You are on page 1of 12
SOCIOS FUNDADORES: \ Instituto da Potassa e do Fostato Y, (eva) Iretuto Internacional da Potassa (SU0A) FOS] eng agi. vamana ——— dretor INFORIMACOES Sr Coenen © SULFATO DE POTASSIO COMO ee (1) 1, INTRODUGAO. Este trabalho, dedicado aos aspectos a gro- némicos, foi extrafdo de uma conferéneia apresen- tada no Seminério realizado pelo Instituto do Enxo- fre em Madri, em setembro de 1984. © sulfato de potéssio representa somente 6 8 7% do consumo mundial de K20, estando 0 res- tante do mereado ocupado prineipalmente pelo clo- reto de potéssio, No entanto, 0 primero, por diver sos motivos, nfo € menos importante que o segundo. Apesar de seu maior custo por unidade, a utilizacio do sulfato de potdssio na agricultura esté aumen- tando, por varias razdes: = 6 uma fonte de enxofre em forma assimilivel pelas plantas: —apresenta quase total auséneia de cloro; —melhora a tolerdncia das plantas & salinidade. Na maioria dos paises, faltam dados esta- tisticos detalhados © seguros sobre seu consumo, podendo-se fazer somente estimativas em cscala mundial. Entretanto, DUMONT (1981) fez algumas estimativas cujos resultados esto bastante de acor~ do com as estatisticas relativamente precisas exis tentes para a Franca ¢ a Grécia (Tabela 1). Tabela 1. Distribuicéo do consumo de sulfato de potissio pelas culturas (%).. 2. NECESSIDADES DE ENXOFRE DAS CUL- TURAS. Tanto os aspectos quantitativos, como os qualitativos sio importantes. 2.1, Aspectos quantitativos © sulfato de potissio contém 18% de S, (i) Tindarido de Potaah Revi (2) Chete de “Been to dash Int Ne 1a, 1988 1 nteratons rnin, SEBA, Sonipalor ~ Fenags, A, Saurat@) 4H, Boulay 0) estando assim entre os fertilizantes melhor provi dos de enxofre, como o superfosfato simples (15% do S) ¢ 0 sulfato de amonio (24% de S). Os fertilizantes nitrogenados e fosfatados contendo S, que antes ocupavam lugar de destaque no mercado, estao desaparecendo gradativamente ¢ sendo substit uidos por outros materiais como uréia, nitrato de aménio, superfosfato triple ¢ fosfatos de amdnio, que sio praticamente desprovides de en- xofre, A Tabela? mostra o declinio que ver ocor- rendo na quantidade total de enxofre aplicada na Franga nos dltimos 40 anos, a0 lado do aumento da aplicagio de outros elementos (FAUCONNIER, 1983 b). Tabela 2. Evolue30 das aplicagdes de enxofre na Franca. oe 503 SO\IN« P305+K20 4.000 9 50 0 how 9 0 22 «2m0 os wat x0 5.600 907 Em 1938 a aplicagao de enxofre era pratica- mente igual 2 fertilizacdo total com NPK; atual- mente € utilizado somente 1/15 de tonelada (70k2) de § para cada tonelada de N + P:0s + K;0. Nos Gtimos dez anos esta evolugao aleancou uma posi- eo critica (Tabela 3) (FRICKER, 1984). ‘Tabela 3. Fertilizantes utilizados na Franca (kg/ha). ane 55 6 105+ 0 ‘peso Ey rs it ps8 8 1” he A aplicaco de enxofre através dos fertili- zantes est4 atualmente abaixo das necessidades das culturas, especial mente levando- se em considera 0 ©.aumento de produtividade que as culturas vém tendo, 10 t/ha de matéria seca, que correspondem a uma colheita comum, contém em média 40 kg de S ou 100 kg de SOs (COOKE, 1982), EntSo, a taxa média de aplicagao do 13 kg/ha de SOs esti bem abaixo das necessidades das culturas em geral- Sabe-se, ha muito tempo, que as culturas respondem bem as aplicagses de enxofre em solos POTAFOS — ASSOCIACAO BRASILEIRA PARA PESQUISA DA POTASSA E DO FOSFATO Fa Altogo Guodos, 1949 Bi, Aer Cantor» alas, 701/708 « Tel:(0194) 3943284 + Calea Posil, 400 » Gop 13.400 = Aracleaba + SP tropicais, que geralmente apresentam deficiéncia neste elemento. Em contraste, nos paises tempe- rados a necessidade de $ 36 ocorreu recentemente, em culturas cxigentes em enxofre, tais como a.colz: aplicagio de 200 kg/ha de sulfato de potassio aumentou o rendimento da colzaem 330 ka/ha, numa média de 8 experimentos (FAUCONNIER, 1983 a). Mesmo as culturas relativamente pouco exigentes em enxofre, coma 0 trigo, podem apre- sentar sinais temporarios de deficiéncia de S du- rante 0 répide crescimento de primavera. De acordo com 0 Centro de Estudos Téeni- 03 da Indistria de Oleaginosas da Franca (CE- TIOM), 0 sulfato de potdssio é 0 melhor verculo de enxofre para as plantas. Além disso, geralmente € 0 meio mais econdmico de satisfazer as necessi- dades das culturas em potdssio e enxofre. Aspectos qualitativos © enxofre contide no sulfato de potéssio estd na forma de SO,". Quando sulfato de potdssio € aplicade e dissolve-se na solucio do solo, os fons $02, formados so mesmo tempo que os fons K*, podem ser imediatamente absorvidos pelas plantas. Deste modo, 0 K,SO, tem preferéncia sobre as ou- tras fontes de S, nas‘quais o enxofre nao estd numa forma de disponibilidade imediata ¢ que poderiam Woinar residuos de formas reduzidas de S, que cau- sim teidifieagio do solo. Este gitiio pooto € espe= cialmente importante quando ligado ao fato de que © use intensive de fertilizantes nitrogenados con- tribui para a acidifieaeao do solo. $0 necessirios 110 kg de CaCO, para neutralizar 100 ke de sulfeto deambnio, e 60 kg para 100 kg de nitrato de aménio, enduanto que o sulfato de potissio é completamente neutro, 0 fon $0,2em solugio esté menos hidrata- do que Cl- ov NO,, ¢ por isto su mobilidads no solo & reduzida, & Tixiviegio de Kt e de outros cations acompanhantes também € reduzida, © gue cto importante ery solos arenosos, de facil lixiviagdo. Em conseqiéncia disto, hé preferéncia pelo sulfato de potdssio neste tipo de solo. Outra conseqiiéneia da menor hidratacio do fom $0,2-em relacao a0 Cl- moni festa-se a nivel elu. Em presenca de SO,*, 0s coldides celulares fica menos tUrgidos ¢ a prosédo osmética é menor, ‘6 que aumenta a transpiracio ea formacao de maté: ria sece (BURGH ARDT, 1962). Assim, $06 condicées de défieit hidrico, 4 produtividads pode ser melhoradda através do uso de Cl, porque a planta retém melhor a éeua dispo~ nfvel, Em contrapartida, quando a umidade atmos férica 6 alla, como ocorre em easa de vegetacdo com irrigaeao, a produgio de matéria seca 6 favorecida pelo SO,E(GFISSLER, 1953). 3. AUSENCIA DE CLORO Para fins praticos de utilizagfo na agricul- Lura, 0 sulfato de potissio, que contém no, miximo 25% de CI", pode ser considerado como “livre de loro". Lsto é especialmente importante para a fisio~ logis das plantas, Deverse levar em consideracio alguns aspectos deste assunto complexo, que fre~ fientemente interfere com a salinidade, que seré Siseutida adiante. ‘A sensibilidade das plantas ao CI* 6 varid- vel ¢ depende: “das condi¢os ambientais: por exemplo, 0 efeito a umidade, = da espécie é do cultivar. ‘A Tabela 4 de VON PETER (1981) mostra a sensibilidade de diversas plantas ao CI”, através ‘da doterminagao da concentrac4o de CI- necesséria para provocar uma redugio de 25% na produce, ‘Tabela 4. Sensibilidade das plantas ao eloro, Sensiniaee Calire ne ON whe a vile 3 nbe aw enn Bipinnte: sao 3.1. Melhora das propricdades tecnolégicas de algumas culturas devido 3 auséncia de Cl (Tabela 5) ‘Tabela 5, Efeito do KCl c do K.SO, sobre as pro- pricdades tecnolégieas de aleumas cultu- Pronieteles tenolbries Com Ra80a. 1 Com REL = Hane 6) 0.8 oa ends de pero nn rant 4 Melhora da qualidade ou da aparéncia em auséacia de CI (Tabcla 6) © sabor, @ cor, a firmeza dos morangos, das framboesas, das macs, sio melhoradas quando Eaplicado 0 sulfato de potéssia, Mas este rosultadi como outros relacionados com © uso deste fertil zante, € baseado principalmente nas observacées dos agricultores. Tabela 6. Efeito do KCI e do KxSO, sobre a qua Teor de actear =v Wn ‘Abacos 18) Teor de amity — Raa 6) 205 ws ‘Teor pros = Aatata ue ns 7 INFORMACOES AGRONOMICAS — N* 37 — Trige 6) ms 16 citer — Avene (me 8) mo awe Kaito tact =u ge) ne 10 Coloragéo de frto ~ Abncast (dis) ar os Profle 46 frtos sasios = Abncast 00) was 24 i ate) 182 862. He pottanesl 198 Tt Propercte de legumlnenas forraelras DBiknstro da Nor = Prints 24 a8 3.3. Efeitos sobre a produtividade Foram feitas poucas pesquisas com sulfato de potassio, e muitos dos dados ja so bastante anti- gos. Os dados mais recentes sio mostrados na Tabela i. Tabela 7. Efeito do KCl e do K2SO, sobre a produti- vidade (kg/ha). 4. MELHORA DA TOLERANCIA DAS PLAN- TAS A SALINIDADE Os problemas causados pela salinidade au- mentam com a intensificaggo da agricultura e com © aumento da rea submetida a préticas que propor- cionam actimulo de sais nas camadas superficiais, ‘A salinidade do solo ¢ influencieds por: — interagdo entre a égua eo matorial de origem no subsol = efeito dos tratos culturais, como a aplicagao de fertilizantes e matéria orginica, desinfecga0 do solo, irrigagdo. O grau de salinizagi0 provocado por estes ditimos fatores depende da quantidade € da freqincia de aplicacéo; por exemplo, a loca- lizagiio do adubo, cultivo em casa de vegetacio. (© sulfato de potdssio € um excelente meio para melhorar a tolerincia da maior parte das cultu~ ras & salinidade, por trés motivos: efeito do pots sio, efeito do SOF", baixo {ndice de salinidade, Os produtores belgas de beterraba sacarina ultimamen- te esto usando 0 sulfato de potdssio, pois conside- ram que ele se adapta melhor 20 sistema intensivo empregado em suas propriedades. 4.1, Efeito do potéssio © potdssio assegura um melhor crescimen- to das plantas sob condi¢des de salinidade. Como exemplo, pode-se citar os resultados de um experi- mento conduzido em vasos com feijao fava, mostra- dos na Tabela 8 (HELAL, 1980), peso das plantas eo teor de carboidratos foram sensivelmente melhorados pela adicio de KCI 4 solucio salina (NaCl). A presenca de KCI restabe- leceu 0 contedido de K das plantas, que havia sido fortemente reduzido em solugdo salina simples. Se~ evens Pats con K3804 Com ki __ria interessante repetir este experimento utilizando também o sulfato de potdssio, amen rorwem siasosp.0co——‘Tabola 8 Bfeito do potdssio no feijfo fava, mam rr a ayTe Andon hese a90 emer a 3 ote sao oo shen vs zi - ome essa paietecement = = Conan (petal evo) be 6 Sanente de asedfo EVA +08 abet (ame relive) sams Feno range 6.110 5.850 4.2. Efeito do SO, Fewer (ive) mis 0s Certas plantas sio mais resistentes ao au- rie i cow ante = mento. da salinidade em presenga de SOe”, como be armas aah iu eS pode ser visto nas Tabelas 9 ¢ 10. Mentioce Coltmtin 9.400.600 O crescimento dos citros € muito menos HO afetado por um aumento de salinidade devido a0 tronee: ) 62,200 55.200 $0,?-. Tém sido obtidos resultados semelhantes com = fel wan maga ‘el, allt plage tomate, slgoto « carvalbos Prange pte ‘ni Tabela 9, Tolerdncia relativa dos citros a salinidade Batata Bra 0.050 9.820 ~ produtividade em % da testemunha (EA- Cain onuan TON, 1966). Bat ten BUA, tata 6290 18.480 ‘plcgieeplementar (ome Arron eee som a8 2 0 =o Uva Erangs Tk4s tas. m *. a Fant wae eas : INPORMAGOES |AGRONOMICAS — JP 57 . Tabela 10. Bfeito da salinidade sobre plantulas de trigo (e/ planta; testemunha: 31” g) (STOGONOY, 1962). Prossto eamsiicn (am) $ 0 6 20 ao Nac 2s 2 4 : ° e504 a 2 " B 2 4.3.Baixo indice salino do sulfate de potéssio © fndice salino de um fertilizante 6 dado em referéncia 20 nitrato de sédio, ¢ corresponde 2 relacio entre as pressbes osmOtieas no solo depois da aplicagao dos dois fertilizantes (Tabela 11). Tabela 11. {ndice salino de varios fertilizantes. Ags fatter satin ‘allze por anidade We cranes % de NaN5 irae de b 100 5.06 100 Sultue de postesin, —46 oe 1 Sarerfonfato simples 8 0.50 s © sulfato de potdssio tem um dos mais baixos indices de salinidade entre os adubos potdssicos sulfatados. Tsto justifica seu emprego em culturas sensiveis a salinidade, especialmente em condigdes que favorecem um aumento da salinidade do solo, tais como: irrigagéo com dgua salina, acomulo de sais devido ao clima (tfpico do clima do Mediterra- fnco), cultivo intensivo com uso elevade de fertili nantes, localizaco do fertilizante, aplicacdes tar dias de fertilizantes, A Tabela 12 apresenta uma lista das cultu- ras sensiveis 4 salinidade (MONICO & RYSER. 1982), Tabela 12, Sensibilidade das ituras & salinidade, Tene s+ Avia trans ho, orn Horse + Alga. peninns idog alfacey er 5. CONCLUSOES Em comparagiio com os outros fertilizan- tes, 0 sulfato de potissio tem sido pouco usado. Este fertilizante néo tem sido beneficiado, como 08 outros, por grandes esforcos de promogio de vendas, nem por vastos programas de pesquisa, ¢ muitos dos argumentos a seu favor sio baseados em experiéneias praticas dos agricultores ¢ em con- sideracdes teGricas. Hé necessidade de maiores estu- dos em condigées de campo. Entretanto, neste traba- Iho hd razes suficientes para justificar a conclusao de que “o sulfato de potissio é o fertilizante qui garante a boa qualidade da cultura é de uso seguro” (ERICKER, 1984), Devido a0 constante crescimento da popu- lagio hé necessidade de que a agricultura torne-se cada vez mais intensiva; deve haver aumento de produgdo, mas a qualidade dos produtos também deve ser mantida, No nosso estégio atual de conheci- mentos hé dois caminhos para superar este desafio. Um € através da intensificacio dos sistemas eultu- rais até atingir 0 limite de potencialidade das plan- tas: 25 t/ha de milho, 15 t/ha de trigo, dois ou trés cultivos por ano. © outro caminho € 2 explore {g40 de novas reas, que ainda nio estao sendo culti- Vadas. Onde quer que hajam problemas de salinide- de, excesso de Cl”, falta de $O,7", qualidade do produto ow necessidade crescente de potdssio, o sul- fato de potéssio terd um papel a desempenhar, LITERATURA CITADA BURGHARDT, H. Uber die Bedeutung des Chlors Tur die Bflanzenernahrung. voter besonderer ercksicntigung. des. Chforid/Sulfat Pro blems, Angewandte Bot ik, 36 (5), 1962, COOKE, G.W. Fertilizing for maximum yield. 1982, DUMONT, M, Communications personnelles, En- quété sulfate de potasse. SCPA, 1981, EATON, FM. Toxicity and accumulation of chlo- ide and sulfate ‘salts in plants, Journal of Agricultural Research, 64, 1956. FAUCONNIER, D. Effet d'un apport de sulfate de jtgssiuin’ en’ fin dt hiver sue colza, In CON RES INTERNATIONAL SUR LECOLZA, 6, Paris, 1985 & FAUCONNIER, D. Porquoi les cultures ont aujourd™ hui besoin de sulfates, Note interge, SCPA, 1983 b, FRICKER, C. The use of potassium sul fate in Fran- ce, Budapest, CIEC, 1984. ISSLER,T. Uber dic Wirkung chlorid undsulfat- haltiger Diingemittel auf den Ertrag oiniger Gemisesorten unter verschiedenen Umwelt ver~ haltnissen. Arch. Gartenbau, HELAL, M, Interaction of potassium nutrition and suit tolerance in higher plants. Cairo, Proce: ings NRC, International Potash institute Workshop, 1980. MONICO, P.Y, & RYSER, J.P, La sensibi ‘vépétaux 2 la salinité. Revue Suisse Vitic fue. Arboriculture, Horticulture, 14(5), VON PETER, A, Sulfate of potash in Asia. Fertili-~ rer International, 1981. STOGONOV, 8.P. Physiological basis of salt to- Jerance’ of, plants. Acidemy of Scicnees of the URSS, 1962, jhromeactes AGkooaGls =e O POTASSIO AUXILIA NA REDUGAO DAS PERDAS DE AMONIA NO CAMPO QUANDO DA APLICAGAO SUPER- FICIAL DE UREIA (1) ‘A redugio das perdas de aménia. prov. nientes da aplicagéo superficial de uréia podem representar um real bene ffeto eco nmico pera os agricultores em algumas condigocs de campo. As pesquisas desen- volvidas no Texas mostram bons resultados para controlar as perdas de aménia usando potassio junto com 2 uréia A preocupacio com as perdas de aménia desoncoraja 0 uso de uréia em aplice¢ao superficial. As perdas de aménia ocorrem somente quando a superficie do solo esté Gmida ¢ a temperatura esté acima daquelz de congelamento, Os solos arados sem imatéria orgdnica fresea na superficie nfo fevorecem as altas perdas de am@nia, pois eles secam rapida- mente, Os majores eandidatos As perdas de amdnia proveniente da uréia sio as pastagens, os pomares © as adubacées em cobertura em trigo de inverno sob cultivo minimo (mais comum no sul dos EUA). A uréia é 0 fertilizante nitrogenado de mais baixo custo em muitos Iugares. As perdas de aménia proveniente da uréia reduzem a vantagem ‘econdmica, mas ndo 0 suficiente para tornar outros produtos proferiveis, As perdas de Nona forma de aménia precisam ser reduzidas; a prevencdo aumen- tard o beneficio do agricultor por cada unidade de N aplicada, Quimica do controle de perda de aménia Se a uréia for incorporada no solo, segura~ mente estara envolvida pelas partfculas do solo, nao ccorrendo perdas de amdnia, A maior parte dos solos tem grandes quantidades de célcio adsorvidas em partfculas de carga negativa, Essas ligagdes sio rompidas € 0 cfleio combina-se com 0 carbonato formado pela decomposigao de uréia (carbonato de aménio) para formar carbonato de calcio (calesrio). © aménio livre, e com carga positiva, toma o lugar do cfleio nas particulas de solo ¢ é imobilizado (nao sujeito a perdas). ‘A uréia aplicada superficialmente no solo se decompée e produz aménia que se perde, pois nfo esté protegida por solo rico em efleio. 0 carbo- nato de aménio, um composto instavel, € formado mas rapidamente se decompse em forma gasosa, dié- ido de carbono © aménia, que séo perdidos para @ atmosfera. As perdas de amdnia proveniente da uréia podem ser significativas sob certas condic6es. A taxa de perda de amdnia € diretamente controlada pelas condigdes ambientais. As condicoes que favorecem grandes perdas incluem: superficie do solo timida; alta umidade relativa, como ocorre em dias nublados ou nas manhas com bastante orv: Iho; altos nfveis de residuos orgénicos na superficie do solo. As condigdes que néo favorccem as pordas ineluem: superficie do solo seca: ar seco; auséncia de rosiduos organicos; chuva ou irrigagao logo ap6s (poucas horas) a aplicacao da uréia, (Fone: apt te peter Grape With Flan Pose, ibs fall = alrite ge ioe dime iivensky, Agrculurl Resear LB. Fenn Em nossa pesquisa om El Paso Sbservamos que os sais de eflcio e magnésio combinados com a uréia na superficie do solo redurizam bastante as perdas de aménia. Esta informacdo permitiu o desonvolvimento de um process no qual nitratos ow cloretos de edleio ou magnésio sao incorporados A uréia para estabiliz4-la na superffeie do solo. Os sais de cilcio ou magnésio inibem a formaggo de gases na superficie do solo, do mesmo modo como © céieio age abaixo da superficie. Experiments posteriores mostraram que potissio (K) adicionado a urgia poderia tomar 0 lu- gar do céleio e do magnésio no solo © prevenir as perdas cle aménia, © potassio substitui o eéleio ad~ sorvido nas-particulas do solo ¢ 0 edlcio, que fica livre, reage com 0 carbonato de aménio (produto da decomposicao da uréia) formando carbonate de céleio que é insoluvel. Vantagens do potdssio para controlar as perdas de aménia Muitos solos localizados 2 leste das Monta~ nhas Rochosas s&o deficientes em potissio e reque- rem uma aplicagio deste nutriente como fertilizan- te, Deste modo, os dois nutriesites podem ser aplica- dos nama 36 operacao, reduzindo os custos de apli~ cago ¢ ao mesmo tempo controlando as perdas de aménia. Formulagio © ciilcio, © magnésio ou o potéssio usado com a uréia sio efetivos num minimo de um equiva ente quimico dos aditivos para cade quatro equiva- lentes guimicos de uréia, mis sio mais efetivos quando usados na razio de um equivalente quimico do aditivo para dois equivalentes qufmicos de uréia 1, 36,08, 034 Ke, de clorsto de potdssio,magnésio ou efleio, por ke de uréia, respectivament®). Esses aditivos podem ser aplicados junto com a uréia na forme Miquida, em suspensio ou seca. Os produtos Ifquidos incluiriam 0 eélcio ou o meg- nésio junto com a uréia, Os produtos secos de calcio ‘ou magnésio junto com a uréia podem ser feitos, mas somente com equipamento especislizado, O po- téssio deve ser adicionado A uréia em suspensio quando for usado na forma liquida. Também pode ser usado na forma sece, coeranulado com a uréia fou como mistura seea se aplicado em falxas por um sistema de fluxo de ar ou pela adubadeira tra- Dados de campo Os dados obtidos em estudos de campo com rato de am@nio ¢ nitrato de célcio, compa~ uréia, rados com uréia + sais de cdleio, magnésio ou potas- sio, podem ser vistos na Figura 1. INFORMAGOES AGRONOMICAS — N37 140 8 #

You might also like