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DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios AULA 06 Estatuto da Criang¢a e do Adolescente (parte 02) 1 = Consideragées Iniciais. 3 2 - Prevengdo. ve 3 2.4 - Disposigdes Gerais 3 2.2 - Prevengdo Especial. 6 2.3 - Politica de Atendimento 12 3 - Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsavel........ 46 4 - Conselho Tutelar wo ae ct . coe AT 4.1 - Disposigdes Gerais . cone 47 4.2 - Atribuigdes do Conselho...... 48 4.3 - COMPELENCIA ...oseoeeceeesesessenneennnnssennnnnnennunssonnnnnnnnsnassssnnnnennensee consists 4.4 - Escolha dos Conselheiros ... 5 - Questées... 5.1 — Lista de Questées sem Comentérios........ 5.2 - Gabarito.......... 5.3 - Lista de Questées com Comentarios . 6 - Legislagao Destacada . 7 - Resumo 8 - Consideragdes Finais DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios ESTATUTO DA CRIANGA E DO ADOLESCENTE ( PARTE 02) - Consideragées | niciais Na aula de hoje vamos abranger uma parte significativa do Estatuto da Crianca e do Adolescente (ECA). Abordaremos os arts. 70 a 129 do ECA. Serdo varios os assuntos, todos unidos com um ponto em comum: o conjunto de medidas preventivas com vistas a evitar a violagéo dos direitos de criancas e de adolescentes. Entre os assuntos a serem estudados, destaca-se o estudo das medidas de protecdo, medidas socioeducativas e 0 conselho tutelar. Esses sdo os principais temas de questdes em provas de concurso pblico. 2 - Prevengao 2.1 - Disposicées Gerais Em relacdo as disposigées gerais, 0 ECA trazia 4 artigos singelos. Contudo, com a Lei n° 13.010/2014, foi incluido o art. 70-A e 70-B, que é extenso. Esse dispositivo recentemente incluido trata da prevengao contra a violéncia, especial © castigo fisico e o tratamento cruel. Vamos iniciar com 0 art. 70, do ECA: Art. 70. dever de todos prevenir a ocorréncia de ameaca ou violagéo dos direitos da crianga do adolescente. Esse dispositivo destaca a ténica do ECA: a protegdo aos direitos das criancas e dos adolescentes. Isso ocorre porque o ECA dispensa tratamento diferenciado as criangas e adolescentes em face da condicao peculiar de pessoa em desenvolvimento, Confira o art. 70-A: Art. 70-A. A Unido, os Estados, 0 Distrito Federal e os Municipios deveréo atuar de forma articulada na elaboracéo de politicas publicas @ na execucdo de agdes destinadas a colbir © uso de castigo fisico ou de tratamento cruel ou degradante e difundir formas néo violentas de educacéo de criancas e de adolescentes, tendo como principais acées: | ~ a promocéo de campanhas educativas permanentes para a divulgagao do direito da crianga e do adolescente de serem educados e cuidados sem 0 uso de castigo fisico ou de tratamento cruel ou degradante e dos instrumentos de protecao aos direitos humanos; II - a integracéo com os 6ragos do Poder Judicidrio, do Ministério Piblico e da Defensoria Publica, com 0 Conselho Tutelar, com os Conselhos de Direitos da Crianca e do Adolescente @ com as entidades néo governamentais que atuam na promogao, protecao @ defesa dos direitos da crianca e do adolescente; III ~ @ formacdo continuada e a capacitacéo dos profissionais de sade, educagéo @ assisténcia social e dos demais agentes que atuam na promogéo, protecao e defesa dos direitos da crianga e do adolescente para o desenvolvimento das competéncias necessarias 4 prevencéo, a identificacgo de evidéncias, ao diagndstico @ ao entrentamento de todas as formas de violéncia contra a crianca e o adolescente; DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios JV - 9 apoio ¢ 0 incentive as praticas de resolucdo pacitica de conflitos que envolvam violéncia contra a crianca e 0 adolescente; V- a incluséo, nas politicas publicas, de acdes que visem a garantir os direitos da crianca e do adolescente, desde a atencao pré-natal, e de atividades junto aos pais e responsaveis com 0 objetivo de promover a informacao, a reflexéo, 0 debate e a orientacdo sobre alternativas 40 uso de castigo fisico ou de tratamento crue! ou degradante no processo educativo; v- ai de _planos de atuacao conjunta focados nas familias em situacéo de violéncia, com participacdo de profissionais de sade, de assisténcia social e de educacdo e de érgaos de promo¢éo, protecéo e defesa dos direitos da crianga e do adolescente. Efetivamente, esses incisos raramente serao objeto de uma questo objetiva Aqui, vocé deve compreender a ideia por traz desse artigo. Nesse contexto, fixa-se que todos devem evitar a ocorréncia de ameaca ou violacao dos direitos da crianga e do adolescente. Para tanto, os trés entes federativos (Unido, Estado e Municipios) devem adotar politicas publicas a fim de coibir 0 castigo fisico ou o tratamento cruel ou degradante e difundir formas nao violentas de educagao de criancas e de adolescentes. Entre as agdes a serem adotadas, o ECA estabelece um rol prioritario. Vejamos: ACOES PARA COIBIR A VIOLENCIA CONTRA CRIANCAS E ADOLESCENTES *promo¢o de campanhas educativas. sintegragéo_com os érgaos e entidades (Poder Judiciario, MP, Defensoria, Conselhos Tutelares, Conselhos e ONGs) +formagao continuada e a capacitagao dos profissionais. apoio € o incentivo as praticas de resolucdo pacifica de conflitos. +a incluso de aces que visem garantir os direitos da crianca e do adolescente, desde a atencdo pré-natal, e de atividades junto aos pais e responsaveis. +a articulagdo de agSes e a elaboragdo de planos de atuacdo conjunta focados nas familias em Esse conjunto de agdes devera ser observado pelo Estado, em todos os niveis federativos, e ser dispensado a todas as criancas. Ainda assim, em relacdo as criangas com deficiéncia, o atendimento devera ser prioritario em face das demais criangas e adolescentes, dada a dupla situacdo de vuinerabilidade. Faltou comentar, ainda, sobre o paragrafo Unico do art. 70-A, que trata de criangas e adolescente com deficiéncia. Paragrafo Unico. As familias com criangas e adolescentes com deficiéncia terdo DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios Pergunta-se: Mas se 0 principio da prioridade absoluta informa todo o ECA, qual a razao desse dispositive? A razdo é simples! Se criangas e adolescentes por si sés ja se encontram em situagao de vulnerabilidade, criangas e adolescentes com deficiéncia recebem dupla vulnerabilidade. Sao vulneraveis por serem criangas e adolescente e sao tambem vulneraveis por serem deficientes. Temos um destaque especial, de modo que criancas e adolescentes com deficiéncia terao ainda mais prioridade Para a prova... Crianga ou adolescente com deficiencia atendimento prioritario frente as demais criangas e adolescentes Oart. 70-B, ainda dentro do tema relativo aos castigos fisicos e tratamento cruel, estabelece que todos os érgaos voltados para a protegéo de criancas e adolescentes devem contar com um quadro de servidores aparelhados, com vistas a atender essas situacdes A informacéo mais importante desse dispositive é a possibilidade de responsabilizacao de quem, ciente da submissdo de crianca ou de adolescente a castigo fisico ou tratamento cruel, nada fizer ou até mesmo tratar a situa¢éo com desidia (retardamento injustificado). Isso se aplica, por exemplo, ao diretor de escolha ou creche que, ciente dos maus tratos contra uma crianga, nada faz ou trata da situagdo de forma morosa, sem dar a devida atencao. Leia: Art. 70-8. As entidades, publicas e privadas, que atuem nas éreas a que se refere 0 art. 71, dentre outras, devem contar, em seus quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer comunicar a0 Conselho Tutelar suspeitas ou casos de maus-tratos praticados contra criancas e adolescentes. Paragrafo nico. Sao iqualmente responsaveis pela comunicacdo de que trata este artigo. as_pessoas encarregadas, por razdo de cargo, funcéo, oficio, ministério, profisséo ou ocupacdo, do cuidado, assisténcia ou quarda de criancas e adolescentes, punivel, na forma deste Estatuto, o injustificado retardamento ou omisséo, culposos ou dolosos. Ainda em relacéo a prevengdo geral, o ECA destaca alguns direitos prioritarios das criangas e adolescentes. Sao eles: DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios direito a cultura direito ao lazer direito a informagao direito aos esportes direito a produtos e servigos que respeitem sua condi¢ao peculiar de pessoa em desenvolvimento direito de participar de espetaculos direito a diversao Esses direitos constam do art. 71, que passamos a ler: Art. 71. A crianga e 0 adolescente tém direito a informagao, cultura, lazer, esportes, diversées, espetdculos e produtos e servicos que respeitem sua condi¢éo peculiar de pessoa em desenvolvimento. Quanto aos arts. 72 e 73, destacam que as regras acima - relativas 4 prevengdo geral - caminham de forma conjunta com regras de prevencdo especial, destacando que ambas sao importantes e devem ser observadas sob pena de responsabilidade daquele que nao cumprir com o seu dever Art. 72. As obrigagées previstas nesta Lei néo excluem da prevengao especial outras decorrentes dos principios por ela adotados. Art. 73, A inobservancia das normas de prevencéo importaré em responsabilidade da pessoa fisica ou juridica, nos termos desta Lei, Encerramos, com isso, as disposigées gerais da aula de hoje relativas a prevengdo. Na sequéncia, passamos estudar a denominada “prevencao especial”, que envolve varios temas de relevo para a prova Sigamos! 2.2 - Prevencao Especial © estudo da prevengao especial envolvera primeiramente algumas regras relativas ao direito a informagdo, a cultura, ao lazer, ao esporte, a diversdo e aos. espetaculos. Na sequéncia, vamos tratar de regras referentes a divulgacdo e a utilizagdo de produtos e servicos e, por fim, vamos tratar da autorizacao para viajar, assunto que é recorrente em provas. Informacdo, Cultura, Lazer, Esportes, Divers6es e Espetaculos Vamos analisar primeiramente os dispositivos e, ao final, vamos destacar a sintese das informagées a serem memorizadas para a prova. % regulacao de diversées e espetaculos Art. 74. O poder piiblico, através do érgéo competente, regularé as diversées e espetéculos publicos, informando sobre a natureza deles, as faixas etérias a que nao se recomendem, locais e horarios em que sua apresentacdo se mostre inadequada Paragrafo tnico. Os responsaveis pelas diversdes e espetaculos publicos deverdo afixar, em lugar visivel e de facil acesso, @ entrada do local de exibi¢éo, informacéo DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios destacada sobre a natureza do espetaculo ¢ a faixa etéria especificada no certificado de classificagao. % acesso e permanéncia em locais publicos Art. 75. Toda crianga ou adolescente teré acesso as diversées @ espetaculos publicos clasificados como adequados a sua faixa etéria. Paragrafo unico. As criancas MENORES DE DEZ ANOS somente poderao ingressar e permanecer nos locals de apresentacéo ou exibicéo quando acompanhadas dos pais ou responsavel. % faixa etaria indicativa Art. 76. As emissoras de radio e televisdo somente exibirao, no horario recomendado pata_o piblico infanto juvenil, programas com finalidades educativas, artisticas, culturals e informativas. Parégrafo tinico. NENHUM espetdculo seré apresentado ou anunciado sem aviso_de_sua classificagdo, antes de sua transm|ssdo, apresentacao ou exibicao. ‘% cuidados quanto ao fornecimento de conteudos de midia » ina Art. 77. Os proprietarios, diretores, gerentes @ funciondrios de empresas que explorem a Venda ou alguel de ftas de programagio em video cuidaréo para que néo hala venda ou Paragrafo Unico. As fitas a que alude este artigo deverao exibir, no invélucro, informagao sobre a natureza da obra @ a faixa etaria a que se destinam. comercializagao na forma lacrada de produtos impréprios ou dequados a criancas e adolescentes Art. 78. As revistas e publicagées contendo material impréprio ou inadequado a criancas e adolescentes deveréo ser comercializadas em embalagem lacrada, com a adverténcia de seu conteudo. Paragrafo Unico. AS editoras cuideréo para que as capas que contenham mensagens ornograficas ou obscenas sejam protegidas com embalagem opaca. % vedagées as publicagées destinadas a criancas e adolescentes Art. 79. As revistas © publicagées destinadas a0 publico infanto-juvenil NAO poderéo conter jlustracdes, folgaratian legendas crénicas ov andncios de bebidas alcodlicas tabaco, armas e municées, deverdo respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da familia % vedagao a entrada de criangas e de adolescentes em locais de exploracao de jogos de azar Art. 80. Os responséveis por estabelecimentos que explorem comercialmente bilhar, sinuca ou congénere ou por casas de jogos. assim entendidas as que realizem apostas, ainda que eventualmente, culdaréo para que néo seja permitida a entrada e a permanéncla de criangas e adolescentes no local, afixando aviso para orientagao do publico. Para a prova... DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios > © Poder Piblico regulara as diversdes e espetaculos publicos (definindo natureza, faixas etarias, locais e horarios inadequados de apresentacao). Essas normas devem ser cumpridas e divulgadas pelas empresas que trabalhem com diversao e espetaculos, > Criangas menores de dez anos somente poderdo ingressar e permanecer nos locais de apresentacdo ou exibicéo quando acompanhadas dos pais ou responsavel > Radios e TVs somente exibirdo, no horario recomendado para o publico infanto-juvenil, programas com finalidades educativas, artisticas, culturais e informativas. Todos os espetaculos conterao o anuncio da faixa etaria indicativa > Empresas que explorem a venda ou aluguel de fitas de programacao em video cuidardo para que ndo haja venda ou locacdo em desacordo com a classificagao atribuida pelo érgéo competente > Revistas e publicagées contendo material impréprio ou inadequado a criangas e adolescentes deverdo ser comercializadas em embalagem lacrada, com a adverténcia de seu contetido > Revistas e publicagées destinadas ao publico infanto-juvenil nao poderao conter ilustracdes alusivas a bebidas alcodlicas, tabaco, armas e municées, e deverdo respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da familia > Casas de jogos cuidaréo para que nao seja permitida a entrada e a permanéncia de criangas e adolescentes no local, afixando aviso para orientacao do publico Produtos e Servicos Em relagdo aos produtos e servicos, o ECA reserva dois dispositivos. O primeiro deles estabelece a proibi¢éo de venda a crianca e ao adolescente de alguns produtos e 0 outro estabelece critérios para a hospedagem. Veja: Art. 81. E PROIBIDA a venda 4 crianga ou ao adolescente de: | - armas, munigées e explosivos; Il - bebidas alcodlicas: II - produtos cujos componentes possam causar dependéncia fisica ou psiquica ainda que por utilizag&o indevida; IV - fogos de estampido e de artificio, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar qualquer dano fisico em caso de utiliza¢ao indevida; V- revistas e publicacées a que alude o art. 78; VI - bilhetes lotéricos e equivalentes. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios PROIBIDA A VENDA A CRIANCA OU AO ADOLESCENTE ‘armas, munigdes e explosives. “bebidas alcodlicas. *produtos cujos componentes possam causar dependéncia fisica ou psiquica ainda que por utilizagao indevida. sfogos de estampido e de artificio, exceto aqueles que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano fisico em caso de Utilizagao indevida. *revistas e publicagdes inadequadas. *bilhetes lotéricos e equivalentes. Ainda neste tépico, 0 ECA traz uma regra importante e que, com frequéncia, é cobrada em provas. Trata da hospedagem em hotel, motéis ou pensées. Veja: Art, 82. E PROIBIDA @ hospedagem de crianca ou adolescente em hotel, motel, pensao ou estabelecimento congénere, SALVO se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsavel. E proibida a hospedagem nesses estabelecimentos de criangas ou adolescentes sozinhas, EXCETO se autorizadas pelos pais ou responsaveis. Lembre-se... proibida HOSPEDAGEM EM _ HOTEL) MOTEL/ PENSOES DE CRIANCAS E ADOLESCENTES quando autorizadas, pelos pais/responsaveis Autorizacéo para Viajar Outro assunto relevante é a autorizacdo para viajar. Aregra é que toda viagem de crianca seja realizada com acompanhamento dos pais ou responsaveis, Assim, se nao estiver acompanhada dos pais sera necessaria a autorizacdo judicial Excepcionalmente, a crianga poderd viagem sem autorizagdo judicial ou acompanhada dos pais ou responsaveis legais, nas seguintes hipoteses % quando 0 translado ocorrer entre comarca contigua a da residéncia da crianga, se na mesma unidade da Federacao, ou incluida na mesma regiao metropolitana. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios % a crianga estiver acompanhada de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco. % a crianca estiver acompanhada de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mae ou responsavel. Fora essas hipdteses, a viagem desacompanhada dos pais ou dos responsaveis legais depende de autorizagao judicial. Assim, o pedido devera ser formulado ao Juiz da Infancia e Juventude, 0 qual podera deferir autorizac¢do com validade por dois anos. Essas regras constam do art. 83, do ECA: Art. 83. NENHUMA grianca poderé viajar para fora da comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou responsavel, sem expressa autorizacdo judicial § 1° A autorizagdo NAO SERA EXIGIDA quando. a) tratar-se de comarca contiqua @ da residéncia da crianca, se na mesma unidade da Federacao, ou incluida na mesma regiéo metropolitana; b) a crianga estiver acompanhada: 1) de ascendente ou colateral maior, ATE O TERCEIRO GRAU, comprovado documentalmente o parentesco; 2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mae ou responsdvel. § 2° A autoridade judiciéria poderd, 2 pedido dos pais ou responsavel, conceder autorizagao valida POR DO! S ANOS. Vamos sintetizar as regras vistas até entao? DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios ‘excepcionalmente independe de acompanhamento pelos pais/responsaveis ‘ou autorizagao judicial quando (0 translado ocorrer entre estiver comarca acompanhada de por contigua ascendente ou autorizagao ou na colateral maior, ial mesma até 0 terceiro por regio grau, dois anos) | | | metropolita comprovado na (sempre | | | documentaimente dentro do © parentesco, mesmo Estado). podera ocorre estiver acompanhada de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mde ou responsavel. acompanhada dos pais o responsaveis Hus ieee (valida Essas regras se aplicam apenas as criangas que viajarem dentro do territério nacional. Para viagens ao exterior — aplicaveis tanto as criangas quanto aos adolescentes — devemos observar o art. 84, do ECA: Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorizacao 6 dispensdvel. se a crianca ou adolescente: | - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsavel; 11 - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de documento com firma reconhecida, Para viagens ao exterior, 0 procedimento é diverso. De acordo com 0 ECA, a autorizagdo judicial para viagens de criangas e de adolescentes sera dispensavel apenas em duas situac6es: * quando estiver acompanhado de ambos os pais ou responsavel legal; * quando viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro por meio de documento com firma reconhecida Naturalmente surge a duvida: e se um dos pais nao autorizar? Em tais situagdes sera necessario ingressar com procedimento junto a Vara da Infancia e Juventude a fim de suprir judicialmente a falta de manifestacao. O magistrado verificara se €, de fato, justificavel a escusa do outro pai. Assim... DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios VIAGEM NO EXTERIOR +acompanhado dos pais. +com autorizagao judicial. +acompanhado de um dos pais, com autorizagao expressa do outro e assinatura reconhecida em cartério. Veja, por fim, 0 art. 85, do ECA: Art. 65. Sem prévia e expressa autorizaco judicial, NENHUMA crianga ou adolescente nascido em territério nacional podera sair do Pais em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior. 2.3 - Politica de Atendimento No capitulo anterior, vimos um conjunto de regras protetivas especificas destinadas as criangas e adolescentes. Neste capitulo vamos estudar as regras que orientam a politica de atendimento. Iniciaimente, cumpre compreender o conceito que é dado pelo ECA. conjunto articulado de agdes governamentais e no governamentais, da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios POLITICA DE ATENDI MENTO Assim, por politica de atendimento devemos compreender as agdes adotadas pelo Poder Publico com a finalidade de assegurar os direitos das criancas e adolescentes. Disposic6es Gerais © conceito acima analisado consta do art. 86, do ECA: Art. 86. A politica de atendimenta dos direitos da crianga e do adolescente far-se-4 através de um conjunto articulado de agées governamentais e néo- governamentais, da Unido, dos estados, do Distrito Federal e dos municipios. Essa politica de atendimento é orientada por principios e diretrizes que estéo explicitados nos arts. 87 e 88. Para fins de prova ndo resta outra alternativa a nao ser ler e reler esses dispositivos com atencao ’ politica de atendimento: Art. 87. Séo linhas de acdo da politica de atendimento: - politicas sociais basicas; DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios JI - services. programas. projetos e beneficios de assisténcia social de garantia de protecao social e de prevencéo e redug&o de violagées de direitos, seus agravamentos ou reincidéncias; III - servigos especiais de prevencéo e atendimento médico e psicossocial 4s vitimas de negligéncia, maus-tratos, exploracéo, abuso, crueldade e opresséo; IV = servico de identificacéo e localizacéo de pais, responsdvel, criangas ¢ adolescentes desaparecidos; V- protecso juridico-social por entidades de defesa dos direitos da crianga e do adolescente, VI - politicas e programas destinados @ prevenir ov abreviar 0 periodo de afastamento do convivio familiar e a garantir 0 efetivo exercicio do direito 4 convivéncia familiar de criancas @ adolescentes; VII - campanhas de estimulo_a0_acolhimento sob forma de guarda de criancas @ adolescentes afastados do convivio familiar © 4 adocao, especificamente inter-racial, de criancas maiores ou de adolescentes, com necessidades especificas de sauide ou com deficiéncias e de grupos de irmaos. % politica de atendimento Art. 88. Séo diretrizes da politica de atendimento. | - municipalizacéo do atendimento; JI - griaedo de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da crianca e do adolescente, orgaos deliberativos e controladores das acées em todos os niveis, assegurada @ participacéo popular paritéria por meio de organizagdes representativas, segundo leis federal, estaduais e municipais; Il - criagdo e manutengao de programas especificas, observada a descentralizagéo politico- administrativa; IV - manutencéo de fundos nacional, estaduais e municipais vinculados aos respectivos conselhos dos direitos da crianga e do adolescente; vei egracdo operaciona r Nico. Defensori wranca lal preferencialmente em um mesmo local, para efeito de agilizagao do atendimento inicial a adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional; ve sro Tutelar e encarregados da execugao das politicas sociais basicas e de assisténcia social, para efeito de agilizaco do atendimento de criancas @ de adolescentes inseridos em programas de acolhimento familiar ou institucional, com vista na sua rapida reintegracdo & familia de origem ou, se tal soluc&o se mostrar comprovadamente inviavel, sua colocacao em familia substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei; VII - mobilizacéo_da_opiniéo publica para a indispensavel participacéo dos diversos segmentos da sociedade. VIII - especializacdo e formacéo continuada dos profissionais que trabalham nas diferentes 4reas da atencao 4 primeira infancia, incluindo os conhecimentos sobre direitos da crianga ¢ sobre desenvolvimento infantil; 1X - formacéo profissional com abrangéncia dos diversos direitos da crianca e do adolescente que favoreca a intersetorialidade no atendimento da crianca e do adolescente e seu desenvolvimento integral; X - realizacdo e divulgacéo de pesquisas sobre desenvolvimento infantil e sobre prevenc&o da violéncia. Para fins de prova DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios LINHAS DE AGAO DA POLITICA DE ATENDIMENTO *politicas sociais basicas. *servigos, programas, projetos e beneficios de assisténcia social de garantia de protegdo social e de prevengdo e redugdo de violagdes de direitos, seus agravamentos ou reincidéncias. «servigos especiais de prevencao e atendimento médico e psicossocial. sservigo de identificagéo e localizagdo de pais, responsavel, criangas e adolescentes desaparecidos, *protecao juridico-social por entidades de defesa dos direitos da crianga e do adolescente. *politicas e programas destinados a prevenir ou a abreviar 0 perlodo de afastamento do convivio familiar. *campanhas de estimulo ao acolhimento sob forma de guarda de criancas e adolescentes afastados do convivio familiar e a adocao. Observe que o item 2 do quadro acima foi alterado pela Lei n° 13.257/2016 DI RETRIZES DA POLITICA DE ATENDIMENTO +municipalizacdo do atendi *criagdo de conselhos mu estaduais e nacional dos direitos da crianga do adolescente, érgaos deliberativos e controladores. *criagdo e manutencdo de programas especificos. smanutenggo de fundos nacional, estaduais e municipais vinculados aos respectivos conselhos dos direitos da crianca e do adolescente. sintegragao operacional de érgaos do Judiciario, Ministério Publico, Defensor Seguranga Publica e Assisténcia Social. sintegragao operacional de 6rgaos do Judiciario, Ministério Publico, Defensoria, Conselho Tutelar e encarregados da execugao das politicas sociais basicas e de assisténcia social. +mobilizagao da opiniao publica para a indispensdvel participagao dos diversos segmentos da sociedade. sespecializagao e formacao continuada dos profissionais que trabalham nas diferentes areas da atengao a primeira ia, incluindo os conhecimentos sobre direitos da crianga e sobre desenvolvimento infant sformacao profissional com abrangéncia dos diversos adolescente que favoreca adolescente e seu desenvolvimento integral. srealizago e divulgagao de pesquisas sobre desenvolvimento infantil e sobre prevencdo da violén: Observe que os trés Ultimos itens do quadro acima foram inclusos pela Lei n° 13.257/2016 Vocé deve estar se perguntando: S4o importantes essas linhas de acao e diretrizes que vimos acima para © concurso? DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios De fato, esses assuntos possuem menor importancia, contudo, estao presentes no ECA e podem ser cobrados. Ainda assim, acreditamos que a leitura atenta é fundamental. Logo, de ambos os quadros acima, memorize: % principio da municipalizagéo como diretriz das politicas de atendimento no ECA. Significa dizer: as agdes do Poder Publico devem ser descentralizadas, com foco na atuacao municipal dada a proximidade desse ente da Federacdo em relacdo a comunidade. Nesse contexto, é mais facil ao Municipio compreender as necessidades da localidade para o desenvolvimento de politicas publicas, do que o Estado ou a Unido % as linhas de a¢ao sao orientacées gerais de atuacao do Poder Publico, ao passo que as diretrizes envolvem a integracéo e a mobilizacdo dos diversos setores do Estado e da sociedade em pro! dos direitos das criancas e dos adolescentes. Para encerrar 0 tépico, confira o art. 89, do ECA, que destaca a importancia da atuagéo do membro dos conselhos nacional, estadual e municipal dos direitos da crianga e do adolescente. De acordo com o dispositivo, o exercicio da fungao é considerado de “interesse puiblico relevante", mas nao sera remunerada. Cuide para nao confundir com a funcao de conselheiro tutelar, que sera analisada adiante, que ¢ remunerada Veja: Art. 89. A funcéo de membro do consetho nacional e dos conselhos estaduais municipais dos direitos da crianca e do adolescente é considerada de interesse publico televante e NAO seré remunerada. Entidades de Atendimento Em relagdo as entidades de atendimento, nés veremos alguns aspectos gerais e, em seguida, regras de fiscalizac4o. Essas entidades sao responsaveis por planejar e executar a politica de atendimento, com observancia das linhas gerais e diretrizes acima, com vistas a colocar em pratica as regras de prevencao que estudamos. Notem que comecamos a relacionar os temas estudados na aula de hoje. Disposigées Gerais Conforme o ECA, essas entidades atuarao no planejamento e na execucdo de programas de protecdo e de execucdo de medidas socioeducativas de criangas e adolescentes para DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA EM REGIME DE PROTEGAO MPRI MENTO DE Mi ‘apoio socioeducativo em meio orientagao e apoio sécio-familiar ‘aberto prestagao de servigos & colocagao familiar comunidade acolhimento institucional liberdade assistida semiliberdade internagao Veja: Art. 90. As entidades de atendimento séo responsdvels pela manutencéo das préprias unidades, assim como pelo planejamento @ execugo de programas de protecao @ sécio- educativos destinados a criangas e adolescentes, em regime de: 1 - orientacéo ¢ apoio sécio-familiar: II - apoio sécio-educativo em meio aberto: VI - liberdade assistida VII - semiliberdade; ¢ VIII - internacéo Confira, na sequéncia, 0 §1° § 12As entidades governamentais e néo governamentais deveréo proceder 4 especificando os regimes de atendimento, na forma definida neste artigo, no Conselho Municipal dos Direitos da Crianga e do Adolescente, o qual mantera registro das inscrigdes @ de suas alteragdes, do que faré comunicagao ao Conselho Tutelar e a autoridade judiciéria. As entidades que atuam nos regimes acima serao controladas pelo Conselho Municipal dos Direitos da Crianca e do Adolescente (CMDCA) em comunicacao ao Conselho Tutelar e ao Juiz da Infancia e Juventude. Tome cuidado! A inscrigéo se da perante 0 CMDCA e nao perante o Conselho Tutelar. Confira: § 2% Os recursos destinados 4 implementagéo ¢ manutencdo dos programas relacionados neste artigo serao previstos nas dotagdes orcamentarias dos érgéos piblicos encarregados das dreas de Educacao, Saude e Assisténcla Social, dentre outros, observando-se 0 principio da prioridade absoluta @ crianga e 20 adolescente preconizado DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios pelo caput do art. 227 da Constituicao Federal e pelo caput 6 paragrafo Unico do art. 4% desta Lei. As entidades que estiverem regulares receberao recursos do Poder Publico, observando-se 0 principio da prioridade absoluta a crianga e ao adolescente, na forma do §2° acima citado. Leia, na sequéncia, 0 §3°, art. 90, do ECA: § 3° Os programas em execucdo sero reavallados pelo Conselho Municipal dos Direitos da Crianga e do Adolescente, no maximo, A CADA 2 (DOIS) ANOS, constituindo-se critérios para renovacéo da autorizacéo de funcionamento: | - 9efetive respeito as rearas e principios desta Lei, bem como as resolugées relativas modalidade de atendimento prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Crianca e do Adolescente, em todos os niveis; 11 - a qualidade e eficiéneia do trabalho desenvolvido, atestadas pelo Conselho Tutelar, pelo Ministério Publico e pela Justica da Infancia e da Juventude; IIl_~ em se tratando de programas de acolhimento institucional ou familiar, serdo considerados os indices de sucesso na reintegracdo familiar ou de adaptacéo 4 familia Substituta, conforme o caso. Em relacéo as entidades, 0 CMDCA avaliaré o funcionamento a cada dois anos. Assim, a cada biénio, as entidades seréo avaliadas levando-se em consideracao % 0 respeito as regras e aos principios do ECA e demais atos normativos. % a qualidade e a eficiéncia do trabalho desenvolvido. % em se tratando de programas de acolhimento institucional ou familiar, 0s indices de sucesso na reintegragdo familiar ou de adaptacao a familia substituta. Esse controle pelo CMDCA destaca o principio da municipalizagao, do qual falamos acima. Denota-se 0 intento do legislador em aproximar o Estado da realidade presente em cada comunidade, para melhor atender aos interesses das criancas. e adolescentes, Nesse contexto, prevé o ECA que as entidades dependem de registro no CMDCA para regular o funcionamento. De posse da documentacao, o CMDCA podera negar em cinco situacdes. Vejamos: SERA NEGADO, PELO CMDCA, O REGISTRO DA ENTI DADE QUE +ndo ofereca instalagdes fisicas em condigdes adequadas de habitabilidade: higiene, salubridade e seguranga. +no presente plano de trabalho compativel. sesteja itregularmente constituida *tenha em seus quadros pessoas inidéneas, sno se adeque ou deixe de cumprir as resolugdes e deliberacdes. E 0 que consta do art. 91, do ECA: DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios Art. 91. As entidades néo-governamentais somente poderdo funcionar depois de registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Crianga e do Adolescente, 0 qual comunicaré 0 registro ao Conselho Tutelar e & autoridade judiciéria da respectiva localidade. § 12 Seré negado o registro & entidade que: @) ndo_ofereca instalacées fisicas em condicées adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e seguranca; ) no apresente plano de trabalho compativel com os principios desta Lei; ©) esteia irreqularmente constituida’ d) tenha em seus quadros pessoas inidéneas, ©) no se adequar ou deixar de cumprir as resolucdes e deliberacées relativas 4 modalidade de atendimento prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Crianga e do Adolescente, em todos os niveis. § 28 O registro tera validade maxima de 4 (QUATRO) ANOS, cabendo ao Conselho ‘Municipal dos Direitos da Crianea e do Adolescente, periodicamente, reavaliar o cabimento de sua renovacSo, observado 0 disposto no § 12 deste artigo. Uma vez concedido o registro, a entidade tera funcionamento regular e podera receber recursos ptiblicos. A validade do registro é de quatro anos. A cada periodo sera necessaria nova concessao de registro. Para a prova, lembre-se... AS ENT! DADES SERAO AVALIADAS a cada dois ‘anos tem validade Por quatro anos © REGISTRO Na sequéncia, vejamos os principios que orientam as entidades de acolhimento institucional ou familiar DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios PRINCIPIOS A SEREM SEGUIDOS PELAS ENTIDADES DE ACOLHI MENTO FAMILIAR OU INSTI TUCI ONAL *preservacao dos vinculos familiares e promogdo da reintegracao familiar. sintegracdo em familia substituta, quando esgotados os recursos de manutencao na familia natural ou extensa. +atendimento personalizado e em pequenos grupos. *desenvolvimento de atividades em regime de coeducagao. +no desmembramento de grupos de irméos. sevitar, sempre que possivel, a transferéncia para outras entidades de criancas e adolescentes abrigados. *participacao na vida da comunidade local. *preparagdo gradativa para o desligamento. *participagao de pessoas da comunidade no processo educativo. E 0 que consta do art. 92, do ECA: Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de acolhimento familiar ou institucional deverao adotar os seguintes principios: 1 - preservacdo dos vinculos familiares e promocdo da reintegracdo familiar; II ~ integracéo em familia substituta, quando esgotados os recursos de manutencdo na familia natural ou extensa; 11 - atendimento personalizado ¢ em pequenos grupos; 1V- desenvolvimento de atividades em regime de co-educacso; V - no desmembramento de arupos de irmos; VI - evitar, sempre que possivel, a transferéncia para outras entidades de criancas é adolescentes abrigados; Vil - participacso na vida da comunidade local: VIII - preparac&o gradativa para 0 desligamento IX - participacao de pessoas da comunidade no processo educative. Vejamos, ainda, algumas regras especificas referentes as entidades de acolhimento: % O dirigente de entidade de acolhimento institucional é equiparado ao guardiao. % A cada seis meses, os dirigentes das entidades de acolhimento institucional ou familiar devem remeter relator da situagdo de cada crianca ou adolescente acolhida % Os lagos das criancas acolhidas serao mantidos e estreitados com a familia de origem ou extensa, exceto se houver decisdo judicial em contrario. ECA estabelece a possibilidade de as entidades de acolhimento institucional, em carater excepcional e de urgéncia, acolherem criancas e adolescentes sem decisao judicial prévia. Vale dizer, a regra é a de que o acolhimento ocorra sob determinacao judicial. Contudo, em determinadas situacdes excepcionais e urgentes o acolhimento poder ser realizado e, no prazo de 24 horas, a autoridade judiciaria sera comunicada Quanto ao acolhimento em entidade, a Lei n° 13.257/2016 trouxe uma alteragéo ao incluir 0 § 7° no art. 92, do ECA, ao prever que, quando se tratar de crianga DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios de 0 a3 anos em acolhimento institucional, dar-se-a especial atencdo a atuagao de educadores de referéncia estaveis e qualitativamente significativos, as rotinas especificas e ao atendimento das necessidades basicas, incluindo as de afeto como prioritarias. No caso de acolhimento de crianca entre zero e trés anos, a lei exigiu atengao especial quanto a atuacéo dos educandos, as rotinas para cuidados diarios que devem ser especificas e ao atendimento das necessidades de afeto. Vela § 1° O dirigente de entidade que desenvolve programa de acolhimento institucional 6 equiparado a0 guardiéo, para todos os efeitos de direito. § 28 Os dirigentes de entidades que desenvolvem programas de acolhimento familiar ou institucional rem eteréo autoridade judicidria, NO MAXIMO A CADA 6 (SEIS) MESES, relatério circunstanciado acerca da situac&o de cada crianca ou adolescente acolhido e sua fam lla, para fins da reavaliag&o prevista no § 1° do art. 19 destaLei — — § 3° Os entes federados, por intermédio dos Poderes Executivo e Judiciério, promoverso Sem aualiicacdo das ee que_atuam cae ou de-criancas ¢-adolescentes incluindo membros do Poder wudllario, Ministerio Publico € Conselho Tutelar. § 42SALVO determinacéo em contrarlo da autoridade judicléria competente, as entidades que desenvolvem programas de acolhimento familiar ou institucional, se necessdrio com o auxilio do Conselho Tutelar e dos érgéos de assisténcia social, estimularao 0 contato da crianca ou adolescente com seus pais e parentes, em cumprimento ao disposto nos incisos | Vii! do caput deste artigo. § 5° As entidades que desenvolvem programas de acolhimento familiar ou institucional somente poderao receber recursos piblicos se comprovado o atendimento dos principios, exigéncias e finalidades desta Lei § 620 descumprimento das disposigdes desta Lei pelo dirigente de entidade que desenvolva programas de acolhimento familiar ou institucional é causa de sua destituicdo, sem prejulzo da apurac3o de sua responsabilidade administrative, civil sciminal, § 72 Quando se tratar de crianca de 0 (zero) a 3 (trés) anos em acolhimento institucional, dar-se-a especial atencdo 4 atuacdo de educadores de referéncia estaveis e qualitativamente significativos, as rotinas especificas e ao atendimento das necessidades m fe i" Veja, ainda, o art. 93, do ECA: Art. 93. As entidades que mantenham programa de acolhimento institucional poderéo, em cardter excepcional e de uraéncia, acolher criancas e adolescentes sem prévia determina¢ao da autoridade competente, fazendo comunicagao do fato em até 24 (VINTE E QUATRO) HORAS ao Juiz da Infancia e da Juventude, sob pena de responsabilidade Paragrafo Unico. Recebida a comunicagéo, @ autoridade judiciaria, ouvido o Ministério tomaré as medidas necessérlas para promover a imediata reintegracéo famillar da crianca ou do adolescente ou, se por qualquer razéo no for isso possivel ou recomendével, para seu encaminhamento a programa de acolhimento familiar, institucional ou a familia substituta, observado o disposto no § 22 do art. 101 desta Lei DiREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios Na sequéncia, o ECA estabelece uma série de obrigac6es destinadas as entidades de internacdo. Entre as medidas socioeducativas, a de internacdo € mais drastica, conforme estudaremos na proxima aula. Tais entidades devem respeitar uma série de obrigacées. Vejamos: Vovovv vy v v VV vvvyv vvv v v OBRI GACGES DAS ENTI DADES DE ACOLHI MENTO observar os direitos e garantias de que sao titulares os adolescentes. nao restringir nenhum direito que nao tenha sido objeto de restricao na decisdo de internacao oferecer atendimento personalizado. preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito e dignidade ao adolescente. diligenciar no sentido do restabelecimento e da preserva¢ao dos vinculos familiares. comunicar a autoridade judicidria, periodicamente, os casos em que se mostre inviavel ou impossivel o reatamento dos vinculos familiares. oferecer instalacGes fisicas em condigdes adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e seguranca e os objetos necessarios a higiene pessoal oferecer vestuario e alimentacao suficientes e adequados a faixa etaria dos adolescentes atendidos. oferecer cuidados médicos, psicolégicos, odontolégicos e farmacéuticos. propiciar escolarizacao e profissionalizagao. propiciar atividades culturais, esportivas e de lazer. propiciar assisténcia religiosa aqueles que desejarem, de acordo com suas crencas. proceder o estudo social e pessoal de cada caso reavaliar periodicamente cada caso, com intervalo maximo de seis meses, dando ciéncia dos resultados a autoridade competente informar, periodicamente, o adolescente internado sobre sua situacdo processual comunicar as autoridades competentes todos os casos de adolescentes portadores de moléstias infectocontagiosas fornecer comprovante de depésito dos pertences dos adolescentes. manter programas destinados ao apoio e acompanhamento de egressos. providenciar os documentos necessarios ao exercicio da cidadania aqueles que no os tiverem manter arquivo de anotacées em que constem data e circunstancias do atendimento, nome do adolescente, seus pais ou responsavel, parentes, enderecos, sexo, idade, acompanhamento da sua formagdo, relagéo de seus pertences e demais dados que possibilitem sua identificagdo e a individualizagéo do atendimento. E impossivel memorizar todas as obrigagées acima. Contudo, a leitura atenta é fundamental. Para aferir se vocés efetivamente prestaram atencao, responda DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios Qual é o prazo de reavaliacao individual dos adolescentes em regime de Muit internagao? ita atencdo! Do rol acima, o prazo de SEI S MESES para reavaliacdo individual e personalizada é fundamental para a prova. Veja, na sequéncia, o art. 94, do ECA: Con’ Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de internacéo tém as seguintes obrigacées, entre outras | - observar os direitos e garantias de que séo titulares os adolescentes; I~ no restringir nenhum direito que néo tenha sido objeto de restri¢&o na deciséo de internagao; II - oferecer atendimento personalizado, em pequenas unidades e grupos reduzidos; IV - preservar a identidade e oferecer a_biente de respeito ¢ dignidade ao adolescente; V- diligenciar no sentido do restabelecimento e da preservaco dos vinculos familiares; VI - comunicar 4 autoridade judiciéria, periodicamente, os casos em que se mostre inviével ou impossivel 0 reatamento dos vinculos familiares; VII - oferecer_instalé fisicas_em_condi lequadas de habitabilidade, higiene, salubridade & seguranga e os objetos necessérios a higiene pessoal; VIII - oferecer_vestudrio e alimentacéo suficientes @ adequados 4 faixa etaria dos adolescentes atendidos; Ix. : s 5, , X - propiciar escolarizacdo e profissionalizacéo, XI - propiciar ativic turai ti lazer; XII - propiciar assisténcia religiosa aqueles que desejarem, de acordo com suas crencas; XIII - proceder @ estudo social e pessoal de cada caso; XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com intervalo maximo de SEIS MESES, dando ciéncia dos resultados 4 autoridade competente; XV - informar, periodicamente, 0 adolescente Internado sobre sua situacéo processual; XVI - comunicar as autoridades competentes todos os casos de adolescentes portadores de moléstias intecto-contagiosas; XVII - fornecer comprovante de depésito dos pertences dos adolescentes: XVIII - manter programas destinados ao apoio e acompanhamento de egressos: XIX - providenciar os documentos necessérios ao exercicio da cidadania aqueles que ndo os tiverem; XX - manter arquivo de anotacées onde constem data e circunsténcias do atendimento, nome do adolescente, seus pais ou responsavel, parentes, enderecos, sexo, idade, acompanhamento da sua formacéo, relacdo de seus pertences e demais dados que possibilitem sua identificacao e a individualizagao do atendimento. fira, na sequéncia, os §§ do art. 94, cuja leitura ¢ o suficiente § 1° Aplicam-se, no que couber, as obrigagées constantes deste artigo as entidades que mantém programas de acolhimento institucional @ familiar. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios § 2° No cumprimento das obrigagées a que alude este artigo as entidades utilizaréo preferencialmente os recursos da comunidade. Para encerrar 0 tépico, lembre-se da redacdo do art. 94-A, segundo o qual as entidades devem reportar ao Conselho Tutelar as situagées de suspeita de abusos e€ maus-tratos. Art. 94-4. As entidades, publicas ou privadas, que abriguem ou recepcionem criancas e adolescentes, ainda que em caréter temporario, devem ter, em seus quadros, profissionais capacitados a reconhecer e reportar ao Conselho Tutelar suspeitas ou ocorréncias de maus- tratos. Fiscalizagao das Entidades Na sequéncia do nosso estudo veremos as regras estabelecidas no ECA referentes a fiscalizagao das entidades de protecao e de cumprimento de medidas socioeducativas. Essas entidades serdo fiscalizadas pelo Poder Judiciario, pelo Ministério Publico e pelos Conselhos Tutelares, conforme explicita o art. 95: Art. 95. As entidades governamentais ¢ nao-governamentais referidas no art. 90 serao fiscalizadas pelo Judiciario, pelo Ministério Publico @ pelos Conselhos Tutelares Art. 96. Os planos de aplicagdo e as prestacdes de contas serdo apresentados ao estado ou 20 municipio, conforme a origem das dotagdes orcamentarias. Art. 97. Séo medidas aplicdveis 4s entidades de atendimento que descumprirem obrigacéo constante do art. 94, sem prejuizo da responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou prepostos: | - as entidades governamentais: a) adverténcia: ») afastamento provisério de seus dirigentes: ¢) afastamento definitivo de seus dirigentes d) fechamento de unidade ou interdicéo de programa. Jl - 4s entidades néo-governamentais: a) adverténcia, 6) suspenséo total ou parcial do repasse de verbas publicas; ¢) interdic&o de unidades ou suspensdo de programa; d) cassacdo do registro. § 12 Em caso de reiteradas infragées cometidas por entidades de atendimento, que coloquem em risco os direitos assegurados nesta Lei, deveré ser o fato comunicado ao Ministério Publico ou representado perante autoridade judiciaria competente para as providéncias cabiveis, inclusive suspensdo das atividades ou dissolucao da entidade. § 28As pessoas juridicas de direito publico e as organizagées néo governamentais responderdo pelos danos que seus agentes causarem as criancas e aos adolescentes, caracterizado 0 descumprimento dos principios norteadores das atividades de protecéo especifica. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios Na hipétese de descumprimento das regras estabelecidas, as entidades se sujeitam as seguintes penalidades: As ENTIDADES GOVERNAMENTAIS AS ENTIDADES NAO GOVERNAMENTAIS . . [ee | 7. 7. afastamento provis6rio de seus suspensdo total ou parcial do dirigentes repasse de verbas publicas, 7. afastamento definitivo de seus interdi¢do de unidades ou dirigentes suspensdo de programa . = fechamento de unidade ou interdigéo do programa cassagao do registro Se houver reiteracao nas infragdes podera ser determinada, pela autoridade judiciaria, em processo regular, a suspensdo das atividades ou a dissolucdo da entidad Medidas de Protecdo Disposigées Gerais As medidas de protegdo serao aplicaveis todas as vezes que os direitos de criangas e adolescentes nao estiverem sendo respeitados, seja por a¢ao ou por ‘omissao dos genitores, dos responsaveis ou do Estado. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios APLICAM-SE AS MEDI DAS DE PROTECAO QUANDO OS DIREI TOS DAS CRIANGAS E ADOLESCENTES FOREM VI OLADOS por ado ou omissao da See oe ‘ou responsavel em razdo da prépria conduta da crianga ou adolescente por falta, omissao ou abuso dos pais E 0 que dispée o art. 98, do ECA: Art. 98. As medidas de protecdo 4 crianca e ao adolescente so aplicéveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameacados ou violados: 1 = por ado ou omissao da sociedade ou do Estado; II - por falta, omissao ou abuso dos pais ou responsével; III - em razéo de sua conduta Medidas Especificas de Protegéo As medidas de protecdo que veremos neste topico podem ser aplicadas de forma isolada (ou seja, apenas uma delas) ou de forma cumulada, a depender das violagdes perpetradas. Na aplicagéo das medidas levar-se-do em conta as necessidades pedagégicas, preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vinculos familiares e comunitarios. © ECA estabelece um rol de principios que orientam a aplicagdo de medidas de protecdo, no art. 100. Veja antes, porém, o art. 99, do ECA: Art. 99. As medidas previstas neste Capitulo poderéo ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituidas a qualquer tempo. Agora sim, vamos aos principios: Art. 100. Na aplicagdo das medidas levar-se-do em conta as necessidades pedagégicas, preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vinculos familiares e comunitarios. Paragrafo Unico. Sao tambem principios que regem a aplicac¢do das medidas: 1 = condi¢éo da crianga e do adolescente como sujeitos de direitos: criangas e adolescentes so os titulares dos direitos previstos nesta e em outras Leis, bem como na Constituicao Federal; II - protegéo integral e prioritéria: a interpretacéo e aplicacdo de toda e qualquer norma contida nesta Lei deve ser voltada 4 protecdo integral e prioritaria dos direitos de que criangas e adolescentes séo titulares; III - responsabilidade primaria e solidéria do poder publica: a plena efetivacéo dos direitos assegurados a criangas @ a adolescentes por esta Lei e pela Constitui¢&o Federal, salvo nos casos por esta expressamente ressalvados, 6 de responsabilidade priméria e solidéria das DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios 3 (trés) esferas de governo, sem prejuizo da municipalizagéo do atendimento @ da possibilidade da execucao de programas por entidades néo governamentais; IV - interesse superior da crianca e do adolescente: a intervencéo deve atender prioritariamente aos interesses e direitos da crianca e do adolescente, sem prejuizo da consideragao que for devida a outros interesses legitimos no ambito da pluralidade dos interesses presentes no caso concreto; V- privacidade: a promoc&o dos direitos e protecdo da crianca e do adolescente deve ser efetuada no respeito pela intimidade, direito 4 imagem e reserva da sua vida privada; VI - intervengao precoce: a intervenc&o das autoridades competentes deve ser efetuada logo que a situac&o de perigo seja conhecida; VII - intervengao minima: a intervengao deve ser exercida exclusivamente pelas autoridades ¢ instituicbes cuja acdo seja indispensavel a efetiva promocao dos direitos e a protecdo da crianga e do adolescente: VIII - proporeionalidade e atualidade: a intervencao deve ser a necesséria e adequada 4 situagao de perigo em que a crianga ou o adolescente se encontram no momento em que a decisdo 6 tomada; IX - responsabilidade parental: a intervengéo deve ser efetuada de modo que os pais assumam os seus deveres para com a crianca e 0 adolescente; X - prevaléncia da familia: na promogao de direitos e na protecéo da crianca e do adolescente deve ser dada prevaléncia as medidas que os mantenham ou reintegrem na sua familia natural ou extensa ou, se isso néo for possivel, que promovam a sua integracéo em familia adotiva; (Redac&o dada pela Lei n® 13.509, de 2017) XI - obrigatoriedade da informacao: a crianca e 0 adolescente, respeitado seu estagio de desenvolvimento © capacidade de compreensdo, seus pais ou responsavel devem ser informados dos seus direitos, dos motivos que determinaram a intervencao e da forma como esta se processa; XII - oitiva obrigatéria e participacdo: a crianca e 0 adolescente, em separado ou na companhia dos pais, de responsavel ou de pessoa por si indicada, bem como os seus pais ou responsdvel, tém direito a ser ouvidos @ a participar nos atos e na definic&o da medida de promogdo dos direitos e de protecéo, sendo sua opiniéo devidamente considerada pela autoridade judiciéria competente, observado o disposto nos §§ 1% e 2° do art. 28 desta Lei PREMISSAS PARA A APLI CACAO DAS MEDI DAS DE PROTECAO % criangas e adolescentes sao considerados sujeitos de direitos: criangas e adolescentes s&o 0s titulares dos direitos previstos no ECA e em outras Leis, bem como na Constitui¢ao Federal, % protecdo integral e prioritaria: a interpretagao e a aplicagao de toda e qualquer norma contida nesta Lei deve ser voltada protecdo integral e prioritaria dos direitos de que criancas e adolescentes sdo titulares; % responsabilidade primaria e solidaria do poder publico: a plena efetivacdo dos direitos assegurados a criangas e a adolescentes por esta Lei e pela Constitui¢ao Federal, salvo nos casos por esta expressamente ressalvados, & de responsabilidade priméria e solidaria das 3 DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios (trés) esferas de governo, sem prejuizo da municipalizagdo do atendimento e da possibilidade da execugao de programas por entidades nao governamentais; % interesse superior da crianca e do adolescente: a intervengéo deve atender prioritariamente aos interesses e direitos da crianca e do adolescente, sem prejuizo da consideracdo que for devida a outros interesses legitimos no ambito da pluralidade dos interesses presentes no caso concreto; privacidade: a promogao dos direitos e a protegao da crianga e do adolescente deve ser efetuada no respeito pela intimidade, direito a imagem e reserva da sua vida privada; % intervencdo precoce: a intervencdo das autoridades competentes deve ser efetuada logo que a situagao de perigo seja conhecida; intervencao minima: a intervenco deve ser exercida exclusivamente pelas autoridades e instituigdes cuja ago seja indispensavel a efetiva promogao dos direitos e a protegdo da crianga e do adolescente; % proporcionalidade e atualidade: a intervencdo deve ser a necessaria e adequada & situagdo de perigo em que a crianca ou o adolescente se encontram no momento em que a decisdo € tomad: % responsabilidade parental: a intervengao deve ser efetuada de modo que os pais assumam os seus deveres para com a crianga e o adolescente; % prevaléncia da familia: na promogdo de direitos e na protecao da crianca e do adolescente deve ser dada prevaléncia as medidas que os mantenham ou reintegrem na sua familia natural ou extensa ou, se isto ndo for possivel, que promovam a sua integragdo em familia substituta; % obrigatoriedade da informagao: a crianga e 0 adolescente, respeitado seu estagio de desenvolvimento e capacidade de compreensao, seus pais ou responsavel devem ser informados dos seus direitos, dos motivos que determinaram a intervengdo e da forma como esta se processa; % oitiva obrigatéria e participacdo: a crianga e o adolescente, em separado ou na companhia dos pais, de responsavel ou de pessoa por si indicada, bem como os seus pais ou responsavel, tém direito a ser ouvidos e a participar nos atos e na definicéo da medida de promocdo dos direitos e de protecdo, sendo sua opinido devidamente considerada pela autoridade judiciaria competente. Dada a importancia, vejamos um esquema sintético das premissas a serem observadas na aplicacéo das medidas de protecao: DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios PREMISSAS DAS MEDI DAS DE PROTECAO sctiangas e adolescentes s4o considerados sujeitos de direitos *proteedo integral e prioritaria sresponsabilidade primaria e solidaria do poder piblico sinteresse superior da crianga e do adolescente *privacidade sintervengao precoce sintervengao minima *proporcionalidade e atualidade sresponsabilidade parental *prevaléncia da familia *obrigatoriedade da informagao soitiva obrigatoria e participacao Vimos qual a finalidade das medidas e quais as premissas a serem observadas. Mas... Quais s4o as medidas de protegao previstas no ECA? Confira 0 art. 101, do ECA: Art. 101. Verificada qualquer das hipéteses previstas no art. 98, a autoridade competente poder determinar, dentre outras, as seguintes medidas’ | - encaminhamento aos pais ou responsével, mediante termo de responsabilidade; II - orientacdo, apoio e acompanhamento temporérios; JI - matricula e frequéncia obrigatérias em estabelecimento oficial de ensino fundamental: JV - incluséo em servicos e programas oficiais ou comunitarios de protecéo, apoio e promocdo da familia, da crianga e do adolescente, V - requisi¢géo de tratamento médico, psicolégico ou psiquiétrico. em regime hospitalar ou ambulatorial; VI - incluso em programa oficial ov comunitério de auxilio, orientacdo e tratamento a alcodlatras e toxicémanos; VII - acolhimento institucional; VIII - incluso em programa de acolhimento familiar; 1X - colocacéo em familia substituta Sugere-se memorizar as hipdteses acima arroladas. Logo... DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios MEDIDAS DE PROTECAO encaminhamento aos pais ou responsavel, mediante termo de responsabilidade. vorientagao, apoio e acompanhamento temporérios. +matricula e frequéncia obrigatérias em estabelecimento oficial de ensino fundamental +incluséo em servicos e programas oficiais ou comunitarios de prote¢ao, apoio e promogao da familia, da crianga e do adolescente. srequisigao de tratamento médico, psicolégico ou psiquiatrico, em regime hospitalar ou ambulatorial. incluso em programa oficial ou comunitario de auxilio, orientagao e tratamento a alcodlatras e toxicomanos. jcolhimento institucional. incluso em programa de acolhimento familiar. +colocagao em familia substituta. Observe que o item quatro no quadro acima foi alterado pela Lei n° 13.257/2016 Aqui néo tem outra alternativa. E fundamental para a correta preparacdo para a prova vindoura lembrar das espécies de medidas de protecdo previstas acima Das medidas acima devemos ter em mente que o acolhimento institucional e © acolhimento familiar sao medidas provisérias e excepcionais, utilizaveis. como forma de transigdo para reintegracdo familiar OU, nao sendo esta possivel, para colocagdo em familia substituta. © afastamento da crianca ou do adolescente do convivio familiar podera ocorrer apenas mediante decisao judicial, a pedido do Ministério Publico Uma vez determinado 0 acolhimento, sera obrigatoriamente expedida a guia de acolhimento, da qual constara uma série de informagées relativas a identificagéo da crianga ou adolescente e da sua familia Na sequéncia sera elaborado o plano individual de atendimento (PIA) da crianga ou adolescente, que teré como objetivo primordial a fixacdo de acdes com vistas a reintegracao familiar, salvo absoluta impossibilidade declarada por deciséo judicial. Na elaboracao do PIA, levam-se em conta as circunstancias que levaram ao acolhimento, a opiniao da crianga ou adolescente, bem como a manifesta¢do dos pais ou responsaveis. Verificada a possibilidade de reintegracao familiar, 0 responsavel pela entidade de protegao devera comunicar a autoridade judicial que, apés conceder vistas ao Ministerio Publico pelo prazo de cinco dias, decidir, em igual prazo. Por outro lado, constada a impossibilidade de reintegracéo, a entidade encaminhara relatério ao Ministério Publico, para o ajuizamento da acao de destituicdo do poder familiar. Com o recebimento desse relatorio, 0 orgao ministerial tera prazo de 15 dias para promover a a¢do, exceto se compreender, por estudos complementares, que a reintegragdo sera possivel. § 120 acolhimento institucional ¢ o acolhimento familiar s40 medidas provisérias @ excepcionais, utilizaveis como forma de transi¢éo para reintegracao familiar ou, DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios sendo esta possivel, para colocacaéo em familia substituta, nao implicando privacéo de liberdade. § 22 Sem prejuizo da tomada de medidas emergenciais para protegéo de vitimas de violéncia ou abuso sexual e das providéncias a que alude o art. 130 desta Lei, 0 afastamento i m familiar M 7 iudiciéria ¢ importaré na deflagracéo, a pedido do Ministério Publico ou de quem tenha responsavel legal 0 exercicio do contraditorio e de ampla defesa. § 3%Criancas e adolescentes somente poderdo ser encaminhados as instituigdes que executam programas de acolhimento institucional, governamentais ou nao, por meio de uma Guia de Acolhimento, expedida pela autoridade judiciéria, na qual obrigatoriamente constaré, dentre outros: 1 - sua identificacdo e a qualificacso completa de seus pais ou de seu responsdvel, se conhecidos; II - 0 endereco de residéncia dos pais ou do responsavel, com pontos de referéncia; III - 05 nomes de parentes ou de terceiros interessados em té-los sob sua guarda; IV - os motives da retirada ou da ndo reintegracge ao convivio familiar. § 42Imediatamente apés 0 acolhimento da crianca ou do adolescente, a entidade responsavel pelo programa de acolhimento institucional ou familiar elaborara um plano individual de atendimento, visando a reintegracdo familiar, ressalvada a existéncia de ordem escrita e fundamentada em contrario de autoridade judiciéria competente, caso em que também deveré contemplar sua colocacdo em familia substituta, observadas as regras e principios desta Lei. § 580 plano individual seré elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do respective programa de atendimento e levaré em considera¢éo a opinido da criance ou do adolescente e a oitiva dos pais ou do responsavel. § 6° Constardo do plano individual, dentre outros. 1 - 08 resultados da avaliacao interdisciplinar; II - 0s compromissos assumidos pelos pais ou responsével; & 111 - @ previsio das atividades a serem desenvolvidas com a crianga ou com 0 adolescente acolhide e seus pais ou responsavel, com vista na reintegracéo familiar ou, caso seja esta vedada por expressa e fundamentada determinacao judicial, as providéncias a serem tomadas para sua colocagéo em familia substituta, sob direta superviséo da autoridade judiciaria. § 72 0 acolhimento familiar ou institucional ocorreré no local mais préximo & residéncia dos pais ou do responsavel e, como parte do processo de reintegracdo familiar, sempre que identificada a necessidade, a familia de origem sera incluida em programas oficiais de orientacdo, de apoio © de promogdo social, sendo facilitado @ estimulado 0 contato com a crianga ou com o adolescente acolhido. § & Verificada 2 possibilidade de reintegracéo familiar o responsavel pelo programa de acolhimento familiar ou institucional faré Imediata comunicagdo a autoridade Judiciaria, que dara vista a0 Ministério Publico, pelo PRAZO DE 5 (CINCO) DIAS, decidindo em igual prazo. § 9° Em sendo constatada a impossibilidade de reintegracéo da crianga ou do adolescente 4 familia de origem, apés seu encaminhamento a programas oficiais ou comunitarios de orientacao, apoio e promocdo social, seré enviado relatério fundamentado ao Ministério Publico, no qual conste a descri¢ao pormenorizada das providéncias tomadas e a expressa recomendacao, subscrita pelos técnicos da DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios entidade ou responsaveis pela execucao da politica municipal de garantia do direito a convivéncia familiar, para a destituicéo do poder familiar, ou destituicdo de tutela ou quarda § 10. Recebido 0 relatério, 0 Ministério Publico teré 0 prazo de 15 (quinze) dias para o ingresso com a agao de destituicéo do poder familiar, SALVO se entender necesséria a realizacéo de estudos complementares ou de outras providéncias indispensavels a0 ajuizamento da demanda. (Redacéo dada pela Lei n° 13.509, de 2017) § 11. A autoridade judiciéria manteré, em cada comarca ou foro regional, um cadastro contendo_informacées atualizadas sobre as criancas @ adolescentes em regime de acolhimento familiar e institucional sob sua responsabilidade, com informagdes pormenorizadas sobre a situacéo Juridica de cada um, bem como as providéncias tomadas para sua reintegracao familiar ou colocagéo em familia substituta, em qualquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei. § 12. Terdo acesso ao cadastro o Ministério Piblico, o Conselho Tutelar, o Srao gestor da Assisténcia Social e os Conselhos Municipais dos Direitos da Crianca e do Adolescente e da Assisténcia Social, 20s quais incumbe deliberar sobre a implementagao de politicas pablicas que permitam reduzir 0 nimero de criangas e adolescentes afastados do convivio familiar abreviar o periodo de permanéncia em programa de acolhimento. Cabe mencionar, por fim, 0 art. 102, do ECA, que determina que as medidas de prote¢éo devem ser acompanhadas da regularizagéo do registro civil. As alteraces no registro serdo efetuadas da seguinte forma: + Verificada a inexisténcia de registro anterior, o assento de nascimento da crianga ou adolescente sera feito a vista dos elementos disponiveis, mediante requisi¢ao da autoridade judiciari + Os registros e certiddes necessarios 4 regulariza¢ao s4o isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta prioridade. ‘+ Caso ainda nao definida a paternidade, sera deflagrado procedimento especifico destinado a sua averiguacdo. + No caso de necessidade de averiguacao da paternidade ¢ dispensavel o ajuizamento de ago de investigacao de paternidade pelo Ministério Publico se, apés 0 ndo comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir a paternidade a ele atribuida, a crianga for encaminhada para adogao. + Os registros e certidSes necessarios a incluso, a qualquer tempo, do nome do pai no assento de nascimento sao isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta prioridade. ‘+ S&o gratuitas, a qualquer tempo, a averbacao requerida do reconhecimento de paternidade no assento de nascimento e a certidao correspondente. Observe que os dois ultimos itens acima foram incluidos pela Lei n® 13.257/2016. Veja: Art. 102. As medidas de protecéo de que trata este Capitulo sero acompanhadas da regularizacao do registro civil. § 1° Verificada a inexisténcia de registro anterior, 0 assento de nascimento da crianca ou adolescente ser feito a vista dos elementos disponiveis, mediante requisicéo da autoridade judiciéria. § 2° Os registros @ certidées necessarios a regularizacéo de que trata este artigo séo isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta prioridade. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios § 38Caso ainda néo definida a paternidade, serd deflagrado procedimento especifico destinado 4 sua averiguacéo, conforme previsto pela Lei n? 8.560, de 29 de dezembro de 1992. § 42 Nas hipéteses previstas no § 32 deste ar é dispensavel o ajuizamento de acdo de recusa do suposto pai em assumir a paternidade a ele atribuida, a crianca for encaminhada para adocéo. § 5° Os registros @ certidées necessarios a incluso, a qualquer tempo, do nome do pai no assento de nascimento sao isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta prioridade. § 62 S80 gratultas, a qualquer tempo, a averbacao requerida do reconhecimento de paternidade no assento de nascimento e a certiddo correspondente. Pratica de Ato Infracional Disposigées Gerais Em razao da idade, as criangas e adolescentes sao considerados inimputaveis. Assim, se praticarem atos ilicitos nao se sujeitam a disciplina do Cédigo Penal e do Direito Processual Penal, mas as regras referentes a pratica de atos infracionais disciplinadas pelo ECA, independentemente da natureza do ato praticado. Em razao do tratamento diferenciado, ha um 6rgdo judicial especifico para apuracao dos atos ilicitos praticados por adolescentes: Vara da Infancia e Juventude. Fora esse aspecto peculiar, que confere tratamento diferenciado, é importante distinguir também a pratica de atos ilicitos por criancas ou por adolescentes. Dada a natureza peculiar que se confere ao tratamento de criangas, embora pratiquem atos infracionais, a estas nao serao aplicadas medidas socioeducativas, mas téo somente medidas de protecao Mesmo aos adolescentes, embora sejam responsabilizados pelos atos infracionais praticados, sera observado um processo diferenciado, denominado de acdo sociceducativa, de titularidade do Ministério PUblico. Nesse procedimento havera a apuracao da autoria e materialidade dos fatos praticados e, caso sejam confirmados, havera aplicagéo de uma das medidas socioeducativas que sero estudadas adiante. Frise-se que, embora aos adolescentes seja passivel a aplicacao de medidas socioeducativas, nada impede que a eles sejam aplicadas medidas de prote¢ao. Tais medidas podem ser aplicadas isoladamente ou em conjunto (por exemplo, duas medidas de prote¢do). Inclusive, € possivel ser aplicada medida socioeducativa cumulada com medida de protecdo. A definicdo das medidas aplicaveis dependerd da analise do processo em concreto Desse modo, podemos tracar a seguinte distingao: DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios CRIANGAS : ADOLESCENTES D : -, Sao apli s medidas S80 aplicadas apenas medidas} | socioeducativas e medidas protec: de protegao. Desse modo, podemos conceituar ato infracional: Conduta prevista como crime ou Ato infracional contraven¢ao penal quando praticada por crianga ou adolescente. Vejamos na sequéncia alguns direitos e garantias assegurados na apuracao da pratica de ato infracional Oart. 103, do ECA, define que s40 considerados como atos infracionais a pratica, por menores de 18 anos, de condutas descritas como crime ou como contravencao penal. Confira Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravengéo penal. © art. 104, por sua vez, reitera o dispositive constitucional que afirma que os menores de 18 anos sdo inimputaveis Art. 104. Sao penalmente inimputaveis os menores de dezoito anos, sujeitos as medidas previstas nesta Lei Paragrafo nico. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente a data do fato. E, como analisado acima, a pratica de ato infracional por crime sugere a aplicagéo de medida de protecdo na forma do art. 105, do ECA: Art. 105. Ao ato infracional praticado por crianga corresponderao as medidas previstas no art. 101 Direitos Individuais Entre os arts. 106 e 111, do ECA, nés temos um rol de direitos e garantais. assegurados aos adolescentes, em razdo da pratica de atos infracionais A matéria vem disposta do ECA da seguinte forma: DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios arts. 106 a 109 arts. 110 e 114 Vamos tratar desses dispositivos de forma objetiva. Quanto aos direitos. % Aprivagao de liberdade é excepcional. Logo, somente podera ocorrer em caso de decisao escrita e fundamentada da autoridade judiciaria. % Ao ser apreendido, 0 adolescente devera ser identificado e informado quanto aos seus direitos. % Se o adolescente ndo for liberado pela autoridade, deve-se comunicar imediatamente a autoridade judiciaria e a familia (ou pessoa indicada pelo adolescent) % A internacdo proviséria, que somente podera ser decretada por decisdo judicial fundamentada, sera pelo prazo improrrogavel de 45 dias. DECRETO DE INTERNAGAO PROVISORIA a vista de indicios por até 45 dias decisao judi fundamentada de autoria © ee idade improrrogaveis Essas direitos acima constam dos dispositivos abaixo citados’ Art. 106. NENHUM adolescente sera privado de sua liberdade sendo em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciéria competente. Paragrafo Unico. O adolescente tem direito a identificagéo dos responséveis pela sua apreenséo, devendo ser informado acerca de seus direitos. Art. 107. A apreensdo de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido seréo incontinenti comunicados 4 autoridade judiciéria competente e 4 femilia do apreendido ou 4 pessoa por ele indicada Paragrafo unico. Examinar-se-4, desde logo e sob pena de responsabilidade, a possibilidade de liberacdo imediata. Art. 108. A Internacio, antes da sentenca, pode ser determinada pelo PRAZO MAXIMO DE QUARENTA E CINCO DIAS. Paragrafo Unico. A deciséo devera ser fundamentada e basear-se em indicios suficientes de autoria e materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa da medida Art. 109. © adolescente civilmente identiticado_néo seré_submetido a_identificacéo compulséria pelos srgaos policiais, de protecéo e judiciais, salvo para efeito de confrontacao, havendo duvida fundada. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios Garantias Processuais Em relagéo as garantias processuais é importante que vocé memorize que a privacdo de liberdade observara o devido processo legal, especialmente: © pleno e formal conhecimento da atribuigdo de ato infracional, mediante citagao; a igualdade na relacao processual, podendo confrontar-se com vitimas e testemunhas e produzir todas as provas necessarias a sua defesa; a defesa técnica por advogado; a assisténcia judiciaria gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei; 0 direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente; © direito de solicitar a presenca de seus pais ou responsavel em qualquer fase do procedimento. Confira: Art. 110. NENHUM adolescente sera privado de sua liberdade sem o devido processo legal. Art. 111. Séo asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias: | - pleno e formal conhecimento da atribuicéo de ato infracional, mediante citac¢éo ou meio equivalente; II - iqualdade na relacdo processual, podendo confrontar-se com vitimas e testemunhas € produzir todas as provas necessarias 4 sua defesa; II - defesa técnica por advogado; /V - assisténcia judiciaria gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei; V - dirsito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente; VI - direito de solicitar a presenca de seus pais ou responsavel em qualquer fase do procedimento. Medidas Socioeducativas Uma vez praticado um ato infracional por um adolescente, surge a possibilidade de aplicacaéo de medida sociceducativa, nos termos que analisaremos aqui. Disposig6es Gerais Confira, inicialmente, 0 art. 112, do ECA: Art. 112. Veriticada a prética de ato infracional, 2 autoridade competente poderé aplicar a0 adolescente as seguintes medidas: | - adverténcia, 1 - obrigacéo de reparar 0 dan Il - prestagéo de servicos a comunidade: IV- liberdade assistida V- insergao em regime de semi-liberdade VI - internacdo em estabelecimento educacional; DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios | VII - qualquer uma das previstas no art. 101, | a VI [medidas de protecdo] $40 medidas juridicas aplicadas aos adolescentes que praticarem atos infracionais por meio de uma acao socioeducativa promovidas pelo Ministerio Publico a ser processada perante a Vara da Infancia e Juventude. Essas medidas podem ser classificadas em dois grupos: as restritivas de liberdade e as medidas de meio aberto. Ambas possuem objetivo pedagégico ressocializacéo do adolescente para inibir a violéncia. Evidentemente que, paralelamente, ha a pretensdo de responsabilizacao, porém, sempre tendo em vista a premissa de que os adolescentes s4o pessoas em desenvolvimento. Assim: ressocializagao OBJETIVO DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS responsabilizagao Assim sao classificadas as medidas: MEDIDAS DEMEIO ABERTO | MEDIDAS RESTRITI VAS DE LIBERDADE Adverténcia Semiliberdade Obrigagao de reparar o dano Internagao Prestagao de servigos a comunidade Liberdade assistida A respeito das medidas socioeducativas restritivas de liberdade é importante destacarmos que elas observam trés principios: Excepcionalidade Respeito a condi¢do de pessoa em desenvolvimento. Pelo principio da brevidade, devemos compreender que as medidas restritivas de liberdade devem ser aplicadas pelo tempo estritamente necessario para a ressocializacdo do adolescente. 2 8 & oS z & DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios © principio da excepcionalidade informa que as medidas socioeducativas restritivas somente devem ser aplicadas se, uma vez caracterizada dentro das hipéteses legais, as medidas de meio aberto demonstrem-se ineficazes Por fim, a aplicagao das medidas socioeducativas restritivas devem observar o principio segundo o qual os adolescentes sao considerados pessoas em desenvolvimento, de modo que devem ser tratados de acordo com sua condi¢ao durante a restricao de liberdade, e nao como detentos. Confira, na sequéncia, os §§ do art. 112, do ECA’ § 1° A medida aplicada ao adolescente levara em conta a sua capacidade de cumpri- la, as circunstancias e a gravidade da infracao. § 2° EM HIPOTESE ALGUMA e sob pretexto algum, seré admitida a prestagéo de trabalho forcado. § 3° Os adolescentes portadores de doenca ou deficiéncia mental receberéo tratamento individual e especializado, em local adequado as suas condicbes. De acordo com 0 ECA, a definicéo da medida a ser aplicada ao adolescente devera levar em consideracdo trés fatores: FATORES A SEREM CONS! DERADOS PELO JUIZ DA VARA DA INFANCIA E JUVENTUDE NA APLICAGAO DE MEDI DAS SOCIOEDUCATI VAS *capacidade de cumpri-la *cirounstancias *gravidade da infragao Confira, adiante, os arts. 113 e 114, do ECA: Art. 113. Aplica-se @ este Capitulo o disposto nos arts. 99 e 100. Art. 114. A imposicéo das medidas previstas nos Incisos I! a Vi do art. 112 pressupée a existéncia de provas suficientes da autoria e da materialidade da infracao, RESSALVADA A HI POTESE DE REMISSAO, nos termos do art. 127. Paragrafo Unico. A adverténcla poderé ser aplicada sempre que houver prova da materialidade e indicios suficientes da autoria. No que diz respeito ao art. 114, do ECA, destaque-se que nao é necessario haver prova da autoria no ato infracional de adverténcia. Comprada a ocorréncia do fato (vale dizer, comprovada a materialidade) e diante de indicios da pratica do ato infracional, o Juiz da Infancia e Juventude podera aplicar a medida socioeducativa de adverténcia. Na sequéncia, vamos tratar de cada uma das medidas socioeducativas previstas. Adverténcia Quanto a adverténcia, confira o art. 115, do ECA: Art. 115. A adverténcia consistira em admoestacao verbal, que sera reduzida a termo @ assinada. Para a prova... DIRE ITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios ADVERTENCIA % Ea medida socioeducativa mais branda e podera ser aplicada com base em prova da materialidade e de indicios de autoria. Portanto, NAO E NECESSARIA A PROVA DA AUTORIA PARA APLICAGAO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE ADVERTENCIA. E importante compreender a desnecessidade de a autoria restar plenamente comprovada para aplicagao da medida % A adverténcia consiste téo somente em uma admoestagdo verbal que parte do juiz. Obrigagao de Reparar o Dano Em relagdo a obi Art. 116. Em poderé deteri rigagao de reparar o dano, temos 0 art. 116, do ECA: se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade ‘minar, se for 0 caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o Tessarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o prejuizo da vitima. Paragrafo uni ico. Havendo manifesta impossibilidade. a medida podera ser substituida por outra adequada Para a prova... OBRIGACAO DE REPARAR O DANO ‘ Sera adotada a obrigaao de reparar danos, quando da conduta do adolescente decorrer reflexos patrimoniais. Registre-se, entretanto, que atos infracionais mais graves, como o roubo, embora gerem danos, a reparagéo desse nao sera suficiente, em taz8o da gravidade da conduta. De toda forma, a aplicacéo depender& sempre da analise do caso concreto, haja vista os objetivos pedagogicos das medidas socioeducativas. Prestagdo de Servigos 4 Comunidade Em relag&o a medida socioeducativa de prestagdo de servigos a comunidade, temos 0 art. 117, do ECA: Art. 117. A prestacéo de servigos comunitarios consiste na realizado de tarefas gratuitas de interesse geral, por periodo NAO EXCEDENTE A SEIS MESES, junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos congéneres, bem como em programas comunitérios ou governamentais. Paragrafo unit ico. As tarefas serao atribuidas conforme as aptidées do adolescente, devendo ser cumpridas durante jornada maxima de oito horas semanais, aos sébados, domingos 6 feriados ou em dias teis, de modo a no prejudicar a frequéncia 4 escola ou a jornada normal de trabalho. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios % Constitui na execugdo de tarefas gratuitas de interesse geral, pelo prazo maximo de 6 meses, para uma carga horaria maxima de 8 horas por semana PRESTACAO DE SERVICOS A % A medida podera ser cumprida em dias Uteis, sabados e, COMUNIDADE inclusive, em domingos e feriados. % N&o poderé afetar a frequéncias as aulas e a jornada de trabalho, se houver. Liberdade Assistida Os arts. 118 e 119, do ECA, disciplinam a medida socioeducativa de liberdade assistida: Art. 118. A liberdade assistida seré adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar ¢ orientar 0 adolescente. § 1° A autoridade designaré pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual poderé ser recomendada por entidade ou programa de atendimento § 2° A liberdade assistida seré fixada pelo prazo minimo de SEIS MESES, podendo a qualquer tempo ser prorroqada_revogada ou substituida por outra medida, ouvido 0 orientador, 0 Ministério Publico e 0 defensor. Art. 119. Incumbe ao orientador, com 0 apoio e a superviséo da autoridade competente, a realizac&o dos seguintes encaraos, entre outros: 1 - promover socialmente o adolescente ¢ sua familia, fornecendo-Ihes orientacéo @ inserindo-os, se necessario, em programa oficial ou comunitario de auxilio & assisténcia social; II ~ supervisionar a freqdéncia e 0 aproveitamento escolar do adolescente, promovendo, inclusive, sua matricula; 111 - diligenciar no sentido da profissionalizacko do adolescente ¢ de sua insercso no mercado de trabalho; 1V - apresentar relatério do caso. Para a prova... % A liberdade assistida constitui a ultima alternativa antes da aplicacdo das medidas restritivas de liberdade. ‘> Consiste no acompanhamento, na orientacgdo e no apoio ao adolescente por meio de um educador. % Do mesmo modo tera duragdo minima de 6 meses e caracteriza-se LIBERDADE | pelo acompanhamento mais préximo do socioeducando. ASSISTIDA 5 % Havera a nomeagdo de um orientador a quem incumbe: + promover socialmente o adolescente e sua familia (programa oficial ou comunitario de auxilio e assisténcia social); + _supervisionar a frequéncia e 0 aproveitamento escolar; DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios = diligenciar no sentido da profissionalizagao do adolescente e de insergao no mercado de trabalho; & + apresentar relatorio do caso. Regime de Semiliberdade A medida socioeducativa de semiliberdade ¢ expressamente disciplinada no art. 120, do ECA: Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser determinado desde 0 inicio, ov como forma de transicéo 0 meio aberto, possibilitada a realizacto de atividades externas, INDEPENDENTEMENTE de autorizacdo judicial § 1° S40 obrigatérias a escolariza¢ao e a profissionalizagao, devendo. sempre que possivel, ser utilizados os recursos existentes na comunidade § 2° A medida NAO comporta prazo determinado aplicando-se, no que couber, as disposigées relativas a internacao. A semiliberdade consiste em um acompanhamento mais severo, uma vez que 0 adolescente permanecera custodiado em entidades institucionais préprias. Durante o dia, 0 adolescente executara atividades normais na comunidade, como estudar e trabalhar. A noite deve se recolher a unidade de internagao. De todo modo, esse regramento nao é fixo, pois ha a possibilidade de serem avaliadas, junto a equipe técnica da instituigao de semiliberdade, alternativas diversas, como custédia durante o dia ou, inclusive, passar a noite junto a familia. Esse regramento e, inclusive a fixacdo de atividades externas, é obrigatério e independe de autorizagado judicial, devendo ser ajustado entre o adolescente e a direcdo da instituicéo, de acordo com o plano de atendimento individualizado, fixado com o adolescente no inicio do cumprimento da medida socioeducativa + so obrigatérias amivipapes conden de autorieago judicial De acordo com a doutrina, a execucéo de medidas socioeducativas de semiliberdade observa o principio da incompletude institucional, de modo que a execu¢do das atividades correlatas depende de recursos da comunidade, tais como cursos de profissionalizagao, de escolarizagdo, de atividades profissionais etc Quanto ao prazo maximo, a medida socioeducativa de semiliberdade devera ser aplicada por prazo a ser determinado pelo juiz da infancia e juventude. De todo modo, ela nao podera ultrapassar o prazo de 3 anos, devendo ser reavaliada a cada 6 meses pelo juiz da infancia e juventude. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios SEMILIBERDADE Senalaste Internagao A medida mais severa de todas é expressamente disciplinada no ECA entre os seus arts. 121 e 125: Art. 121. A internacéo constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos principios de i M I § 1° Seré permitida a realizagao de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, SALVO expressa determinagao judicial em contrario, § 2° A medida néo comporta prazo determinado, devendo sua manutencéo ser Teavaliada mediante decisdo fundamentada, no maximo A CADA SEIS MESES. § 3° EM NENHUMA HIPOTESE 0 periodo maximo de internagéo excederé a TRES ANOS. § 4° Atingido 0 limite estabelecido no paragrafo anterior, o adolescente deveré ser liberado, colocado em regime de semi-liberdade ou de liberdade assistida. § 5° A liberacdo seré compulséria aos vinte e um anos de idade § 6° Em qualquer hipétese a desinternagéo seré precedida de autorizacéo judicial, ‘ouvido o Ministérlo Publico. § 72 A determinagéo judicial mencionada no § 1% podera ser revista a qualquer tempo pela autoridade judiciaria, A medida socioeducativa de internacao é a medida mais extrema e consiste na restrigdéo total da liberdade, de modo que o adolescente permanecera institucionalizado integralmente. E possivel, ainda assim, a realizacdo de atividades externas, contudo, estas séo acompanhadas por educadores. Ademais, € possivel ao magistrado, a depender da situagdo, veda-las. Assim... ATIVIDADES EXTERNAS exceto se houver determinacdo judicial em A internagéo pode ser com prazo determinado ou com prazo indeterminado, mas nao podera, em qualquer caso, ultrapassar 0 prazo de trés anos. A diferenca, portanto, sera especificada na sentenga, que prevera um prazo especifico para cumprimento da medida ou nao referira o termo, hipétese em que DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios © adolescente sera obrigatoriamente liberado ao término de trés anos de internamento. Além disso, 0 jovem, se internado por fato cometido quando adolescente, devera ser obrigatoriamente liberado aos 21 anos. Tal como a semiliberdade, a medida socioeducativa de internaco sera reavaliada a cada seis meses. Pergunta-se: E em que situaces deve ser aplicada a medida extrema? Na hipotese do art. 122, do ECA! Dada a excepcionalidade da medida, a internacaéo somente podera aplicar aplicada numa das trés hipoteses previstas no art. 122 do ECA, qual seja: Art. 122. A medida de internagao s6 podera ser aplicada quando: | - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaga ou violéncia a pessoa, Il - por reiteragéo no cometimento de outras infragées graves; iil ~ por descumprimento reiterado e injustificavel da medida anteriormente imposta § 12 O prazo de internacéo na hipétese do inciso III deste artigo NAO poderé ser superior a 3 (TRES) MESES, devendo ser decretada judicialmente apds 0 devido processo Jegal, § 2°. EM NENHUMA HIPOTESE seré aplicada a internacéo, havendo outra medida adequada, Primeiramente é importante compreender que o legislador definiu quando sera aplicada uma medida em especifico apenas em relacao a internacao. Ele fez isso porque a medida socioeducativa de internacao constitui uma medida séria e grave. Em relacéo as demais medidas, o juiz da infancia e juventude tera liberdade para aplica-la de acordo com as circunstancias do caso concreto e com base na avaliagdo efetuada pela equipe técnica da Vara de Infancia. Além disso, a medida a ser aplicada no inc. II1 ganha um adjetivo: a sanedo. Quando, por reiterado descumprimento da medida socioeducativa de meio aberto ou de semiliberdade, € possivel que 0 juiz determine a internagdo-sancao pelo prazo maximo de 3 meses, conforme disciplina o art. 122, §1, do ECA A medida de internagao-sangao é peculiar e sera aplicada pelo juiz da execugao em caso de reiterado descumprimento da medida socioeducativa que esta sendo acompanhada. Desse modo: DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios ato infracional praticado com grave ameaga ou violéncia & pessoa pelo maximo de 3 anos reiterago no cometimento de INTERNAGAO infragdes graves descumprimento reiterado e injustificavel de medida anteriormente aplicada pelo maximo de 3 meses (internagao- ‘sangao) Acerca da gravidade do ato infracional analogo ao de trafico de entorpecentes, embora seja considerado crime hediondo, vejamos o entendimento sumulado do ST: Sumula 492 O ato infracional anélogo ao trafico de drogas, por si sé, ndo conduz obrigatoriamente 4 imposi¢ao de medida socioeducativa de interna¢do do adolescente Para o STJ, reiteracao nao é reincidéncia, e consiste na pratica de, pelo menos, trés atos infracionais. Infracao grave, para a doutrina, é aquela em que a infracao preveja pena de reclusao. Para o STJ, no entanto, depende do caso concreto, sendo que trés furtos nao sao suficientes para caracterizar a necessidade de internacao. Por outro lado, caso o adolescente tenha cinco ou dez apuracées de ato infracional por furto, seria possivel aplicar uma medida sociceducativa de internacao. Na realidade, tais situacées justificam a aplicagao de medida socioeducativa extrema em razées das condigées biopsicossociais do adolescente, que sero avaliadas caso a caso. Confira, ainda, o art. 123, do ECA: Art. 123. A internagéo deveré ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes, em local distinto daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separacéo por critérios de idade, compleicao fisica e gravidade da infracéo. Paragrafo unico. Durante o periodo de internac&o, inclusive proviséria, sero obrigatérias atividades pedagégicas. © art. 124, por sua vez, estabelece os direitos dos adolescentes privados de liberdade: Art. 124. Sao direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os seguintes: DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios | - entrevistar-se pessoalmente com o representante do Ministerio Publico; II - peticionar diretamente a qualquer autoridade; III - avistar-se reservadamente com seu defensor; IV - ser informado de sua situacdo processual, sempre que solicitada; V-- ser tratado com respeito e dianidade: VI - permanecer internado na mesma localidade ov naquela mais préxima a0 domicilio de Seus pais ou responsavel; Vil - receber visitas, ao menos, semanalmente; VIII - corresponder-se com seus familiares @ amigos; IX-- ter acesso aos objetos necessérios 4 higiene e asseio pessoal: X - habitar alojamento em condicées adequadas de higiene ¢ salubridade; XI - receber escolarizacdo e profissionalizacso XII - realizar atividades culturais, esportivas e de lazer: XIII - ter acesso aos meios de comunicacéo social: XIV - receber assisténcia religiosa, segundo a sua crenga, e desde que assim o deseje; XV - manter a posse de seus objetos pessoais & dispor de local seguro para guardé-los, recebendo comprovante daqueles porventura depositados em poder da entidade; XVI - receber, quando de sua desinternacao, os documentos pessoais indispensaveis 4 vida em sociedade. § 1° Em nenhum caso havera incomunicabilidade. § 2° A autoridade judiciéria poderé suspender temporariamente a visita, inclusive de pais ‘ou responsavel, se existirem motives sérios @ fundados de sua prejudicialidade aos interesses do adolescente. Art. 125. E dever do Estado zelar pela integridade fisica mental dos internos, cabendo-Ihe adotar as medidas adequadas de contengao e seguranca. © ECA arrola um extenso dispositive no qual trata dos direitos que devem ser assegurados aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de semiliberdade ou de interna¢ao. Vejamos: © entrevistar-se pessoalmente com o representante do Ministério Publico; % peticionar diretamente a qualquer autoridade; % avistar-se reservadamente com seu defensor; & ser informado de sua situagao processual, sempre que soll jidade; % permanecer internado na mesma localidade ou naquela mais préxima ao domicilio de seus pais ou responsdvel; %receber visitas, ao menos, semanalmente; % corresponder-se com seus familiares e amigos; & ter acesso aos objetos necessarios a higiene e asseio pessoal; ® habitar alojamento em condigées adequadas de higiene e salubridade; % receber escolarizacao e profissionalizacao; %& ser tratado com respeito e di DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios % realizar atividades culturais, esportivas e de lazer: % ter acesso aos meios de comunicagao social; % receber assisténcia religiosa, segundo a sua crenca, e desde que assim o deseje; % manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para guarda-los, recebendo comprovante daqueles porventura depositados em poder da entidade; '% receber, quando da sociedade. Por fim, quanto ao direito de visitas, entende-se que é possivel a suspensdo temporaria desse direito, quando houver motivos sérios e fundados de que tais visitas so prejudiciais ao adolescente. Para a suspensdo do direito de visitas necesséria a decisdo judicial. eragao, 0s documentos pessoais indispensaveis a vida em Assim... suspensio temporaria BI SUSPENSAO DO depende de decisao judicial pcorrera quando houver in suficientes de que ta prejudiciais ao adolescente custodiado Remissao A remissao constitui uma forma de perdao ou redugdo do rigor das penalidades do ECA e sera concedida por iniciativa do Ministério Publico. Esse instituto podera ser aplicado antes de iniciar 0 procedimento ou no curso do processo. No inicio do proceso, a remissdo sera concedida com exclusdo do processo, a depender das circunstancias e do fato no contexto social. Nesse caso, a remisséo sera homologada por sentenca pelo Juiz da Infancia e Juventude. No curso do processo, a remissdo sera concedida como forma de suspensdo ou de exclusdo do processo e depende de sentenca Confira os dispositivos: Art. 126. ANTES de iniciado 0 procedimento judicial para apuracao de ato infracional, 2 representante do Ministério Publico poderé conceder a remisséo, como forma de excluséo do processo, atendendo as circunstancias e consequéncias do fato, ao contexto social, bem ‘como 4 personalidade do adolescente e sua maior ou menor participagao no ato infracional DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios Paragrafo Unico. INICIADO 0 procedimento, a concesséo da remissé. autoridade judiciéria importaré na suspensao ou extincéo do processo. Art. 127. A remisséo néo implica necessariamente 0 reconhecimento ou comprovacéo da responsabilidade, nem prevalece para efeito de antecedentes. podendo_incluir 7 i exceto a colocacho em regime de semi-liberdade 6 a internacdo Art. 128. A medida aplicada por forca da remisso poderé ser revista judicialmente, a qualquer tempo, mediante pedido expresso do adolescente ov de seu representante legal, ou do Ministério Publico. pela Finalizamos, com isso, 0 estudo dos atos infracionais e das medidas socioeducativas. Na parte final do ECA, vamos retomar, ainda, alguns temas relativos ao processo judicial de aplicagéo de medidas. 3 - Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsavel © ECA traz, de forma deslocada, algumas medidas que podem ser aplicadas aos pais ou responsaveis no caso de violagdo dos direitos das criangas e dos adolescentes. Confira a leitura: Art. 129. Séo medidas aplicdveis aos pais ou responsavel: 1 - encaminhamento a servicos e programas oficiais ou comunitarios de protecéo, apoio promogéo da familia; II ~ incluso em programa oficial ou comunitario de auxilio, orientagdo e tratamento a alcodlatras e toxicémanos; II - encaminhamento a tratamento psicolégico ou psiquidtrico; IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientacéo; V- obrigago de matricular o filho ou pupilo @ acompanhar sua frequéncia e aproveitamento escolar; VI - obrigacéo de encaminhar a crianca ou adolescente a tratamento especializado: VII - adverténcia; VIII - perda da guarda; IX - destituig&o da tutela; X - suspensao ou destitui¢ao do poder familiar. Paragrafo Unico. Na aplicacéo das medidas previstas nos incisos IX @ X deste artigo, observar-se-4 0 disposto nos arts. 23 € 24. Confira, por fim, 0 art. 130, do ECA: Art. 130. Verificada a hipétese de maus-tratos, opresséo ou abuso sexual impostos pelos pais ou responsavel, a autoridade judiciéria podera determinar, como medida cautelar, 0 afastamento do agressor da moradia comum. Paragrafo nico. Da medida cautelar constara, ainda, a fixacao proviséria dos alimentos de que necessitem a crianga ou 0 adolescente dependentes do agressor. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios 4 - Conselho Tutelar 4.1 - Disposic6es Gerais © Conselho € um érgdo permanente e auténomo, nao jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da crianga e do adolescente. Art, 131. © Conselho Tutelar é 6rgao permanente e aut6nomo, NAO JURISDICIONAL, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da crianca e do adolescente, definidos nesta Lei Os Conselhos sdo instituidos no 4mbito municipal. © ECA determina a institugdo de pelo menos um Conselho Tutelar por municipio, composto de cinco membros, escolhidos pela populaco local para mandato de quatro anos, permitida uma reconducao, mediante novo processo de escolha REQUISITOS Reconhecida idade superior a vinte idoneidade moral ‘eum anos. no municipio A fungao de conselheiro constitui servigo publico relevante e estabelecera presuncao de idoneidade moral. Art. 132, Em cada Municipio e em cada Regido Administrativa do Distrito Federal haveré, no minima 1 (um) Conselho Tutelar como érgao integrante da administracao publica local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela populagao local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) recondu¢éo, mediante novo processo de escolha. Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serao exigidos os seguintes requisitos: 1 = reconhecida idoneidade moral; 11 - idade superior a vinte e um anos. HII - esidir no municipio. © art. 134, do ECA, atribui ao Municipio determinar 0 local, dia e horario de funcionamento dos Conselhos Tutelares, bem como a remuneracao dos membros. Confira o dispositivo, e veja o rol de direitos assegurados aos conselheiros. Art. 134. Lei municipal ou distrital dispora sobre o local, dia @ horario de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive quanto 4 remuneragéo dos respectivos membros, aos quais é assegurado 0 direito a: 1 cobertura previdenciaria; I~ gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terco) do valor da remuneracao mensal; DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios III - licenga-maternidade; IV - licenga-paternidade; V- gratificagao natalina Paragrafo unico. Constaré da lei orcamentéria municipal ¢ da do Distrito Federal previséo dos recursos necessérios ao funcionamento do Conselho Tutelar e a remuneracéo e formag&o continuada dos conselheiros tutelares. Art. 135. O exercicio efetivo da fungao de conselheiro constituira servigo pablico relevante e estabelecera presun¢ao de idoneidade moral. 4.2 - Atribuig6es do Conselho No que atine as atribuigées do Conselho, temos 0 art. 136 Art. 136. Séo atribuigées do Conselho Tutelar: | - atender as criangas e adolescentes nas hipéteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, ! a Vil; II_- atender @ aconselhar os pais ou responsdvel, aplicando as medidas previstas no art. 129, 1a Vil; Il - promover a execugao de suas decisées, podendo para tanto: a) requisitar servigos publicos nas areas de satide, educacdo, servigo social, previdéncia, trabalho e seguranga; b) representar junto 4 autoridade judicidria nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberacdes, IV - encaminhar ao Ministério Publico noticia de fato que constitua infrac&o administrativa ou penal contra os direitos da crianca ou adolescente: V- encaminhar & autoridade judicidria os casos de sua competéncia; VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judicidria, dentre as previstas no art. 101, de / a Vi, para o adolescente autor de ato infracional. VII - expedir notificacdes; VIII - requisitar certidées de nascimento e de ébito de crianga ou adolescente quando necessario: IX assessorar 0 Poder Executivo local na elaboragao da proposta orcamentéria para planos @ programas de atendimento dos direitos da crianca e do adolescente; X = representar, em nome da pessoa e da familia, contra @ violacdo dos direitos previstos no art. 220, § 3°, inciso I1, da Constituigéo Federal; XI - representar ao Ministério Publico para efeito das agdes de perda ou suspenséo do poder familiar, apés esgotadas as possibilidades de manutengao da crianga ou do adolescente junto a familia natural. XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, agdes de divulgagao @ treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em criancas @ adolescentes. Paragrafo Unico. Se, no exercicio de suas atribuigées, 0 Conselho Tutelar entender necessério o afastamento do convivio familiar, comunicara incontinenti o fato a0 Ministério Pablico, prestando-Ihe informagées sobre os motivos de tal entendimento e as providéncias tomadas para a orientacdo, 0 apoio e a promogéo social da familia DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios Art. 137. As decisées do Conselho Tutelar somente poderdo ser revistas pela autoridade judiciaria a pedido de quem tenha legitimo interesse. Sintetizamos, na sequéncia, as atribui¢des do Conselho Tutelar: ATRIBUICOES DO CONSELHO TUTELAR % Atender as criangas e adolescentes nas hipéteses de situagdo irregular; % Atender e aconselhar os pais ou responsavel; % Promover a execucdo de suas decisées; % Encaminhar ao Ministério PUblico noticia de fato que constitua infragao administrativa ou penal contra os direitos da crianga ou adolescente; > Encaminhar autoridade judiciaria os casos de sua competéncia; % Providenciar a medida de protegao, estabelecida pela autoridade judiciaria, para o adolescente autor de ato infracional % Expedir notificagées; % Requisitar certidées de nascimento e de dbito de crianga ou adolescente quando necessari % Assessorar o Poder Executivo local na elaboragao da proposta orgamentaria para planos e programas de atendimento dos direitos da crianga e do adolescente; % Representar, em nome da pessoa e da familia, contra a violacdo dos direitos de comunicacéo social da Constituigao Federal; % Representar ao Ministério Publico para efeito das agSes de perda ou suspenséo do poder familiar, apés esgotadas as possibilidades de manuten¢ao da crianca ou do adolescente junto a familia natural © poder decisério do Conselho Tutelar 6 relevante e somente podera ser revista pela autoridade judiciaria, caso haja provocacao por intermédio de processo judicial 4.3 - Competéncia No que se refere a competéncia territorial para a atuacdo do Conselho Tutelar, devemos observar 0 que consta do art. 147, do ECA Art. 138. Aplica-se ao Consetho Tutelar a regra de competéncia constante do art. 147. 4.4 - Escolha dos Conselheiros Quanto ao processo de escolha dos conselheiros, veja o art. 139, do ECA, cuja leitura é o suficiente. Art. 139. O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar sera estabelecido em (ei municipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Grianca e do Adolescente, ¢ a fiscalizacdo do Ministério Piblico. § 18 Oprocesso de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrera em data unificada em todo 0 territério nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do més de outubro do ano subsequente ao de eleicdo presidencial § 22 A posse dos conselheiros tutelares ocorrera no dia 10 de janeiro do ano Subsequente ao processo de escolha. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios § 3° No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, ¢ vedado ao candidato doar oferecer, prometer ou entreaar 20 eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes de pequeno valor. 4.5 - Impedimentos Para encerrar o tépico, veja o art. 140 do ECA: Art. 140. S80 Impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, irméos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado. Paragrafo Unico. Estende-se 0 impedimento do conselheiro, na forma deste artigo, em relacéo 4 autoridade judiciéria e a0 representante do Ministério Publico com atuacéo na Justiga da Infancia e da Juventude, em exercicio na comarca, foro regional ou distrital. 5 — Questées 5.1 — Lista de Quest6es sem Comentarios 1. CONSULPLAN/ TJ-MG/ 2017 Segundo dispée o Estatuto da Crianca e do Adolescente, “a politica de atendimento dos direitos da crianga e do adolescente far-se-a através de um conjunto articulado de agées governamentais e ndo-governamentais, da Unido, dos estados, do Distrito Federal e dos municipios” (artigo 86), das quais participam entidades de atendimento, que no desenvolvimento de programas de internacéo devem cumprir, entre outras, as obrigagées descritas no seu artigo 94, como por exemplo: ndo restringir nenhum direito que nao tenha sido objeto de restri¢ao na decisdo de internaco; diligenciar no sentido do restabelecimento e da preserva¢ao dos vinculos familiares; oferecer vestuario e alimentacao suficientes e adequados a faixa etaria dos adolescentes atendidos; propiciar assisténcia religiosa aqueles que desejarem, de acordo com suas crengas. Ao tomar conhecimento de que em uma entidade governamental a direcdo editou regra impeditiva de visita dos pais de interno que nao tivessem bom comportamento, marque a medida que poderia ser aplicada a entidade: a) Afastamento provisério de seus dirigentes b) Suspensao parcial do repasse de verbas puiblicas ¢) Interdigdo da unidade. 4d) Cassagao do registro. Q2. UEM/ UEM/ 2017 De acordo com o Estatuto da Crian¢a e do Adolescente, como é considerada a fungao de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e municipais dos direitos da crianca e do adolescente? a) E de relevancia social, obtida por meio de prova de livre concorréncia e prova de titulos. Q3. a4. Qs. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios b) Ede interesse social, sendo remunerada nos termos da legislacao federal c) Ede interesse da Administracao Publica e sera remunerada pelo Municipio onde o respectivo conselho estiver instalado. d) E de interesse publico relevante e nao sera remunerada e) E funcao de confianga adquirida por meio de concurso publico. UECE-CEV/ SEAS-CE/ 2017 Segundo o ECA, é proibida a venda, a criancas ou adolescentes, de a) qualquer bebida, inclusive as bebidas nao alcodlicas. b) produtos cujos componentes nao possam causar dependéncia fisica ou psiquica. ¢) bilhetes lotéricos e equivalentes. 4) fogos de estampido e de artificio que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano fisico em caso de utilizacao indevida MPE-PR/ MPE-PR/ 2017 Assinale a alternativa correta, nos termos do Estatuto da Crianca e do Adolescente (Lei n° 8.069/90): a) E proibida a hospedagem de crianca ou adolescente em hotel, motel, pensdo ou estabelecimento congénere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsavel b) A Justiga da Infancia e da Juventude é competente para conceder a remiss&o como forma de exclusao, suspenso ou extin¢ao do processo. c) A Justiga da Infancia e da Juventude é competente para conhecer de acées de alimentos, sendo prescindivel aquilatar se a crianga ou adolescente esta em situagao de risco. 4) Compete a autoridade judiciaria disciplinar, no ambito da sua Comarca, as diversées e espetaculos publicos, informando sobre a natureza deles, as faixas etarias a que no se recomendem, locais e horarios em que sua apresentacdo se mostre inadequada ) Toda crianca somente pode ingressar e permanecer nos locais de diversées e espetaculos publicos ou nos locais de apresentacdo ou exibicao quando acompanhada dos pais ou responsavel FCC/ TJ-SC/ 2017 As entidades que desenvolvem programas de acolhimento institucional a) devem concretizar o principio da incompletude institucional, que implica buscar outras instituigdes de mesmo perfil de funcionamento para trocar experiéncias e recursos operacionais. ae. Q7. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios b) devem observar 0 prazo minimo de permanéncia de seis meses para criangas e adolescentes pelos acolhidos, a fim de evitar os danos psicologicos decorrentes da ruptura abrupta dos vinculos afetivos. ¢) devem promover 0 atendimento técnico em grupo quando do acolhimento de adolescentes, os quais se identificam com essa dinamica de atendimento. 4) podem, em situagées excepcionais ou durante o recesso judiciario, receber diretamente crianca ou adolescente sem determinacao de autoridade competente, hipdtese em que é obrigatéria a comunicacdo ao juiz em até trés dias. e) tém, em caso de descumprimento pelo dirigente das obrigacgées legais da entidade, a previsdo legal de possibilidade de sua destituicao, sem prejuizo de apuracao de responsabilidade administrativa, civil ou criminal UEM/ UEM/ 2017 Qual € a funcdo que o Estatuto da Crianca e do Adolescente considera de interesse publico relevante e determina que nao seja remunerada? a) Representante do Poder Judiciario. b) Representante do Ministério Publico c) Membro do Conselho Municipal dos Direitos da Crianga e do Adolescente. d) Membro do Conselho Tutelar e) Membro de entidade legaimente constituida IBFC/ POLICIA CIENTIFICA-PR/ 2017 Considere as normas da Lei Federal n° 8.069, de 13/07/1990, para assinalar a alternativa INCORRETA sobre autorizacao para viajar a) A autorizagao nao sera exigida quando se tratar de comarca contigua a da residéncia da crianga, se na mesma unidade da Federacao, ou incluida na mesma regido metropolitana. b) Sem prévia e expressa autorizagéo judicial, nenhuma crianca ou adolescente nascido em territério nacional poder sair do Pais em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior. c) Aautoridade judiciaria podera, a pedido dos pais ou responsavel, conceder autorizacao valida por cinco anos. 4) Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorizaco ¢é dispensavel, se a crianga ou adolescente viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro por meio de documento com firma reconhecida ) Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorizacdo ¢ dispensavel, se a crianga ou adolescente estiver acompanhado de ambos os pais ou responsavel DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios Q8. Instituto Exceléncia/ Prefeitura de Cruzeiro-SP/ 2016 Assinale a alternativa INCORRETA sobre o Estatuto da Crianga e do Adolescente. a) A funcdo de membro do Conselho Nacional e dos Conselhos Estaduais e Municipais dos direitos da crianga e do adolescente é considerado de interesse pUblico relevante e nao sera remunerado. b) Intervencao precoce: a intervencdo das autoridades competentes deve ser efetuada logo que a situacao de perigo seja conhecida c) O Exercicio efetivo da funcao de conselheiro constituira servigo publico relevante e estabelecera presunco de idoneidade moral. 4) Examinar-se 4 desde logo com pena de responsabilidade e nao possibilidade de liberacéo mediata, a internacao depois da sentenga pode ser determinada pelo prazo maximo de 30 dias. Q9. FCC/ DPE-ES/ 2017 Em margo de 2016, 0 texto do Estatuto da Crianga e do Adolescente sofreu modificages destinadas a incorporar ou reforcar regras voltadas a protecao da primeira infancia, entre as quais podemos citar: a) Responsabilizagéo criminal de pais ou _responsavel que, injustificadamente, deixem de promover vacinagaéo de criancas sob sua guarda b) Direito da parturiente, junto ao Sistema Unico de Saude, de contar com um acompanhante de sua preferéncia no pré-natal, e 0 pos-parto e dois acompanhantes durante o trabalho de parto. c) Isengdo de multas, custas e emolumentos nos registros e certidées necessarios a inclusdo, a qualquer tempo, do nome do pai no assento de nascimento da crianca. 4) Possibilidade de destituigéo sumaria do poder familiar em caso de abuso sexual praticado ou facilitado pelos genitores contra crianca de até 6 anos de idade e) Criagao de servicos de acolhimento institucional especializados para a faixa etaria da primeira infancia, sem prejuizo da preservacao de eventuais vinculos com itmaos maiores. Q10.FCC/ SEGEP-MA/ 2017 No contexto da infancia e da adolescéncia, segundo o Estatuto da Crianga e do Adolescente (ECA), cabe nao apenas a familia, mas também a comunidade, a sociedade e ao poder pubblico o dever de priorizar a efetivacéo dos direitos da crianga e do adolescente. Para possibilitar a participagao de todos os grupos responsabilizados, 0 ECA determina que a Qi a DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios a) 0s municipios devem constituir obrigatoriamente Conselhos Municipais dos Direitos da Crianga e do Adolescente e facultativamente Conselhos Tutelares. b) os municipios devem constituir Conselhos Municipais dos Direitos da Crianga e do Adolescente e Conselhos Tutelares c) cabe a Unido definir as formas de participagdo que serao aceitas como legitimas para a participacao de cada pessoa ou grupo. d) cada Estado deve constituir um Conselho Estadual dos Direitos da Crianca e do Adolescente e os Municipios, os Conselhos Tutelares. €) 08 municipios e estados séo auténomos para organizarem as formas de garantia dos direitos de criangas e adolescentes em seu territério. 1. FEPESE/ SJC-SC/ 2016 Sobre os Conselhos de Direitos da Crianca e do Adolescente, assinale a alternativa correta. a) Os Conselhos de Direitos da Crianca e do Adolescente serao criados exclusivamente em Ambito nacional, com estrutura hierarquizada que permita direcionar melhor a Politica Nacional de Atendimento a crianca e ao adolescente no Pais. b) Os Consethos de Direitos da Crianca e do Adolescente serao formados por membros indicados pelo poder ptblico, podendo a sociedade civil apenas assistir as suas reuniées como ouvintes, nunca como membros efetivos do Conselho. ¢) O salario dos membros dos Conselhos de Direitos da Crianga e do Adolescente sera determinado conforme a previsdo orcamentaria do respectivo érgao empregador. d) Os Conselhos de Direitos da Crianca e do Adolescente possuem carater deliberativo e s40 responsaveis pela manutengao do Fundo da Infancia e da Adolescéncia nos trés niveis de governo, nacional, estaduais e municipais. e) Os Conselhos de Direitos da Crianga e do Adolescente so responsaveis pela fiscalizacao das entidades assistenciais, podendo aplicar-Ihes desde multas até o seu fechamento, e também terdo suas decisdes subordinadas ao chefe do Poder Executivo. 2.MPE-SC/ MPE-SC/ 2016 As medidas de prote¢do, assim como as medidas socioeducativas, podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituidas a qualquer tempo. 3.MAXIMA/ Prefeitura de Fronteira-MG/ 2016 De acordo com o Estatuto da Crianga e do Adolescente, sao diretrizes da politica de atendimento, EXCETO: DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios a) realizacao e divulgagdo de pesquisas sobre desenvolvimento infantil e sobre prevencao da violéncia. b) protecdo juridico-social por entidades de defesa dos direitos da crianga e do adolescente. ¢) criagao de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da crianga e do adolescente, 6rgaos deliberativos e controladores das ages em todos os niveis, assegurada a participacdo popular paritaria por meio de organizacées representativas, segundo leis federal, estaduais e municipais d) municipalizacao do atendimento. Q14, CONSULPLAW/ Prefeitura de Cascavel-PR/ 2016 ai Quanto ao Estatuto da Crianga e do Adolescente, sao diretrizes da politica de atendimento, EXCETO: a) Criagdo de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da crianga e do adolescente. b) Mobilizagéo da opinido publica para a indispensavel participacéo dos diversos segmentos da sociedade c) Criacdo e manutengo de programas especificos, observada a necessaria centralizagao politico-administrativa. d) Integracao operacional de orgéos do Judiciario, Ministério PUblico, Defensoria, Seguranca Publica e Assisténcia Social ) Manutengao de fundos nacional, estaduais e municipais vinculados aos respectivos conselhos dos direitos da crianca e do adolescente. 5. FCC/ Prefeitura de Campinas - SP/ 2016 Sobre as atribuigées do Conselho Municipal dos Direitos da Crianga e do Adolescente — CMDCA e do Conselho Tutelar, é correto afirmar que incumbe ao a) Conselho Tutelar, ao Judiciario e ao Ministério Publico, a fiscalizagao de entidades governamentais e nao governamentais de atendimento a crianca e ao adolescente. b) Conselho Tutelar a responsabilidade pela conducao do proceso de eleicao dos membros do CMDCA, os quais devem ter reconhecida idoneidade moral, idade superior a vinte e um anos, além de residéncia no municipio. ¢) Conselho Municipal dos Direitos da Crianga e do Adolescente - CMDCA assessorar o Poder Executivo local na elaboracao de proposta or¢amentaria para planos e programas de atendimento dos direitos da crianca e do adolescente. 4) Conselho Tutelar aplicar as medidas protetivas de inclusdo em programa de acolhimento familiar e colocagao em familia substituta de crianga em situagao de risco. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios ) Conselho Tutelar fixar critérios de utilizagdo dos recursos arrecadados pelo Fundo Municipal dos Direitos da Crianca e do Adolescente, observados 0s parametros constitucionais e legais. Q16. FUNIVERSA/ Secretaria da Criancga — DF/ 2015 Um brasileiro com dez anos de idade pode viajar para a) comarca contigua a da sua residéncia, localizada em outra unidade da federacdo, sem a necessidade de autorizacao judicial ou do representante legal. b) fora da comarca onde reside, sem a necessidade de autorizacao judicial, desde que acompanhado de colateral até o 3.° grau maior de idade, comprovando-se documentalmente o parentesco. ¢) fora da comarca onde reside, desde que acompanhado de pessoa maior de idade, sendo necessdria a autorizacao judicial. 4) 0 exterior, desde que acompanhado de estrangeiro residente em outro pais, sendo necessdria apenas a autorizacao expressa do pai e da mae. e) o exterior, na companhia de um dos pais, sendo necessaria a autorizacao judicial Q17. FCC/ TJ-SE/ Juiz Substituto Trata-se de exemplo de linha de agao da politica de atendimento na area da infancia e juventude a) Municipalizagéo das medidas socioeducativas em meio aberto. b) Mobilizagao da sociedade civil para compor o sistema de garantia de direitos c) Intersetorializago do atendimento da crianca ou adolescente. 4) Execugaéo do programa de localizagéo de criangas e adolescentes desaparecidos. e) Regionalizacao do atendimento do servigo basico a populacdo infanto- juvenil. Q18.CESPE/ MPOG/ 2015 De acordo com o disposto no Estatuto da Crian¢a e do Adolescente (ECA), julgue o item subsequente. As entidades de atendimento a criangas e adolescentes so responsaveis pelo planejamento e execu¢do de programas de protecao e socioeducativos, tais como orientacgéo e apoio sociofamiliar, acolhimento institucional, liberdade assistida, prestacao de servicos a comunidade, semiliberdade, abrigo e internagao. Q19. CESPE/ MPOG/ 2015 DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios De acordo com o disposto no Estatuto da Crianga e do Adolescente (ECA), julgue o item subsequente. E dispensada a autorizacao paterna quando uma crianga ou adolescente viaja ao exterior em companhia da mae; ja em viagens interestaduais, a crianga podera estar acompanhada por um responsavel desde que tenha autorizacao, registrada em cartorio, de um dos pais. Q20. CEPS-UFPA/ UFPA/ 2015 A Lei n® 8.069/1990 estabelece que a) a crianga podera brincar em qualquer lugar que desejar. b) a crianga podera viajar desacompanhada de seus pais ou responsavel, para qualquer lugar do pais. c) nenhuma crianga podera viajar desacompanhada dos pais ou responsavel, sem expressa autorizagao judicial 4d) nenhuma crianga podera viajar para qualquer parte do pais acompanhada de seus pais ou responsaveis. e) toda crianga ou adolescente, nascido no territério nacional, poder sair do pais desacompanhado de seus pais ou responsdvel, sem prévia e expressa autorizacao judicial. Q21. CESPE/ TJ-DFT/ 2015 Cada uma das proximas opgées apresenta uma situacdo hipotética que envolve criangas e adolescentes. Assinale a op¢ao que apresenta situacao em que os direitos das criangas e dos adolescentes esto sendo respeitados, conforme previsto no ECA. a) Diana, de dezessete anos de idade, viajou desacompanhada para Sdo Paulo. Na pousada em que havia feito reserva, os atendentes ligaram para os pais de Diana para saber se eles autorizariam a hospedagem da adolescente. O check-in foi feito apos o consentimento dado pelo telefone b) Mariana, devido ao fato de ter nascido durante o periodo em que sua mae cumpria pena restritiva de liberdade em estabelecimento prisional, nao péde ser amamentada por sua genitora e, devido a impossibilidade de conviver com a mée, foi entregue, apés o nascimento, aos seus tios, que a mantiveram sob sua guarda até que a mde cumprisse a reprimenda e recuperasse a liberdade. c) Jodo Pedro, de treze anos de idade, analfabeto, mudou-se do Parana para Brasilia juntamente com sua familia. Em Brasilia, sua mae tentou matricula- lo em uma escola e foi informada pela direcao do estabelecimento que, devido ao fato de o ano letivo estar em curso, a matricula do adolescente nao poderia ser realizada. Diante do ocorrido, a mae procurou auxilio em um posto de assisténcia social e 0 adolescente foi inserido em estagio nao remunerado em empresa que ofertava curso de alfabetizagao. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios 4) Paula, de doze anos de idade, residente em Brasilia, apds ter decidido visitar sua madrinha em Fortaleza, viajou desacompanhada em companhia aérea que permitiu 0 seu embarque independentemente da autorizacao dos pais. e) Marcos, de onze anos de idade, foi a uma banca de revistas proxima a sua residéncia e 0 dono do estabelecimento permitiu que ele folheasse todas as revistas, inclusive aquelas que continham fotografias pornograficas. Q22.MGA/ Prefeitura de Pelotas - RS/ 2015 De acordo com o § 1°, do Art. 91 da Lei 8.069/90, NAO sera negado o registro a entidade que: a) Nao ofereca instalagées fisicas em condi¢ées adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e seguranca. b) Tenha em seus quadros pessoas idéneas. ¢) Esteja irregularmente constituida. d) N&o se adequar ou deixar de cumprir as resolugdes e deliberagdes relativas @ modalidade de atendimento prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Crianga e do Adolescente, em todos os niveis. Q23.MGA/ Prefeitura de Pelotas - RS/ 2015 Assinale a alternativa referente a uma das obrigagdes que, de acordo com o Art. 94, da Lei 8.069/90, as entidades que desenvolvem programas de internagao tém. a) Fornecer comprovante de depésito dos pertences dos adolescentes. b) Restringir todo direito que nao tenha sido objeto de restri¢éo na deciséo de internacéo ¢) Eliminar arquivo de anotacdes onde constem data e circunstancias do atendimento, nome do adolescente, seus pais ou responsavel, parentes, enderecos, sexo, idade, acompanhamento da sua formagao, relacao de seus pertences e demais dados que possibilitem sua identificagdo e a individualizagao do atendimento. 4) Privar cuidados médicos, psicolégicos, odontolégicos e farmacéuticos. Q24. COTEC/ Prefeitura de Unai - MG/ 2015 As linhas de agdo da Politica de Atendimento previstas no artigo 87 do Estatuto da Crianca e do Adolescente — ECA - (1990) demarcam como a garantia dos direitos e 0 exercicio dos deveres das criancas e dos adolescentes serdo operacionalizados. Tendo a legislagdo vigente como referéncia, identifique a alternativa abaixo que NAO apresenta uma das 05 (cinco) linhas de a¢ao existentes. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios a) Protecdo juridico-social por entidades de defesa dos direitos da crianca e do adolescente. b) Politicas e programas de assisténcia social, em carater supletivo, para aqueles que deles necessitem. ¢) Servigo de identificagéo e localizagao de pais, responsavel, criangas e adolescentes desaparecidos 4) Municipalizacao do atendimento. Q25.MPE-SP/ MPE-SP/ 2015 Aponte a alternativa que contém afirmacao incorreta sobre a autorizacéo para viagens de criangas e adolescentes: a) O adolescente podera viajar sozinho e livremente por todo o territorio nacional, sendo desnecesséria qualquer autorizacao. b) Criangas e adolescentes poderdo viajar ao exterior, acompanhados de um dos pais, sem autorizacdo judicial, mediante autorizacao expressa do outro genitor perante a Policia Federal c) Incide em ato ilicito a transportadora que permite o embarque de crianga desacompanhada em viagem interestadual, para comarca nao contigua a da sua residéncia, sem autoriza¢ao judicial. 4) Criangas e adolescentes poderao viajar ao exterior, acompanhados de terceiros maiores e capazes, com autorizagéo de ambos os pais, por documento com firma reconhecida, independentemente de autorizagao judicial. e) E dispensavel a autorizacdo judicial, quando se tratar de viagem ao exterior, se a crianga ou adolescente estiver na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro, por intermédio de documento com firma reconhecida Q26. VUNESP/ Prefeitura de Sao José dos Campos - SP/ 2015 Joana, 15 anos, residente em Sao José dos Campos, brigou com seus pais, pois os mesmos nao permitiram que ela fosse a um rodeio na cidade vizinha de Jacarei. Inconformada, ela saiu de casa sem autorizacao e, com duas amigas da mesma idade, pegou um 6nibus intermunicipal e tentou se hospedar em um Hotel no Centro de Jacarei. As trés nao conseguiram se registrar no Hotel, pois o gerente estava ciente do Artigo 82 do ECA, o qual prevé que € proibida a hospedagem em hotel, motel, pensdo ou estabelecimento congénere de crian¢a ou adolescente, salvo se a) acompanhado pelos pais ou responsavel, ou formalmente autorizado por eles. b) apresentar documento de identidade original e em bom estado. ¢) 0 estabelecimento for mantido por entidade religiosa. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios 4) acompanhado de adulto que garanta o pagamento das despesas. e) apresentar autorizagéo expedida pelo Conselho Tutelar, em formulario proprio. Dessa forma, a alternativa A esta correta e 6 0 gabarito da questao. Q27.FCC/ TJ-GO/ 2015 A fungao de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e municipais dos direitos da crian¢a e do adolescente é considerada a) de interesse publico relevante e ndo sera remunerada b) auxiliar da justica da infancia e da juventude. ¢) servico ptblico relevante e estabelecera presuncao de idoneidade moral aos seus membros. d) de interesse ptblico relevante e sera remunerada nos termos da lei e) servico publico relevante e estabelecera presuncdo de idoneidade moral aos seus membros, apés dois anos de efetivo exercicio da funcao. Q28.MPE-RS/ MPE-RS/ 2016 A luz da Lei n® 8069/1990 ~ Estatuto da Crianga e do Adolescente, assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as afirmagées abaixo () Uma das diretrizes da politica de atendimento a crianca e ao adolescente inserido em programa de acolhimento institucional ou familiar € a atuacao integrada dos 6rg4os do Ministério Publico, do Poder Judiciario, da Defensoria Publica, do Conselho Tutelar e dos encarregados da execugdo das politicas publicas estaduais e municipais. (art. 88) () Na aplicagéo das medidas de prote¢do, a crianca e o adolescente tem direito a ser ouvidos e a participar dos atos e da definicéo da medida de promogao dos direitos e de protecao. (art. 100, paragrafo unico, inciso XI!) () A implementacao de programas para atendimento da crianca e do adolescente em situacdo de rua vai de encontro ao direito de ir, vir e estar nos logradouros pUiblicos e espacos comunitarios, assegurado no Artigo 16, inciso |, do Estatuto da Crianga e do Adolescente () A apelagao da sentenga que destituir ambos ou qualquer dos genitores do poder familiar deve ser sempre recebida nos efeitos suspensivo e devolutivo. (art. 199-8) () O afastamento de crianca ou adolescente do convivio familiar ¢ de competéncia do Conselho Tutelar e independe de autorizacao judicial. (art. 101, §§ 2.° e 3.°) A sequéncia correta de preenchimento dos parénteses, de cima para baixo, é a) V-V-F-F-F. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios b) F-V-V-F-F. c) V-F-F-V-V. 4) V-F-V-V-F. e) F-V-F-V-V. Q29. VUNESP/ TUM-SP/ 2016 Sobre as medidas protetivas e socioeducativas conferidas aos menores, & correto afirmar que a) a internacao possui prazo determinado de durag&o, jamais podendo ser fixada por periodo inferior a 06 (seis) meses. b) os atos infracionais, passiveis de medidas protetivas ou socioeducativas, sA0 aqueles cujas condutas tipicas estao expressamente previstas no Estatuto da Crianga e do Adolescente — ECA. c) a internagdo pode ser aplicada a menor de 12 anos, excepcionalmente, na hipétese de ato infracional cometido mediante violéncia e grave ameaca, em reiteracdo. 4) segundo a jurisprudéncia do Superior Tribunal de Justiga, a pratica de ato infracional andlogo ao trafico de entorpecentes, por si s6, nao autoriza a aplicacao da medida socioeducativa da internacao. e) a prescrigao penal nao é aplicavel as medidas socioeducativas, pois, ao contrario dos adultos, aos menores ndo se atribui pena Q30.MPE-SC/ MPE-SC/ 2016 Julgue 0 item que se segue. Segundo a Lei n. 8.069/90, 0 regime de semiliberdade pode ser efetivado como forma de transigéo para o meio aberto, com admissdo da realizacao de atividades externas pelo adolescente, independentemente de autorizacao judicial. Q31.MPE-SC/ MPE-SC/ 2016 Julgue o item que se segue. De forma meramente exemplificativa, o Estatuto da Crianca e do Adolescente previu um rol de direitos do adolescente privado de liberdade, incluindo 0 direito de entrevistar-se pessoalmente com o representante do Ministério Publico Q32. CESPE/ INSS/ 2016 ‘Com fundamento no Estatuto do Idoso e no ECA, julgue o item subsequente. Conforme 0 ECA, figura entre as atribuicées do conselho tutelar promover a execucdo de suas decisées, podendo ele, para tanto, requisitar servico publico na area de previdéncia. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios Q33. CESPE/ INSS/ 2016 Com fundamento no Estatuto do Idoso e no ECA, julgue o item subsequente. Oacolhimento familiar configura medida de prote¢ao de carater definitive da crianga e do adolescente. Q34.FGV/ MPE-RJ/ 2016 Conselho Tutelar @ 0 érgdo permanente e auténomo encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da crianga e do adolescente. Nesse contexto, de acordo com a Lei n° 8.069/90, o Conselho Tutelar: a) € composto por servidores publicos municipais previamente aprovados em concurso plblico de provas ou de provas e titulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo; b) € érgdo do Poder Judicidrio que tem por finalidade atender as criangas e adolescentes em estado de vulnerabilidade social, aplicando medidas de protecdo e medidas socioeducativas; c) deve representar ao Ministério Publico para efeito das acdes de perda ou suspenséo do poder familiar, apés esgotadas as possibilidades de manutenco da crianga ou do adolescente junto a familia natural; d) deve, com a prévia autorizagéo do Ministério Publico, dispor sobre a participagéo de crianca e adolescente em espetaculos publicos e seus ensaios, bem como em certames de beleza, em sua area territorial; e) deve disciplinar, através de portaria, ou autorizar, mediante alvara, a entrada e permanéncia de crianca ou adolescente, desacompanhado dos pais ou responsavel, em boate, estadio, gindsio e estabelecimentos congéneres. Q35. FUNRIO/ Prefeitura de Trindade-GO/ 2016/ adaptada O Artigo 54 do ECA diz respeito aos deveres do Estado para com as criancas e os adolescentes. A alternativa que apresenta um dever NAO previsto nesse artigo €: a) Atendimento em creche e pré-escolas as criangas de 0 a 5 anos de idade. b) Oferta de ensino regular noturno, adequado as condi¢ées do aluno trabalhador c) Ensino fundamental, obrigatério e gratuito, apenas para aqueles que estejam na idade propria. d) Acesso aos niveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criacao artistica, segundo a capacidade de cada um e) Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiéncia, preferencialmente na rede regular de ensino. Q3 Q3 Q3 Q3 DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios 6.FCC/ TRT - 1* REGIAO (RJ)/ 2016 As decis6es dos Conselhos Tutelares poderao ser a) executadas com representacdo ao Poder Executivo b) por ele executadas, requisitando servicos ptiblicos de satide e educagao. c) executadas mediante representacdo ao Ministério Publico. 4) revistas por ato da autoridade do Poder Executivo e) executadas com requisi¢ao de servigos publicos de qualquer natureza 7.FAURGS/ TJ-RS / 2016 © Conselho Tutelar, nos termos da Lei n° 8.069/90, é orgéo permanente e auténomo, nao jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da crianca e do adolescente, e é composto de a) trés membros, com mandato de dois anos. b) quatro membros, com mandato de cinco anos. c) cinco membros, com mandato de quatro anos. 4) cinco membros, com mandato de cinco anos. e) seis membros, com mandato de cinco anos. 8.1DECAN/ UFPB/ 2016 O Estatuto da Crianca e do Adolescente estabelece que “é dever de todos prevenir a ocorréncia de ameaca ou violagao dos direitos da crianca e do adolescente”. Sobre a prevencao assegurada pela legislacdo, assinale a afirmativa correta. a) A inobservancia das normas de prevencdo isenta de responsabilidade qualquer pessoa fisica ou juridica b) Objetivando a igualdade de acesso, familias com criancas e adolescentes com deficiéncia nao possuem prioridade de atendimento nas acées e politicas, publicas de prevencdo e protecdo. c) Criancas e adolescentes tém direito a informagao, cultura, lazer, esportes, diversées, espetaculos e produtos e servicos que respeitem sua condicao peculiar de pessoa em desenvolvimento 4) A Unido, os Estados, 0 Distrito Federal e os Municipios devem atuar de forma desarticulada na elaboracao de politicas publicas e na execucao de agées de prevencao de violacao de direitos de criangas e de adolescentes. 9. 1IDECAN/ UFPB/ 2016 Considerando o Conselho Tutelar e o disposto sobre ele no Estatuto da Crianga e do Adolescente, assinale a afirmativa correta. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios a) As decisdes do Conselho Tutelar podem ser revistas por qualquer cidadao por se tratar de funcao publica. b) © exercicio efetivo da fungao de conselheiro constitui servico publico relevante, sem estabelecer presun¢ao de idoneidade moral c) Para promover a execugao de suas decisées, 0 Conselho Tutelar pode representar junto a autoridade judiciaria nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberacées. 4) © processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar é estabelecido em lei municipal e realizado sob a responsabilidade da prefeitura com a fiscalizagao do Ministério Publico Q40.1OBV/ Camara de Barra Velha - SC/ 2016 De acordo com o Estatuto da Crianca e do Adolescente — ECA, a autorizacao judicial para crianga viajar sera exigida quando: a) Tratar-se de viagem para comarca contigua a da residéncia da crianca, se na mesma unidade da Federacdo, ou incluida na mesma regiao metropolitana b) A crianca viajar para fora da comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou responsavel ¢) A crianga viajar acompanhada de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco 4) A crianga viajar acompanhada de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mae ou responsavel. Q41.OAB/ FGV/ 2010 Considerando o que dispée o Estatuto da Crianga e do Adolescente, assinale a opcdo correta a) O vinculo da ado¢ao constitui-se por sentenca judicial, que sera inscrita no registro civil mediante mandado, do qual se fornecerd, administrativamente, certidao somente ao adotado e aos pais, biolégicos e adotivos, a vista de documentagao comprobatoria b) E dever do Estado assegurar atendimento gratuito, em creche e pré- escola, as criancas de zero a sete anos de idade c) E proibida a venda de bilhetes da Mega-Sena a criancgas e adolescentes. 4) Crianga ou adolescente desacompanhados dos pais ou do responsavel estdo proibidos de viajar para fora da comarca onde residem, sem expressa autorizacdo judicial. Q42. OAB/ FGV/ 2013 O Estatuto da Crianga e do Adolescente estabelece os principios que devem ser adotados por entidades que desenvolvam programas de acolhimento DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios familiar ou institucional. Segundo esses principios, assinale a afirmativa correta a) As entidades devem buscar constantemente a transferéncia para outras entidades de criangas e adolescentes abrigados, a fim de promover e aprofundar a integracao entre eles e os diferentes contextos sociais. b) Por forga de disposi¢ao expressa de lei, 0 dirigente das entidades com o objetivo de acolhimento institucional ou familiar € equiparado ao guardiao, para todos os efeitos de direito c) Mesmo inserida em programa de acolhimento institucional ou familiar, a crianga ou 0 adolescente deve ser estimulado a manter contato com seus pais ou responsavel d) E vedado 0 acolhimento de criangas e adolescentes em entidades que mantenham programa de acolhimento institucional sem prévia determinacao da autoridade competente. Q43.OAB/ FGV/ 2013 A interpretacao e aplicacdo da Lei n. 8.069/90 (Estatuto da Crianca e do Adolescente - ECA) deve perseguir os objetivos de prote¢ao integral e prioritaria dos direitos das criancas e dos adolescentes, que deles so titulares. Sobre o tema, assinale a afirmativa correta a) A aplicagéo das medidas especificas de protecdo previstas pelo ECA pode se dar cumulativamente, devendo a autoridade competente escolher a mais adequada diante das necessidades especificas do destinatario. b) Se Joana, que tem 09 anos, tiver seus direitos violados por ago ou omisséo do Estado, serao cabiveis as medidas especificas de protecao previstas pelo ECA que, dependendo das circunstancias, nao deverao ser aplicadas ao mesmo tempo. c) Se Julio, que tem 09 anos, tiver seus direitos violados por abuso ou omiss&o dos pais, nao serdo aplicaveis as medidas especificas de prote¢ao, mas, sim, medidas destinadas aos pais ou responsavel, previstas pelo ECA. d) As medidas especificas de protecdo previstas pelo ECA devem ser aplicadas de modo a afastar uma intervencdo precoce, efetuada logo que a situagao de perigo seja conhecida, sob pena de responsabilidade primaria e solidaria do poder publico Q44. CESPE/ DPE-RN/ 2015 No que concerne a preven¢ao de ameaga ou violagao dos direitos da crianca e do adolescente e A politica de atendimento desses direitos, assinale a op¢ao correta. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios a) As ac6es previstas no ECA como parte da politica especializada de promogdo dos direitos humanos de criangas e adolescentes tém natureza de recomendagao dirigida ao poder publico e nao de comando normativo de execugdo obrigatéria. b) A DP deve participar da integragéo operacional voltada a agilizagao do atendimento inicial do adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional, mas, segundo a doutrina, sua atuac¢éo nao se estende ao processo de execu¢ao de medida socioeducativa eventualmente aplicada. c) As entidades de atendimento devem inscrever seus programas socioeducativos e de protecdo destinados a criancas e adolescentes nos conselhos tutelares, que sao 0s rgaos controladores das agées que integram a politica brasileira de atendimento infantojuvenil d) No caso de publicagdes, cabe ao editor responsavel verificar se revistas que contenham material impréprio para criancgas e adolescentes estao embaladas com lacre opaco e com adverténcia quanto a seu conteudo, sob pena de pagamento de multa, sem prejuizo da apreensao da revista. ) De acordo com o ECA, é dispensavel a autorizacdo judicial para viagem ao exterior nos casos em que o responsdvel tiver a guarda ou a tutela proviséria da crian¢a ou adolescente em cuja companhia pretenda deixar o pais. Q45. VUNESP/ PC-CE/ 2015/ adaptada Sobre a Lei n 0 8.069/90 (Estatuto da Crianga e do Adolescente), julgue: Segundo 0 artigo 82 do ECA, somente sera admitida a hospedagem de crianga ou adolescente em hotel, motel, pensdo ou estabelecimento congénere, se acompanhado pelos pais ou responsdvel. 5.2 - Gabarito Qa aQi6.B Q31. CORRETA Q2.D Q17.D Q32. CORRETA Q3.c Q18. INCORRETA Q33. Incorreta Q4. A Q19. INCORRETA Q34.C Q5. E Q20.C Q35.C Q6. Cc Q21.D 36. B Q7.c 22. B Q37.C a8. D 23. Q38.C a9. Cc Q24.D Q39.C Q10.B Q25.B 40.8 Q11.D Q26. A Q41.C Q12. CORRETA Q27.A Q42.C Q13.B 28.4 43.4 Q14.c Q29.D 44.0 Q15.A Q30. CORRETA Q45. INCORRETA DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios 5.3 — Lista de Quest6es com Comentarios Q1. CONSULPLAN/ TJ-MG/ 2017 Segundo dispée o Estatuto da Crianca e do Adolescente, “a politica de atendimento dos direitos da crianga e do adolescente far-se-a através de um conjunto articulado de acées governamentais e ndo-governamentais, da Unido, dos estados, do Distrito Federal e dos municipios” (artigo 86), das quais participam entidades de atendimento, que no desenvolvimento de programas de internagéo devem cumprir, entre outras, as obrigagdes descritas no seu artigo 94, como por exemplo: ndo restringir nenhum direito que nao tenha sido objeto de restri¢ao na decisdo de interna¢o; diligenciar no sentido do restabelecimento e da preservacao dos vinculos familiares; oferecer vestuario e alimentacao suficientes e adequados a faixa etaria dos adolescentes atendidos; propiciar assisténcia religiosa aqueles que desejarem, de acordo com suas crengas. Ao tomar conhecimento de que em uma entidade governamental a direcdo editou regra impeditiva de visita dos pais de interno que nao tivessem bom comportamento, marque a medida que poderia ser aplicada a entidade: a) Afastamento provisério de seus dirigentes b) Suspensao parcial do repasse de verbas publicas. ¢) Interdigdo da unidade. d) Cassagao do registro. Comentarios O art.97, do ECA, estabelece as medidas aplicaveis as entidades de atendimento que descumprirem obrigacéo constante do art. 94, sem prejuizo da responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou prepostos, as entidades governamentais e as entidades nao-governamentais. Vejamos: Art. 97. S80 medidas aplicdveis as entidades de atendimento que descumprirem obrigacéo constante do art. 94, sem prejuizo da responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou prepostos: | - as entidades governamentais: a) adverténcia; b) afastamento provisério de seus dirigentes; ¢) afastamento definitive de seus dirigentes 4) fechamento de unidade ou interdicao de programa. I - as entidades ndo-covernamentais: a) adverténcia; b) suspensao total ou parcial do repasse de verbas publicas; ©) interdicéo de unidades ou suspenséo de programa; d) cassagao do registro. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios Assim, a alternativa A esta correta e é o gabarito da questo. Q2. UEM/ UEM/ 2017 De acordo com o Estatuto da Crianca e do Adolescente, como é considerada a fung&o de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais municipais dos direitos da crianca e do adolescente? a) E de relevancia social, obtida por meio de prova de livre concorréncia e prova de titulos. b) Ede interesse social, sendo remunerada nos termos da legislacao federal c) Ede interesse da Administracao Publica e sera remunerada pelo Municipio onde o respectivo conselho estiver instalado. d) E de interesse pUblico relevante e nao sera remunerada. e) E fungo de confianga adquirida por meio de concurso ptiblico Comentarios Com base no art. 89, do Estatuto da Crianga e do Adolescente, a fun¢ao de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e municipais dos direitos da crianga e do adolescente ¢ considerada de interesse publico relevante e nado sera remunerada, Portanto, a alternativa D esta correta e € 0 gabarito da questao. Q3. UECE-CEV/ SEAS-CE/ 2017 Segundo 0 ECA, é proibida a venda, a criangas ou adolescentes, de a) qualquer bebida, inclusive as bebidas nao alcodlicas. b) produtos cujos componentes nao possam causar dependéncia fisica ou psiquica. ¢) bilhetes lotéricos e equivalentes. 4) fogos de estampido e de artificio que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano fisico em caso de utilizacao indevida Comentarios O art. 81, do ECA, prevé o que é proibido vender a crianga ou ao adolescente: Art. 81. E proibida a venda a crianga ou ao adolescente de: | - armas, munigées e explosivos; Il - bebidas alcodlicas; III - produtos cujos componentes possam causar dependéncia fisica ou psiquica ainda que por utilizagéo indevida; IV - fogos de estampido e de artificio, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar qualquer dano fisico em caso de utilizacao indevida; V- revistas e publicagées a que alude o art. 78; DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios Vi - bilhetes lotéricos e equivalentes, veda modo, a alternativa C esta correta e € 0 gabarito da questao. Vejamos os erros das demais alternativas: a) qualquer bebida, inotteive-co-bebides née-aiodtions. b) produtos cujos componentes nae possam causar dependéncia fisica ou psiquica d) fogos de estampido e de artificio que—pele-seu-reduzide-potencial_sejaminecpezes-do provccarqualquerdanc-Heleo-om-cace-dewiizagieindevide- Q4. MPE-PR/ MPE-PR/ 2017 Assinale a alternativa correta, nos termos do Estatuto da Crianca e do Adolescente (Lei n° 8.069/90): a) E proibida a hospedagem de crianca ou adolescente em hotel, motel, pensdo ou estabelecimento congénere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsavel b) A Justiga da Infancia e da Juventude é competente para conceder a remiss&o como forma de exclusao, suspenséo ou extin¢ao do processo c) A Justiga da Infancia e da Juventude é competente para conhecer de acées de alimentos, sendo prescindivel aquilatar se a crianga ou adolescente esta em situagdo de risco. 4) Compete a autoridade judiciaria disciplinar, no ambito da sua Comarca, as diversées e espetaculos publicos, informando sobre a natureza deles, as faixas etdrias a que ndo se recomendem, locais e hordrios em que sua apresentacao se mostre inadequada ) Toda crianca somente pode ingressar e permanecer nos locais de diversdes e espetaculos piblicos ou nos locais de apresentacdo ou exibicao quando acompanhada dos pais ou responsavel Comentarios A alternativa A esta correta e é 0 gabarito da questao, pois € 0 que dispée o art. 82, do ECA: Art. 82. E proibida a hospedagem de crianga ou adolescente em hotel, motel, penséo ou estabelecimento congénere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsavel. Aalternativa B esta incorreta. De acordo com o art. 148, II, da Lei n® 8.069/90, a Justiga da Infancia e da Juventude € competente para conceder a remissao, como forma de suspens4o ou extincdo do processo. A alternativa C esta incorreta. O paragrafo Unico, “g", do art. 148, prevé a Justiga da Infancia e da Juventude é competente para conhecer acées de alimentos, desde que se tratem de criancas ou adolescentes descritas no art. 98 do mesmo Estatuto. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios Art. 98. As medidas de protecao 4 crianga @ ao adolescents s40 aplicéveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameacados ou violados: 1 - por ago ou omissao da sociedade ou do Estado; II - por falta, omisséo ou abuso dos pais ou responsavel; II = em raz&o de sua conduta Entao, € incorreto dizer que é desnecessdria a verificacdo de crianca ou adolescente em risco. A alternativa D esta incorreta, pois a competéncia é do poder ptiblico e nao da autoridade judiciaria. Vejamos 0 art. 74, do ECA: Art. 74. O poder piblico, através do 6rgéo competente, regulara as diversées e espetaculos publicos, informando sobre a natureza deles, as faixas etarias a que néo se recomendem, locais e horérios em que sua apresentagao se mostre inadequada. Aalternativa E esta incorreta. Com base no paragrafo tinico, do art. 75, apenas as_criancas menores de dez anos, e ndo toda crianca, poderdo ingressar e permanecer nos locais de apresentac4o ou exibic&o quando acompanhadas dos pais ou responsavel Q5. FCC/ TJ-SC/ 2017 As entidades que desenvolvem programas de acolhimento institucional a) devem concretizar o principio da incompletude institucional, que implica buscar outras instituigdes de mesmo perfil de funcionamento para trocar experiéncias e recursos operacionais. b) devem observar 0 prazo minimo de permanéncia de seis meses para criangas e adolescentes pelos acolhidos, a fim de evitar os danos psicolégicos decorrentes da ruptura abrupta dos vinculos afetivos. c) devem promover o atendimento técnico em grupo quando do acolhimento de adolescentes, os quais se identificam com essa dinamica de atendimento. d) podem, em situagées excepcionais ou durante o recesso judiciario, receber diretamente crianga ou adolescente sem determinagdo de autoridade competente, hipotese em que é obrigatoria a comunicacao ao juiz em até trés dias. e) tém, em caso de descumprimento pelo dirigente das obrigagées legais da entidade, a previsdo legal de possibilidade de sua destituicao, sem prejuizo de apuracao de responsabilidade administrativa, civil ou criminal. Comentarios A alternativa A esta incorreta. De acordo com o principio da incompletude institucional, as entidades de atendimento utilizaréo preferencialmente os recursos da comunidade. E 0 que dispée 0 art. 94, §2°, do ECA: § 2° No cumprimento das obrigagdes a que alude este artigo as entidades utilizaréo preferencialmente os recursos da comunidade. DIREITOS HUMANOS PARA A PM-DF curso em teoria e exercicios A alternativa B esta incorreta, visto que nao é previsto o periodo minimo de permanéncia nas entidades. Porém, deve-se buscar 0 retorno da crianca ou adolescente tao logo nao seja necessério, para que se preserve os vinculos familiares e seja promovida a reintegracdo familiar, limitado em todo caso a dezoito meses, salvo situagdo excepcional estabelecida no §2°, do art. 19, da Lei n° 8.069/90: § 28 Apermanéncia da crianga e do adolescente em programa de acolhimento institucional nao se prolongara por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciaria. A alternativa C esta incorreta. Segundo o art. 94, Ill, da referida Lei, o atendimento deve ser personalizado, em pequenas unidades e grupos reduzidos. Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de internacéo tém as seguintes obrigagées, entre outras: IL - oferecer atendimento personalizado, em pequenas unidades e grupos reduzidos; Aalternativa D esta incorreta. Com base no art. 93, do ECA, as entidades que mantenham programa de acolhimento institucional poderao, em carater excepcional e de urgéncia, acolher criangas e adolescentes sem prévia determinagao da autoridade competente, fazendo comunicacao do fato em até 24 horas ao Juiz da Infancia e da Juventude, sob pena de responsabilidade. A alternativa E esta correta e é 0 gabarito da questo, conforme prevé o §6°, do art. 92, da Lei n° 8.069/90: § 62 Odescumprimento das disposigées desta Lei pelo dirigente de entidade que desenvolva programas de acolhimento familiar ou institucional 6 causa de sua destituicéo, sem prejuizo da apuracéo de sua responsabilidade administrativa, civil e criminal. Q6. UEM/ UEM/ 2017 Qual é a funcdo que o Estatuto da Crianga e do Adolescente considera de interesse publico relevante e determina que nao seja remunerada? a) Representante do Poder Judiciario. b) Representante do Ministério Publico. c) Membro do Conselho Municipal dos Direitos da Crianca e do Adolescente. d) Membro do Conselho Tutelar ) Membro de entidade legalmente constituida. Comentarios Aalternativa C esta correta e € 0 gabarito da questao. A fun¢ao que o Estatuto da Crianga e do Adolescente considera de interesse publico relevante e determina que nao seja remunerada é a fun¢do de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e municipais. Vejamos 0 que dispde o art. 89: Art. 89. A funcao de bro do conselho nacio! dos conselhos estaduais ¢ municipais dos direitos da crianca e do adolescente é considers int ‘publico relevante @ néo seré remunerada.

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