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Jonathan Dancy EDISTEMOLOCIA CONTEMPORANEA edicoes 70 PREFACIO ute livo é uma versio aumentada de um cus de epstemo- {ogia que venho a leecinar ha alguns anos na Universidade de Keele. F,evidentemente, 0 produto de muitas conversas com cestudantes.e colegas. A todos eles estou grato, mas devo grade cimentos especiats a David Bakhurst, David MeNaughion Richard Swinburne, que leram todo lvro,porvezessob forma de rascunho, etiveram a amabildade de apresentarcomentérios fe sugestdes pormenorizadas. O meu pai, John Dancy. langou também um olhar interessado 20 todo. Angus Gellatly, Hanjo Glock, Peter Hacker e Cathy MeDaniel lam partes do tivo e Fizeram ertias ites, A todos eles, desejo expressar a minha -ratidio, bem como a quatro pareceres andnimos pedids por Basil Blackwell Ltd, no sentido de melhorar o texto; e também a Charles Swann, por um apoio consistente e bem vindo. John ‘Thompson persusdiu-me, quer explciamente. quer pelo seu proprio exemplo, de qu eu deveria comegar a escrever nso que também Ihe estou geo, ‘Masaminha principal dividaé para comaminha mulher Sarah ‘que formecew uma constante fonte de encorajamento nos dias aus e um ouvido atento nos bons. Muitas vezes me sent um tanto cépticn em relagio aos protestos de gratidae dos autores, para com 0 marido, mulher, amigo ou outrém, sem 0s qua Nunca mais, Ter de viver com alguém cujos pensamenios se cencontram embrenhados num diico tepico com exclusio de ‘quase todas as outras coisas, € pedir mais do que 0 razodvels decerto ni estva no contro ofginal INTRODUCAO Este livre propde-se forecer uma introdusio 20s wpicos principais correntemente discutidos sob a designagao bastante ‘agade«epistemologia» outeoriadaconbecimento. Acpistemo- logis € 0 estudo do conhecimento e a justificagao da crenga, AS perguntasceneas para as quis os epistemlogos tentam dares postasineluem: «Quais as crencas que si justificadase quaisnio ‘0 sio?», «0 que podemios conhece, se que podemos eonhecer lalguma coisa?», «Qual &a diferenga entre conhecer¢ ter una verdadeira crenga’>, «Qual & a telagio entre vere conhecer?» Perguntas como estas encontram-se no Amagoda epstemologia, mas € claro que o assunto se estende, como toda a investiga filoséfica,e as sas Fronteras Sto pouce nis, Hl livro destina-e a estudantes universitirios no seu segundo ‘outerceiroanode filosofia, masisto no temnecessariamente que deter letores com qualquer outta preparacio: p.ex..o meu pai afirma ser capaz de o compreender, embora talvez no me agradecesse por eu suger que cl sea representative, Aindaque © livro seja uma introduc, no vejo Fazio para esconder as rminhas pinides pessoais as quais no sao, de qualquer forma, pariculatmenteidiossincriticas. Consiera uma vantagem para 0 estudante ter alguma coisa contra a qual feagir, mas isso no me levou a lutar por chegara conelusdes firmes sabre cada tpi, Parte do material aqui utlizado ji tnba sido publicado, e quero agradecer aoseditoes do American Philosophical Quarierive de ‘Analysis por autorizarem a sua reimpressio, ‘Aabordagem que fago dotemarefere-sequascexclusivamente | tnadigdo anglo-americana, embora inelua Hegel no ultimo epitulo, no final do qual dow algumas referencias & escritos amosras na tradigdo continental, em especial da tora critica ‘A tradigsono mito da qual trabalho, contémumaescolhgentre ‘duas abordagens as questdes daepistemologia. A primeira, asso iad a Descartes, comega por considera desaio do cepicismo, 1B «8 afirmasao de que o conhecimento & impossivel: espero ao responder aestedesafo,serlevadoaexporanaturezadaquilogue ‘concer, do que decoreri a possibile de conhaver A segunda, que associo a Grice (1961), sustenta que Descartes distoreeu & filosofia tornando-a uma obsessio métbida com uma pessoa inexistente chamada «o eéptico>. Deveriamos antes investigar directamente a natureza do conhecimento (se & que 0 conhec ‘mentotemumanatureza)edajustficagio,e esperar, pelosnossos resullados nesta rea, conseguir chegar a uma conclusio, qualquer ‘que set, acerca da possibilidade de conhecimento, Nesta segunda bordagem, arefutagio do cepticismo nio € a intengao, nem tem recessariamente de sero resultado de uma epistemologia bem: “sucedida estas duasabordagensadoptei a primeira, pelo menos forma ‘mente, uma vez que o meu primeiro capitulo trata do cepticismo «chi constantes referencias, ainda que esporidicas, a uma forma de argumento céptico ao longo dolivro. A razR0 ou desculpa que ‘dou para tal € a de que o interesse pelo cepticismo renasceu 0 t6pico volta 20 primeir plano da tengo no capitulo final, em ‘que discuto a propria possibilidade daquilo que empreendi nos O livre divide-se em ts partes, a primeira sobre 0 conc mento, a sezunda sobre a justificagao, a tercera sobre formas de conhecimento. Vrias queixas se poderia fazer acerca desta Aivisto, a maioria delas justticadss, Uma éade que oceptcismo ‘io se limita a divida sobre a possbilidade de conhecimento; srande parte dos argumentos cépticos interessantes, como sugiro ‘no capitulo I. envolvemumadivida gual acerca da possibiidade ‘dacrengajustificada. De forma que ocapitul sobre ocepticismo ‘que ocorre na pate tem igual direitode estar presente na parte Ouira queixa & a de que nio é claro que todas as materias siscutidas na Il parte — pereepso, meméria, indugao cone cimento apriori—sejam formas de conhecimento Algumas tim sido consideradas fonts de conhecimento, Padersc-ia dizer que © conhecimento deriva do que € dado pela percepgio; © que a Pereepgiio fornece nao é em si conhecimento, mas toma-se ‘conhecimento aps alguma transforma0. A indugS0, por outro lado, parece mais uma forma de inferéncia do que uma forma de ‘conhecimento. Muitosescrtoresfogem estas dificuldadesapre 1 sentando capitulos sobre abjectos de conhecimento: 0 mundo exter, 0 passado, 0 futur, 0 necessrio, outros espios, ete “Mas estaabordagem parece-me contr dficuldades pprias. no sendo a menor o facto de cada objecto de conhecimento ser conecivel em mais de uma das diferentes maneiras. Por iss opti or falar de formas de conhecimento, permiti que 0s virios ‘objects possiveis de conhecimento emerpissem onde tivesser ‘casio para tal, Ot6pico de outras mentes, por exemplo, corre excepeionalmente no capitulo 5. “ApSs 0 capitulo introdutério sobre 0 cepticismo, a primeira parte contém um capitulo sobre a natuteza do conbecimento ea Sua relago com acrengajustificada verdadeirae outro centrado ‘numa teora particular. O primeiro no pode fazer mais do que faflorar uma fea que tem sido recentemente muito mimada; ‘0 iltimo foi ineluido porque penso que esta teora, se bem que recente, é mais do que uma moda passageira e costém alguma ‘compreensio da natuteza do conbecimento 'Examino nal parte os mérites comparativo das das aborda- _gens da natureza da justficagio,o fundacionslismo e o coeren- tismo, Nos capitulos 4 e 5 exponho os defeitos da forma mais primriadofundacionalismo, nos capitulos6e 7argumentoque femos uma £2230 mais geral para evitar qualquer espécie de fundacionalismo, uma azdo derivada de consideragies da teoria do sentido. Isto levanta abviamente questbes de proridace flo- ‘fica; seria teora do sentido capaz de precederaepistemologia de constitu um tribunal de apelagao para 0 debate episte- ‘moldgico? Mas afora isso, estes dois capftulos so talvez mais difceis do que os que os rodeiam e recomendo que sejam omi- tidos de uma primeira leitra, Seo leitor pasar directamente do capitulo S para o capitulo 8 obterd um nitido contrast entre duas teorias de jstiicago,e tudo que precisa de saber de momento € que eu me sirvo dos captulosintervenientes para fornecerem luma razio contra qualquer forma de fundacionalismo. Os dois ‘capitulo finais, 14 1S, sdo até certo ponto dependentes do que se diz nos capitulos 6 ¢ 7. Sugiro portato que sejam também ‘mitidos de uma primeira letura deixando os captulos 1-5 ¢ 8-13 inclusive A terceira pare & dominada por dois capitulos sobre a per ceepgio, que constituem talver © centro do livto. Este pico 1s parece-me simultaneamente omaisimportante eomaisdificilem episiemologia| ‘Cada capitulo termina com um cut apindie inital «Litas nal», que compreende duas seegdes. (Tambeém hi relerén- corpo dotexto algumas dasquaisreunidas no fimdo ca tulo,) A diferenga entre estas duas seegdes a de que a primeira pretende mostrar onde o leitor deveria comegara acompanhar os temas principsis do captul, ea segunda fomecereferéncis a le tras de base que me permitem abordara rea respectivae oferece sugestes bibliogrificas sobre todos os tpicos que surgem no itlo de modo a que o leitor poss tera ideia de onde Se hi-de dlngr a seguir para aprofundar qualquer aspocto particular. Os assuntos mencionados na primeira secyio encontram-seaproxi- ‘madamente a0 mesmonivelde dificuldade docapituloque.acom: ppanham. Os assuntos da segunda sec¢0 podem ser mais dificeis, ‘Todas as referéncias estdo ordenadas segundo o sistema autor }ereunidasnabibliografiaexistente no Fim do liv, PRIMEIRA PARTE OCONHECIMENTO ' OCEPTICISMO 1.1 Alqumas Distingdes Ocepticismo,na sua forma mais interessate, depend sempre de um argumento: quanto melhor © argumento. mais forte & ‘epticismo que gera, Uma vez que depende de um argument, deve srcapa de ser expresso-eom uma conclusie. A conelusio ‘céptica de que oconhocinnt ¢impensivel, Ninguemconhece porgue ninguém poste conhecer iste um contrast entre cépico que apresenta um argument «que tem isto com conclusio,¢ duas outrasexpécies de cépic. (© primeiny &a pessoa que respond a cada acsere30 COM 3 pergunta «Como que sabe ssa?» e depois, sexo que for que Ihe lpresentem, se limita a repetr @ pergunts até as resposisy se csoarem. Esta pergunta repetida € muito eficiente a reduzi os ‘outros a um sléncis Furioso mas impotente, mas poco se pode “aprender com el tal como se apresena alg sabres o que The esti Subjacente. Evidentemente, exstem agui possibilidadey interes Santes, por exemplo as segues proposigdes | Ninguémconhece que pando serque possadizercomoc que ‘conhece que p. 2 A tentativa de responder & pergunta «Como & que conse que p> eatirmando simplesmente que pao pov ser bem-suce- dhida, Supae que p é verda Um eéptico que se pend com a pergunta sem se dispor @ recorrer a proposigdes como esas no est a fepresentar Um 9 Posigio filosotica interessante, Uma ver feito © recurso, n0 entanto, vollamos a um eepticisme que esti dependente de um \rgumento. Merece a pena apontar a este propdsito que as dts Signe apaseavuaes me Gretna, cat coer rae nepene sees cara ae se en om Pe Ini de datetime ane emer sce ume tes ae cee eee diet oars oma re Tepe beac re oigeereceper ita one rn Beg ree do eee a sa pa er aa “ies esa rece 20 soa et, mas no € pose saber que um at uico€ ‘moramente bom. nes que Des exis nem gue eos comer ‘vos amanha 20 peqsno-aimogo, Obviamente, 0 ceptcsmo inal cer imo sed cats npc is reas das (hase ecupa Ma aminha experiencia ensina-me que € muito ict man ocepcimo loca de cada um, local Umeepics motos ec, por exenpo. ene a propugarse muito rapid mmentocatorarceunceptciamogeralaceresdoinabseradoou ‘read psbidade de concmento ienticnO problema ESreontra am argument convincene pars ceptcome fea “cio que ni tena tendentas expansionist. se copcamo local end adler © atomarse epi cismo global pv constitu uma vantage uma vez qv 0s Styumentoscepioslobas so geraimente maisconineentese Fiemcs do que as sus conapatis loa. Eo mesmo se | Splice segunda dsung qu ero ze, Algursepumentos Spicosstcam a nao de conheimento diretamente, mas Seam outas nodes reacionads,erucamene de erenga Jestieada, macs, Assim, eo podria argument que para fntecer pecs tra cone mau que munca se pode ter Tealmenea cence or conegunte nase pode ealmente ‘Sacer moran por gor orga i pals tealente> test argument, pods coninar conflate em ue mesno Gir detvaos de falar de concent, admitindoqbe una, “Rha ncesiia para confeer et pot cence, demos ‘nur’ far slegremente acerca de erenga justified, dis- Siguino algumaserengas como justfieadas ou mal us ats do que ours ecu como menos justiicads ova | Smpletaent njsiaa Nada desta conversa de justia oe ameayado pelo prescaearguentocepico, Podemos “cesidrar qc arpunento expe ones cone de Sonnecimento as que poder pasar mit bom. tno pais prates come fiosfico, com noo sobevivemte de erenga stead, Ua forma mas fore de argument cio ames- ra conado de edit, abs snes © seer He ‘tatguer defito ne nog de conhecimento Se enconta ig Met preset ade reg si Sears ous mas foes. com ron canoes Enum das poss crengas acerca do fro slo alguna ¥82 2 jusificads, mas importante cman interessante do qe a Jiptedeque-embornanowactengadequc ool sce era Soiute rovavelmente qur verde que justiiada ro ‘Paks iment afar qc scr qo ool cer ama “A teres ding ainda mas important. Podemes distin uit argumentos pcos que, embora tentem prvar os de Eonhceimento ou a de eng jsticads) pete no obs tate que comprecndamos as propeigoccoe vende no nos Jperitido connecer doxque aman qu 30, porque nao onecemon verdad dls, én enero compres, Unease dbvio sera ocontase cre a sugesto de que embors compres propo de que Des ei ter qualqureviénciacde que ¢verdaeira, ‘ropeigi incomprcensve para nds € por ss fortiors nie oan sherri tc ree claro que a distngSoacima aga 6 persis se presumir- mos que nos possvelcompeender uma proposiga que nunca {eramon ou poriamos tr jonas par eer Ou mune Perinat ano rar, Nuc ompreensio gs sass gue poder compreendercomague fuses tareconhecercomoverdaGer,dsingaocai por Grats nagumeno ccna sro pont ated afar qe nom seq compreendemos Propo » sigdes que afirmamos compreender. 1 ai Perper qe im uments seceie no ito de no compeendcmon a propoigdes ue frame conhecer, deve Fasrloealem verde labs Poisum argument globslatmara {endo compreeniemosmads ogi Eridculoem prineir lat Pong compreendemond facto ihm algumna cose Segundo porque entendemoscracalmente (espera que con preemamos) proprio argumento cece, 1.2 Tres Arguments Cépricos Cérebrasem tanques © Ieitor nd sabe que nio & um eérebro em suspensio num tangue cheio de liquide nus laboratério ¢ligade por fos & um ‘computador que 0 esti alimentar das suas experioneias comrentes 2 sob o controle de algum engenhoso técnicocienia (benévolo ou ‘malévolo conforme 0 gosto). Pois se fosse um cérebro nestas| Condigdes, ent, desde que o cientista fosse hem sucedido, nada ha sa experiéncia poderia alguma vez revelar que ofosse; pois a Stinexperiéneiaexfypofes idéntica ade algumacoisa que nl0 {Sum cerebro num tangue. Como s6 tem a sua experigncia & qual fecorrer,e essa experiencia 6 a mesma seja qual Tora situag0, ‘nada The pou revelar qual das situagdes € a real ‘Serd conta possvel que, embora ndo saiba que nfo é um «érebronum tanque, continue a saber muitas ouras coisas. talvez mnais importantes? Infelizmente, parece que se nio sabe isto também nao hd muito mais que possa saber. Suponha que afima saber que ests sentado a ler um livro, Presumivelmente também Sibe que, se ests sentado a Ter, 30 & um eSrebro num tangue, Posiemos seguramenteconcluit que se sabe que est sentadoaer, sabe que ni ¢ umesrebro num tangue,elogo (por simples modus Tollens) que, uma vez que no sabe que no € um cérebro num tanque (com oqueseconcordouacima) no sabe queestasentado aler, ( principio em que este argumento se baseia pode ser forms: tizado como o principio de ocluszo sob implicagao conhecida: PO! : [Kap & Ka ip —>g)] > Kaa, Este principio firma que sea conhece (que) pe que p implica eng Falidade wa este facto com vance De fc sean ‘etinge-ntiramente auc proposes verdadesign Faria gue ol tor niio é um cérebro num tangue. E noentanto um argument fore no send om vis atacara nog rena Jusicdaexactamente ness teas em que alae nog fe Confecimen. Isto ainda no fr demonstado, mas pa se demonsrado seguindo um andogo complet ao argumens Basta demonstar que asa rengade qe no um cerebro nun langue no pode Ser justieads dato que nada ra susexpencnes ode contr como cvidenca para esa propisho¢ eecees Sepois a um andlog de PO! PO: Bap & Ba (p ->4)} + 1Bag Aue considera qu ea tem justia para rer que p : 1 ave pe ave p implieag.aejusiicadoancrerqucy: PO prccotieces nes como PO*, se nao mais. Bee eEeeeH Contud,o arguments em nad sugere qu no compen broposgio de quc est sein aleram ive. Contnus ssc Perigo compreen-a mesmo ue no possa nem cone a "eter justia para nelacrerOanguenta ssc waar ‘tum rgumentoacrcad omprecno se apts unto de vista especial acerea da compreensio, como anteriormente 0 argumento a partir do erro O teitorcometeu por vezeserros, mesmo em éreas em que se sentiaextremamente confiante; errs simples em artmética, por ‘exemplo. Mas nada que possa apontar na Su presente stuago the 4 atic que no psa estarengunado nests stung, Apesar do que pon dver¢porontemene seathane a situates em gue Efimccu cron, comoc evienteque nosabianessallura, como pode de que sabe agora? Tanto ant sine siogio no Enstion doa peyegeraee alunite amin cra Cee Hae 168 PP. 7 6) Un juln de que uma sao € moralmente boa € univers ide nosentdodequa eral juzounapessoaseempenha te tonemar qu qualquer ago petnenemente semstante € Sfovmente Hou- Quando una ago nova e perinentemente Ttmeharte ocr hq, ou designs de bo ou ero uz Sq apeimeia cra ot qu toma nov ac pete ‘Core femettantea una antiga? Uma ayo perinentemente ‘Cretan se tambem apesitar ak prpredades que const thm a ras par ooze ctablecdo no priv as. Ser pertinence erlang ps omesmodo que ser com- Mtatament ndsinguiel Existe Peo menos esta estgd0 ab Fropaedae que Cnt ag de ls erem de se propedales ie posene gu aucna pod sega pel pessoa qu faz ito, Uma difrenga tes dss agoes que esa pessoa eit seeps dresonece nao pode justine ma fren deez {pac da uniersabiiade i-os, ps, qu na auséncia de tha irenga pone devs fazer de nov o mesa ui. Deve hver alguna coisa que possaros extra © queemos ositcar una dierenga de uo. ; Teresa pei oem rnc cin com o qe queremos dare sempre possvelaue clas {ots cna senes anda gue tenbamon a melhor eidenia Pesaivel da san presenga, A onde € tale uma popridade ge mold e¢ porto eo pip da uivesbiide em sna dic Ndp poems sopor uma acqo¢ boa cota om nip ver que posarin tai ama cua difeeng8 rine ene as Pe argumento partir do ero expe as consequéncias desta avordagom paras epsemelogi, Soponhaes que ev aie Sete ge iba qs cover ae las mosvos ema (previo dotempo.juntamenio de manent) masque afial (Gers ear No moron da mia fag, fat de stoiachovertvanscendiasevinci, tl om devi ed 2% fimases aera do futuro. iso quer dizer gue s¢ plex mnesmosmouvaxeuafirmathayqueselquechoversscade eve Continua adeclarar qu his onem qe hovers ea sespito d evieih Sep cuty ln, shanna en a tao de er cone nto pons ur aan ee sie Pa ico cog ca em de rag um act que no ¢ ates facts seen dotemoe fardurdesaouanscendentesdevideninda anh Cone, lementeaminhacetagio de qc ont eundocabiaignede re A arimar conecimente hoe m= Prades volar aenaminar argument do onto de vita de tum observaor exterior. Ha possbilidade de apes See rigno nr usta pr zr atimages tees oe Pesto poder lve ruc ars der qu oneness ‘abi, rguanto hoje Ses pers acontce depts da chara Ae hojeporexemplo. quando saciosacereada chases de sr tanseendentcstevienea par ode. Eos co ie padess fra ierencana tu, etva defacto sngana tne certo hoje. eit sine prs fundament ons Girne na desrgdo do obseradr exter da mis feces ‘somo conecen hoje mas no concen tern, Mac aa Yer 0 que o epic dit ese pont. independents ia ecentidide implies de ens una aia ee ene Boda ter mio para fac manque ue poe te stcarae par aver pr mit. iso quest asersigersdoe uc cusses hoy enioontemapesar do acto de no haverdfecncacaners dos disque eupadss disinguirnaltera Mss ge hoje, tao quam cu sala, io ta chover¢ coma lesen dmiirquc eset que va hover quando, tao quate oe ‘Aconclsio parece ser qu, se eu reconhecer qu afimnsiuma vezconhcerradaente ep, ato munca mas posto ae onheer que pra no ser gue poss mostar una ifetenga Perinente ene os des aos. ma minsuce poe digs Teerindose a mim que econo mum eve nino ou, Pogue tanto quant se esto enganado amass vees Ie agora, no chm, feng: dsmecessramente 0 ampumentoaoscaoxem qu com de acto ros no pasa Masnioprecisamos de nav aposremeros teas pasate, Pe onosn abjetva pen ate conderar-sectfosponives 26 Sees ces scene tae Sore 7 Talverpostamos no eto ase esta firma ecmendo &s pussagens nica do argumento de que 0 leer io tom jushicago para acreditar que no um osteo nary ang At Mimmos ue nada ras experiencia pai consti uma fnidenca deque no eraumcéebronum tanque,asuscregade Senin uncer num tue no pode er comideradncone Sisicada. "A renga ijliicvel porque ada que pose !ponarsugerequeo letor sj, depreftenca a quent se umn clrero num tangueFiguaimene no neso novo cas poemos sizer que a sua cena €injsficna:pogue nad fo psa apomta sugere que exe ej um caso em aie asa feng et ‘erdaderadepreferénciaumdos(econhccament as ratox ‘mas ainda insnguleis pra aso gm que fas Se eta Dassagem € slid, o nosso segundo argumentocepico aaa fox ren stead pet mos tacoma Apumeno, de fate aac sind mais pong € mais loa Deveroseconecertambmguc ext argument al como se spect maim comprar. Taleo me omen. sr qu eos uns eo da compensa ligue a posibidade da compreonio 4 posibiifade de ul aco raga aia do oneness preensio sobrevive 3 pers de cregsjsifcad. Seman tora pera afar por exemplo, que compreende uma pro rosidoe sercapu despontaradiferenga ent a eituntncis fEmqueuma pessoa eriajusiicgdparascreduarneleayutas mu no teria. Tis cova cae: segue eas lg consierabes ceca del A jusificagdo de argumentos a partir) da experiéncia Temosalgumconhecimento de acontecimentos que nivexpe ‘imentimesou nioestejanos agora experimenter Supenor ds tm odo gral que a nossa expen um pia de conangs para natura dagelas partes do mundo que no estamos 8 ‘observa. e que em casos favorves el nos i conhccimemt, ‘Astin poss coneer queen tea dou da mi secret ou que vou comer amar a0 pequeno aloo, intermedi de algumaformadenterferenen indica a pane do due observe ovestouaobnervar agora. Davi Hime F176), Fistaadoreibsoto escoces, vant de mancia especial & 28 questi de isto se ealmente assim (Hume, 1958, cap. 42), ‘Ngumortu qo eu man pots saber que o meu do est ma ‘ives fund chads) duiinhasecstiaanoserque tena far para cer que a minha expoincia oma esa proposigto provave:podemos tale topor que a minha experienc pet enc qe me lb deter pst odio ali ha eincominutos re mo mt lembro def mexido a gaveta Jade ea Sonamente com o meu conkecimerto geal Jocompotmen'o mts do mundo expermetads Mass eho rio para rer que amin experigncia toma ssa proposgdoprovvel {her far pra crete foma bastante ger, que acomeciments {ucnocineneisiosemelhansaacontecmentosque observe Fo pomo que Hume fova€ que € impose ter qualquer rio por ess ttm crnga, Poe ess eenga 0 € all feesaranente eda: ohana conta i mnsup lala E unio poss spor que a pépiaexpenencia tne dea razio para crer que 0 inobsrvado se asemeth 20 Chad. umave-quoscuotexpeeteleaagies: Serbia: argumcnta no ara mat par dacrenga desta aZaquca mows experénta¢ um guia de contin, ou de que Inoewato xe swentarsa aera Puramomoposoter rnlguerrato par cet qa rinhaepeiénciasja un glade Salinas e conequenemente no tenho qualgerrado para Guutgue renga acerca de aontcients para sl da aha Speraca eno poss, pos tr cneciment dees. Vateapenasublnar goo argument de Hameo tntatar uma conan cepa do facto cupid estar enganao (al Comoe primelo spumento fz de cera forma) nem df de fuer clad enguna (como fr 0 segundo argument). AO voce susiena que a ote cng gral de que experiencia om ga de cnfanga nao pode ser justin, dado que odes sjsueages prometcdortssumicm o que eta em gusto. Sond qu aespeénca pode eclarque anossaexperinta Etingusdecontanga Exseomaraquera bvianestatettva ‘tia pen adept roar todos os arguments spatida expec ‘Ocepctamoque argent de Hume cian épobal, uma ‘ee qu serefercapena ao nosso conhecimento do nabsen ad. Sartumentostcantiamente oogodecrenejusticadabem Sombadeconhecimentonesa ea rests raver que tsa 2» que no temos qualquer razio aguilo que € observado para ‘quaisquer crengas acerca do inobservado. Dein @ nogae de ompreensio intact; Hume parece concordar que comprecnde ‘mos proposigdes acerca de objects inobscrvadon, mba a mente de facloem bases independentes qu elas so, na sua maior parte, fas, 1.3 Um Atatho Como Céptico «dendoo argumentodocspticocontomme seesperaclarmen qoe Cero comprendcnon sconce portant a cacao dee ser falsa, oA eee i ° neconheser 4\staconcusio de que oconhecimeno'¢ pose oe ‘Mima qe as suss premise justia a sua crenga Sei Crea ica impose, Apna ages parce pce onvincente, mas a ultima ¢ bastante ete. Be que oem ftgumentar ue acrengajsiicadac mpossive uma erase Sener, no pderam exis tes par a onc? Estadefesascontcepiotenamcitar Seka omen tzado dos arguments vanes cnccmem ver dis apo a concuso. Farem-n0 por met deus dvs manne Oa Sispatam oie do cpio de ssever a ond 30 prmemmeeeettt asseverar comm consi ou sugerem drstamene due a.con- ffacdo ni pn ser verdad © que comsequetemente a0 {founds de conser quaker uo super para nel cere fxmlos da primeira opt foram mencionados. Umexem o.da segunda especie posers sr retrado de afiemagso de que Teper eta qual propio & concer sab que co Sigten cla vedas eso i € fal. Sea conclsao Jo ebico se verano pteriaros ter semelant conhee- oan ecto foe vn eas Cipuscs dca conprcenier, Torna se:nn pis imsive eM penderaconclano.semosapercchermosdequee fala Ee Teme penso eu, que este argurento tomar, se hem sucedio Bap), minima, eaterceia, que, se 4 conece que p. ent a sua erenga de que p & justifcada (Kap-»JBap).encontra-se ai para impedir qualquer conjecture fortuitade ser considerada conhecimentomnocasode apessou ue ccnjectura ser suficientemente confiant para crs na sua propria 39 onjctrs. Vale contd a pena notr uma consequénia desta jnnicagdodacontiga 3elaqucumactengantoe graeme cada usta polo mero facto dest verdad, pore Suto modo condi sei deancessaria, Secu dei strand ama moe oa, qa investment que dard mat Tuco, ae vier sfouradanent, a verti rr. sapomes auc valoda mink escola aver demonstato plo esta, ‘asclaniogjsificada pores resto; cuniotnhaquaqct justia el para fazer escola qe fz (Poiamos alterna, tvamete esting ene ds formas de jstcaao ames ¢ eps do acomeciment, pasar dfingdo pata em teros da primers: man nto guesti pasar a see cls a0 realmente ds forms da mest coisa) {Quai do os problemas da dfiniao pani? Poder se pensarque segunda condigso€naficen-crerque nae uo fete como tera certza de qu pe pra concer preciso er certera.nio apenas cree ‘Amslorraio para queremolgumadeseridodecerterana ross andise do conhecimento,€ 0 facto eas pesos se ‘mosare, com rain. hesitates em afirmaro conhecmento Sando no sto Bem cers Esta hes prec deverse devas doquocomecmenoe-cnsexhie manera iexplciloseoconhecimenoforcomo concepeto paige afm qe cle. Assim, embor sejanormalmente suger ue ‘nog de cetera € elvan para anise de afrmacses de onfeimento, mas no para alice Jo conhecenty cm 5 {p.exsin Woerey 183), so nto mos dina qualquer ipetese dk expicar prgucé qu acre ra deva er eqlerda anes dee Desde afimar confesimento quando clan €ruerda para 0 Eonecimentoemsi.e-paranexstnctadaguloqus ama, ‘Como vamos descobri ates rates pra ea etna ipa, tes uu arb pte apotundar ag ste pono. A'moral a tar €-4 de que, se prtendcmos dar uma Acsergio do conhecimeno que nso inclua uma exgéncie de entra nossa descr deviant ugar para nog de cera se cla enc cetera come tn seo pars na afimasiodeconhecnenotcndosrcapar dexplcar nos ses proprio omen porque mv deveria sc asi ‘spor uehsvertmos deter reltaneta cm madara segunda congo para sate m cores de que po A rsposta € que 40 estamos preparados, em cieunstincis gue no sfo particular met ular ara cstar que alg pss defacto coe nt quancos pss et lone eer acer, en tusrin afta cla propia conhecnenta exempl lsd Serco odo coe hens que apenicuporexcmp0 dhtas doy eons tos soberanosinglesena noite atin, max tue fea alarmado om oautoriarsna do eu professor ae fencompletameme segue de sespostss gu heocrem {handoitrogad ej defacto ax comets. Supndo. oa Ming essasespostas extejam corsa, ko aceitatamon que She's comes tnda gue cle proprio podesse mi fre al Sfirmagao? Eas rare ue poss ter pra asta st eso Seve rigs ds sugerin olden aprile em Sresposia corel, eno € por sea THe uma aque neste eeursoo colegial best, que mais uma ver se pene com segunda cong, Naseem que ‘olen oem bem a etra das respons gue he ocorem, poveemos aia aut ck ind ct oes? Se no tvermos uli desteecrplo parser as pects ce ong de crea resuliarana nossa pera da conighode {ftng acest sem dfendr 2.2 Os Exemplos Contirios de Gettier Henry esta ver televisio numa tarde de Junho. Assist fi 'masculina de Wimbledon e, na televisio, McEnroe vence Con- hors: o resultado € de dois zero e «aatch point» para McEnroe ho terceito «ets, MeEnroe ganha o ponto, Henry créustificad mente que 1 acabei de ver McEnroe ganhar a final de Wimbledon deste ‘ano infere sensatamente que 2. Mctinroe éo eampedo de Wimbledon deste ano. [No cntanto scimaras que estavam em Wimbledon deixaram narealidade de funciona, eatelevisioestéapassar uma gravagio dda competigao do ano passido, Mas enquanto isfo acontece MeEnroe esta prestes de repetir @ retumbante vitéia do ano 4l passado. Portanto a crenga 2 de Henry é verdadeira, ele tem ‘ecerto justifieagao para nela err, Contd, difiilmente ac tariamos que Henry conhece 2, Este tipode exemplo contrrio descrigdo tripartda doconhe- cimento€ conhecide como exemp contaro de Geter, segundo E, L. Getler (1963). (Devo este exemplo especitica a Brian Garrett.) Getter argumentava que eles mostram que a deserigio tsiatida € insaficiene: & possivel que algusm nio conega, resto que as ts condigoes soja realizadss Genter no pie aqui em causa nenhuma das ts condigies Aczita que elas xo individualmente necessiris,e apenas aru: _meta que precisam de ser complementadas, ‘Valea pena formalizara sitwaeao, porrazbesque serioeviden- tes mais tarde. Lendo I como pe ? como g temos =p. Bap, JBap. p-+4. Ba (p-4). 9. Bag. Bag, (© exemplo contririo de Getter é por conseguinte um exemplo ‘em que a tem uma crenga justificada mas falsa por inferéncia a partir da qual ele jstficavelmente cré que algo que acontece & verdadero, e chega deste modo a uma crenca verdadeira jstifi- cada que no € conhecimento ‘Que resposta poders ser dada aestesnfames mas ligeiramente inritanes exemplos contriios? Parece haver és vias possivis: 1 encontrar algum meio de demonstrar que os exemplosconttios no funcionam: 2 aceitar os exemplos contériosetentareneontrar um comple- se tripatida que os exclue: 3 aceitar os exemplos contri ¢alterar a anise tripartida ‘paras incluirem ver de Ihe aereseentar oque quer que ej, ( restanteprende-se com a primeira via, Em que prineipios de inferéncia se haseiam estes exemplos contrtos? O préprio Geter apresenta dois. Para que os exem- pos funcionem, deve ser possvel que uma crenga fala continue er justificadae uma crenga justificada deve justificar qualquer ferenga que ela implique (ou que se crea jusificadamente que Jmplique). Este timo ¢precisamente o principio da oclusdo PO ‘cima mencionad na discussio do cepticismo (1.2), Portant, se a pudéssemos mostrar que PO’ ¢falso isto teria o dup efito de Sestruirosexemploscontririosde Gettierbem como (pelomenos em parte) o primero argumento eéptico, Poder ser, contudo, ppossvel construr novas variantes Jo tema Getier que no se baseiam na inferéncia ou numa inferéncia deste tipo, como ‘veremos a seguir, esendo assim nao ha queinas acerca da PO'0u de outros principios que venham a ser muito eficientes. ‘Uma coisa que nao podemos fazer & rejeitar 0s exemplos ccontrérios de Getter como forjados e artifvias. Sao pereita mente eficientes nos seus proprios termos. Mas pod Sensatamente perguntar de que serve cansar cérebroa descobrit "uma definigioaceitvel de =a sabe que p». Sera isto mais doque tummero exerviio téenieo? O que nos desconcetariano faciode ‘do onseguirmos elaborar wma defini a prova de problemas? “Muitas das inimerasdisseragdes esritas em respostaa Get p) dhundame, E como se uma cenga fale nunca pudesesr evo fgvelmenicjuntficads dado que havea sempre alguma verdade {Ein que foxse apenas a negagao da erengs fab) cuja aigg0 ‘Seria josfieagto, Mas avez isto seg uma fogada tors ‘Sado uma faqueca uma ver que a nova anise qusdriparts pensuird uma coeenca que anes falavs omece ua expiagS0 Tr quarts condi dauilo qe antes eraincuido por mera “stpulago, que'o conbecimentorequer verdad, Pode sft se que asugesiodetevogsblidae fomece uma cextenso do reuisito anterior, de que ni hs falsidaes pert tenes olhames agora para alm das propeigdes de que o crete {htdrealment convict, para propsigoesueteriam um efetose Sf acres nlas, Mavestaextensso nao consti uma vane fem real O tipo de difeuldade com que depara a nogio de ‘Evogabilidae: poe uma vezmasserhstrada por umexemplo. ‘Rum, cre aver qu os meus fines encontrar agora mes {Tbvincarem easano jardin ceo boas raziesparaestacreca. ‘Conta, sem que eo saa, um viinho for até 1s depois de eu {ersaigo de cas esta manha para conviar a riangas pra irem users manh a cas dele, E eeu tvese sabi so, a minha Pig parse gh lx eto + Dea om cn Aula: porque eu tambemeeio que ess normalmentaceitam thee tiple coves, No enanfo vinta mulher fem estado rocupada coma sae de uma dels eco conve, Saber Eguets meus lho eso brincarnojardimemcasa Sea sua invigioe que sim. sel, deve rej citrio de revogabiidade {sacordo com o agora ormulao Se é de qn setcombase to eto de que se vesscsabido do convitea minha jusificngso tei sido anulada, temo dever de dar ma desergao do porque {que eudesconhego) a verdade de que a minha mulher eesou tsconvte no conseguir estabeleee dealgum modo eglibrio. De qualquer das formas proposta de evogabiidade tem de ser aera {problema parece resid, ta como resiia em rela 30 requisite Je que no pode haverfalsiade pertinent, na forma Come novas etengas podem er acrescenads pouc a pouco¢ ‘enuira psieagio existent, a0 paseo que exstem ainda outs Aerdades espera em fundo par anlar o elemento anulador? Primeiro queremos prguntars,sja como fr 0 provavel 47 «que exists sempre alpuma verdad que. eel ose arescen- tid eos av ouasenluda, suse «mina jing, Meso gue isto no sontecese sempre, acomecerd po cto com equnciasuficine pra qs olan do meu conbecne ‘osejaconsderavelmenic rari, etocm si umaespare de abjceo. Em seguno lugar prcckamn de orcenaee ae manera de conradizero mad com age paseo. pouode as verades pares igrmeedeoisdeslinrme ont Posdesiamos conseguir eliza segunda tet aterand a nossa deserigio de revogtiidade deforma que, ever de falarmos de alguna our verdae qe pouco a povco cause problema do dito), faemon acerca de folas Vedat sen lasqunisfoem.Assim podriameosroqurer como quanacoot que a nossa jstificag fons manta, mesmo aun das $s verdes si aeresontaas em smulno ao nn cone de renga. Esta nova nog de revogtiliade parce oval ie permitir queens’ agraqucos meusfilfosestaoa car ti jandim, porque 4 sepunds verde actesecntas ge os dees anlar d primi, Mas estas probs pra Sst tsi ez. ret ne ace ta todas a5 verdades so mesmo tempo, paste ue parsons claramente 0 dominio da fego, Com ceil, tremor guna concep adequada de «toes as vedades»?Sepudo. paces, porestecritrionuneateremos mas doqueamaslevedst rates Daracrerque conhecemos alma cosa: poisaocrer saan 4 crer que, quando todas ss verdadey li estverem, 2 none Juscgdo manter see parece ser ecessano moms pars Stsenaressacrengadogueo que ness paasustenaroma Vulgar afiemasiod concer Fiabitidade Uma abordagem diferente desvia a nossa atengdo da relagio entrea proposigdoafirmada como conhecimento butras crengas falsas que deviam tr sido verdaderas ou outas verdadesem que se devia ter acreditado, Fot por vezes sugerido que uma crenga verdaderajustifiada pode ser conhecimento quando deriva de lum método fidedigno (ver Goldman, 1976: Armstrong, 1973, ap. 13; Swain, 1981). No exemplo de Getter, Henry sabe de 48 facto qin de Wimbledon es aer dpa nso tad; Csincene verde juste dervadometo sero er jor quest ormalmeme eomecosemelgtoaesttio dito, Nocnamorasua rena que detvanuitarete de Ummétedo que ements que edge, Tekriinduido cero nee pot, st McEnos tives sfrid laps rentine Strumido ao esogos de Connors des v2 “toragey dba pne er mas cahorad: cera formas relcomaa de etocomaabordagem casa onside Tada sep, orquenosntiaente evisu desr0 80 {re aseyurea, cua espn cata tetas er pe ehdman 1979) Noman, pvemos ver diulade para utgervaragto esa tordaem, Come o eit de nar eontecinenotmpossieoude reo umd oss arp mento epcor ‘Por ieignestamosareferiraosa um mado aequd,e devidament sue perfeament edi «mes con sumacrena aka Mas ndependenement ieldae gta dustinguirenveum defo wometodoc umn defo na mantra como o met ft aplcao, pee ipovivel ue exit gualsucrincesperctamentededignsdeadqu cen Gomer face sua liad mane no pens port com a todos so tirana on metodo Feolnadecrengasdeque asp Log.seocomiecmentregier Gimmes favel ou peretament seguro ¢ posse ‘nae os fst da noo abide pris € rere apenas as mo sj grment dean, {otidamos as mpments pion to nossa sep ipo mo € qu um mea gue flow gure em curatins periment sometanes ufcent para pom comer Teeny dexn ver? Senha agua eperang de qo esa remua desegs do conesimento or spas 4 TS Srpumeno eicos eedeseilo parila parse tra {liu pose ib melhores claro que ono demons ie desc es era, Pose sor ques dese comets do Seanectment de nelement a cepico aepotuniade de ie ‘fees apo Maso deveramowacar que sin gue Wiss sae denon commences de ie mio ut de Sao Joconecimemoqe afereyaaocpicomenas vantage 49 Podemos ainda er esperanga nama gue te compligue a vidaem ‘vez de tha facilitar, = EC ‘Umafistamento final seria equerer apenas qe ométd ea seguro desta ve. Is tem Octo de esata hose stenaode sos anteriores em que o metodo fathone log, de exc 90 igumeno cpio gue tom nese aso Seu ponto de Pde ‘Mas pocriamon erstamente dav de qc toquistode ue o metodo seja seguro equivatha desta vor qualquer alae fenuina & deseriao tara Se a isha for aeinda con tems da produ de verdad, nada arse pila cond {0 desde que restinjmon anon stenga ao caso pacar Seto defiida em termos de jstifiagio, nade aetccenta 8 teeing, Eno hour dexcrigo gi paegaconvidatv. Pade sero enano que a eoia caus sj equvalente a uma noo dejustteagio no cate pater: ver 2. Razies Convincemtes ‘Uma abordagem diferente revela a imperteigdo de Henry no «280 Getier como devendo-se ao facto de as stas razdes stem ‘menos doque conclusivas. Serequerermos, paraconhecimento, ‘que a crenga verdadeira justificada se base em razdes conclusi- ‘as, todos 0s casos Geter, ena realidad qualquer easo em que © rente esteja corteto por acidente, caem porter, Todootrabatho nestaabordagem deve centar-se numa descr 0 persuasiva do que toma as razdesconclusivas. Uma sugestio Seria que, onde as crengas A-M constituem razdes eonvincentes para crenga N, A-M ndo poderia ser verdadero se N fo falso Isto excluird 0s exemplos contirios, mas tomaré também 6 conhecimento um fenémeno raro aa melhor das hipSteses, © conhesimento empirico,pelomenos, parece agora impossivel no dominio empirico, as nossas razdes nunca sao conclusivas neste sentido, Uma descrigao mais fraca, que devemos a F, Dretske (1971), sugere que as razdes A-M de algusm para uma erenga N 530 conelusivasse€ 6 se A-M no fossem verdadeiros se N for falso. Isto mais fraco porque dizer que A-M no seria verdadero se N for falso nio € 0 mesmo do que dizer que no poderiam ser Verdadeitos se N for also, come diz a descrigao mais Forte. E130 50 fraca que no chega a fornecer um genuino sentido de «cnet sivon.mas sto nao importa grandement, Esta desergio mas ftacaparecesme prometedora na sua abordagem gr © eoia tue defenderei capitulo seguint,¢distitamentesemelhane Ais iter no facto demo falar rz no € uma vide ie parece de Semrazbes, A minha crenga de qe estou safer pod. justicada mas dffciiment se pode dizer que eu buscie em Tarbes conlusvs ov ote, Nao a asco de fom alsumaem A Teoria Causal A. Gokimanpropteum compementocast prea definigio tripatida(Goran 1987, Ui igo inc do exempos contro de Gate pode sera de ue € apenas una questo de Son qu a crenga fusca de Henry sje verdad. Esta Sings no pod ors omer una espns adegus. Nao nos pede. liner exipular que no hd sone enol pordue todos nos depenetos da ote alé ce pon Por Exempla domo meted de raha de cena omer sruTamacrenaverdazirac ver dua ls como por etx fame sr ucaentun orsto dso gun a Ei tntemente que ofactodeasonesecncotrar sempre envolvida Alguesdtambcmn um ponto de apoio aocépic, Masa diagnose povcsugrcuna respon A sigetn de Goldman eso quctomou eng ead no caso Gxt, a0 gue ivou lene areata nla, Por consult el robe, come, Gust condigio pra oconecimento de up. que osco dep Evra causa acrenga de de usp snes oscanos Gtr fonuc cso fade area se erdaca Cua coed Grermos que um clo de gag cnr renga verdad mpeg helo contac um elo casa pecepromeedo. or ares qu sjsu tse, dprs com ican Apel qe pos cnr Si geo faces possum eausar © oe quer uc sje: els a0 deena Seman nes par qu ate samen do mind urease mundo see om mero mundo metal de ten. Ait S quc so factow A primeira dela que ms sure a de que ox faces so secant, se a detieon,apropxigtes verde st seis (o qu explicariarnd0 pn gual no exiem fats fos) Mls pero proposes dns cosa luna coisa Ceramente quo fats owes propionate) ffm o mundo mais do goal, Rees rece ted asada prc iaament alr apn co iecimorosepssvelent genes como ean Em sepando Ioan prema scr coin dota set de Goldman acc equrer que, o emos um esa decal Sade etre cavsndao ft pasado) on qo cenher co do fro impose, ma erg can pam Socederse aon seus fete. Tereio, ho poem do cone ten univer cu de una forma mas fr consent Perini A mcr eqs oshomers ao morta causa mas plo facta de odo os ames serem mor s=uanquerfcton cam, soos acs eee homem age tomem.et.teem mori. Eamoe des homens no cau sada pl ato detedon shoes monerem (oe eseuraa ‘aie casa comma css tra masse mens tee pr ess hs mon ei outs). Com pa pos ane cal mstar gue cg i tas sacs Iori pa rin a. stan masa joa ard faces ons casas do se rte inca permite © facto de sft os teem anda porta decom preender a iia de qe Fats pdm sr cuss a de fausrquenésexchisemostndoorcuodcauaidadedo facto Como ilosoicaments funda (A frasanterorumcaso pon tush Tamm aepund rca pode ser espns compli- Cando ate ope que o acts fsa condo ot casos mg fact cen 0 feo ifrentes de a casa coma. A ters rin pares, std mas snc ‘Nazca de qe facts poser casa metre erengas universal. Ha aspectos prometedores na teoria causal, ¢ @ weoria que \defenderei pode de facto ser encarada como.uma generaizasio a partir dla 2.4. Observagies Finais ‘As vtiaspropostsanteronmenteconsideradas fram ape sentadax com se sso igh nie patil, adn {que Geter moar que ana one inseene Mas pode show encontrar ete cas pelo menos uma que poe ser eos tha como ua est deci sn ri, Quai opost qe sea equivalent ut nove tora da josie ne consegur mostrar qc no oun Cetra creas ere Fas pointes nica defo joes. Epodames com {evra cori caus desta anc, A teoria cata poi estara Shae-nsqueumacrengss< palificadaquandocagada Geta tu indecent) pols facie Estria eno a adopur ava I ontorme sitngida cm 22. Aguas verses da propos de falidade tami pon sr enaraas axa uz) Movendo ow dest oro, partiriamor cto de ua ois aus a 8- itcagan: a tsar caval do conhecmeno sera smplesment ta ds sas consequencias ‘ina arma psiveldeargumentarconrsumatcoviacasal da jstfeacao efit amar que ndotemos qualquer arnt de que {xi apes a mana devia tic res em riulrnenuma rao rel pare spor qe qulguct manera enivel poser de algun modo cata ce orma codes a renga jotfcas (4) sie pdevem scr eats por Tats pertinent Nio yueremos pro ech’ arid pos ade qu algunas cress moras, por exemple, sj si iooapenasporgucnoqueremesdmiiraeitncia Se actos merase nog gsr) Epxeiamosconuara dhvidardanisténciade actos matematiconcasalmenteeicien- tes sem qtr com bso dizer que nena renga mates poss por ss sr osiicadas ‘as mpotante todavia ¢ uc superiddeserigh casa de jusicag alsa porque nega postldade de ura renga faa ersicad, Umacrena flea de que pmo tem alge fas de que p a caunila, So se poe fugr 8 esta eeyso montana descr diferent a jnfcagto de eens falas da que Capresentaia para verdes, Mn 80 nao pode {Starcomest.Afuifiayio deve sera mesma tanoparacten enlaces como pa flats, quanto ais Sja poe poleros prguntar’ deciirse uma renga ¢ sta (2 33 uma crenga acerca do futur) antes de decidirmos se € veréadeira ou alsa, sta etic dexa em aberto a posible de um tipo diferente de teoria causal, nas Fins sugeridas no final de 2.2. Com uma {coria causal do conhecimento e a tese de que uma crenga € {usilicad se s6sendo verdadeirafosseconhecimento, poxemos ‘dar uma descrigo causal da justficagio que no €vuinerével 3 existéneia de crengasjastitieadas fasis, Leitura Adicional As disertagdes centrasna rea so de Getter (1963), Dretske (1971), Goldman (1967) ¢ Swain (1974), A discussio(ereeig20)talvez mais antiga da definigdo tripar- tida encontra-se no Teeteo de Plato (Pltao, 1973, 2012104). ‘A enorme diligéncia recentemente gerada pelos defeitos en- ontrados na deserigotripatida é meticulosamente anal in Shope(1983),cominimerasreferéncias. Existemevidentemente ull abordagense variants de abrdagens do problema Getler ue no discut.ineluind a do proprio Shope. ‘A maioria das disseragies referidas no presente capitulo tencontram-se coligids in Pappas © Swain (1978), que contem ‘também uma introdugdo analitice da fea Prichand(1967) faz umainteressantee inovadoradescrglio das lag0es entre conhecimento, crenga certezaeverdade ‘Uma questéo importante que no discutimos € se 6 conheci- ‘mento implica crengs. Para ito, ef. Ring (1977). As disertagbes daautoriade Getter, Pricharde Woorleyestio coligidas in Phillips Grifiths (1967). sa 3 |ATEORIA CONDICIONAL DO CONHECIMENTO 3A Teoria Est eo, que dcvemos princptente a Roker pare lems cua teorareseiads or Cetra thal tip Nov npr que reo pel alcoser ton qe crn vedas sic no fram cone Stace ae el dh ge foe ‘Srurtbporqueactnpde Hen deaue McEnroe camp deste an a dean aorada ou demain sfrtunda mnt Verdana como cohen. gue asta purser fortuna cl gues gu oe fas Eiccontmriaascarprcrer ae, Norckcomtera porta Ge pr qu coaye ae pe nec que no these Seat gu ps pfs fal Iso nos. a agora, a dus condigtes pao: Vp 2 wer quer, 3 se prio fosse verdadero, ano ceria que . sopossafazer Mas Nozick argumentaque,emboraestadescrigio ps fren as exemplos de Gee apeen, on exemplos Ssemethantes que escapariam Squilo a qe escapamos até agora "Ha duas maneiras de poder ser uma coincidéncia que a crengade 35 nba tim de ser exeluidas. A primeira & que se ‘ontinuariaacrer nea: tatimos dsto através da digo dacondigao 3. Aseeunda é que pode aver cireunstineias ligeramente diferentesem que elacontinua ser Verdadeira mas 1ajdnio crénels, Muitosexemplossdo coinidentesafortunaden) tmambos os sents. Suponhamos que se encontra um ear da Policia is fora na esrada porque oigo uma siren da Policia, Existe de facto esse caro Ii fora, mas a sirene que eu oiga vem do aparetho de ata-fidelidade do meu filho que est na sa go lado. Nao sei que ii um carro da policia Ii fora por dusk razdes, Primeiro, cu continaara a ter essa crenga mesmo que o carro I rio estivesse. Segundo. nao tera acreditado que o caro léestava se oaparelho de alt-fidelidade do meu filhoestivense destigado. ainda que o caro comtinuasse i fora, Excluimos este segand ‘modo, nio qual umacrenga verdadeina pode ser demasiado aorta, adamente verdadeira para contr conto conhecimentoacrescens nido-se, uma quarta condigao 3s ts inci 4 se, em crcunstincias alteradas,pcontinuasye a ser verdadero, ‘-continuara 8 crer que p Estas quatro condigdes, compreendendo a teria condicional ‘do conhecimento, poiem ser simbolizadas da sepuinte forma > Bop ~pO-~-Bap Pa Bap ‘onde a seta «L->» é uilizada para simbolizar a construgdocon- Aicionalconjuntiva em vemniculo «Se se desse 0 e480 0. dat se-iaoeasode..» A teoria que compreendem € uma tentativade at-cular a sensagao de que, para que uma crengaseja conhect- ‘mento. deve ser paricularmentesensivel verdade da proposigao fem que se acreditou: deve localisar a verdade (rack the truth, termode Nozick) no sentido em que, sea proposigdo continuasse emircunstinciasalteradas, a ser verdadera,continuaria a sete ditar-se nelae, se ndo fosse verdadeira, no 0 seria, No caso do eatrodapolicia,a minha crenganio conseguelocalizara verdade ‘deambos os mods, e. nd & portanta conhecimento, 56 3.2 Alguns Comentarios (2) 0 requisto de que a erenga de que p deveria loalizar 3 verdadede péum requisito de que as duas primeirascondigBes da teoria se devem relacionar de certa forma. Esta ¢ semelhante forma como a feora causal funcionava, mas ness casoarelagio requerida era especificamente uma relagio causal. A teoria on: dicional é menos exigente, ¢ eseapaportanto a algumas das dificuldades que a tearia causal enfrentava, Mas incl teria ‘causal com caso especial, uma vez que poderiamos pensar que se ofactodepcausade factoa crengade aemaue p,cataoasduas ondicionas,subjunivs sero verdadeitas (mas no 0 contro). Por conseguint, a teoria condicional & uma generlizaga0 da teora cal, Enquamo a tea causal sugere que sk uma manera ddeas erengas verdadeiras jstificadas poderem ser conhecimento (endo causadas pelos facto), ateoria condicional est pronta a tolerar qualquer forma, causal ou nio, que preserve verdae day dduas condicionais subjuntivas De facto, «teoria Condicional adopta alguns dos melhores pntos de vrias das teorias que achmos defcients no capitulo Anterior. Por exemplo, esi proxima da versio de Dretske, da tbordagem ds wra76es conelusivas» {(b) Considerimos se a teoria causal do conhecimento se apoiaria em ou tomaria pssivel umateoriacausal da justifcagio, DDeviamos assim formula as mesmas perguntas acerca de teoria condicional, Poderemosapresentaruma definigio condicional de Bap, ase: Bap = (p Q Bap &-p Q->-Bap)? Isto equivaleria a defender que uma crenga justificada & uma ‘renga que localiza averdade, Mas olla. astro mesmo tipade dificuldades, Uma renga falsa pode no obstante ser justifiada, Sendo assim, JBap€compativel com (Bap &~p). Mas Bap &~p) incompativel com (p-»Bap & ~p C->-Bap); uma renga fala ri localiza averdade, Logo definigio condicional da jusifca io falha : Tal teora teria contud apresentado aractivos. Alguém que considere a sua erenga de que p juslifieada, est por certo préximo de considera que a Sua erenga localiza. a verdade de p. 37 Podemos, se quisermos, restaurar a possbilidade de uma teoria Bap ). Aqui frase cial «sob certascircunstinias» élidads forma mais simples possivel, como ase p Fosse verdadero». Se uma teoria como esta fosse valida, teriamos reintroduzido com uma reviravolia. a possibiidade de uma teoria condicional da justi cate, (€) Outro ponto que considero a favor da teoria & facto de ‘comegar a dar algum sentido teérico a sensagio intuitiva de que cestava erradonnos casos de Geller erao facto de haver demasiada| sorte envolvida, A teoria di-nos uma desergio do que significa para uma crenga ser afortunadamente verdadeira, da sepuinte Forma: aextensioem que acrenga dea ¢afortunadamente verds deira 4 extensioem que, mesmo que fosse fala, a continvaria acrer ela, ou, se continuasse a ser Verdadeira em circunstincias alteradas, ele continuatia a crer nela. A importancia desta des- q—> Kag? Vi Novick & capaz de mostrar de maneira mais geral que na sua deserigao esse prinespio fh, e (0 que €talver mais importante) texplicaro seu malogro. A explicagio apoia-se no ambito ge ‘mas no nos pormenores, de uma teoria acerca das condigdes sob as quaiscondicionais subjuntivas como 3 e 4 so verdadeieas ‘Ateoriaserve-seda noo de un mundo possvelparadara sua escrigio de condigdes de verdade para condicionas conjuntivas ‘Un mundo possvel deve ser concebido como um modo completo camo © mundo pod ter sido. O pensamento de que © mundo podlia ter sido diferente sob determinado aspecto€ considerado ‘ pensamento de que hi um mundo possivel qu difere de facto 39 ‘do mundo real nesse aspecto (e provavelmente tambsm noutzos). (Os mundos possiveis variam no seu grau de semelhanga com 0 ‘mundo real. Alguns esto primes do nosso mundo, ottos Muito ‘mais afastads. Mas pode nao ser possivel ordenar os mundos de acordo com a Sua proximidade do mundo real, por dias razbes Primera, as nogdes de proximidade, semelhanga similaidade sioexcessivamenteimpreciss parasuportarotipode juizo com. Parativo preciso que tal ordenamento requcrri. Segundo, para ‘qualquer mundo possivel podemos razoavelimente esperat ser ‘capazes de encontrar outro que se assemelhe 4 mundo teal no mesmo grav. Por estas uss razes precisamos de pensar nio emt temmos de mundos possives individ, mas de grupos de mundos| possiveis, todos os mundos de um grupo sendo igualmente pro Ximos ou distantes do real. Se houver um oedenmento, por mais ‘ago ou esborado que sea, serum ordenamento de grupos de ‘mundo igualmente similares e no de mundos individuas. ‘Novick di uma descrigio nical de condigdes de verdad para ‘uma condicional conjuntiva p > q da forma segunte: 2-49 € verdadeiro no mundo real se 36 sep 3g for ver- ‘dadeiro ao longo de todo uma extensio de grupos de mundos razoavelmente proximos do mundo real, (Esta no € a eoria final mas uma primeira aproximagio.) Embora esa teoria sea expres formalmente, pode facilmente reecber apoio intuitvo, Suponhsm que queremos conhecer as circunstincia que jutificariam a assergao da condicional sub jumtiva «Se a St Thatcher tivesse esperado mais tempo, teria perdido as eleigbes». O que fazemos ¢imagina situagdo actual alteradaaopponioda sr. Thatcher adiar ts cleiges. Outras coi teriam igualmente de ser altradas, coma & evidente, pos data das eleigdesndo & um facto islade (no existem facto isolados, ‘© poressarazio que nio pode existr um mundo semelhante a0 nosso em todos os aspectos menos um), Teremos também de mudar todas as coisas que alo teriam acontecido se as cleigdes tivessem sido adiadas p.ex.,a idade da Sr Thatcher na altura as eleigdes, Eno, mantendo tudo o resto constante na medida 4o possivel,formamos um juizo acerea do que provavelmente 60 acontecer. Se comsderamos que uma demota dos conservadores © mais provive,afrmamos a condilonal subjuntiva, Caso ‘Storia formal implementa esa abordagem informal dizendo «ue consideremos ox grapos mas prsinos de mundosem que o Stecedene p& verdadtroe prguntemor se nesres mundos também verdadero, Se €provivel dado p, endo dq émais rovavel do que p & =a. © por conseguinte nos mundos mais Dwoximos em gue p € verdadcito, 4 tambo seré verdadero Exisiio, evidentemente, alguns mandos mis remotos m que temosp & ~ 4. mas mio importam. Poi estamos a dcidiro que conteceria mito provavelments)e nia que podria (lento dos limites da possblidade) acontcer. sta disting ene o que acomecera eo que podria acontese 6 crucial para o que se segue Para pepar no exemplo de David Lewis (D, Lewis, 1973), «se ov cangurs nio ivessem cauda, rar se-ami;¢claroque sempre verdadero que poderiam na Se virar —podiam recsber mutas de um govero grato © onscicne da importincia doturismo, Masistondo afeta facto {de ques viraiam, pois em mundos muitssimo semelhants 30 nosso os cangurus sem cauda viramse defacto nfo recebem mutts. "A descrigio de Norick pode agora ser utilizada de duss maneirs. Em prmeitougar pode relorgaras nossasituigdes de {queoleitrsabe que estsemado alert, de qu sabe que seest Seniado alert niog um cérebronum tangue, ede que no sabe Que no ¢ um cerebro aur angue. Coma teoriacondicional do onhecimento, es explicagdes dads acima das condigdes 3, pre dizer se que eter sae gue ests sent er pore (3) 108 Thundossmais proximosem que nao esta senadoaler,niocré que {ste (®) nosmundosmais roximos emaue esta seniadoalereré defacto quest, Noenanto, no sabe que no sum érebro nm tangue porque nio sedi o caso de (3) aos mundos mais proximos tm gucoleitor € um cérebro num tangue o Fito crer que € um cerebro num langue. Vello a sublinhar gue sio 6 os mundos. inaispraximos em que o antecedent € verdad que conta. E reconhecidamentepossvel.porevemplo. que actedite que est Senta er quando de factono est, Mas semelhante mundo € ‘stant mas roto do mundo atual do que um mundocm ate dando est sentado ale cre que oes. Oletrestéineressido 6 ‘ono caso que se psleriu dar (claro ue tudo possivel) mas no ‘aso que se daria a teoria capt ese ineresefocando-se apenas nos mundos pertinentes mais proximos, A teria fornece também uma relutiiodiecta do principio da ‘clusio. Isto pode ser feito de duas mancinss, quer dando Uma \descrigdo de um mundo para o qual principio falha eprovando {ormalmente que a descrigao & consistente, quer informalmente ‘ecorrendoa umexemplo.contririo.latemosumexemplodesses © caso em que a = 0 leitor, p= estésentado a ere q = € Um cétebro num tanque. Maseste exemplo écontencioso, Presa de ‘apoio por parte de uma explicagio,emtermos da teoriacondicio. nal, da forma como € possivel exstrem semethantes exemplos contrtos. Isto pode ser Feito agor, ‘Unna tarefa preliminar importante & distinguir 0 prineipio da cla onens «que é fal, do caso sepuite muito mais seguro do mds [Kap & (Kap -»Kag)l->Kag, Desde que estes dois se mantenham separados, devia ser fil ‘er poraue € que o prinepio da oclusio falha. A razao reside ‘nas condicionais conjuntivas e nos mundos possiveisdefendidos omo pertinentes para a avaliagio dessas condicionais como, verdadeiras ou falsas. Os mundos pertinentes para avaliar 0 lado ‘esquerdo do prinipio da oclusdo So o grupo mas préximo em que p € verdadeiro, o grupo mais. proximo em que p & falso, © grupo mais préximo em que pg é verdadero (que pode set istinto)eo grupo mais préximo em que 94 €falso. Osmundos Pertneates para avaliaro lado direito do principio da oclusio so © grupo mais préximo em que 4 6 verdadeiro, ¢ 0 grupo mais proximoem que gé also, je.,conjuntos completamente iferen- tes de mundos um dos quais pode ser, tal como nosso actual ‘exemplo, muito mais remoto do nosso mundo do que o io ‘qualquer dos primeiros quatro grupos, Logo, difcilmente seri provivel que um grupo de observagies acerca dos primeiros ‘quatro grupos pudesse colocar qualquer restrigao &natureza dos dois llimos grupos e assim hi muito espago para um exemplo ontrrio que possainvalidaro prep da oclusio. Quantomais, istanteestiver um dessesultimos grupos, mais provavel & que Ssejamos capazes de construir um exemple contri: tal como se e revel no nosso prpro exemploem que ~q =o leitor € um eérebro hum tangue ‘A guisa de iusirgio final, podemos aplicar a refutagio de Nozick do argumento cépico de Descartes acerca de sonhar, fe consequentemente quigi fazer melhor do que Descartes na ‘lima pagina das Meditages. Aqui a =o keitor,p = esta sentado alee, q = no est na cama a sonhar que est seria a ler. Podemos ter Kap, ~ Kay e Katp—ig)? Sim. Kag & flso porque no grupo mis proximo de mundos em que q€falso esténacama.asonhar fe.) continua a areditar que q & Verdadeito, Kap é verdadeiro porque nos mundos mais proximos em que esti sentado a ler eré ‘queestésentadosler, cos mundos mais prximosem quenioesti ‘sentadoa ler ou so mundosem que es de pede jocthos/deitado ‘leroumundos emqueest sentadoa ricotta vertlevisioete mas no munds em que por aeaso est adormira sonfar questi sentido er Por conseguinte, pode conhecer que esti sentado a ler-mesmo que nio conheca que nio esté a dormir na cama, a sonhar que esti sentado a ler. 3.4 Nozick Refow o Céptico? ‘Um dos objectives docapitulo anterior foi dermonstrar que um interesse nas fores efraquezas da condigio tripartida pode ter [Benuino proveitofilossfico. A toria condicional éataente por ‘iio proprio como descricio pometedora de conhecimento ue ‘eseapa as abjecgdes de tipo Getter. E possuia vitude secundaria ‘de destrir um tipo prevalecente de attude cépica, ede o fazer de tua forma que explica a atracgao dessa aitude ‘Segundo Novick, no entant. todos os arzumentos oéticos se spoiam no principio da oclusdo e a invalidago desse principio serve, pois, camo resposta geral a0 eepicismo (Nozick, 198 204), Mas independentemente daimplausibilidade geal desta Sugesto, hi ceramente um argumento eéptico que ele no pode ‘ejeitar desta maneia, Eo argument a pair do err (1.2). ‘0 argumento. diz que ns ou outros cometemos efF0s no passado ou cometé-os-famos em cireunstneias que, tanto quanto possamos dizer, no so pertinentemente diferentes das nossas ircunstncias presents. Nao podemos, pois. admitindo que nds 68 ‘ou cles no conee aren antes, nssirem que conhecemos agora, visto que iso equivaleria a fazer afirmagoes diferentes em cir- ceunstncias que nil mostram qualquer diferenga pertinent Este arpumento verificou-se serum argumento que n08 forgo a admitir em primeiro lugar que nig sabemos gue nao somos ‘étebrosem tanques. Nozick previa desta conclusio para gerar problema céptico que est a tentar resolver Poiso cépico dele argumenta que o consequente Kag do POP éagui fal, e conse ‘quentemente, via a verdade aceite de que Ka(p-¥q), que Kap) € also. Novick quer desenroar este argumemto optic admit 0 mesmo tempo a sua primeira attude, e¢o argument a partir do erro que forga a essa admissio. Portanta ss ee adit a orga ‘doargumentoa partir doesroé que pode pensar que chegaaalgum lado refutando 0 POP [Nozick podeia afirmar que a sua teria condicional prova também o mesmo panto, que nie saber que somos étebros em tanques, E tem razdo; a nossa crenga aqui ndo locelizaia a verde. Mas se nao tivéssemos nenhuma razao independente para aceitarestaconclusio al comooargumento a partir do erro Tormece. considers-lo-iamos como um ponto contra ateoria dele ‘facto de ela mostrar que no conhecemos 3s coisas maiscentrais| divas taiscomo que no somos eérebrosem tangues que existe ‘um mundo material ou que © mundo comegou hi mais do que cinco minutos ars, Por consezuinte, ele nio pode abandonar 0 argumento a partir do erro para se eniregarinteiramente 8 toria condicional para mosiat que Ka € aqui also Em segundo lugar, hi qualquer cosa de correcto num argu: mento que defends. como 0 faz0 argumento a pari doer, que ‘exactamente pelo mesmo tipo de rao que oIitor no sabe que 1o€umeérebronumtangue,nosabe,p. ex.que The Times sera publicado amanhi, nem se esi sentado a ler. Por cert € i plausivel supor, para pegar no exemplo de Russell, que eu se de acto vque fiz ontem mas que nao se que o mundo no comegou hi cinco minutos tris cheio de vestigiosarquealbgics outros (Russell, 1921, p. 159). Novick pretende mostrar-nos que pode: ‘mos supor isto; mas ndo tenho a certeza de querer realmente (ou de dever querer). O-argumento a parr do eo tem agui uma ‘consstnciaplausivel, ao paso que o ponto que Nozick considera ‘ser a sua forga, comeya a parecer-se com uma fraqueza. (Esta 64 ‘observagio podia ser promovida a formar a base para um argu- ‘mento geal conra a teoria condicional do conhecimento.) Tercera, oargumentoa patirdo erro nio pode seratacado por seapoiarno PO: Itono€empartcular porque oPO* sea vali, ‘Aina que fose vlido, no veo qualquer razio para supor que 0 largumento se apoienele. De qualquer forma, Novick nio podia defender que se apoia, porque a posigio dele confia na prova independente que fornece de que oleitor nao sae que nao € um ‘érebro num tangue. Sem essa prova, defenderiamos contra a teoria condicional ue cla nem sequer pode mostrar que sabemos ‘que nio somos cérebeos num tangue. Com ela, Nozick pode {encontrar de ato apoio suficient para a sua tora: el pretende dizer que a teoria tem as coisas bem definidas aqui. Mas se © “argument a partir do erro depende do POF, o qual na teoria dele €invsldo falta-the esse apoio independent e com ele um grau ‘considerivel de plausibiidade, E cu nao sei de nenium outro argumento, nio dependente do PO. que Nozick pudesse utilizar paara mostrar que no sabemos que no somos eérebros. num fanque sem mostrar que também no sabemos muitas outras "Em quarto lugar, oargumentono pode ser ejeitado.com base em que argumenta directamente do facto de que o leitor pode- fia estar errado em relagio & conclusdo de que nio sabe. Tal frgumento seria invslido, como Nozick pode mostra. Mas o argu ‘mento nio se desenrola directamente desta maneira falaz, mas indirectamente mediante o principio da universabilidade 3.5 Internalismo ¢ Externalismo |Até agora temos que a descrigdo de Nozick do conecimento consegue rebar um argument cépico mas no outro. Esto uma ‘eanclusio que Nozick deve simplesmenteacetarabandonandoa Sta afirmasio de €xito totale limitando-se a apontar para 0 &xito parcial aceite? ‘Resta uma queixa que Nozick poderia fazer e provavelmente faria, Ele poderia dizer que a sua concepeio do conhecimento ‘uma concepgio externalista, 90 passo que o nosso argument ‘épticoa partir doerro €uma concepgaointernaista, Se 0exter- 6s nalismo¢ uma posigo sida, entdo o argument a pari do erro € irelevante: pois mas no faz do que eleborar uma abordagem iimperfita(embora tradicional) da epstemotogia ou se faz mais do que isso, apenas consegue mostrar como essa abordagem deficiente deve condurir ao cepticismo. ‘O que se pretend aqui dizer com uma concepgao wexters ta» e «cinteralista»? A resposta a esta pergunta pode ser dada raves deumexemplo. A teoria do conhecimento, que define «a tsonhece que p>» como equivalente 3 1 pé verdadeiro 2 acrtquep 3 acrenga ? dea ¢justificada 4 acrenga 2 de a écausada pelo faetode p ser verdadeiro uma concepeio exteralista, porque acondigio 4 uma condi- ‘lo que « poderia ser inciramente incapaz de reconhecer ou de [pontar quando Ihe perguntassem se conhece realmente que ‘Oexteralista diz, neste caso, que enquanto a condigao 4 se mantiver de facto, quer a seja expaz de aponti-la ou até de ‘compreendé-la quer nio, a conhece de facto que p (dadas as ‘condigées 1-3, evidentemente). O intemalistaalimaria que para ‘que condigio causal tomasse uma crenga verdadeira jstificada ‘em coniecimento,deveria nio s6 ser verdadeira mas acreditada por a ser verdadeira, Assim, o interalista acrescentaria 5S acre, Existem argumentos a favor do exteralismo e argumentos 3 favordo interalismo, Oexternlismo pode apontar como vi set dificil ao interalista fomecer uma deserigao satisfatéria do conhecimento, Decert, podeia ele dizer, se devemos acrescentar ‘condigao S deverfamos também acrescentar 6 acrenga S dea é justitieads, « depois presumivelmente 7 acrenga S de.a& causada pelo facto de 5 ser verdadeieo. 66 Mas gerdmos certamente agora um retraces infinit, que ign: ficaré que ointernalismo esti condenado ao cepticismo. O que & mais, 0 retrocesso nao depende do elemento causl do exemplo uilizado, Podiamos eriar © mesmo retocesso paride da concep ‘io trpartidatradicionaleaerescentando,em bases internals, 4 acre € depois presumivelment requerendo 5 acrenga 4 dea justificada depois 6 aces assim por dant © intemalista pode responder apontando coma nos intuigho natural é grande para favorecer @ cancepgao interalista, Supo- ‘ham que trabalhmos como exemplo causal: exige-sedaconhe- cimento que a quart condigio seja verdadeira, mas no que @ fenha qualquer suspeita de quea quarta condi sea verdadera, Naomostraisto que tanto quanto asaiba, elendo conhece que p? E como pode ele conhecer que p quando pelo que sabe nio 0 ‘conhece? "Naminha opin, neshum destes argumentos eficiente para dstruiro seu oponente. O primeiro limita-se aapontaras dificu- ddadesem relagdoaocepticismo:ointemalistaacetaiaistoediria {que estas dificuldadestém de see defrontadas e no ignoradas. segundo parece equivaler mais a uma afiemagaa da posicao intemalista do que aum argumento independente contra o exter nalismo. De facto, duvido que possa existir um argument concludente a favor de qualquer destas abordagens; a abordagens sio to diferentes que existe perigo de qualquer argumento tusit simplesmente a questi. (Ora a posigdo de Novick pretende-se externalista (Nozick 1981, pp. 265-8e 280.3), Ascondigdes 3e4 saovidéndia Sbvia or €a forma rextmida de «X parece do muda come &scovasbrancasgeramens parecer, Mas nous no-compe- ftivo, ues encore sacs banca mate parece baneass a ost do eens. A tina ase Sera tole xno pre ac lal come para o uso comparativo. Maso tale, ¢ consequent ene deve have outo uso nap-comparatv da fae parce branco»—~ am uso no gil aemos ma tentatva gel de deserve, sem comparglo,omado como as clas rants geraneateparecem.EChioimahimna qu ous nao compe: favo, ar asteres de parecer trancocxpesaamo que Codie: tamenievdentes Uma proposiio decent iden uma propos, naterminloga de Chisholm que outa ou Impalement enn gia menos cert, (Una propo contingents uma propos que Doda uni peri sr verde, e dra 0 ns poset falsa) Umacrenga numa propos dectamente evden noe echaneat hex utara fall pray a caracerisica que nos cca au, de Yoda as seem verdadeiras, oe Chisholm considera ra objoges& su tse de que existe umaso nto comparativo de spares brancon que expresso gue € drectamente evident (¢ pono verde), Algunas dx suas observagdestiverameco nos argumtos parr doin 82 lismo mencionados acima, A ultima objecgdo que ele considera diz oseguinte (Chisholm, 1977, p. 33): (a)ao dizer «Qualquer coisa parece brancamfazem-secertas suposigdes acerca da ingugem:; supse-s, pa exemplo, que 4 palavra , Estes pensamentos acerca do cumprimento das regras no caso ‘matemético podem ser generalizados para fornecero argument contra solipsismo que procuramos.Osolipsista no admite que nenkiwma comunidade fundamente a sua crenga de que €object- vamente verdadero que esta nova sensago sea uma dor, Mas sto pretende dizer que ele ndo possuinenfiuma regra que 0 conduza ‘num sentido € nfo noutro. num novo caso. No que se refere a regras, ele pode dizer © que Ihe vier cabega e seri tio correcto ‘como tudo o resto. Mas nesse caso as suas palavras perder 0 sentido e tormam-se vazias, Se no importa 0 que se di. seria ‘melhor estar calado. E, pois, impossivel exstr uma linguagem privada da espécie de que osolipsistanecessita. Todas as lingua- 100 _zens possives sio necessariamente publicas, uma ver que ni ‘ém sentda a menos que seam utilizadas por uma comunidade. 56 Owira Inerpretacao A interpretagio da comunidade do argumento da linguagem privada vé-acomo umaconsequéncia dreetados pensamentos de ‘Wittgenstein acerca das regras, do cumprimento das regras eda cobjectividade, Para o fim da sua discussio do curnprimento das regras, Wittgenstein diz (Wittgenstein, 1983, § 202): E pensar que se obedece a uma regra nfo é obedecer a uma regra. Logo ni ¢possvel obedecer a uma rgrawem privadow ‘quandondo, pensarque se obedecia uma regraseriaomesmo que obedecerIhe. Kripke cones est primer observa como um breve anvegostdonpumentodaInguaempevadaprpranente do, Gs parece comopar filament quarts pnts man fete. ‘fas existe uns interpret llemative que deve a Baker Hachr gc vata na conser compos ds feurs co argureo a ngage privat de mance bastante tire bakerc taker, 1988), Nasa desert, oimpulsodss omidergbes do cunprimento Gas eras 0 ee cumpt ten sep pau osteo ae ra ceder Cum uaregs px aregra para lsodapalara Ss (ern no concede do) € no veer no interior de etn um, portance nove esa se Ascemelha original esse asemetha, penarnela como uma dh, Obedecer tuna fpr € uma quaio de componente Pubiio, no opera dem mecanismo pivad. Asim € Important qu © pono cin cdo comece nu reside da Sefune forms: Eponanto cobedecer una repr» € una Praca E pensar que se oboece uma rgra-o- Mas se@ imprimeito da ets ¢ una pron, que deve sr pics Sonus no sentido deser uma forma de procder, mas gue no Sendo dsr replads por ura comunidad, como havemos de Aisha dese paren a concuso de qu lingua pea So soln impose ov pore ap havea de se wr 101 pritica que pudesse ser efectuada 4 sb, independcntemente de ‘qualquer comunidad? E, igualment, que resposta pode Witt zenstein dar a esta interpretagio as perpuntas de Kripke acerea de objectividade? Decerto ram boas perguntas que carcciam de resposta,e abandonar a interpretagio da comunidade priva-nos datunica resposta possvel A primeira destas objecges 8 interpretgio Baker-Hacker pode responder-sedizendo que, embora a pratica que const ‘conhecerecumprira negra para que a dor pudesse serefectuada parte de qualquer comunidade (numa ih deserta). se pudense serestabelecida, oproblemanio esti naoperagdo mas na institu 0 da pita. Quer dizer osolpssta io pode da inicio & prtica ddo modo que pretende. concentrando-se na natureza da sensagao orginal nventando ima pala prase ler esters eaoutras como ela ‘Vimos que surgi jéalguma polémica a propésito desta con- ‘om os seus exemplos, eas tentativas do céptic de plantar umn Iiato entre eles tai simplesmente uma ma concepio do que significa seguir uma reg. 10s Hi mais na attude de Wittgenstein do que uma recusa directa ‘ementrarno jogo filosofieo. A sua pesigao ade que deveriamon pensar nas repras como priticas, como formas de procedimento, € no supor que para apoiar esia forma de procedimento deve hhaveralguma interpretago interna da regra que diz aos curmpr. ddores daregra como fazer funcionara regra, Pois se supusermos isto cairemos num retrocesto infinito: encontrar-nos-emos 3 procura de uma outa interpretgao, O eumprimento das reeras ‘como prtica deve portanto ser capaz de se provessar sem nada apoit-lo,e devemos tentar afastar-nos da sensagao de vertgem {que € engendrada pelo nosso reconhecimento da falta Je aporo. damesma forma nao devernos permitir-nos a liberdade de peo. curaralguma coisa sob essa prtica a qual possamos fundamen. tara sensasio de que aprtica se esta processar de uma maneira ‘objectivamtente correcta, Aobjectividade faz partedaprtica,nio € algo que fundamente ou apoie a pritica a partir de baino. A objectividade ¢ esse elemento da pritica que envolve a vert cagio, areavaliaglo, oabandonar de antigasposigoes, a discordar de outa, ec. Mas no € preciso mais nada como fundamento para tomar estas actividades de alguima forma justficdveis, 5.7 Conelusses Comuns Dadassdferengas entra dus interpretages do argumento de Witgensendoveramos ana ay un semanas Primero, elas esto de aordomaueoconcetode wor que servi de exempioo longo de toca cussion eespevtal Sob quale forma relevant. Poeramos sentra etados a dizer que a desegao de Witgenten pods ser veda Se Sensagdes mas qucumna semua de ara cis ue nl existe €portintonioaazio para gus unlingisiprvadondo pues comegar or descever aspera qu col tom para ce antes ‘de pss tarts mals fill do modo como te cosas sho realmente. Mas aba nerpretagbesveram eta tentative fuga como mal oeatads, Na existe dicen pertinent ene senses © otospossvels scones da commen. It, ov er vericad evens arguments Naa fol do que se basease om qualauer arteritis expecia da Jor E clare que sims que Witgnscin queria moss qe ra impossvel ens 106 sem sere que ecomporsm on sms ea sens (oss ou tent esd espe res das nossa Bake queria fer bsowagoe smalantes atten dh ose renting eno lizeoss mesma ngage e Eames de and ant srs Com ss qu eserevenos tseores dos objets ens rola, ren asim pderamos, tao quamosthemoner ov chjetos demanca completamente Siamese povecssmamagulo nach Uma sera de veel, de caumarn tr aguloague et

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