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KLP’s Acústica
A máquina de percussão é utilizada como fonte de ruído para teste. No ponto de vista
do seu funcionamento, esta percute o pavimento recorrendo a um conjunto de 5 martelos e este
impacto gera vibrações nos elementos estruturais do edifício, permitindo assim aferir o índice
de isolamento sonoro a sons de percussão (L’nT). Um exemplo de uma máquina de percussão é
a Brüel&Kjaer 3207. Este equipamento contém 5 martelos que percutem o chão desde uma
altura de 40mm, trabalhando a uma frequência de 10Hz. O peso dos martelos e a velocidade
com que percutem o chão estão estabelecidos pela norma ISO 140-6.
Esta máquina deve ser colocada em diferentes tipos de pavimento, caso existam, pois
cada um deles oferece um tipo de isolamento diferente. Após ser colocada em funcionamento,
é medido o nível de pressão sonora em vários pontos da sala na qual a máquina está em
funcionamento (câmara de emissão) durante um determinado intervalo de tempo. Após essa
medição este processo é repetido no espaço onde se encontra o recetor, que será no piso inferior
(câmara de receção). Este ensaio pode ser feito no local específico ou em laboratório existindo,
porém, duas fórmulas distintas para a normalização dos valores obtidos em cada caso. A norma
EN ISO 717-2 descreve as especificações a efetuar de forma a determinar a quantificação do
isolamento sonoro de elementos de compartimentação de edifícios a partir de um índice. Este
é o índice de isolamento sonoro (Ln,w) e é relativo a uma dada descrição do nível de pressão
sonora, obtida a partir de um ensaio normalizado, comparativamente a uma descrição
convencional de referência. (Sousa, 2008)
Apesar de este procedimento ser utilizado para a medição de sons de percussão em
pavimentos, ele também produz ruído aéreo. Este ruído é conhecido como o “eco” dos
impactos. Este ruído é particularmente relevante quando se trata de pavimentos flutuantes,
devido à natureza do pavimento que origina os designados “sons de tambor”. Apesar da
relevância da interferência deste ruído na determinação de Ln,W, isto torna-se menos relevante
Acústica VI
• Exemplos de máquinas
o https://ambergo.pt/produtos/acustica/maquina-de-percussao-mi006-cesva/
o https://www.bksv.com/en/products/transducers/acoustic/sound-
sources/tapping-machine-3207
• Vídeos
o https://www.youtube.com/watch?v=ui_8B2QE9sU
semelhantes, permitem que os dados obtidos sejam ponderados por fatores distintos, que
podemos aplicar de acordo a situação em que nos encontramos.
que D diz respeito à diferença de níveis medidos, A0 é a área de absorção sonora de referência
para divisões com 10m2 e A é a área de absorção sonoro equivalente da divisão recetora.
• Ensaios em laboratório
Denominam-se ensaios em laboratório, todos aqueles ensaios que são apenas possíveis
de serem realizados em ambientes controlados, como câmaras reverberantes. Este tipo de
ensaios eliminam qualquer tipo de contribuição de transmissões marginais e, geralmente,
permitem a certificação de elementos construtivos. Normalmente apresentam melhores
resultados, mas implicam mais tempo e cuidado na preparação do mesmo.
Ao contrário do que ocorre num ensaio in situ, em que avaliamos o isolamento (DW), num
ensaio em laboratório avaliamos o elemento físico (RW), ou seja, de que forma determinado
objeto ou material interfere na transmissão do som, calculando assim a redução do nível sonoro:
!
RW = D – 10lg [dB] , em que D diz respeito à mesma diferença de níveis, A à área de absorção
$
• Índices comuns
o n – normalizado (para os 10m2 de área de absorção sonora equivalente do
compartimento recetor);
o nT – padronizado (para um T0 = 0,5 segundos, regra geral, do tempo de
reverberação do compartimento recetor;
o w – weighted (ajuste da curva de referência da norma EN 717);
o ‘ – com transmissões marginais;
o 2m – medido a 2 metros do elemento em contacto com o exterior.
Bibliografia:
• https://ria.ua.pt/bitstream/10773/9488/1/6462.pdf
• http://doutoramento.schiu.com/referencias/outras/Diogo_Mateus.pdf
• http://www.sea-acustica.es/fileadmin/Evora12/129.pdf
• https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/58314/1/000129637.pdf
• http://download.drgearbox.com/english/1988%20-%20Cremer,%20Heckl%20-
%20Structure-Borne%20Sound.pdf