Professional Documents
Culture Documents
A Noite Do Castello e Os Ciumes Do Bardo
A Noite Do Castello e Os Ciumes Do Bardo
Ο Ο
Κ. Κ. Η Ο F Β Ι Β L Ι Ο Τ Η ΕΚ
ΟSΤΕRR. ΝΑΤΙΟΝΑLΒΙΒ LΙΟΤΗ ΕΚ
« --
--
" -
"
-
-
- - -
- Α
-
» - - ν φ " ν
Ο Β R Α 5
ν'
ΙΟΕ -
- "». τ ί
Α -
κ. "
-
*.
ΑΝΟΙΤΕ DΟ CΑ8ΊΕΙ.Ι.Ο.,
Ε
ΙΡΟ ΙΕ: ΙΜ Ι Α S
SΕG UΙΙΟΟS DΑ
CoΝFIssΑo DΕ ΑΜΕLΙΑ
ΤΕΑΙΟ UΖΙDΑ ΙΟΕ "
Α. ΡΕπταπΑΝo pΕ αΑsΤΙππο
Βacharel Formado em Direito pela Universidade de Coimbra,
Socio da Αcademia Real das Sciencias de Lisboa . da So
eiedade Juridica e da Αssociaςão dos Αmigos das Letras da
meSma Cidade , da de Μedicina e Litteratura do Porto , do .
Ιnstituto Ηistorico de Ρariz, da Αcademia Real de Scien
«Cias e Βellas Letras de Roao.
ΡοΕΜΑ ΕΜ 4 σΑΝΤos
κ"
Α Ο ΟΑΙΖΑ Ι ΗΕΙΗ'Ο
Α Ν Τ Ο Ν Ι Ο ΤΕ Ρ Ι Ο Ο Ο Ι, ΑΝΙ
Ι, USΙΑΙDΑS
Λ. ΓΕπταπΑκο DΣ σΛΕΤΙΣΗo
- - - … -
-
ι
-
--
ΙΧ
Ρretacio.
Νή
Ι
3θέλt"ξέ%χε%34%ε%ξήθtk%θtήθίξέλξt#############t%ξεχεχεχείtertχε%
Οanto primeiro.
Coavozninguemco'osolhosointerrogio.
Um copolhe enche Οrlando e lho apresenta;
και Bebe, anima-te e falla,, Αlgando o vaso .
Νa vacillante dextra, antes qüe a boca .
Ο leve, ο Pagem diz, Para que voem.
μ, Α's terras de infieis os mãos agoiros! ,," *
τ
".
Εξpreiteicάdelοήge,evi...!,, Callou-se.
instήrio: proseguio... Se alguem duvida
,, Ρόaeir ve-lo Como eu: vi claramente,
,,Α alampada do altar está bem viva, ι
., Um guerreiro, uma campa olevantado : 4,
15
. . .. . . . .. "... ". * • - - -
21.
Α ΝοΙΤΕ Do CΑSΤΕLLo.
- - : : •ροαιξη»-- -- -
«Ganto Segundo
Η 7) Σ - ", f: "ν. Σ -
... αυ 5 Ιgne".
: -- Ε a causa 2
. Γ. Leonor. ζ,
Ο que ha ca dentro
Νão to sei eu pintar! Αmei Ηenrique
Com a abundancia, o extasi, ο delirio
De um virgem coraςão, immenso e ardente,
Glue ha muito sonha um Αnjo, acorda e o acha.
Ν'elle encontrei, confesso, iguaes extremos.
Εilhos de irmãos, e quasi irmãos na idade,
Νa educaςão, em habitos, em gostos,
Jurämos mutuamente amor eterno,
Sem restricρόes, sem clausulas, jurämo8
Αté viver leaes um do outro έs cinzas.
Μinha Μai, (bem podera dizer nossa,
Ωue hem sabes se o foi) madura em annos,
Αmava esta uniáo, temia extremos;
ΙDa promessa ametade Ihe aprazia,
Τemerario era oo mais:
Ε tempo longo razόesvencida
fez: porém lhe oppunha, και
" . . . . . . Ιqnez,
Sim, por minha vergonha sabestudo.
Ηe para me humilhar que hoje o confesso
Αti, ao Deos que me ouve, e à sombrainulta
D'esseinfeliz trahido: ah! possáo elles
Como tu me perdoas, perdoar-me,
Ν'esta hora pavorosa, em αμe presinto... .
" Leonor. . . -
"τ-, , ,
45
Τinha a existencia toda : olhava a terra
Com muito amor, os céos com alvorogo:
Viver aqui ou la, no meu Castello
Com meu Ρai, ou no Céo entre os mais anjos
Εrão dous bens, e eu não temia a morte. *
Ν'esses tempos orava: os meus affectos, -
Que inda entao erάο meus, minha pureza
ΙDaváο ά minha voz um certo encanto,
Εum voo affoito a Deos: era um commercio,
Εntre uma filha eum pai; deamorfervendo
Vcava o pensamento antes da frase.
Säe hoje a frase a custo, e desleixado : "
Οu timido ou profano o pensamento
De longe a 8egue, e em meio a deixa errante,
- Μ.e0nor. - : : .. .. .
Μas orai: a oraφάο frouxa ao principio
Ρόde-seir pouco a pouco afervorando:
Com Deos pedir-lhe a graga he tel-a certa. :
Ι9nez.
Sim, resarei: porém, Leoηor, tήo nova
Ιr da terra natal a um mundoignoto2... -
ο Deixar tudo, prazeres, esperangas, -
19ηe".
Βem sinto;
Νão importa. Αproxima-te, não quero
Contaristo em voz alta. Αssim . . . mais perιo. . .
Βem! Μas ouvee não falles. Αntes d'hontem
Εra sol posto, eu vinha do passeio...
Εspera . . . gue δuvi eu nos corredores 2!
Leonor.
Ηe vento a assoviar. "
Ι9nez.
. Ο' minha amiga,
Corre outra vezasportas do aposento,
V6 se estão segurissimas.
ε. Leonor
(Depois de ter eramϊnado tudo σ#α-
υer-se demorado αιηuns momentos fόrα dα
φονία ao corredor. " - -
Seguras
Θuanto he possivel: o rumor que ouvistes
Εrão no corredor pisadas leves
47
Leonor. 4
- - * .
- - ; -- . . και
. ., Ι9nez.
Logo que a porta
Como d'antes cerrou, sόlta um gemido,
Τoma o bordão que ali deixάra em terra,
Ε ia partir quando me vio: turbou-se ,
Οlhou-me fito, fito, e se eu não èrro
Τornou-se inda mais pallido! Chamei-οι
Ρara dar-lhe uma esmόla , a voz , ο aceno
Repeti, mas em vάο. Quiz retirar-me,
Ficou-se, e deixou-meir.Νão era eulonge,
Quando lhe ouvi bem claro estas palavra8,
Que o tom solemne me tornou mais negras:
= "Vai, voi, os dias tous estao contados,
Η
49
ξ
5Ι ".
σanto Τerceiro,
esoão portas , abrem-se janella8 ,
Väo e voltão reflexos, passos, vozes,
Ο portäο range, desce a ponte, ή margem
Corre luz ... boiâο soltos remos , taboas.
Dois pescadores, desiguaes na idade,
Βelutão contra a morte : a vaga escura
Οs enrola, os atira, ά praia os deixa.
Ρias mãos, pias fallas os levantao,
Lhes dão consolacόes, favor Ihe off recena.
Εxforgando a voz tremula - " Νόs somos
,, Ρescadores, um diz, e adormecemos
,, Νο batel fundeado ha poucas horas.
,, Rebentou-nos com os ventos o calabre,
,, Demos na rocha, o lenho espedagou-se,
,, Ε despertämos a brigar coas ondas.
,, Como a noite vai tal, e nόs molhados,
,, Se consentis que entremos no Castello,
,, Εntraremos; um tecto e poucas palhas
,, Sobrão para αμartel, e cama d'ambos,
,, Que logo que amanhega havemos de ir-nos. ,, -
Ja folgão sob a abobada hospedeira
Recebidos sem cusίο. Οbserva Οrlando,
ΙΟ
52 Α
Ηenrique,
Πgnez! foi na minha alma a tua idéa -
65
+ Ηenrique a ouνίra
Εntre attentσe inquieto, e interrompendo-a:
Ηenrique.
- " Μas o altar dentro em pouco os-aguardava,
Εste le to ia ser do embuste o prémio.
Vai, desgraςada cumplice, vil manto
De vergonhas mais vis, cala-te. Dize,
Ε quando elle a gozou, chamou-lhe Ηenrique 2
Βasta: quero emfim crer, foi minha injuria
Crime alheio, não teu. Que nos merece
Lm traidor, não lhe chamo um cavalleiro,
Um bandido, sό forte em roubo e fraude,
Que um nό dado nos céos soltar-nos veio 2
Justo não he que aos olhos to conduza
Ja cadaver 2 tu juras-me calcal-ο 2
Juras-mo Ignez 2 Τu calas-te 2 desmaias 2!
Αh! perdόa, eu deliro, exijo muito.
Ιgnez! Ignez!... um véo sobre o passado!
Relevemo-nos tudo, refloramos
Αos dias do prazer ! Εu te conjuro,
Ρrostrado eu te conjuro, oh! vem ser minha!
Μinha sό, minhasempre: esquece omonstro,
Foi a visäo de um sonho aftadigado.
VoIta ao meucoraςdo, corre ameusbragos!...
Τπdo he tentado ens váο! asiras justa8
Μοstrei, fingi-lhe amor: corri sua alma
Ρortoda a parte, e em toda a parte he noite!
Fica-te pois com o teu silencioinfausto,
Εute perdido: pensa que este mundo
75
Α ΝΟΙΤΕΙΟΟ CΑSΤΕΙ,ΙΛΟ.
ι εοοοιξ-οοοο
Ganto Quarto.
σΜ o remanso geral da natureza
Sό contrasta essa Τorre, apresentando
Α' terra silenciosa o desesprado,
Como a estatua da Dor em base eterna.
Οbra do fausto de orgulhosos dias,
Soberba lhe pousära os fundamentos,
Έ hoje a c'roa a mais lugubre miseria :
Vaos pensamentos! vaos destinos do homem!
Εntendéreis que o fado a sustentáva
Como hastea de troféo n'aquella noite,
Ρara abater as tumidas vaidades.
Μas que interruptos sons espalha a brisa
De cima da esplanada 2 Νao he este
Seu fremito usual no antigo musgo,
Οu resequidas ramas balangadas
ΙD'entre as fendas do marmore: de Ηenrique
Ηe essa a voz. Αvoz de Ηenrique!... embora:
Μas para guem a sόlta, ou quem Iha escuta2
Quem 2 mui feliz se pόdes perguntal-o!
Ηenrique está n'esse auge de infortunio,
Εm αue a alma, ebria dedor, da dor precisa,
Τeme perder-lhe o alvo, e ao dom da falla .
Ε 2.
78
ξ
ΙΟΙ
rosa em vida e morte. Certo que até aguί
nem eu nem Lcubis inventämos cousa al
guma, e nem seria facil averiguar quem fosse
o creador de taes protestos due sempre e em to
dos os amores se fizerão , ainda gue raro e em
bem poucas partes se hajάο visto cumprir. Con
siderei eu, e considerou Louis, e outro qualquer
consideraria , gue o quebrantamento de tão so
lemnes promessas era a maior offensa gue a um
amante podia ser feita : e αυe se o amante as
sim trahido podesse aehar modo de se vingar,
não deixaria de com todas suas forgas o por por
obra και e um exemplo d'essa tarda , inutil , mas
muito natural vinganga, foi o que a ambos nός
nos occorreu escrever. Νecessario era pois que
em uma e outra parte apparecesse um par de
amantes bem amantes , votando-se mutua eper
petua fidelidade , que depois sobrevindo a au
sencia, ou elle ou ella, preferindo o presente ao
passado e ao futuro, caisse na fragilidade de
deixar ir o coragão para onde o chamassem ca
ricias. Ρara ellas atirάmos o peccado da incons
tancia , não porque n'ellas melhor caiba do gue
em nόs , antes bem do contrario me persuado
εu , mas porαue emfim emquanto o homem
for pintor sempre o leão hade ficar debaixo.
Cada um de nβs poz por tanto em segunda
mão a sua heroina , sem que para isso houves
se neeessidade de copiar nada de minguem. Se
guindo o progresso usual das cousas, indo cres
cendo os segundos amores das nossas heroinas ,
deviao chegar ao seu zenith, isto heao consor
cio, e isso se fez. Α cortezia de todo o poeta
αυe não fosse Selvagem, "4"Ε
tambem que
1Ο2
para honra da Dama se houvesse de dar toda
a possivel desculpa ao scu perjurio , a qualnão
podia ser outra senão a certeza de ter morrido
o a guem de primeiro se Gbrigάra , e essa cor
tezia ambos a tivemos. Importava αμe osoffen
didos wolvessem ά scena, quando menos espe
rados, a fazer o desenlace e a punir as ingra
tas, fim unico moral em que ambos nόs pozό
ramos o olho. Α occasião d'este repentino ap
parecimento nao devia ser outra senao a epoca
do noivado, porque então era due o crime se
achava maduro para ser colhido pela mão vin
gativa do ciume, e ainda nao consummado para
não langar nojusto do castigo uma nodoa maior
«le atrocidade : apparecem pois no Poema e na
Βallada os terriveis impedimentos quasi άhora
da uniáo. D'aqui por deante tudo he diverso.
Αffonso que devéras tinha morrido, apparece
fantasma e leva comsigo para o outro mundo
a sua traidora em corpo e alma , deixando vi
το ο Infangao seu rival; Ηenrique volta vivo,
e sobre o cadaver do competidor feliz dά morte
ά sua amada. Αté aqui , parece-me, não ha en
contro algum due por uma derivagao succes
siva e necessaria de idéas se nao explique suf
ficientissimamente. Ο αμc um pouco mais em
barago poderia causar he a coincidencia não de
serem formosissimas ambas as Damas, φue es
sa he condiςão infallivel em poemas e novellas,
nem tão pouco de serem ambas senhoras de al
ta linhagem , pois que a poetica ainda se não
tem dignado de authorizar a tragedia plebea ,
porem sim a coincidencia de serem ambos os
dous, Ηenrique e Αffonso, cavalleiros do tempo
1Ο3
das cruzadas , e ausentarem-se um e outro pa
ra a Ρalestina. Εsta mesma ja me não mara
νilha : emprehendendo-se escrever um Ρoema
romantico, vem forgosamente a idade media pre
sentar-se ά imaginaςão, como aquella a quem
sό cabe o nome de romantica. Com as ideas
essenciaes da idade media vem tambem forgo
samente a das guerras nos lugares sanctos: e
querendo-se um heroe d'esses tempos e haven
do precisao de o por por largo espago longe de
sua terra , nada he mais obvio e nenhuma in
vengão merece menos o nome deinvenςão, gue
a de ο mandar peleijar com os infieis άcerca
ao Sancto Sepulchro. .. "
r 4
1 Ο6
Ρasseava eu por um jardim em Lisboa no
fim de margo do anno de 1830, poucos dias
depois de ter.ouvido ler o primeiro tomo do
Γanlasma profeία de Schiller. Passeava sόsi
nho ruminando um soneto que me haviam en
εommendado de queixumes etalvez impreca
gόes contra uma perjura. Εra ao cerrar da noi
te , de umajanella sobranceira vinhão sons de
piano, o meu espirito estava mui bem n'a-
quella solidao, guando nas bafagens queba
«las da viragao se comegárão de ouvir uns si
nos que ao longe tocaváo a defuntos. Εsses
poucos elementos, e guasi todos pelo sό acaso
deparados e juntos, simpathisavao uns com os
outros , e todos com a corrente que entao le
vaváo minhas ideas : e pois due me elles mes
mos procuravao , de mais nao tratei senao do
modo por due faria um vinculo para prender
estas diversas flores do meu passeio em una
1amo concertado , e se possivel fosse duradou
ro : e o primeiro embrião do Poema se achou
concebido. Θue leituras ou que outras circuns
tancias d'ahi para deante o desenyolverao e am
pliάrão até sua cabal formaςάο , nem . o sei
nem jά isso importaria a ninguem ; e pordue
he razάο irmos jά pondo em terra a proa , di
rei sobre a Invengão em geral duas palavras
por despedida.
Ρarece-me que bem poucos serão os cases
em que o estro tire de sua propria substan
cia as artificiosas cousasque produz. Ηe quasi
sempre a caprichosa fortuna quem por alguma
νia nos atira aos sentidos os objectos, cujas ima
gens depois aproximadas na imaginagάο do
1Ο7
poeta, o convidão, como materiaes jάreunidos,
para d'ellas se serviremsuas edificagύes. D'es
ies ajuntamentos de imagens recentes pelas
quaes muitas vezes se nos depertão outras mais
antigas, de todos estes ajuntamentos digo ,
muitos säο inteiramente incoherentes , e esses
täο prestes os rejeitamos, gue nem leve cons
ciencia d'elles nos fica. Οutros , ainda que
não de todo incompativeis, tem comtudo mui
pouca affinidade, e a facilidade de os conhecer
e rejeitar constitue o que chamamos bom gos
to. Οutros emfim , com tanta forga ou graga,
se adaptão, due o toma-los assim como vem
casados , e compor-lhes digna roda e sequito
se ha por muito grande felicidade de ingenho.
Ρor aqui vem , gue para αμe se consiga o que
se chama inventar, nada contribue tanto como
rechear a fantasia jά com a leitura , jά com ο
variadotracto do mundo eformusuras da natu
za. Τem todavia cada uma d'estas cousas seu .
desconto : a leitura tenta-nos aos furtos : e he
o estudo dos homens e cousas pόstas fora de nός,
longo de si, cheio de confuz5es e aborrimento,
e tão azado para nos inspirar como para nos
apagar a inspiragάο e dissipar-nos a alma pelos
gostos das cousas frivolas e de nenhum pro
veito. Ο αιue portanto melhorse hade fazer,
Ηe temperar um pelo outro : a solidao refle
xiva da leitura com o bolicio e scenas move
digas de fora , e a agitagάο de fora com o ra
manso dos livros em que mais houvermos pβs
tos nossos amores. Μas nãυ se poderia idear
algum meio artificial , por onde estas duplices
vantagens se conseguissem reunidas e sem cus
?5 .
1Ο8
ιο! um meio de forgarmos todas as cσιusas do
τιniverso a virem procurar-nos em nossa cama
ra, e variarem aos nossos olhos, e velocissima
mente, todas suas possiveis combinaς5es até
as mais raras e disparatadas ! sim existe ; e com
quanto a muitos haja elle de parecer ridiculo,
ahi vai sem preambulos nem venias : provem-no
e talvez ο dem por bom. Νσme de Cérebro ar
tificial Ihe pozseu Inventor (κ) e com razao, por
que esta machina nao sό se occupa de represen
tar todas as ideas do universo, mas nos fόrra
ο trabalho de as associar por todas as manei
ras, submettendo-as ά authoridade do nosso
juizo, unico dote que lhe fallece , por não ser
possivel metter juizo em uma machina. Lan
gai em uma urna um grande numero de sortes,
em cada uma das quaes se haja escripto onome
«le uma cousa natural ou artificial, que pela
ΑΡΡΟΝSo Ε ΙSΟLΙΝΑ,
" Βalladα ίιυremente traduzida do Ιnglez de
- Lewis, pelo Sr.
Αlexandre Ηeroulano
de Carvalho.
4 Α"
- 1
De Ιsolina a mui formosa
Jä se parte o seu guerreiro.
- " Α Palestina me chama,
" Αdeos que sou Cavalleiro.
" Sinto, Senhora, os teus choros,
" Ε n'essas lagrimas creio:
" Μas hei medo a novo amante,
" De inconstancias me arreceio.,, -
3
- " Αffonso não te arrecβes
" Νάο tens que te arrecear:
"Juro amar-te vivo ou morto,
" Μais ninguem me ha de gozar.
"Τua sombra me apparega
" Se eu quebrar ojuramento,
" Comigo se ponha ά meza
" Νo dia do casamento.
ΙΙ.8
5
" Αli declare em voz alta
" Que o seu direito requer:
" Ρara o sepulchro me arraste,
" Gritando - έs minha mulher. ,, -
6
- Αs ΒoDΑs
do
σ ο Ν ΙΟ Ε: Η Ι Ζ Ζ Α Η Ι.
. . .κ.
. . ΗrsΤoRΙΑ sΙcILΙΑΝΑ.
( Δrtino trαduzido do Voltigeur Ν." 21.)
ο
"... -
-"απελ
Ε. τιm Castello antigo, gue entre Sy
racusa e Catana, não longe da aldéa de
Βruca , está formosamente situado, cincσen
ta annos haverά aconteceo uma lastimosa
tragedia que vos ora contarei. " ,
pδde ouvir: ο
* Venite α piangere le nostre e le υostre
γκίSerie ! " 1 . ο
que quer dizer" ". - . . . . .)
" Vinde chorar as υόssas e m03sa3 mί".
έerίαs! . . . . .. . .. - -
..."
135
Vio-se então que fδra aquelle mesmo
ο sitio aonde se o crime perpetrara. Νa
desordem dos trastes se lia que ali se an
dárão em encarnicada luta, no chao jazião
os mortiferos instrumentos, e sobre o lei
to conjugal pousava uma hastea de cipres
te, claro documento de premeditada vin
ganga.
Τodas as pesquizas e diligencias fo
rao baldadas. Νao houve atinar com ο
minimo rasto do attentado inaudito. Νο
Cavalheiro caίrão as principaes suspeitas,
e dentro em pouco se soube que se havia
da Ιtalia expatriado: nem volvέo a por lâ
seus pés.
Leonor nunca mais se restaurou de
tamanho abalo. Retirou-se a final para um
Convento, aonde a morte, unica amiga
efficaz para desgracados, poz breve rema
te em Seus desgostos.
--
"
-
εγκ: "Ο ι κ . . . . . .
os crUΜΕs Do ΒΑRDo.
ΙΡΟ 1: ΙΜΙ Α.
Αo sen υenturα, que entender meu Cακία,
Μειι Canίο ε ηλικίαs lagrimas enνιο,
«' * * * *
.. Α Μν.
ΕΕΕ Γ Ι Ν ΑΝ D DΕΝΥ 8,
Αο ΑΜΙGo DΑ LΙΤΤΕRΑΤURΑ
ΡΟRΤUGUΕΖΑ
ΤΕ , ΙΟΟS
ΡΟΕΤU GUΕΖΕS:
Α. ΡΕΙΙσπΑΝo DΕ σΛ8ΤΙΙωΗΟ.
Α
- Ε και " - *..
- και -
4 "-- : 4. - -
". . . .
* -- -
«% Α :* *?* * *
4
*
ε.
-
.* *. . . . .4 .- . . . ". . -
14Ι
ΡRΕΑΜΒULo.
Ι43
Αcerea do Ρoema do Βardo conver
saremos aqui o nosso pouco. Τenho eu pa
ra mim αue he este de mais algum prego
φue a Νoite do Castello: e por esta sό ra
säο assim ό conceituo; que o trovei com
impeto, e com a alma cheia e repassada do
seu assumpto. Εste porque, não ha porque
ο eu diga, nem mo perguntem : confissόes'
publicas, sejά as mereceo a Santo Agosti
nho a piedade, e a filosofia a Rousseau,
tamanha authoridade não a ha de ter
pelo menos comigo a poesia, e sό mencio
narei o guando e onde o compuz.
" Εra cerca dos fins do outono do anno
de 1829: havia-me eu por necessidade ar
rancado do meu saudoso ermo de S. Μame
άe da Castanheira do Vouga para o seio
θ - ν ο - -
-
Α ja corrupta idéa hoje apascento " :
Νos falsos mimos de Venal terhura. . "
. . Se a vejo repartir prazer, e agrado , οι 5
- . . . Α'guelle, a este, coa fatal certeza και ί.
- 3 Fermenta o vil desaio anvenenado, υ ρ . .9
Céos ! Quem me reduzio a talbaixeza ? i o sa
. Ωuem tao cégo me pδz2... Αh! foi meu faάσyί
Οue tanto não podia a Νatureza, και ο οίνο
"w Η :
148
não engano, consegui-o. Pelo que, jά digo
αue nenhum damno pόde d'esta leitura re
sultar: e temos satisfeitos os escrupulos
das mais.
Μas corno apoz as mäis poderáό vir
atravessar-se-me n'este caminho alguns ou
tros d'esses moralistas que sabemos , para
quem he mais alto escandalo escrever um
Βeijo (*) do due tomar cento, razάο he
que os despegamos tambem com duas pa
lavras de cortez argumento. De barato se
Ιhes concederé que não somos ainda cά
chegados, como o säο jά hoje em Franga,
a cabo de longo combater de todos os sis
themas e theorias possiveis, άφuelle ponto
de chamada civilisagão, em αυe cada al
ma tem jά formada para si uma opinião,
aa qual se não demove ; ou, o que he mais
" ή ",
- 1, . .. . . ... . . . . . . . . .
-- ΟS CIUΜΕS DΟ ΒΑRDΟ : :
-- r ο Ε Μ Α.
", ή «"
"-, :: : : : :: : ::- :
μ--
Αο
Sun. esta barca.
lago, e breve ι ", πια"
Αolago amigos
- "Αfasta-me da terra.
Αbre a vela aos tufόes: o resto ά sorte.!,, -
- Η4
Ι54:
- - Η
-'
- Αfunde-se-
:: 5. * . " disseste, ejaz no fundo!
- " - ο rΤ"
.. *
Τodas ellas ... verdugos. Αs melhores, ..."
. : ώ." -
- και -- 4
: " ; . . . . . .
. , - τ" και «
: ", . . . . .. . . . . " .. .. . -
υπ. .. . . . . . .. . .. . . . ..
* . . . . . . . . . . , . . . . . .. .
. . . . . . . . .. . . . .. τ.
. . . . . . . . . . . .. . . . . . . .
ε" : : : -υ. . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 ή και
" . . . . . . .. . . . .. . .. . .
-
ΑΩ Ο Ν Ε Ι 88 Α Ο
ΙΟ Ε
ΑΜΙΕ: Ι. Ι.Α.:
Φ Ρoema
Τ R Αp υ Ζ Ι D o D Ε Μ." D Ε L F Ι ΝΕ αΑΥ;
.. Ε por ella dedicado
Αo Sr. Wisconde de Chateaubriand.
"
-
-
ν
Α
--
--
-
.."
-
-4
-
ε
-
".
--
- '
Ι71
CoΝVΕRsΑςΑό ΡRΕLΙΜΙΝΑR.
* τα
-
18Ο
182
. . . . . . . . . . .. . . . . .
ae seu ingenho. (*) Com todas as boas
fadas veio a lume esta menina , a natu
reza, sobre dar-lhe com profusa mão gra
gas corporaes, lhe bafejou espirito raro,
abragando assim num sό composto o que
para ricamente prendar a duas mulhgres
ίiouvera bastado. Εntre seus penates achou
iή a gloria cuja tinha de ser, e em sta
Μäi a mestra e o exemplo vivo para iini
tar, vantagem grande nojμizo dosque Ε
alcangarem quanto por negaςão e rulgλά
de pais se malogrήo bem a meudρ procίο:
sas e nativas qualidades de filhos. (**) Εοί
-
-
... :) . . . . . .", . ..
(*) Μ.me Sophia Gay he em Fran tida na con
ta de mui distincta por merito e Ε, d'entre
as Αuthoras de Νovellas : em nenhumas das suas
φδz seu nome, com quanto a isso a proγρcassea bba
εισοlhida φue todas ellas.tem logrado: intitnlδο;88
Αλακre d'Αstelle, Leonide de Μontbreuse , Ατία
λυΙe, Lds.Μιlheurs d'μη Αmant heureu.ν. " ". *
(**) Ο Αbbade Dubόg, de quem Voltaire faaήahi
to honrada menρήo, diz nas suas|fυgfiearόes Criticas
άcerca da Ρoesία e Pintura , gue nenhu yerda
«leiro talento deixa de encontrar ήiodo ie Ε ao p
ra que a natureza o destinou, e para si tem, due ein
"nenhum usa a desventura de se mostrar tao constan
te, gue jά nuncalhe abra por entre, Ε 9
** **
* * * * * «ε.
187
do Εpisodlo de Rene
φ o o e e e o e e o o o o o o o o o o o o o o o o e e ο Φ ο Φ. o o o ο
(Μ" Girardin)
ΕΝνοι.
«φΦξβΆφ3ξ4%Εύξ3Φ4.
Α CΟΝΕΙSSΑΟ DΕ ΑΜΕLΙΑ:
"- ΙΡ Ο Ε Μ Α.
196
ΕΙΜ
" "-
DΑ CΟΝΕΙSSAo DΕ ΑΜΕLΙΑ
} ... -Τ
" -
•-κκοκκο ξ38ξοοο.ο.οκ.
58Σ%ω52 " ...
τNDτσΕ.
ν
... *** . . * -- -
Ε Ι Μ.
":
«Σώθξ5:
ι " -
-
.
π.ista doss."Αssignantes,
Αntonio Jυsβ ΤΥσmingues.
Α gostinho vicente Ferreira de -- Ferroir de Αlmeida
- 4. 3 unior.
Cattro. "-
-- Gomes. -
Αires de Sά Νogucira.
Αibirio Francisco de Figueiredo. - - Leite Sampaio. ----
lo Νassiniento. -
- -
- José Dias Guimarães.
Αlexandre Jose Gomes Μonteiro. "---- -- Νunes. 34 : «
Τ).Αnna do Garmo Pereira da Silva 1-- de Oliveira e Silva. Σ
-- Τorres Pereira.
-- - Lucinda Μonteiro.
-- -- Μargarida de S. José Fru - Leite Cardozo Pereira
de Μello.
etιroso de Αraujo. -
- Luia Μaritι.
Αήonimo -- 6 exemplares,
Αntero José de Βrito Junior. -- Νogueira e Freitas.
2 Εxenapares.
Α. Α. da Costa Ρaiva. 4 Εxempl8. -- - Ιtlbeiro
Αntonio de Αffonseca Freitas Α da Silva.
Μanoel Pinto do Soberal. .
-morim.
Αlexandre Μarques. do Rego Αbran
- -
Εxempiares.
Ι)r. Αιμtonio da Costa Ρaiva -- 3
Τxemplares. - Ρeito de Carvalho.
Αntonio da Costa Pinto. - Pereira Pimenta de Cas
- da Cunha Soutto Μaior. trΟ.
Α. C. Τavares. Rοballo de Αzevedo. --
Αntonio Ferreira Velho. de Sά e Μello.
Fortunato Μartins da - -- Τeixeira.
CruΖ. Ρadre Αntonio da Silva Βarboza.
- Francisco Pires. Α:ntonio da Silva Βastos.
- Gerumano de Οliveira. Soares Μascarenhas.
- Joaquim de Figueiredo. Τhomaz de Αquino e Sil-.
- Η Vίαιτα θρηes. va, -2 Εxemplarώ". ---
- José Dias Guimaraes, Α. V. Peixoto. . . --
Αssemblea Ρortuense. - 2 Εxem Francisco José Carvalho Gomes.
plares. -
Costa.
Βartholomou de Νobrega Βalda Lobo.
que. - do Νascimento.
Βeito Αntonio de Oliveira Car de Μiran- -r".
dozo. 21.
José da Costa. - *, --- - Rodrigues de Οli
Ρereira do Carmo, veira.
Βernardo Αntonio de Figueiredo. --- - da Silva Τorres.
- Joaquim Pinto. --- - Vianna.
-- Luiz Fernandes Αlvcs. -- Μaria Godinho
Caetano da Cunha d'Εφa e Costa. -- Μaι αιμcs de Οlivoira.
D. Camilla Ιtomana Reis. -- de Μoraes.
Camillo Αreliano da Silva Souza, de 5 Ιουνα Secco.
- -
Santos. - -- Rodrigues de Αl
moida.
Joaquin Μanoel da Fonseca.
- Pompilio da Μotta Αze - Justino Pinto Cerveira de
redo. Vasconcellos.
Jorge Cezar de la Figaniere. - Isidoro Guedes. -
Οom. -
- Leite Ρereira de Μello.
ΥWanzeler. Vas
José de Αmaral Βranco de Car concellos.
valho, - Μaria de Αlmeida Coutinho.
- de Αmaral Castello Βranco. Gueiroz.
-
de Βarcellos.
- Αntonio Camillo de Αraujo Gentil.
- Αbreu.
J. Μ. J.
Gongalves.
Guedes dos Ρrazeres José Μaria de Μcnezes.
Ρinto de Carvalho e - Ρereira de Castro e
Silva. Silva.
da Silva. - -- Γίibeiro Vieira de
-
Videira. Castro.
Jose Μaria Sergio da Fonsec", Μanool Τejποίra de Rigueiredo.
Ι). Μaria dυ Carrio Χανίε".
--- d" 8 ιν", - Cletue..tina Αlves Εstrel
- - da Sμνgira Εstrella, Υ.,
_ Μaximo de Souza " ι"1"". - &a Coacριγάο άe Lνια
_ de Μoilo Gouvea Junior. Ρoyo.
Μίομιρίro Βarboza Ca!..οιτο, - - Εcluard:ι Μ2endes.
Ρoreira do Faria. -- iieutiqueta «ο Carmo.
Μentes, e Οutrυ
2 Εxemplaros, 2 Εxemblares.
Reis.
- José Cai deira..
da Silva Ribeiro. - - de Νapoles e Νoro
Ε Ρerry.
pinto de Μesquita... Pimen
thel o Vasconcello8.
Ribeiro de Μesquit",
ξaioiία, Βarreto Perdigao ΓΙ
gueiredo do Αmaraι.
- da Silva e Souza.
- Sivestre de Αndrade..
- de Souza.
cone:o José Τeixeira da
-
Μartin8. -
Μaéhado.
Juiz de Dircito de Μoimenta , Jo ξεjirio Τheodoro Βorxado Νun98
sé Τhomaz Pereira da. Ιιυcha. Νιιιιο Μiario de Τorre8. -
Ξ
--
José Pereira.
- da Silva.
ί. ib. Ηita Raymunda Pereira da
Silva.
- da Silva Μaya. Rodrigo José de Lima.
Ρisarro.
Μanoel Αntonio Vianna.
de Castro. -
Sebastiáo de Αlmelda Βrito.
de Castro e Silva. - da Costa Pinto.
- Ferreira.
Filippe Μartins.
. . Fer, όma 8eabra da Μοί - de Gargamala.
ta e Silva. Silvorio Ηenriques Βessa.
-Joaquim Fernandes Τho Simio José Pereira,
.. . . :ΥΥΥ ΑS» --
Τ. Α. Ρ.
- de Μagalhães. ΙΟ. Τhereza Μaphalda Corréa cle
ν «
Lima. Sanapaio. -
Ε - Μarinho.
- Vieira.
γίcoriίο Cardozo Plnto Βarros
Visconde de Jerumcuha.
Νepomuceno Vieira Ρi Viscondessa de Τorrebella. . . . *
κmenta. Εxemplare8.
--
-
όsterreichische Nationalbibliothek
+Ζ167394005
- "--------
";
ς
- ,. -
ν
" , κs» ,,