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Sumario SR SS PARTE 1: Anilise yetorial EE ee 1 Algebra vetorial ay r12 13 La vs Ls ie Ls Introdugso {ma visto previa do listo . Escalarese vetores Vetor unitirio ...... Soma ¢ subtrugio de vetores etor posigiio ¢ vetor distanei Maltipie Componentes de um vetor Resumo Questdes de RevisHO eee Problemas .. vetorial 2 Sistemas transformagao de coordenadas Introdugio- Coardonaddas eartesiamas (x. 9.2) Coorlenada cilindricas circulates (p, ‘Coordenadas esféricas (7, 8, @) = Superficies de coordenada constante . Resumo 2.2.4 Questdes de revisio Problemas 19 19 19 » 21 2B 2% 30 iS % 7 aL 4 “ 2 2 4s st st 38 e etromagnetismo Matthew N. O. Shadiku e Nota ao estudante A Teoria Eletromagnética ¢ normalmente considerada por muitos estudantes como ium dos cursos mais dificeis no vurriculo de Fisiea ou de Engenharia Elétrica, Porém, womando-se algunas precau- ies, esta ma impressio prova-se equivocada, Pela minha experigncia, as sepuintes sugestOes sera leis pars auxilid-lofa) a ter maximo desempeno com o apoio deste livro-texio. De especial atengao & Parte 1, sobre Andlise verorial, a fesramenta matermitica para este curso, ‘Sem o claro entendimento desta segzo, voe® poderd ter problemas no restante do curse. Nio tente memorizar muitas formulas. Memorize apenas as fundamentals, que vém, normalmen- te, destacadas em uma moldura,¢ tente deduzit as outeas formulas a partir dessa, Procure compreen der as relagdes entre as formulas. Evidentemente, iio cxiste uma formula geral para resolver todos ‘6s problemas, Cada formula tem alguns limitagSes em fungi de seus pressupestos. Atente para es- 108 apliquewas adequadar ficar as pakavras-chave ow os termos de ura dada definigao ou le, Saber o signiti- Jo dessas palavras-chave € esseneial para a aplicagdo adequada da cefinigao om da Let ‘Tente resolver tantos problemas quanto poss{vel. Bxercitar é a melhor form de aprender. Am Thor maneira de compreender as firmulas e de assimilar 0 contedido € através da resolugio de pro- blemas. E aconselhivel que voce resolva, pelo menos, os problemas dos exercicios, que vém, jus tamente, em seguida dos exemplos resolvidos. Faga um esquema do problema antes de tentar resol vyé-lo matematicamente, Este esquema nao apenas fucilita a resoluedo com também auxilia na ‘compreensio do problem porque simplifica ¢ organiza o seu raciocinio. Observe que, a nao ser que se estahelega 0 contririo, todas as distincias sto dadas em metros. Por exemplo, (2.1. 5) de fato significa 2m, 1 m, 3m) Ns guardas do livro, so apresentadas tabelas com uma lista das poténcias de dee © ds Fetras gregas usadas com freqiiéneia ao longo do texto, No Apéndice A, apresentam’-se formulas importan- {es em Calculo, Vetores ¢ Andlise Complena, As respostas dos problemas de ndmeros fmpares so apresentadas no Apendice C. CONSTANTES FISICAS ee et ar pains ar nic) Sit oh sites Naliviae en ton re) A asixio” iss Pema pore hk deco! inex? Imei oc ie) : 66 10 Vode ee ‘ rom ot i lt é so 10° ba10" ie soon 0) * sus" outa” a oon) Bs vero" waa Mae rn) ieri9 sane” Nae gn mk) ’ seams" onic" ont Pc J) ‘ otto ean" ‘Acclerghoda givin (li) x oni os | Constante universal da gravitago (im'iKy x") G 665810" 66x10" tor) a 1x10" ‘ax Nes Potincia 10 10! 10! Prefito Pata Tera Gi Mega ile esa desi sl tet tera mindseula Nome da eta Ate Bets Dela Epica Zetn Ee Tote Korps Lama Mu Nome da letra Nu Omicron P Rho Sigma Tu Phi ay Pa mess POTENCIAS DE DEZ Poténcia Prefixo ——_Simbolo 10 Ext B 10" Pata P 10 tera r 1 Gign G 10! M 10! n wt a ww? cent c 10? ‘lh " 10" micro a 10" ~ 2 0 60 P 08 feo r 0" nto a CYaeken ee) Leta maiseula Letra mince Leta maincula —Lelea miniacula Nome da letra a 3 E x i y o . Omicron 4 5 Delt 0 * » E . Epsilon 2 ’ Rho z 5 Zea z ae Sigma 4 + es r . Tau ° 0 Tet, y Upske 1 t ois * hi K « Kopp x on 4 x Lanta v Ps " X Me a Omeps Sumario PARTE 1: Anvilise veton 1 Algebra yetorial sits . 19 Introdugiio 0 #12 Uma visto prévia do tiveo 0 Excalares e vetores 20 14 Vote unitinie eee vere 2 $15 Soma subtragio de veto 2 6 Vetor posigao e vetor distin 2 17 Maltiplieagio vetorial ‘ 2% LS Componentes de um vetor 30 Resumo 6 Questdes de revistlo oo . % Problemas oe 2 Sistemas e transformagio de coordenadas cevveeees 4 2.1 Introdugao 41 22 Coordenadas cartesinnas (x,y, 2) 2 2.3 Coordenadas cilindricas circulares (p, 6 2 24 Coordenadas esféricas (r, 8,9) 45 #25 Superficies de coordenada constante 32 Resumo 37 Questoes de revision 37 Problemas . 58 _ 3 62 0 43.2 Comprimento, rea e volume diferenciais . #2 33 Imtegras de linha, de superficie e de volume . 68 34 Qoperador det 7 35 Gradieme de um esealar ‘ n 36 Divergéncia de um veto e teorema da divergéncia 16 3:7 Rolacional de um vetoreteorema de Stokes 2 3.8 Laplaciano de um esclar,. * 22 CRASITIa I aren vet t Resumo os Questes de evisdo «. co : 95 Problems 98 PARTE 2: Bletrostatiea 4 Campos eletrostiticos sevens 107 4.1 Inieodugo . 107 4.2 Leide Coulomb intensidade de campo 108 3 Campos elérieos de distribuigoes continuas de carga i 4a Densidade de Nuxo elvico x 12s 4S. Leide Gauss —equugio de Moxwell 126 4.6 Aplicagdes da tet de Gauss 18 4.7 Potencial elrico iM 48° Relagio entre o campo elérico eo potencial elérico caquagio de Maxwell - 139 49 Odipoloeltrico e a linhas de Muxo a2 4.10 Densidade de energia em campos eletrosaticas Ms Resumo 7 M49 Questbes de revis 151 Problema... = 1s3 Campos elétricas em meio material ..6..00666 occ 159 51 Introdugio sof 5.2. Propridades dos materiais _ 159 5.3. Correntes de eanvecgoe de conducio 160 $4 Condutores. oeresard 162 55. Polarizaglo em dielétricos ve OT Constante ¢rigider dieletrica m Dieléticos lineare, isoupicos ¢ homo m Equagio da continuidade © tempo de relaxag 175 59. Condigbes de froma ....scssecesessssevense 7 Resumo — 18s Quesides dere 186 Problemas ues 18 Sumirio mM 13 6 Problemas de valor de fronteira em eletrostitica ................ 192 6.1 Introdugio - . 192 6.2 Equagdes de Laplace e de Poisson i . 192 463. Teorema da unicidade 193 64° Procedimento eral para resolver aequayio de Laplace ou ‘equagiio de Poisson ceceesee 195 65 Resistencia e capacitneia oe see eesesee seneeces 22 6.6 Metedo das imagens bee 226 Resumo z Questdes de revista FETE Problems PARTE 3: Magnetostat 7 Campos magnetostaticos . 243 7.1 Introdugio oa a patsy BE 72. Leide Biot-Savart a 24 7 Lei sireuital de Ampere ~equagio de Masel... 253 74 Aplicagbes da lei de Ampere 2... . 254 73 Densidade de Muxo miagntico cq de Maxwell 260 7.6. Equagies de Maxwell para campos eletromagnéticos estitions 6.6... 262 7.7 Potenciais magnéticos esealar e vetorial s 262 78 Dedusiio da lei de Biot-Savarte da lei de Amptre 267 Resumo se saeavases 260. Questdes de VISIO oes 270 Problems... . ce m3 8 Forgas, materiais e dispositivos magnéticos ion 279 8.1 Introdugiio * 279 8.2 Forgas devido aos campos magnéticos 7 279, 83 Torque ¢ momento magnéticos eaneorewevenemavsl A 84 Dipolo magnético cove 291 8.5 Magnetizagao em matetiais - tonsesanecene 25 18.0 c ras magneticos........ 298 a7 magnéticas ceeeeeeeses 301 8.8 Indutores.¢ indutancias 306, 8.9 Eneruia magnéticn 308 48.10 Circuitos magnéticus # ss : aus 18.11 Forga sobre materiais magnéticas ..... ay Resume. ecceeee 321 Questdes de revisio roasaiesane SEY Problema GS AataR oT ceca 324 9 Equagées de Maxwell 9.1 Introdugo 52 Leide Faraday no | 9.3 Fem de movimento e fem de tramsformador ...... | 94 Corrente de deslocamento a a | 9.5 Equagdes de Maxwell nas formas finals... Cn uf 19.6 — Potenciais varidveis notempo ........ * ee 350 | 9.7 Campos harmdnicos no wempo: - 352 Quester de eviedo ssasneca neem eee a8 Problemas ASRS ictal Oe. |e PARTE 4: Ondas ¢ aplieagies | 10 Propagagdio de ondas eletromagnéticas voce S| 10.1 Introdugio + Cs simmemnnmnoccen St: +102 Ondasem geral aseus m 103 Propagate de onda em dcléico com perdas .....sescesesecsvesee 377 104 Ondas planas em dieléireos sem perdas 2... 382 10S Ondas planas no espaga five 382 10:6 Ondas planas em bons condutores ...... eee. eseee coceees 107 Poténcia eo vetor de Poynting 33 Reflex de wma onda plana vor ineideneia normal a7 Reflexéo de uma onda plans com incidéneia obligua....... 406 ReSUMO co eseceeve oumurmnmaconemscenaraasnse HE soccteeeeraveeescessees AB . . 409 11 Linhas de transmissao HA Introdugao succes 11.2 Parimetos das linhas de wansmiss0 ar 13 Equagies das linias de Wansmiado ......6cececececeveseevenenes 4) 11.4 Impedincia de entrada, ROE € poténcia. 6.5.05. ..6ceesecee eee 436 15 Acartade Smith costtesvereresene M3 11.6 Algumas aplicagées das linhas de transmissio 454 $11.7 Tranclentes em linhas cle tranemissi 460. ILS Linhas de transmissao de mierofitas an Resumo = apnarerwleniyan LNT OES Questies de revi 476 Problemas ... 12 1B ry 15 Guias de onda Antenas 1B 2 13 134 15 136 17 7138 +139 Intzodugo Guia de onda retangal Modos transversa ‘magnéticos (TM) Modos transversais elsricos (TE) Propayagio da onda no guia Transmisso de poténcia e aten Corrente e-exeitagao de modos no guia de onda Ressonadores de guia de onda Resumo Questdes de revistio Problemas Introdugio Dipole bert ‘Antena dipole dem ond ‘Antena monopolo de quarto de onda ‘Antena pecjuenss em at 1 (Caracteristicas das antenas Conjuntos de antenas ‘Area efetiva eequagao de Frits A cequagtio do radar Resumo Questoes de revisio Problemas Tépicos modernos Ma 42 Ma 4 Introdugao, Microondas . Fibra 6tica Resumo . Questdes de revision Proble Métodos numéricos 1s. HS: 153 Isa 135 Introdugso Plotagem de campo le eletromagnética O metodo das diferengas finitas (O métedo dos m (O método das elementos finitos Resumo Questoes de revision Problemas Apéndice A Apéndice B Apéndice ¢ Apéndice D indice 650 660 662 682 PARTE 1 ANALISE VETORIAL Capitulo 1 ALGEBRA VETORIAL Em uma vida longa, ume coisa eu aprendl: que tods a nossa ciéncia, comparada com a realidad, & [primitiva¢ infantil ¢, mesmo assim, & 0 que temas de mats precios. ALERT EINSTEIN 1.1 INTRODUCAO © Bletromagnetisino (EM) pode ser considerado como o estudo da interagio entre eargas eKiricas ‘em repouso ¢ em movimento, Envolve a andlise, a sintese, « interpretagzo fisica e a aplicago de campos elétricos ¢ magnéticos, 0 Bletromagnetismo (EM) é um ramo da Fisica, ou da Engenharia Elérica, no qual os fend ‘menos elétricos e magnéticos slo estudados. © prineipios do FEM 3eaplicam em vias disciplins afin, tis como: microondas, antes, mée a aaa) (0 vetor posigin do ponto P é Gti para definir sua posigio no espago. O ponto (3,4, 5), por exemplo, ‘eset velor posigio 38, + 4a, + Sa, so mostradas na Figura 1.4 (O vetor distiincia ¢ o deslocamento de um ponto a outro. Se dois pontos, Pe Q. so dados por (xp ¥p 39) € Ue Yor Zgh rragio) é 0 deslocamento de P a Q, como mostrado na Figura | veior distancia (ou © votor sepa: 06: Teg. to ~ te = Gy — Hela + Wie — Yoda + eg — Eel, hina Addiferenga entre um ponto Pe um vetor A deve ser ressaltada, Embora tanto P quanto A possam ser representados da mesma maneira como (x, y. 2) €(A,.A,. A.) Fespectivamente, o ponto P nao é lum vetor: somente seu vetor posigio Fé um vetor. Entretanto, 0 vetor A pode depender do ponto P Por exemplo, se A = 2:ya, + y'a,—1c'a,e PE (2, I, 4), enlo A em Pdeveria ser—4a, +a, ‘Um campo vetorial ¢ dito constante ou undforme se nao depende das variéveis de espago.x, ye 2, Por exemplo, o vetor B= 3a, —2a, + 10a, é um vetor uniforme, enquanto que o vetor A = 2eya, + ya, a, €ndo uniforme, porque B &0 mesmo em qualquer ponto, enquanto A varia ponto s ponto Figura 14 Representa grifica do velo posigio 1, = 3a, +44, +54, fg Pigura LS Vetordistineia yy. o. To Se A = 100, a, 463,01 = 2a, +a, determine: (a) componente de A ao longo de a (0) amas EXEMERO.S nitude de 3A — B; (c) um vetor unitério ao longo de A + 2B. Solugto: (a) a componente de A ao longo dea, 6A, = ~ 4. (b) 3A ~ B = 3110, ~ 4,6) ~ @.1,0) 30, =12. 18) ~ (21,0) = (28, -13. 18) Portant, 3A = Bl ~ V2 Fa + 8 = 1277 = 35,74 (6) Seja € = A+ 2B = (10, = 4,6) + 4,2,0) = (14, ~ 2,6), Um vetor unitério a0 longo de © & a £ =the Il Vie a, = 0.9113a, ~ 0,1302a, + 0,3906a, (Observe que ja,| = 1, como esperado, EXERCICIO PRATICO LI Dados os vetores A = a, + 3a.¢B = Sa, + 2a, ~ 6a,, determine: (@ [A + BI; (b) 5A-B; (©) a componente de A ao longo de a,; (@) um vetor unitirio paralelo a3A + B. Resposta: (a) 7, (0) (0, — 2, 21), (€) 0-4) = (0.9117, 012279, 0.3419). localizados em (0,2, 4) €(~3, 1,5). Caleule: I EREMPLO12 Os pontos Pe Qest (a) 0 vetor posicio P: (b) © vetor distineia de P até Q: (©) adistancia entre Pe @, i i (W) um yetor paralelo a. 7Q com magnitude 10, Solugao: (0) F, = 0a, +2a, +40, ~ 2a, +40, (0) py = Fy Fp | 1,5)-©.2,4) = 3,-1. Dour, = -3a,—a,+a, (6) fi. que typ 60 vetor distincia de P até Q, a distancia entre Pe O ¢a magnitude desse veto, isto & Algebra Vetorial M25 d= [rol = V941+1= 3317 Altesnativamente: d= Vag — 1 + We ~ ye? + Gq =e = Vo+1+1=3317 () Seja 0 vetor requerido A, entio: A= Aa onde A = 10 € magnitude de A.J que A paaleloa PQ, 0 vewor uitiro deve ser 0 mesin0 Je Fy 0 Fyp. Portanto, aly 3317 gues 16 Referente 49 Exempla 1. Solugiio: Considere « Figura 1.6 como ilustrago do problema, A velocidade do barco & tu, = 10¢cos 45° a, ~ sen 45° a) 1071a, — 7.0714, kv ‘A.velocidade do homem em relagio ao barco (velocidad relaiva) & ty = 2—cos 45° a, — sen 45° a,) = Lala, ~ 14a, kin/h essa forma, a velocidad absoluta do homem & Uy = Uy + wy, = 5.657a, ~ 848A, [tual = 1027-563" {sto €, 10,2 km/h a 56,3" do feste pura 0 sul, EXERCICIO PRATICO 1.3. Resposta: 379.3 1.7 MULTIPLICACAO VETORIAL ‘Quando dois vetores, A B, s0 multiplicados entre si, 0 resultado tanto pode serum escalar quanto tum vetor, dependendo de com eles sao multiplicados. Dessa forms, existem dois tipos de multipli- ‘eagio vetori 1. produto escalar (ou pontoy: A= B 2. produto vetorial (ow eruzadoy: Ax B ‘A muliplicugao de trés vetores A.B e C, entre si, pode resultar em: 3. um produto escolar triplo: A = (B ©) 4. um produto veto A. Produto ponto AB = Acosta | us) Algebra Vetorial m@_ 27 ‘onde @,y 60 menor dngulo entre Ae B, O resultado de A + B é denominado de produto escalar, por- ‘que é um escalar, ou de produto ponto, devido 20 ponto— sinal que identifica « operagao. Se A = ( AyA)eB = (B,,B,B),entio ABH AB, + AB, + AB, (1.16) ‘que ¢ obtido multiplicundo-se Ae B, componente a componente, Dois vetores, A ¢ B, sto ditos arto= _gonais (ou perpendiculares), um em relagio ao outro, se A B= 0. ‘Observe que o produto ponto satisfaz as seguintes propricdades () Propriedade comutativa AB=B-A aan Gi) Propriedade disiributiva: ASB +O) =A-BHACE as) AvA= IAP = ay) ai) Observe também que: (1.200) (1.2006) teil provar as kdemtidades nas equagoes (1.17) a (1.20) aplicando a equagao (1.15) ou (1.16) B. Produto cruzado 0 produto cruzado de dois vetores, Ae B, escrito como A B, € uma quantidade yetorial ‘cuja magnitude € a drea do paralelogramo formado por A e B (ver Figura 1.7). cuja orienta- ‘40 dada pelo avango de um parafuso de rosca direita a medida que A gira em diregto a B. Assim, AX B= AB sen Oud | «2p ‘onde a, um veto unitrio normal a0 plano que contém A ¢ B.A orienta de a, € words como a ‘orientagao do polegar da mao direita quando os dedos da mio deta gran de A até B, como mostra- {do a Figura ['8@),Alterativamentc, a orieatagio dea, ¢ tomada como a nentagdo do avango de tru porafuc doronca dieita& medida que A pier dine aR, com ctr Fira 1 Ub) Amuhiplicagao vetorial da equagio (1.21) € denominada produte ernzado device & cruz — sinal aque identifica a operago, E também denominada produto verorial porque o resutado & um veto. Se A= (A. 4,4) ¢B~ (BB, B).entdo (1.228) (AB ~ AB a, + AB, +(AB,— Adiga, (1.226) ‘qual é obtida “cruzanclo" os termios em permutagao cielica. Dai o nome de produto eruzad, Figur (80 €0indicada Observe que o produto cruzado tem as seguintes propriedades hisicas: (Nao 6 comutativo: AXBEBXA E amicomutative: AX B= -BxA ) Nido € associative: AX BX OF (AXB) XC ) B diaributive: AX (B+ O-AXB+AXC i) AX A=0 ‘Também observe que 7 O prod de A por Bé um vetor com magnitude igual érea de um paraelograme e euja orienta ‘4a mao diveita;(b)regra do parafuso de ronca dei. (23a) (1.236) (1.25) (126) Algebra Vetorial mi 29 Figura 19 Produtocruzad 1450 elec (x) 0 sentido hori, para resultados psiivos (by no sentido anti-horio, pars results negativos, ‘que sto obtidas por permutacto ciclica c estao representadas na Figura 1.9. As identidades nas equa- {g0es (1.25) a (1.27) sio facilmente veriicadas aplicando a equagdo (1.21) ou (1.22). Deve ser obser- vvado yu, 30 obter a, usamos a rezra da mio direita, ou do parafuso de rosea diteita, porque quere- mos ser consistentes com nosso sistema de coondenadss vepresentado na Figura || gue & dexir6gi ro, Um sistema de coordenadas dextrogito & aquele em que a regra da mio dircita€ satisfeita, Isto é, ‘4, Xa, = 2, ¢ obedecida. Em um sistema levogiro, seguimos a regra da mo esquerda, ou aregra do parafuso de rosca esquerda, ea, ¥ a, = —a, 6 satisfeita. Ao Longo desse livro, consideraremos siste mas de coordenadas dentr6giros. Da mesma forma que a multiplicagdo de dois vetores nos d um resultado esealar ou vetorial, 3 Imultiplicagao de trés vetores, A, B e C, nos di um resultado escalar ou vetorial, dependend de co- ‘mo 0s vetores s20 multiplicados. Desa forma, Lemos um produto esealar ou Vetorial triplo. ©. Produto escalar triplo Dados ts vetores, A, Be C, definimos 0 produto escalar triple como As(BXC)=Be(C XA) = C-(A xB) 1.28) ‘obtido cm permutagio cicliea Se A= (Ay A, A.) B X C)éo0 volume de um paralelepipedo tendo A, Be tido encontrando o determinante de uma matriz 3 * By B) eC = (C,, CC), eno A+ (B omo arestas. Esse volun € facilmonte ob formida por A. Be C, isto &: la, A, A, AWBXO)=[8, BL OB. (1.29) Ic, ¢, ¢} 4 que o resultado dessa multipticagio vetorial é um esealar, a equagio (1.28) ou (1.29) € denomi dads prendans eseolar efpla, D. Produto vetorial tripto Para os vetores A, Be C, definimos produto vetorialtriplo como AX (BX C) = BIA + C)~ CAB) (1.30) ‘oblido usando a rege "bac — cab", Deve ser observade que: (A BIC # AB ©) aah) (A= BE = CAB). (1.32) 1.8 COMPONENTES DE UM VETOR EXEMPLO 1.4 Uma aplicagio direta do produto vetorial é seu uso para determinar a projeeao (ou a componente) de lum vetor em uma dada diregdo. A projegae pode serescalar ou vetorial. Dado umn vetor A, definimos: componente esealar A, de A 20 longo do vetor B como [veja Figura !-10(a)] An = A608 04m = |Al|s| COS Oxy A componente vetorial A, de A ao longo de B & simplesmente componente eveala (1.33) multiplicada por um vetor unitario ao longo de B, isto & adore os ‘Tanto a componente escalar quanto a vetorial de A estio representadas na Figura 1.10. Observe, na Figura 1.10(b), que o vetor pode ser decomposto em duas componentes ortogonais: uma component te A, paralela a Be a outra (A —A,) perpendicular a B. De fato, nossa representagao cartesiana de lum vetor consist, essencialmente, em decompé-lo em suas ts components mutuamente ortogo- ais, como mastrado na Figura 1,10(6) Consideramos até aqui a soma, a subtragiio ¢ a multiplicagio de vetores. Entretanto, a divisio de vetores A/B nao foi considerada porque é indefinida, exceto quando os vetores so paralelos entre si, lal que A= KB, onde &é uma constante, A diferenciaeo e a integrago de vetores ser tratada no Cae pitule 3 4 4 <\ ‘“ . ; * w igus 1.10 Componentes de A ao long de B: (a) componente evealar Ay; (b) componente vetorial Ay Dados os vetores A = 3a, + 4a, +0, ¢ B = 2a, Sa, determine 0 Angulo entre A e B. Solugae: ‘O dingulo @,, pode ser determinado usando ou produto ponto ou 0 produto eruzado, A+B=G.4,1)-(0,2,-5) 0+8-5=3 jal = VF 4a +7 = ¥26 ae [Bl = Vo +2 + CSP = V29 = 0.1092 ~ V26x29) Bug = cos '0,1092 = 83,73" Algebra Vetoral m3 ‘Alternativamente: la. a, AxB=[p a 1 jo 2 -5 = 20 = 2a, 0+ 15)a, +6 — Oa, = -22,15,6) IA B) = V(-22 + 1 +6 = Vas LIAB) Vas Vi26x29) sem Day Determine: () P+ xP O% () QRXP, ©) PQxR, (0) sen Bog: (©) PXQX Ry (0) um yetor unitrio perpendicular a Qe a R, simultancameote; (g) componente de P a longo de Q. Sotuga0: @ PH QXP-QHPXP-Q+QxP-Q =PXP-PXO+QXP-OXxQ =04QXP+QXP-0 =20xP. hal =22 -1 2 bo -1 = 21 - Oa, +24 + Ha, +20 + 2a. = 2a, + 12a, + da, (b) O tinico modo em que Q* RX P fiz sentido é Qs (RX P) = Altemativamente: Para enconiraro determinante da matriz 3 % 3, repetimos as duas primeiras finhias © mulkiplicamos cruzadamente. Quando a multiplicaglo eruzada for da dircita para a esquerda, 0 resultado deve ser ‘multiplicado por ~ como mostrado abaixo. Essa téenica de encontrar 0 determinante se apica so- ‘mente em matrizes 3 % 3. Dessa mancira -1 4 | QR P= SHC. DAP es : = +6 40-2412-0-2 =15 como obtido anveriermente (6) Da equagio (1.28) PQ R= QR XP) = 14 P-(Q * R) = (2,0, -1)- (5,2, -4) d) |QxR| 5,2. =a) sentyg = EBL. _HO.2. JQ\UIR) 12, -1. 21. -3. DL = V5. V5 _ assis 3Via Vi Px (QR) = QP-R) ~ RP“ Q) 2,-1,.2)4 40-1) - 2,-3.4 + 0-2 =0,3.4) (F) Um vetor unitério perpendicular a Qe a R, simulineamente, & dodo por: ©QxR_ +6,2-4) THQeR Vas = (0,745, 0,298, 0.596) Algebra Vetoral m3 -R. Qualquer uma dessas relagoes pode ser usada para confer 0 valor de a. 1» (2) A componente de P ao longo de Qé: renee, = raga, ae +0 22,-1,2) 2, _ a@+it+a = 9 12) = O4444a, ~ 0.22224, + 0.44440,. [PEKEMPLO 1,6 | Obtenhe a formata dos ossenos @ =P +e ~ be cosa 2 férmala dos sens, sen _ sen _ sen c pre usando, respectivamente, 0 proto ponto € 0 protuto eruzado. Solugio: a Considere um trfingulo, como mostrado na Figura 111. Da figura, observamos que atbte=0 iso é, brea Portanto, @ waa bt o-mto =bb+ee+ tbe @ = # + 6 — 2becosA conde A é 0 angulo entre be e. ‘A fitea de um tridngulo € metade do produto entre sua altura e sua base. Portanto: 1 i ab sen C= be send = ca sen B 1 1 a Xb) = 5b Xe|= [ye x a] Dividindo por abe, obtém-se: send _ sen B_ sen a” be EXEMPLO 1.7 Figur 1.11 Referente 20 Exemplo 1.6. EXERCICIOPRATICOL6 ‘Demonsire que os vetores a = (4, 0, ~ 1), = (1, 3,4)¢¢ = (~5, — 3, ~ 3) formam vs linn de un witmgut, Esse € van widngulo retull? Caleule dies desse uitingulo, Resposta: Sim; 10.5. Demonstre que os pontos P\(5,2,~4), Ps, 1, 2) Py(-3,0, 8) esto todos sobre uma linha reta. De termine qual a menor distancia entre essa linha ¢ 0 ponto P,(3,~ 1.0), Solugiie: (0 vetor distancia rp p, € dado por: Fret Fy =D) 6 6 De maneira similar, Fay 7 Ee, — Fo = (30.8) ~ 3.2, 4) = (8-212) Bars 3, 1,0) ~ 6,2, ~4) =C2-39 ten Xten=[-4 -1 6 & -2 1 = (00,0) mostrando que © &ngulo entter»y, € rp, € zero (sen @ = 0), Isso implica que P,P, P, ete sobre a mesma linha ot. Alternativamente, a equago vetorial da linha reta é facilmente determinada a partir da Figura 1.12(a), Para qualquer ponto P sobre a linha que une P, € P Pap = Mee, bonde ) é uma constante, Portanto, 6 vetor posigao r, do ponto P deve s Fp — te, = Mtr, ~ te) isto 6, Fp = (S—4MX.2— 4 + OD) Essa € a equago vetorial da linha reta que une P,¢ P,, Se P, est sobre essa linha, o vetor posigao de deve satisfazer essa equagaor ry, satisfaz essa equagao quando d = 2, 1 REsuMO Agebra Vetoria 35 Figura 1612. Referente ao Exemplo 1.7 ‘A menor distancia entre a linha e o ponto P,(3,— 1,0) € a distineia perpendicular do ponto até a fina, Da Figura 1.12(b) é evidente que: Fo rep 8608 = ap KO var =e = 2,406 V53 Qualquer ponto sobre Hina pode ser ussido como ponto de referencia, Dessa forma, em vez de usar P, como ponto de referéneia, poderiamos usar P, tal que: Irn sen 8° = Iter, X Bpyp,| AICS Se P, €(1,2,—3)eP, € (4,0, 5), determine: (@) adistincia P,P; z i (©) @ equagio vetorial da lia P,P: ; (6) a menor distincia entre a linha P, P,¢ 0 ponto P, (7, 1,2); Resposia: (2) 9,644; (b) (1 ~ Sa, + 21 — da, + (BA~ 3) a5 (0) 8.2. 1, Um campo & uma fungao que especifica uma quantidade no espago, Por exemplo, AC.» 2)€ umn campo vetoral,enquanto que Vox, y 5) 6 um campo esealar. 2. Um vetor A dnivocamente especficad pola sua mugnitude e por um velor unitio a0 longo de sun orientago, isto &, A = Any 3. Armultiplicagao entre dois vetores Ae B resulta em um escalar A - B= AB cos @ 00 em wn Yelor ACB = AB sen 0,,a,. A multiplieasio entre ués vetores A, B e € resulta em un excalsr AWB C) ow em um vetor A (BX C). 4, A projegio escalar (ou componente) de um vetor A sobre BG Ay ~ A * uy enquanto que & pro- jegi0 velorial de A sobre BE Ay = Ay JUESTOES DE REVISAO LI Identifique qual das seguintes granderas mio & um vetor: (a) forga,(b) momentum, (c) aceleragio, (trabalho, (e) peso. 1.2 Qual das seguintes sites nto repre 1m campo excalar? (a) Deslocamento de um mosquito ao espago. (b) A luminosidade em uma sala de estar (©) Adistibuigio de temperatura em uma sala de vula (4) A pressio aimosfériea em uma dada regito, (©) Avumdade doar em wma edad, 13 Osssistemas de coordenadas retangulares, representados na Figura 1.13, slo dextroginos, com ex omit | | fi (es wel Figur 1.48 Referente & questio de revisio 1.3 Qual das expressies abaixo mio esta comreta? @AXA=|Al @) AXB4EBXA=0 () AB C= BCA @) arama. a =a~a, ‘onde a é um velor unitirio, 1.8. Qual das seauintes identidades ni ¢ vélida? () alb + ©) = ab + be ) axX(bte=axbtaxe (acb=b-a @) e@X b= —baxe (6) By say = £08 Ogg 1.6 Quais das seguintes afirmapées no tm significado? @) A-BH2A=0 (0) AB+S= 24 Aigebea Vetorial 37 (AA + B+ 250 (@ ACA+B-B=0 17 Sejam F = 2a, 6a, + 10a,¢ 6 = a, + G,a, + Sa_ Se FG tem 0 mesmo veror unitirio, G,& @ 6 ©o () -3 «@ -6 18 Dado que A =a, + aa, +2,¢B = aa, +a, +4, 56 Ae B slo perpendiculares entre si, a igual a (@ -2 wi tb) -12 2 0 19 A-componcnte de 6a, + 2a, ~3a, a longo de 3a, —4a, 6 (a) ~12a, ~ 9a, ~ 3a, (b) 30a, ~ $00, © 107 w2 © 10 1.10 Dado A =~ 6a, + 3a, 2a, a projegio de A ao longo de a, ¢ igual a @ -12 (b) -4 ©3 7 2 Respostas: 11d; 12a; 1 Abe; Lb: 15a; 16d: 17h: L-Ab, 18d; 1. 1e ronal 1.1. Determine 0 vetor uitirio a longo da nha que une o ponto (2, 4,4) 30 ponto (3. 2,2) 12 Scjamn A = 2a, + 5a, 3a, B = 3a,— 4a, ¢€ = a, +, +, (a) Devermine A + 2B. (b) Caleule JA SC}. (c) Para quais valores de é| kIb| = 27 ¢d) Detesmine 1A BYCA ~ B), 13 Se C= 3a, + 54, + 70, deternine @) A-2B+e OC 4a Bw 2A- ie @) A-C — [BP (6) {Bx (JA + io) © 1.4. Se 0s vetores posigdo dos pontos Te $ sfo 3a, ~ 2a, +a, da, + 6a, + 2a, respectivamente, deter mine: (a) as coordenadas de Te 5; (b) 0 votordistineia de Taté S; (c) a distincia entre Te 5. LS Se Sa, 43a, 4 2a, ~a, + da, + 6a, C= 8a, + 2a, determine 0s valonts dea ¢ 8, tas que aA + $B + C seja paralelo ao eine y 1.6 Dados os vetores A= an, ta, + da, B= 3a, + fa, ~ 6a, c=5 2a, + 7a, determine a, Be, tais que os vetores sejam mutuamente extogonais 17 (a) Demonstre que (A BYE (A BY = (48) (©) Demonsire 18 Dado que Q = da, + 3a, + 2a, C= =a, ta, +20 determine: (a) [PQ — Rls (6) PQ XR; (CQ PER: (PX Q)-(QX Ry (e)(P Q) % QR): (D cor Opg: (g) em Png 1.9 Dadosos vetores T = 2a, bre $:(b) vetor projesao de 8 8, + 2a, +a, determine; (a) a projegio esealar de’ so sobre T; (c) 0 menor Angulo entre T eS 140 Se A =—a, +60, + Sa, eB =a, 42a, +3a,, determine: (a) a projeydo escalarde A sobre B; (b) 0 ‘tor projec de B sobre A: (c) 0 vetor unitisio perpendicular ao plano contendo A ¢ B. LNT Caleule os angulos que 0 velor H = 3a, + Sa,— 8a, faz com os eixos , ye z 12 Deter © produto escalar triplo de F, Q.€ R dado que Algebra Velorial 39 113. Simplifique as seguintes expresses: () AX (A*B) (b) AXA x (AX BD) Demonsire que os sinais de ponto ede vezes podem ser intercambiaios no produto escalar tiple, isto 6, A (BX ©) = (A XB) 1.18 Ce ponte P,(1,7. 9), PLO 5,2. 0) # PLO. 7, 9) fermeam, ne expat tedingte, Ca do triingulo. 11.16 Os vértces de um tridnguto estdolocalizados em (4, 1, ~3),(~2,5,4)€(0, 1,6), Determine os és ingulos esse tridgulo, (Os pontos P, Qe R esto localizasos em (~ I, 4.8), (2,~1, 3) € C1, 2.3), respectivamente, De ‘ermine; (a) a distancia entre P ¢ Q; (b) 0 vetor distancia de P aR; () 0 Angulo entre OP © OR; (@) tea do triangulo POR; (e) 0 perimetro do triingulo POR. “118 Se r6 0 vetor posigo do ponto (x, ys) A é um vetor constane, demonstre que! (a) (© A) A = 06 a equacio de um plano constante tb) (FA) “f= 06 acquagio de uma esfera (6) Demonsite, também, qe 0 resultado da parte (8) € ds forms Ax + fy C-¢ D = 0, onde Dm =(A, +B, + C)equeoreullad da pate (b) da forma s+ 926 = 2 “1.19 (a) Prove que P = cos 0a, + sen 6a, €Q = cos 8a, + sen 8.2, so vetores unitérios no plano xy facemdo, respectivamente Sngubte 6, € 8; com o.eixo don x. (b) Usando o produto ponto, obtenta a férmuta para cos(@, ~¢,). De maneira similar obteahia a {érmula para cos(?, + 8, i (6) Se@éo Angulo entre Pe Q, detennine 5[F ~ Q|em fangao de 0 1.20 Considere um corpo tigi grando, com uma velocidad angular constamte de w adianos por se= -gundo, em tomo de um eixo fxo que passa pela oigem. como mostrado na Fgura 1.14, Seja ro ‘elo dstincia de O sé P (ponto no interior Jo corpo). A velocidude u do corpo etn é Jada por |u| = co = r]sen €|cajou w = eo X e. Seo corpo rigid gira a uma velocidade de 3 adianos por ‘segundo em torno de um eixo parulelo a a, - 2a, + 2a, passando pelo ponto 2, —3, 1), determine 1 Yelocidaale do corpo em (1, 3,4) Figur 1.14 Referente wo Problems 120, * Um aserico india problemas de dificokide mia, (a) @ magnitude de A no ponto T2,-1, 3); (b) 0 vetor distancia de T até S. caso 5 esteja a 5.6 unidades de distincia afastado de Te com a ‘mess orientago de A em 7; ' (© 0 vetor posigio de 5. 1.22. Be Fsdo campos vetoriis dados por E = 2a, +a, + yza,e F = 0ax— ya, + (a) [Bjem(1,2,3; (b) a componente de E a0 longo de F em (1. 2. 3) (©) um vetor perpendicular tanto a F quanto a F em (0, 1, ~ 3), cuja magnitude seja um, Determine: Capitulo 2 RS CEES SISTEMAS E TRANSFORMAGAO DE COORDENADAS ‘A educacae tomna facil liderar um povo, mas difel manobri-lo; cit govern-lo, mas impossive eseravizi-o, HENRY P BROUGHAM 24 INTRODUCAO, Em geral, as quantidades fs trabalhamos no EM sie fungdes do espago e do tempo. A fim de deserever as VariagSes expaciais dessas quantidades. devemos ser capazes de definir todos os pontos de 1 lunivoca no espago de forma adequada, Isto requer 0 uso de um sistema de coor denadas apropriado. ‘Um ponto, ou um voter, pode ser representado em qualquer sistema de coordenadas eurvitines, brtogonal ou aio-oriogonal ‘Um sistema ortogonal é aqucle em que as cbordenadas sio mutuamente perpendiculares. Sistemas ndo-orlogonais sto dificeis de tabalhar e slo de pouea ou nenhuma utitidade pric, Exemplos de sistemas de coordenadas ortogonais incluem 0 sistema cartesiano (ou tetangular, 0 Lindrico circular, oesférico, 0 cilindrico eliptico, o cilindico purabolico, 0 cOnicv, 0 esfetoidal oblor 20, 0 esferoidal achatado e o elipwoidal.' Pode-se economizar uma parcela consideravel de tempo de trabalho wo escolher um sistema de coordenadas que mais se adapta a um dado problema. Um pro ‘blema dificil em um sistema de courdenadas pode ser de fcil solugao em um outro sistema, Neste texto, nos restringiremos aos trés mais conheeidos sistemas de coordenailas: 0 cartesian, o cilindrico circular eo estérico. Embora tenhamos considerado 0 sist Capitulo | fo trataremos em dctalhe nesse capitulo. Deveros ier em mente que 0s conceitos abondados no Capi flo 1-¢ demonstendos pura sistema de coordenadas cartesiano, xio igualmente uplicdivels para ov tos sistemas de coordenadas. Por exemplo, © procedimento para determinar 0 produto ponio ou & produto cruzade entre dois vetores no sistema cilindrico é @ mesmo que 0 usado no sistema cartesia ‘A0 m0 Capitulo 1 ‘Alguia vezes, € necessério transformar pontos ¢ vetores de um sistema de coordensdas para ou tro sistema, As téenieas para operar essa mudunga de coordenadas sero upresentadas & iustrads com exemple 7 ara ido indutiio esses istemas de coondonads, ide M.Spiczel, Maihemutil Halo of Formulas an Tables, New York McC Hil, 2.2 COORDENADAS CARTESIANAS (X, Y, Z) ‘conforme iustrade ‘Como mencionado no Capftulo 1, um ponto P pode ser representado por (x, nna Figura 1.1 Os intervalos de variago das varidveis coordenadas.x, ye z so: Um vetor A em coordenadas cartesianas (também conhecida como retangulares) pode ser escrito €0- AgAgA) on Aa +A, + Aa, 22) de a,,2,¢ a, sho vetores u ios ao longo de x, y¥¢£, come mostrado na Figura 1. 2.3 COORDENADAS CILINDRICAS CIRCULARES (p, @, 7) Um sistema de coordenadas cilindrico citcular& conveniente quando tratamos problemas com sime: tia cilindrica Um ponto P, em coordenadas cilindricas, €representado por (p, 6, 2), como mostrado na Figura 2.1. Observe a Figura 2.1 atentamente e verifique como definimos cada unna das varkiveis espaciais {odo cilindro que passa por P ou € a distancia radial a parti do eixo z, 6, denominado angu- oazimutal, & medido a partir do eixo x no plano xy, € :€ 0 mesmo do sistema cartesiano, (Os intervalos das vativeis so: Ospse 0s6<2r 23) Um vetor A, em coordensdas cilindrieas, pode ser escrito come: pA A) — on ea) € 2, so vetores unitirios ao longo de p, @,€ z, como mostrado na Figura 2.1. Observe 1c a, no € dado em graus: ele assume a unidade do vetor unitario de A. Por exemplo, se uma forga de 10 N age sobre uma particula em movimento ei mo F = 10a, N. Neste caso, a,€ dada em newtons, ular, a forga pode ser representada co 2 Figura 2.1 Ponto Pe velo writirio no sistema de coor sdenadas cilinieas Sistemas e Transformagio de Coordendas M43 A magnitude de A é: Al ~ ap + ag + es Observe que os vetores unitiriosa,, a,e a, so mutuamente perpendiculares porque nosso siste- ‘ma de coordenadas € ortogonal a, pont no sentido de crescimento de p, no sentido de erescimen- to de # ¢a, no sentido positivo de = Assim, aya yey (2.63) ere er es om a, Xa, a, (260) axa a, 2a a (2.62) onde as equagdes (2.6¢) a (2.6¢) sBo obtidas por permutacio ciclica (veja Figura 1.9), As relagoes entre as variveis (x.y: z) do sistema de coordenadas eartesiano ¢ as do sistema de ‘coordenadas cilindrico (p, @,z) s4o facilmente obtidas, a partir da Figura 2.2, come a seguir: en _Enquanto a equagao (2.7) serve para transformar um ponto dado cm coordenadas eartesianas (sy, =) ppara coordenadas cilindrieas (p, 4,2), equagao (2.8) serve para fazer a transtormagao (p, 2) (x2) As relagies entre ( a,c) (a, a,e.a) sio obtidas geometricamente a partir da Figura 2% a, = cos da, ~ sen day a= senda, + omdag e% ow cosa, + senda, sen da, + cos da, (2.10) : Figura 2.2 Relagio entre (s,y. 2) (a, 6.2) pric y2=P9.9.2) vias (h) componentes de Vigura 2.3 Transformagdo do veto uitirio: (a) componentes dea, 1 sistema cna 4, nosistemacilindeico, A.Je (A, Aye A,) so obtidas simplesmente substituind a Finalmente, as relagdes entre (A, A, ‘equagao (2.9) na equagao (2.2) agrupando os timo’. Assim: A= Aeon + A, sen da, + (HA, send +A, cos day + Aat, (2.11) Ay = Apcos } + A,sen d Ay = ~Acsene + A, cos AA, [Na forma matricial, «transtormagaio do yetor A, de coordenadas eartesianas (A, © A,) em coor donadas eilindrieas (A,, Ae A,). 6 dada por: | JA] [cos sme olf, | Jas] =|-sen6 cose 0]) 4, a 0 0 ta A transformaglo inversa (A,, Ase A,) + (A,.A,e A) 6 obtida fazendo A] [coss send 0} fa, A, =| -send cose 0] | Ay 14) A: oo 1) LA umente das equagBes (2.4) € (2.10). Portanto: el =] ‘Um maneira altemnativa de determinar as equagdes (2.14) ov (2.15) & usando 0 produto ponto, [s]-[ ESS 2) a Por exemplo: A} [aca aay asa, ‘A dedugio da 2.16 & deinada como exerctco. Sistemas e Transformacdo de Coordenadas M45 2.4 COORDENADAS ESFERICAS (r, 0, @) O sistema de coordenadas esférico & mais apropriudo pura tratar problemas com simetria esférica, Um ponto P pode ser representado como (r, 6, @), conforme ilustrado na Figura 2.4, Dessa figura, ve- Fifica-se que r € definido como a distancia a partir da origem 2té 0 ponto P ov o raio da esfera centra- ‘da na origem e que passa por P@ (denominado ce-latitude) & 0 angulo entre 0 eixe 2 6 vetor posi- «20 de P'e-@ & medido a partir do cixo x (0 mesmo Angulo arimutal em coordenadas cilindrieas). De acordo com essas definigoes, os intervalos de varizg20 das varivels so: O y Ap Ag) € obtida através de: A transformagii inversa (A, Ay Ay) > Ay AA) 6 obtida de forma similar, ou obtida a parti da equagio (2.23). Dessa forms, | [ae] [sent cos. cos cos —seng]| A, Ay] =|sen@sené cosdsend cose, 228) A} [cose ~sena olla. De form alternativa, podemos obter as equagbes (2.27) ¢ (2.28) usando 0 produto ponto. Por exem- plo, A] fara aca, aca [Ay Ae] =| aera, ayea, aya, |] A 2.29 Ae, Myst, Boy ya |] AL Para melhor entendimento, pode ser clucidative obter as relagdes de transformugtie de win ponte ‘ede um vetor entre as coordenadas eilindrieas « esféricas uilizando as Figuras 2.5 ¢ 2.6 (onde @ se ‘mantém constante, uma vez que € comum a ambos 0s sistemas). Isso ser proposto como exercicio (veja Problema 2.9). Observe que, na transformagio de um ponto ou de um Veto, « ponte ou o vetor iio se alleram, apenas silo expressos de mancira diferente. Portanto, a magnitude de um vetor, por ‘exemplo, permanece a mesma depois de uma transformagaio ¢ isso serve como um modo de conferir ‘o resultado da transformagio. AA distancia entre dois pontos é usualmente necessiria na teoria do EM. A distineia d, entre dois Pontos com vetores posigao r,¢ Fé geralmente dda por d= \r~ nl 2.30) Pigura 2.6 ‘Transformagbes de wim yelorunitiri para coor: dena cilindricaseesférieas, +s — ya)? + Ge — 2) (cartesiano) ean in eostaba ~ 1) + (ey ~ 2)) elindrien) 2.32) +r] — 2r\ry 0088 €08 0, 2ryra sen 8 Sen @, cos(: ~ 64) Cesférico) expresse P e A em coordenadas citindricas EXEMPLO 2.1, Solugao: Ro pomio Px yr oe Yoig 1 8 = tomas 4 roVes+y? 2=V44364+9=7 ver VI gan a4 28 ae Desa fort PX 2,6,3) = P62, 10843", 3) = PCT, 64,62", 108,43") [No sistema de eoordenadas cartesiano, Aem P€ dado por: = 6a, + a, Para o vetor A.A, = yoy x 4 2.4, = 0. Por eonsepuinte, no sistema cilindticor Ae cosé send O]f x A,| =| sen cose Ol] + A o oto Ap = yoose + (e+ s)send Ag = ~yseng + e+ speone A.=0 No cntanto..« = pcos dey =p @ Favendo as substtuigies: A= Ap AeA) = pcos dseno + (pcos 6 + 2)sen ola, | +1 peed 4 (neces + )cas dla, p~ Va0, cos = 7 send =F 27) va0 Sistemas e Teansformagao de Coordenadas m_49 a= [vO Zo 6.4 (vai Bova) 8h + [- vai 3+ (vie F +3) 6, 8 — Sg, =~ o9an7a,— 6.08 | vio” Van" ed A,] [sendeose sendsend cos If y Ay] =|coxdcosg cosd send —send |] x+z Ssenb can oll o A, = ysen Oeos 6 + (x + aisen send Ay = y cos 0 605.6 + (x + e086 send Ag = —ysen 9 + Or + zoos 6 No emtanto, x = rsen 0 vos & A= AAG A) {sen 9 cos 4 sen @ + (son 9 cos } + cos 0) sen Den 6] a, | risen B.cox 0 xen cos ge | (sen @ cos ¢ + cos 0) cos Ose11 0] a + rl-send sen? d + (sen Bcord + cox 0) cos lay ‘sen O sen @€ 2 = r.cos, Fazendo as substituigdes, obtem-se: Em P: Portanto: -2 6 3 vio ase= . ewe~3, weno OO ray 88 a0 7 re 7[8 -2 6 + (0. 53). | 9 V0 Va0 7 Va 7) 7 | 40. +7 [M036 zl 77" yaa" Vao* 7 vio, 2 3 ate “Waa 7. Observe que ]A|é 0 mesmo nos tis sistemas, isto é Acs y.2)| = [Ala 6.29] = [AU 8, 6)] = 6.083 EXERCICIO PRATICO 2.1 (@) Converta os ponios PCI, 3, 5), 710, ~4,3)€ St~3, ~4, -10) do sistema cartesiano, ‘para o sistema de coordenadas cilindrico ¢ para o esféric. (b) Transforme o vetor Veta, Verte Vetere para coordenadas cilfndricas ¢ esféricas. (€) Determine © em T nos trés sistemas de coordenadas. Resposta: _(@) P{3,162, 71.56%, 5), P(5.916, 32,31", 71,56°), M14, 270°, 3), 715, $3,13°, 270°), SS, 233,1°, —10), SC11,18, 153,43, 233,1°) 08 ba, ~ send ay— ren ga). sen 6 (sen 8 cos & — roo 6 sea g)a, + send cos (cos + r sen sen d)ay~ sen sen @ a (©) 0,80, + 248,,0:804 + 24a, 1440, — 1929 + 0.8ay, EXEMPLO.2.2 | Expreseo vetor Da, + roomy + ay em coordenaidas cartesianas ¢ ciindrieas, Determine BC 0)e BE, #22, ~2) ido (2.28): | [ 10 B,] [sendcose cos@cos ~sené]] =|seneseno cosdsend cose || reosd cos 6 -senf 0) 10 2 y Sen cosh + rood Heo g ~ sen g 8, =P sendsend + read Bsend + cos iva Set csoiboat vey cons Sistemas e Transformagio de Coordenadas 51 Vee 7a! . were 4 VE B= Ba, + Ba, + Ba, 2a, +, Para transformagio de velor de coordenadas esfricas para coondenadasciindsieas (ja Problema 2.9), 10 send cos Or 0 0 tf reosa cor@ ~send Of 1 ou B,~ send + rood 8 nat 10. B.~ eos ~ rsen 90088 Noentanto, r= Vp" + 2* Portanto: send Por conseguinte: na (@ e+e Em (5, 4/2, —2),p = 5,6 = Wi ez n=(®+Datye (Bd) 29 29. 29 V20/ Boxy = [Bip. 6. 2] = IBC, 6, )| = 2,907 Esse procedimento pode ser usaclo para conferir, sempre que possivel, a corrego do resultado, EXERCICIO PRATICO 22 Expresse os seguintes vetores em coordenadas cartesianas: (a) A= prsenda, + 3pcosday + pcos osenga, (e) B= ra, + senda, Resposta: A= Taglar — toate" + wat al 0) B= es tnt? +9 + Ay, VEryre 4+ bOt ty? 42) + aye, +e? ty? + Fhe) 2.5 SUPERFICIES DE COORDENADA CONSTANTE ‘As superficies nos sistemas coordenados cartesiano, cilindrico ou esférico sav facilente obtidas 20 ‘manter uma das variveis coord te, enguanto as demais variam. No sistema cartesiano, se mantivermos x constante e deixarmos y e z variar, um plano infinito é ge- rad, Portanto, poderos ter planos infinitos x = constante y = constante ey == constante

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