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A IMPORTÂNCIA DA CULTURA E IDENTIDADE SURDA NA FORMAÇÃO

BILÍNGUE NO ENSINO REGULAR

GT8 – Espaços Educativos, Currículo e Formação Docente (Saberes e Práticas).

Maria Patrícia Vieira Martins Lima¹


John Lima da Conceição²

RESUMO

O presente artigo discute a importância da cultura e identidade surda na formação


bilíngue no ensino regular, relacionada como recurso para uma educação plena e significativa. A
pesquisa foi desenvolvida com base em fontes bibliográficas e sites especializados. Discorre sobre a
necessidade de considerar a pessoa surda como sujeito diferente e cultural, possuidor de identidade
própria, além de entender um pouco mais sobre a abordagem educacional na formação bilíngue no
ambiente escolar e social. Além de discutir sobre o conhecimento cultural da comunidade surda, dando
ênfase ao fortalecimento de sua identidade. É necessário reconhecer a LIBRAS- Língua Brasileira de
sinais, como forma de expressão comunicativa e de representação linguística de transmissão de ideias
e fatos. Portanto é nas comunidades que se discutem sobre o bem-estar de todos, a fim de que tais
possam atuar politicamente, tendo em vista seus direitos linguísticos e cidadãos reconhecidos.

Palavras-chave: Cultura e Identidade Surda. Formação Bilíngue. Ensino Regular. Libras.

ABSTRACT

This article discusses the importance of culture and deaf identity in bilingual education in regular
schools, related as a resource for a full and meaningful education. The research was developed based
on bibliographic sources and specialized sites. Discusses the need to address the deaf person as
different cultural and subject own identity possessed, and understand a little more about the
educational approach to bilingual education in the school and social environment. Besides discussing
about the cultural knowledge of the deaf community, emphasizing the strengthening of their identity.
It is necessary to recognize the pounds- Brazilian sign language as a means of communicative
expression and linguistic representation of transmission of ideas and facts. Therefore it is in the
communities that are discussed on the well-being of all, in order that these can act politically in view
of their linguistic rights and recognized citizens.

Keywords: Deaf Culture and Identity. Bilingual training. Regular education. Pounds.

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¹ Graduanda em Letras/FSL. Especialista em Educação Especial com Ênfase em LIBRAS- Língua
Brasileira de Sinais. Graduada em Pedagogia pela Faculdade São Luís de França.
² Graduando em Pedagogia pela Faculdade Pio Décimo. John.lima33@gmail.com.
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1 INTRODUÇÃO

Este artigo foi elaborado com o objetivo de discutir a Importância da Cultura e


Identidade Surda na Formação Bilíngue no Ensino Regular, relacionada como recurso para
uma educação plena e significativa. O estudo pauta-se da necessidade de considerar a pessoa
surda como um sujeito diferente e cultural, possuidor de identidade própria. Além disso,
entendermos sobre a abordagem educacional na formação bilíngue no ambiente escolar e
social. A metodologia da pesquisa contemplou pressupostos constituídos através de fontes
bibliográficas e sites especializados.
Skliar (1998) citado por Souza (2014) defende que é possível aceitar o conceito de
Cultura Surda, por meio de uma leitura multicultural, tendo em vista que tal possui sua
própria historicidade em seus processos e produções. É através destas ações que se constrói a
Identidade.
A comunidade surda é um complexo de relações e interligações sociais, pois tais
necessitam da língua de sinais e das experiências visuais para realizar uma comunicação
satisfatória com as pessoas.
Segundo Souza (2014) é importante notar que a educação dos alunos surdos, é
relatada pela legislação que assegura uma educação que contemple os surdos em virtude da
necessidade da língua. Assim, a Libras- Língua Brasileira de Sinais foi regulamentada pela
Lei 10.436 e oficializada em 24 de abril de 2002, relata em seu Art. 1o como sendo
reconhecida como meio legal de comunicação e expressão em que o sistema linguístico de
natureza visual-motora, contendo estrutura gramatical própria, constitui um sistema
linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do
Brasil. (BRASIL, 2002).
É fato que a comunidade surda tem lutado diligentemente pela igualdade e
respeito de sua cultura, especialmente aos diretos no campo linguísticos educacional,
econômico e social.
Já no Decreto nº 5.626 de 22 de Dezembro de 2005, relata em seu Art. 5o, a
respeito da formação de docentes para o ensino de Libras na educação infantil e nos anos
iniciais do ensino fundamental, em que Libras e Língua Portuguesa escrita tenham constituído
línguas de instrução, viabilizando a formação bilíngue. (BRASIL, 2005)
Uma vez inserida na escola, a Libras oferece ao aluno surdo um melhor
aprendizado, principalmente no que tange a compreensão ao ensino de língua portuguesa. É
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muito importante que o professor busque uma formação contínua que viabilize novas
abordagens metodológicas educacionais.
De acordo com Souza (2014) surda é a pessoa que tem perda total ou parcial da
audição. Percebe o mundo através das vivências visuais, além de utilizar a língua de sinais
para comunicação, no entanto necessita da língua portuguesa como modalidade escrita no
intuito de poder exercer diversas funções como cidadãos.
Assim o aluno surdo tem todo o direito de ser assistido, por um professor bilíngue
principalmente no ensino regular, a fim de acompanhar e atender suas necessidades
educacionais como asseguradas em lei.
Enfim, é preciso observar e respeitar a cultura e a identidade surda, sobretudo,
reconhecendo o valor da sua forma de expressão comunicativa, a da língua de sinais como
representação linguística.

2 CULTURA E IDENTIDADE SURDA

Os povos surdos através dos movimentos sociais vêm contribuindo para que haja
um novo olhar no processo histórico cultural, com conquistas como a inserção do currículo
surdo, a valorização da Língua de Sinais e pedagogia surda nos espaços educacionais.
De acordo com Salles (2005) é através da cultura que uma comunidade se
constitui, integra e identifica as pessoas. Ou seja, a existência de uma cultura fortalece a
identidade.
Para Pereira (2011), assim como qualquer outra cultura, os membros das
comunidades surdas compartilham valores, crenças, comportamentos e o mais importante,
uma língua diferente.
A cultura surda vem sendo um enigma para os sujeitos ouvintes da sociedade. É
uma preocupação em que muitos ouvintes tentam entender os muitos caminhos que conduzem
os povos surdos às suas relações culturais presentes, como também nas organizações de suas
comunidades surdas.
Segundo Strobel (2015), a cultura surda se refere a comportamentos, valores,
regras e crenças, que permeiam e preenchem nas comunidades surdas. Dentre os elementos
principais da cultura surda estão às experiências visuais e as linguísticas que são essenciais
para os indivíduos surdos.
Conforme Pereira (2011), os surdos constituem uma comunidade linguística
minoritária cujos elementos são as línguas de sinais, em cultura própria visual-gestual. O
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conhecimento cultural da comunidade surda envolve também a informações culturais, a partir


de expressões artísticas como na literatura através de poesias, lendas, contos, piadas onde
exploram a expressão facial e corporal, além da utilização da língua de sinais como principal
componente de interação social. Portanto é nas comunidades onde tais apresentam suas
próprias condutas linguísticas associadas a seus valores culturais.
Segundo Skliar (1998) citado por Souza (2014) a cultura surda, assim como a de
ouvinte é determinada por um grupo de pessoas localizado no tempo e no espaço, para refletir
sobre o fato de que nessa comunidade surgem processos culturais específicos.

O objetivo do movimento surdo é rever as forças subjacentes nos


estereótipos encontrados nas diversas instituições sociais, bem como,
interpretações de surdos ou ouvintes isolados não constantes da cultura
surda; questionar a natureza ideológica de suas experiências, ajudar os
surdos a descobrirem interconexões entre a comunidade cultural e o contexto
social em geral; em suma, engajar-se na dialética do sujeito surdo.
(SKLIAR, 2011.p.70)

Os indivíduos surdos têm lutado pelo o respeito e pela a igualdade de seus direitos
à vida, à cultura, à politica, juntamente com o apoio da comunidade ouvinte. A comunidade
surda é uma forma para que mais pessoas surdas reflitam sob a importância desta caminhada
política.
Para Skliar (2011), a identidade é algo em questão, em construção que pode
frequentemente ser transformado ou simplesmente estar em movimento empurrando assim o
sujeito em diferentes posições. Ainda segundo Skliar a identidade surda possui múltiplas
categorias, que podem ser definidas como:

Flutuante Estão presentes onde os surdos vivem, e se manifestam a partir da


hegemonia dos ouvintes.
Incompleta Surdos que vivem uma ideologia ouvinista, na tentativa de uma
reprodução da identidade dominante (ouvinte).
Transição A passagem do mundo ouvinte, com representação da identidade
ouvinte para a identidade surda no contexto mais visual.
Híbrida São surdos que nasceram ouvintes e com o tempo se tornaram
surdos. Estes terão presentes às duas línguas numa dependência dos
sinais e do pensamento na língua oral.
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Surda Fazem uso da experiência visual dentro de um espaço cultural


diverso. A identidade política surda.
SKLIAR, Carlos. A surdez: um olhar sobre as diferenças. 5. ed. Porto Alegre: Mediação, 2011

Portanto, entende-se que todos os surdos possuem entre outras como vimos acima,
uma identidade surda, porém esta se apresenta de formas variadas e/ou conforme as
representações.
A preferência destes em se relacionar com seus semelhantes fortalece a identidade
surda. Tendo em vista que, é no contato que se identificam, onde compartilham as
experiências e dificuldades estas atreladas à comunicação enfrentada no dia a dia, seja em
casa, na escola ou em locais sociais.
Conforme Skliar (2011) é por meio de encontros surdo-surdo onde acontece o
surgimento da Comunidade Surda, a partir daí surgem associações que se relacionam em
diversos ambientes para interagirem principalmente no que tange a comunicação.
É nas comunidades que discutem sobre o bem-estar de todos, a fim de que tais
possam atuar politicamente, tendo em vista seus direitos linguísticos e cidadãos reconhecidos.
Enfim, caracterizar a Cultura e Identidade Surda como multicultural é o passo
para admitir que tal comunidade partilhe com a comunidade ouvinte em todos os sentidos, no
que tange ao espaço físico ou geográfico, da alimentação, do vestuário, hábitos e costumes,
sobretudo, em seus aspectos peculiares, inclusive na educação.

3 CULTURA SURDA NA EDUCAÇÃO

Antes de se tratar da Cultura Surda na Educação e vice-versa, é importante


ressaltar que a cultura de uma sociedade não se constrói a partir da escolarização dos
conhecimentos, mas contribuem para as constituições de diferentes significados culturais.
Segundo Skliar (2011) pensar no multiculturalismo na educação de indivíduos
surdos ou ouvintes, a partir de uma visão crítica, seja uma alternativa para aqueles que
pesquisam e atuam na educação surda.
Desta forma, ser plenamente multicultural é ter a oportunidade nos dois mundos,
surdo e ouvinte ser um veículo eficaz para as trocas sociais. É importante que os sujeitos
aprendam a apropriar-se criticamente do conhecimento que existe, o qual muitas vezes, está
além de suas experiências imediatas. Aprender a língua de sinais da comunidade surda na qual
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esta inserida significa ter maior facilidade em aprender a língua oral-auditiva da comunidade
ouvinte.
A surdez é uma experiência visual, isso significa que todos os mecanismos da
informação compreendem-se através do universo em torno do que se constroem por
experiência visual. (Skliar, 2011)

Língua de sinais – São línguas que são utilizadas pelas comunidades surdas.
As línguas de sinais apresentam as propriedades específicas das línguas
naturais, sendo, portanto, reconhecidas enquanto línguas pela Linguística. As
línguas de sinais são visuais-espaciais captando as experiências visuais das
pessoas surdas. (QUADROS, 2005, p.8)

Enfim segundo os autores é nesse sentido que se deve discutir criticamente a


questão das diferentes abordagens didáticas dentro do contexto escolar relacionado ao ensino
do aluno com surdez no ensino regular.
Segundo Gesser (2009) a língua de sinais, tem sua gramática própria e se
apresenta de forma estruturada em todos os níveis, como na língua oral: fonológico,
morfológico, sintático e semântico.
Conforme Pereira (2011) a língua de sinais é o principal elemento de interação
social para a maioria das pessoas surdas é por este que se tem todo o acesso ao conhecimento
do mundo em geral. Tal conhecimento inclui vários assuntos como notícias e acontecimentos
do mundo, matérias de jornais, nomes de lideres surdos dentre outros.
A pessoa surda possui maior dificuldade escolar, em relação aos ouvintes, isso
porque falta a estes, a oportunidade de ter acesso a uma escola que reconheça as diferenças
linguísticas, que promova o ensino de Língua Brasileira de Sinais- LIBRAS.
Conforme Quadros (2005) a LIBRAS é uma língua utilizada pelas comunidades
surdas brasileiras. É uma língua visual-gestual articulada através das mãos, das expressões
faciais e do corpo. Tais sinalizadores estabelecem referentes associados com uma localização
no espaço.
Conforme Gesser (2009) a Libras é uma língua que expressa movimentos gestuais
e expressões faciais que são percebidas pela visão, tornando-se uma modalidade oral-auditiva.
Logo, a língua de sinais tem todas as características linguísticas como de qualquer
língua natural. É preciso entender que o canal comunicativo é visual-gestual e que o surdo
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utiliza deste para se comunicar isto porque a deficiência auditiva impede os surdos de elevar-
se à oralidade.
Para Skliar (2011) a maior dificuldade para os surdos é encontrar profissionais da
educação que estejam preparados para recebê-los em sala de aula e ainda capaz de rever
continuamente suas práticas metodológicas.
Enfim o aluno precisa compreender que sua cultura surda esta sendo incluso no
meio educacional especificamente em sala de aula é preciso rever questões relevantes que
permita atendê-lo com uma educação efetiva e significativa tornando assim seu aprendizado
pleno. Logo, recomenda-se que a educação dos surdos seja efetivada em Libras, uma vez
entendida como língua materna do surdo, dentro da escola ou em qualquer outro meio social.

3.1 Educação Bilíngue para Surdos

Segundo Quadros (1997), o bilinguismo é uma proposta de ensino utilizada por


escolas que propõem a tornar acessível a duas línguas no contexto escolar. Têm apontado para
essa proposta como sendo mais adequada para o ensino de alunos surdos.
Atualmente, tem-se tornado muito forte as reivindicações destes, por uma escola
bilíngue, cuja proposta esta inclusa no Projeto de Lei 8035-2010 do Plano Nacional de
Educação (PNE), que garante a oferta de educação bilíngue, aos alunos surdos e deficientes
auditivos de zero a dezessete anos, em escolas e classes inclusivas. (Souza, 2014)
A proposta bilíngue surgiu baseada nas reivindicações dos próprios surdos pelo
direito à sua língua e pelas pesquisas linguísticas sobre a língua de sinais. Na adoção do
bilinguismo, deve-se optar pela apresentação simultânea das duas línguas: a Libras como a
primeira-L1 e a Língua Portuguesa como a segunda- L2.

O Decreto nº 5.626/05 declara-nos que:

Regulamenta a Lei nº 10.436/2002, visando ao acesso à escola dos alunos


surdos, dispõe sobre a inclusão de LIBRAS como disciplina curricular, a
formação e a certificação de professor, instrutor e tradutor/intérprete de
Libras, o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para alunos
surdos e a organização da educação bilíngue no ensino regular. (SOUZA,
2014, p.15)
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Portanto, o aluno deve ter no ensino regular uma formação bilíngue como
proposto em lei e adquirir como língua oficial a Libras-L1 e como e o Português-L2.
Segundo Souza (2014) à proposta do bilinguismo no meio escolar permite que a
pessoa surda tenha a oportunidade de aprender a Libras desde os anos iniciais, inserindo aos
poucos vários conceitos a partir da Língua Portuguesa. Quadros (1997) a língua portuguesa
não será a língua que acionará naturalmente o dispositivo da aquisição de linguagem, por
conta da falta de audição. É importante entender que poderá aprender essa língua, porém
nunca de forma natural e espontânea como é o caso de Libras.
Segundo Salles (2005) o ensino de língua portuguesa, faz-se necessário como
segunda língua, na utilização de materiais e métodos específicos no atendimento às
necessidades educacionais do surdo.

A língua de sinais, uma vez entendida como língua materna do surdo, será,
dentro da escola, o meio de instrução por excelência. A instrução deve
privilegiar a visão, por meio do ensino da língua portuguesa escrita, que, por
se tratar de disciplina de segunda língua, [...]. (SALLES, 2005, p. 47)

No que tange a escola, os profissionais envolvidos com o ensino de língua


portuguesa para surdos, devem ser conscientes dessa realidade e ofertar ao aluno um ensino
que o permita usufruir de forma qualitativa o direito de aprender.
Segundo Skliar (2011) embora a escola seja um espaço de produção e reprodução
de sujeitos, também é um espaço onde os surdos podem reproduzir outras representações
sobre si. Ainda segundo Skliar é nas atividades diárias da escola que essa produção e
reprodução acontecem ao sujeito, enfim é neste espaço que se constrói as tais representações.
A escola precisa ser um espaço para que o aluno através de seus valores
linguísticos desenvolva seu processo de aprendizagem, a troca de experiência com os
professores, colegas e/ou em comunidade, tais relações promovem o sucesso do aluno.
Logo segundo Souza (2014), torna-se urgente refletir sobre o aprendizado de
língua portuguesa pelos surdos, além de desenvolvimento de estratégias de ensino, voltadas
para uma contextualização mediante as visuais, a fim de garantir o promover uma educação
com qualidade.
Enfim, a comunidade surda almeja uma educação bilíngue, para tanto é necessário
por parte dos professores uma formação continuada que saiba Libras, tenha conhecimento da
cultura surda, e consequentemente, recursos didáticos e metodológicos de aprendizagem
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adaptadas para maior compreensão e interesse do aluno na escola, provendo assim, a interação
entre professor e aluno.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Entender que os surdos possuem sua própria historicidade é fazer conhecida sua
cultura, proporcionando assim, o fortalecimento de sua identidade politicamente quanto
cidadão. Vale lembrar que todo cidadão tem o direito a ser educado em sua própria língua, o
acesso a Libras assegura as relações afetivas e sociais.
Muito embora, mesmo com tantas barreiras sociais, políticas e culturais, isso não
os impede em nada, a comunidade surda tem estado firme na luta por seus direitos, pelo
contrário, tornam-se ainda mais fortes para ultrapassarem todos os obstáculos encontrados
pelo caminho.
No que tange a Libras, uma vez inserida na escola permite ao aluno aprender e
desenvolver suas habilidades mediante o aprendizado. De modo que possa ser inserido diante
do contexto escolar e social. Visto que, ao fazer uso de Libras-L1 o próprio terá maior
facilidade para aprender outras línguas principalmente à língua portuguesa-L2. O não uso da
língua de sinais atrapalha o adiantamento do aluno, no que diz respeito à aprendizagem por
meio da L2.
De fato, percebe-se a importância da atuação profissional, em virtude da
possibilidade de compartilhar angústias e dificuldades vivenciadas no cotidiano pelo aluno. O
aprendizado é o mais importante neste processo, tendo em vista que a libras é mais fácil do
que o português devido a sua complexidade.
Sendo assim, o aluno surdo tem todo o direito em sala de aula ao acesso de Libras
como representação linguística, sendo o canal comunicativo visual-gestual. Cabe por parte
dos profissionais entender melhor as necessidades culturais e educacionais destes. O papel do
professor bilíngue é de instruir e facilitar ao máximo de forma contextualizado o aprendizado
do aluno com surdez. Daí a importância de uma formação continuada, a fim de garantir seus
direitos como previstos em lei.
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5 REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado


Federal, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm >.
Acesso em: 19 de abril de 2015.

_______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado


Federal, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/decreto/d5626.htm >. Acesso em: 19 de abril de 2015.

GESSER, Audrei. LIBRAS Que língua é essa: crenças e preconceitos em torno da língua de
sinais e da realidade surda. 6. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

PEREIRA, Maria Cristina da Cunha et al. Libras conhecimento além dos sinais. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2011.

QUADROS, Ronice Müller de. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto


Alegre: Artmed, 1997.

__________. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa.


Secretaria de Educação Especial. Brasília: MEC, SEESP, 2005, p.8.

SALLES, Heloisa Maria Moreira et al. Ensino de língua portuguesa para surdo: caminho
para prática pedagógica. Brasília: MEC, SEESP, 2005, p.47.

SKLIAR, Carlos. A surdez: um olhar sobre as diferenças. 5.ed. Porto Alegre: Mediação,
2011, p. 70.

SOUZA, Rita de Cácia Santos et al. Introdução aos estudos sobre educação dos surdos.
Aracaju: Editora Criação, 2014, p.15.

STROBEL, Karin. Revista virtual de cultura surda e diversidade. Disponível em:>


http://www.editora-arara-azul.com.br/revista/03/perfil.php>. Acesso em 12 Mai. 2015.

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