Em agosto de 1931 fundou a Legião Cearense do Trabalho, destacando na
ocasião, como um de seus principais objetivos, a organização do operariado “para que,
protegido, educado e coeso, ele se torne um colaborador honesto e consciente das outras classes”. A Legião expandiu-se rapidamente na capital e no interior do estado, arregimentando cerca de 15 mil filiados e contando ainda com a adesão de 40 organizações operárias e associações similares. Em outubro do mesmo ano, a Legião tornou-se conhecida no Sul do país através de um artigo publicado no jornal A Razão por Alceu Amoroso Lima, secretário do Centro Dom Vital. O artigo elogiava “a grande obra do tenente Sombra no Ceará, realização prática dos princípios sociais que animam a revolução integral que almejamos”. Sombra tornou-se membro do Clube 3 de Outubro, organização tenentista favorável à manutenção e ao aprofundamento das reformas instituídas pela Revolução de 1930. No início de 1932 fundou a Legião Brasileira do Trabalho e viajou a São Paulo a fim de estabelecer contato político com Plínio Salgado, intelectual e jornalista de renome, redator de A Razão, conhecido por sua identificação com as idéias fascistas. Na tentativa de unificar suas atividades políticas, Sombra, Joaquim Pedro Salgado Filho e Olbiano de Melo marcaram para o início do mês de julho um encontro no Rio de Janeiro, então Distrito Federal. A reunião não pôde ser realizada devido à eclosão da Revolução Constitucionalista em São Paulo no dia 9 de julho de 1932, à qual Sombra aderiu. De volta ao Ceará, com o objetivo de sublevar a Legião Cearense do Trabalho, foi preso ao desembarcar em Fortaleza e exilado para Portugal após a derrota dos paulistas em outubro de 1932. Ainda em 1932, Sombra criou, no Ceará, a Juventude Operária Católica (JOC), confiando sua direção ao padre Hélder Câmara, fundou a Liga dos Professores Católicos do Ceará, da qual tornou-se presidente, e foi escolhido para integrar o recém-criado Conselho Estadual de Educação do Ceará. Depois de ter criticado duramente a legislação sindical estatizante, editada pelo primeiro ministro do Trabalho, Lindolfo Collor,Sombra foi convidado pelo novo ministro do Trabalho, Joaquim Salgado Filho (1932-1934), para trabalhar em seu gabinete. No exílio em Lisboa, Sombra escreveu o livro História monetária do Brasil colonial, que seria publicado, em edição limitada, em 1938. Durante a sua permanência em Portugal, visitou a Universidade de Coimbra, passando a acalentar o sonho de instalar no Brasil a uma universidade nos moldes da histórica instituição de ensino portuguesa. Durante o exílio de Sombra, vários dirigentes da Legião Cearense do Trabalho, como Jeová Mota e o padre Hélder Câmara, aderiram à Ação Integralista Brasileira (AIB), fundada por Plínio Salgado. De volta ao país em 1933, foi beneficiado pela anistia decretada pelo presidente Getúlio Vargas em janeiro de 1934, reintegrando-se então ao Exército. Em fevereiro desse ano compareceu ao primeiro congresso nacional integralista, realizado em Vitória, entrando em conflito aberto com Plínio Salgado. Contrário à eleição deste para a chefia nacional da AIB, propôs que a direção do movimento fosse entregue a um triunvirato, composto por Plínio Salgado, Gustavo Barroso e Olbiano de Melo, reivindicando sua indicação para o cargo de secretário-geral da AIB. Diante do fracasso de sua proposta e de discordâncias ideológicas com Plínio Salgado, rompeu com o integralismo. Promovido a capitão em outubro de 1934, conseguiu junto ao então chefe do Estado-Maior do Exército, general Pedro Aurélio de Góis Monteiro, a criação do ensino de sociologia na Escola Militar tornando-se, em seguida, primeiro professor desta disciplina na própria Escola Militar e no curso de candidatos à Escola de Estado-Maior do Exército. Em 1936, apesar de ainda não possuir o curso de estado-maior, foi posto à disposição do Estado-Maior do Exército para servir na 5ª Seção (Geografia e História). Nesta ocasião, promoveu o relançamento da Revista Militar Brasileira, tornando-se seu redator-chefe. Ainda neste ano, fundou o Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, do qual tornou-se secretário. Em 1937, após aprovação do ministro da Guerra, general Eurico Gaspar Dutra, sua proposta de criação da Biblioteca do Exército foi levada à prática, sendo Sombra escolhido para ocupar o cargo de primeiro-secretário da entidade. Nesse mesmo ano, participou da fundação da Defesa Social Brasileira, organização cívica da qual tornou-se secretário.