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Creswell, John W. Tnvestigacao qualitativa e projeto de pesquisa : escolhendo entre cinco abordagens / John W. Creswell ; tradugio: Sandra Mallmann da Rosa ; revisio técnica: Dirceu da Silva. ~ 3. ed. - Porto Alegre Penso, 2014. 341 p. 5 25 em. ISBN 978-85-65848-88-6 1. Métodos de pesquisa. 2. Tnvestigacao qualitativa. 3. Projeto de pesquisa. 1. Titulo. ‘cDU 001.891 Catalogacio na publicacio: Ana Paula M. Magnus ~ CRB10/2052 ops ‘syeur op wHTy “soxrrenjenb sopnass wa soupyjdxe sopewioy no sopesn aiuouiarianb ‘ay OB $99 OWIOD @ SODYOSO|Y SoIsodnssaxd ‘ap sodn so sopiajoauasop ogg “esnbsad ap ‘ossao0id op pulonbsa apues8 ou wrespenb ua 96 Byoa 9 BYOSOIY spuo a eanenjenb snbsad g sunuo> segosory seta se eUTE ‘ap ojmjdeo ais “opSeBnseauy ens e 1eBuuqe eed eminns9 en aes B enUUOD onpIs pul 0 owoa 2 esinbsad wp ore o exed epz cen 9 anb vyosoly e anu ovdejar exranisa uum a1spxg ‘seSuo19 sesso ureyope anb sean ‘miaidiout 9 seouga semnsis9 SEPA $e 2 soute Jod soajexenb saopesinbsad 2p $21 ‘you sv werednao anb sooygsojy sorsodns said souiga voeysap ojnajdeo 21s “sopmasa 2 sougiepay sossou wo svfa argos SwaUTEATE soUanarsa WpquIE stu ‘esinbsod wssou uureaoguy anb Setioa1 2 seSuai se soup tIgNbOY} WOD “SOA ‘un Sopniso Soss0u Sov 2]UDUTBANE SOUSERE ‘ocioaut se as SOWLIpI2ap Se8In] opunsas me ‘a seburai> 9 sagdysodns svssop UDUPDSaE euler We aIvEUTEDTUT BpIso1 opeplns Yy ‘Soojuppese sonuosus wa 2 seIsue: SSeSsOu wo SOUIE}DOSSE SOU anb SEDTSPENE sapeprumuos sep ofu 10d 9 s910PeISae ossou sojad pep O1aUIEY[aSuODe O SEE np ‘SOaAy| 2 SooIpoHEd ua SoBe op ERE [PI BP ow Jod “[euopeonpe c1uaWIEE lossou aiueinp seprinsuy OFS SOU Seu Se “sq ‘Sopep ap I9[oo P 1928} SOw2I! 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Quais so 0s quatro pressupostos filosé: ficos que existem quando voeé escolhe a pesquisa qualitativa? ‘Como esses pressupostos filoséficos so usados e registrados em um estudo qua litativo? / Que tipos de estruturas interpretativas sio usados na pesquisa qualitativa? ¥ Como as estruturas interpretativas so registradas em um estudo qualitativo? ¥ Como os pressupostos filoséficos e as estruturas interpretativas esto ligados a um estudo qualitativo? PRESSUPOSTOS FILOSOFICOS Uma compreensio dos pressupostos filosé ficos que estio por tris da pesquisa quali- tativa comeca pela avaliacdo de onde ele se enquadra no processo geral da pesquisa, no tando a sua importineia como um elemento € considerando como registré-lo ativamente em um estudo, Uma estrutura para compreender os pressupostos Filosofia significa o uso de ideias e crengas abstratas que informam nossa pesquisa, Sa- Demos que os pressupastos filoséficos costu ‘mam ser as primeiras ideias no desenvolvi mento de um estudo, mas como eles esto relacionados ao processo global de pesquisa ainda permanece um mistério. E aqui que a visio geral do processo de pesquisa com pilado por Denzin e Lincoln (2011, p. 12), conforme mostra a Tabela 2.1, ajuda-nos a colocar filosofia e teoria em perspectiva no processo de pesquisa (O processo de pesquisa se inicia na Fase 1, com os pesquisadores considerando 0 que trazer para a investigagao, como sua histéria pessoal, viséies de si mesmos ¢ dos outros e questdes éticas e politicas. Os inve em geral desconsideram essa to, € atil destacé-la e posicion: nos niveis do processo de pesquisa. Na Fase 2, 0 pesquisador traz para a investigacio de terminadas teorias, paradigmas e perspect vas, um “conjunto basico de crencas que guia a agao” (Guba, 1990, p. 17). E aqui na Fa se 2 que encontramos as estruturas filosdfi cae teérica abordadas neste capitulo. Os ca pitulos seguintes deste livro s40 dedicados, entio, as estratégias de pesquisa da Fase 3, chamadas “abordagens”, que serao enumera das & medida que se relacionarem ao proces s0 de pesquisa. Por fim, investigador aplica ‘os métodos da Fase 4 de coleta e anilise de ados, seguido pela Fase 5, de interpretacao avaliagio dos dados. Tomando a Tabela 2.1 na integra, vemos que a pesquisa envolve di ferentes niveis de abstracio a partir da ava liagao ampla das caracteristicas individuais trazidas pelo pesquisador por meio da filo sofia e teoria do investigador que assenta as bases para abordagens e métodos mais espe cificos de coleta, andlise e interpretacio dos dados. Também implicita na Tabela 2.1 esté a importincia de uma compreensao da filoso- fia e orientagdes tedricas que informam um estudo qualitative, Por que a filosofia é importante Podemos comegar pensando em por que importante a compreensio dos pressupos {0s filoséficos subjacentes & pesquisa qual ativa e a capacidade de articuld-las em um estudo de pesquisa ou quando o estudo é apresentado para um determinado piblico. Huff (2009) € wil ao articular a importéncia da filosofia na pesquisa Ela molda como formulamos 0 nosso pro- blema e as perguntas da pesquisa e como syenxas sapepriiapt 2 srenxas saqseyuatio ‘Soraug® so sppmso wasng s2anb uO Y HLA 3 ‘opernsar wn wvoq[aXo sfoapen tesne od op euniad win “seunsiad s juuiaiop anb oystaaid 9 anb ura ‘ourap 9 ropuiodsai ezed sogdeuzojuy se soureasng seoSeaang 305 ‘opened woo open 2} "1 Jz “eauN = usu =H ‘opSepene 2p so05 ek ‘oeberaidienu ow0> EIL53 oeSeraudioul ep seoniiod 9 sonia corSenbope ep eweur)n| ered soup ‘opSoyeuo 2 opSoraudisnul op oonyod v a a2npx! 0 U0 y 5 a0 ‘pense eyeitOuns ‘3e20) son remxan asyeuy opeandiwos sod epee 951 eay Sopep sop oWauiies 9p sopoazia eyesBoursoiny sensi sopOrei sonnas 9 soquounoop ‘sony e5ens9590 snag 25ypu0 2 093109 2 SOPOLRW > 3508 up esnbeag | pees ore esrb coueNRY opor= ‘uynusessen "epi op eucasi ‘ppeWaUEpUY eS eBojopersuioune“eBojovawouss: ‘oquedwasep op wyeiZouna “auedonued opSensgo "eye.BOu: ‘oFe2 9p opm onaloag smbsod op soBsionsy ¢ 2508 ‘oUseIUOIoSog ‘yaenb eo ‘seaman sopmasd ap Soap seaspcreus Sojppoul 9 ALD Bus sopenjenes sossnoag (Gousuwag ‘opnguouvoy ‘oussnnnsue> ‘ousiwrerasdeag ‘uisanisod-spd ‘ous so2upe1 soanzedsied » sOWAlpoiey 7 98 ‘esinbsod op eonyod 8 e>ae rouine sop 9 9p seoSdaauy tsinbsed ep of5pen 9 euIse psmynanyu exafns un owes soposinbsad Q "| 2585 ‘exinbsod op 03590014 | LE ysinosaa aa o1s!owd 3 vaLIvITT¥NO OvS¥DLLSIANI 32 jonNwecreswent € diferente de uma exploracéo de um tinico fendmeno, como é encontrado em pesquisa qualitativa, Essas suposicées esto profundamente enraizadas no nosso treinamento e sic reforcadas pela comunidade académica em ‘que trabalhamos. Evidentemente, algumas ‘comunidades sio mais ecléticas e tomam emprestado de outras disciplinas (p. ex. ‘educaco), a0 passo que outras séo mais estritamente focadas em componentes de pesquisa como problemas especificos de pesquisa a serem estudados, em como esenvolver o estudo desses problemas e ‘em como acrescentar conhecimentos por meio do estudo, Isso levanta a questao relativa a se os pressupostos basicos podem mudar e/ou se os pressupostos filos6ficos miltiplos podem ser usados em um de- terminado estudo. A minha postura é de {que os pressupostos podem mudar com © passar do tempo e ao longo de uma carteira, ¢ isso frequentemente acontece especialmente depois que um académico ddeixa o reduto da sua disciplina e comega a trabalhar de uma forma mais trans ou mul: tidisciplinar. Se os pressupostos miitiplos podem ser assumidos em um determinado estudo ainda esté aberto ao debate e, mais uma ver, isso pode estar relacionado a cexperiéncias de pesquisa do investigador, ‘sua abertura para a exploracio do uso de diferentes pressupostos ¢ & aceitabilidade das ideias na comunidade cientifica mais ampla da qual ele faz parte. E inquestiondvel que os revisores produ. zem os pressupostos filosdficos a respeito de um estudo quando o avaliam, Saber ‘como 05 revisores se posicionam quanto a questées de epistemologia é itil para os pesquisadores autores. Quando os press ostos entre autor e revisor (ou0 editor do periédico) divergem, o trabalho do autor pode ndo receber uma escuta justa e po- dem ser tiradas conclusbes que nao trazem ‘uma contribuigéo para a literatura. Essa fescuta injusta pode ocorrer em um con- texto de um estudante de pés-graduacio se apresentando a uma banca, um autor submetendo a uma publicago académica ‘ou um investigador apresentando uma proposta a uma agéncia de financiamento, No lado oposto, a compreenséo das dife- rencas usadas por um eritico pode possi bilitar que um pesquisador autor resolva (0s pontos de diferenga antes que eles se tomnem um ponto focal para critica Quatro pressupostos floséficos Quais so os pressupostos filoséficos em que se baseiam os pesquisadores quando reali zam uum estudo qualitative? Esses pressupos tos foram articulados durante os tiltimos 20 anos nos virios Handbooks of Qualitative Re search (Denzin e Lineoin, 1994, 2000, 2005, 2011), & medida que as questées “axiométi cas” avancavam por meio de Guba e Lincoln (1988) como a filosofia orientadora por trés ia pesquisa qualitativa, Essas crencas foram chamadas de paradigms (Lincoln, Lynham Guba, 2011; Mertens, 2010); pressupos: tos filoséficos, epistemologias e ontologias (Crotty, 1998); metodologias de pesquisa soncebidas amplamente (Neuman, 2000) alirmagSes de conhecimento alternative (Creswell, 2009). So erencas a respeito de ontologia (a natureza da realidade), episte mologia (0 que conta como conhecimento fe como as afirmagées do conhecimento sio justificadas), axiologia (0 papel dos valores ‘em pesquisa) e metodologia (0 processo de pesquisa). Nesta discussao, abordarei primei- ro cada um desses pressupostos filos6ficos, detalharei como eles podem ser usados e es critos na pesquisa qualitativa e depois os vin cularei a diferentes estruturas interpretativ {que operam em um nivel mais especifico do processo de pesquisa (veja a Tabela 2.2). A questo ontolégica relaci natureza da realidade e suas caracteristicas Quando os pesquisadores conduzem uma Pesquisa qualitativa, eles esto adotando a ideia de miltiplas realidades. Diferentes pes quisadores adotam diferentes realidades, as sim como os individuos que esto sendo estu dados e os leitores de um estudo qualitativo Quando estudam individuos, os pesquisado res qualitativos conduzem esse estudo com a intengéo de reportar as miltiplas realida des, As evidéncias de miiliplas realidades 109 a1sg ‘opm —_-fued so apuo ‘,cduvo, ox sopmso srzmpas 95 80 ‘OBI ‘yuRUOdu 9-0 anb ox8pjorxn oxsodn: 59 um tis sopisoquon wefas sazoqeA b woxyuriod soanentenb sazopesinbsad ‘uipiod ‘opnisa wn wed sjwossad sox0jea isuoo wazen salopesinbsod so sopoy sagsta seu 104, “se0ssad 5 yafqns sepuguodxa ap ojo 10d — op om -09 9 saqes © anb wisse J -sonpuups s2q too sepe[AWnoe OBS SEARaE 2 ‘opuas Wissy ‘sopep edionzred sop janjssod ou sopesinbsad optigs o¥so anb sajanbe a aya -qns sepugp np) banal -Uas opIse anb sar qo 08 no ,eDUPIsIp, B IeZTUTUTIY — -Ixoud sIeur oO sey wren Sox0pes uaa ropesinbsad © ‘oumsoy wy -(eg00z _ so anb voyruBis oantenjenb opnase nnosjom) Bsmbsed ep [eo] OU epeBuojosd — -ucd orsSpjousaysida cxsodnssaid o we epugueuad senbar eyeafous Poq eum (661 ‘Seryeisnow) aIuoUUDAU rureyoulid wo sogSeuoy! suo eens Sv HIE OPmD 9p ‘pied anb sonpyalpu $0 ouo9 1eNe “piBojouawouay ecun wreydusoD saro% Juraxo 104 “seanoadsiad p arued v ,ulages anb o wages, sop steu uw —opuenb “o} 109 ops sais9— wuRYEqeI 2 Waala soruedD ap seu9} sejdiu ap osn 2 coduie> ou seualnero sep sooisonb esvas ‘quauenunuos 2 opmse eus8iows opomenucr osayiep we oxplaud wn esn 2 ‘sealzeep ‘so05emy610U08——_cpEEUSD NDS Op esnbsed ‘sep senue (s0yre9p) fonuep onider © ep woSenuy © 2 end sopepurinied wo> ypnis9 “eaanput eo) gambsed ‘eyes sopesnbsad Q eesn Jopesindsad ap ossencido 9 end _oafBojopors Tauedomed sop sanuoaid soqSezesduonu $ Woo on ‘fs9 S95018 50 uo le oxSeiaidsotens® nba saicjenap. 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Como 0 pesquisador implanta esse pressuposto na prética? Em um estudo qualitativo, os inves: tigadores admitem a natureza carregada de valores das informagées colhidas no campo. Dizemos que eles tudo, Em uma biografia interpretativa, por exemplo, a presenca do pesquisador é apa- rente no texto ¢ 0 autor admite que as his torias contadas representam uma interpre taco e apresentagiio do autor tanto quanto do sujeito do estudo (Denzin, 1989a). Os procedimentos da pesquisa qualita tiva, ou a sua metodologia, sao caracteriza dos como indutivos, emergentes e moldados pela experiéncia do pesquisador na coleta e andlise dos dados, A légica que o pesquisa- dor qualitativo segue € indutiva, a partir da estaca zero, mais do que proferida inte mente a partir de uma teoria ou de perspec tivas do investigador. As veres as perguntas de pesquisa se modificam no meio do estu do para melhor refletirem os tipos de per guntas necessérias para entender o proble ma da pesquisa. Em resposta, a estra de coleta de dados planejada antes do estu do precisa ser modificada para acompanhar as novas perguntas. Durante uum caminho de dados, o pesquisador segue um cami andlise dos dados para desenvolver um co nhecimento cada vez mais detalhado do A escrita dos pressupostos filoséficos nos estudos qualitativos Mais uma consideracdo é importante com respeito aos pressupostos filoséticos. Em al: tudos qualitativos, elas permanecem ccultadas da visio; no entanto, elas podem ser deduuzidas pelo discernimento do leitor, que percebe as miltiplas perspectivas que aparecem nos temas, a apresentacio deta hada das citagdes subjetivas dos participan- 26, 08 vieses cuidadosamente apresentados do pesquisador ou o projeto emergente que se desenvolve em niveis em expansao cons ante de abstrago a partir da descricao dos gems para generalizacdes abrangentes. Em outros estudos, a filosofia se torna explicita por meio de uma segio especial no estudo ~ em geral, na descrigao das caracteristicas da investigacio qualitativa frequentemente en- contrada na seco de métocdlos. Aqui o inves: tigador fala explicitamente sobre ontologia, epistemologia e outros pressupostos e deta Tha como elas so exemplificadas no estur do. A forma dessa discusséo é tranimitir as suposigdes, fornecer definicées para el discutir como elas so ilustradas no est Referéncias & literatura sobre a filosofia da pesquisa qualitativa completam a discusséo. Segdes dessa natureza so frequentemente encontradas nas teses de doutorado, em ar- tigos académicos relatados em perié qualitativos importantes e em apresenta es de trabalhos em conferéncias, onde o pilblico pode fazer perguntas a respeito da filosofia subjacente do estudo. ESTRUTURAS INTERPRETATIVAS Na Tabela 2.1, os pressupostos filos6ficos es tio ineorporados as estruturas interpretat: vas que 08 pesquisadores qualitativos usam quando conduzem um estudo. Assim, Den zin e Lincoln (2011) consideram os pressu- postos filoséficos (ontologia, epistemologia, axiologia e metodologia) como premissas chave que esto inseridas nas estruturas interpretativas usadas em pesquisa qualit iva. Quais so essas estruturas interpretat vas? Por um lado, elas podem ser teorias da ciéncia social para estruturar suas lentes teé studos como 0 uso destas teorias pitulo 4). As teorias na etnografia (veja 0 da cigncia social podem ser teorias de lide ranga, atribuicéo, influéncia politica e con: trole e centenas de outras possibilidades ‘que sdo ensinadas nas disciplinas das cién cias sociais. Por outro lado, as teorias po dem ser teorias de justiga social ou teorias de defesa/participativas buscando provocai alteracdes ou abordar questées de justiga social em nossas sociedades. Como afirmam Denzin ¢ “Queremos uma ciéncia social comprometida com questdes de justica social, equidade, nao violencia, paz e direitos humanos universais” (p. 1 Na Tabela 2.1, vimos uma categoriza (gio das estruturas interpretativas consistin incoln (2001)

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