You are on page 1of 12
SOCIOS FUNDADORES: bsttite 4a Potates @ co Foetata (eUA) Institute Internacional da Potassa or) POWFOS) cece isan lieotor Tae eco CONTRADITORIA, CONFUSA E POLEMICA: E A SITUACAO DO USO DO GESSO NA AGRICULTURA L INTRODUGAO 0 uso agricola do gesso tomou-se polémico no Brasil, infelizmente. Isso ocorreu, provavelmente, devido as fequentes contradicées sobre suas propric dades, confundindo-as com as propriedades dos correti~ vvos da acidez dos solos. Isso vem provocando desorien- tagdo © até um injusto deserédito nas suas potencia- lidades, © gesso tem propriedades agrondmicas ¢ re- quisitos outros que The s30 prdprios, e mais do que suficientes para ser reconhecido como’ um produto que tem sua importineia para a agriculture brasileira. Apesor de ainda ser reduzido 0 mimero de trabalhos sobre 0 gesso nas condicées brasleiras, 50 possfveis algumas definicGes. Neste artigo tenta-se {dentifieare justficar as propriedades que o ess0 pos sui e as que nfo possul,visando principalmente os técni- 08 “da ponta da informacio”, isto é, o& envolvidor ‘com a assisténcia técnica, E necessério deixar claro que nio hi qualquer intensZo, nem remotamente, de criticar ou desmerecer os pioneiros e importantes trabalhos até entao publica- dos sobre 0 assunto, © objetivo é tentar onzanizar ¢ ‘esclarecer o assunto a nivel técnico, principalmente, U1, O GESSO AGRICOLA © gesso agricola, sulfato de efleio - CaSO, 2HO, & subproduto da fabricagto do fcido fosférico, que € necessirio & producto de superfosfato triplo fosfatos de amdnio (MAP € DAP). Devido a grande quantidade com que é obtido, isto é, para cada tomada de P.O, produzida na forma de feida fostérico, abtém-se 4,5 toneladas de sesso, sea acGmulo toma-se um transtoro para 2 indéstel ‘onerando obviamente o custo do dcido fosférice e cons Qientemente © custo dos fertilizantes com ele prodwzi- dos. Nio 6 descartado porque contém dois importantes nutrientes, o eflcio © o enxofre, este quase totalmente importade. E com 0 dominio dos fertilizantes de alta concentragio, desprovides de enxofre, os casos de defi- cigncia desse’nutriente estio se tornando cada ver. mais ‘reqiicntes. Em funcio dessa origem 9 gesso possui_um residuo de fésforo em tomo de 0,7% de P05, Esse baixo teor nao 0 credencia a ser considerado como fonte de IGsforo. A denominagao “fostogesso” com que tam- Dewan Sent Ta Supe de Asides “Tale de Oviaice Use To) J.C, ALCARDE!) byém é chamado, objetiva distingtiressa origem do gesso daquela de jazimentos naturais, mas pode induzir 2 eon~ siderd-lo incorretamente como fonte de f6sforo, raza Porque a tendéncia esti sendo denomins-lo de 26350 agricola, UL 0 GESSO £ FERTILIZANTE, © ges20 6 fertilizante porque fomoce os nue trieates cflcio (Ca™) ¢ enxofre (SO,*). Nao se enqua~ dea entre os fertlizantes soltiveis e nem entze os insold= veis: presenta pequena solubilidade em égua, mas 0 suficiente para manifestar a curto prazo scus efeitos no solo. Comporta-se_no solo de maneita semelhante ‘8 qualquer outro fertilizante constituldo de cation Anion como KCI, K;SO,, MgSO, Ca (NOs), ete, isto &, 0 cation (X°) vai participar do equilibno entre os citions adsorvidos © os da salueio do solo © 0 inion (Y-) permanece na solucio do solo sujeito a lixiviagdo ou percolaedo. O anion carbonato (CO;*) do caledrio Constitui uma excegao, pois & transtormado pela acidee do solo em gas carbonico e agua, conforme a reacao abaixo: coe + ar cor + uo © ction vai ser adsorvido pelos coldides do solo através da troca catidniea. O anion, s2 lixiviado, ‘carreen consigo cétions, necessirios para manter « ele- froneutralidade do meio, A figura 1 tents ilustrar esses ‘comportamentos. tito | iw es ne wea : sae seastoss oe ws Gary wt : oF ss ngewe Figur 1, Repesentsio do comportamento de um ferti> ante no Salo. aS POTAFOS — ASSOCIAGAO BRASILEIRA PARA PESQUISA DA POTASSA E DO FOSFATO Fu Areds Guedes, 1949 - Ed, Acx Genter» sales, 701/708 - Tel: (0194) 89-8254 + Galen Postal, 400 - Cop 19.400 = Prateaba = SP ‘A troca catidnica e o arraste de cétions pela ppereolagao do Gnion dependem da concentraco © da carga dos fons: quanto maior a concentragao © a carga, maior a intensidade desses fenmenos. Outro aspesto que precisa ser considerado & ‘que numa solugfo os fons nao estio todos livres mas devida a atracdo interidnica eles podem ser envolvidos por uma “atmosfera”” de fons de carga contréria, o que reduz sua acdo ou “atividade” na solugdo. A atracao interionica, ¢ consealientemente a reducao da atividade, € tunto mais intensa quanto maior e concentracio ¢ 4 carga dos fons presentes na solugdo (figura 2), OO OO 2° 0,00 @ © Figura 2. Tlustragio da atracdo interiénica, A luz desses conhecimentos pote-se tentar justificar os resultados experimentais obtides sobre 0 Comportament do gesso no solo: 2) 0 eition Ca val trocarse com outros cle tions adsorvidos, passando estes para a solucio do solo conde também val permanecer parte do céleio: os cétions na solugio do solo estig sujeitos & lixiviaga b) ofinion SO, std sujelto 2 lixiviagto, carresando consi para as cumalles subsuperficiis; 0 cation ef Viade em maior proporsio devido 2 sue maior eoncen+ tragio na solucdo do Solo em fungdo do seu suprimento pelo goseo, ) esta lixiviacdo pode ser benéfica ov maléfi- 2, dopendendo da sua intensidade. Se os nurientes catidnicos percolados permanecerem nas primeiras ca- rmadas subsuperticiais, melhoram a fertilidade da subsu- perficic, estimulando 0 aprofundamento das mizes em busca doles; © com iséo, as plantas também so menos projudicadas pelas estiagons. Se esses nutrientes forem rrastados pera profundidades fora do alcanoe das raf- 228, ocorre 0 empobrecimento do solo. A intensidade dosse lixviagae depende do solo, da quantidede de dgun eebida pelo solo através des chuvas ou da irigacdo ¢ da quantidado de sesso aplicada, Por isso as recomen dagoes de doses de gesso devem ser cuidadoses, {) O gesso, levando Ca” ao solo, promove samento na saturagdo de efleio no perfil e conseqiien- temonte diminuicdo na saturacdo dos demas eftions € levando © anion sulfato. promove a diminuiclo da ago ou “atividade” de todos os eétions na solugio do solo. Sendo a saturacio e a atividade do aluminio ral6fica &s plantas, suas diminuic6es tomam-se bené- ficas, Esse comportamento nfo € privilégio do ges sot assim age qualquer fertilizante que apresente eftion © finion que nio so decompostos no solo. A particula- Fidade do gesso estii em se poder utilizd-lo em quantidae des superiores a dos demais adubos, devido a caréncia de clio dos nossos solos ¢ a disponibilidade © baixo custo do gesso; com isso, ox efeitos tomam-se mais marcantes, IV, © GESSO E CORRETIVO DE SALINIDADE A capacidade do gesso de promover a lixiviae ‘edo de cftions, astociada 2 sua disponibilidade e baixo custo, permitem utilizi-lo como corretivo de salinidade. ‘Obviamente que nesses casos as dosagens de gesso sio elevadas, pois o gue se pretende € a lixiviagdo dos eitions. A equacio (1) exemplifiea essa agdo do gesso. seco Samat 50, Tia Y. 0 GESSO NAO E CORRELIVO DE ACIDEZ Nenhum dos trabelhos publicasios sobre 0 uso agricole do gesso objetivou demonstrar sua acéo na correcéo da acidez dos solos. Ao contririo, nos textos 0 feitas referéncias como “néo se deve pensar auc © fosfogesso, embore contendo eflcio (CaO). contribua ara corrigir a acider.do solo” (Melavolta et alii, 1979); o gesso praticamente nao altera 0 pH do solo” (Casale, 1985); “Ycom a hidrélise do, sullato de célcio, os fons resultantes si0 0 cilcio (Ca) ¢ 0 sulfato (SO), que néo sao neutralizantes da acidez do solo” ¢ “deve ficar claro que 0 gess0 no pode ser eonsiderado um cometive de acidez” (Borkert, Pavan & Lantmenn, 1987). Por outro lado, nesses mesmos trabalhos 386 encontrados titulos como: “correeéo da acide2 subsu- porticial’ (Malavolta et alii, 1979); “uso do gesso agri- Sola na comegio da abidez em: profundidade’ (Casale, 1985); “0 BesH9 no tem 9 mesmo poder de comrecto da acider do sole como o caledsio™ (Borkort, Pavan ‘& Lantmann, 1987). ‘Ao’ que parece, estas contridigtes origin ram-e da intorrelagdo que existe entre acde2 e alum! . visto ter sido verfieado que 0 sesso pode agit tobre 0 alaminio, Quanto a0 pH, em alguns cisos tem ocorrido aumento, mas insignifieantes para caracterizar eorrecio da acider, ‘© ‘ges80 néo & cometivo da asidez do solo porque a base quimica que ele contém (SO,?-) € extre- tamente froca, de forga quase nla (Equagoes 2 ¢ 3), ou seja, a neutralizagio da acider expressa na Equagie 3 nao tem significdncia pratica. cab, 310 YA ca + 802° + a1 @ 502° WP ldo nab=2U80 > Oho =H 5 HRY ® Ji 0 caledrio cortige a acidez do solo porque ‘a base quimica nele presente (CO; ) ¢ de forga mediana (Equacdes 4, 5 ¢ 6), possibilitando a neutralizagao da acidez. excoy WP atts » +i (at do etd —e Heos (R= BIBI 1H wo} raxwhe 1 nese wo amano + oof eave Devesse notar que nao £ 0 eflcio ¢ nem 0 ‘magnésio que neutralizam a acidez do solo. VL. 0 GESSO NAO £ CONDICIONADOR DE SOLO. Condicionador de solo € um produto que pro- move a melhoria de propriedadcs fisicas (p.ex.: capaci- dade de retengio de dua, porosidade) ou fsico-a micas (p. ex.: eapacidade de troca de cations) do solo (Ministério da Agricultura, Brasil, 1982). Ao ferti zante eu adubo € reservada a funeiio de promover a melhoria das propricdades. quimicas Jo 5010 (p. © teor de nutrientes, ssturagio de bases). © gesso, exceto quando usado como comretivo de salinidade, s6 promove melhoria de propricdades qui- inieas do solo, 0 que 0 caracteriza como adubo. TINFORMAGORS AGRONOMICAS — = VIL, QUANTIDADE DEGESSO A SER EMPREGADA Um dos pontos que necessita aprimoramento no uso do gesso agricola refere-se ao eritério para esta- belecor a dose a ser utilizads. Um dos eritérios mais usados basviae na dose de calcdrio, isto 6, deve-se aplicar de geeso 25 a 30% da quantidade recomendada de caledrio, Recomendacdes desse tipo tem dado mar- em a interpretar que essa quantidade de gesso substitui igual quantidade de ealcdrio, guando, na verdade, no deve haver neniuma reducao na quantidade de caledrto (Casale, 1985; Malavolta et alli, 1988); caso contricio haverd prejutzo para a calagem, Por isso $ recomendivel ressultar sempre esse aspecto a fim de nao se prejudicar ‘ealagem, Outro aspeeto importante em relacto a quant dade de gesso a ser emp quanto a0 exe © que provocard a percokacio de citions. Nesse pl lar, porém, no se tomy constatacio desse inconve! adotandasse os métodos de recomendacio disponives. 0-CALCARIO VILL, ASSOCLAGAO ‘Tendo em vista que 1, maramente ocorre sem haver necessidade de calek 2. a mistura de ambos mostrse vidvel fTsiea © quirnicamente, podendo minimizar cortos. problemas com a aplicaco do gesso: 3. 4 pesquisa tem mostrado os efeitos comple= rmentares entre ambos, chegando-se a concluir que “com ‘2 aplicacdo do gesso junto com 0 ealcirio & possivel tums minimizagao do problema da acide subsuperficial, tem perfodo de tempo menor do que somente com aplicago de caledrio (um a dois anos)" ¢ a recomen- daeW que “o gosso deve ser usado sempre em combina lo com 0 ealedrio” (Souza & Ritchey, 1985); 4, um dos critérios mais usados para 0 céileulo da dose de sesso & baseado na dose ue caledrio (25 2.30% da quantidade de caledrio, sem prejuizo da quan- necessidade de gesso 6 de se estranhar: 4) © Intenso combate que sofreu a mistur de calestio com gesso, em se consideranclo que conti- nuatio i existir no mercado o caleétio e 0 gesso. te, para as condicbes em que a mistura nao for indieada, b) a recente consideragio de que a aplicagio de ealedrig ¢ eso juntos a0 solo din & eleito do culedrio como eorretive de seides (Borkert, Pavan & Lantmann, 1987), principalmente pareeendo star apofada apenas em consideragées toéricas. IX, RESUMO E CONCLUS 40, © que se sabe até 0 momento sabre 0 gesso € que ele & um adubo que leva cileio e ensoire a0 solo. Quando adequadamente dosado, earroga nutrientos, ccatiénicos para camadas subsuperficiais, ao mesmo tom po que dimioui a saturagio ea atividade do slumfaio t6xieo, Com isso possibilita o desenvolvimento das, 7e8 oni maior profundidade, ampliando ass © volume de solo explorado ¢ a resisigacia das plantas & seca, io for intensa devide doses incorretas de yesso, pode arrastar os nutrientes catiénicos para fora do aleance das rafzes, O gesso € também corretivo de. salinidade. Essas razdes levam a concluir que a preocupae cio em viabilizar 0 emprego do gesso nu agriculture deveria ser muito maior do setor agrfeola do gue do setor industrial. X. REFERENCIAS BORKERT, C.M., PAVAN, M.A. & LANTMANN, A.F. Consideragées sobre 0 uso de gesso na axrie cultura, InformagSes Agrondmicas, N.* 40/De= zembro/1987. Associagdo Bewsileira para a Pesqui sada Potassa ¢ do Fosfato-Potafos, Piracicaba (sp) CASALE, HL. Uso do gesso agricola na comecio da acide em profundidade. Anuirio do Forum Pau- lista de Fraticultura, p, 95-113, 1985, Piracicaba (sP). MALAVOLTA, E., ROMERO, J.P., LIEM, TAH. & ‘VITTI, GC. Gesso Agricola: seu uso na adubacto € correcdo do solo, Boletim Téenico da Ultrafertil, Sao Paulo, 1979, 30p. MALAVOLTA, E., GUILHERME, M.R. & LIEM, T. H. Asociacdes. fosfogesso-caledtio: principio aplicacées, Anais do T Semindrio sobre 0 Uso do Foslogesso ona Agricultura, Brasilia, 11-12/06/1985, p. 117-196, EMBRAPA (DDT), Brasflia (DF), MINISTERIO DA AGRICULTURA, BRASIL to N.* 86,955 de 18/02/1982. SOUZA, D.M.G. & RITCHEY, K.D, Uso de gesso ‘no 610 de cerrado. Anais do I Seminario sobre © Uso do Fosfozesso na Agricultura, Brasilia, 11-12/06/1985, p. 119-144, RAMOS No artigo “Consideracées sobre 0 uso de gesso na azri= cultura” publicado nas "Inforacdes A ‘ 40/Dezembro/ 1987 0 nome do sezunde autor MARCOS A. PAVAN foi grafado incoretamente. ‘Ao autor, pedimos desculpas pelo inconyeniente eau ssado. Deere RESENHA DE LIVRO MENGEL, K. & E, A. KIRKBY. Principles of Plant Nutrition. 4.* edicao. 687 paginas, ilustrado. Intema~ tional Potash Institute, editor (CP. 121, CH-3048, Worblaufen, Bema, Sufca). Preco: 57 francos suicos ‘on 42 délares estadunidenses (varidvel pare mais), A bistéria mais recente dos livros sobre nutti= G40 (em sentido amplo ou resteito 2 mineral) pode ser assim, resumida: (1) HOAGLAND, D. R. 1944. Lectue nic Nutrition of Plants. Chronica Bo Valtham; (2) HELLER, &. 1969, Precis de Bilo- le, Tome 2: Nuteition et Metabolisme, Mas= E, MALAVOLTA son, Paris; (3) EPSTEIN, EB, 1972. Mineral Nutrition ‘of Plants: Principles and Perspetives. John Wiley & Sons, Inc., Nova loruc.(traduzide ¢ anotado para 0 portugués por E. Malavolta © publicado em 1975 pela Editora da Universidade de Sto Paulo); (4) GAUCH, H.G. 1972. Inorganic Plant Nutrition. Dowden, Hut= chinson & Ross, Inc., Stroudsburg; (5) HEWITT, E.J. &T. A. SMITH. 1975. Plant Mincral Nutrition. The iversities Press Ltd, Londres; (6) MALA> - 1976. Manual de Quimica Agricola = Nutri= INFORMAGOES AGRONOMICAS — Ne 41 : DY, 1978; Principles of Plant Nutrition. Intemational Potash Institute, Bena (a segunda edicao aparceeu em (8) MALAVOLTA, E., 1980. Elementos de Nu- triedo Mineral de Plantas. Editora Agrondmiea Ceres Lida., $a0 Paulo; (9) MARSCHNER, H. 1986. Mineral Nutrition of Higher Plants, Academic Press, Nova lor- que; (10) HELLER, R. 1984. Physiologie Végétale. 1. Nutrition. Masson, Pa ‘Antes disso, a nutrigio de plantas em geral © a mineral em particular eram tratadas como parte da Fisiologia Vegetal, quase sempre com pouco ou ne- nhum destague. Como disciplina auténoma e como rea individualizada de pesquisa estabeleceu-se nos titimos 30-40 anos. Os varios aspectos de Cigncia do Solo merwceram esse destaque hi muito mais tempo, ja no século passado e, com mais intensidade, no primeino ‘quarto deste séeulo XX. No Brasil a tradiclo do ensino ¢ de pesquisa em nutricao mineral de plantas “‘on its” own right” data de 1953-4, com a contribuicéo dada pela Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz”, USP, Piracicaba, S.P., © hoje seguida por varias escolas de Engenharia Agrondmica, tanto no nfvel de graduacto- quanto no de pos-aradusci0. Algtem jé disse que uma obra de arte plistica- + um quadro, uma escultura ~ € a expressio material das idiossincrasias © da experiéncia pessoal do autor. ‘A mesma coisa pode ser dita, com as excesies de costume, a respeito dos livros de nutrigéo mineral de plantas, os quais com muita freqligncia sfo um vefeu- Jo das idéias do autor a respeito deste ou daquele assun- to ~ uma espécie de consolidagio dos trabalhos que J6 publicou. O que nao seria tao mau se a contribuigéo de outros também constasse, dando-se-Ihes 0 devido crédito, E fosse procurada uma abrangéncia maior. © livro de Mengel & Kirkby nao apresonta cise “vicio”. Sua quarta edicao deve ser saudada com Palmas ¢ de pé. Trata-se na verdade da 3.* eaigao, visto que a segunda foi reimpressio. Ea “standing ovation” deve ser estendida ao Instituto Intemacional da Potassa cuja atividade editorial (continuidade no Bra- sil pela POTAFOS) 6 extremamente valiosa = & posstvel esctever sobre potdssio sem recorrer As publicagdes do LLP? © Capitulo T define ¢ classifica os nutrientes dda planta, descreve as suas fungdes gemuis ¢. resume ‘95 teores encontrados. E aqui cabe uma primeira obscr- vacio. A essencialidade dos elementos obedecida foi a proposta por Amon & Stout (1939), ou seja, os crité- os direto ¢ indireto. Por coeréncia deveriam Ser consi- derados como essenciais 0 Co e o Ni: o primeim por participar de reagées biossintétieas © outras que ndo io exclusivas das leguminosas, como as vezes se pensa; 0 segundo por ser ativador da urease, enzima universal- mente eneontrada nas plantas superiors. (© Capitulo 2, na melhor tradicao berkeleyana, euida do solo como um meio para o crescimento das plantas. Depois de resumir com muita clareza as proprie= ades fsico-qufmieas mais importantes, como a troca idniea, trata das caracteristicas do solo € discute os fatores relacionados com a disponibilidade de nutrien- tes. Na parte final desereve os prineipios gerais ¢ os principais métodos usados para a determinagao dos teo~ res disponiveis: claro, porém pouco profundo - para detalhes maiores somente consultando-se as referéncias bibliogrétficas. ‘No Capitulo 3 discutem- fotossintese ¢ assimilacao do COse assimilacéo compa- rada do N ¢ do S. Com relaciio ao primeiro item, obser- vase o seguinte: como € de costume nos livros da fndole, cuida-se quase exclusivamente da absorcio (e fatores relacionados) a partir de solugées - que nao - ‘fo as condicoes que prevalecem no solo; neste particu: lar a introducdo de dados de S.A, Barber seria stil; © tratamento conjunto do N © do $ (assimilacio) cria 4 expectativa de diseussao das relacoos N/S na planta, ‘nfo cumprida. Nao hf referéncia 20 padrio duplo ou ‘nultiffsico na absorsio iénica. © Capitulo 4 contém um tratamento abran- gente das relagbes da gus na planta, comegando nos processos bAsicos e indo até as conseqiiéncias priticas slo deficit (stress) hidrico. Teria sido interessante incluir 1-2 parfgrafos sobre déficit hidrico ¢ floreseimento ou hidroperiodicidade (para citar o brasileiro P. T. Alvim). 'No Capitulo 5 trata-se da fsiologia do crosei- mento © da formacéo de eplheita com grande énfase para:o controle homonal, i Gotta a: distincso (quando existe) entre culturas diversus-cereais, plantassdle-ral= zes, frutiferas. Omissées: leguminosas, estimulantes, canarde-agicar, oleaginosas. As relacies quantitatives centre nutrientes e produgio sio discutidas © bem assim © eftito dagueles na qualidade do produto, © Capitulo 6 ewida de aplicacao de fertili- antes: ciclagem de nutrientes; descricao zeral dos adu- bos minerais, orginicos ¢ das téonicas de adubacio; relagBes entre uso de adubo e produgio agrfcola; aspec- tos do efeito dos fertilizantes no ambiente. Faltam: cearacterfsticas de adubos, pelo menos as gufmicas; os prinefpios que governam a distribuicéo de fetilizantes. A primeira falta, entretanto, € atendida no capitulo seguinte (sétimo) no que tange ao nitrogénio e em outros wilativamente ao P ¢ 20 K, O mesmo nao se d, porém, com respeito aos adubos portadores de micronutrientes. No Capitulo 8, de modo resumido, porém mui- to abrangents, sio diseutidos os seguintes itens: enxofre no solo, na fisiologia da planta e na sua nutrigio. Neste, ‘como em outros, nota-se a falta de eferéncia a trabalhos publicados em revista que no sejam em lingua inglesa, francesa ou alema. Hi um dado que necessita destaque: 0 déficit de 41 kg de 8 por ha e por ano, medido nas condigSes da Europa Central, 0 qual A diferenca entie as adigfes (adubos e prec atmosfera) ¢ as perdas (remocao pelas culturas e lixi- viasio).. 0 f6sforo € tratado no Capitulo 9 de acorlo com 0 mesmo esquema, néo feltendo a eldssica figura eserevendo as relagdes dinimicas entre P solueao, P labil e P nfo labil. Destague para o tratamento megistral dado ara as intormgocs entre P nt solu e a riz, E discutivel, porém, s afimacéo segundo « qual ce tropiais, onde o fosfaton solves 80 facl> iados nos solos arenosos dcidos, agplicacto de fosfatos naturais € ttl.” Embora um dos autores (K.M.) tivesse sido associado durante muitos anos com famosa Estacéo Experimental de Biintchof mentida pela indistria alema de potassa, 0 capitulo 10, que discute 0 potéssio, nao {oi inflacionado no nimerd de paginas. Diseute inical- mente as formas e dinimica do elemento no solo © a relagio entre as fragdes © 0 aproveltamento plas plantas. Em seguida trata dos aspectos mais importantes do K na fisiologia: absoreao ¢ transporte, fotossintesc € translocasio, ativagéo enzimética, substituigao de K pelo Na, sintomas © conseqiéncia da doficiéncia. Um aspecto ‘muito interessante, estudado em Piracicaba (ESALQ ¢ CENA) com alguma profundidade-o da rela ‘do entre caréneia potissica poliaminas - talver. néo tenha fecebido o detelhe desejével. No Capitulo 11, Calcio, hé gue destacar nas fungoes bioguimicas, a presenea das calmodulinas, poli- peptideos contendo Ca, que por sua multiplicidade de fungdes, foi apelidada “protefoa para as 4 estacdes". E interessante mencionar que 0 liv de A. Marschner INFORMAZORS AORONOMICAS = N> 41 (1986) silencia a respeito. (© ponto mais alto do capitulo 12, Magnésio, & sem divida excelente resumo das suas fungbes bi quimicas, em particular 0 esclarecimento da participagio do elemento na atiyacéo da carboxilase de ribulose di fosfato, a enzima chave na assimilagdo fotossintética do CO; Todo 0 Capftulo 13 € dedieado a0 ferro. O tratamento dos aspectos genéticos relacionados com a eficigneia e ineficiéncia na absorgao do Fe. ¢ bem assi 4 regulacdo bioguimica do fondmeno, poderia ter sida lum pouco mais detalhado. © mesmo se diva da toxidez, de ferro que mereceu apenas um parigrafo, No Capitulo 14 deve-se destacar a parte refe= rente ao papel do manganés no fotossistema Il. O.paré- grafo dedicado a0 papel do Si como neutralizador da toxidez de Mn deveria ter sido atualizado - ha evidéncias de que, além de promover distribuigfo mais uniforme do elemento no tecido, o silfcio pode também diminuir sua absoreio. 0 Capftulo 15 d4 um tratamento desatualizado conbecida “deficiéncia de zinco induzida pelo fst ro”. E discutivel a generalizacio de que & caréncl de zineo, ou melhor, os sintomas, aparesam comumente ‘as folhas mais velhas: ndo & este certamente © caso do eafeeiro, do cacaueiro, dos eitros, do milho, etc. Na deserieio do transporte a longa distancia do cobre (Cap. 16) nfo hi reieréncia 4 presenca de gpelados no xilema, Em contrapartida € muito boa a discussdo dos mecanismos de protege descnvolvidos contra a toxidez. Poderia ter sido dada uma explieagao para a deficiéneia do Cu em solos organicos ¢ para exigéncia de doses maiores nos casos de adubacZo, © Capitulo 17 euida do molibdénio, Na di cussao dos aspectos fisiolégicos tem-se a impressio de que, no caso das néo leguminosas, o elemento seja exigido somente quando as plantas recebem N-NO,.co- ‘mo fonte nitrogenada.~ 0 que &, pelo menos, discutfvel © Capitulo 18 contéi inicialmente uma dis- eussdo muito boa, ainda que resumida, do efeito do pH na_adsoreao do anion derivado do fecido barico no solo. E também das melhores a disoussio do boro na fisiologia - absorclo transporte a longn distincia, metabolismo, transporte de assimilados, relagoes com fcidos nucleicos ¢ fito-hormdnios. © Capitulo 19 ¢ intitulado “Outros elementos de importincia". Af_aparecem: cloro, silfcio,, cobalto © vanddio. Perguntas: por que no colocar 6 clor9 ¢ © cobalto entre os essencisis? Néo seria melhor classifi- ‘ear pelo menos o silicio como iti! ou benético? No Capftulo 20 so tratados os “*Elementos com efeitos téxicos”: iodo, bromo, for, aluminio, ni- quel, cromo, selénio, chumbo, eédmio e outros metais pesados. E dada pouca atengao ao aluminio que reeche lum tratamento. tradicional; nao hd meneio do gesso come neutralizante do Al, © titulo do capitulo 0 mais adequado: qualquer elemento, macro ow micro, pode ter efeito téxico. £ conhecida a velha pergunta: que livro leva- ria se tivesse que viver numa ilha deserta? As respostas mais freqiientes sio: a Bfblia, as obras completas de Shakespeare e a Divina Comédia. De minha parte fiearia ‘em divida entre as obras completas de Fernando Pessoa © as de Mario de Andnide, Entretanto, se me pergun- tassem que livro de Nutri¢ao de Plantas comprar nao teria dvida alguma em responder: 0 de Mengel & Kirkby. ———_—— DIVULGANDO A PESQUISA 1. INFLUENCIA DA MATERIA ORGANICA NA} CIDENCIA DE FUSARIOSE EM ABACANI CY. PEROLA. GOUS, A, dei GADEUIA RS. de 5, VIEIRA, A, Pesquisa Setepeehdels weno Sinaia, 34a0 08. DH, Avaliou-se a influéncie de vérios niveis de matéria organica na ineidéneia de Fusarium monilifore var. subglurinans em mudas tipo filhote de abacaxi “Péro- lantadas em solo natural do tipo Regossolo, Cons "86 que nfo howve diferenca entre os nfveis de mmatéria orgénica e a testemunha. A incidéncia de Fuso ‘um monitiforme var. subglutinans observada foi causa- Ga por mudas infestadas antes do estabelecimento do teste. 2. EREITO RESIDUAL DA CALAGEM E DE FON: TES DE FOSFORO NUMA PASTAGEM ESTA- BALPEIDS EM SOLO DE CERRADO. SGU TaGALORID, SETI! me © efeito residual de cinco fontes de fésforo foi tetdo'na proene de tts cons de talc, dusts sex anor, et conde: de campo, num Laonolo Var tril Elcame Glaasen)s A Bruhinecocenbent respondeu a aplicagao de P até a dose mais elevada, ceo que or alot srscioo cerca S08 pan 130 o/h do Pn tornond oda ol de mates, ssa, of fons tor a squint eb: Super fosfato simples (SS) = termofosfato (Yoorin) fos ftottaral (FN) de Gf Tonia pei) = FN de Carolina do Norte (EUA) FN de Araxa. A cfi- INFORMACOES AGRONOMICAS — Nv 41 ciéncia do FN de Araxd foi baixa no inicio, mas fei ‘aumentando com © passar do tempo, send maior nas doses mais altas. A producdo obtida na dose de 38 kg/ha de P aplieado na forma de FN de Araxé nfo {oi superior & testemunha. Nese mesmo nivel de P. ras outras fontes, 0 efeito Fesidual acabou apds 0 tercel= 10 ano agricola, Todas as fontes ainda upresentam efeito residual nas doses mais elevadas. Houve resposta a cal- ccicio. A calagem afetou o desempenho dos FN somente no primciro ano agricola, A aplicacdo de SS em cober- tunt apresentou producdo superior & conseguida com a incorporagio da mesma quantidade de P a9 solo na ocasiao do plantio. O extrator Mehlich revelott valores: de P no solo inferiores ao Bray I para todas as fontes ¢ doses, com excegao para o FN de Araxd, no nével mais elevado, onde esse método superestimou 0 P dis- ponivel. 3. RENDIMENTO DE MATERIA SECA E COD TEUDO DE FOSFORO DA PARTE AEREA DE MILO INFLENCIADOS PELA ADUBAGAO. COM SUPERFOSFATO TRIPLO EM PO FEM. GRANULOS, SOUSA. DALG. ue & VOLKWHISS, Gieein de Beta Casta, 12s J. Reva Revers de ine i Este trabalho teve como objetivo avaliar © efeito da granulacdo do superfosfato triplo (ST) no rendimento de matéria seca © no actimulo de fésforo (P) na parte aérea do milho. Para isso, foram instalados eaperimen- tos om vasos com amostras dos solos Santo Angelo (Latossolo Roxo distr6tico), Séo Jeronimo (Lateritico Bruno-Avermelhado cistr6fico) © Tupancireti (Podz6= lico Vermetho-Amarcto), aos quais se adicionarain doses ;. de ST om pé © em grinulos com 2,00-2,38, 4,00-4,78 2 5,66-6,35 mm de didmetro, cultivando-s3 milho até dezdito dias aps a emergencia, Foram deterninados © rendimento de matéria seca e 0 contesdo de fosforo (P) da parte aérea e as altoracbes causadas nas earacte~ ristieas morfol6gieas do sistema radicular do milho eom A varigedo dos didmetros dos grinulos do ST. A gramula- 40 do ST provocou aumento na quantidade de P absor Vide por unidade de frea de raiz, mas eausou a diminu S20 no comprimento do sistema radicular das plantas. Orrendimento de matéria soca nao foi alterado, enquanto © conteido de P da parte aérea do milho aumentou com 2 granvlago do ST nos solos Sio Jernime © ‘Tupanciret. No Santo Angelo, houve um deeréscimo no rendimento de matéria seca'e 0 conteddo de P da parte aérea nio foi afetado. 4, EFEITO RESIDUAL DO SUPERFOSFATO TRI- PLO APLICADO EM PO E EM GRANULOS NO SOLO. SOUSA. DALG. oe & VOLWINNS. $5. Revota Beatie de Gibncin ‘ae So, Capen, DB HE THE, DST A granulagio de adubos fosfatados solGveis € feita para facilitar sua aplicacao ao solo ¢ diminuir as reacées fe fsforo (P) com os componentes do Solo &, fumentar 4 effcineia desses adubes. Com 0 objetivo de avaliar a infludncia da granulagio do superfosfato tiplo (ST) no seu efeito residual, foram conduridos experimentos em vasos com os solos Sao Jerénimo (La- teritico Bruno-Avermelhado) ¢ Santo Angelo (Latossolo Roxo) aes uals se. adicionaram doses. ce ST em pé em erinulos, Efetvaram-se tes cultivos sucessivos com milho © wm quarto com aveia, nam perfodo total de onze meses. Em todos os cltivos, detemninaramese 0 rendimento de matéria seca ¢ a absorgao de P. Exceto fort alguns tratamentes, 08 solos ago foram revolvicos {p68 0 primeiro cultivo. A granulagto sumentow oefeito sidval do ST quando os solos nfo. foram revolvidos p65 @ adubacéo. O revolvimento dos solos diminuin 0 efeito residual do ST granulado, igualando-o a0 ST om pé. 5. REACOES DO SUPERFOSFATO TRIPLO EM GRANULOS COM SOLOS. 30USA DMG. de & VOLEWEISS, 6). Rexits Aratcen de BRS daha, Cat Hci (Os adubos fosfatados soliveis, como 0 superfostato ttiplo (ST), sao geralmente utilizados na forma de gra nulos para'limitar a quantidade de solo que reage © insolubiliza o fésforo (P) dissolvido dos adubos. A mi- 4rago no solo do P dissolvido de granulos de ST com diferentes tamanhos (2,00-2,38, 4,00-4,76 e $,56-6,35 mmm de diimetro) foi determinada em experimento de laborutério, 21 ¢ 121 dias de incorporagio dos grinulos em trés solos do Rio Grande do Sul. Modificacses na solubilidade de aluminio (AD, ferro (Fe) ¢ edlcio (Ca) no solo proximo dos granulos foram também detemai- nadas. Apés onze meses de reaed0 com os solos, deter- minousse-« composicio quimica e mineral6gica dos resf- duos de grinulos de ST. A migracéo do P ocomcu fem sua maior parte dentro de 21 dias ¢ originou esferas de solo eariquecido om P, com gradicnte de concen- tragao deereécente, que se estondeu até 10 a 30 mm a panir dos centros dos grinulos de ST. A distincia de migracio, ou seja, 0 raio da esfera de solo enrique= do com P ¢ o gratiente de concentraco de P aumenta- ram com 0 tamanho dos grintlos ¢ foram afstados, porém relativamente menos, pelo tipo do solo. A maior parte do P dissolvido dos grinulos de ST reagiu nos Solos aparentemente através do mecanismo de precipi- tagdo com Al, Fe, Cae, possivelmente, outros metals, Apés onze meses de reagiio, cerca de um quarto do P do ST permaneceu nos res(duos dos grinulos, predo- minante como fosfato diedicico diidratado © apatita. 6. RELACOES ENTRE. FOSFORO “EXTRALVEL", FRAGOES INORGANICAS DE _FOSFORO_E CRESCIMENTO, DO. ARROZ EM FUNCAO DE FONTES DE POSFORO, CALAGEM E TEMPO DE INCUBACAO, BaRnos A Prison Bashar «Gnas KINO. 7 MURAOKA, 7. stata ‘sea Capa HG) 10015, 15 Foi conduride um experimento em case! de vege- tage, com 0 objetivo do estudar as transformaccos do supertosfato triplo (SFT) e fosfato-de-araxd parcial- mente solubilizado (FAPS), aplicados em diferentes Epocas em relazio A calagem. Amostras de dois latosso~ Jos (LVd ¢ LEd), com e sem calagem, foram incubadas por 180 dias. Todas as amostras reccberam, inicialmncn- te, ua equivalents a 80% da capacidade méxima de emibebicd0. Durante 0 perfodo de incubacto, a eada 45 dias, a partir da aplicacio de calcdtio, as amostras correspondentes 40s tratamentos com f6sforo, de cada perfodo, cram secas ao ar, destorroades, passadas em Peneiras de 2 mm e homogeneizadss com uma dose dos fosfatos equivalente @ 200 npm de P total. Dessa forma, estabelecerain-se os seguintes periodos de conta- to fosfato-solos: 180, 135, 90 © 45 dias. Ao fim de 180 dias, 0s tratamentos foram amostrados ¢ analisados, Em seguida fez-se plantio de arroz, cultivar [AC 165, em vasos com eapacidade de 2,5 ke. O efeito das "fortes de P, calagem © tempo de incubagho na transformacio do P no solo foi meslido pelo seu fraciona- mento € pelo P “extravel"” com quatro extratores (Meh- lich I, Olsen + EDTA, Bray-1 e resina). A calazem alterou difecentemente os teores das fracies de P nos dois solos. No LVd, aumento os teores de P-NH,Cl € PCa; no LEd, ocorreu, uma reducio nos teores de P-Al, um aumento nos de P-NH,Cl e nenbuma alteracao nos de P-Fe e P-Ca, Em ambos os solos, a adigso de SFT aumentou os teores de P-NH,CI, P-Ale P-Fe. Fsse aumento fol signiticativamente maior, comparado a0 verifeado quando se adicionou 0 FAPS. A fa:30 que mais sumentou decorrente da aplicagao do FAPS foi a de P ligado 20 Ca, As quantidades das diversas fragSes de P no varkaram eom 0 tempo de incubacio, no periodo de 45 2 180 dias, mostrando que as transfor mages do P ocorreram num tempo compreendido de 0a 45 dias de contato fosfatos-solos. Independente- mente da calagem © das fontes de P, as sglugdes de Meblich I, Olsen + EDTA e Bray-1 extrairam P predo- minamtemente da fracdo P-Fe. Tss0 sugere recomendar, para os solos estudados, extritores quimicos com ten= déncia de dissolugio seletiva para fosfatos ligados @ fer. 7. EKEITO DE NIVEIS DE ACLDULAGAO DO FOS- FATO-DE-ARAXA NO SUPRIMENTO DE FOS- FORO A SUCESSAO SORGO-SOJA-AVEIA, EM DOTS SOLOS. FERNANDES, SRY. KAMIGKI, 3. Resta Bemilera de gta de Sol Copia HE) 158 10, 1987 Foi conduzido, em casa de vegetacio, experimento em vasos com dois solos podzSlicos vermelho-amareios pertencentes as unidades de mapeamento JElio de Casti- Ios ¢ S40 Pedro, com a sucessio de eultivos songo (Sorgium bicolor’ (L.) Moench) ~ soja (Glycine max (1) Menill) = avsin (Avena sativa (L.), objetivande vetificar a disponibilidade de fésforo de fosfatos aciéu- Jados parcialmente em varios niveis, estimada pela quan- tidade por vaso de f6sforo absorvido (mg.vaso~"). Os 6 INFORMAGOES AGRONOMICAS — ‘ratamentos consistitam nos niveis de acidulagao (Geido sulfiico/fosfato-de-amx6): 0,1; 0,2: 0,35 Ost 0,5 © 0,6, nas dosagens de 200 ¢ 150 mg.ka~' solo de BO, sdldvel em citrato de aménio + agua, respectivamente, para 0 Salio de Castilhos e So Pedro, al6m da testemue nha € um tratamento com o dobro da dose de P;O, solivel. As quantidades de fésforo absorvido diferiram significativamente entre a testemunhe, a dose de P.O, solivel do fosfato parcialmente acidulado © 0 dobro da dose de PO, soldvel em ambos os solos. Nao houve, porém, resposta para os nfveis de acidulacdo testados, indicando que somente fracdo soldvel contrbui para © suprimento de fésforo para 2 sucessio de cultivos estudada 8, DIAGNOSE DA NUTRICAO FOSFATADA NA CUATURA DO SORGO SACARINO, GOUT Eas ITUNE, A LL: SUF, BG A. GI BO MMe ino 8 tea ri Dois experimentos foram conduzidas em um Latos~ solo Vermelho-Escuro textura média localizado no au nicfpio de Jaboticabal, SP, com o objetivo de verificar 0s efeitos de cinco niveis de fOsforo (0, 50, 100, 200 © 400 kg/ha de P,O,) na produgio de colmos e efanol, @ ainda estabelecer parameteos para a diagnose da nutri 30 fosfatada na cultura do sorgo sacarino (Sorghum bicolor(L.) Moench). Foram vorficadas respostas posi- tivas na producéo de colmos e etanol (i/ha) er virtude dis adubsgio fosfatada. As folhas © épocas estudadas revelaram-te adequadas para a diagnose da nutrigdo fos- fatada, sendo que os teores de fésforo considerados adequedos nas folhes de posigfo +3 ¢ +4 estao situados dentro dos intervalos 0.281% 2 0,310% c 0,248% a 0.275%, respectivament= para as foihas coletadas no estidio de orescimento vegetative (45 dias) ¢ floresci- mento, Por outro lado, a méxima producdo de colmos steve associada a um teor de fésforo no solo de 19 jigien? (HSO, 0,05 N). Na presenca da dose mais ‘elevada de“fOsforo (400 kg/ha de P,O,) foi observada luna redugdo significativa nas concedtragées de Zn nas. foes. 9. CAPACIDADE, DE. SUPRIMENTO DE POTAS- SIO DE CINCO SOLOS DO SUBMEDIO S40 FRANCISCO. FARIA, CMD de & PEREIRA, 12 Reali, 227), 93.6, saiea Asropesudein Avaliow-se a eapacidade de suprimento de potéssio de cinco solos do Submédio Sio Francisco, denomi nados de Bebedouro 6, Bebedeuro 3, Massengano, Man- dacaru ¢ Salitre, Os’ trés.primeizos si0 classificados como Latossolo Vermelho-Amarelo e os dois dltimos ‘como Vertissolo e Brino Néo-Cileio, respectivamente. ois litros de cada solo com e sem alicia de potéssio, 1,6 ¢ K, foram acondicionados em vasos e submetidos 2 um eiltive de sorgo e cinco de milho durante nove meses. A parte aérea das plantas foi colhida cinco sema- ras depois do plantio. A producao total de maténa seca (MS) das plantas nos solos que receberam K foi signifiativamente superior, 37% a 154%, em relate Aquels obtida nos solos sem adigio de K. A/MS apresen= tou corelagies significativas com o K absorvido pelas plantas (r= 0,98"*), com o K do solo nas formas de K-NHOAC IN (© € de K-Mchlich (r= 0,89") © dom a liberacdo dé K para as plantas da forma io trocavel (r= 0,96"*) © uma correlacéo nao significa tiva (F = 0,87"), com K extraido do solo pelo NHO, IN fervente. A capacidade de suprimento de K avalinda pelos cultivos das plantas, foi de 0,23; 0,37; 0,23; 0,32 © 0,56 meq/100 mi para os solor Bebedouro 6, Bebedouro 3, Massangano, Mandacara ¢ Salitre, respec tivamente, © K-NH,OAC’IN por ter apresentado tam= bém uma correlagio altamente significativa (r 0,99"), com a reserva de K no solo, foi 0 indice mais ‘Ul para avaliar a capacidade de suprimento de potassio dos solos estudades. 10, RELACAO. QUANTIDADE/INTENSIDADE DE, POTASSIO EM SOLOS DO TROPICO SEMI-A- RIDO BRASILEIRO. GUAYES LING. & Kno, 7. Revita Reaueea de Ciacte ao Sa chara, dS S68 1 A relagfo quantidade/intensidade (Q/1) de potissio foi determinade em cinco solos do Estado da Parafba para avaliar a concentracao deste elemento na solucao de equilfbrio influéncia de algumas propriedaces do solo nessa relacéo. Concluiv-se que os solos que apresentam potissio trocdvel adsorvido na posiedo pla- nar so os que mantém maior concentracio do elemento ha solugao, Os parimetros quociente de atividade de potéssio (QAK) atividade de equilfbrio de potéssio nna solugdo do solo (Ke) corlacionaram-se de mancira significativa com a poreentagem de saturaséo por potés- sio ¢ com a relacio K'/(Ca* + Mai), trocdveis. O poder tampio do potdssio (PTK) dos solos esté diret mente relacionado & capacidade de troca deles. © hori= zonte A de todos os solos, com excegio de um vertsso~ lo, apresenta baizos. valores de PTK © mantém altos niveis de Ke. 1, BFEITO RESIDUAL DE POTASSIO B MAGN SIO NA PRODUCAO DE GRAOS E NAS DOEN- CAS DE SOJA NUM LATOSSOLO VERMELHO- ESCURO DE CERRADO. RITCHEY. KD: CERKAUSKAS: WU SILVA 4.85 VILELA. {patti eines ‘ls 240) E82 ap A cultivar de soja Parand foi cultivada em 1981-82 no CPAC, em Planaltina; Brasil, a fim de se detenninar (5 efeitos residuais dos niveis de K e Mg, aplicados em 1975, sobre a producio e qualidade das sementes, assim como 0 grau de doencas eausadas pelo Phomopsis spp. € pelo Collesotrichum truncatum nos caules das plantas de soja. A reducéo verificada na produgio e nna qualidade das semente foi associada 3 reducio dos niveis de K e/ou Mg no solo. Os teorvs foliares de K foram diretamente correlacionadgs. 20s niveis de K ‘ho solo, enguanto que os teores foliares de Mg foram inversamente correlacionados 20s niveis de K no solo. © teor foliar de 1,3% de K foi suficiente pira maxima producao de semente. O retomo anual dos restos cultux ais aumentou os nfveis de K © Mg do solo ¢ das folhas © a capacidade de troca de cations, mas nao da matéria orginica do solo, Nao houve diferencas entre trata- tos de K nas quantidades de estruturas de fratifica~ gio de C, mean e Phomosis ssp. nos caules da Plantas de soja. 12, EFEITO DO ALUMINIO SOBRE O BALANCO. IONICO E SOBRE A CAPACIDADE DAS PLAN- TAS DE SORGO PARA MODIFICAR 0 pil DAS SOLUCOES NUTRITIVAS. CAMURALA. J CHAND{AS, J AT. ESTIOVAO, MALGSANT A. RAAT Reta Cres, Vigo, Sosy DEN 087 Os efeitos do aluminio sobre o balango idnico © a eapacidade das plantas para modificar 0 pH de solu- es nutritivas foram estudados em dois cultivares de sorgo: um tolerante (CMS x S-106) e outro sensivel (CMS x $-903) ao elemento. INFORMAGOES AGRONOMICAS — No 41 A capacidade das plantas para modifiear 0 pH mos- trouse dependente da proporgiio NO,-/NH,"da solugio nutritiva, Quando 6 nitrozénio foi forneeido exelusivae mente na forna de NO,-, 0 pH aumentou, mas nas situagées em que hayia’timbém NHq* 0 pH. tendeu a decrescer. Na presenca de aluminio, © pl fol sempre menor que nos controles, exesto quando a relacio NO, INH: foi de 50/50. O'aluminio reduziu os teores de varios fons inorgani- cos, especiamente K*, Mg, NO, ¢ SO2-, tanto no sistema radicular comd na parte aérea dos dois cultiva res, tendo o cultivar sensivel sido mais influencindo, © feor de anions, de modo gera, sofreu uma meducao mals forte que a de eétions, © pode ser essa aexplicagéo para a tendéncia, manifestida pelas plantas, de aciifi- car a solusio nutritiva, principalmente na presenga de aluninio. 13, RESPOSTA DA ABOBRINHA-ITALIANA A DO- SES DE CALCARIOS COM DIFERENTI RES DE MAGNESIO EM SOLO ORGANICO DO DO RIBEIRA (SP). S10.) 8 MURA, 1) SAIS. CA, VANALX. Revste Stia Ebnpinae DAG) Tot HT © trabalho foi eonduzido com 0 objetivo de obter a curva de resposta da abobrinha (Cucurbita pepo L,) A calagem em solo orginico do Vale do Rio Ribelra (SP). Os tratamentos consistiram nas doses de 0, 6, 12, 18 © 24 tha de dois caledrios - um dolomitice © outro magnesiano - em delineamento experimental de blocos ao aceso com trés repeticoes, Foram conduzi- dos trés cultives consecutives de abobrinha, vatiedade Caserta, 20 espacamento de 1,0 x 0,8 m ¢ adubagao de plantio de 40-280-160 kg/ha, respectivamente, de N-P,0,-K0 ¢ quatro adubacOes em cobertura de 45 kg/fia de NN. Os resultados mostraram que: na auséneia de calcirio € freqiiente a morte de plantas, provavel- mente pelo excesso de ubsorgio de aluminio, assosiada a deficigncia de cdleio e magnésio; a calagem aumentou © tamanho médio dos frutos e a porcentagem de frutos comerviais; abobrinha € muito exigente em eilcio, imagnésio € potissio; e a calagem deve ser feita part niveis de 50 a 60% de saturagdo por bases n0 solo, para evitar desequilfbrio com potéssio ¢ deficigneia de icronutrientes. 14, LIMIT ACOES DE FERTILIDADE EM SOLOS DE, QUATRO LOCALIDADES PAULISTAS PARA O CULTIVO DO SIRATRO. HONTEIO, RAW coLozza, Non Slum: vite eae Tie 5 ic, SAVASTA Sole Cannas, Em casa de vegetagio do Instituto de Zooteenia, ‘em Nova Odessa (SP), estudaram-se as principas limita 660% de fortilidade de quatro Grande Grupos de Solos do Estado de $40 Paulo, para 0 estabeleeimento do siratro (Macropiiliwn atropurpurein DC ev Siratro). Coletaram-se amostras da camada superficial (0-30 em) nos municipios de Andradina (Latossolo Vernslho-Es- euro fase arenosa), Brotas (Arcias Quartrosas) , Miras- sol (Podzolizado dé Ling © Malia ~ variecao Lins), © Nova Odessa (Podzélico Vermelio-Amarelo - variagas Laras). Empregourse a técnica de diagnose por subtra- io, ulizando-se oito tratamentos dispostes em blocos 0 2¢as0, com quatro repeticées. O estabelecimento essa loguminosa constituia completo frmcasso cuando {5 Solos nfo receberam adubagio. A deliciéncia de f6s- foro foi a maior limitacio 8 producio de matéria seca, uantidade total de nitrozénio e nodulaséo do siratro eultivade em todos os solos. Redugoes.significativas nessas variéveis também foram constatadas quando néo se efetuou 2 calagem no solo de Brotas € 0 excesso de manzanés pode Ser um dos. maior responséveis por esses efeites. A incluséo de. potéssio, bor sineoiel wioitbandece ae avg aaa acréscimos na quantidade total de nitrogénio na legumi rosa desenvolvida nos solos de Andradina, Brotas © Mirassol, 0s quais mostraram, na ndo aplicagio de enxo= fre, uma reduglo de 20 a 30% na massa nodular do siratro. Os solos de Brotas e Mirassol tiveram plantas om teores de cobre ¢ zinco abaixo da faixa adequada para aleguminosa, quando da no inelusao desses micro rutrientes na adubagio, PUBLICAGOES RECENTES 1, CURSO DE ESTATISTICA EXPERIMENTAL Pa ot ea a ae ae Regen ap, 1300 Lode ow 0 Be ha PADK (Of) 73CE 2, A MODERNA CAFEICULTURA NOS CERRADOS, ater pre Roe estes ee ae eee ree ee Pa acta i tj Amada 8 Needs fecses Alves, 19 ov" Rio 8 Sesto (RH) 6 Antar 3, RAMI: MAIS UMA FORRAGEIRA © Be te pea tae art ie Reis ie area Socuseecceeme mance sa Pe po en rs seta ar Ba 83) ‘iS Sto" ras) Pabx (it) Arsen 4, GOIABAS PARA INDUSTRIALIZACAO Auterees Amare, ALA. 8 Gonos, NA. 10 Conneomecas oe, aes ars ais ae ae Eitan Fees id ea dana Rote Cae’ Tema im 05 ee Satedeatel Teeone (065) 2 INFORMAGOES AGRONOMICAS —Ny 4

You might also like