quanto mais massa um corpo tiver, também maior sera sua energia cinética. Matematicamente, a energia cinética de um corpo ¢ dada por: 2 Ec= ™ emque: 2 © méa massa do corpo, medida em kg; © véavelocidade do corpo, medidaem m/s; © E, éaenengiacinética, medida em joule (J). 60 cerisica 2038 ’ carseayisTooR Forca resultante e variac¢do de energia Raciocine passo a paso, © Quando um corpo se desloca com veloci- dade constante (mantendo a intensidade da velocidade, a diregao e 0 sentido do movimento), a forca resultante que atua sobre ele é nula. © Parauma forgaresultante nula, otrabalho realizado por ela também ¢ nulo. © Porém, se a intensidade da velocidade do corpo for alterada, ele tera sofrido a ago de uma nova forga, que realizou um trabalho. © Seum trabalho foi realizado no corpo em movimento, entio sua energia cinética foi alterada. © Portanto,oresponsivel pela variagioda energia cinética de um corpo é0 traba- Iho realizado pela forga resultante que atua sobre ele. Matematicamente: Tr, = AEc,emque: © Tr, = trabalho da forga resultante; © AE; = variagao da energia cinética (energia final menos energia inicial). Energia potencial Aenergia potencial ¢a energia guardada por um corpe que pode coloca-lo em movimento. Essa energia potencial depende, fundamen- talmente, da posig&o do corpo e da adagio de um referencial. Na meciinica, estudamos dois tipos de energia potencial: a energia potencial gravitacional e a energia potencial elastica. Energia potencial gravitacional E a energia de um corpo que se encontra a certa altura em relagao a determinado refe- rencial. Uma pedra de massa m nas mios de um garoto a uma altura h em relagiio ao solo tem certa energia armazenada - a energia po- tencial gravitacional, que é capaz de colocé-la em movimento de queda das mos do garoto até o solo. Caso a pedra seja soltae comece a se mover, sua energia potencial gravitacional ¢ paulatinamente convertida em energia cinética, ao longo da queda. Aexpressio matennitica que fornece a energia potencial gravitacional de um corpo é: E,,=m.g.h, em que: © méamassa do corpo, medida em kg; © gé aaceleragao gravitacional do local em que o corpo se encontra, em m/s*; © hé aaltura do corpo em relacio ao refe- rencial adotado, medida em metros. as ATENCAO Toda energia é medida em joules no §., amesmaunidade de medida do trabalho. E, como o trabalho, a energia é uma grandeza escalar (nao vetorial). Outramedida de energia muito usada 8a caloria (cal). Leal ®4,2J Lkeal * 4 2005 SAI DE BAIXO Toda energia guardada no alto se transforma em energia de movimento durante aqueda Parada noalto dobarranco, a pedra ‘tem uma energia potencial gravitacional proporcicnal asuamassae Salturat Empurrada, apadra (Quanto malstongatora dospencariem quedalivre. queda,mat-energa potencil ‘Aanerga patencial igavitacional serdtrensformada gravitacional sord am cinéticae malorseraa convertda aospoucos velocidad com que oinimign emenergia cindtica serdatingidopelapedra cerisicazis 61 DINAMICA ENERGIA MECANICA Note que a energia potencial gravitacional é medida em relagao a um referencial adota- do. Isso significa que, se considerarmos como referencial o solo, quanto mais alto estiver um objeto em relagao a0 solo, maior seré seu poten- cial gravitacional, Esse potencial gravitacional éconvertido em energia cinética pelo trabalho realizado pela forga peso. Energia potencial eldstica Eaenergia armazenada por um corpocompri- mido ou esticado. Tem energia patencial elistica uma mola comprimida. Ou uma corda eliistica de bungee jumping, que se estica, interrompendo a queda do aventureiro que saltou do alto de uma ponte. Tanto para a mola quanto para o elastico, vale uma regra: se depois de compri- mido ou esticado o corpe for abandonado, sua energia potencial elistica sera transformada em energia cinética. ‘Amedida da energia potencial elastica de uma mola depende de dois parametros: da maleabi- lidade da mola de quanto ela foi deformada. A expresso matematica para a energia potencial elastica é: Bw = * SS jomque © E,,é a energia potencial elastica, medida em joules (J); © kéaconstante elastica da mola ou do elas- tico, medida em N/m; © xé.adeformagio sofrida pela mola ou pelo elastico, em metros. A constante elastica k define a maleabi- lidade da mola e tem um valor especifico para cada tipo de material que pode compor a mola. Quanto maior for a constante elasti- ca de uma mola, maior a forga exigida e mais dificil sera deformé-la. Uma mola de constan- te elastica de 200 N/m precisa de uma forga de 200 N para apresentar a deformacio de 1 metro. Outra mola cuja constante elastica seja de 10 N/m necesita de apenas 10 N para apresentar uma deformagao de 1 metro. Repare que, pela equagio, quanto maior fora deformagio imposta 4 mola, maiorserda energia potencial eldstiea armazenada. Energia mecdnica Diversos fendmenos naturais e processos do dia a dia envolvem transformagdes energéti- cas. Na queda de um cometa ou asteroide, por exemplo, toda energia potencial gravitacional se converte em energia cinética (veja o infognifico na pg. 64). No lancamento de um satélite ou telescépio espacial, a energia térmica da queima 62 cerisica 2018 ESTICA, ENCOLHE 1L. Em sua posigdo natural, a mola. no apresenta deforma Entiox=0 2, Distendida, a mola se deforma ‘em xmatros. Essa daformacio xGadiferenaentreo comprimento final ea comprimento natural da mola. a 3. Na posigto distendida,a mola guarda anergja potencial eldstica Proporcional aoquadrado de sua deformagio ZUM Ea energia potencial eldsticaarmazenada no arco que se converte em energla cinética e faz uma fecha disparar no ar do combustivel dos foguetes é convertida em energia cinética. Amedida que o satélite atinge aaltitude adequada, parte dessa energia cinética se transforma em potencial gravitacional. E, a0 ligar o interruptor de uma limpada, conver- temos energia elétrica em energia luminasa e energia térmica. Nos sistemas mecdnicos, toda conversio energética envolve energia cinética e energia potencial (gravitacional ow elistica). Aenergia mecanica de um corpo ¢ a soma da energia cinética e da energia potencial desse corpo. Ex =F crnétea * E reeetat Energla cinética Energia potencial Energia pravitacional mecanica ® N linergia | Energia potencial | ———— Potencial aldstica Sistemas conservativos e dissipativos Sistema conservativo é aquele no qual todo tipo de forga dissipativa, como o atrito ou a resisténcia do ar, pode ser desprezada. Em um sistema conservativo, a energia mecdnica per- manece inalterada em qualquer tipo de trans- formacio. A energia mecAnica inicial é igual 4 final. Matematicamente: Ewa = Eng No mundo real, sistemas conservativos sao raros. No geral, existe sempre alguma forga que dissipa parte da energia de um sistema, realizando um trabalho que no é util. Eo caso da forga de resisténcia do ar atuando sobre um automével, que dissipa parte de sua energia mecdnica e reduz a velocidade do veiculo. Ou da queda de um asteroide que mergulhana at- mosfera terrestre (veja o infogrdfico napdg. 64). Neste caso, parte da energia mecdnica se perde em calor, e 0 asteroide costuma se incendiar. Num sistema dissipativo, a energia meednica final é menor do que a energia mecinica inicial: Fxup Esa Em qualquer sistema dissipativo,a diferenga entre a energia mecéinica inicial e.aenergia me- cfnica final é igual ao trabalho realizado pelas forgas dissipativas, portanto: Ensea ~ Enacp =U Fee xr asroce I rERAonoNLes Da ates) ‘Ocarrinho de montanha-russa desliza quase exclusivamente gracas aforca da gravidade Mf PARAIR AL! O inleodo trajeto sernpre tern uma forte subida, saguida de uma descida, que do impuls inicial paraocartinho percorrero resto do camino, No alto da montanha-russa oveleulo acumula chamada energia potencial(E) Quando comega a despencarli de cima, essa ‘energia potencial se transforma, durantea queda, em energia cinitica(E) - ou energjade movimento pela apa da fora gravtacional Parte da energla éperdida na forma de calor, por causa do trabalho da forrade atito com a trilho e como ar, o quereduz a velacidade ea altitude maxima dovagio. Enquanto esta toda vapor, a emogdo fica mesmo por conta do desenha do trajeto ‘MUNDO ESTRANHO, 1.200 adaptado cerisicazas 63 DINAMICA INFOGRAFICO ECU se Eat Ce ee UCC eCe ER Cure sao raros, mas possiveis. Entenda as transformacées de energia envolvidas numa dessas trombadas césmicas bia aU Tay a) Tec eet Cue mca eee cacy CO eS Cuenca ce! Ce EO run Rune Me) Senn ee Wen uno et eS Pe eee ere} cinética (Ee) assoclada & sua velocldade, eee ence ee Eer en rue rte Pet ee eee ey FUE eee) EE WCU Leese ud + UM DIA, TUDO CAl Oe eet ee eer foguetes permanecem em érbitada Terra EEE ete sare Snr Cle soviético Sputnik, em 1957, mals de 38mil objetos foram colocados ‘em érbita da Terra, Desse total, PC eee ECE CSc Deere eUey PU NORE Esc Pet a emul et eer metal com mals de 10 centimetros ey ieee dict) PoC ort itty Pe esa Beco aro Internacional (ISS). Enquantoa Dee LeU CUE COE eT a Ue y A a + re Pun ry Pere DRC E et asterolde. Assim, quanto mals préxlmo Dee u om cr Pern e eet Orem ESE Eun Cat iy Rett City elu nencs Gene ee ricr nnn a PaaS Teng ee cee Peet Peed etc) cy ic) CEM Cict Boy Cc) Pic LO ms PTO TEGO Wu Een kG E como se ele estivesse sempre em queda, mas, SE Ue We uC Om ULCER T cc ee cnet cae ore 64 ccrisica 2028 Quando esta préximo do Sol, um planeta na posicao 1 atinge a posicao 2.num interval de tempo ts - ts Quando estd distante do Sol, Sol o planeta viaja mais devagar. No intervalo de tempo ty - ty igual ao intervalo ta - ty, oplaneta percorre uma distancia menor. ‘Mergulho na atmosfera Mas o corp errante sofre atrito. ‘Ao entrar na atmosfera em alta velocidade, o choque com as moléculas tb ~ de aro incendela. Agora, a energla . mecdnica.comega a diminuir devido ao & trabalho realizado pela forgade atrito. Ete Et Noentanto, as linhas imagindrias entre o planeta 20 Sol definem, em intervalos et, detempo iguais, areas iguals. COU RC Cy potencial gravitacional se converteu ee eee ee tute ee eee) ete tan tnd Pcie nu nce Pee etry da energia mecanica total do bolido. DINAMICA DINAMICAIMPULSIVA PAI, ME EMPURRA? Olmpulso dado num balango nada mals é do.que.a aplicacaode uma forca por algum tempo. Resultado: agarota ganhavelocidade e altura Vai um empurraozinho ai? O imputso é uma grandeza vetorial — ou seja, aquela que 6 definida por um ‘valor absoluto, mas depende de uma diregao eum sentido, ‘Osimbolo paraa grandeza impulsoé T 66 cerisica 2038 Jodo mundo sabe, por intuic&o, o que é impulso:aquela forca que se aplica sobre um objeto, para aumentar sua velocidade. Alguém que empurra um guarda-roupa, para mudé-lo de ugar, d4um impulso. Uma crianga que empurra um colega num earrinho de rolima também esté dando um impulso. Pois impulsoé uma grandeza fisica associada aaplicagio de uma forca sobre um corpo, em determinado intervalo de tempo. Oimpulso pode ser dado por uma forcacons- tante ou varidvel. E, dependendo de como essa forga é aplicada, o impulso transmitido por ela pode aumentar ou diminuir o médulo da velocidade. Impulso de uma forga constante Uma forga constante sempre imprime um im- pulso de mesmo valor, mesma diregdo emesmo sentido dessa forga. Matematicamente: ‘As caracteristicas do vetor impulso so: =F At; mesma da forga aplicada; a mesmo da forca aplicada. No S.L (Sistema Internacional de Unidades), o valor do impulso é expresso nas unidades newton vezes segundo (Ns). Em grafico, é assim que se representa o im- pulso de uma forga constante: Repare: se = F. sAt, entiio o médulo do im- pulso é igual a area doretangulo em destaque. as TOME NOTA Médulo de uma grandeza vvetorial é 0 valor numéri- co dessa grandeza, sem- pre com sinal positive. So grandezas vetoriais forga, velocidade e acelera¢o, por exemplo, médulo de uma forca é representado por [F|. ‘WUNDERHSETHOR as NA PRATICA IMPULSO DA FORCA PESO Um objeta com 300 gramas demassaé langado para ar, abliquamenta, como mostrado na figura abaixo, Com esse impulso, o trecho de Aa B foi percorrido em 2 segundos. Quais as caracteristicas do impulso da forga peso nese intervalo de tempo? (Adote g= 10 m/s") a. Entre os pontos Ae B, aforca peso se mantém constante tanto em seu médulo (valor) quanto na diregio (vertical) eno sentido (para balxo). Assim, a intensidade do impulse comunicado por ela ao corpo &calculada por: [SF At, em que F=P (forga pesoje At=2segundos (deacorde com o enunciada). Vocé sabe: F=m.a No caso, a aceleragao (a) & a gravitacional (g). Temos entéo queP=m.g Conhecemos, também do enunciado, a massa do corpo (m=0,2kg) e0 valor da aceleragao imprimida pela gravidade (g=10mys'. Fazendo as substitulgSes: F=0,3.10 5F=3N Entéo o impulso é I=F.At2 1=3.2 31=6Ns Este é 0 médule da impulso. Mas, come esta é um grandeza vetorial, para caracterizé-la completamente & preciso indicar sua diregdiae seu sentido - que sempre igual a diragao @ 20 santido da forca em questao. A forca peso atua sempre na verticale para baixo. Assim, oimpulso sobre o abjeto tem 6N. 5 de intensidade e é aplicado na vertical e para baixo, Num grafico, esse impulse seria assim representado: Jmpulso de uma forca de intensidade variavel Imagine um cadeirante circulando por uma calgada. Naturalmente, o impulso que ele im- prime a cada vez que aciona as rodas da cadeira no se mantém constante. Além disso, ele € regularmente obrigado a reduzir essa forga, freando as rodas para atravessar ruas ou evitar obstaculos. Numa situagdo dessas, ¢ facil enten- der que a intensidade do impulso varia ao longo do tempo. Num grafico, o impulso de uma forga varidvel é assim representado: F wo tt t Como no caso da forga constante, seu valor (em médulo) é igual a area determinada pela curva no gréfico forga por tempo. NA PRATICA ‘GRAFICO DO IMPULSO DE UMA FORCA O grafico abaino da a intensidade de uma forca que atua num corpo em fungao do tempo. Qualo valor do impulse dessa forca entre os instantes t= 2set=6s? O valor do impulso é dado pela drea destacada no gréfico (érea sob a curva): FIN) | z tf) 6 0 Entdo sabemos quel = area A ‘Area, no caso, éa de um trapézio. Lembrando das aulas de matemética, vocé sabe que, num trapézio, __ {base malor + base menor) - altura 2 A Conhecemos varios desses valores: © base menor=4; © base maior =8; © altura=6-2=4, 2 Beek 2 Entéo, I= A alms cerisicazis 67 DINAMICA DINAMICAIMPULSIVA CHOQUE AMORTECIDO ‘Ochoque contrao alrbag é parcalmente elastica: a energia cinética docorpo 6 dissipada pela almofada as ATENCAQ Repare:a unidade de quantidadede movimento equivale 4 unidade de impulso. 68 cerisica 2018 Quantidade de movimento Também chamada momento linear de um corpo, ou momentum, a quantidade de movi- mento (simbolo: G ) é uma grandeza vetorial definida pelo produto da massa do corpo por sua velocidade vetorial: Q=m-¥,emque ©mé amassae v,avelocidade vetorial; © médulo: Q=m.v; © diregdo: a mesma da velocidade vetorial; © sentido: o mesmo do movimento. No SLL, o valor da quantidade de movimento ¢ expresso em kg. m/s Teorema do impulso Um impulso alteraa quantidade de movimen- to de um corpo. E um impulso pode ser dado pela combinaco de um conjunto de forgas diferentes. Nesse caso, trabalhamos com a re- sultante das foreas. Dai o teorema do impulse: Oimpulso da resultante das forgas que atuam sobre um corpo num dado intervalo de tempo é igual 4 vartagdo da quantidade de movimento desse corpo nesse mesmo in- tervalo de tempo. Traduzindo: aresultante das forgas aplicadas sobre um corpo durante um certo intervalo de tempo modifica a velocidade desse corpo. E sempre que se altera a velocidade vetorial de um corpo (ou seja, suaintensidade, sua directo e/ou seu sentido), dizemos que alteramos a quantidade de movimento. Se o impulse altera a quantidade de movi- mento, encontramos uma nova relagao para definir impulso: a diferenga de quantidade de movimento em determinado intervalo de tempo: Tre = Qinat ~ Qiaidat = Tres = AQ NA PRATICA QUANTIDADE DE MOVIMENTO Uma bola de ténis de massa m=50 g éarremessada horizontalmente contra uma parede vertical, com velocidade v, = 40 m/s, ¢retorna na mesma direcdo comvelocidadev, = 40 m/s. Considerando que a bola permaneceu em contato com a parede por 0,08 s, qual aintensidade da forca aplicada pela parede? Na colisdo da bola coma parede, o impulso resultante (|,,) ¢ causado pela acao da forca aplicada pela parede na bola, durante o tempo em quea bola permanece em contato com a parede. Como a quantidade de movimento ¢ igual ao impulso, temos lge= AQF .At=Q,-Q, > fgg =M - y=. Vv, © enunciado fornece varios valores: © m=50g (005 kg, no 5.1) © At=0,085; 8 v,=40 m/s; ©v,=40 m/s. Presta atangao: as velocidades v, ev, sdo iguals em médulo. Mas velocidade é uma grandaza vetorial - ou seja, se altera conforme adirecdo eo sentido da trajetdria do corpo. Quando a bola se choca com a parede e retoma, a diregao se mantém (horizontal), mas o sentido se inverte, Se assumirmos uma trajetéria na qual o sentide da esquerda para a direita é positive, 0 valor da velocidade no sentida inverso serd negativo. Entéo v,=—40 m/s Fazendo as substituig6es, encontramos a forca da parede sobre a bola: F . 0,08 =0,05 . (40) - 0,05.. (40) 008. F=-4sF =-S0N Conservacdo da quantidade de movimento Vocé se lembra: sistema isolado é aquele no qual aresultante das foreas externas que atuam sobre oscorpos é nula. Sio varias assituagées que envolvem corpos considerados sistemas isolados. Num disparo de arma de fogo, por exemplo, forgas externas 4 do disparo —como a forca peso da bala earesisténcia do ar— sao despreziveis. Podemos, entao, tratar o sistema como isolado.O mesmo é valido para explosdes ¢ alguns tipos de colisao. Em sistemas isolados, a quantidade de movimento permanece constante. Este é © principio da conservagio da quantidade de movimento. E claro que deveria ser assim. Afinal, se a resultante das forgas externas é nula, ndo pode haver variacao na quantidade de movimento do sistema. As colisdes constituem eventos de especial interesse na fisica. E podem ser classificadas por diferentes critérios. Quanto a diregdo: Y G+ antes dacolisao ¥, | depois da ——s trajetériaorientada lls © Colisdes frontais (unidimensionais); aque- las nas quais noha mudanga na diregéo do mavimento. Num jogo de bilhar uma bola bate em outra e retorna pelomesmotrajeto; © Colisdes bidimensionais:aquelas em que hamudanga na diregao dos movimentos. A bola de bilhar bate meio de lado em outra e muda de diregao. Outro ecritério que diferencia as colisées é a conservagao da energia cinética do sistema: © Colisao elastica: a energia cinética do sistema se conserva. Esta ¢ uma situagdo hipotética, idealizada. Por exemplo, uma bola que bate numa parede volta com a mesma velocidade (em diregio e valor); © Colisio parcialmente elastica: a energia cinética do sistema se dissipa,em parte. As bolas se chocam e parte da energia cinéti- case dispersa, na forma de som (energia sonora) e calor (energia térmica); © Colisiio inelastica: a dissipagdo da energia cinética é maior que nas colisées parcial- mente elésticas. Neste caso, 05 corpos se- guem juntos em movimento, apés a coliséo. TamyiewoE a NA PRATICA CONSERVAGAO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO DE UM SISTEMA Um bloco (A) de massa m,= 200 g desloca-se num plano horizontal, com velocidade v, =20 cm/s, @ colide inalasticamente com um segundo bloco (B) de massa m,= 200g, quese movimenta com velocidade v= 10. cm/s, em sentido oposte. Qual a velocidade do conjunto apés a coliso? ‘Vamos passe a passa: © Se ochoque é inaléstico, entéa os dois blocos Seguem Juntos em movimento. Esta 8 a representagao da situacio: ‘trajetoria orlentada —— a —2o_ depols da colisio wi antes dacolisio © Aquantidade de movimento de um corpo é dada pela expressio Q=m.v © Aquantidade de movimento de um sistema a soma da quantidade de movimento dos dois corpos: Gases = G+ B= Qos > m,.V, +My +e Qacema © Como as velocidades, am médulo, tam a mesma intensidada (v,=b,), podamos reescraver a expressao acima: Qusenn =, + m,). v © Seo sistema éisolado, a quantidade de movimento de conjunte permanece constante, Ente Qyes= Qsscce © Definimos uma orientacao para a trajetoria (da esquerda para a direita) 2, com isso, assinal da velocidade de cada bloco: v,=20 em/s @ v,=-10 cm/s Fazendo as substitulgbes: 200 .20+300. (-10)= (200+ 300).v + 1000=500.v + v=2em/s O sinal positive indica que apds a colisdo os corpos seguem no mesmo sentido atribuido a orlentac’io, da trajetéria (da esquerda para a diretta). cerisicazns 69 COMO CAI NA PROVA 1. Uniiesp 2015) Um garoto de 40 kg esté sentado, em repauso, dentro de uma calxa de papelgo de massa desprezivel, no alto de uma rampa de 10 m de comprimento, conforme a figura. Para que ele desca arampa, um amigo o empurra, imprimindo Ihe uma velocidade de x m/s no ponto A, com diregio paraleladrampa, a partir de onde eleescorrega, parandoaoatingir a ponto D. Sabenda que o coeficlente de atrito cinético entre a calva.e a superticle, em todo opercurso AD, élgual 20,25, que sen Q=0,6,cos 0 =08, g=10m/steque aresisténcla do ar ao movimento pode ser desprezada, calcule: a) 0 médulo da forga de atrito, em N, entre a calxa e arampa no ponto B. b)adistancla percorrida pelo garoto, em metros, desde o ponto A até o ponto D. RESOLUCAO: a) Odea? écomegara resolugdo assinalando num esquema as forgas que atuam sobre o garoto quand ele passa pelo ponto B. fa oN aviorgade atrito Wereacdo normal re ‘Pe-componente dopesa paralelamente 20 plano Py Pr:-componente do peso perpendicularao plano O peso do garoto é P= m. g+ P=40.10 +P =400N Alntensidade das componentes xe y aa fora P: $61 8 > P, = 600.0,6 > P,=240N cos 8 >Py=400.98>P,=320N Aforga N tem médulo iguat 4 componente P,. Portanto, N = 320 N E forca de atrito f=). N- f= 0,25 .320 > fyy= 80N }) Vocé deve se embrar de que o trabafho realizado pela resurtante das forgas que atuam num corpo é igual a varlagdo da energia cinética desse copa. Com fsso calculamos a distancia AD. Tees? E> Tent Tarn # Troma = 4Ec (1) peso. 8. fh emque h= AC. sen@ > h=20. 96> h= 6m. Entd0 Tye, =40- 10.5 -> Tyas = 2400 ‘Ta= TH + TH, emque TACs - AE. AC-2 THs - 80.102 TH = - Boo} Te- 8. (> TH =- LN. CD em queN=P ‘Ti =- 025. 400. CD =-200.CD A forganormal ndorealiza trabalho, pais é perpendicular ao movimento: Ty =0 Avarlagdo da energacnética do ponto Aatéoponto Dé ent¥o, af, £? £4 Avvelocidade do corpo é nula no ponto D. Entao, D>ak,--E4 Ets 12/2 = 40 2/2 > E'=20) Voltando a (): Tp # T= BE Tye TH + TEP = OE, 70 cerisica 2038 Substituindo nefa os valores descobertos, ficamos com 2400-800 - 100. CD =- 20 + 100. CD=1 620 +CD=16.2 mM Portanto,a distanda AD = AC+ CD > AD=10+ 16,2 + AD=262m Respostas: a) 80 N; 6) 26,2 m 2. (Fuvest 2017) Helena, cuja massa sokg, pratica oesporte radkal bungee Jumping, Em umtreino, elase-solta da belradadeum viaduto, com velocidade Inicial nula, presa.a uma falxa elastica de comprimento natural Ls = 15 me constante elastica k - 250 N/m. Quando afalxa estdesticada 10 m alémde seu comprimento natural, omédulo da velocldade de Helena é: ajomis bysms guoms d) 15s e)20m/s Note eaciote: Aceleracdo da gravidade: 10 m/s2, Afaixa é perteitamente eldstica; sua massa e efeitos dissipativos devem ser ignoradas. RESOLUCAO Esquematizanda a situagdo inidal e final do salto de Helena: Situagioinciat Stuagdo final (0) O ago ae | nietde or refertncia ‘Se os efeitos diss(pativos sdo desprezados, a enengla mecanica seconserva durante a queda, Portanto, para a situagdo iniciak Eme= Enst"> Enpavt Epteaset Eon” = Expat Epteas+ Ean Epigw=M.g.0=50,20..25=12500) EREG!, = oa faixa ndo estava deformada) FR". 0 fa velocidade fnicfal é nua) Logo, Em 12 500) Para a situagdo final EfSifay = 0(asituacdio final a posiraa de Helena é h =a) ing = AE 9 fg = 250.20 ft 12500) cats BF apg S00 > Em=35.F Logo, ERE'= 22500 + 25 v? Sea energia se conserva, podemos igualar as expressbes: 12500 = 12500+ 25 ¥°-¥ 25 =0-V=0 Resposta:A 33. (Vunesp 2015) Oassento horizontal de uma banqueta tem sua altura 3justada pelo gro deum parafuso que oliga& hase da banqueta Se grar em determinado sentido oassento sobe 3 cm naverticalacada volta completa e, nosentide opasto, dese 3 cm. Uma pessoa apola sobreo assento uma lata de refrigerant de 360g a uma distancia de 15cm de seu elo de rotacio eo RESUMO ‘ard girar com velocidade angular constante de 2 rad/s. Se a pessoa gitar 0 -assento da banqueta por 125, sempre no mesmo-sentida, e adotando g = 10 . . In/s* e T= 3, calcule o médulo da forca de atrito, em newtons, queatua sobre ==: =Dinamica alata enquantoo assentogira com velocidade angular constante, e omédula ida varlacao de energia potenclal gravitaclonal da lata, em joules. LEIS DE NEWTON Primeira lel: se aforca resultante sobre um corpo énula, o corpo tende apermanecer em repouso ou MRU. Segunda lel: a aceleracao provocada por uma forca resultante é proporcional & intensidade da forca ea massa do corpo: Fr=m.a. Tercelra lel: toda forca provoca uma reacdo. As forcas de agdo @ reagdo nunca atuam no mesmo corpo. asco PESO, NORMAL, TRACAO E ATRITO Peso éa forcade atragéo que aponta parao centro da Terra: P=m. g. For anormal é a exercida pala superficie na qual o objeto se apola. Tragao éa forca que surge quando dois corpos interagem por meio de um fio ouuma corda, Atrito dind- RESOLUCAO mice ocorre entre corpos em movimento: fate = f4c. N Omelhoré comerar desenhando num esquemaas forgas que atuam sabre a atinha: Atrito estatico ocorre quando as corposestioem repauso _ um em relagaoae outro, mas ha uma tendéncia de movi- N £ mento: fate = jte.N centripeta altera a diracio do vetor x velocidade e esta semprevoltada para o centro da traje- fa. forga resultante centripeta tem a mesma diregdo ¢ o mesmo sentido da aceleracao centripeta: Fp=m 4 ou Fep=m.wR , : ENERGIA E TRABALHO Energia é a capacidade de uma A forga normal (N) € 0 peso do corpo (P) se equilibram. Jd a fora de atrito se forca de realizar algun trabalho. © trabalho de uma for- comporta como a resuitante centripeta do movimento qj. Entao: : gaesta.celacionado com as transformagies de energia: Rep =. agp> fg =m. 7=F.deos® a Conhecemos 0 raio jr) =-15 cm = 0,25 m; ea velacidade angular (to) = 2rad/s : ENERGIA MECANICA Energia cinética é a energia as- ‘Assim, encontramos a velocidade linear v= 00. F | sociada ao movimento. Quanto malor a velocidade ou v=2.9152¥=03 m4. a massa de um corpo, maior sua energia cinética. O res ponsavel pela variacdo da energia cinatica de um corpo Cafculando a forga de atrito: @ 0 trabalho realizado por uma forga resultante: = = AEc, fg=m. fy =936._ 97° > fe= 0,216 N Energiapotencial gravitacional 6a energiade um corpo a os {que se encontraa certa altura em relagdo a determinado O movimento da banqueta durazzsegundose, nesseintervala odeslocamento 3: —_referencial: Eyg-m.g.h . Energia potenclal elastica é a angular é de: energia armazenada por umcorpacomprimido ou esticado: oat ay ae Sap =251ad E,.1 =X". Num sistema conservative, a energiamecd- nica é constante, Num sistema dissipativo, a diferenca entre aenergia mecénica inicial ea energja mecanica final Como cada volta dada pela banqueta corresponde aum desiocamento angular «3: @ igual ao trabalho realizado pelas forcas dissipativas: de am rad, encantramas o ndimero de voltas (N) executadas pels banqueta em EM(I)-EM (f) = crass. 2s por regra de trés: : volta amrad 5 y=24 Ne Me = 4voltas { IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO impulso é Nvoltas --—- 2g rad a uma grandeza fisica associada 4 aplicacia de uma forca sobre um corpo, em detarminada intervalo de tempo. A cada volta, a banqueta de desioca 3 cm na vertical. Portanto, em quatro voltas Quantidade de movimento é uma grandeza vetorial defi- a variagéo da altura (4h) serd dh = 012m. nida pelo produto da massa do corpo porsua velocidade 2 vetorlak Q=m.v. Par fim, o valor da variarao da energia potencial gravitacional: Teorema do impulso: Akpe=m.g.Ah f Tos = Guat Gatas = Tes = 2 936.10. 0,12 ~» AEwe= 0,432] Respostas:far= 0216 N e AEpt =0432] cerisicamas 71 OPTICA GEOMETRICA CONTEODO DESTE CAPITULO Infografico... © Espelhos planos.. © Espelhos esféricos © Refragdo... © Como cai na prova+ Resum 0 telescopio que teima em continuar no céu O Hubble funciona ha quase 30 anos. E, apesar de seu sucessor estar pronto para ser langado em 2018, ainda tem capacidade de operar por mais duas décadas previsdo era que o teleseépio espacial A Hubble funcionasse por dez anos. E por arias vezes os engenheiros da Nasa anunciaram sua aposentadoria. Mas, contra to- das as expectativas, o mais pop dos instramentos de observagao dos céus teima em permanecer positivo e aperante hd 27 anos, e assim pode ficar por outros 23. Apesar disso, as agéncias espaciais norte-americana (Nasa) e europeia (ESA) dao os retoques finais no sucessor do mito. O James Webb, a ser langado ja no final de 2018, carregara instrumentos que captam a luz em infravermelho - um comprimento de onda invisivel a seu antecessor. Trabalhando no infravermelho, terd capacidade de flagrar o que ha por tras das cortinas de poeira césmica, como estrelas em formagao em nebulosas distantes. ‘OHubbleimpactoua astronomia como nenhum outro instrumento. Em 2016, ele enxergou estrelas nascendo na galaxia mais distante jé observada, a3 bilhdes de anos-luz da Terra. (Um ano-luz equivale & distancia percorrida pelaluz emum ang, 95 trilhdes de quilémetros.) Isso significa que a Tuz que hoje nos chega foi emitida pela galixiaha 13,4 bilhdes de anos, pouco depois do Big Bang O feito ajudaa compreender a evolugao do Univer- 50. Também confirmou ataxa deexpansiodo Cos- 72 cerisica 208 mo ¢, com isso, a idade do Universo — 13,8 bilhées de anos. E levantou novo mistério: as galaxias se afastam umas das outras em velocidade cada vez maior. Isso significa que uma forca gera uma aceleracio que vence ada gravidade, que deveria estar retardando esse movimento. Que forga é essa é o que se perguntamagoraos cosmologistas. Construir o Hubble foi um desafio tecnolégi- co. Seu espelho principal, uma pega eéncava de 2,4 metros, que desviaa luz para um foco-onde fica acdmera, foi polido para garantiruma curvatura perfeita, com preciso de 10 milionésimos de mi- metro, Mas um:mimisculo desvio fez com queas primeirasimagens, de1990, saissem borradas. Trés anos depois, em 1993, otelescépio recebew um jogo de dois navos espelhos, que funcionavam coma culos para a miopia. A tarefa foi feita por sete astronautas, levados atéo Hubble no énibus espacial Endeavour. OMITODA ASTRONOMIA Maistarde,os“éculos’ — Em operaco haquase foramsubstituidospor — trés décadas, o telescéplo cémeras “defeituosas”, espacial Hubble gerou quecorrigem foco, —_as|magensmais Areflexiio da luz é —_ impressionantese um dostemasquevocé _reveladorasda histérla -vé neste capitulo. daastronomla — iia cerisica mas 73, B OPTICA GEOMETRICA INFOGRAFICO Pee hide) ‘Acamada de ar que envolve a POC oe Ey EEGs ce ny ee er ccuy Cerner atmosfera. Asmoléculas dos peste at id Pe ner ee tty eet es auc TICE rae Bec ccTLD PO et ec Peers formam o arco-Iris. 74 Ge Fisica 2018 i fl Crees enous ee Ts i 1 Bsr Le dc id ‘As sete cores da luz visvel sfottransmitidas por ‘ondas eletromagnéticas de diferentes comprimentos. OTE ed hte By Cee ect Pee ce Deter eden ETE cake uy Det cry da luz branca com CT ue cd Dd Pour) fica alaranjado, ae ar Peeters Oa Per oud Peace Se ren ae Certs Oey PEE BCE aac POC i CM OE UCSC se Se TUE Leo ‘oracom outro. Repareque a dferenca de posico ee ee ear Com o foguete perto = PARECE MAIOR ‘Auma distancia ¢, otamanho ja DO QUE E do faguete ao funda & Coloque alguém no percebida segundo o primeiro plano Angulodevisdo a. deixe um grande monumento ao Com o foguete longe fundo. 0 angulode Quanto maior é a distancia visio se encarrega do objeto ao funda, menor de criar a ilusdo. é lo (MARIOKANNOVMALUTISP Ge Fisica 2018 75 B OPTICA GEOMETRICA ESPELHOS PLANOS ‘Acar acobreada do Sol ao entardecer &crlada pela dlspersio dos ralos luminoses pela atmosfera A geometria da luz Ha muito tempo os fisicos discutem a natureza da luz, Hoje sabemos que aluztem um compertamento estranhfssimo: ora se propaga como onda, ora.como um pacote de energia, A velocidade:da luz nevaicue, de 300 000 km/s, 6a maxima possivel no Universo 76 cerisica 208 Spticaé oramo da fisica que estudaaluze By iii Na éptica geomé- ‘rica, os fisicos estudam o comportamento dosraios luminosos, sem se preocupar coma natu- > vezadaluz. Ea ferramentautilizada para analisar esse comportamento € a geometria. Os raios so representados por linhas orientadas (setas), que indicam a diregio eo sentido da propagagio da luz. Conceitos bdsicos Sao corpos luminosos aqueles que produzem ¢ emitem raios de luz, como o Sol, as estrelas ¢ as limpadas. Esses corpos so fontes primarias de luz. Jd os corpos que apenas reenviam a luz recebida de outras fontes sfio chamados corpos iluminados. E o caso dos planetas, da Lua ou de uma folha de papel. Os corpos iluminados sio fontes secunddrias de luz. Ce Um ralo de luz viaja sempre em linha reta. Mas um felxe pode ter diferentes comportamentos | | Feine divergonte Foime convergent Osralos se espalham em Todos os raios de luz diversas directesa partir sedirigem para de um ponte em comum um mesmaponto Feixe paralelo 0s ralos no se cruzam em momenta algum Tanto corpos luminosos como corpos ilumina- dos emitem e reemitem a luz por um conjunto de raios chamado feixe luminose. Podemos classificar os feixes luminosos em convergentes, divergentes e paralelos (veja.na pag: ao lado). Principios fundamentais Toda a éptica geométrica se baseia em trés principios fundamentais:o principio da propa- gacdo retilinea, o da reversibilidade dos raiose o daindependéncia dos raios. © Propagagio retilinea: Em um meio ho- mogéneo e transparente, a luz se propaga em linha reta. © Principio da reversibilidade dos raios: A trajetéria descrita por um raio de luz independe do sentidodo percurso, Quandoo sentido de propagacao de um raio ¢ inverti- do,atrajetéria descritaporeleniose altera. © Principio da independéncia dos raios: Quando dois raios de luz se cruzam, cada ummantém suatrajetéria original,como seo outro no existisse. Os raiosluminosos se pro- pagam independentemente uns dos outros. Reflexdo da luz Eo fenémeno que ocorre quando um raio de luz incide sobre uma superficie que separa dois meios diferentes e retorna parao meio em que se encontrava inicialmente. Dependendo do tipo de superficie atingida pelos raios de luz, pode ocorrer a reflexdio difusa ou a reflexdio regular (ou especular). REFLEXAO DIFUSA Qcorre quando um felxe paralelo de luz atinge ‘uma superficie que espafha os raios em varias direcBes. Os raios do eine refletido n3o sdo mais paralelos. REFLEXAO REGULAR Acontece quando um feixeparalela de luz atinge uma superficie plana e pollds, que reenvia osralos mantando ‘oparaelismo.£ a reflaxdo dos espethos 1 saraaLeeanOREToCK fy sIMOMPoCENGEK} TOOK === CLARO E ESCURO As sombeas se crlam porque.a luz vlaja emlinha reta as SAIBA MAIS ALBERT EINSTEIN (1879-1955) 0 grande fisico alemao comprovou quea luz ¢ constituida de pequenos pacotes de energia, os fétons. Quando um féton bate numa superficie metélica, sua energia ¢ absorvida por um elétron do matal, que escapa da superficie. Varios elétrons escapando criam uma corrente elétrica. £ 0 efeito fotoelétrico, que transforma a luz do Sol em eletri- cidade, nos painéis solares. Ge Fisica 2018 77 B OPTICA GEOMETRICA ESPELHOS PLANOS Areta normal é uma eta imagindria Perpendicular superficie refletora. Essa reta faz angulos de mesma medida com o feixe de luz emitido eo refletide, 78 cerisica 2018 Areflexdo regular € regida por duas leis: © O raio incidente, a reta normal (N) a su- perficie refletora e o raio refletido est’io num mesmo plano (sfo coplanares); © O Angulo de incidéncia (i) éigual ao angulo de reflexio (f). Note que o angulo de incidén (iP) eo Angulo de reflexdo (F) sio medidos sem- pre em relacdo a reta normal N. Areta normal é perpendicular A superficie refletora Paio incidente ? N Raia refletido r Paia incidentee rao refietido esto no Suparficie refletora mesmo plano 0 Sneulo de incidéncia Pé igual ao ngulo de reflexdo? Espetho plano Um espelho plano ¢ uma superficie polidae plana que produz reflexio regular. Coobjetoemite vz ‘em todas as direcdes 2. Cadaraiode (uz que partedo cbjetoatinge a superficie do aspelho num Angulo de incidéncia se reflete rum &ngulo de reflexo (7) (. Paracada ralo, 5 angulos de incidéncia(}e de refiaxdo (7) sloiguise esto no mesmo plano daretanormal Espelho plano Se tragarmos o prolongamento dos raios re- fletidos, veremos que cles se encontram em um ponto P’, localizado “atras” do espelho. ‘Observador 1. Para oobservador, ‘todas 0s ralos <—t refltides parecem ser provenientes do ponto P* Objet P (imager virtual) ‘ica na interseegio doprolongamento dos ros eflatidos Espelho plano 3. Adistincia entre a imagem virtual Preoaspalho igual a distancia entre objeto P20 espelho Veja como a distancia entre o objeto real P eo espelho é sempre igual a distancia entre P* eoespelho: L, Os raios que parte doobjeto Ofossegmentos srientados QA 09 sofrem reflexdona espelhoe Beram os raios reflatides 40 2 BC 4, Espelho plano 4d 2. Os prolongamentos ‘des dots alos: reflatidos 40 e 80 se encontrar ne ponto W,almagem virtual 3. Ostridngulos (408 eABY) sia iguais. Entdo, as distancias de d, ,que constituam um dasous lados, também s4o iguals Quando o objeto refletido ¢ extenso, formado por um conjunto de pontos, determinamos sua imagem pela localizagiio daimagem de cada um dos pontos. Veja: 1. Primeiro, determinames a imagem dos pantos ‘axtremos do objeto (ospontos A’ correspondente 24,28 corremondente a8) Espelho plano Pb 2. Depois, ligamos Are 8” 3. Um ponto qualquerdo Pronto, al sta ‘bjetoe sua imagem imagem doabjeto pertencem a.uma mesma, canjugada pela espelho reta normale est30 4 mesma distancia. Por iso, a imagem de qualquer objeto num espelho plana é simétrica ‘em relacio anespelho Num espelho plano, a imagem tem o mesmo tamanho e é simétrica em relacio ao espelho. Mas nao se pode dizer que a imagem seja inver- tida, O termo correto para aalteragio registrada na imagem, num espelho plano (em que o lado ito parece 0 esquerdo e as letras aparecem revertidas) é enantiomorfia. O termo, que é grego, significa “forma contréria”. as NA PRATICA CAMPO VISUAL Um observador esta préximo a um espelha plano e a trés objetos posicionados nos pontos P,, P,eP,, conforme o esquama abalxo. Nessa posig&o 0 observador conseguever a imagem dos trés objetos no espelho? Espetho plano Para que o observador possa ver a imagem de um objeto, os raios de luz que partem desse objeto dever atingir os olhos dele - ou seja, deve estar dentro do campo visual do espelho, Para definirisso, tragamos 0 percurse dos dols ralos de luz extremos que podem bater no espelho e se reflatir para o observador: Osdois ralos-extremes que batem noespelho — Qualquer abjeto que esteja eserefletem paraoobservador definema dentro do campo visual é rea correspondente ao campo visual visto pela observador Os objetos fora do campo visual (P,eP) nao sto Espelho plano visivels pelo espelho —— CLASSIFICAGAO DAS IMAGENS Aimagem conjugada por um espelho pode ser classificada em varlas categorias. Quanto 4 natureza: © imagem real, aquela formada pelo encontro real dos raios refletidos; © imagem virtual, gerada polo encontro do prolongamento dos raios refletidos; © imagem imprépria, quando os raios refletidos ndo se cruzam (nao ha imagem). Quanto a orientagao, uma imagem pode ser classificadaem: © direita (ou direta}, quando apresenta a mesma orientacao que o objeto; © Invertida, quando tem orfentagao opasta a do objeto. Quanto ao tamanho: © ampliada, quando é maior que o objeto; © reduzida, quando é menor que o objeto; © de mesmo tamanho que o objeto. Anote: Em espelhos planos, as Imagens so virtuals, direitas (ou diretas) edo tamanho do objeto. cerisica mas 79, OPTICA GEOMETRICA ESPELHOS ESFERICOS Ss u P PARA VER LONGE Espelhos convexos, como as usados na entrada e salda de garagens, distorcem, mas ampliam multe o campo de visie do motorista Reflexo que deforma perficie deve ser lisae polida. Mas nfo Umespelho esférico é uma ealota formada precisa ser, obrigatoriamente, plana. por um plano que corta uma superficie esférica. Existem espelhos de diversos formatos: em forma de elipse, de parabola ou de esfera. Sio espelhos curvos, muito utilizados no dia a dia. Esto em estojos de maquiagem, nos refletores atras das lampadas de lanternas e fardis de automével e nos retrovisores externos dos veiculos. A imagem conjugada por um espelho curvo depende do tipo de curva e do grau de curvatura que ele tem. P ra funcionar como espelho, uma su- _ Espelhos esféricos 80 cerisica 2038 Os espelhos esféricos podem ser céncavos ‘ou convexos. va Nos aspathasastériens cBncavas, — asuperficierefletora é a face —___Intemada calota f Nos espelhos estérieos convexos, ‘superficie reflatora éa face i ——__eatermada cota Todos os espelhos esféricos, sejam eles cén- cavos, sejam eles convexos, tém as mesmas caracteristicas. Observe na figura: Enea principal =, ©C é0 centro de curvatura do espelho: 0 ponto central da superficie esférica que constitul o espelho; © Réoraio de curvatura do espelho: o raio da superficie esférica; © Véovértice doespelho: ponto mais externo da calota esférica; ©0 cixo principal do espelho é a reta que tune o centro de curvatura C ao vértice V; © 0 Angulo 9 é o maior angulo de abertura da calota, medido entre as extremidadesa partir do ponto C. Reflexdo em espetho esférico Os espelhos esféricos obedecem As mesmas leis de reflexdo da luz dos espelhos planos, mas a imagem que eles fornecem tem algumas par- ticularidades, Uma delas ¢ a questio danitidez: para que as imagens conjugadas por um espelho esférico sejam nitidas, devem ser seguidas as condigdes de nitidez de Gauss. A primeira dessas condigSes diz que os raios luminosos que incidem sobre o espelho devem estar préximos ao eixo principal e pouce in- clinados em relagio a ele, A segunda condicao estabelece que o Angulo de abertura (8) deve ser menor que 10°. Por simplicidade, vamos considerar apenas espelhos esféricos que res- peitam essas condicées de Gauss. Eo que se chama espelho esférico gaussiano. weacaos sro Num espelho céneavo, todos os raios refletidos de um feixe luminoso que incide paralelamente ao eixo principal convergem para um mesmo ponto - o chamado foco do espelho céneavo. Espelho cfincavo O foco F do um espetho céncavo chama-se feco real, porque tados os ‘raios de luz realmente se encontram aff Ji num espelho esférico convexo, todos os raios refletidos de um feixe luminoso que incide paralelamente ao eixo principal divergem de um mesmo ponto, agora chamado de foco do espelho convexo: sspelho convex O foco F do um aspatho convex & chamado toca virtual, porque e532 ‘Ponto sd ¢ definide pelo prolongamento dostaios refletides Em qualquer espelho esférico gaussiano, 0 foco esta localizadono ponto médio do segmento que une o vértice e 0 centro de curvatura do espelho. Veja: CF = FY Essa distincia é chamada distlineia focal f) Adistancla focal () mede metadedo ralodacurvatura do aspelha,ou sea: = ceriscazne 81 82 cerisica 201 OPTICA GEOMETRICA ESPELHOS ESFERICOS CONSTRUCAO GEOMETRICA DE IMAGENS Aimagem de um ponta qualquer conjugada por um espelho esférico gaussiano é determinada pela intersecc0 dos raios refletidos ou do prolongamento desses ralos. Neste quadro analisamos o comportamento dos raios reflatidos, que tam um caminho bem determinada, os chamados rales notavels. Esses raios passam por pontos bem definidos ese refletam de um modo particular. 1. Todo rale de luzquepassa pelocentro de aurvatura Cdo espelho sereflete sobre si mesmo. Espelho e®ncavo (Quando um raiaincidente vai em direg3o a, trajeto do ria refetido percorre o mesma trajeta devolta 3. Todo rato Incidente paralelo ao elxo principal 6 refletido nurna diregao que passa pelo foco do espelho esférico. Espelho-cncavo eto principal Espelho convexo. 2, Todo raio de luz que indde no vértice deum espelho esférico é refletido simetricamente a0 exo principal. Espelho cncavo elxo principal Espelho convexo exo principal Para um raia que incide em V,o ria de reflextoi ‘Sigualav Angulo de incidéncia | em relagSa ao eixo principal 4. Todo ralo Incidente que passa pelo foco do espolho asférico é refletido paralelaments.ao eixo principal. Espethocincavo exo principal Espelhoconvexo faco virtual exo principal ‘Qualquer alo incidonte paralalo 20 exo principal terd seuraffexo na direxSo do faco do espalta < foco virtual ebeo principal (Quafquerraio quesiga na diregS0 do {Foca do espelho serd refletido em paralelo 20 aixo principal Classiticardo das imagens em espelhos esféricos ‘Um espelho céncavo pode gerar qualquer tipo de imagem. E as caracteristicas da imagem dependem da posigao do objeto em relacio ao espelho. Veja os dois exemplos abaixo: Se uma vela for colocada entre o foco eo centro de curvatura de um espelho oéncavo, sua imagem serd real, invertida e ampliada: Mas, seo objeto estiver entreo foco e ovértice do espelho, a imagem conjugada sera virtual, direita e ampliada: Jum espelho esférico convexo sempre for- maré imagens virtuais (os raios incidentes nao se encontram efetivamente), direitas e redu- zidas. Veja: Num espelho esférico, toda imagem real é invertida, e toda imagem invertida é real. Em um esférico, também, toda imagem virtual é direita, e toda imagem direita é virtual. a NA PRATICA IMAGENS CONJUGADAS Que imagem temos de uma vela que est diante de um espelho céncavo na posicéo mostradana figura abatco? Podemos determinar as imagens conjugadas por um espelho esférica utilizando trés dos quatre raios notavels, LO ralo que sal da chama @ segue em paralelo 20 eixo principal se reflete passando pelo focoF. 2. Escolhemos agora o raio que parte da chama e passa pelo vértice doespalho. Sabemosque ralos que incl- dem no vartice slo reflatidos simetricamente aoehxo, ou soja, com o mesmo angulo de incidéncia (r=2. 0 ponto em que os dois raios refletidas acima se en- contram define a imagem da chama. 3. Falta achar a imagem da base da vela. Sabemosque a imagem de qualquer objeto situado sobre o eixo principal também se encontra nesse eixo, Entao, a base da vela esta no eixo principal. cerisicazas 83 B OPTICA GEOMETRICA ESPELHOS ESFERICOS Equacdo de Gauss Estabelece arelagio entre adistinciafocal (Je as distincias entre o vértice do espelhoeo-objeto (p) e entre o vértice ea imagem formada (p’): jJ_i,l dolyt fo pop" com fp ep’ medidos em metro, no SI. Ao trabalharmos com a equagao de Gauss, adotamos alguns sinais fixos paraf, pe p’: © Num espelho céncavo,f> 0. E, sempre que f> 0,0 espelho é céncavo; © Numespelho convexo, f<0.E, sempre que F< 0, oespelho é convexo; © Numa imagem real, p’ > 0. E, sempre que p> 0,a imagem é real; © Numa imagem virtual, p’ < 0. E, sempre que p’< 0, aimagem é virtual. Aumento de uma imagem O aumento linear transversal (A) de uma imagem é um namero puro (sem unidade de medida), obtide da razdo entre o tamanho do objeto (0) eo tamanho da imagem no espelho (i): Asia?! o P Conhecero aumento linearrende informagdes importantes sobre a imagem: © Se A > 0, a imagem é direita; © Se A <0, a imagem é invertida, © Seo médulo de A é maior que 1 (|A|> 1), aimagem é ampliada; © Se o modulo de A é menor que1(|Al n,). Se esse raio atingir a superficie de separago dos dois meios em determinado Angulo limite (L) em relacio 4 reta normal, o raio refratado serd rasante a superficie de separacdo. Veja: Raio incident ‘O raiorefratado no Angulo limite f2z um Sngulo de 90° com anormal Sabendo que o angulo de refragio mede 90°, calculamos 0 éngulo limite (L) para quaisquer materiais, aplicando a lei de Snell-Descartes: m.seni = ny.sen? ny sen L = na. sen 90° ny.senL = ny.1 sen L= 2 nm Ou seja, o Angulo limite depende da razéo entre os indices derefragao dos dois materiais. ese, Reflexao total Quando um raio luminoso se propaga de um meio mais refringente para um menos refrin- gente e incide sobre a superficie de separagio de dois meias num Angulo maior que o angulo limite L, acontece a reflexéo total da luz. O raio nao consegue escapar domeio mais refrin- gente, e.a superficie de separacio entre os dois meios funciona como um espelho, refletindo totalmente a luz. Fixe bem: a reflexao total da luz s6 ocorre quando o raio luminoso esta se propagando em um meio de indice de refragiio maior para outro, de indice de refragiio menor. E sé é possivel se o Angulo de incidéncia da luz na superficie de separagio dos dois meios for maior que o Angulo limite L. — NA PRATICA A FIBRA OPTICA A fibra éptica transmite dados de um ponto a outro, em velocidade altissima, E seu funclonamento & baseado na simples aplicagao do fenémeno de reflexdo total da luz. No interior da fibra, o ralo daluz sofre sucessivas refle- xbes totais. Para que isso ocorra, o indice de refragdo do meio ondea luz se propaga, chamado niicleo, émaior do queo indice de refracéodo material, acasca. ‘Ondeleoda fibra ‘pticatam indice de refragda maior quea casa queo envwive Grralo de luz bate na casca rum ngulo maior que oSngulolimited a, assim, sofre reflex total, \oltando para ondcleo ceriscaane 87 COMO CAI NA PROVA 1. (Fac. Albert Einstein 2017) Um pequeno bonecoestd diantede um espelho plano, conforme a figura aba xo. Em relagao a Imagem conjugada pelo espelho, podemos classificé-la como tendo as seguintes caracteristicas: areal, direita e do mesmo tamanho do objeto. b) virtual, invertida lateralmente e malor que-o objeto. virtual, diretta e do mesmo tamanho do objeto. ) real, invertida lateralmente ¢ do mesmo tamanho do objeto. RESOLUCAO Lembrando da classificagdo das imagensreffetidas (conjugadas)por um espetho plana: + Quanto 4 natureza:imagens virtuais - gerada pelo encontrado prolongamento dos raios reffetidas; + Quanto arlentagdo: Imagens direltas- com a mesma orientacdo que o objeto; + Quanto ao tamanho: (gual ao do objeto. Nao seconfunda com a expressdo “imagem laterafmente invertida”. Uma imagem Invertida é aquela em que o que estd em cima aparece embaixo, ou o que esta 2 direita é refletida & esquerda. - por exemplo, uma pessoa de cabeca para baixa, Jéa imagem enantiomérfica é uma imagem simétrica - cada ponto é reffetido exatamente dlante do objeto, fazendo com que ele apareca com aforma contra = por exemplo, as letras revertidas. Resposta:C 2. (Unicamp 2017) Em uma animagiodo Tom e Jerry, ocamundongo Jerry se assusta ao ver sua Imagem em uma bola de Natal cuja superficie & refletora, tomo mostra a reproducio ababeo. feat tite deems RTE Paes Ecorreto afirmar queo efelto mostrado na llustracso nao ocorre na realidade, pols.abolade Natal formaria uma imagem a) virtual ampliada, b) virtual reduzida, real ampliada. d) real reduzida. RESOLUCAO A bola da drvore de Natal funciona como um espelho convexa. E esse tipo de espelho sempre forma imagens virtua, deltas e reduzidas,(Lembrese daqueles espelhos colocados diante de garagens) Repare que, na lustraco,o rosto de Jerry aparece ampllado. Resposta: B 88 cerisica 2018 3 « (Unesp 2026) Quando entrou em uma dtica para comprar novos éculos, Um rapaz deparou-se com trés espelhos sobre o baicaa: um plano, um esférico. cncavo e um esférico convero, todos capazes de formar Imagens nitidas de objetos reats colocados & sua frente. Notou ainda que, ao'se posidonar sempre 4. mesma distncla desses espelhos, via trés diferentes imagens de seu rosto, representadas na figura a segulr. IMAGEN A. IMacen B Imagen C Em seguida, associou cada Imagem vista por ele aum tipode espetho eclassifi- ‘couas quanto as suas naturezas. Uma associatdo-correta felta pelo rapaz esta Indicada na altemativa: a}o espelho Aé 0 chncavo e a Imagem conjugada por ele éreal b)oespelho B60 planoe a imagem conjugada por ele é real, Qoespelho C40 cOncavo ea imagem conjugada por ele é virtual. d)oespelho Aéo planoe a imagem conjugada por ele é virtual e}o espelhoC é a convexn.e a Imagem con|ugada por ele é virtual. RESOLUCAO (Q enunciadojd afirma que cada espelhotem um formato oiferente, Vocé identifica cada um dos espethos lembrando que os pianos conjugam imagens de mesmo tamanho que o objeto - neste caso,a espelho B. Espelhas canvexossé canjugam imagens reduzidas - espetho A. Por elimina¢o, 0 espelo cOncavo é 0 C Com isso, eliminamos as altemativas a, de Para se decidir entre as alternativas b ec, bastase Jembrar da natureza das imagens conjugadas por espelhos pianos (sempre virtuais). Os cdncavas podem refletir qualquer tipo de imagem. Resposta:C G. (Fuvest 2017) Emumaaulade laboratirio detisica utiizando-se oarranjo experimental esquematizado na figura, fol medido o Indice de refracéo de um materfalsintético chamado pollestireno. Nessa experiencia, radiacao eletromag- nética, proveniente de um gerador de microondas, propagase no ar e incide perpendicularmente em um des ados de um bloca de pollestireno, cuja seco retaéum trlangulo retangulo, quetem um dos angulos medindo2so, conforme figura. Umdete tor de micro-ondas Indica que a radiaco eletromagnética sal do bloco propagande-senoar em uma direcZoqueformaum angulodexsocom adeincidéncia. gerador de Micro-ondas| onda incidente Notee adote Indie derefragiodo ar:1,0| sen 15° = 0,3 sen as" = 4] sen go? ~ 0,6 partir desse resultado, conclu se que ondice derefragio do pollestirenoem relacSo ao arparaessa microonda é, aproximadamente, a)3 b)a5 ay d)2,0 az RESUMO RESOLUGAO : ; reste atencda:o felxeIncide perpendicularmente afaceABe ndosofredesvio =: Optica geométrica ali, mas na face AC Vamos encontrar 0 angulo de refracdo r entdo. Acompanhe 0 raciocinio na imagem abaixo. REFLEXAO EM ESPELHO PLANO Na reflexdo regular, 0 raio incldente, a reta normal (N) a superficie refletorae o ralo refle- tido so coplanares. £0 angulo de incidéncia é igual 20 Angulo. dereflaxao. Num espelho plano, a distancia entreo objeto real | Pe oespelho é sempre igual a distancia entre o espelhoe a imagem do objeto P°.A imagem é simétrica. (27 reta normal REFLEKAO EM ESPELHOS ESFERICOS Espelhos esféricos gaussianos sfoaqueles que atendem as condigdes de Gaus: 08 ralos uminosos que incidam sobre aspelho devem estar préximos ao eixo principal e pouco inclinados em relagao a la; 0 angule de abertura (9) dave ser menor que 10". + Woce sabe que a soma dos angulos de um tnigngulo sempre soma 180°, Veja que 0 bioco de potiestireno forma um triangulo retanguto - portanto, um dos RAIOS NOTAVEIS Sio raios que passam por pontos importan- ngulos mede 0° Conhecemos outro angula, de 25°. Portanto, encontramos 0 tes de um espelha esférico gaussiane e tém compartamento terceira angulo (x, no ponto C caracteristice: x=180-90-25=65°, + Todo raio que passa pelo centro de curvaturaserefletesobre : simesmo; + Weja que o trajeto da Incid@neia do felve na face AB forma um novo triangulo + Todo ralo que incide no vértice é refletido simetricamente retangulo, Por semefhanga de tridngulos, sabemos, entdo, que o Angulo y é ageixo principal; ‘igual ao angulo x: 65°. + Todo raio paralelo ao eixo principal é refletido numa direcao que passa pelo foco; + Trabalhando agora sobre a face AC: por definigdo, em dptica, os angufos sao «Todo raio que passa pelo foro é refletide paralelamente a0 ‘sempre definidos em relagdo a reta normal Portanta, para obter odngulo de =! elxo principal. Jncia@ncia na face AC tracamos a reta normal perpendicular) no ponto onde: ofeixe incide nessa face. EQUACAO DE GAUSS tat +Sez= go? ey = 658.0 anguloi = 25", «Se f> 0, oespelho 4 céncavo; + Sef<0, o espelho éconvexo; +0 detector estd numa posicdo de 15° em relagdo ao Angulo de incidéncia do #2: « Se_p'>0, almagam éreal; ‘aio em AB, Somando esse valor aos 25° do Angulo , chegamos ao Angulo de. + Sap'<0, aimagem évirtual. refragdor = 40". . AUMENTODAIMAGEM A ! £ Veja como fica a figura, com todos os &ngu fos calculados. +SeA>0,a imagem é direita; . ! «Se A<0,a imagem éinvertida; je?) feta normal ! Se |A|>1,almagem éampliada; + Sa |A| <1,a imagem é reduzida; + Sa || =11, 0 tamanho da imagem néo se altora. REFRAGAO 0 raio incidente, 0 raio refratado e a reta normal } superficie de separacio entre dois melos sio coplanares. A razo entre os senos dos angulas de incidéncia e de refragio ! depende sé da razio entre as indices de refracae (n) dos ma- B cS 2 terials. A lel de Snell-Descartes estabelace a relagéo entre Com os Angulbs de incidénca Te de efraglo(i)-semprenaface AC-,encantramas os indicas de rafracio dos melos eos Angulos de incidénciae a fndice de refrac do pollestireno pels ll de Snel de refragdo: n,.seni=n,.sen?. Angule limite (L) &aquole acima doqual os ralos que passam deur meio mais refringente 2. Sent =1y. Se para um menos refringente se reflete num angulo de 90° com ‘gg SEN 25" = Ney. SEN 40? { anormal, criando a reflexdo total: sen L = n/n. cerisicazns 89

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