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FABRICAÇÃO DE DUTOS
Faixa de domínio
A abertura desta faixa deve levar em consideração o menor impacto possível ao meio
ambiente, devendo a diretriz da vala localizar-se em uma de suas laterais, de forma a
possibilitar espaços para futuras instalações. Normalmente a faixa apresenta uma
largura de 20 m, podendo ser de 15 m em áreas de reserva ambiental. Cursos d’água
devem ser mantidos e canalizados, caso necessário.
A diretriz definida pelo projeto deve ser marcada ao longo da faixa de domínio, que
deve ser devidamente identificada.
Abertura da vala
A largura da vala deve ser compatível com o diâmetro do duto, de modo que o
abaixamento não cause danos ao revestimento, sendo normalmente empregada uma
folga de meio diâmetro da tubulação. A profundidade da vala varia conforme a classe
de locação e tipo de terreno, devendo a terra escavada ser lançada sempre de um
mesmo lado, próximo à vala, e do lado oposto de onde os tubos serão desfilados. É
importante salientar que, no fundo da vala, não pode haver material duro que cause
danos ao revestimento das tubulações (veja a Figura 1).
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Elaboração: Raimundo Sampaio
Fig-1 Fig-2
Fig-3
Curvamento
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Fig-4
Fig-5
Fig-4
Montagem
Montagem e soldagem de dutos são termos que se confundem, já que andam juntos,
sendo a soldagem uma atividade posterior à montagem. A montagem se caracteriza
normalmente pelo acoplamento entre um tubo e uma coluna e a soldagem do primeiro
passe, seja totalmente (no caso de acopladores internos), ou metade da junta (para o
caso de acopladores externos) — veja a Figura 7. Antes da montagem, é necessário
re-inspecionar o estado dos biséis e da superfície descoberta, de modo a se detectar e
eliminar defeitos que possam existir.
Fig-7
Soldagem
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Abaixamento da coluna
A coluna, uma vez aprovada, deve ser abaixada à vala o mais rapidamente possível,
de modo a se evitar novos danos no revestimento (veja a Figura 9). Antes do
abaixamento, deve haver uma inspeção das condições laterais e de fundo da vala, que
não deve conter pontas de pedra que possam danificar o revestimento. A coluna deve
ficar totalmente acomodada no fundo da vala, e os espaços vazios devem ser
preenchidos por solo selecionado ou areia.
Cruzamentos e travessias
Cruzamento corresponde a trechos em que os dutos cruzam rodovias, ferrovias ou
outros trechos secos. Eventualmente, pode ser aéreo.
Travessia refere-se ao cruzamento de trechos alagados, como rios, lagos, mangues e
brejos (veja a Figura 10). Eventualmente pode ser aérea.
Tie–ins
Tie-ins são pontos de ligação entre dois conjuntos previamente lançados, podendo ser
entre duas colunas ou entre uma coluna e um cruzamento ou travessia. A soldagem
de tie-ins é sempre executada dentro da vala e entre dois pontos fixos, sendo, por
isso, uma soldagem de maior complicação devido à restrição da junta.
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Fig-9
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Fig-10
Outras etapas
• Proteção e restauração da faixa
• Limpeza da linha e passagem de placa calibradora (pig)
• Teste hidrostático
• Identificação de pontos na faixa
• Proteção catódica
• Revisão do projeto as built
• Condicionamento
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Fig-12
Fig-13
Esse processo continua até que a primeira solda esteja na estação de acabamento,
onde é realizada a inspeção visual. Todas as estações intermediárias de enchimento
são monitoradas quanto à conformidade com os requisitos da EPS aplicável. O
intervalo de tempo entre as atividades de puxar o duto é controlado pelo tempo levado
para completar o número requerido de passes de solda na primeira e na última
estação de soldagem. O número de estações intermediárias de enchimento é
determinado pelo número de passes de solda requeridos para aprontar a junta para o
acabamento (veja a Figura 14).
Após a inspeção visual da junta soldada, o duto será puxado até
o bunker de radiografia (pode ser também por ultra-som), onde a solda é radiografada
e imediatamente avaliada em conformidade com os critérios de aceitação aplicáveis.
Eventualmente, podem ser realizados reparos nas estações de soldagem.
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Fig-14
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Fig-16
Quando o duto sai do galpão, é acoplado um dispositivo que fica preso a um trator que
o puxa à medida que as soldas são executadas. O duto, nesta fase denominado stalk,
é rolado nos racks externos após a última solda, assim permanecendo até a chegada
do navio (veja a Figura 17).
Fig-17
Quando o stalk estiver completo e sobre os roletes, é movimentado para seu local de
estocagem nos racks de estocagem utilizando pelo menos dois guindastes (veja a
Figura 18).
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Fig-18
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Quando o navio atracar, o primeiro stalk a ser bobinado é colocado nos roletes
centrais do rack de estocagem e então puxado ao longo da linha até a estação de tie-
in e em seguida até a popa do navio (veja a Figura 20). A partir daí, o navio (veja a
Figura 21 e a Figura 22) assume a operação de suspender o tubo pela rampa, indo até
o carretel, onde o tubo é acoplado por soldagem ou por cabo. O navio começa então a
bobinar o duto no carretel (veja a Figura 23, a Figura 24, a Figura 25 e a Figura 26),
continuando até que a extremidade do stalk esteja localizada na estação do tie-in,
quando é interrompido o bobinamento. O segundo stalk a ser bobinado é içado até os
roletes centrais dos racks de estocagem e movido até que sua extremidade esteja na
estação do tie-in. A junta é acoplada e são executados a soldagem, os ensaios não
destrutivos e o revestimento. O bobinamento recomeça e continua conforme já
descrito acima até que seja bobinado o número necessário de stalks no navio.
O navio então zarpa da base para lançar o duto submarino no local designado.
Durante o lançamento do duto no mar, o endireitador / posicionador fica na posição
vertical (veja a Figura 27). Nas extremidades de cada duto são soldados flanges que,
por sua vez, são acoplados ao PLET (pipeline end terminator) — veja a Figura 28).
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Fig-20
Fig-21
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Fig-22
Fig-23
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Fig-25
Fig-26
Fig-27
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Fig-28
Terminologia
1 Classe de Locação
É a relação entre a quantidade de construção para ocupação humana numa área da
unidade de locação de classe.
2 Faixa de Domínio
A área de terreno de largura definida no projeto, ao longo da diretriz, destinada à
construção, montagem, operação e manutenção de dutos.
3 Placa Calibradora
Disco constituído de chapa deformável, instalado junto a um copo do pig, empregado
para verificar se a tubulação possui diâmetro no mínimo igual ao do disco.
7 Método de Pearson
Técnica de inspeção de falha de revestimento aplicada em dutos enterrados, realizada
sobre a faixa do duto.
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2 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
2.1.3 A execução de obras por terceiros, que interfiram com a faixa, deve ser
acompanhada, em todas as suas fases, pela fiscalização.
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2.1.5 As periodicidades acima devem ser adequadas a cada caso, em função das
características específicas de cada duto e das condições locais da região (topografia,
precipitação pluviométrica), podendo haver um número maior de inspeções, mas
nunca um número menor do que o indicado.
Nota: O paralelismo considerado no item 5.1.6, refere-se a uma faixa de 200 metros
para cada lado do duto.
2.1.8 Os trechos dos dutos nos pontos de cruzamentos das Faixas de Domínio com
ferrovias e rodovias pavimentadas, enquadrados nas classes de locação 1 e 2, devem
ter sua periodicidade de inspeção igual à da classe de locação 3.
2.2.1.2 A inspeção visual onde o duto aflora deve ser realizada com intervalo entre
duas inspeções consecutivas não maior que 12 meses.
Para inspeção dos trechos enterrados deverão ser executadas escavações em regiões
predeterminadas para acesso ao duto e/ou através de Pig. Técnicas especiais
poderão ser aplicadas em substituição às anteriormente mencionadas.
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Onde houver gradientes elétricos sobre o solo (saída ou entrada de corrente no duto),
este é o indicativo de não-conformidade do revestimento (falha). O defeito estará no
ponto de nulo, ou seja, onde os gradientes zeram.
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2.2.5.2 A inspeção com pig instrumentado é recomendada para dutos que apresentem
uma ou mais das condições abaixo:
a) duto com histórico de danos mecânicos ou processos corrosivos externo ou interno;
b) duto com trechos sujeitos a correntes de interferência;
c) duto com grande importância operacional;
d) duto com pressão de operação próxima da PMAO e com mais de 5 anos de
operação;
e) dutos que transportem produtos corrosivos;
f) dutos com alto risco ao meio ambiente ou situado em áreas densamente povoadas.
2.2.5. A inspeção com pig instrumentado requer a habilitação prévia do duto através
da utilização de pigs de limpeza e placa calibradora, de acordo com normas e
procedimentos aplicáveis. O pig geométrico também pode ser utilizado como
instrumento de habilitação do duto em substituição à placa calibradora, desde que a
inspeção com o pig geométrico seja realizada imediatamente antes da inspeção com o
pig instrumentado.
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2.2.7.4 Periodicidade:
a) Anual - Inspeção geral no sistema de proteção catódica, constando de verificação
das condições físicas e operacionais das estações retificadoras e equipamentos de
drenagem elétrica e galvânica, estrutura dos pontos de teste e caixas de interligação,
avaliação e registro dos parâmetros elétricos dos equipamentos em formulários
próprios, registro contínuo dos potenciais nos pontos sujeitos a oscilações com
pesquisa das possíveis fontes interferentes, medição de potenciais tubo/solo, nos
equipamentos, pontos de testes, lançadores e recebedores de pigs, válvulas de
bloqueio, tubos-camisas e verificação da eficiência das juntas de isolamento;
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BIBLIOGRAFIA
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