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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE

FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A filosofia se constituiu como pensamento racional e sistemático há mais


de 2600 anos. A história desse pensamento traz consigo o problema de seu
ensino, de modo que a questão pedagógica do conhecimento filosófico é uma
temática tão antiga quanto a filosofia.
O problema já estava presente no embate entre o pensamento de Platão e
as teses dos sofistas. Naquele momento, tratava-se de saber a relação entre o
conhecimento e o papel da retórica no ensino. Platão admitia que, sem uma
noção básica das técnicas de persuasão, a prática do ensino da filosofia teria
um efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado, ele também pensava que se o
ensino de filosofia se limitasse à transmissão de técnicas de sedução do
ouvinte por meio de discursos, o perigo seria outro: a filosofia favoreceria
posturas nada elegantes, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do
conhecimento.
É por isso que a delimitação de uma boa estratégia para o ensino de
filosofia é um tema bastante debatido na história da filosofia. A preocupação
maior é garantir que as metodologias de ensino não deturpem o conteúdo da
filosofia. A ideia de que em áreas como, por exemplo, moral e política,
praticamente não existem verdades absolutas é uma tese frequentemente
defendida pelos filósofos. Daí a importância que o ensino desses temas dá ao
exercício de analisar conceitos morais antigos e modernos, medir perspectivas
epistemológicas, identificar fontes de ideias, etc. Ocorre que, ao levar para a
sala de aula a discussão sobre esses temas, será inevitável o estranhamento
que a ausência de conclusões definitivas provocará nos estudantes. Essa é
uma característica da filosofia que deve, antes de tudo, ser muito bem
compreendida e, de preferência, como lição preliminar a qualquer conteúdo
filosófico.
A Filosofia se apresenta como exercício que possibilita ao estudante
desenvolver estilo próprio de pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço
para análise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como
atividades indissociáveis que dão vida ao ensino dessa disciplina juntamente
com o exercício da leitura e da escrita.
A Filosofia caracteriza-se pela capacidade de indagação e crítica;
qualidades de sistematização, de fundamentação; combate a qualquer forma
de dogmatismo e autoritarismo; disposição para levantar novas questões, além
da defesa radical da emancipação humana do pensamento e da ação livres de
qualquer forma de dominação.
Se perguntarmos a um matemático, a um historiador ou a qualquer outro
homem de saber, que corpo exato de verdades a sua ciência descobriu, a sua
resposta durará o tempo que estivermos dispostos a escuta-Ia. Mas se
colocarmos a mesma questão a um filósofo, se for sincero terá de confessar
que o seu estudo não chegou a resultados positivos como aqueles a que
chegaram outras ciências. É verdade que isto se explica em parte pelo fato de
que assim que se torna possível um conhecimento exato acerca de qualquer
assunto, este assunto deixa de se chamar filosofia e passa a ser uma ciência
separada.
Isso não significa que a filosofia seja uma área do saber cujo trabalho
termina tão logo a ciência encontre uma resposta eficaz para um problema.
Embora trabalhe com os mesmos problemas, a abordagem filosófica é
diferente. A filosofia é uma atividade que se ocupa de questões cujas respostas
estão longe de serem obtidas pela ciência. Russell diz que problemas como a
estrutura do universo, a origem das noções de bem e mal, os efeitos que a
consciência humana projeta sobre o mundo, etc., são temas discutidos mais
propriamente pela filosofia, porque eles ainda são desafiantes e carecem de
respostas.
O ensino de filosofia terá neste estabelecimento de ensino, o caráter de
desenvolver o pensamento crítico do educando e para isso usará de diversas
metodologias e buscará conhecimento em diferentes fontes e autores, com
vistas a alcançar os objetivos propostos por esta disciplina, contemplando a
história da cultura afro-brasileira, a cultura indígena, a história do Paraná, o
meio ambiente e o Programa Nacional de Educação Fiscal.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de
Filosofia, sabe-se que no Brasil, a Filosofia, enquanto disciplina escolar,
figura nos currículos escolares desde o ensino jesuítico, ainda nos tempos
coloniais, podemos delimitar quatro grandes períodos do ensino de filosofia no
Brasil:
1500- 1889: predominância do ensino jesuítico, sob as leis do Ratio
Studiorum. Nessa perspectiva, a filosofia era entendida como instrumento de
formação moral e intelectual, sob os cânones da Igreja Católica e do poder
cartorial local.
1889-1961: durante este período, a filosofia fez parte dos currículos
oficiais inclusive figurando como disciplina obrigatória. Esta presença não
significou, porém, um movimento de crítica à configuração social e política
brasileira que, nesse período, oscilou entre a democracia formal, o populismo e
a ditadura.
1961-1985: Com a lei 4024/61, a filosofia deixa de ser obrigatória e,
sobretudo, com a lei 5692 /1971, em pleno regime militar, o currículo escolar
não dá espaço para o ensino e estudo da filosofia. A filosofia desaparece
totalmente dos currículos escolares do Ensino Médio durante a ditadura militar,
principalmente por não servir aos interesses econômicos e técnicos do
momento, que visavam formar um cidadão produtivo, porém não crítico. O
pensamento critico deveria ser reprimido, bem como as possíveis ações dele
decorrentes.
1985 aos dias atuais: durante as duas últimas décadas, o ensino de
filosofia no nível médio tem sido amplamente discutido, embora a tendência
das políticas curriculares oficiais (Resolução CEB/CNE n. 3/98 e PCNEM de
1999) seja mantê-Io em posição de saber transversal às disciplinas do
currículo.
A LDB de 1996, no art. 36, determina que, ao final do Ensino Médio, o
estudante deverá "dominar os conhecimentos de Filosofia e de Sociologia
necessários ao exercício da cidadania". O caráter transversal dos conteúdos
filosóficos, que aparece com bastante clareza na resolução 03/98 DCENEM, não
cumpre a exigência da LDB quanto à necessidade de domínio dos
conhecimentos filosóficos, uma vez que joga a Filosofia para a
transversalidade.
Esta disciplina, a partir de 2007, tornou-se obrigatória em âmbito nacional
e certamente iniciou seu processo de consolidação, já que é no espaço escolar
que a filosofia pode exercer aquilo que lhe é próprio: o exercício do
pensamento crítico, da resistência, da criação e reelaboração do conhecimento.
A Filosofia torna vivo esse espaço escolar, povoando-o de sujeitos que
exercitam sua inteligência buscando, no diálogo e no embate entre as
diferenças, a sua convivência e a construção da sua história.

OBJETIVOS GERAIS

O tratamento disciplinar da Filosofia - e sua inserção no Ensino Médio -


responde a uma demanda social que requer, dos sujeitos, a tomada de
posições, que tenham autonomia nos julgamentos, que confrontem
argumentos e respeitem a palavra do outro.
A Filosofia, entendida como um conjunto de conhecimentos que recebem
um tratamento disciplinar, tem seu lugar na formação do jovem estudante do
Ensino Médio. A presença dessa disciplina no currículo do Ensino Médio
justifica-se, também, pela sua inegável capacidade de dialogar com outras
disciplinas e contribuir para reafirmá-Ias enquanto momento de um processo
de formação orgânico, cumulativo, criativo e crítico que chamamos de
educação.
Assim, a disciplina de Filosofia irá contribuir, em especial, para a
ressignificação da experiência do aluno, para afirmar sua singularidade e
problematizar seus valores, formando-o para uma leitura e olhar mais críticos
sobre a realidade.
Contribuir na formação de sujeitos livres, porque, além da abertura para a
reflexão sobre temas relacionados à política, à ética, à estética, à ciência, ao
conhecimento e à existência, irá possibilitar aos educandos o acesso às
produções teóricas e culturais da Filosofia elaboradas pela humanidade.
Para que estes objetivos sejam alcançados serão estudados diferentes
textos filosóficos, fazendo-se discussões e debates para que os educandos
consigam analisar criticamente textos escritos e saibam argumentar sobre os
mesmos e tenham condições de compreender sua realidade a partir de estudo
teórico e possam agir sobre a mesma.
Assim, podemos afirmar que o aprendizado dos conteúdos, como
mediadores da reflexão filosófica, deve recorrer, necessariamente, à tradição
filosófica, confrontando diferentes pontos de vistas e concepções, de modo que
o estudante perceba a diversidade de problemas e de abordagens. Num
ambiente de diálogo investigativo, de re-descobertas e re-criações, pode-se
garantir aos educandos a possibilidade de elaborarem, de forma
problematizadora, suas próprias questões e tentativas de respostas.
Nesse sentido, cabe ao ensino da filosofia mobilizar os discentes para o
conhecimento, problematizando, investigando e criando conceitos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos propostos estão baseados no documento “Diretrizes


Curriculares da Educação ( Disciplina de Filosofia)” da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná.
Os conteúdos estruturantes serão: Mito e Filosofia; Teoria do
Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Filosofia da Ciência e Estética. Sendo
que: Mito e Filosofia será o conteúdo de introdução à Filosofia, seguido pela
Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Filosofia da Ciência e Estética.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º ANO DO ENSINO MÉDIO

MITO E FILOSOFIA

- Origem da Filosofia
- Etimologia do termo “Filosofia”
- Condições históricas e sociais que contribuíram para o surgimento da filosofia.
- Condições para o surgimento da Filosofia
- Importância da Filosofia
- Definições de Filosofia
- Objeto da Filosofia
- Reflexão crítica

- Saber filosófico

- características da filosofia inicial;


- condições históricas, políticas e culturais para o surgimento da Filosofia;
- filósofos pré-socráticos (possibilidade de trabalho com fragmentos de textos).

- Saber mítico

- O que é mito?
- características do mito;
- funções do mito;
- mitos e rituais gregos;
- mitos e rituais de outros povos.

- Relação Mito e Filosofia

- Mito e Filosofia: formas de conhecimento do real;


- Passagem do mito para a filosofia
- Surgimento da filosofia: ruptura abrupta do conhecimento mítico ou
formulação progressiva de uma nova forma de conhecimento?;
- as implicações político-sociais do surgimento da filosofia (conservação de
privilégios x novas reivindicações das classes emergentes).

- Atualidade do mito

- os possíveis significados/necessidades do pensamento mítico (imaginação,


fabulação, interpretação do real, expressão de desejos humanos...);
- mitos e rituais contemporâneos.
- O que é Filosofia?

- características da atitude filosófica (reflexão, questionamento, criticidade,


radicalidade, sistematicidade...);
- principais períodos da história da filosofia e suas características essenciais;
 campos de investigação da filosofia (antes e a partir da modernidade).

TEORIA DO CONHECIMENTO

- O que é conhecimento?

-conhecimento enquanto compreensão e explicação do real, enquanto


crença justificada;-
- sujeito e objeto: elementos do processo de conhecer.

- Possibilidades do conhecimento

- Dogmatismo: a certeza do conhecimento verdadeiro;


- Ceticismo absoluto: impossibilidade do conhecimento verdadeiro;
- Ceticismo relativo: suspensão do juízo – conhecimento apenas no domínio do
provável;
-Criticismo: as condições de possibilidade do conhecimento.
- reflexão sobre possíveis conseqüências de cada postura na vida prática
(moral, política, ciência, religião...).

- Origens do Conhecimento

-conhecimento inato;
- conhecimento empírico ou sensorial;
- conhecimento racional;
- conhecimento a priori e a posteriori.

- As formas de conhecimento

- conhecimento de senso comum;


- conhecimento científico;
- conhecimento filosófico;
- conhecimento intuitivo;
- conhecimento religioso.

- O problema da verdade

- distinção entre realidade (coisa) e verdade (juízo sobre a coisa);


- concepções de verdade (aletheia – verdade como evidência das coisas;
veritas – verdade como correspondência, como enunciado correto acerca de
coisas; emunah – verdade como confiança nas coisas que virão, convenção e
consenso);
-critérios de verdade (evidência, coerência, consenso, comunicabilidade...);
- A questão do método

- o que é método, importância do método;


- método indutivo;
- método dedutivo;
- formulação de hipóteses;
- ciências, métodos e suas implicações.

- Conhecimento e lógica

- o problema de Parmênides e Heráclito e o surgimento da lógica;


- lógica: princípios e critérios para o pensar racional;
- lógica tradicional/aristotélica (termos, proposições, princípios lógicos,
relações entre proposições, silogismo);
 lógica matemática/simbólica (noções: símbolos, tabelas de verdade).

2º ANO DO ENSINO MÉDIO

ÉTICA

- Ética e moral

- diferentes valores/ valores morais;


- o que é moral?;
- o que é ética?
- Juízo de valor
- a construção dos valores morais no tempo e no espaço;
- a finalidade da moral;
- Virtudes e vícios

- Pluralidade ética

- Algumas elaborações éticas no curso da história ocidental (ética racional,


ética dos desejos, ética da vontade, ética do dever, ética das possibilidades...);
- Implicações éticas na condução da política, da ciência, das religiões, etc.

- Ética e violência

- as diferentes formas de violência;


- diferentes conceitos de violência em culturas diversas;
- violência e ideologias implícitas em formulações éticas;
- ética e controle da violência.

- Razão, desejo e vontade

- desejo/paixões e vida moral;


- vontade/decisão e vida moral;
- razão (conhecimento/ignorância) e vida moral;
- a heteronomia e a autonomia do sujeito.

- Liberdade: autonomia do sujeito e necessidade das normas

- liberdade e determinismo;
- o caráter histórico e social da moral:
- o caráter pessoal da moral;
- a formação do sujeito moral;
- responsabilidade, dever e liberdade;
 características do sujeito moral.

FILOSOFIA POLÍTICA

- Relações entre comunidade e poder

- o que é Filosofia Política?;


- o que é poder; o que é poder político?;
- o que é o Estado;
- finalidade do Estado;
- Estado, poder e violência;
- comunidade e exercício da política.

- Liberdade e igualdade política

- o conflito entre liberdade e igualdade política;


- proposta liberal x proposta socialista;
- regimes totalitários e regimes democráticos.

- Política e Ideologia

- o que é ideologia?
- conhecimento, política e ideologia;
- ideologia e totalitarismos;
- implicações políticas na ciência, na ética, na arte, na religião, etc.

– Esfera pública e privada

- características e delimitações da esfera pública e da esfera privada;


- interesse particular e interesse comum;
- individualismo, consciência de si e consciência social;
- interferências e limites da esfera pública na esfera privada e vice-versa.

- Origens do poder político

- poder despótico ou patriarcal;


- a “invenção” da política;
- o poder teológico-político;
- as teorias contratualistas;
- as teorias revolucionárias.

- Cidadania formal e/ou participativa

- cidadania de direito e cidadania de fato;


- cidadania participativa;
 democracia e representatividade política.

3º ANO DO ENSINO MÉDIO

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

- Concepções de ciência

- o que é Filosofia da Ciência?;


- a etimologia do termo “ciência”;
- características da atitude científica;
- ciência x tecnologia;
- concepções de ciência: racionalista/dedutiva, empirista/indutiva e
construtivista.
- Diferença entre senso comum e conhecimento científico;
- O ideal científico;
- A teoria científica nos diferentes períodos históricos: contribuições e limites;
- O uso das ciências na atualidade;

- A questão do método científico

- a separação entre filosofia e ciência


- método científico tradicional (positivista/verificacionista) e o critério de
verdade;
- etapas do método indutivo tradicional;
- as críticas ao método tradicional (falseacionismo, revoluções científicas,
anarquismo epistemológico...).

- Contribuições e limites da ciência

- o estabelecimento da ciência como instituição social;


- o desenvolvimento científico: cumulativo ou por ruptura?;
- provisoriedade do conhecimento científico.

- Ciência e ideologia

- cientificismo;
- ilusão da neutralidade científica;
- razão instrumental.

- Ciência e ética
- o problema do uso das ciências;
- possibilidades e limites para as ciências da natureza e para as ciências
humanas;
- direcionamento dos benefícios da ciência;
 ciência e poder.

ESTÉTICA

-Natureza da arte

- o que é arte?;
- Funções da arte
- Arte como forma de pensamento
- Arte nos diferentes períodos históricos
- Diferentes expressões da arte (música, dança, pintura, escultura, teatro...)
- arte e conhecimento intuitivo, sensibilidade, imaginação, sentimento,
expressão, criação;
- finalidades/funções da arte (função utilitarista: finalidade pedagógica, social,
religiosa, política; função naturalista: foco no conteúdo com finalidade
representativa; função formalista: foco nos elementos composicionais com
finalidade contemplativa);
- Concepções estéticas
- O naturalismo grego

- Filosofia e arte

- o que é a Estética?;
- etimologia do termo “estética”;
- a experiência estética e a produção artística como questão determinada
histórico-socialmente ;
- a questão do gosto.

- Categorias estéticas

- o feio, o belo, o sublime, o trágico, o cômico e o grotesco.

- Estética e sociedade

- culturas / contextos histórico-sociais e conceitos diversos de arte;- arte


erudita, arte popular, arte de massa;
- indústria cultural;
- a educação estética.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

No cenário, mundial e brasileiro, onde se questionam os sentidos dos


valores éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço
a ocupar e uma contribuição relevante: enquanto investigação de problemas
que têm recorrência histórica e criação de conceitos que são ressignificados
também historicamente, gera, em seus processos, discussões promissoras e
criativas que podem desencadear ações transformadoras, individuais e
coletivas, nos sujeitos do fazer filosófico.
É por essa razão que os conhecimentos, os processos filosóficos
permanecem válidos e atuais e que o trabalho com estes processos, na
disciplina de Filosofia, adquire relevância no contexto do Ensino Médio.
A partir destas considerações a metodologia utilizada em sala de aula será
a seguinte:
 aulas expositivas e dialogadas;
 uso do livro didático: “Filosofia”( SEED), para mobilização do
conhecimento.
 debates;
 trabalhos em grupo e individuais;
 realização de trabalhos conceituais como forma de exercícios
reflexivos;
 estudos de textos: literários, jornalísticos e imagens
 exposição e análise de filmes e músicas
 reflexão acerca de slides no multimídia e transparências no
retroprojetor.
 uso da tv pendrive
Tendo em vista os desafios contemporâneos para o ensino da Filosofia,
segue em anexo um projeto sobre a diversidade da cultura afro-brasileira e
indígena.
Nessa perspectiva, após mobilizar os alunos para o conhecimento, o trabalho
filosófico inicia-se com levantamento de questões, identificação de problemas
e investigação de conteúdos, remetendo-os à realidade dos educandos,
levando em consideração que todos os conteúdos explanados nos eixos
estruturantes e específicos acima serão explorados com a utilização de
trechos de textos filosóficos.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não
possui uma finalidade em si mesma, mas tem por função subsidiar e mesmo
redirecionar o curso da ação do processo ensino-aprendizagem, tendo em vista
garantir a qualidade do processo educacional que professores, estudantes e a
própria instituição de ensino estão construindo coletivamente. A avaliação da
disciplina será progressiva e contínua, pois tem em vista os objetivos expressos
nos projetos de ensino.
Para a realização das avaliações serão utilizados:
 Teste de aproveitamento oral;
 Apresentação de seminários;
 Provas escritas com ou sem consultas;
 Trabalhos em forma de pesquisa para o aprofundamento do
conteúdo;
 Tarefas específicas para fazer em casa;
 Participação em sala de aula;
 Produção de textos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1º ANO DO ENSINO MÉDIO

 MITO E FILOSOFIA
 compreender fundamentalmente oque é mito e oque é filosofia, a
relação que existe entre esses dois âmbitos;
 Conhecer como se deu e quais foram as condições que permitiram
a passagem do mito à filosofia ;
 Compreender a diferença entre mito e filosofia e como ocorreu o
nascimento da filosofia pela superação dos mitos.
 Perceber que os mesmos conflitos entre mito e razão, vividos pelos
gregos, são problemas presentes, ainda hoje,em nossa sociedade;

 TEORIA DO CONHECIMENTO
 Qual a importância da teoria do conhecimento para a história da
filosofia;
 Compreender historicamente que o surgimento do pensamento
racional, conceitual , entre os os gregos, foi decisivo no
desenvolvimento da cultura da civilização ocidental;
 Conhecer o contexto histórico e político do surgimento da filosofia;
 Compreender as questões sobre a origem, essência e certeza do
conhecimento humano;
 As diferentes formas de conhecimentos, suas metodologias e o
problema da verdade.

2º ANO DO ENSINO MÉDIO

 ÉTICA
 Compreender os fundamentos e a finalidade da Ética bem como a
sua relação com a política;
 Entender a relação entre o sujeito e a norma.
 Verificar o entendimento dos alunos sobre a ética e moral, bem
como as diferenças éticas existentes na sociedade;
 Ser capaz de perceber que o agir fundamentado propícia
consequências melhores e mais racionais que o agir sem razões ou
justificativas.
 FILOSOFIA POLÍTICA
 Compreender as relações de poder e os mecanismos que
estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos;
 Problematizar conceitos como o de cidadania, democracia,
soberania, justiça, dentre outros;
 Analisar a compreensão dos alunos sobre a realidade politica, seu
entendimento das relações de poder existentes, das ideologias,
desenvolvendo o senso critico sobre as formas de governo e
politicas existentes na sociedade contemporânea;

3º ANO DO MÉDIO
 FILOSOFIA DA CIÊNCIA
 Compreender o que é ciência, suas condições e possibilidades, sua
intenção;
 Refletir criticamente o conhecimento cientifico;
 Entender que o conhecimento cientifico é provisório, jamais
acabado ou definitivo, sempre tributário, de fundo ideológico,
religioso, econômico, político e histórico;
 Verificar os avanços científicos no campo da bioética e suas
implicações ético-politicas e sociais;

 ESTÉTICA
 Compreender o fundamentos da Estética enquanto reflexão sobre
a beleza, a sensibilidade e a arte.
 Compreender a apreensão da realidade pela via da sensibilidade,
percebendo que o conhecimento não é apenas resultado da
atividade intelectual, mas fruto também da imaginação, da
intuição e da fruição;
 O entendimento dos educandos para a realidade estética,
verificando como esta pode estar a serviço de interesses
econômicos, religiosos, sociais, políticos etc, ao longo da história.
Os diferentes padrões de beleza e a relação belo e o grotesco.

RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS

A recuperação de estudos será feita de forma contínua no início da cada


aula, com a retomada do conteúdo da aula anterior e após cada avaliação, não
sendo atribuída a esta uma nota. Será feita pela professora em sala de aula,
utilizando-se de recursos como TV pendrive, quadro, exposição de conteúdo
oralmente e em debates com a turma.

REFERÊNCIAS

ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da filosofia no Ensino Médio


como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, n.o 64. A Filosofia e seu
ensino. São Paulo: Cortez; Campinas, CEDES, 2004

CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática. [obra disponível na


Internet]

DUSSEL, H. Ética da Libertação. Petrópolis: vozes, 2000.

GALLO, S.; KOHAN, W. O. (orgs) Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes,


2000.

GRAMSCI, A. Maquiavel, a Política e o Estado Moderno. Rio de Janeiro:


Civilização Brasileira, 1884.

MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar,


1996.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando. São Paulo, Moderna, 2000.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da


Educação Básica de Filosofia. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Filosofia.


Curitiba: SEED, 2007. (Livro didático público)

REALE, G; ANTESERI, D. História da Filosofia. Vol.lIl. São Paulo: Paulus, 1991.

SOUZA BRANDÃO, J. DE. Mitologia Grega. Petrópolis: Vozes, 1997.

VASQUEZ, A.S. Convite à Estética. Tradução de Gilson Baptista Soares. Rio de


Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.

VÁZQUEZ, A. S. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. São Paulo: Difel, 1984

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