Professional Documents
Culture Documents
Rua Visconde do Rio Branco, 237 – Curitiba-PR – 80.410-000 – Tel 55 41 3017-1800 – Fax 55 41 3017-1820
Rua Joaquim Floriano, 101, Cj. 408 – São Paulo-SP – 01.534-010 – Tel 55 11 3079-7228 – Fax 55 11 3704-7315
SHS, Ed. Brasil 21, Bloco C, Sala 511 – Brasília-DF – 70.316-000 Tel 55 61 3225-0183 – Fax 55 61 3225-0193
www.justen.com.br – justen@justen.com.br
2
1. PRELIMINARMENTE
Preliminarmente, o Recorrente pede licença para reafirmar o respeito que
dedica aos membros da douta Coordenação Geral de Cadastro de Licitações e à
digna Autoridade Julgadora. Destaca que o presente recurso tem estrita vinculação à
interpretação objetiva dos fatos do procedimento licitatório. As eventuais
discordâncias deduzidas neste recurso fundamentam-se no entendimento que se
pretende para o texto da Constituição, da Lei e do Edital, diverso daquele adotado
na decisão recorrida.
2. A R. DECISÃO RECORRIDA
O certame tem por objeto a “CONTRATAÇÃO INTEGRADA DE
EMPRESA PARA ELABORAÇÃO DOS PROJETOS BÁSICO E EXECUTIVO E
EXECUÇÃO DAS OBRAS REMANESCENTES DE DUPLICAÇÃO E
RESTAURAÇÃO COM MELHORAMENTOS DA PISTA EXISTENTE, INCLUINDO
OBRAS DE ARTE ESPECIAIS, NA RODOVIA BR-101/AL“.
O Recorrente apresentou a proposta mais vantajosa ao Poder Público. Em
seguida, a d. Comissão determinou a realização de seis diligências, que foram todas
prontamente atendidas.
Porém, em 14.7.2016, a d. Comissão declarou que “não foi comprovada
a execução do serviço E1, referentes à capacidade técnico-operacional, de acordo
com o subitem 4.1, do Anexo I – Termo de Referência, do Edital”. O item destacado
é relativo à comprovação de expertise na execução de 80.000,00m³ de placa de
concreto de cimento Portland.
Entretanto, a exigência foi plenamente atendida.
O Consórcio valeu-se de um atestado (01-04343/2003 CREA/PE) obtido
em virtude da cisão da empresa CONSTRUTORA OAS S.A., que transferiu a
titularidade do todo o acervo técnico de engenharia civil e da indústria da
construção civil e pesada à OAS ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, empresa líder
do consórcio ora Recorrente.
Mesmo assim, a r. decisão recorrida reputou o item como descumprido.
Entendeu-se, sem um motivo válido, que o atestado apresentado não poderia ser
considerado no acervo do Recorrente.
3
4. OS ESCLARECIMENTOS SOLICITADOS
No intuito de dirimir as dúvidas relativas à documentação apresentada
pelo Consórcio Recorrente, foram respondidos seis pedidos de esclarecimento desse
d. Órgão Licitante.
Em 17.6.2016 e 14.7.2016, o Recorrente apresentou esclarecimento sobre
a cisão e sobre a transferência do acervo técnico da CONSTRUTORA OAS S.A..
Ocorre que, nestas últimas diligências, pretendeu-se unicamente a
indicação dos atestados de experiência técnica e da comprovação de transferência de
acervo técnico pela CONSTRUTORA OAS S.A. à OAS ENGENHARIA E
CONSTRUÇÃO S.A. Em nenhum momento o DNIT diligenciou para buscar a
demonstração da capacidade técnica efetiva do Consórcio Recorrente.
Assim, cumprindo com esclarecimentos solicitados, o Recorrente indicou
onde se encontram listados todos os atestados que comprovam a sua experiência
técnica, bem como a documentação comprobatória de transferência do acervo
técnico da CONSTRUTORA OAS S.A., concluindo que sua capacidade técnica
estaria comprovada.
Note-se que a verificação da capacidade técnica demonstrada não pode
ficar restrita a localizar a menção ao atestado numa lista de atestados. Deve-se
examinar em conjunto toda a documentação relacionada com a cisão da
CONSTRUTORA OAS S.A., bem como a situação da empresa líder do consórcio –
que, além de integrar o mesmo grupo econômico, recebeu diversos funcionários e
responsáveis técnicos que antes trabalhavam na empresa cindida, de forma que,
atualmente, a OAS ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO S.A. compartilha com a
CONSTRUTORA OAS S.A. a mesma capacitação técnica e a mesma organização
empresarial.
Com respeito, nada disso chegou a ser devidamente examinado. É
inequívoco que a empresa líder efetivamente detém o acervo técnico que era da
CONSTRUTORA OAS S.A., o que vem sendo objeto de reconhecimento em outras
esferas, sem dificuldade alguma. Daí a interposição do presente recurso.
5
[1]
O parecerista, detentor de ampla expertise no tema em questão, é engenheiro pela Escola Politécnica da USP, inscrito
no CREA/SP sob o n.º 132.131/D, consultor em São Paulo-SP, professor associado e Chefe do Departamento de
Engenharia de Transportes da Escola Politécnica da USP.
26
detidos por uma mesma empresa. Pouco importa se ela participa do certame em
consórcio ou não. Tal possibilidade não pode se restringir a atestados de diferentes
consorciadas.
Diante disso, como o Consórcio Recorrente comprovou experiência
na execução do serviço, no quantitativo exigido, ainda que com o somatório de
atestados, sua inabilitação, com o máximo respeito, foi indevida e merece ser
revista.
8. CONCLUSÃO
Diante do exposto, o Recorrente espera a reconsideração da r. decisão
pela d. Comissão, de forma que o Consórcio OAS/ASTEP seja declarado habilitado
na presente licitaçao e, portanto, vencedor do certame. Caso a d. Comissão não
reconsidere a sua decisão, requer-se que o presente recurso seja encaminhado para a
d. Autoridade Superior, visando que a decisão recorrida seja reformada, nos termos
ora solicitados.
Pede deferimento.
São Paulo, 24 agosto de 2016.
CONSÓRCIO OAS/ASTEP