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EQUIDADE

 Conceito.
Juízo de razoabilidade e equilíbrio baseado no bom-senso com que o caso concreto é apreciado; é a
justiça do caso concreto.
Atenção! Isso não é uma delimitação dos parâmetros jurídicos aplicáveis pelo Juiz, mas sim, dar
margem para que ele crie norma mais adequada ao caso concreto.

P. Então a Equidade é meio de Suprir Lacuna legal?

NÃO. A equidade não constitui meio de surprir lacuna da Lei, mas recurso que auxilia a
aplicação da Lei.

Atenção! A Equidade é aplicada quando a Lei cria “espaço” para sua aplicação, para nesses casos,
o Juiz tenha mais flexibilidade na aplicação da norma de maneira a adequá-la melhor ao caso
concreto.
Lembre-se: CPC, Art. 140. Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em
lei.

P. E a Equidade é fonte do Direito?

Para a maioria da Doutrina Não, nem é um conjunto de valores e normas.

Importante! Apesar disso, pode ser utilizada como Critério de Julgamento, nos casos em que a lei
prevê sua aplicação.

 Tipos.
Equidade legal Equidade Judicial

é prevista no texto da lei, que prevê várias o legislador, de maneira explicita ou


possibilidades de solução do caso concreto implicitamente, comete ao juiz decidir por
equidade, criando espaços para que formule a
regra mais adequada à situação concreta.
Exemplos: Exemplos:

CC, Art. 944. A indenização mede-se pela CC, Art. 953. Parágrafo único. Se o ofendido
extensão do dano. não puder provar prejuízo material, caberá ao
Parágrafo único. Se houver excessiva juiz fixar, equitativamente, o valor da
desproporção entre a gravidade da culpa e o indenização, na conformidade das circunstâncias
dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a do caso.
indenização.
Normas: Normas:
CC, Art. 413, 738, parágrafo único, 944,953,
etc.

 Equidade na Arbitragem.

Segundo o art. 2°, caput, da Lei 9.307/96, a arbitragem poderá ser de direito ou de equidade, a
critério das partes.
Lei 9.307/96, Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de equidade, a critério das
partes.
§ 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na
arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem pública.
§ 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos
princípios gerais de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio.
§ 3o A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e
respeitará o princípio da publicidade.

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