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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

RÁDIO, TV E INTERNET
Disciplina: Redação para Televisão 1
Professora: Carolina Dantas
Aluna: Amanda Santos Borges

Fichamento
SARAIVA, Leandro; CANNITO, Newton. Manual de Roteiro ou Manuel, o Primo Pobre
dos Manuais de Cinema e TV. São Paulo: Conrad, 2014. p. 31-43, 79-140.

CAPÍTULO 1 - QUAIS SÃO SUAS INTENÇÕES? EM BUSCA DO ROTEIRO


Nesse capítulo, a primeira indagação apresentada no texto é: como se deve
começar a escrever? Chega-se numa conclusão de que não existe um ‘lugar’ fixo onde se
deve começar um roteiro, a ‘semente' do roteiro pode está numa frase, numa imagem,
num sonho, ou seja, em diversos lugares distintos.
A segunda pergunta é por que fazer um filme, quais são as intenções? Para
responder essa pergunta deve-se pensar que um roteiro não começa com uma intenção
concreta, segundo os autores, está mais para uma intuição, uma lembrança, um memória
distante. Dessa forma, deve-se começar a escrever mesmo sem que essa intenção esteja
100% concretizada. Porém, o roteiro só estará finalizada quando o sentimento da
intenção do filme estiver clara.
Além disso, nesse capitulo, é abordado que a forma de dizer usada pelo roteirista
nunca deve ser clara, pois o que chama mais a atenção do publico é o que está implícito.
Também, ao pensar no público é preciso entender que não se deve menospreza-lo e
achar que ele é óbvio o suficiente para sempre se saber o que a audiência quer. Porém
não se pode abrir mão do público, mesmo que o filme seja idealizado para um
determinado publico. Dessa forma, é preciso criar a audiência, ou seja, dar ao público o
que ele ainda não sabe que quer.

CAPÍTULO 4 - OS QUATRO REINOS DO DRAMA: TRAGÉDIA, COMÉDIA,


MELODRAMA E FARSA.
Nesse capítulo a temática é a classificação de filmes, nele os autores do livro
concluem que o conceito de gênero é mutável, ou seja, do mesmo modo que os
sentimentos dos seres humanos não são sempre iguais; os filmes podem permutar e se
encaixar em diversos gêneros, existindo diversas combinações possíveis. Ainda, eles
citam gêneros de filmes que são baseados na estrutura e no tom básico e recorrente
desses. São esses gêneros:

A. Melodrama:
- O personagem é isolado socialmente e sofre
- A necessidade de criar o compartilhamento dos sofrimentos do personagem com o
espectador
- Superioridade moral do personagem em relação as maldades do mundo
- Mise-en-scène exagerada para criar um elo do espectador com o personagem

B. Farsa:
- A sucessão de novas situações e arranjos
- A surpresa desconcerta o espectador do mesmo modo que faz rir
- O personagem pode sofrer mas não se desenvolve um sentimento de compaixão por
ele, na verdade rir-se dele.
- Caricaturização do mundo
- Afastamento sentimental do espectador

C. Tragédia:
- Situação dramática que não permite solução
- Não cria identificação do personagem com o espectador
- O personagem é ativo, ele age sobre o mundo, ao contrário do melodrama onde o
mundo age sobre o personagem
- Dramatização de contradições sociais que provocará a destruição dos personagens

D. Comédia:
- Situação dramática com final feliz
- Progressão unitária na história
- “E viveram felizes para sempre”
- Por ter uma inclinação cômica ou trágica

CAPÍTULO 5 - PROJETO E ESTRUTURA GERAL


Nesse parte o livro é abordado a forma de se pensar a estrutura geral de um
roteiro, mas especificamente a parte do argumento do filme.
Ao se contar a historia de um filme sempre se começa em torno de seus
personagens e muitas vezes se divide em uma narrativa de três partes: o começo, a
exposição do problema; o meio: complicação do problema; e o fim, o clímax e resolução.
Porém não se deve apegar-se a esse padrão, muitos filmes são construídos a partir de
mais que só três atos. No texto, se propõe que o roteirista junte suas ideias, montando-as
como um quebra-cabeça, e pensando em definir a configuração das situações dramáticas
e os focos narrativos, para a construção da estrutura geral.
Além disso, é importante observar a dimensão épica, que é a necessidade de parar
um pouco a continuidade das cenas do filme para que haja comentários. Essas são cenas
de respiro, de transição que servem para passar algum tipo de informação que faça que o
filme seja melhor entendido ou para caracterizar melhor um personagem.

CAPÍTULO 6 - CURVA DRAMÁTICA: ESCALETA E TOM


Nesta parte do livro, lembra-se que um filme é o conjunto de muitas ideias reunidas
de forma a qual permita expressar a visão de algum aspecto importante ou problemática
da vida. Além disso, fala-se sobre a curva dramática do roteiro, ou seja, as perguntas
gerais que se faz ao filme. Aborda-se, também, o que a escaleta, a lista de cenas de um
filme, diferente de uma sequência, que é um conjunto de cenas específicas que criam
continuidade na história, com significado parecido de um capitulo de livro. A escaleta é
como um pré-roteiro, com as cenas detalhadas para planejar o andamento da narrativa.
Existem algumas funções que podem ser observadas na escaleta.

Plot
Segundo os autores, é a linha de desenvolvimento de uma situação dramática; pode
haver mais de um plot em um mesmo filme. Existem alguns tipos de plot, entre eles: o plot
principal, o subplot, os plots paralelos e os multiplots. O plot principal é o núcleo central do
filme. O subplot é o que fundamenta a visão geral que o filme tenta produzir. Os plots
paralelos são os contrapontos reflexivos na narrativa. Por fim, os multiplots são o
aparecimento de diversos plots com curvas dramáticas distintas.

Pontos Cruciais
A. Ponto de partida - a forma de abordagem escolhida para mostrar a situação
dramática.
B. Ponto de clímax - quando o conflito do filme atinge seu grau máximo; momento de
maior intensidade dramática.
C. Ponto sem retorno (desenlace ou crise) - quando as ações a serem tomadas para o
desenrolar do filme se tornam claras. Vem logo depois do clímax.
D. Pontos de identificação e de comentário - momento em que o espectador assume
lugar do personagem. Momento que o filme causa um sentimento de identificação ao
espectador.

Variações Tonais
Em cada filme existe um tom predominante denominado a partir de momentos e bases
emocionais sugeridas ao espectador. Esse tom pode ser variável, porém em narrativas
contínuas é menos comum que se varie o tom.
A. Pausas e preparações: Existe a necessidade de pausas pois essas são “respiros” na
narrativa, fazendo que o público possa se recuperar e ter disposição para continuar,
intensamente, a história. As preparações, por sua vez, são usadas para anteceder e
dar introdução a temática das cenas seguintes no filme.
B. Foco narrativo: é o ponto de vista adotado no filme. A forma que se vai dizer
determinados assuntos, podendo variar no andamento do filme. Normalmente o ponto
de vista é dado a partir da visão do protagonista, principalmente em melodramas.
C. Variações temporais: Existe uma ordem cronológica em cada roteiro que pode ser
alterada de acordo com o desejo do roteirista. Existem dois tipos básicos de
manipulação do tempo:
- Os sumários: são cenas de passagem de tempo, feitas com montagem e música
- Os flashbacks digressivo: normalmente se assume na forma de lembrança de
algum personagem, com o intuito de caracteriza-lo melhor.

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