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Introdução à Álgebra
Manuel Ricou
Departamento de Matemática
Instituto Superior Técnico
19 de Janeiro de 2008
Conteúdo
1 Enunciados de Testes 3
1.1 1o Teste: 12/4/2000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2 2o Teste: 18/5/2000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3 3o Teste: 15/6/2000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.4 1o Teste: 5/4/2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.5 2o Teste: 10/5/2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.6 3o Teste: 12/6/2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.7 1o Teste: 10/4/2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.8 2o Teste: 15/5/2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.9 3o Teste: 7/6/2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.10 1o Teste: 18/3/2003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.11 2o Teste: 29/4/2003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.12 3o Teste: 27/5/2003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.13 1o Teste: 30/3/2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.14 2o Teste: 27/4/2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.15 3o Teste: 25/5/2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.16 1o Teste: 31/3/2005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.17 2o Teste: 28/4/2005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.18 3o Teste: 25/5/2005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.19 1o Teste: 27/3/2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.20 2o Teste: 8/5/2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.21 3o Teste: 5/6/2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2 Enunciados de Exames 17
2.1 1o Exame: 1/7/2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.2 2o Exame: 24/7/2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.3 1o Exame: 4/7/2003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.4 2o Exame: 21/7/2003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.5 1o Exame: 9/7/2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.6 2o Exame: 24/7/2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.7 1o Exame: 1/7/2005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.8 2o Exame: 18/7/2005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.9 1o Exame: 7/7/2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
i
ii CONTEÚDO
3 Testes Resolvidos 29
3.1 1o Teste: 10/4/2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.2 2o Teste: 15/5/2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.3 3o Teste: 7/6/2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.4 1o Teste: 18/3/2003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.5 2o Teste: 29/4/2003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.6 3o Teste: 27/5/2003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.7 1o Teste: 30/3/2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3.8 2o Teste: 27/4/2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
3.9 3o Teste: 25/5/2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
3.10 1o Teste: 31/3/2005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
3.11 2o Teste: 28/4/2005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
3.12 3o Teste: 25/5/2005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
3.13 1o Teste: 27/3/2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
3.14 2o Teste: 8/5/2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
3.15 3o Teste: 5/6/2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
4 Exames Resolvidos 77
4.1 1o Exame: 1/7/2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
4.2 2o Exame: 24/7/2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
4.3 1o Exame: 4/7/2003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
4.4 2o Exame: 21/7/2003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
4.5 1o Exame: 9/7/2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
4.6 2o Exame: 24/7/2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
4.7 1o Exame: 1/7/2005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
4.8 2o Exame: 18/7/2005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
4.9 1o Exame: 7/7/2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
4.10 2o Exame: 21/7/2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
Capı́tulo 1
Enunciados de Testes
3
4 CAPÍTULO 1. ENUNCIADOS DE TESTES
2. Mostre que ( ∞
P n 2
P∞ 3n
n=0 x ) = (1 + 2x) n=0 x em Z3 [[x]].
8 CAPÍTULO 1. ENUNCIADOS DE TESTES
a) Supondo que m(x) tem grau n, prove que o espaço vectorial Q[α]
tem dimensão n sobre o corpo Q.
b) Prove que Q[α] é um corpo, e uma extensão algébrica de Q.
a) P
Mostre que os elementos invertı́veis de A são as séries da forma
∞ n
n=0 an x , com a0 6= 0.
b) A é um d.i.p. e/ou um d.f.u.?
(1) n é primo,
(2) Existem 1 < k < m < n tais que n = mk, e
(3) n = m2 .
Enunciados de Exames
17
18 CAPÍTULO 2. ENUNCIADOS DE EXAMES
a) Prove que nenhum elemento de G tem ordem 6, mas que existe pelo
menos um elemento ε de G com ordem 3. Sugestão: Mostre que, caso
contrário, G seria abeliano.
b) Quais são os grupos Zm tais que h : Zm → Z833 dado por h(n) = 357n
está bem definido, e é um homomorfismo de grupos? Para que valor
de m é que h é um isomorfismo?
d) Quais dos seguintes anéis são isomorfos entre si: Z1000 , Z2 ⊕ Z500 ,
Z4 ⊕ Z250 , Z8 ⊕ Z125 ?
4. Nesta questão, K é um corpo, m(x) ∈ K[x], A = K[x]/ < m(x) >, e
π : K[x] → A é o usual homomorfismo de anéis π(p(x)) = p(x).
a) Prove que os ideais de A são da forma π(J), onde J é um ideal de
K[x]. Conclua que A é um d.i.p., ou seja, todos os seus ideais são
principais.
b) Mostre que os ideais de A são da forma < d(x) >, onde d(x)|m(x)
em K[x]. Sugestão: Mostre que < p(x) >=< d(x) >, onde d(x) =
mdc(p(x), m(x)) em K[x].
d) Quais dos seguintes grupos são isomorfos entre si: Z300 , Z6 ⊕ Z50 ,
Z100 ⊕ Z3 , Z10 ⊕ Z30 ?
4. Nesta questão, G é um grupo finito, e A e B são subgrupos de G.
AB = {xy : x ∈ A e y ∈ B}.
a) Prove que A ∩ B é um subgrupo de G. O conjunto AB é sempre um
subgrupo de G?
d) Quais são os naturais n para os quais o anel quociente Z[i]/ < n > é
um corpo?
b) H ∩ K é um subgrupo de G.
4. Considere o anel K = Z5 [x]/ < p(x) >, onde p(x) = x3 +2x2 +2x+1.
Note que p(4) = 0.
Z5 [x] Z5 [x]
K' ⊕ .
< a(x) > < b(x) >
Z5 [x] Z5 [x]
φ : Z5 [x] → ⊕
< a(x) > < b(x) >
Capı́tulo 3
Testes Resolvidos
29
30 CAPÍTULO 3. TESTES RESOLVIDOS
• L 6= ∅,
• b, b0 ∈ L ⇒ b − b0 ∈ L (L é fechado em relação à diferença)
• b ∈ L e a ∈ A ⇒ ab, ba ∈ L (L é fechado em relação ao produto
por a ∈ A)
n m q r y1 x1 y2 x2
154 105 1 49 1 0 0 1
105 49 2 7 0 1 1 −1
49 7 7 0 1 −1 −2 3
Concluı́mos que d = 7, e que x = 3 e y = −2 é uma solução
particular de 105x + 154y = 7.
Para calcular a solução geral da equação homógenea correspon-
dente, que é 105x+154y = 0, dividimos por 7, donde 15x+22y =
0, ou 15x = −22y. Como 15 e 22 são primos entre si, temos
x = 3 + 22k, y = −2 − 15k, k ∈ Z.
Como cn ∈ Z3 , temos:
• n ≡ 0 (mod 3) ⇒ n + 1 ≡ 1 (mod 3) ⇒ cn = 1.
• n ≡ 1 (mod 3) ⇒ n + 1 ≡ 2 (mod 3) ⇒ cn = 2.
• n ≡ 2 (mod 3) ⇒ n + 1 ≡ 0 (mod 3) ⇒ cn = 0.
∞
!2 ∞ ∞ ∞
X X X X
xn = cn xn = c3n x3n + c3n+1 x3n+1 =
n=0 n=0 n=0 n=0
X∞ ∞
X ∞
X ∞
X
= x3n + 2x3n+1 = x3n + 2x x3n =
n=0 n=0 n=0 n=0
∞
X
3n
=(1 + 2x) x .
n=0
0 1 x x+1
0 0 0 0 0
1 0 1 x x+1
x 0 x 1 x+1
x+1 0 x+1 x+1 0
mdc(p(x), m(x)) = 1.
x3 − 2 = (x − 1)(1 + x + x2 ) − 1,
1 √
3
√
3
√
3
√
3
= s( 2) = 2 − 1, i.e., a = −1, b = 1, c = 0.
1+ 2+ 4
z n = 1 ⇒ |z n | = 1 = |z|n ⇒ |z| = 1.
c) Seja R = ∪∞ 1
n=1 Rn . R é igualmente um subgrupo de S ?
resolução: É evidente (em particular da alı́nea anterior) que R
é não-vazio, e que R ⊆ S 1 . Para mostrar que se z, w ∈ R então
zw−1 ∈ R, note-se que existem n, m ∈ N tais que z ∈ Rn , w ∈ Rm ,
i.e., tais que z n = wm = 1. Neste caso,
nm
zw−1 = (z n )m (wm )−n = 1 ⇒ zw−1 ∈ Rnm ⊂ R.
Como f (x) + f (−x) = f (x) + [−f (x)], segue-se mais uma vez da
lei do corte no grupo aditivo (B, +) que f (−x) = [−f (x)].
3.4. 1o TESTE: 18/3/2003 39
n = 0:
m n r q x y x0 y0
6.000 87 84 68 1 0 0 1
87 84 3 1 0 1 1 −68
84 3 0 1 −68 −1 69
• 2n + k = 2 ⇔ (n = 0 e k = 2) ou (n = 1ek = 0)
• 2m + j = 3 ⇔ (m = 0 e j = 3) ou (m = 1ej = 1)
n k m j x y
0 2 0 3 ±1 108
0 2 1 1 ±3 12
1 0 0 3 ±2 27
1 0 1 1 ±6 3
• a = a × 1 + m × 0 ∈ K e m = a × 0 + m × 1 ∈ K,
• K= 6 ∅, porque a, m ∈ K,
• (ax + my) − (ax0 + my 0 ) = a(x − x0 ) + m(y − y 0 ) ∈ K, i.e., K
é fechado em relação à diferença, e
• (ax + my)z = a(xz) + m(yz) ∈ K, i.e., K é fechado em
relação ao produto por inteiros arbitrários.
Para provar que K é o conjunto dos múltiplos de d = mdc(a, m),
consideramos primeiro o caso “especial” a = m = 0.
Neste caso, K = {ax + my : x, y ∈ Z} = {0} = {dz : z ∈ Z}, com
d = 0, e 0 é o máximo (e único) divisor comum de a e m.
Supomos agora que a 6= 0 ou m 6= 0. K contem naturais, porque
contem pelo menos um elemento não-nulo. Seja d o menor natural
em K, que existe pelo princı́pio da boa ordenação, e note-se que
{dz : z ∈ Z} ⊆ K, porque K é um ideal, e d ∈ K. Sendo m
um qualquer elemento de K, temos m = dq + r, onde q e r são
inteiros, e 0 ≤ r < d, pelo usual algoritmo da divisão. Como
r = m − dq ∈ K (K é um ideal!) e r < d, concluı́mos que
r não pode ser positivo, i.e., r = 0, e m é múltiplo de d, i.e.,
K = {dz : z ∈ Z}.
Para mostrar que d = mdc(a, m), notamos que
• d|a e d|m, porque a, m ∈ K = {dz : z ∈ Z}, i.e., d é um
divisor comum de a e m.
• d = ax + my, porque d ∈ K = {ax + my : x, y ∈ Z}. Se k é
um qualquer divisor natural comum a a e m, então a = dx0
e m = ky 0 , donde
a) Supondo que m(x) tem grau n, prove que o espaço vectorial Q[α]
tem dimensão n sobre o corpo Q.
resolução: Q[α] = {p(α) : p(x) ∈ Q[x]}. De acordo com o al-
goritmo de divisão, p(x) = q(x)m(x)+r(x), onde o grau de r(x) é
< n. É evidente que p(α) = r(α), e sendo r(x) = r0 + r1 x + · · · +
rn−1 xn−1 , temos p(α) = r(α) = r0 + r1 α + · · · + rn−1 αn−1 . Por
outras palavras, o conjunto B = 1, α, · · · , αn−1 gera o espaço
vectorial Q[α] sobre Q.
B é um conjunto linearmente independente: se r0 + r1 α + · · · +
rn−1 αn−1 = 0 com rk ∈ Q então r(α) = 0, onde r(x) = r0 + r1 x +
· · · + rn−1 xn−1 ∈ Q[x]. Temos portanto que r(x) é múltiplo de
m(x), e como o grau de m(x) é maior que o de r(x) só podemos
ter r(x) = 0, ou seja, r0 = r1 = · · · = rn−1 = 0.
Concluı́mos que B é uma base de Q[α] sobre Q, e portanto Q[α]
tem dimensão n.
b) Prove que Q[α] é um corpo, e uma extensão algébrica de Q.
3.6. 3o TESTE: 27/5/2003 45
A hipótese de indução é
e portanto
Analogamente,
{I, α}, {I, β}, {I, γ}, {I, δ}, e {I, ε}.
3
Se o subgrupo contém r2 ou r3 então contém r, porque r2 =
2
r3 = r6 = r. Se o subgrupo contém r4 então contém r,
porque r−1 = r4 .
ii. Qualquer subgrupo H que contenha duas reflexões contém
todas as rotações.
O produto de duas reflexões (distintas) é uma rotação 6= 1, e
pelo resultado anterior o subgrupo contém todas as rotações.
iii. Qualquer subgrupo H que contenha uma reflexão e uma
rotação 6= 1 é o próprio grupo D5 .
Já vimos que H contém todas as rotações, i.e., contém K =
{I, r, r2 , r3 , r4 }. Se ρ ∈ H é uma reflexão, então H contém
os elementos ρ, ρr, ρr2 , ρr3 , ρr4 , que são distintos, e são re-
flexões. Concluı́mos que H contém 5 reflexões e 5 rotações,
i.e., contém todos os elementos de D5 .
Finalmente, observamos que qualquer subgrupo de D5 possivel-
mente distinto dos 8 que indicámos contém pelo menos duas re-
flexões, ou uma reflexão e uma rotação, e portanto é D5 .
Já vimos que o subgrupo das rotações K é normal, e é óbvio que {1} e
D5 são subgrupos normais de D5 . Resta-nos verificar que os subgrupos
da forma H = {1, ρ}, onde ρ é uma reflexão, não são normais. Recorde-
se que qualquer reflexão σ é inversa de si própria, i.e., satisfaz σ −1 = σ.
Temos agora que se σ 6= ρ então σ ◦ ρ ◦ σ −1 6∈ H, porque
• σ ◦ ρ ◦ σ −1 = 1 ⇒ σ ◦ ρ = σ ⇒ ρ = 1, o que é impossı́vel.
• σ ◦ ρ ◦ σ −1 = ρ ⇒ σ ◦ ρ = ρ ◦ σ = (σ ◦ ρ)−1 , e portanto σ ◦ ρ
é uma rotação igual a sua inversa, ou σ ◦ ρ = 1, que é também
impossı́vel, porque ρ 6= σ.
α p k
3 2 1 3=1+2
7 2 2 7=1+2+4
57 7 2 57 = 1 + 7 + 49
133 11 2 133 = 1 + 11 + 121
Como 399 = 3 × 133 = 7 × 57, a equação S(n) = 399 tem exac-
tamente duas soluções: n = 2 × 112 = 242, e n = 22 × 72 = 196.
de Euclides:
n m q r y1 x1 y2 x2
1155 60 19 15 1 0 0 1
60 15 4 0 0 1 1 −19
É claro que < xd >⊆ I. Para verificar que I ⊆< xd >, seja
0 6= t(x) ∈ I, donde t(x) = xm v, onde v é invertı́vel, e xm ∈ I.
Temos então m ≥ d, e t(x) = (xm−d v)xd , i.e., t(x) ∈< xd >, e
< xd >⊆ I.
Concluı́mos que K[[x]] é um p.i.d., donde é também um d.f.u.
• As questões (1a) e (2b) são ambas aplicações directas duma ideia que
começámos a referir ainda no primeiro capı́tulo. Seja (G, ∗) um grupo,
φ : G → H um homomorfismo de grupos, e suponha-se que a equação
φ(x) = y0 tem uma solução particular x0 . Neste caso, a solução geral
da equação é x = x0 ∗ n, onde n ∈ N (φ), i.e., onde n é um elemento
arbitrário do núcleo de φ. Na questão (1a), temos φ : Z1155 → Z1155 ,
dado por φ(x) = 60x. Na questão (2b), temos φ : Z3 [x] → F , onde
φ(p(x)) é a função polinomial determinada por p(x), e definida em Z3 .
Em ambos os casos, e depois de determinar uma solução particular, é
apenas necessário calcular o núcleo de φ.
a2 + bc b(a + d)
a b 2
x= ⇒x = .
c d c(a + d) d2 + bc
Concluı́mos que:
−1
c 0 a 0 −1 ca 0
x= ,y = ⇒ xy = ∈ H.
0 d 0 b 0 db−1
Temos assim que
H é um subgrupo de GL(2, R).
Considerem-se agora as matrizes (1 )
1 0 1 0 −1 1 0
x= ∈ H, y = ∈ GL(2, R), donde y = .
0 −1 1 1 −1 1
Concluı́mos que
H não é um subgrupo normal de GL(2, R).
b) H = {M ∈ GL(2, R) : det(M ) = 1}.
resolução: H 6= ∅, já que contém, por exemplo, a matriz iden-
tidade. Para verificar que x, y ∈ H ⇒ xy −1 ∈ H, recordamos
que det(xy) = det(x) det(y), e det(y −1 ) = det(y)−1 . Como
x, y ∈ H ⇔ det(x) = det(y) = 1, temos então que
Concluı́mos que
H é um subgrupo de GL(2, R).
Se x ∈ H e y ∈ GL(2, R), temos ainda
n m q r x1 y1 x2 y2
2279 731 3 86 1 0 0 1
731 86 8 43 0 1 1 −3
86 43 2 0 1 −3 −8 25
(1) n é primo,
(2) Existem 1 < k < m < n tais que n = mk, e
(3) n = m2 .
O caso (1) acima mostra que n|(n − 1)! =⇒ n não é primo. Se n não é
primo e n 6= 4 então n tem uma factorização não-trivial n = mk, onde
1 < k ≤ m < n, e segue-se de (2) e (3) que n|(n − 1)!.
1 ≤ x ≤ 8, e mdc(x, 8) = 1.
Concluı́mos que
mdc(m(x), n(x)) = 1.
1 = p(x)(x3 + x2 + x + 2) + q(x)(x2 + 2x + 2)
x ∗ x = x ⇒ (x ∗ x) ∗ y = x ∗ y ⇒ x ∗ (x ∗ y) = e ⇒
⇒ x ∗ e = e ⇒ x = e.
Em particular,
x, y ∈ N (f ) ⇒ f (x ∗ y) = f (x) ∗ f (y) = e ∗ e = e ⇒ x ∗ y ∈ N (f ).
= f (y) ∗ f (y)−1 = e ⇒ y ∗ x ∗ y −1 ∈ N (f ).
x ∈ Rm ⇒ xm = 1 ⇒ (xm )k = 1k = 1 ⇒ xn = 1 ⇒ x ∈ Rn
b) O grupo R2 ⊕ R4 é isomorfo a R8 ?
resolução: Se G e H são grupos isomorfos, com identidades
respectivamente e ∈ G e e0 ∈ H, a equação x2 = e, x ∈ G e a
equação y 2 = e0 , y ∈ H, têm necessariamente o mesmo número
de soluções. Basta notar que se f : G → H é um isomorfismo de
grupos, então
2kπ
{e 3 i : 0 ≤ k < 3}. Por outras palavras, x3 = −1 se e só se
2kπ
x ∈ {−e 3 i : 0 ≤ k < 3}.
n m q r
2491 829 3 4
829 4 207 1
Temos portanto mdc(2491, 829) = 1, e como obviamente 11 é múltiplo
de 1 segue-se que a equação em causa tem solução. A afirmação é
assim verdadeira.
b) A soma dos divisores de 100.000 é superior a 250.000.
resolução: Temos 100.000 = 105 = 25 55 , donde concluı́mos que os
divisores de 100.000 são os naturais da forma 2i 5j , com 0 ≤ i, j ≤ 5.
A soma destes divisores é assim:
5 X
X 5 5
X 5
X
i j i
25 = 2 5j = (26 − 1)(56 − 1)/4 = 63 × 3.906 = 246.078
i=1 j=1 i=1 j=1
n m q r y1 x1 y2 x2
10.200 49 208 8 1 0 0 1
49 8 6 1 0 1 1 −208
8 1 8 0 1 −208 −6 1249
Exames Resolvidos
77
78 CAPÍTULO 4. EXAMES RESOLVIDOS
K = {x · y + z : y ∈ A, z ∈ J} ⊆ A.
1 1 1
ϕ(900) = 900(1 − )(1 − )(1 − ) = 30 × 8 = 240.
2 3 5
Os homomorfismos f : Z900 → Z900 são dados por f (n) = an, onde
a ∈ Z900 é arbitrário. Sabemos que f (Z900 ) =< a >=< d >, onde d =
mdc(a, 900). O homomorfismo f será sobrejectivo, e consequentemente
injectivo, se e só se d = 1, ou seja, se e só se a é um elemento invertı́vel
de Z900 . Existem por isso 240 automorfismos de Z900 .
a) Prove que nenhum elemento de G tem ordem 6, mas que existe pelo
menos um elemento ε ∈ G com ordem 3. Sugestão: Mostre que, caso
contrário, G seria abeliano.
Resolução: Se existe um elemento g ∈ G de ordem 6 então
< g >= {1, g, g 2 , g 3 , g 4 , g 5 } = G,
e G é um grupo cı́clico de ordem 6, ou seja, G ' Z6 , e G é abeliano.
Concluı́mos que os elementos de G só podem ter ordem 1, 2 ou 3. (A
ordem de um elemento de G é o número de elementos do subgrupo
gerado por g, e portanto tem que ser um factor de 6, pelo teorema de
Lagrange).
Se não existe nenhum elemento de G com ordem 3, então todos os
elementos g 6= 1 têm ordem 2, i.e., g 2 = 1 (⇔ g −1 = g), para qualquer
g ∈ G. Repare-se então que se g, h ∈ G temos (gh)−1 = gh, porque
gh ∈ G, e (gh)−1 = h−1 g −1 = hg. Portanto, gh = hg, e G seria
abeliano. Como G é não-abeliano, concluı́mos que existe pelo menos
um elemento ε ∈ G de ordem 3.
b) Sendo ε um elemento de G de ordem 3, e H = {1, ε, ε2 } o subgrupo
gerado por ε, mostre que H é normal em G. Sugestão: Qual é o ı́ndice
de H em G?
Resolução: O ı́ndice de H em G é [G : H] = #(G)/#(H) = 6/3 =
2. Portanto existem 2 classes laterais direitas e duas classes laterais
esquerdas de H. Note-se que uma das classes é sempre H, portanto a
outra classe é G − H. Em particular, temos sempre gH = Hg, e H é
normal em G. Mais exactamente, se g ∈ H então gH = Hg = H, e se
g 6∈ H então gH = Hg = G − H.
c) Suponha que α ∈6 H, e mostre que α2 = 1. Sugestão: No grupo
quociente G/H, a ordem do elemento α é 2. Qual pode ser a ordem
de α em G?
Resolução: Como vimos na alı́nea anterior, o grupo quociente G/H
tem 2 elementos, ou seja, G/H = {1, α} onde α é um qualquer dos
elementos que não pertencem a H. Claro que no grupo G/H só pode-
mos ter α2 = 1 (a ordem de α só pode ser 2). Note-se que se αn = 1
no grupo original então evidentemente αn = 1 em G/H, e portanto n
é múltiplo de 2, ou seja, a ordem de α em G só pode ser 2 ou 6. De
acordo com a conclusão de a), a ordem de α em G é 2.
d) Como αH = Hα, o produto αε só pode ser εα ou ε2 α. Conclua que
G é necessariamente isomorfo a S3 .
Resolução: Como αH = {α, αε, αε2 } = Hα = {α, εα, ε2 α}, é claro
que αε = α, ou αε = εα, ou αε = ε2 α. Como ε 6= 1, só podemos ter
αε = εα, ou αε = ε2 α.
82 CAPÍTULO 4. EXAMES RESOLVIDOS
1 α εα ε2 α ε ε2
1 1 α εα ε2 α ε ε2
α α 1 ε2 ε ε2 α εα
εα εα ε 1 ε2 α ε2 α
ε2 α ε2 α ε2 ε 1 εα α
ε ε εα 2
ε α α ε2 1
ε2 ε2 ε2 α α εα 1 ε
Neste caso o subanel < x >=< d > tem identidade x, porque qualquer
elemento b ∈< x > é da forma b = zx, e b · x = z · x2 = zx = b.
No caso presente, só podemos ter n = 4 e d = 9, ou n = 9 e d = 4, ou
seja, os subanéis unitários de Z36 são os que têm 4 e 9 elementos. As
respectivas identidades são as soluções de:
• n = 4, d = 9 : a ≡ 1 mod 4 e a ≡ 0 mod 9 ⇔ a = 9
• n = 9, d = 4 : a ≡ 1 mod 9 e a ≡ 0 mod 4 ⇔ a = 28
b) Quais são os grupos Zm tais que h : Zm → Z833 dado por h(n) = 357n
está bem definido, e é um homomorfismo de grupos? Para que valor
de m é que h é um isomorfismo?
resolução: Sendo π : Z → Zm o usual homomorfismo π(n) = n, a
composição g(π(n)) = f (n) é o homomorfismo que referimos na alı́nea
anterior. Portanto, o núcleo de π está contido no núcleo de f , ou seja,
< m >⊆< 7 >, ou 7|m. São estes os valores de m para os quais o
homomorfismo h está bem definido.
88 CAPÍTULO 4. EXAMES RESOLVIDOS
d) Quais dos seguintes anéis são isomorfos entre si: Z1000 , Z2 ⊕ Z500 ,
Z4 ⊕ Z250 , Z8 ⊕ Z125 ?
resolução: 1000 = 8 × 125, e mdc(8, 125) = 1 ⇒ Z1000 ' Z8 ⊕ Z125 .
Analogamente, Z250 ' Z2 ⊕ Z125 , e Z500 ' Z4 ⊕ Z125 . Temos assim:
b) Mostre que os ideais de A são da forma < d(x) >, onde d(x)|m(x)
em K[x]. Sugestão: Mostre que < p(x) >=< d(x) >, onde d(x) =
mdc(p(x), m(x)) em K[x].
resolução: Dado p(x) ∈ K[x], e sendo d(x) = mdc(p(x), m(x)), é
evidente que
d(x) = a(x)p(x) ⇒ d(x) ∈< p(x) >⇒< d(x) >⊆< p(x) > .
Concluı́mos que < p(x) >=< d(x) >, onde d(x)|m(x), porque d(x) =
mdc(p(x), m(x)).
2. Nesta questão, p(x), q(x) ∈ Z[x] são polinómios com coeficientes in-
teiros. Para cada uma das afirmações seguintes, mostre que a afirmação é
verdadeira, com uma demonstração, ou falsa, com um contra-exemplo.
a) N é um ideal de A.
resolução: verdadeiro. Designamos o zero de B por 00 . temos
então:
• f (0) = 00 , donde 0 ∈ N , e N 6= ∅.
• x, y ∈ N ⇒ f (x − y) = f (x) − f (y) = 00 − 00 = 00 ⇒ x − y ∈ N .
• x ∈ N, y ∈ A ⇒ f (xy) = f (yx) = f (x)f (y) = 00 f (y) = 00 ⇒
xy, yx ∈ N
c) B é um domı́nio integral.
resolução: falso. Tome-se A = Z, B = Z4 , e f : Z → Z4 a usual
aplicação quociente f (x) = x.
4.5. 1o EXAME: 9/7/2004 93
x3 + 2x + 1 x2 + 1 x x+1 1 0 0 1
x2 + 1 x+1 x+2 2 0 1 1 2x
x+1 2 − − 1 2x x+1 x2 + 2x + 1
x3 + 2x + 1 = (x − i)(x2 + ix + 2 + j)
Completamos o quadrado:
• y −1 xy ∈ K, porque y ∈ H ⊆ G e K é normal em G.
• y −1 xy ∈ H, porque y ∈ H e x ∈ K ∩ H ⊆ H.
Resta-nos verificar o caso em que m = 11, i.e., φ(n) = an, e < a >=<
90 > é o subanel de Z990 com 11 elementos. Recordamos que φ é um
homorfismo de anéis se e só se a2 = a, que é o caso se e só se a é a
identidade do subanel em causa. Temos neste caso que
x3 + 2x2 + x + 2 x2 + x + 1 x+1 2x + 1
x2 + x + 1 2x + 1 2x + 1 0
< 1 >= K, < x + 2 >, < x2 + 1 >, e < p(x) >=< 0 > .
100 CAPÍTULO 4. EXAMES RESOLVIDOS
x2 = x ⇒ x2 ∗ y = x ∗ y ⇒ x ∗ (x ∗ y) = 1 ⇒ x ∗ 1 = 1 ⇒ x = 1
4.7. 1o EXAME: 1/7/2005 101
f (< 1 >) =< 63 >=< 9 >, f (< 2 >) =< 18 >, f (< 4 >) =< 36 >,
f (< 5 >) =< 45 >, f (< 10 >) =< 90 >, f (< 20 >) =< 0 >
• x, y ∈ H ∩ K ⇒ x, y ∈ H ⇒ x ∗ y −1 ∈ H, e
• x, y ∈ H ∩ K ⇒ x, y ∈ K ⇒ x ∗ y −1 ∈ K.
• A = Z3 ⊕ Z165 ' Z3 ⊕ (Z11 ⊕ Z15 ) ' (Z3 ⊕ Z11 ) ⊕ Z15 ' Z33 ⊕ Z15
• B = Z9 ⊕ Z55 ' Z495 ' Z99 ⊕ Z5
Sendo g : Z → Z990 dado por g(x) = π990 (496x), temos N (g) =<
495 >, porque Z/N (g) '< π990 (496) >=< π990 (2) > tem 495 ele-
mentos. Concluı́mos que f : Z495 → Z990 , dado por f (π495 (x)) =
π990 (496x), é o único homomorfismo injectivo de anéis f : Z495 → Z990 .
Se f : Z495 → Zn é um homomorfismo sobrejectivo então como vimos
n|495, i.e., n é um dos 12 divisores de 495, e f (π495 (1)) = πn (1), donde
f (π495 (x)) = πn (x). Por outro lado, é claro que πn : Z → Zn é um
homomorfismo sobrejectivo de anéis, e o respectivo núcleo é < n >⊇<
495 >, donde f é igualmente um homomorfismo sobrejectivo de anéis.
Existem assim 12 homomorfismos sobrejectivos de anéis f : Z495 → Zn .
d) Quais são os naturais n para os quais o anel quociente Z[i]/ < n > é
um corpo?
resolução: O quociente Z[i]/ < n > é um corpo se e só se o ideal
< n >6= Z[i] é máximo. Como Z[i] é um domı́nio de ideais principais, o
ideal < n >6= Z[i] é máximo se e só se n é irredutı́vel. Como sabemos,
é este caso se e só se n é primo em Z, e n ≡ 3 (mod 4).
1 1 52 × 53 × 4 × 52
ϕ(1325) = 1325(1 − )(1 − ) = = 1040.
5 53 5 × 53
Existem por isso 1040 elementos invertı́veis em Z1325 , que são gerado-
res do anel, e 285 = 1325 − 1040 elementos que não são invertı́veis,
incluindo o 0. Existem por isso 284 divisores de zero.
1 + 53k ≡ 0 (mod 25) b = 53s
e
a = 1 + 53k 53s ≡ 1 (mod 25)
resolução:verdadeiro.Como
b) H ∩ K é um subgrupo de G.
x, y ∈ H ∩ K ⇒ x, y ∈ H ⇒ xy −1 ∈ H,
x, y ∈ H ∩ K ⇒ x, y ∈ K ⇒ xy −1 ∈ K,
É portanto claro que x, y ∈ H ∩ K ⇒ xy −1 ∈ H ∩ K, e H ∩ K é um
subgrupo de G.
i2 = i ⇒ i(i − 1) = 0 ⇒ i = 0, ou i = 1.
resolução:Notamos que:
4.10. 2o EXAME: 21/7/2006 117
Z5 [x] Z5 [x]
K' ⊕ .
< a(x) > < b(x) >
Z5 [x] Z5 [x]
resolução:Sendo πa : Z5 [x] → <a(x)> e πb : Z5 [x] → <b(x)> os
homomorfismos canónicos dados por
Z5 [x] Z5 [x]
πa (c(x)) = c(x) ∈ e πb (c(x)) = c(x) ∈ ,
< a(x) > < b(x) >
Z5 [x] Z5 [x]
tomamos φ : Z5 [x] → <a(x)> ⊕ <b(x)> dado por