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Cronograma: Notação musical

1. Definição
2. Origem
3. Notação padrão
3.1Representação das durações
3.2Representação das alturas
3.3Expressão
3.3.1 Dinâmica musical
3.3.2 Cinética musical

Dia 08/06: Definição e origem

Dia 15/06: Notação padrão (Representação das durações)

Dia 29/06: Notação padrão (Representação das alturas)

Dia 06/07: Expressão (Dinâmica musical)

Dia 13/07: Expressão (Cinética musical)

Dia 20/07: Revisão para avaliação

Dia 27/07: Avaliação sobre Notação musical

OBS: Abaixo se encontra o material (apostila) a ser utilizado na primeira


aula.
Notação musical

Notação musical é o nome genérico de qualquer sistema de escrita utilizado para


representar graficamente uma peça musical, permitindo a um intérprete que a execute da
maneira desejada pelo compositor ou arranjador. O sistema de notação mais utilizado
atualmente é o sistema gráfico ocidental que utiliza símbolos grafados sobre uma pauta
de 5 linhas, também chamada de pentagrama. Diversos outros sistemas de notação
existem e muitos deles também são usados na música moderna.

O elemento básico de qualquer sistema de notação musical é a nota, que representa um


único som e suas características básicas: duração e altura. Os sistemas de notação
também permitem representar diversas outras características, tais como variações de
intensidade, expressão ou técnicas de execução instrumental.

OBS:

Altura do som é um termo utilizado para definir se um som é agudo ou grave. Sons
altos são agudos e sons baixos são graves.

Intensidade do som (ou volume do som) é um termo usado para definir se um som é
fraco ou forte. Quando mexemos no botão de volume de um aparelho de som, estamos
alterando a intensidade da música. É comum as pessoas dizerem que, aumentando o
volume, o som fica mais “alto”, mas essa definição está incorreta, pois o volume não
altera a frequência do som (não deixa mais agudo nem mais grave). Volume somente
altera a intensidade.

Origem

Os sistemas de notação musical existem há milhares de anos. Foram encontradas


evidências arqueológicas de escrita musical praticada no Egito e Mesopotâmia por volta
do terceiro milênio a.C.. Outros povos também desenvolveram sistemas de notação
musical em épocas mais recentes. Os gregos utilizavam um sistema que consistia de
símbolos e letras que representavam as notas, sobre o texto de uma canção. Um dos
exemplos mais antigos deste tipo é o Eptáfio de Sícilo, encontrado em uma tumba na
Turquia. Os Gregos tinham pelo menos quatro sistemas derivados das letras do alfabeto;

O Eptáfio de Sícilo é um exemplo da notação musical praticada durante a Grécia Antiga.


O conhecimento deste tipo de notação foi perdido juntamente com grande parte da
cultura grega após a invasão romana.

O sistema moderno teve suas origens nas neumas (do latim: sinal ou curvado),
símbolos que representavam as notas musicais em peças vocais do canto gregoriano,
por volta do século VIII. Inicialmente, as neumas, pontos e traços que representavam
intervalos e regras de expressão, eram posicionadas sobre as sílabas do texto e serviam
como um lembrete da forma de execução para os que já conheciam a música. No
entanto este sistema não permitia que pessoas que nunca a tivessem ouvido pudessem
cantá-la, pois não era possível representar com precisão as alturas e durações das notas.

OBS

O canto gregoriano é um gênero de música vocal monofônica, monódica (só uma


melodia), não acompanhada, ou acompanhada apenas pela repetição da voz principal
com o organum, com o ritmo livre e não medido, utilizada pelo ritual da liturgia católica
romana.
Para resolver este problema as notas passaram a ser representadas com distâncias
variáveis em relação a uma linha horizontal. Isto permitia representar as alturas. Este
sistema evoluiu até uma pauta de quatro linhas, com a utilização de claves que
permitiam alterar a extensão das alturas representadas. Inicialmente o sistema não
continha símbolos de durações das notas, pois elas eram facilmente inferidas pelo texto
a ser cantado. Por volta do século X, quatro figuras diferentes foram introduzidas para
representar durações relativas entre as notas.

OBS

O tetragrama surgiu da necessidade do homem de registrar as alturas das notas, que


compunham as suas melodias. Primeiramente utilizou-se uma linha traçada com grafite
ou tinta vermelha, posteriormente acrescentou-se mais uma linha. Foi Guido d’Arezzo
(992-1050) o responsável pelo estabelecimento de um sistema de notação musical com
quatro linhas, o tetragrama, de onde se originou a atual pauta musical de cinco linhas,
o pentagrama.
Grande parte do desenvolvimento da notação musical deriva do trabalho do monge
beneditino Guido d’Arezzo (aprox. 992 - aprox. 1050). Entre suas contribuições estão o
desenvolvimento da notação absoluta das alturas (onde cada nota ocupa uma posição na
pauta de acordo com a nota desejada). Além disso, foi o idealizador do solfejo, sistema
de ensino musical que permite ao estudante cantar os nomes das notas. Com essa
finalidade criou os nomes pelos quais as notas são conhecidas atualmente (Dó, Ré, Mi,
Fá, Sol, Lá e Si) em substituição ao sistema de letras de A a G que eram usadas
anteriormente. Os nomes foram retirados das sílabas iniciais de um Hino a São João
Batista, chamado Ut quean laxis. Como Guido d'Arezzo utilizou o italiano em seu
tratado, seus termos se popularizaram e é essa a principal razão para que a notação
moderna utilize termos em italiano.

Nesta época o sistema tonal já estava desenvolvido e o sistema de notação com pautas
de cinco linhas tornou-se o padrão para toda a música ocidental, mantendo-se assim até
os dias de hoje. O sistema padrão pode ser utilizado para representar música vocal ou
instrumental, desde que seja utilizada a escala cromática de 12 semitons ou qualquer de
seus subconjuntos, como as escalas diatônicas e pentatônicas. Com a utilização de
alguns acidentes adicionais, notas em afinações microtonais também podem ser
utilizadas.

OBS: As palavras sublinhadas acima terão suas definições em aulas futuras.

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