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RESUMO
ABSTRACT
The maintenance of the railroads of the State of Parana is accomplished by outsourced
of the enterprise that have the dealership of the federal railways (RFFSA). The active
contractors in that branch still don’t give such importance to the unsafely conditions to which
their workers submit daily. With the objective of lessening or even annulling the existent risks
to the railway workers, a Preliminary Risk Analysis (PRA) was elaborated for their main
activities. This analysis will determine and to consider the existent risks, among them,
physical, chemical, biological, ergonomic, and accidental. Starting from the results, the need
is evidenced of making decisions to reduce or eliminate such risks, be of process change, of
machines, of tools or of adoption of appropriate guardians and Personal Protective
Equipments (PPE).
Key Words: Railway, Railway Maintenance, Preliminary Risk Analysis, Railway Worker
1. INTRODUÇÃO
Dentre inúmeros serviços relativos à construção e manutenção da via permanente, o
papel do conservador de via permanente, classificado no Código Brasileiro de Ocupação
(CBO) nº 991105, é fundamental para o correto funcionamento das estradas de ferro. São eles
os responsáveis por grande parte da mão de obra onde a máquina ainda não substitui
integralmente a força e a técnica do homem.
1.1 Objetivo
Com o objetivo de atenuar ou até mesmo anular os riscos existentes aos trabalhadores
da via permanente, elaborou-se uma Análise Preliminar de Riscos (APR) para as suas
principais atividades. Essa análise vai determinar e ponderar os agentes de riscos existentes,
dentre eles, físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. A partir dos resultados,
evidencia-se a necessidade de se tomar atitudes para reduzir ou eliminar tais riscos, seja de
mudança de processo, de maquinário, de ferramentas ou de adoção de EPCs e EPIs
adequados.
Para a identificação dos perigos e avaliação dos riscos, utilizou-se a técnica Análise
Preliminar de Riscos (APR) para as principais etapas dos processos de manutenção
ferroviária. Elaboraram-se quadros de APR para cada cenário, onde se apresentam os riscos
encontrados, bem como o agente, a fonte geradora, o tempo de exposição, a consequência do
dano, a frequência de ocorrência, e recomendações de ações corretivas para cada risco.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.2 Serviços
As ordens de serviço atribuídas aos conservadores da via permanente chegam a
ultrapassar o número de duzentos. Este trabalho pretende sintetizar e analisar os serviços mais
importantes dividindo-os em etapas ou cenários.
Ferramentas necessárias: Tenaz de trilho e alavanca. Quando não for possível mover o
dormente com as mãos, utiliza-se a alavanca para a pega. O tenaz de dormente é utilizado
para arrastá-lo a curtas distâncias.
Figura 1: Trabalhadores transportando dormentes
Fonte: TGV Engenharia Ltda., 2009.
A descarga é executada de outra maneira: um cabo de aço é fixado num dos furos
laterais encontrados na extremidade de cada trilho. A outra ponta do cabo é fixada a um
dormente da própria ferrovia. A locomotiva segue andando com velocidade inferior a 10 km/h
com instruções do supervisor da via. O trilho vai arrastando dentro do vagão e se soltando no
chão, no meio ou nas laterais da ferrovia. Os trabalhadores da via deverão apenas
certificarem-se de ter prendido bem o cabo de aço e posicionar os trilhos de acordo com as
instruções dadas pelo supervisor.
A atenção especial que deve ser dada a estes serviços é quanto à utilização das
máquinas de manutenção ferroviária. A tirefonadeira, por exemplo, gera ruídos em torno de
92 dB(A), sendo altamente recomendável a utilização de protetores auriculares tipo plugue ou
abafador, dimensionado para não atingir a metade da dose de ruído numa jornada de trabalho.
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) das empresas se atem ao
monitoramento do ruído gerado por essas máquinas.
O serviço poderá ser feito tanto numa fila de trilho de cada vez, como nas duas,
concomitantemente, conforme o equipamento que a equipe dispuser.
A aplicação de TLS (trilho longo soldado) deverá ser feita dentro da faixa de
temperatura neutra além de se respeitar o procedimento ATT (Alívio Térmico de Tensão)
juntamente com a troca do trilho.
Outro risco de acidente que devemos levar em conta é o risco de atropelamento por
veículos ferroviários. O cumprimento do Regulamento de Operações (RO) é fundamental para
anular tal risco. Falhas de comunicação e/ou sinalização podem ser fatais.
4.2.7 Recomendações
Quanto à adoção de EPIs, este estudo sugere equipamentos semelhantes aos
apresentados na Tabela 12 como sendo de uso obrigatório para todos os conservadores da via
permanente.
EPIs como botina de segurança com bico de aço e sem amarril, luvas de raspa de
punho com no mínimo 7 cm e capacete industrial são de uso obrigatório. É de extrema
necessidade que todos os trabalhadores envolvidos nesse processo estejam treinados em
carga, descarga e manuseio de trilhos. Pois os riscos ergonômicos e de acidente envolvidos
são elevados.
Para o treinamento de integração sugere-se uma carga horária de uma hora, com
recursos visuais (fotografias) ou práticos (em campo), mostrando os cuidados que devem ser
tomados com as ferramentas, máquinas e materiais ferroviários, apresentar os riscos em que
estarão expostos, os EPIs e a maneira correta de utilizá-los, além dicas de boas práticas do
trabalho e sinalização, ordem e limpeza.
4. CONCLUSÕES
Os funcionários conservadores da via permanente estão expostos a riscos
consideráveis muito graves, devendo as empresas do setor, tomar medidas para a redução
desses riscos.
Durante o levantamento nas obras, foi observado que existem máquinas que geram um
elevado nível de pressão sonora. Esse fator deve ser muito bem monitorado pelo SESMT da
empresa.
A APR dos serviços de manutenção ferroviária executou prévio dos riscos, apontando
os principais riscos enfrentados pelos conservadores da via permanente, sendo necessário
realizar análises mais detalhadas e específicas como sequência de um estudo mais
aprofundado e detalhado.
REFERÊNCIAS
ALL – América Latina Logística do Brasil S/A. Cadernos Técnicos ALL. Curitiba: 2002.
ALL – América Latina Logística do Brasil S/A. Carga e descarga de dormentes e trilhos.
Curitiba: 2007.
ALL – América Latina Logística do Brasil S/A. Circular de instruções especiais. Curitiba:
2008.
ALL – América Latina Logística do Brasil S/A. Regulamento de Operações. Curitiba: 2009.
ALL – América Latina Logística do Brasil S/A. Relação dos Serviços de Manutenção da Via
Permanente. Curitiba: 2009.