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CHUST (Liveo) 274 Cilado e Detathamento de EstratucasUsuas dk Conezeto Amdo Cap. 7 an Superpondo os efeitos, ¢ colocando p,,, da Equacio 7.7 na da linha eléstica, e, finalmente, 2 ga uniforne: 1B ey one ple 78) Os momentos m,€ m,, por faixa de comprimento unitério, nas diregdes x e ¥ (diregdes de colocaga da armadtura) sao obtidos a partir das derivadas da superficie elistica w (x, y), ou seja maw aw om tw atw ) (7.10) Observacio: as expressbes de m, e m, dependem exclusivamente de a, by B e de quantos valores de m e n serio considerados, ou seja, qual a precisa ue se pretende atingir. Substituindo-se os valores de x e y por a/2 ¢ b/2 nas Equagses 7.9 € 7.10, podem ser determinados os miiximos momentos da placa em questao. Conforme demonstra Martinelli et al. (1986), calculando-se esses valores para os quatro primeiros termos da série — m = I, n = (1; 3) , n= (1; 3) ~ obtém-se 'm, =0,046925.p-a’, e com 49 termos obtém-se m, =0,047913- pa, 0 que demonstra uma boa aproximagdo com quatro termos, As Equagdeg,7.9 e 7.10 valem para um determinado valor de v, que nem sempre corresponde ao indicado pelas normas. Cap. 7 Pavimentos de Edicos com Lajes Macigas 275 Conheeidos os valores dos momentos mn, m,e 0 deslocamento maximo W para um valor de v,, € possivel conhecé-I6s para um nove coeficiente v,, com as seguintes expresses’ hay five -blong), +001 —vo)-Fay) 1 i vw) ny), #12) C00), } oc 7.13) 2. Utilizagdo de Tabelas processo de célculo de placas por séries é bastante adequado para a confeesio de tabelas que, facilmente, pefmitem determinar momentos fletores ‘maximos e destBcamentos miximos (flechas) a partirda geometria e das condigdes de vinculagdo da placa. Para isso, 0 pavimento deve ser discretizado, ou seja, cada laje deve ser tratada individualmente, e verificado como cada uma estd vinculada as demais (s6 ¢ possivel bordas ~ contomo ~ simplesmente apoiadas ou engastadas). De maneira geral, considera-se que as lajes menotes e menos rigidas sio engastadas nas maiores e mais rigidas, As tabelas apresentadas na seqiiéncia so baseadas nas solugdes desen- volvidas por Bares (1972) e devidamente adaptadas para o eoefieiente de Poisson ‘V igual 40,20. As diversas condigdes de vinculagdo possiveis esto esquematizadas na Figura 7.5. Contomno tepresentadp por linha simples indica borda simplesmente Apoiada, e contomno representado por uma hachuta indica borda engastada 17.3.7.2.1 Determinagao de Flechas A flecha (deslocamento transversal méximo de uma barra reta ou placa) para lajes com carregamento uniforme e com as condigées de contorno de aconto com a Figura 7.5 € calculada pela Equagio 7.14 e pelos coeficientes da Tabela 7.2. A flecha encontrada € a elistica, ou seja, nao estio sendo considerados os fendmenos de fissuragdo e fluéneia, “ : as 14) em que? p~ carregamento uniformemente distribuido sobre a placa; zee 276 eso eDetahamento de Esruturas Ussis de Canereto Armado Cap. 7 —coeticiente tirado da Tabela 7. 1, menor vio da laje: E — médulo de daformabi ©] OPIO Armin Aigo Figura 7.5. Situagbes de vinculagio das placas constantes nas tabelas Para encontrar 0 coeficiente correto nessa ¢ nas demais tabelas, & preciso calcular 0 parmetro , que reflete a geometria da laje, dado por: y= (sy sendo #,a menor das dimensoes da superficie da placa, e f,, a maior. Para verificagio do estado de deformagio excessiva, na NB1/99, item 14.6.3.1, permite-se utilizar valores de rigidez do estadio I, com médulo de elasticidade secante do concreto. Os efeitos de fissuraga0 e deformagao lenta devem ser considerados de acordo com 0 exposto no Capitulo 17. Na NBI/9000 assunto € tratado no item 4.2.3 (veja as Segdes 4.7 e 4.8 do Capitulo 4), Cap. 7—Pavimentos de Eis cam tajes Macias 277, Tabela7.2 Cocficienes a para clculo de lechaselsticas em lajesretangulares submetidas ‘a cartegamento uniformemente distribu, | enoen = [535 7.3.7.2.2. Determinacao dos Momentos Maximos nas Diregées xe y Os momentos fletores maximos, sendo os positivos designados pela letra m, e 0s negativos pela letra x, S80 determinados pelas expresses a seguir, em que €, ~ menor lado da placa; Hs ity. HL © Hy ~ coeficientes fornecidos na Tabela 7.3, a) Momentos méximos positives, por unidade de comprimento, nas diregies pt 100 . (a6) 278 Céleulo © Detatamento de Estturas Usis de Conereto Armado cn? +b) Momentos maximos negativos, por unidade de comprimento, nas direcdes xey ain jentes Hs Hy HLH) para eéleulo dos momentos méximos em lajs retangulates uniformeménte earregadas (casos I, 2€ 3). Coot oH Gases a wh fou fom | Hy mf we | omy io aa | aan | a | ioe [as [ar 10s [amo | as | 3 [ 38 19 | wot | 280 10 [se | aa [arf 390 | 9m | aes [930 | 276 is [sxe [aw [am [sor [ost | set | 9 | 308 “tan [300 f as asi | eas [9a [ans | 99s | 299 | tas [ear 40 | 1016 | 50s | 1022 | 2s 30 eo 325_[ 4s [a0ar | 520 | voas | 2a tas [695 s0_[ aur [oar | 836 [ctor | 29) wa [735 595 [4at [unas | ssi [un92 | 225 tas 755 cat_L a9 sa | 10 [309 isn [as 6 | a sa[ nar | 2a Bi 600 | a sat] naa | 28 ef tat_[ ae soa [ss [195 1,65 362 | 407 | 742 | 412 6,07 | 167 | 187 170 as | 400 | 2 | am 66 [a0 | a | ATS 9,06 | 3.96 | 7.66 | 4.05 6248 | 192 | 14 tao [oar | aor 1 | 39> [oe | oan | 1200 [168 1s [oa [am [am [ar prov oot [a | 1605 190 963 | 305 | saa | 394 | 200 | 643 | 12.04 | 159 [rays pon fan [arp sae [ar | on | 1235 [se 2,00 10,00 | 3.64 380 | 1220] 651 | 1234 | 148 ias7 [a sa0_[ pao [ner [are [ae cp.7 Pavimentos de Edificios com Les Margas 279 ‘Tabela 73 \Coefivientes . Hy» H€ Hy para o céleulo dos momentos méximos em lajes retangulares uniformemente carregadas (casos 4, 5.6) (continuagdo} Casod Caso Caso 6 ja ry | By By | By KY By 00 | 281 | 699 | 281 zis | ua 31? | 699 | 2.15 105 | 305 | 743 [ 281 2a7 | 332 | 743 | 3.29 | 720 | 207 [iso [330 | 7.87 | 281 298 | 347 | 27 | 342 | 741 11s [3.53 | 828 | 2.80 308 | 358 | 626 | 332 | 756 120 [3.76 | 869 | 279 3.38 | 370 | 8.65 | 3.8 | 7.70 128 | 3.96 | 9,03 [ 2.74 3,79 | 3.80 | 903 | 3.0 | 7.82 130 | 4.6 | 9.37 | 269 415 | 390 | 933 | 329 | 293 138 | 433 450 [3.96 | 969 | 38 | 8.02 140 | 453i 4.85 | 403 [1000 3,90 [ 8.10 3.49 | 409 [1025 396 | 813 553 | 44 [1049] 399 | 815 135 | 493 586 | 4.16 [1070] 403 | 820 1,60 to99| 231 6,18 | 4,17 | 10,91 | 4,06 | 825 165) Tite | 2,24 648 | 4.14 [11,08 | 409 | 8.28 4,70 | 5.27 | 11,30] 2,16 681 | 412 [11,24 [ 4.12 | 8.30 | 175 | 536 | naa] 211 Tat [ai [us| as | 8a 180 | 343 [1155] 208 Tat | 410 [rias | 45 | 832 [as [5.53 [ins7 | 199 768. | 408 [165] 416 | 8.3, 190 | 560 | 1167] 193 795 [400 [una [a7 | 839 195 [567 | 1178] 191 sai [390 ras a7 | 39 200 | 5.74 [11.89] 138 847 | 392 [use| ats | 833 =| 706 [12.50 1.95 1238 | 413 [vias [ais [333 280 Clevo eDetathamenta de Estuturat Uuais de Concteto Amado Cap. 7 ‘Tabela 7.3. Coeficiente. Hy: JL € Hy para o célulo dos momentos mximmos em lnjesvtangulres uiformement earregadas(Casos 7,8 e 9) (Coutinnara). Caso 7 ea Bef | Be | By 617 | 213 | 546 647 | 2.09 [556 6:76 | 2.04 | 5.65 [499 [198 | 5.70 122 | 1.92 | 5.15 740 | 185 357 | 178 7,90 | 1.72 72 | 1.64 [5.74 100 10s | 28 | 598 | 2.66 10 [268 [6.50 | 2.71 tas [2a7| 2a | 275 a0 | 5,17 [ton] 2.32 18s | 526 [toss] 2.27 7.4 Roteiro para o Calculo de Lajes de Concreto Armado. Na sego anterior, foi mostrado como so obtidos 0s esforgos eos desfocamentos de lajes isoladas pelo método elistico por meio da teoria das placas delgadas. Foi dito também que 0 edculo de um pavimento consttuido por véras lajes, classicamente, feito admitndo cada uma trabalhand isoladamente. Esse procedimento ser adotado gui, ressaltando-se, porém, que, com processos como 0 de grelha equivalente on de elementos finitos, os pavimentos podem ser analisados como wm todo, % fee a0. Pvimentos ce Elilicis com Ljes Macgas 281 7.4.1. Discretizagao do Pavimento O critério utilizado para discretizar um pavimento (separé-lo em seus elementos componentes) € considerar cada regio contida entre quatro vigas como senda uma faje (ert aiguny casos particulures irs vigas definem uta iaje). O contorno de unta laje seré eonsiderado engastade caso haja uma laje vizinha com rigidez suficiente (dependendo de seu vdo ou espessura) para impedir a tolagio no contorno comuim, Quando isso no ocorre ou simpiesmente a laje em estudo ndo faz vizinhanga com outra laje, a borda € considerada livre (sem inpedimento a rotagdo) ou simplesmente apoiada. Para esclarecer, veja os exemplos da Figura 7.6. No caso do pavimento ‘da Figura 7.6a, para todas as lajes admite-se que seus contomnas sejam engastados @ apoiados; para os contornos comuns de LI-L2, LI-L3 e L2-L3 supde-se que nao haja rotagdo, enquanto para as demais bordas o giro é totalmente livre (no corte A-A, que apresenta uma seg da laje deformada, esses fatos sio facilmente percebidos). Esse procedimento, indicado por Timoshenko & Woinowsky (1959), ‘deve ser empregado com bom senso, pois lajes com pequenos vos ou espessuras podem nao ter rigidez suiciente para impedir a rotagao da vizinha. Por exemplo, no pavimento da Figura 7.6b, a lajeL4 poder ser considerada engastada na 1L5, mas esta deverd ser admitida simplesmente apoiada, e nfo engastada na L4 {isso pode ser observado pela segio deformada dada pelo corte B-B). we Figura 7.6 Lajes wrabalhando em conjunto e rotagdo nos apoios, 282. Cleloe Detalhamenta de Estartras Usuas de Concreto Armado Cap. 7 Para o célculo de lajes isoladus & recomendado o seguinte roteiro: pré- dimensionamento da altura da laje; cdlculo das cargas atuantes; verificagdo das flechas;céleulo dos momentos; determina¢ao das armaduras longitudinais; reagao das lajes nas vigas: ¢ detathamento das armaduras, 7.4.2, Pré-dimensionamento da Altura das Lajes No item 4.2.3.1C da NB1/80 € admitido que, para vigas de segdo retangular ou “T" e lajes macigas retangulares de edificios, as condigdes de deformagées- limite (dadas nas alineas ae b do pardgrafo C, e aqui transcritas em 7.4.3) sero atendidas quando o valor da altura dil atender & seguinte condigio: t Yew em que Vy ~ coeficiente dependente das condi 4a Taje (Tabela 7.4); , ~ coeficiente que depende do tipo de aco, dado aqui, na Tabela 7.5; {£~ menor dos dois vilos das laje. az (7.18) es de vinculagao e das dimensdes Para lajes com mais de 4 m de vo, que suportam paredes na diregio desse ‘do, as alturas iteis minimas deverdo ser multiplicadas por é/4 (¢ em metros), 0 seja Cpe wi 4 Com isso, o valor da altura h da laje poderd ser determinado (Figura 7.7) somando-se ao valor de d o cobrimento ¢ a ser considerado, mais uma vez e meia ‘o ditmetro @ da armadura empregada: (n= d +0 +4 + 94) TT. Uo go 9 9 or 4 Figura 7.7 Altura totale altura dtl da laje Esse crtério de pré-dimensionamento da altura da laje conduz a valores altos, ‘deh para lajes de pequenos vaos (# < 4 m) e para lajes de vios maiores (2> 4 m) © valor encontrado pode ser insuticiente. Assim, recomenda-se que, estimada a altura da Ij, seja verificado 0 deslocamento miximo da mesma (Flecha), ae Cap. 7-—Pavimentos de Eicon Uses Macias 28 Ainda, no item 6.1.1.1 da NB1/80, estd estipulado que a espessura das lajes nao deve ser menor que: a) 5 em em lajes de cobertura nao em balango; +b) Tem em iajes de piso e lajes em balango: 6) 12 em ein lajes destinadas a passagem de vefculos, Em lajes-cogumeto, calculadas como pérticos miltiplos, esses limites devem ser elevados, respectivamente, para 12 cm, 15 cme 15 cm. ‘Tabela 7.4 Valores de y, utilizados no pré-dimensionamento da altura das lajes, Caso | Caso | Caso Caso | Caso | Caso | Caso 2 4 7 {39 1.80 2,00 | 2.00 | 220 18 [as [199 [308 176. 194 [197 | aus 174 rs Pe 12 tse [194 [2.10 10 | 173 [18s [185 [195 | 208 1.68 i91_| 205 1.66 [1.90 | 2,03 164 1,88 | 2.00 1 187 [198 1.60 18s [195 158 isa | 193) 136. 182 [1.90 454 181 | 1.88 152 179 150 18 148 1.76 146 175 1a WB 1a i 140 170 284. Cielo « Detathomento de fstuturas Usuas de Conereto Amado cap. 7 Tabela7.5 Valores de w, uilizados no pré-dimensionamento da altura das lajes. Lajes macigas - 20 30 7 25 cA 15 20 [Na NB 1/99 nfo ha altura itil a partir da qual podem ser consideradas atendidas as condigdes de deformagées-limite, Os valores de espessuras mfnimas em lajes ‘macigas estio no item 13.4.1, conforme se segue, ndo havendo tecomendagao sobre lajes lisas ou cogumelo: ‘) $ em para lajes de cobertura; +b) Tem para lajes de piso; ‘6) 10 cm para lajes que suportam vefcutos de peso total menor ou igual a 30 KN; 1d) 12 em para lajes que suportam veiculos de peso total maior que 30 KN; {) 15 em para lajes com protensio, 7.4.3 Calculo das Cargas Atuantes As cargas atuantes em uma laje maciga (carga por metro quadrado de laje) io calculadas da maneira usual, e devem ser consideradas as seguintes: {peso proprio estrutural: multiplica-se a altura da laje pelo peso especifico do concreto armado; 1 carga acidental: devem ser empregados os valores contidos na norma de ages (NBR-6120), de acordo com a finalidade do edificio © do ‘cémodo; revestimento inferior: se for 0 caso, deve ser considerado o revestimento feito na face inferior da laje: . 18 peso de contra-piso: com o intuito de obter uma superficie nivelada do pavimento, costuma-se fazer, algum tempo apés a retirada do esco- Tamento, um enchimento com massa de regularizagio, que deve, assim, ser considerado como carga atuante; piso ou tevestimento: deve-se considerar o peso do piso, lembrando que alguns pisos, como pedras de granito, possuem um peso bastante elevado, ap. 7 Pavimantos de Elifcios comm Laes Macias 285 ‘Todas as lajes de um piso, para efeito de céleulo, so, normalmente, consi- deradas totalmente earregadas. Apenas quando a cargit acidental for superior & ‘metade da carga total deve-se considerar as lajes curregadas alternadamente com acidental, como pode ser visto em Timoshenko & Woinawsky (1959) « Rocha (1972), 7.4.4 Verificagao das Flechas 0s destocamentos transversais nas vigas ¢ nas lajes de estruturas de edificios, de acordo com a NB1/80, nas alineas a ¢ b do paragrafo C do item 4.2.3.1, devem. respeitar os seguintes limites, sendo ¢ 0 menor vio das lajes em duas diregoes ‘ou o comprimento dos balangos e das vigas: )a) flechas medidas a partir do plano que contém os apoios, quando atuarem todas as agoes: e/300 £/150. (balangos) \b) flechas causadas apenas pelas-eargas acidentais: f< [1500 * (1250. (balangos) 0 deslocamentos nao poderdo ating valores que possam resultar em danos a elementos da construgdo apoiados na estrutura ou situados sob elementos da mesma, prevendo-se, nesses casos, quando necessério, dispositives adequados para evitar as conseqiiéneias indesejaveis . AA verificagdo dos deslocamentos € feita no estado-limite de uilizago, de acordo com o item 5.4.2.2 da NBI/80, que fornece a seguinte combinagao para © caso de edificios (substituindo as solicitagdes pelas agdes, o que é possivel quando 0 célcul é feito por processo linear) F, =F, +07-Fy bes em av F,~ ago de cst; FF — ago acidental caracteistia rm resume G para o caso a, a verificagao da flecha ¢ feita para 0 carregamento (g0.7-q), em que g é a soma de todas as eargas permanentes e q é a 286. Célula © Detahamento de Estutures Ussalt de Concreto Amado cap. 7 2 para o caso b, a verificago serd feita para o valor total da carga acidental « 1G nas verificagdes, por simplificagao, supde-se que nao hi fissuragaio & fluéncia do conereto. Na NB1/99, os deslocamentos-timite para estruturas em geral sfo dados no item 13.2. Para a verificagdo do estado-limite de deformagdo em lajes, de acordo com o item 19.2.1, devem ser adotados os critérios do item 17.2.1, ressaltando que em lajes esbeltas é possivel haver regides fissuradas (estédio 1D. As prescrigdes da NB1/99 sobre deslocamentos estao, neste livro, no Capitulo 4, Secdo 4.8.2. = 7.4.5 Calculo dos Momentos ‘Os momentos positivos e negativos das lajes, nas diregdes x y, so calculados com as Equagdes 7.16 e 7.17 € a Tabela 7.3. 6 importante destacar novamente ue os momentos si determinados para uma faixa unitaria de laje e para lajes isoladas. Também interessante observa que 0s coeficientes indicados nas tabelas evam a valores extremos dos momentos e, portanto, nio expressam a variagio de esforgos ao longo da placa. No caso de momentos negativos em face comum duas lajes, € usual considerar o maior valor entre a média e 80% do maior; entretanto, a favor da seguranca, recomenda-se utilizar para célculo das armaduras negativas, 0 maior dos dois momentos nessa face. 7.4.6 Determinagao das Armaduras Longitudinais O céileulo da armadura das lajes, nas diregdes x € y, & feito como no caso das vigas, observando-se que para a fargura da segao & tomada uma faixa unitéria (usualmente uma faixa de um metro) e, portanto, a armadura encontrada deve ser distribuida ao longo dessa largura. Recomenda-se, ainda, que seja tomada como altura itil da laje a distancia entre a borda comprimida superior e 0 centro das barras da camada superior da armadura positiva (Figura 7.7), pois iso acarreta um valor menor para a mesma {altura stil menor resulta siren de ago maior), © a camada junto & face inferior da laje estard com uma area pouco maior que a necesséia; isso garamte 0 posicionamento correto das barras, pois na obra niio é possfvel garantir se a armadura de cada diregdo sera colocada na camada correta,respeitando 0 célculo, 7.4.7 Reagao das Lajes nas Vigas {A reagdo das lajes nas vigas de apoio é obtida utilizando a expresso fundamental de equilibrio e o processo, por exemplo, de séries. Entretanto, nao ha referencias bibliogritieas em que possa ser encontrado um modo pritico de WE am ~~. Cap. 7 Paimentos de Edficios cam Ljes Macias 287 calcular essas reagdes de forma correta, conforme pode ser verificado em Mazzilli (1988). ‘A agio das lajes nas vigas, no estado eldstico, ocorre por meio de um carregamente com intensidade varidvel ao longo de seu comprimento (depende, principalmente, das condigdes de apoio e da relagiio entre os viios) ¢ no uniforme, 12 nde & simples de deter nas vigas. Entretanto, de modo simplificado, € possivel ¢ usual considerar que a ago das lajes nas vigas se faga de maneira uniforme, A NBI/80, no item 3.3.2.9, traz 0 seguinte a respeito: “Permite-se calcular as reagdes de apoio de lajes retangulares com cargas ‘uniformemente distribuidas considerando-se para cada apoio carga correspondente 0s tridingulos ou trapézios obtidos tragando-se, a partir dos vértices, na planta da laje, retas inclinadas de: n de dificultar 0 edtcuto dos esforgos 45° entre dois apoios do mesmo tipo; 60° a partir do apoio engastado quando o outro for livremente apoiado; 2 90° a partir do apoio quando a borda vizinha for livre.” Esse cto ¢ feito com base no procedimento de eéleulo de lajes na ruptara, ‘cos triingulos e tapézios correspondem, de maneira simplificada, a configuragdo de ruina de lajes retangulares com determinadas condigdes de vineulaga0, ou seja, na ruptura elas apresentardo linhas de plastificagao (conereto e ago) que as dividirdo em regives Como conseqiiéncia, cada uma dessas regides carregari a viga corres- pondente, simplificadamente, com carregamento uniformemente distribufdo, de acordo com sta érea de influéncia. A Figura 7.8 mostra dois casos de lajes com as respectivas areas de contribuigdo para as vigas. it Figura 7.8 Regides da laje para o eaieulo das reagdes nas vigas Nao houve mudangas a respeito das reagdes de apoio nas lajes macigas na NB1/99, conforme se depreende da leitura do item 14.6.7.1 ‘Como exemplo, considere o célculo das reagGes nas vigas de uma laje quadrada (Figura 7.9) simplesmente apoiada nas quatro bordas e sujeita a uma carga uniformemente distribuida jy 288 Cielo © Detthamento de Esruturas Usais de Concrete Amado Cap, 7 ve neeae aaa as Figura 7.9 Laje quadrada apoiada nas vigas V1, V2, V3 e V4. No caso, a laje ficou dividida em quatro partes iguais de area Q (4rea de influéncia), ¢ todas as vigas receberao mesmo carregamento; considere a viga, v2 a6 e - 7 @ Area de influéncia; Q =~ =—* " 4 4 re © carga total ma vga V2: Py2 = 2: Pig =P Pua carga distribuida nas vigas: Pys = "2 = —*—-Pige 4 carga dstibuida nas vigas: Pee =P = Pa assim, emum caso geral: py, =k: 6, -p © fator k pode ser tabelado para os diversos casos de apoio das lajese para 2. da Equagio 1.15, conforme a Tabela 7.6 Com os valores de k, as reagées nas vigas, para um certo carregamento p sempre com ¢,sendo 0 menor vio, sto determinadas de acordo com as Equagies 7.19 © 7.20 (conforme a Figura 7.10, indicando as reagdes nas vigas V1, V2, V3 e V4 para uma laje com duas bordas apoiadas e duas engastadas) ap. 7Pavimentos de Elis cam Lajes Macigas 289, ‘Tabelo 76 CGH NRIs ky RRS ER UR ree de lajesretangulars uniformiementecaregadas (casos I, 2¢ 3) Casn Cased . Ay ky ky 230 nas [232 262 | 250 | 192 | 237 293 _{ 250 [ 201 | 241 283 | 250 | 210 | 240 292 | 250 | 220 | 246 3,00) 229 | 248 3.08 238 | 249 3.1s_| 250 250 321 | 250 | 256 | 250 328 | 250 | 264 | 2.50 333 | 250 | 2m | 250 339 | 250 [290 | 2.50 344 [250 [ 297 | 2.50 348 [250 [/293\ | 72.50 353 | 250 [\299 [250 357 | 250 | 305 | 250 361 | 250 | 3.00 | 250 36 | 250 [ais | 250 3.68 | 250 | 3.20, | 250 195 [372 | 250 | 325 | 250 200 | 373 | 250 | 329 | 250 =| 00 | 250 [S00 | 2.50 200 culo Detahamento de Estrutuas Usui de Concrete Arado Tabela 7.6 Coeficientesk,, ky, k,e k,, para o céleulo das reagdes nas vigas de apoio elas retangularesuniformemente caregadas (casos 4,5 e 6) (continuaedo), cap. Cap. 7 Pasimentos de Eificos com jee Macigas 291 Tabela7.6 Coeficientes ky, ys kee ky para o eileulo das veagbes nas vigas de apoio de laos reungulares uniformemente carregadas (casos 7.89) (contiwaga), Cas05 Caso 6 I €as07 Caso Caso9 | | * [ Pa K fe pete le, *®>e fe 100 | 185 iat | 336 | 356 | 1a 00 303 | 30 | tae 1,05 192 152 | 3,66 | 3,63 144 105 | 308 | 3.12 aa 110 | 2,00 159 | 378 3,69 144 110 3,11 3.21 44 273 13 | 2.07, 166 | 386 | aaa | 1ae 15 Sua | 329 [rae 283 1.20 | 2.14 1 | 3s | 380 | 144 120, 36 [ 336 [ 144 292 125 | 2.20 180 | 3,99 | 3,85 144 125 | 37 342 144 3,00 1.30 | 2.25 188 | 406 [309 [144 130 a7 [aaa [iad 308 1,35 | 2.30 195 | 4,12 3,93 144 135 37 | 354 144 3,15 140 | 2.35 2,02 | 4,17 397 144 140 317 | 359 1a4_[ 250 | 3.21 448 | 240 209 | 422 | 400 | 144 148 37 | 3@ | 144 | 250 | 38 [aso | 246 2a7 | 425 [| aoa | tad 150) 37 [369 [14a [250 [3.3 ass | 248 224 | 428 | 407 | 14d 155 a7 [37 [144 [250 [339 160 | 252 zat | 430 | 410 | 14a 1.60 a7 aa 250 | 344 165 _| 2.55 238 [432 | aus. | 14a 1,68 au7_| 380 250 | 3.48 470 | 2.58 24s | aaa [ ais | 14a 470 37 | 384 | 14a [250 | 353 47s | 261 253 | 433 | 417 144 1s 317 | 387 144 | -250 | 357 | 180 | 264 259 | 433 | 420 | 144 180 317 | 390 | 144 | 250 | 361 Aas | 2.67 2,66 | 4,33 | 422 144 18s 31Z | 3.93, 144 | 2,50 | 3,65 190 | 2.70 2m [ass | 4a | tae 190 317 [396 | 10a | 250 | 3.68 195 | 2,72 278 | 433 | 4.26 1a 19S 37 [3.99 144 | 2,50 | 3,72 200 | 275 28a [aaa | 42s | tae 2,00 a7 [aor | tea [ 250 [35 5 3,66 5,00 | 4,33 5,00 144 5 3.17 | 5,00 144 | 2,50 | 5,00 1 Feagdes nas ditegdes x e y nas vigas em bordas simplesmente apoiadas (g,,por exemplo, refere-se a uma viga perpendicular a0 eixo x) a tee t =k x SST (7.19) 292 Gill eDetahamanto de Estuturas Usual de Cncteta Armada Cap. 7 0 Feagdes nas diregSes x e'y nas vigas em bordas engastadas: b 7 cr (7.20) vig ~ | vows vay Figura 7.10 ReagSes nas vigas de unva laje quadrada, 7.4.8 Aberturas Que Atravessam Lajes na Direcao da Espessura De acordo com a NB1/80 (item 6.2.1), quando forem previstas aberturas em pegas de concreto armado, deve-se verificar seu efeito na resisténcia e na deformagio, No caso de lajes armadas em duas diregdes, essa veTificacao poder ser dispensada se: 4) a dimensio da abertura em cada direcao da armadura néo ultrapassar 1/ 10 do menor vio (£): b) niio houver entre duas aberturas distincia inferior a 1/2 do vio; ‘6a distancia entre uma abertura e a borda livre da laje for Superior a 1/4 do vio na direcio considerada. ‘Segundo a NB1/99, item 13.1.5.2, se houver abertura, as lajes no podem ser lisas on cogumelo, dever ser armdas em das droge e verifcadas,simltnearente, ‘as mesmas condigdes prescritas pela NB 1/80, dadas anteriormente. 7.4.9 Detalhamento das Armaduras Para o detalhamento das armaduras serio relacionadas as recomendagies da NBI/80, da NB1/99 e outras pertinentes. E preciso também, para a érea encontrada de ago, por unidade de lnrgura da laje, determinar o espagamento entre as barras, 7.4.9.1 Espacamento entre Barras CO espacamento entre barras (1), para uma barra de drea A, (em) e uma dre total A, (em/n), tesultando em uma quantidade n de barrag ade miteo de ag Con 7 Pavimentos de Eifcios cam Lajos Macias 299, As Ae serdia largura da faixa (unitiria) de laje dividida inmnero de barras: Tm 1 _bamAgtem?) A, oA Adem) AY cu seja, para determinar 0 espagamento por metro basta dividir a dea da barra escolhida pela Area total de armadura, por metro de laje encontrada, (m) 7.4.9.2. Armadura Minima A armadura minima pode ser obtida, de acordo com o item 6.3.1 da NBL 80, admitindo a laje como uma viga de largura unitéria (b, € usualmente tomada igual a um metto) e constitufda por barras de ago CA-40, CA-50 ou CA-60, pela expressiio: Segumdo o item 19.2.3.2 da NB1/99, a armadura minima em lajes tem a fungdo de methorar o desempenho e a datilidade & flexdo e & pungo, bem como controlar a fissuragao, Bla deve ser constituida, preferencialmente, por barras com alta aderéneia (nj, > 1,5) ou por telas soldadas. Os valores minimos de armadura passiva aderente devem atender a: 1 armaduras negativas: P, 2 Py @ armaduras positivas de lajes armadas nas daas diregSes: p, > 0,67 -, ©. armadura po principal) de lajes armadas em uma diregdo: p, = Pray * A, bh ‘metro de laje, a largura b sera igual a um metro), p, 4.2 do Capftulo 4, correspondente ao concreto adotado. em que P. €a porcentagem de armadura passiva aderente (se A, for por © valor dado na Tabela 7.4.9.3. Armadura Maxima A.armadura mifxima de flextio em lajes 6 prescrita apenas pela NB1/99 (item 19.2.3.3), a qual indica que deve ser respeitado o limite dado no item 17.24.23), transcrito neste livro, no Capitulo 4 (Segao 4.2.2.2), 7.4.3.4 Armadura de Distribuigdo e Secundaria de Flexo Em lajes armadas em uma s6 dirego, conforme o item 6,3.1.1 da NBI/80, ‘a armadura de distribuigdo, por metro de largu da lnje, deve ter segao transversal de Grea igual ou superior a: %S. .

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