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CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Programa interdisciplinar – PI

MOTORES HIDRÁULICOS:
TIPOS, CONCEITOS E AVARIAS

CLEUDSON FERREIRA LOTT MACHADO


EDILBERTO GERALDO TOMAZ
ELZO HENRIQUE BOMFIM MARQUES
JOSTY DAIAN
WAGNER SILVA BOWEN

Coronel Fabriciano, 21 de maio de 2009


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CLEUDSON FERREIRA LOTT MACHADO


EDILBERTO GERALDO TOMAZ
ELZO HENRIQUE BOMFIM MARQUES
JOSTY DAIAN
WAGNER SILVA BOWEN

MOTORES HIDRÁULICOS:
TIPOS, CONCEITOS E AVARIAS

Relatório apresentado ao Curso de Graduação em


Engenharia Mecânica do Centro Universitário do Leste
de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção
da nota final no Programa Interdisciplinar do Curso de
Engenharia Mecânica.
Área de concentração: Tipos e conceitos,
características principais, principais avarias.
Orientador: Prof. Manoel Ricardo Pacheco Freitas

Coronel Fabriciano, 21 de maio de 2009


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LISTAS DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Motor de engrenagens................................................................................................9


Figura 2 - Motor tipo MZ..........................................................................................................11
Figura 3 - Motor de palhetas.....................................................................................................12
Figura 4 - Motor de pistões radiais com apoio interno dos pistões..........................................14
Figura 5 - Motor de pistões axiais de disco inclinado..............................................................15
Figura 6 - Motor de pistões radiais de curso múltiplo com apoio externo dos pistões.............16
Figura 7 - motor de pistões axiais de eixo inclinado................................................................17
Figura 8 - Motor de pistões axiais de curso múltiplo e carcaça estacionária............................18
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RESUMO

O mundo moderno faz com que estudos científicos e inovações tecnológicas evoluam cada
vez mais facilitando assim o trabalho do ser humano no meio ao qual ele esta inserido. Este
presente trabalho tem como objetivo demonstrar os conceitos, as aplicações e as principais
características dos motores hidráulicos. Eles possuem uma construção semelhante à
construção das bombas hidráulicas. Consistem basicamente de uma carcaça com conexões de
entrada e saída e de um conjunto rotativo ligado a um eixo. São muito encontrados em
guindastes, esteiras, perfuradoras, máquinas operatrizes, dentre outras. Classificam-se em:
motores hidráulicos de vazão fixa (engrenagens, palhetas, pistões – radiais e axiais) e motores
de vazão variável (palhetas, pistões – radiais e axiais). Caracterizam-se pela rotação, torque e
limite de pressão máxima que variam de um para outro.

Palavras chave: motores hidráulicos, palhetas, pistões, engrenagens, rotação, torque pressão.
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ABSTRACT

The modern world is that scientific and technological developments increasingly thus
facilitating the work of human beings in the midst of which it is inserted. The present work
aims to demonstrate the concepts, applications and key features of hydraulic motors. They
have a construction similar to the construction of hydraulic pumps. Basically consist of a
housing with input and output connections and a set connected to a rotary axis. Are found in
very cranes, mats, drilling, machine tools, among others. Classified into: fixed flow hydraulic
motors (gear, vane, piston - radial and axial) and variable flow engines (blades, pistons -
radial and axial). Characterized by speed, torque and maximum pressure limit of that range
from one to another.

Keywords: hydraulic motors, vane, piston, gear, speed, torque pressure.


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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................6
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...............................................................................................7
2.1 CONCEITO......................................................................................................................7
2.2 VANTAGENS...................................................................................................................7
2.3 CARACTERÍSTICAS......................................................................................................7
2.4 TIPOS DE MOTORES.....................................................................................................9
2.4.1 Motores de engrenagem.............................................................................................9
2.4.2 Motores hidráulicos com o princípio de roda planetária e eixo central...................10
2.4.3 Motores hidráulicos de palhetas...............................................................................11
2.4.4 Motores de pistões radiais (curso simples) com apoio interno dos pistões.............13
2.4.5 Motores de pistões axiais de disco inclinado...........................................................14
2.4.6 Motores de pistões radiais conforme o princípio de cursos múltiplos.....................15
2.4.7 Motor hidráulico de eixo inclinado..........................................................................16
2.5 ESPECIFICAÇÃO DE MOTORES HIDRÁULICOS...................................................18
2.5.1 Instalação.................................................................................................................18
2.5.2 Danos e defeitos.......................................................................................................19
2.5.3 Efeitos em serviço....................................................................................................19
3. CONCLUSÃO......................................................................................................................21
REFERÊNCIAS........................................................................................................................22
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1. INTRODUÇÃO

Um dos setores que tem sido bastante competitivo na atualidade é o setor de produção de
máquinas agrícolas ocupando grande parte do mercado brasileiro e internacional devido os
mais variados tipos de motores e suas principais características nas quais podem ser aplicados.

Este trabalho pretende de certa forma proporcionar maior clareza sobre os tipos de motores
hidráulicos e suas reais construções.

A forma de como eles podem ser empregados são incontáveis. Dentre algumas delas pode-se
citar esteiras rolantes, serras, máquinas agrícolas, entre outras.As vantagens da aplicação dos
motores hidráulicos em comparação a outros tipos de motores, são fatores importantes com
relação a peso e potência.

Outro diferencial é de poder trabalhar em ambientes desfavoráveis que seriam perigosos ou


impossíveis pra outros tipos de motores, podendo também trabalhar afogado (submerso) em
quase todos os tipos de fluidos conhecidos, em atmosferas corrosivas ou explosivas, em
ambientes superaquecidos e realizar trabalho com paradas e partidas constantes, sem acarretar
problemas de superaquecimento.

Outro fator importante é que os motores hidráulicos são rotativos que em suas construções
podem ser unidirecionais (um único sentido de rotação) ou bidirecionais (rotação em ambos
os sentidos).

Portanto, espera-se que com este tema, demonstrar os benefícios que estes motores
proporcionam pela forma que são constituídos e suas principais características.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 CONCEITO

Motores Hidráulicos são motores que se diferenciam dos demais motores pela sua construção,
característica e aplicabilidade, o que para outros tipos de motores talvez os locais aos quais
são empregados tornariam desfavoráveis para se trabalharem, suas características potenciais
esta no volume de absorção, na pressão máxima, nas faixas de rotações e torques desejados.

2.2 VANTAGENS

Os motores hidráulicos possuem inúmeras vantagens são classificados em motores


hidráulicos de vazão fixa e motores hidráulicos de vazão variável, mais o que naturalmente
interessa num projeto, é saber que torque e rotação um motor hidráulico poderá fornecer o que
pela sua construção é o mais recomendado.

2.3 CARACTERÍSTICAS

Caracterizam-se os motores hidráulicos pela velocidade, torque, volume de absorção e limite


de pressão máxima.

 Velocidade (Rotação)

Poucos motores podem ser utilizados tanto para velocidades bem baixas, como também para
altas velocidades. A velocidade pela qual o eixo de um motor gira, é determinada pela
expressão:
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Velocidade do eixo do motor (RPM ) = Vazão (l/mm)x1000

Volume de absorção ( )

A velocidade de um motor hidráulico depende da vazão fornecida ao motor; costuma-se dar


essa velocidade em rotação por minuto.

 Torque

O torque é um esforço rotativo indicando que há uma força presente a uma dada distância do
eixo motor.

Torque = Força x distância ao Eixo

Pode-se considerar que a velocidade de um motor hidráulico é inversamente proporcional ao


seu torque, os motores, mais lentos são projetados para fornecer alto torque mesmo nas baixas
rotações.

 Volume de absorção

É a quantidade de fluido que o motor aceitará para revolução ou então, a capacidade de uma
câmara multiplicada pelo número de câmaras que o mecanismo contém.

Volume de absorção = volume máximo da câmara x número de câmaras

Os motores hidráulicos convertem energia hidráulica em mecânica. Como ocorre nas bombas
hidráulicas, nos motores hidráulicos existe uma multiplicidade de princípios e tipos
construtivos. Mas nenhum em especial pode satisfazer de modo otimizado à todas
especificações. É necessário escolher o motor para cada caso, segundo a sua necessidade.
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2.4 TIPOS DE MOTORES

2.4.1 Motores de engrenagem

O motor de engrenagem desenvolve torque devido à pressão aplicada nas superfícies dos
dentes das rodas dentadas. Elas giram juntas, porém apenas uma está ligada ao eixo do motor.

Invertendo a direção do fluxo, inverte-se a rotação do motor. O deslocamento de um motor de


engrenagem é fixo e é igual ao volume entre os dois dentes multiplicado pelo número de
dentes. As rodas não são balanceadas hidraulicamente em relação à pressão. A alta pressão na
entrada e baixa pressão na saída provocam altas cargas laterais no eixo, bem como nas rodas
dentadas e nos rolamentos que as suportam.

As vantagens principais de um motor de engrenagens são: sua simplicidade e sua maior


tolerância à sujeira; porém tem menor eficiência. São muito utilizados na hidráulica móbil e
na tecnologia agrícola, para acionar correias transportadoras, disco dispersador, ventiladores,
fusos transportadores e ventoinhas. Fazem parte dos motores rápidos.

Pressão: 300 bar


Rotação: 2400 rpm

Figura 1 - Motor de engrenagens


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2.4.2 Motores hidráulicos com o princípio de roda planetária e eixo central

Motores Hidráulicos do tipo MZ pertencem ao grupo de motores planetários. Eles se


caracterizam por um grande volume de absorção e pequenas dimensões. Isto é obtido porque,
ocorre um grande número de processos de deslocamento, por rotação.

Através de conexões o fluido de trabalho alimenta e escoa no motor hidráulico. Todas as


câmaras de deslocamento, que momentaneamente aumentam de volume, estão ligadas com o
lado da alta pressão, através da placa de comando. Todas as câmaras com redução
momentânea de volume, estão ligadas com o lado da baixa pressão.A pressão nestas câmaras
gera uma força sobre o rotor, consequentemente, gerando o torque.

Sempre quando for obtido o maior ou menor volume da câmara, é fita a inversão. Em cada
rotação do eixo, ocorrem até 08 alterações de volume por câmara. Ocorrem, portanto 7x 8= 56
processos de deslocamento. Isto explica o volume de absorção relativamente alto por rotação.

O eixo central de saída possibilita a montagem de freios ou a utilização da segunda ponta de


eixo.

Válvulas internas de retenção conduzem o dreno interno para o lado da baixa pressão. Se a
pressão ultrapassar um valor determinado, então é necessário ligar a conexão de dreno com o
reservatório.

Neste princípio construtivo, o torque não é transmitido por uma roda de dentado interno, mas
sim através de um eixo cardan, do rotor planetário para o eixo de saída.

O fluido de trabalho entra através de fendas no eixo de saída e é conduzido através de furos
numa carcaça para as câmaras de deslocamento, realiza trabalho e volta ao tanque.
Motores hidráulicos, conforme o princípio planetário, estão disponíveis em várias execuções.

 Características
- Volume de absorção: aprox. 10 até 1000 cm³
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- Pressão máx. de trabalho: até 250 bar


- Faixa de rotações: aprox. 5 até 1000 minˉ¹

Figura 2 - Motor tipo MZ

2.4.3 Motores hidráulicos de palhetas

Os motores hidráulicos transformam a energia de trabalho hidráulico em energia mecânica


rotativa, que é aplicada ao objeto resistivo por meio de um eixo. O motor tipo palheta consiste
de um rotor e de palhetas que podem deslocar-se para dentro e para fora nos alojamentos das
palhetas.

 Funcionamento do Motor hidráulico de palhetas

O rotor do motor é montado em um centro que está deslocado do centro da carcaça. O eixo
do rotor está ligado a um objeto que oferece resistência. Conforme o fluido entra pela conexão
de entrada, a energia de trabalho hidráulica atua em qualquer parte da palheta exposta no lado
de entrada. Uma vez que a palheta superior tem maior área exposta à pressão, a força do rotor
fica desbalanceada e o rotor gira.

Conforme o líquido alcança a conexão de saída, onde está ocorrendo diminuição de volume, o
líquido é recolocado.
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Antes que um motor deste tipo possa operar, as palhetas devem ser estendidas previamente e
uma vedação positiva deve existir entre as palhetas e a carcaça.

 Extensão das Palhetas do motor

Diferentemente de uma bomba de palheta, não se pode depender da força centrífuga para
estender as palhetas e criar uma vedação positiva entre o cilindro e o topo da palheta.

Existem dois métodos comuns para estender as palhetas num motor. Um deles é estender as
palhetas por meio de molas, de modo que elas permaneçam continuamente estendidas. O
outro método é o de dirigir pressão hidráulica para o lado inferior das palhetas.

Em alguns motores de palhetas, o carregamento por mola é realizado posicionando-se uma


mola espiral na ranhura da palheta.
Neste tipo, a pressão do fluido é dirigida para o lado inferior da palheta tão logo o torque se
desenvolva.

Outro método de estender as palhetas é com o uso de pressão do fluido. Por este método, o
fluido é impedido de entrar na ranhura da palheta até que a mesma esteja totalmente estendida
e até que haja uma vedação positiva no topo da palheta. Neste momento, a pressão já existe
sob a palheta.

Quando a pressão do fluido é suficientemente alta para vencer a força da mola de retenção
interna, o fluido entrará na câmara da palheta e desenvolverá um torque no eixo do motor. A
válvula de retenção interna, nessas circunstâncias, desempenha uma função seqüencial.

Figura 3 – Motor de palhetas


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2.4.4 Motores de pistões radiais (curso simples) com apoio interno dos pistões

Os cilindros e pistões são montados em estrela em torno do eixo excêntrico central.


Conforme a posição do eixo excêntrico, dos 5 pistões, 2 ou 3 estão ligados com a entrada
(lado da pressão), e o restante dos pistões ligados com a saída (lado do reservatório).

Através do comando as câmaras dos cilindros são alimentadas com fluido de pressão. O
comando consiste na placa de comando e da válvula distribuidora. Enquanto a placa de
comando é unido com a carcaça, a válvula distribuidora gira junto com o eixo excêntrico na
mesma rotação. Furos na válvula distribuidora fazem a ligação para a placa de comando e
para as câmaras dos pistões.

A transmissão da força do pistão sobre o eixo excêntrico poderá ocorrer de varias maneiras
onde os pistões são guiados na carcaça e apoiam-se no eixo excêntrico através de anéis de
conformação especial.

Durante o movimento rotativo do eixo, ocorre um movimento relativo entre o pistão e o anel.
Para a redução do atrito, a superfície de apoio do pistão do anel, é equilibrada estaticamente.
Numa outra a execução a pressão de trabalho atua sobre o eixo excêntrico. Os pistões e os
cilindros apoiam-se em superfícies esféricas, e seguem com isto isentos de forças transversais,
no eixo excêntrico.

 Diferencial

As superfícies de contato no excêntrico e na carcaça são aliviadas hidrostaticamente, de modo


que o atrito é mínimo. Esta construção possibilita alto rendimento e um bom comportamento
em baixas rotações.

 Características importantes.

Volume de absorção: 10 até 8500 cm³


Pressão máxima: até 300 bar
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Faixa de rotações: 0,5 até 2000 minˉ¹ (conforme TN)


Torque máximo: até 32000 Nm

Figura 4 - Motor de pistões radiais com apoio interno dos pistões

2.4.5 Motores de pistões axiais de disco inclinado

O conjunto rotativo de disco inclinado é uma unidade de deslocamento, cujos pistões de


deslocamento são montados axialmente ao eixo. Eles apoiam-se neste caso sobre um disco
inclinado. Ver anexo ( fig. 16)

 Função do Motor

Ao contrário da função da bomba, o fluido de pressão é conduzido na entrada. Os pistões


realizam um movimento planetário de curso e levam junto o cilindro, que gira em conjunto
com o eixo devido ao estriado no mesmo. O fluído é deslocado para o lado da baixa pressão
(saída), para o sistema.

 Características importantes.

Volume de absorção: 10 até 1000 cm³


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Pressão máxima: até 350 bar


Faixa de rotações: 50 até 5000 minˉ¹ (conforme TN)
Torque máximo: até 41000 Nm

Figura 5 – Motor de pistões axiais de disco inclinado

2.4.6 Motores de pistões radiais conforme o princípio de cursos múltiplos.

Os pistões apóiam-se sobre o cames através dos roletes dos pistões; no acionamento a câmera
do cilindro é alimentada com o fluido de pressão através dos furos axiais, cada pistão recebe a
escoa o fluido de pressão quantas vezes forem os perfis da cúria de curso do cames, assim o
transformando em movimento rotativo.

A forma do perfil da curva de curso é quem determinará a rotação em uma pressão contínua, o
trabalho dos pistões contra o cames é transmitido por um estriado ao eixo, transformando-o
em movimento rotativo mecânico.

Na carcaça do motor pode ser montado um conjunto de freio de lamelas. Se a pressão de


alívio nestes freios reduzir-se na câmara anelar, então a mola prato apertão pacote de lamelas,
acionando o freio. Se a pressão ultrapassar o valor determinado pela mola prato, o êmbolo de
freio é pilotado deslocando-se contra a mola prato, então o pacote de lamelas é aliviado e o
freio é solto.

Pressão – 450 bar


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Volume de absorção – 200 até 8000

Figura 6 – Motor de pistões radiais de curso múltiplo com apoio externo dos pistões

2.4.7 Motor hidráulico de eixo inclinado

O princípio de eixo inclinado é uma unidade de deslocamento, cujo pistão é montado


inclinado em relação ao eixo de acionamento. Pode operar como bomba ou motor hidráulico,
de volume deslocado constante ou variável.

O ângulo de basculamento da unidade de volume de deslocamento constante, é definido pela


carcaça e com isso é fixo. Numa unidade variável este ângulo é variável dentro de
determinados limites. Através da alteração do ângulo de basculamento, resulta um curso
diferente do pistão e com isso o volume de deslocamento é alterado.

Motor de vazãoconstante: para circuito aberto e fechado, ângulo de basculamento fixo,


rotação de saída possível nos dois sentidos;

Motor de vazão variável: para circuito aberto e fechado, com basculamento unilateral, ângulo
de basculamento variável sem escala, rotação de saída possível nos dois sentidos.
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 Características especiais

-Boa sucção mesmo a altas rotações;


-Boa partida na utilização como motor hidráulico;
-Possibilidade de montagem em constrtução aberta;
-Boas características de anti-cavitação;

A pressão de trabalho e o volume deslocado são transformados em momentos de torção


mecânica. A pressão é determinada pela resistência da marca acoplada ao motor hidráulico.
Esta carga corresponde ao momento de torção exigido no eixo.

Figura 7 – motor de pistões axiais de eixo inclinado

2.4.8 Motor de pistões axiais de curso múltiplo e caraça estacionária

O comando e as conexões, nestes motores estão na carcaça. Além disso o perfil da curva de
curso é unida com a carcaça. O grupo rotor/pistões está acoplado ao eixo, através do estriado.
Cada pistão realiza vários cursos por rotação do eixo. Neste motor poderá ser instalado uma
segunda ponta de eixo ou a montagem de freios.

 Características importantes:

Volume de absorção: 200 até 1500 cm³


Pressão máxima: até 250 bar
18

Faixa de rotações: 5 até 500 min-1

Figura 8 – Motor de pistões axiais de curso múltiplo e carcaça estacionária

2.5 ESPECIFICAÇÃO DE MOTORES HIDRÁULICOS

Deve-se considerar aplicação e custo para especificar um motor hidráulico. Leva-se em conta:

1. os limites de velocidade de operação, sendo a velocidade mínima a de saturação, ou seja, a


menor velocidade com a qual o motor permite a aplicação do momento de torção máximo;
2. a potência desejada;
3. o tamanho;
4. os limites de pressão do sistema;
5. direção de rotação.

2.5.1 Instalação

Após a lavagem inicial e a pré-lubrificação, deve ser conferida a direção de rotação e as


posições de pressão e “sucção”. A ligação errada poderá acarreta a expulsão dos retentores e
destruição dos elementos móveis.
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Havendo demora para utilização do motor, deve-se tampar os orifícios (nunca com pano ou
estopa), mas com tampas, que serão removidas na hora da colocação do motor. Os eixos e
acoplamentos e os dutos devem ser perfeitamente alinhados com os repletivos elementos a
fim de evitar desgastes localizados. O sistema deve ser limpo.

2.5.2 Danos e defeitos

Conhecer profundamente das causas e efeitos dos motores a fim de remover as suas origens,
dentre elas:

- especificação inadequada, levando à sobrecarga


- rápida deterioração, devido a qualidade inferior ou defeitos de fabricação;
- erro de montagem, acarretando o contato imperfeito dos elementos.
- sobrecargas localizadas, por instalação inadequada;
- excesso de pressão, por regulagem inadequada de dispositivos de alívio;
- desgaste adesivo, acarretado por super-aquecimento externo ou interno;
- cavitação ou aeração levando à destruição dos elementos internos;
- engripamento, por folha ou falta de lubrificação;
- vibração, levando a choques de elementos e seu recalcamento ou à fadiga;
- desgaste abrasivo por partículas finas ou grossas de sujeira;
- desgaste abrasivo por partículas metálicas;
- danos por objetos que penetram no interior do motor.

2.5.3 Efeitos em serviço

O operador da máquina pode notar os efeitos:

 Ruídos excessivos
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Causados por cavitação ou aeração, que são provocados por: nível insuficiente de óleo,
viscosidade de óleo fora da recomendação e restrição na estrada, como: filtro entupido,
encanamento de entrada pequeno demais, muitas curvas, mangueiras que cedem, canos
achatados, válvulas parcialmente fechadas, reservatórios sem respiradouro. A aeração é
provocada ainda pelo ar penetrado pelos retentores, conexões mal colocadas nas estradas,
mangueiras de sucção porosas.

Podem ser identificadas: em trabalho, pelo ruído parecido com o de esferas caindo sobre uma
placa e após a desmontagem, pela erosão de peças do lado da sucção. Podem surgir outros
ruídos: de batidas, provocadas por peças soltas do motor, ou ainda do acoplamento, ou
provocadas por vibração de encanamentos que devem ser melhor fixados. Um ruído parecido
com o de cavitação pode se provocado pela sobrecarga ou desalinhamento.

 Flutuação ou falta, velocidade ou “torque”

Possuem varias causas como: desgaste abrasivo, provocado por óleo contaminado, filtros não
trocados no tempo certo, retentores gastos, filtros incorretos, hastes de cilindros arranhados,
sujeira não visível a olho nu. Podem ser identificados na fase inicial pela aparência fosca
acinzentada das palhetas, rotores, pistões e engrenagens; na fase posterior, por diminuição das
peças, ou alargamento dos alojamentos e na fase final, pelo aparecimento de escavações.

Outras causas mais comuns são: objetos metálicos ou partículas provocadas por falta de
lavagem do sistema após a falha anterior, falha dos componentes do próprio sistema
hidráulico, objetos deixados durante a montagem ou reforma, penetração de corpos estranhos
por qualquer razão e partículas visíveis a olho nu. Podem ser identificados, além das próprias
partículas, pelos arranhões e “incidentações” na faces e pontas das palhetas ou das
engrenagens, nas carcaças, nos rotores e anéis; pelos eixos torcidos ou quebrados, por
entradas com escoriações e pelas peças rotativas quebradas;

 Super – Aquecimento
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Pode surgir de ajustes mal feitos, podendo resultar da falta ou falha de lubrificação provocada
por: óleo incorreto, viscosidade imprópria, ajuste incorreto da válvula de alivio ou abuso de
sua operação, temperatura ambiente alta, falta de lubrificação prévia e falta de escorvamento.

3. CONCLUSÃO

Pode-se concluir que com a execução deste trabalho houve bastante aproveitamento por parte
dos integrantes do grupo com relação a inúmeras vantagens e aplicações de motores
hidráulicos com seus diversos tipos e aplicações.

Este trabalho contribuiu também para o desenvolvimento e o crescimento técnico do grupo


onde focou, de forma abrangente, diversos assuntos explicando os pontos positivos bem como
os principais danos e manutenção adequada a estes motores.

Assim sendo pode-se concluir que os três grandes grupos principais de motores hidráulicos;
engrenagens, palhetas e pistões podem variar pelas suas formas e construções, o que
diferenciam dos demais que possuem características semelhantes porém com maiores
limitações.
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REFERÊNCIAS

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manual pratico de oficina. São Paulo : MC Graw-Hill do Brasil, 1979.

EXNER, H. et. al. ‘’ Hidráulica’’ _ princípios básicos e componentes da tecnologia dos


fluidos. Diadema: Manesmann Rexroth GMBH, 1991.

FRANCO, S.N. Comandos hidráulicos; informação e tecnologias. São Paulo: SENAI- SP,
1987.

HARRIL, S. Pneumática e Hidráulica. São Paulo: Ed. Hemus, 1978.

MACYNTRE, AJ. Máquinas Motrizes Hidráulicas. São Paulo: Ed. Hemus, 1983.

MANESMANN Rexroth .Hidráulica: Princípios básicos e componentes da tecnologia dos


fluídos. São Paulo: Centro de Treinamento Rexroth, 1985.

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OLIVEIRA, GM. Hidropneumática. Itabira: FIEMG_SENAI, 2006.

PFLEIDERER, C; PETERMANN, H. Máquinas de fluxo. Rio de Janeiro: Livros técnicos e


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SHIMITT, A. Treinamento Hidráulico. Diadema: Manesmann Rexroth; 1981.

STEWART, HL . VIDAL, LRG. Pneumatica e hidraulica. 3a ed. Sao Paulo: Hemus 1981.

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VICKERS, S. Manual Oleodinâmico Industrial. São Paulo: Vickers Editora, 1982.

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