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Os efeitos fisiológicos das fibras variam, conforme estudos experimentais relatados, desde a
modulação da função gastrointestinal e morfologia a alterações do metabolismo de nutrientes
e aumentos das respostas imunológicas.
A fibra alimentar pode ser classificada de acordo com sua estrutura molecular ou com sua
solubilidade, em fibras solúveis e insolúveis.
As fibras solúveis são facilmente fermentadas no cólon por bactérias normalmente presentes
no cólon. Como resultado da fermentação colônica, têm-se o hidrogênio, dióxido de carbono,
metano, água e ácidos graxos de cadeia curta (acetato, propionato e butirato) obtidos pela
fermentação de fibras e amido, principalmente.
Este tipo de fermentação favorece a população bacteriana do cólon, o que, por sua vez,
traduz-se em aumento do peso das fezes.
Ao chegar no cólon as fibras insolúveis, são excretadas nas fezes principalmente de forma
inalterada. As fibras insolúveis são apenas parcialmente fermentadas no intestino grosso e sua
atuação é mais restrita ao aspecto físico, diminuindo o tempo de trânsito do bolo alimentar no
intestino, aumentando a massa fecal e a capacidade de ligar-se a determinados nutrientes e a
outros compostos presentes no intestino. São deste grupo a celulose, a lignina e a
hemicelulose tipo B, que são encontrados em frutas, hortaliças e farelos de cereais.
Ela aumenta a excreção de moléculas de colesterol através dos ácidos biliares nas fezes.
Aumenta também a excreção de alguns minerais como o zinco, cálcio, ferro e magnésio por ter
efeito competidor com esses minerais, daí a necessidade de controlar a ingestão de fibras a
fim de prevenir essa competição na absorção de nutrientes (CUKIER et al., 2005).
Segundo a American Dietetic Association (ADA) apud Cukier et al. (2005), a ingestão
recomendada é de 20-35g de fibras ao dia para adultos e 5g ao dia para crianças.
PACHECO, M.T.B.; SGARBIERI., V.C. Fibra e doenças gastrointestinais. In: LAJOLO, F.M. et al.
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CUKIER, Celso et al. Nutrição baseada na fisiologia dos órgãos e sistemas. São Paulo: Sarvier,
2005.
BETA-GLUCANAS
com a excreção de moléculas de colesterol através dos ácidos biliares nas fezes, há
necessidade de aumento da síntese hepática desses ácidos a partir do colesterol presente na
circulação, removendo o colesterol do sangue para síntese hepática.
E pela ação dos ácidos graxos de cadeia curta (acetato, propionato e butirato), produzidos na
fermentação bacteriana, que reduzem síntese hepática de colesterol.
PREBIÓTICOS
Alexiou A, Franck A. Prebiotic inulin-type fructans: nutritional benefits beyond dietary fibre
source. Nutr Bull. 2008;33(1):227-33.
Frutanos
Os FOS são conhecidos como prebióticos, desde que promovem o crescimento de probióticos,
como Acidophillus, Bifidus e Faecium, promovendo, estabilizando e aumentando a proliferação
dessas bactérias benéficas no trato gastrointestinal do hospedeiro. A incorporação de FOS na
dieta ou uma suplementação intensificam a viabilidade e adesão dessas bactérias benéficas no
trato gastrointestinal, mudando a composição de sua microbiota. Ao mesmo tempo, bactérias
patogênicas incluindo Escherichia coli, Clostridium perfringens e outras têm sido inibidas,
concomitantemente.
O mecanismo de inibição do colesterol e absorção dos triglicerídios pela dieta fibrosa não é
muito bem definido. Vários mecanismos são sugeridos: a redução do esvaziamento gástrico e
tempo de trânsito intestinal, a absorção de sais biliares e, conseqüentemente a inibição da
solubilidade micelar do colesterol e digestão de glicerídeos, a redução da acessibilidade das
micelas na superfície das células absorventes do intestino, particularmente pelas fibras
viscosas e, a alteração crônica da secreção de enzimas e função fisiológica das células
absorventes do intestino23.
EPIDEMIOLOGIA