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AULA 01
SUMÁRIO Página
Apresentação do professor 04
Informações sobre o curso 06
1. Conteúdo e cronograma das aulas 06
2. Metodologia utilizada 08
3. Legislação aplicável 08
4. Abordagem 09
5. Suporte 09
Definições iniciais 10
1. Direito e as relações jurídicas 10
1.1. Direito Público e Direito Privado 11
1.2. Direito Tributário 11
2. Estado 12
3. Receitas públicas 13
Conceito e classificação dos tributos 17
1. Conceito de Tributo 17
2. Classificação dos tributos 30
3. Espécies tributárias 40
3.1. A natureza jurídica do tributo 44
3.2. Impostos 50
3.2.1. O princípio da capacidade contributiva 51
3.3. Taxas 62
3.3.1. Taxa de serviço 63
3.3.2. Taxa de polícia 71
3.3.3. A base de cálculo das taxas 77
3.3.4. Taxas de serviço x preços públicos 81
3.4. Contribuição de melhoria 82
RESUMO ESQUEMATIZADO 92
Doutrina e Jurisprudência 97
Temas para a prova discursiva 104
Questões propostas 108
Gabarito 121
Questões comentadas 122
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AULA 01
Agora que você já deu o primeiro passo, iniciamos juntos uma jornada rumo
à sua aprovação.
Estudar para a Receita Federal não é tarefa das mais fáceis. Os concursos
apresentam um elevado grau de dificuldade em suas provas, além do alto
nível dos candidatos. Por isso, torna-se necessária uma preparação com
planejamento e muita disciplina.
Buscarei, assim, atender tanto aos concurseiros do nível mais básico, ou seja,
aqueles que estão vendo a matéria pela primeira vez, como àqueles mais
avançados, que desejam fazer uma revisão completa e detalhada da matéria.
Mas como isso é possível?
Uma das dificuldades que percebo na preparação para concursos é encontrar
um material que possa atender por completo, acompanhando o candidato
do nível básico ao avançado.
Tenho percebido essa dificuldade entre os concurseiros. Acompanhando os
fóruns especializados, é possível ver indicações do tipo: “se você for iniciante,
utilize o livro tal e quando estiver mais avançado, recomendo o livro tal...”
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Módulo questões ESAF: bateria de, no mínimo, 25 questões com foco total
na ESAF. Ao longo do curso serão 300 questões da banca.
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Essa é o diferencial que quero trazer para a sua preparação. Espero, assim,
dividir com você a experiência de quem já foi concurseiro e enfrentou
diversas provas.
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AULA 01
Definições iniciais. Conceito e classificação dos tributos.
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2. Metodologia utilizada
3. Legislação aplicável
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4. Abordagem
Estudar Direito Tributário para o concurso da Receita Federal não pode mais
ser restrito à leitura da Constituição e do CTN.
As provas evoluíram bastante e exigem do candidato, muitas vezes,
entendimentos que não constam nas leis, mas firmados em discussões
judiciais ou defendidos por doutrinadores de escol.
Partindo dessa constatação, se faz necessária uma abordagem completa, que
contemple esses entendimentos. Sendo assim, sempre que o assunto exigir,
trarei os posicionamentos dos tribunais superiores (jurisprudência do STF e
do STJ) e entendimentos doutrinários que ilustrem o tema em discussão.
Ademais, quando estivermos diante de temas mais polêmicos, buscarei
explorar qual o entendimento aceito pelas bancas, para que você não tenha
dúvida na hora da prova.
5. Suporte
Por fim, informo que nosso estudo não se limita à apresentação das aulas ao
longo do curso. É mais do que natural que você tenha dúvidas, mas elas não
podem permanecer até o dia da prova, não é mesmo?
Então, estarei sempre à disposição para responder aos seus
questionamentos através do fórum de cada aula.
Todos têm dúvidas! Errar é comum quando se está tentando aprender. O que
não pode acontecer é você guardar sua dúvida ao invés de expor a sua
dificuldade.
Conte comigo! Nada será mais gratificante para mim do que receber uma
mensagem trazendo a notícia da sua aprovação. Vamos juntos até lá!
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DEFINIÇÕES INICIAIS
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Por conseguinte, o Direito como ciência estuda não apenas o Direito em seu
sentido objetivo (leis e normas), como também sua acepção subjetiva
(aplicação das leis e normas ao caso concreto, assegurando que o indivíduo
tenha seu direito respeitado).
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2. Estado
Dispõe a Constituição Federal que todo o poder emana do povo, que o exerce
por meio de representantes eleitos ou diretamente. Nesse sentido, temos o
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3. Receitas públicas
Diariamente nos deparamos com notícias que retratam aumentos dos gastos
públicos, referentes a investimentos nas áreas de educação, saúde e
infraestrutura. É bem claro percebermos que o governo precisa arrecadar
para custear essas despesas. Para satisfazer o bem comum, ou seja, atender
o interesse da coletividade, se faz necessário o ingresso de recursos nos
cofres públicos.
Os tributos representam, sem dúvida, a fonte mais expressiva de receita para
o Estado, necessária para cobrir todos esses gastos. Contudo, é importante
percebermos que, não obstante representar uma parcela significativa da
arrecadação, os tributos não constituem a única receita do Estado.
Isso porque o Estado se vale de duas formas distintas para captar recursos e,
assim, poder conferir à coletividade o atendimento das suas necessidades.
Para entendê-las, precisamos analisar as formas de atuação do Estado.
O Estado existe para o atendimento do interesse público (interesse primário).
No entanto, como garantir o atingimento desse objetivo quando os interesses
individuais divergem do interesse público?
É justamente para conferir à Administração Pública a garantia de atuar em
prol do interesse coletivo que o ordenamento jurídico lhe atribui uma série
de prerrogativas (privilégios). Trata-se do regime jurídico-administrativo,
regido pelas normas de Direito Público, por meio do qual o Estado ocupa
posição de superioridade em relação ao particular.
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Por outro lado, o Estado também pratica atos em que não se reveste de tais
poderes, pois não atua em nome do interesse público primário, mas no
interesse da própria Administração Pública (interesses secundários).
Seria o caso em que a prefeitura municipal pretenda alugar um imóvel para
o funcionamento de um de seus órgãos. Nesse caso, o órgão público não atua
em posição de superioridade em relação ao proprietário do imóvel. Assim,
não poderia obrigá-lo a alugar seu bem, caso não fosse do seu interesse.
Trata-se, portanto, de um ato regulado preponderantemente pelas normas
de Direito Privado, caracterizado pela isonomia entre as partes. Nessa
situação, o Estado despe-se da sua condição de superioridade e atua como
se particular fosse.
Dos atos praticados pelo Estado, seja agindo em posição de superioridade
(poder de império), seja em nível de igualdade com os particulares, pode
resultar o ingresso de receitas nos cofres públicos. Agindo para a
consecução dos seus interesses primários, o Estado obtém receitas por meio
de coerção dos particulares. Seria o caso da aplicação de uma multa de
trânsito, por exemplo. Agindo em condições de igualdade, o Estado pode
receber rendimentos de uma aplicação financeira, da mesma forma que as
demais pessoas. Partindo desse ponto, surgiu a classificação das receitas
públicas em receitas originárias e receitas derivadas.
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Apesar de ser uma classificação de fácil entendimento, não é raro ser cobrada
em concursos. Vejamos.
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c) multas administrativas
d) taxas
e) preços públicos
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1. Conceito de tributo
De acordo com o que estudamos acima, os tributos compõem as receitas
derivadas, sendo, portanto, instituídos em função do poder de império do
Estado para custear os gastos públicos.
A definição de tributo está expressa no Código Tributário Nacional. Daí,
verificamos que a definição de tributo é legal, ou seja, é expressa em lei.
Então, vamos à nossa primeira consulta ao CTN.
Em seu art. 3º, o Código assim define tributo:
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada.
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A Constituição Federal determina em seu art. 5º, II, que ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
Por conseguinte, verifica-se que o caráter compulsório do tributo decorre da
sua instituição em lei. Ou seja, a lei é capaz de inovar no ordenamento
jurídico, criando direitos e obrigações para os administrados. Sendo assim, a
compulsoriedade nada mais é do que a confirmação do vínculo obrigacional
a que o contribuinte se submete por força de lei.
Temos, com isso, que a imposição do tributo não resulta da vontade do
contribuinte, mas, como visto, do poder de império do Estado, que o
exerce por meio das leis.
A Administração Pública precisa arrecadar para custear suas despesas e, para
isso, institui os tributos, obrigando aqueles previstos em lei (os contribuintes)
ao pagamento.
Você já foi questionado alguma vez se gostaria de pagar o imposto de renda?
Ou já chegou alguma correspondência da prefeitura lhe pedindo, por favor,
que ajude com alguma doação para o IPTU?
Não, meu amigo! Isso porque o Estado não precisa pedir um favor para você
contribuir, pois uma vez instituído o tributo, que pela própria definição legal
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A segunda parte da expressão prevista no art. 3º (“ou cujo valor nela se possa
exprimir”) permite o uso de algo que possa ter seu valor expresso em moeda.
Logicamente, como vimos, não se pode valer dessa previsão para quitar o
tributo com a dação de bens ou a prestação de serviços. Contudo, como
existe a previsão do próprio CTN, é válida a quitação do tributo por meio da
dação em bens imóveis.
Vale destacar que apenas o próprio CTN pode dispor sobre as formas de
extinção do crédito tributário (quitação do tributo) e que não houve, com o
surgimento dessa nova hipótese, a derrogação de qualquer expressão
do art. 3º do Código.
O tributo, como veremos mais adiante com a devida profundidade, surge com
a ocorrência de uma situação prevista em lei (fato gerador) e não por ter o
contribuinte cometido alguma infração. Tributo não é punição.
Na ocorrência de alguma infração à legislação, há diversas maneiras de o
Estado penalizar o infrator, tais como multas, perdimento de bens, entre
outras.
Essa expressão do art. 3º é de fundamental importância para entender que
tributo e multa não se confundem. São dois institutos distintos.
As multas, inclusive as tributárias, surgem em virtude do descumprimento da
legislação, o que as caracteriza como sanção (punição) ao ato ilícito
(descumprimento da lei). Ou seja, a multa é exatamente aquilo que o tributo
não pode ser: sanção por ato ilícito.
A fim de ilustrar a diferenciação entre tributo e multa, analisemos um trecho
de decisão do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 94.001/SP. Eis
o voto do relator, Ministro Moreira Alves:
“O art. 3º do CTN não admite que se tenha como tributo prestação
pecuniária compulsória que constitua sanção de ato ilícito. O que implica
dizer que não é permitido, em nosso sistema tributário, que se utilize de
um tributo com a finalidade extrafiscal de se penalizar a ilicitude. Tributo
não é multa, nem pode ser usado como se o fosse. Se o município quer
agravar a punição de quem constrói irregularmente, cometendo ilícito
administrativo, que crie ou agrave multas com essa finalidade. O que não
pode – por ser contrário ao art. 3º do CTN, e, consequentemente, por não
se incluir no poder de tributar que a Constituição Federal lhe confere – é
criar adicional de tributo para fazer as vezes de sanção pecuniária de ato
ilícito.”
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Essa questão ilustra tudo o que acabamos de ver. Analisemos cada assertiva.
Item I – Verdadeiro. O fato de o usuário ter sua linha clonada não afasta a
incidência do ICMS sobre o serviço de comunicação contratado.
Item II – Verdadeiro. Conforme exposto, a tributação dos rendimentos ocorre
independentemente da licitude ou ilicitude do ato praticado pelo
contribuinte. Trata-se do princípio do non olet, previsto no art. 118 do CTN.
Sendo assim, os rendimentos advindos da exploração do tráfico de drogas
são tributáveis, porquanto não se confunde a atividade ilícita do
contribuinte com o fato tributário de auferir rendas.
Item III – Verdadeiro. Como vimos, o ato ilícito não pode constituir o fato
gerador do tributo. O tributo não pode ser sanção por ato ilícito. A ação ilícita
analisada isoladamente está sujeita apenas à punição, que no caso em
questão culminou no perdimento das mercadorias.
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pecuniária
compulsória
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O que o Estado fez para que você conseguisse adquirir seu veículo? Coisa
alguma! Mas a propriedade de veículo automotor enseja o nascimento da
obrigação de pagar o IPVA.
Nos tributos não vinculados, dada a ausência de qualquer ligação entre o fato
gerador e a atuação estatal, podemos afirmar que o fato gerador é um FATO
DO CONTRIBUINTE.
Então, guarde bem esses conceitos:
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e dois filhos, paga plano de saúde e escola. O outro é solteiro e vive com os
pais, sem arcar com qualquer despesa.
A legislação permite que o primeiro possa deduzir os gastos com educação e
saúde, além de um desconto fixo por dependente. Desse modo, apesar de
auferir o mesmo rendimento, o primeiro trabalhador irá pagar menos
imposto, já que seus aspectos pessoais foram levados em conta na
tributação.
Entretanto, como a própria CF/88 define, nem sempre é possível adotar
critérios pessoais na cobrança do imposto. Vamos imaginar um concurseiro
fiscal que se preparou durante três anos e conseguiu ser aprovado no
concurso tão sonhado. Que alegria! Nomeado e com um bom salário na
conta, nosso amigo vai ao shopping comprar uma TV LED Ultra HD/4K 3D de
84”, por módicos R$40.000,00. Chegando ao caixa, feliz da vida, será que o
atendente iria fazer perguntas ao nosso amigo, do tipo: “Você tem filhos?
Paga plano de saúde?” para poder calcular qual seria o ICMS cobrado naquela
TV? Óbvio que não!!!
Concluímos então que, para apurar o ICMS daquela venda, nenhum aspecto
pessoal do consumidor (contribuinte de fato do ICMS) foi levado em
consideração. O ICMS pago naquela TV é o mesmo para um rico empresário
e para um trabalhador que juntou anos aquele valor. Estamos diante de um
IMPOSTO REAL, pois incide sobre bens e não leva em consideração
aspectos pessoais do contribuinte.
Há muitas críticas da doutrina acerca dessa classificação, principalmente em
se chamar de “reais” os impostos que incidem sobre bens (apesar da origem
latina do nome: res = coisa). Uma parcela entende que essa nomenclatura é
inadequada e deveria ser alterada de impostos reais para impostos objetivos,
já que neles apenas é levado em conta o objeto da tributação. Concluem
esses doutrinadores que os impostos pessoais também podem ser
considerados de impostos subjetivos, eis que neles são considerados os
aspectos do sujeito passivo da relação tributária.
Não obstante essa crítica, em prova de concurso público é amplamente
explorada a nomenclatura usual, a saber: impostos reais e impostos pessoais,
assim como esclarece Luiz Felipe Difini:
“Como noção, pode-se dizer que impostos reais são aqueles que incidem
sobre um objeto material, uma coisa (res, em latim); impostos pessoais,
aqueles em que a tributação incide devido a certas características da
pessoa do sujeito passivo. [...] Exemplo de imposto pessoal é o imposto de
renda. De impostos reais, o IPI, o ICMS e os impostos sobre o patrimônio
(IPTU, ITR, etc.).” (DIFINI, Luiz Felipe Silveira. Manual de Direito Tributário.
São Paulo: Saraiva, 2003, p. 28)
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TRIBUTOS DIRETOS
TRIBUTOS INDIRETOS
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FISCAL Tem por objetivo arrecadar, abastecer os cofres públicos. Ex.: ICMS
ARRECADAÇÃO Os recursos arrecadados têm uma destinação específica e não podem Ex.: Emp.
VINCULADA ser utilizados livremente pelo ente tributante. Compulsórios
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3. Espécies de tributos
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Não é difícil perceber que não faria sentido a menção a outras espécies
(empréstimos compulsórios e contribuições) no Capítulo denominado
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL se elas não fossem espécies tributárias.
Seria uma grande incoerência do constituinte originário.
Percebe-se que, com o novo regramento constitucional, passamos a ter cinco
espécies tributárias e não apenas três. É o que chamamos de teoria
pentapartida, ou pentapartição das espécies tributárias.
Já houve muita discussão acerca da aceitação da pentapartição.
Doutrinadores de escol, como Hugo de Brito Machado, por exemplo, não
classificam os empréstimos compulsórios como espécie tributária autônoma.
Discussões doutrinárias à parte, o tema foi pacificado pelo Supremo Tribunal
Federal após reiteradas decisões e esse entendimento é o que prevalece em
se tratando de prova de concurso. Vejamos a fundamentação da Corte
Suprema no julgamento do RE 146.733-9/SP, no voto condutor do Min.
Moreira Alves:
“De efeito, a par das três modalidades de tributos (os impostos, as taxas e
as contribuições de melhoria) a que se refere o art. 145 para declarar que
são competentes para instituí-los a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, os artigos 148 e 149 aludem a duas outras modalidades
tributárias, para cuja instituição só a União é competente: o empréstimo
compulsório e as contribuições sociais, inclusive as de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas.”
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IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
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c) estas são as espécies tributárias que podem ser instituídas tanto pela União
quanto pelos Estados/DF e Municípios, sem prejuízo de outras previstas na
própria Constituição da República.
d) estas são as espécies tributárias que podem ser instituídas tanto pela
União quanto pelos Estados/DF e Municípios, sem prejuízo de outras
previstas na Constituição dos Estados ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
e) os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais não têm natureza
tributária.
Comentários
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Com efeito, podemos verificar que o nome não define a natureza jurídica do
tributo. Tampouco o destino do valor arrecadado, pois, como vimos, é objeto
do Direito Financeiro, não estando mais vinculado à relação tributária.
Conforme estudamos, o CTN adota a teoria tripartida. Por isso, essa regra é
plenamente válida para determinar a natureza jurídica do tributo se
estivermos diante de apenas três possibilidades. Ou seja, para diferenciar um
imposto de uma taxa ou de uma contribuição de melhoria, basta olharmos
para o fato gerador.
Isso porque esses três tributos, originariamente previstos no CTN como
únicas espécies tributárias, têm fatos geradores bem característicos,
conforme veremos mais à frente.
Sendo assim, analisando apenas o fato gerador é possível diferenciá-las e
determinar a sua natureza jurídica.
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Comentários
Podemos verificar que o próprio enunciado amarrou a resposta às
disposições do CTN, ao pedir “de acordo com o Código Tributário Nacional”.
Sendo assim, a resposta obedece ao disposto no art. 4º, segundo o qual a
determinação da natureza jurídica do tributo decorre do fato gerador da
respectiva obrigação.
Gabarito: A
Comentários
É importante verificar que o enunciado ou as alternativas não fazem menção
a nenhuma espécie tributária. Isso já é um indicativo de que está sendo
pedida a regra geral estabelecida no art. 4º do CTN.
Conclui-se que a natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato
gerador.
Gabarito: D
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Comentários
Observe que o enunciado não faz referência ao CTN, e sim à CF/88,
questionando apenas sobre o destino da arrecadação. Indo para as
alternativas, podemos ver que elas citam várias espécies de tributos, sem
citar todos os elementos contidos no art. 4º do CTN (denominação e demais
características formais).
Isso leva à conclusão de que a questão cobra o regramento constitucional,
segundo o qual os empréstimos compulsórios e contribuições especiais
diferenciam dos impostos e das taxas não apenas pelo fato gerador, mas pelo
destino legal da arrecadação.
Gabarito: C
Comentários
Questão interessantíssima do CESPE.
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É, meus amigos!
Apesar da tendência em exigir o novo regramento, as questões ainda não são
uniformes. Ainda tem se cobrado muito a literalidade do art. 4º do CTN. O
que fazer, então na hora da prova?
3.2. Impostos
Reza o art. 16 do Código Tributário Nacional:
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
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AULA 01
surge não pela atuação estatal em relação ao contribuinte, mas por uma ação
ou situação do próprio contribuinte.
Além de ser tributo não vinculado, o imposto é tributo de arrecadação não
vinculada, por força do art. 167, IV, da CF, que veda a vinculação de receita
de impostos a órgão, fundo ou despesa.
Pela análise das várias formas de incidência dos impostos, podemos
constatar que em nenhum deles está presente a atividade estatal relativa ao
contribuinte. Em todas elas, o fato gerador é sempre algo relacionado à ação
ou ao patrimônio do contribuinte.
Logo, identificamos que nos impostos o fato gerador é um FATO DO
CONTRIBUINTE.
Não tendo origem em nenhuma ação estatal, o pagamento do imposto está
intimamente ligado a algo do contribuinte. Por isso, apesar de ser comum
ouvir expressões como “Eu pago meus impostos em dia, mas o governo não
faz nada por mim.” ou “Todo ano pago o IPVA, mas as ruas continuam cheias
de buracos.”, não se pode exigir ações do Estado em decorrência da
vinculação ao pagamento de impostos.
Nesse sentido, o STJ já decidiu que um contribuinte não poderia cobrar do
município a realização de determinadas obras ou serviços, pelo simples fato
de ter pago o IPTU:
“Os impostos, diversamente das taxas, têm como nota característica sua
desvinculação a qualquer atividade estatal específica em benefício do
contribuinte. Consectariamente, o Estado não pode ser coagido à
realização de serviços públicos, como contraprestação ao pagamento de
impostos, quer em virtude da natureza desta espécie tributária, quer em
função da autonomia municipal, constitucionalmente outorgada, no que
se refere à destinação das verbas públicas.” (STJ, 1ªT., REsp 478.958/PR, Rel.
Min. Luiz Fux)
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Isso ocorre porque nos tributos progressivos, para bases de cálculos maiores,
se paga progressivamente mais, diferente do ISS, no qual a proporção é
sempre a mesma.
É possível perceber que no imposto de renda, o princípio constitucional da
capacidade contributiva é concretizado pela utilização do critério da
progressividade. Essa é a função da tabela, que majora as alíquotas à
medida que a base de cálculo aumenta.
Isso significa que quem ganha mais não paga apenas proporcionalmente
mais, paga progressivamente mais. Paga um percentual maior de uma base
de cálculo maior.
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Esse tema, que já foi objeto de muita controvérsia, passou a ser pacificado
com a discussão acerca da constitucionalidade da taxa de fiscalização da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Vamos entender o histórico para que fique claro o entendimento firmado
pela Corte Suprema.
A referida taxa não foi instituída com uma alíquota em percentual (ad
valorem), mas por meio de uma tabela com valores específicos, que seriam
apurados de acordo com o patrimônio líquido da empresa a ser fiscalizada.
Mais ou menos assim:
Patrimônio Líquido Valor da taxa
de R$... a R$... R$...
de R$... a R$... R$...
de R$... a R$... R$...
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Ocorre que, embora não mencione expressamente as taxas no art. 145, §1º,
a Constituição não veda sua aplicação a essa espécie tributária. Nesse
sentido, resolvendo o caso, o STF assim manifestou sua decisão:
“Taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários... O
critério adotado pelo legislador para a cobrança dessa taxa de polícia
busca realizar o princípio constitucional da capacidade contributiva,
também aplicável a essa modalidade de tributo, notadamente quando a
taxa tem, como fato gerador, o exercício do poder de polícia.” (STF, 2ª T.,
ARegREx 176.382-5/CE, Min Celso de Mello, mai/00)
Por isso, é bom atentar para a possibilidade de mudança nas questões que
versam sobre a aplicação do princípio. E isso já vem acontecendo!
Comentários
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Como visto, para que seja avaliada de forma mais igualitária, a capacidade
contributiva é medida nos impostos reais pelo princípio da seletividade,
aplicando alíquotas mais elevadas para bens supérfluos e mais reduzidas
para bens de primeira necessidade. Já nos impostos pessoais, é graduada
pelo critério da progressividade, adotando alíquotas mais elevadas para
maiores bases de cálculo.
De uma forma ou de outra, o que está sendo feito é a tributação maior quanto
maior for a manifestação de riqueza.
Ocorre que, apesar de se dar em menor escala, é possível graduar os
impostos reais (aqueles que incidem sobre bens, ou patrimônio) pelo critério
da progressividade. Apesar de não ser a regra geral, há previsão
constitucional para isso:
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
(...)
§1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182,
§4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
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3.3. Taxas
Mais uma vez, vamos recorrer ao art. 145, da CF:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
instituir os seguintes tributos:
(...)
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados
ao contribuinte ou postos à sua disposição;
Observe que a taxa figura como um tributo contraprestacional, eis que para
ser exigida depende de uma atividade estatal específica relativa ao
contribuinte. Exatamente o contrário do conceito de imposto, que
acabamos de estudar. Logo, identificamos que nas taxas o fato gerador é
um FATO DO ESTADO.
O fundamento das taxas é que se os serviços são prestados voltados para o
contribuinte, de forma específica e divisível, e o exercício do poder de polícia
é direcionado, não seria justo exigir de toda a sociedade o valor
correspondente. Se as atividades estatais que ensejam a cobrança da taxa
têm destinatários específicos, estes devem suportar o ônus. Podemos
perceber que as taxas são tributos vinculados por excelência.
Da leitura do dispositivo constitucional, podemos verificar que há dois
possíveis fatos geradores para as taxas: o exercício regular do poder de
polícia e a prestação de serviços públicos específicos e divisíveis.
É necessário, para um melhor entendimento, analisar as características das
taxas separando-as pelo fato gerador. Assim, temos a taxa de serviço e a
taxa de polícia.
A fim de tornar mais claro o entendimento dos fatos geradores das taxas e
seus respectivos requisitos, vejamos de forma esquematizada na próxima
página:
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AULA 01
EXERCÍCIO REGULAR DO
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
PODER DE POLÍCIA
ESPECÍFICOS E DIVISÍVEIS
UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
EFETIVA POTENCIAL
A Constituição Federal dispõe que as taxas têm como um dos possíveis fatos
geradores a utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
Podemos verificar que a disciplina constitucional exige duas características
fundamentais para o serviço: ser específico e divisível; e outra característica
para a utilização desse serviço: ser efetiva ou potencial. Analisemos essas
características.
Perceba que não basta ser um ou outro. A CF deixa claro que é necessário
apresentar as duas características: ser específico E divisível.
Vejamos primeiramente a definição legal dessas características, que se
encontram no art. 79 do CTN:
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o art. 77 consideram-se:
(...)
II- específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas
de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte
de cada um dos seus usuários.
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AULA 01
O CTN não explicou de forma muito clara o que vem a ser serviço específico.
Sendo assim, precisamos traduzir o que quis dizer o legislador.
Para o serviço ser específico, é necessário que exista um órgão responsável
pela sua prestação. O CTN fala em utilidade ou necessidade pública. Por
exemplo, a sociedade necessita de um serviço de coleta de lixo. Assim, o
Município deve ter um órgão específico que atenda a essa demanda da
população.
Na esteira desse entendimento, o serviço é específico quando prestado por
órgão competente, cuja atribuição seja a prestação daquele serviço e que seja
possível aos contribuintes identificar essa prestação. Em outras palavras, o
serviço é específico quando o contribuinte sabe por qual serviço está
pagando e quem lhe presta o serviço.
A outra exigência constitucional é que o serviço seja divisível. Nos termos do
CTN, o serviço é divisível quando suscetível de utilização, separadamente, por
cada um dos usuários. Ou seja, para ensejar a cobrança da taxa, é preciso
identificar quem são os usuários do serviço e que, além disso, seja possível
aferir qual foi a utilização por parte de cada um deles.
Sendo assim, o serviço é divisível quando o Estado pode identificar quem
são os usuários do serviço e medir qual foi a utilização por cada um
deles.
Isso significa que serviços prestados de forma genérica à coletividade
(serviços uti universi) não legitimam o Estado a exigir a taxa dos seus usuários.
Um exemplo desse tipo de serviço é a segurança pública.
Sabemos que esse serviço atende toda a coletividade, porém não há como
medir o que cada um utilizou de segurança pública para exigir a taxa, vale
dizer, o serviço não é divisível. Esses serviços devem ser custeados pela
arrecadação com os impostos. Os serviços que ensejam a cobrança de taxa
devem ser prestados com usuários determinados (serviços uti singuli).
Imaginemos uma situação específica como a realização de um evento
particular, com um show em uma casa de espetáculos que receberá milhares
de espectadores. Certamente, esse show demandará uma força policial nos
arredores para garantir a segurança. Nesse sentido, poderíamos aceitar que
é possível identificar os usuários do serviço de segurança pública?
A resposta é negativa. Apesar de ter um efetivo policial destinado a atender
um evento determinado, ainda assim é praticamente impossível determinar
o que cada usuário utilizou do serviço. Um outro ponto que fortalece a
caracterização desse serviço como indivisível é que o Estado está obrigado a
prestá-lo a toda a sociedade, indiscriminadamente. Nesse sentido, decidiu o
STF:
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Nesse tipo de serviço é possível identificar os usuários, eis que a coleta está
sendo realizada individualmente, porta a porta. Ainda que em condomínios
não seja possível, no momento da coleta, identificar o lixo de cada
condômino, é possível determinar que todos ali são usuários do serviço
(vamos entender melhor esse ponto ao tratar da utilização).
Ocorre que muitos municípios tributam mediante taxa o serviço de limpeza
urbana. E quando ouvimos “limpeza urbana” o que nos vem à mente? A
varrição das vias públicas, a coleta dos resíduos nos logradouros, a poda de
árvores, etc.
Se pararmos para analisar, esse serviço não permite a identificação
individualizada dos usuários. Trata-se de um serviço destinado a toda a
população, sem divisibilidade.
Imagine as árvores da cidade, cujas folhas caem diariamente. A prefeitura
realiza o serviço de varrição das ruas, mas é possível quantificar quantas
folhas foram recolhidas e o quanto foi limpo correspondente a cada
habitante? Impossível.
Diante dessa cobrança e das inúmeras discussões levadas ao Judiciário
debatendo a constitucionalidade dessas taxas, o STF decidiu pela sua
inconstitucionalidade, justamente por não apresentar a divisibilidade como
característica:
“Tributo vinculado não apenas à coleta de lixo domiciliar, mas também à
limpeza de logradouros públicos, hipótese em que os serviços são
executados em benefício da população em geral (uti universi), sem
possibilidade de individualização dos respectivos usuários e,
consequentemente, da referibilidade a contribuintes determinados, não
se prestando para custeio mediante taxa. Impossibilidade, no caso, de
separação das duas parcelas.” (STF, RE 249.070, relator Min. Ilmar Galvão,
1ª Turma, DJU 17.12.1999)
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Tendo em vista que muitos municípios do nosso país adotavam essa prática
de tributar mediante taxa o serviço de limpeza urbana (embora cada um
adote um nome diferente), muitos casos chegaram para apreciação do STF, o
que resultou na edição da Súmula Vinculante 19:
Súmula Vinculante 19 do STF
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d) A taxa criada pelo Estado é ilegal, já que o serviço prestado pela polícia para
fins privados deve ser remunerado por preço público.
e) A taxa é inconstitucional, em virtude de não ser possível criar tal exação
quando o serviço público puder ser remunerado por imposto.
Comentários
Conforme acabamos de estudar, são dois os possíveis fatos geradores das
taxas: a utilização de serviços públicos e o exercício do poder de polícia.
Acontece que o poder de polícia não se confunde com a polícia
administrativa, que garante a segurança pública. Como visto, a segurança
pública é serviço indivisível, não sendo possível avaliar o que foi utilizado de
forma individual.
Ademais, a questão informa que o fato gerador da taxa é a utilização do
serviço de segurança, prestado pelo Estado, quando extrapolar a segurança
gratuita que o próprio Estado oferece, ou seja, na situação exposta na
questão, o Estado Beta estaria criando o serviço de segurança particular, o
que seria absurdo.
Analisemos cada uma das alternativas.
Alternativa A – Correta. A atividade de segurança pública é prestada a toda
sociedade de forma geral, não se trata de um serviço divisível, pois não é
possível mensurar o quanto cada um utilizou do serviço. Logo, não sendo
divisível, o serviço não pode ser remunerado mediante taxa.
Assertiva B – Errada. Como vimos, apesar da necessidade de segurança
maior por parte da população, trata-se de dever do Estado. Este não poderia
se valer dessa condição criada pela ineficiência do próprio serviço prestado e
oferecer segurança particular custeada mediante taxa. Seria absurda tal
situação.
Assertiva C – Errada. Em primeiro lugar, a taxa citada é ilegal pelos motivos
já expostos. O segundo erro é afirmar que a segurança pública não é gratuita,
pois, como vimos, é dever do Estado.
Assertiva D – Errada. A taxa é de fato ilegal. Porém, não há que se falar na
prestação de serviços de segurança privada pelo Estado.
Alternativa E – Errada. A atividade de segurança pública, por ser indivisível,
deve ser custeada pela arrecadação dos impostos. Isso não significa que o
serviço de segurança pública é o fato gerador do imposto. Não há imposto a
ser pago pela prestação de serviço estatal, já que o imposto é tributo não
vinculado a qualquer ação do Estado. Apenas o produto da arrecadação dos
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energia elétrica, etc. Esse entendimento foi muito bem ilustrado em decisão
proferida pelo TRF-1:
“A taxa corresponde a uma quantia que o Estado cobra, por um serviço
que presta de natureza administrativa, no exercício do poder de polícia,
em benefício da coletividade, de serviço que não pode ser delegado ao
particular, é atividade específica do Estado. Preço público é tipo de receita
originária, sem qualquer coação, e que tem por fonte de recurso o próprio
setor público...” (TRF1, 3ª T., MAS 93.01.10483-BA, juiz Tourinho Neto,
jun/95)
Essa Súmula está superada, eis que sua parte final faz menção ao princípio
da anualidade (necessidade de prévia autorização orçamentária), que não foi
contemplado na Constituição Federal de 88.
Independente disso, o entendimento da sua parte inicial, ou seja, a diferença
fundamental entre taxa e preço público pelo critério da compulsoriedade
continua válido e até hoje tem sido objeto de prova de concurso.
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Devemos lembrar que uma obra pública visa não ao interesse particular dos
proprietários de imóveis, mas à satisfação de toda a sociedade. Sendo assim,
a princípio, deveria ser custeada pelo valor arrecadado com os impostos, ou
seja, toda a população suportaria o ônus daquela obra.
Contudo, havendo a valorização dos imóveis adjacentes a determinada obra,
não é justo que toda sociedade suporte seu custo, em benefício de poucos.
Da mesma forma, também é injusto cobrar a contribuição dos proprietários
se não houver realmente a valorização do imóvel.
Na esteira desse entendimento, depreende-se do texto legal que o fato
gerador da contribuição de melhoria é a valorização do imóvel,
decorrente de obra pública. Dessa forma, não basta o Estado promover a
obra próxima ao imóvel. Para fazer jus à cobrança da contribuição, há que
ocorrer a valorização do imóvel e que esta seja decorrente da obra.
Vejamos uma verdadeira lição sobre o tema em um julgado do STJ:
“1. A entidade tributante, ao exigir o pagamento de contribuição de
melhoria, tem de demonstrar o amparo das seguintes circunstâncias: a) a
exigência fiscal decorre de despesas decorrentes de obra pública
realizada; b) a obra pública provocou a valorização do imóvel; c) a base de
cálculo é a diferença entre dois momentos: o primeiro, o valor do imóvel
antes da obra ser iniciada; o segundo, o valor do imóvel após a conclusão
da obra. 2. É da natureza da contribuição de melhoria a valorização
imobiliária (Geraldo Ataliba). 3. Precedentes jurisprudenciais ... 4. A adoção
também da corrente doutrinária que, no trato da contribuição de
melhoria, adota o critério de mais valia para definir o seu fato gerador ou
hipótese de incidência...” (STJ, 1ª T., REsp 243.381/SP, Min. José Delgado,
mar/00)
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Imagine que o bairro que você reside seja bastante monótono, com
muitos terrenos a construir e que uma área grande que havia perto
da sua residência deu lugar a um belo shopping center, de modo
que o bairro se tornou bastante movimentado e os imóveis
valorizaram de forma absurda. Nesse caso, poderia ser instituída
uma contribuição de melhoria?
A resposta é negativa. Voltemos ao art. 81 do CTN e verifiquemos
que a contribuição só pode ser instituída para custear uma obra
pública, não podendo servir para arrecadar em face da valorização
resultante de obras privadas.
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É raro ver essas exigências legais sendo cobradas em prova. Por isso, não há
necessidade de decorá-las nem estuda-las à exaustão.
Entretanto, elas servem de base para entendermos que há todo um
procedimento administrativo para que seja possível a cobrança. Podemos
verificar, com isso, que a cobrança da contribuição de melhoria é posterior à
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Não obstante constar a pavimentação como uma das obras que ensejam a
cobrança da contribuição de melhoria, caso ocorra valorização imobiliária
dela decorrente, os tribunais superiores têm entendido que as obras de
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Alternativa A – Errada. O limite individual para a cobrança é o valor da
valorização do imóvel.
Alternativa B – Errada. O fato gerador da contribuição de melhoria é a
valorização do imóvel, decorrente de obra pública. Dessa forma, não basta o
Estado promover a obra. Para fazer jus à cobrança da contribuição, há que
ocorrer a valorização do imóvel e que esta seja decorrente da obra. O imóvel
I não teve valorização, por isso não deve incidir a contribuição de melhoria.
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O CTN estatui que o valor máximo individual é a valorização decorrente da
obra e o limite global (aquele arrecadado da totalidade dos beneficiados) é a
despesa realizada pelo ente público.
Por conseguinte, o proprietário do imóvel D não deverá pagar a contribuição,
eis que não houve qualquer valorização decorrente da obra.
Para os imóveis A, B e C, haverá incidência da contribuição, desde que o valor
máximo para cada um deles não ultrapasse a respectiva valorização. Assim,
temos os limites máximos:
A – 6.000.000, pois apesar de ter valorizado 8.000.000, deve-se observar como
limite global o custo total da obra.
B – 3.000.000 este é o valor da sua valorização
C – 1.000.000 este é o valor da sua valorização
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Receitas públicas
Apesar da grande participação dos tributos (e demais receitas derivadas) na
arrecadação dos entes federados, outras formas de ingresso, mais precisamente as
receitas originárias, ainda que em volume bem menor, também abastecem os cofres
públicos.
Conceito de tributo
Para se enquadrar no conceito de tributo a prestação deve cumprir TODAS as
exigências do CTN em seu art. 3º, totalizando 6 características:
pecuniária
compulsória
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AULA 01
FISCAL Tem por objetivo arrecadar, abastecer os cofres públicos. Ex.: ICMS
ARRECADAÇÃO Os recursos arrecadados têm uma destinação específica e não podem Ex.: Emp.
VINCULADA ser utilizados livremente pelo ente tributante. Compulsórios
IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
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AULA 01
IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (sociais, de intervenção, corporativas)
Conceito de imposto
CTN - Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
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AULA 01
Taxas
EXERCÍCIO REGULAR DO
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
PODER DE POLÍCIA
ESPECÍFICOS E DIVISÍVEIS
UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
EFETIVA POTENCIAL
Taxa de serviço
Para o serviço ser específico, é necessário que exista um órgão responsável pela
sua prestação. O CTN fala em utilidade ou necessidade pública.
Nos termos do CTN, o serviço é divisível quando suscetível de utilização,
separadamente, por cada um dos usuários.
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AULA 01
Taxa de polícia
CTN - Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração
pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade,
regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina
da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia
quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei
aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade
que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Contribuição de melhoria
Princípio do não enriquecimento sem causa
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AULA 01
DOUTRINA E JUSRISPRUDÊNCIA
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AULA 01
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AULA 01
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AULA 01
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AULA 01
bem que lhe pertence. Não possui natureza tributária (Lei n. 4.320/1964,
art. 39, 2º). (STJ, 2ª T., REsp 1145801/SC, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS,
ago/2010)
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AULA 01
Tema 01
O art. 4º do CTN define que a natureza jurídica específica do tributo é
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes
para qualifica-la a denominação e demais características formais adotadas
pela lei, bem como a destinação legal do destino da arrecadação.
Com o advento da Constituição Federal de 1988, muito se discutiu acerca da
recepção desse dispositivo legal.
Partindo dessas informações, discorra sobre aplicabilidade do art. 4º do CTN
a partir da nova ordem constitucional e de acordo com o entendimento
dominante.
Desenvolvimento: 20 a 40 linhas
Tema 02
Discorra sobre a disciplina constitucional destinada às taxas, abordando
necessariamente:
- os fatos geradores
- a competência para instituição
- a determinação referente à base de cálculo e o entendimento sumulado
pelo STF relativo a esse dispositivo
Desenvolvimento: 20 a 40 linhas
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AULA 01
TEMA 01
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AULA 01
TEMA 02
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AULA 01
QUESTÕES PROPOSTAS
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AULA 01
Estão corretos:
a) apenas os itens I e III
b) apenas os itens I, III e IV
c) todos os itens estão corretos
d) apenas os itens III e IV
e) apenas os itens II, III e IV
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AULA 01
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AULA 01
podem ter como base de cálculo o valor da condenação, desde que obedeça
ao princípio da razoabilidade.
d) É constitucional a escolha do valor do monte-mor (inventário) como base
de cálculo da taxa judiciária, por não afrontar o artigo 145, §2º, da CF.
e) Não há possibilidade de, segundo os princípios que informam o nosso
ordenamento jurídico tributário, ser alocado o produto da arrecadação de
custas judiciais (taxas) ao Poder Judiciário, para cobrir despesas com
treinamento de pessoal que serve à Justiça.
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AULA 01
d) II e III.
e) todos os itens estão corretos.
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AULA 01
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AULA 01
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
D E C B D E D B C E C A C E C
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
C B E E B C D A C E
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AULA 01
QUESTÕES COMENTADAS
Comentários
Alternativa A – Correta. Na própria definição de tributo, estampada no art.
3º do CTN, temos que se trata de prestação cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada. Isso significa que não cabe margem de
discricionariedade ao agente público, este deve cobrar o valor previsto em lei.
Alternativa B – Correta. Essa afirmação também decorre do conceito de
tributo previsto no CTN.
Alternativa C – Correta. Assertiva também extraída do conceito de tributo.
Alternativa D - Errada. Todo e qualquer tributo requer a edição de lei para a
sua instituição. Excepcionalmente, podem ser instituídos por medida
provisória.
Há que se observar que, apesar de ser ato expedido pelo Poder Executivo, a
Medida Provisória tem força de lei. Sendo assim, a instituição de tributos
requer a edição de ato com força de lei, vale dizer, capaz de inovar no
ordenamento jurídico. Não são válidos atos infralegais para instituir tributos.
Alternativa E – Correta. Tributo é prestação compulsória, correspondendo a
uma obrigação ex lege, ou seja, decorre diretamente da lei e não pela vontade
das partes.
Gabarito: D
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AULA 01
Comentários
Os gastos públicos são custeados pelas receitas auferidas pelo Estado.
Merecem destaque na arrecadação os tributos, que se classificam como
receitas derivadas.
Assim, tem-se por verdadeira a assertiva A, já que o Poder Público arrecada
os tributos se revestindo do poder de império, fazendo valer suas
prerrogativas para o atendimento do interesse público.
A tributação incide mesmo quando ocorrem certas atividades ilícitas. Isso
porque o fato gerador do tributo não se confunde com a atividade ilícita do
contribuinte. Imagine que um comerciante tenha posto à venda mercadorias
que foram roubadas de um depósito. Ao vender estas mercadorias, ocorrerá
a incidência do ICMS, mesmo que a aquisição dessas mercadorias tenha
ocorrido de forma ilícita, o que justifica a exatidão da alternativa B.
Para ser considerada tributo, a prestação deve atender a todas as exigências
do art. 3º do CTN. Correta a alternativa C.
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AULA 01
Comentários
O enunciado da questão traz o conceito de tributo, expresso no art. 3º do
CTN. Analisemos cada uma das assertivas.
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AULA 01
Comentários
Item I – Verdadeiro. O fato de o usuário ter sua linha clonada não afasta a
incidência do ICMS sobre o serviço de comunicação contratado.
Item II – Verdadeiro. A tributação dos rendimentos ocorre
independentemente da licitude ou ilicitude do ato praticado pelo
contribuinte. Trata-se do princípio do non olet, previsto no art. 118 do CTN.
Sendo assim, os rendimentos advindos da exploração do tráfico de drogas
são tributáveis, porquanto não se confunde a atividade ilícita do contribuinte
com o fato tributário de auferir rendas.
Item III – Verdadeiro. O ato ilícito não pode constituir o fato gerador do
tributo. O tributo não pode ser sanção por ato ilícito. A ação ilícita analisada
isoladamente está sujeita apenas à punição, que no caso em questão
culminou no perdimento das mercadorias.
Item IV – Falso. Se a empresa deixou de receber os valores dos seus clientes,
isso não significa que estará dispensado da tributação. A cobrança dos
valores pelas respectivas vendas é algo que faz parte da relação comercial,
mas pouco importa para a relação tributária.
Gabarito: B
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AULA 01
Comentários
Analisemos as assertivas.
Item I – Correto. Por meio da extrafiscalidade é possível atingir outros
objetivos distintos da principal meta do governo. Entre eles, destacam-se a
regulação de algum setor econômico, o estímulo ou desestímulo do consumo
e a proteção da indústria nacional.
Item II – Errado. A intervenção na economia é uma das formas de
manifestação do caráter extrafiscal do tributo.
Item III – Correto. A extrafiscalidade não ocorre apenas com a tributação
propriamente dita, elevando ou reduzindo alíquotas. Outros benefícios fiscais
também são expressão da extrafiscalidade.
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AULA 01
Comentários
Questão que exige um pouco mais que a simples literalidade do art. 3º do
CTN. Vejamos:
Alternativa A – Errada. Com o advento da Lei Complementar nº 104/2001,
uma controvérsia foi levantada. Esta LC acrescentou o inciso XI ao art. 156 do
CTN, permitindo a dação em pagamentos em bens imóveis como forma de
extinção do crédito tributário. A grande discussão girou em torno do conflito
entre esta nova forma de quitação do tributo (através de bens imóveis) e a
previsão do art. 3º do CTN de que o tributo é pago em moeda. No entanto, a
segunda parte da expressão (cujo valor nela se possa exprimir) permite o uso
de algo que possa ter seu valor expresso em moeda, desde que previsto no
próprio CTN.
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AULA 01
Comentários
Antes de analisarmos o teor de cada alternativa, cabe aqui uma observação.
A questão trata de vários aspectos dos tributos remente à disciplina legal e
constitucional. Cumpre aqui destacar que nem todos os conceitos ou
definições estão expressos na Constituição Federal. Grande parte deles está
previsto no CTN. Assim, ao analisarmos cada uma das alternativas, devemos
estar atentos à disciplina constitucional e às normas gerais previstas no
Código Tributário Nacional.
Vejamos cada uma das alternativas.
Alternativa A – Errada. A definição de tributo não está disposta de forma
expressa no texto constitucional. Trata-se de uma definição trazida pelo CTN
em seu art. 3º. Ademais, esta definição prevista no Código afasta do seu
conceito a sanção por ato ilícito.
Alternativa B – Errada. Essa assertiva requer muita atenção! A natureza
jurídica do tributo analisada sob a ótica legal é definida apenas pelo fato
gerador do tributo. Essa previsão legal decorre da adoção da teoria tripartida
à época da edição do CTN. Contudo, a disciplina constitucional inaugurada
em 1988 aceita o destino legal dado à arrecadação como fator determinante
para classificar as contribuições especiais e os empréstimos compulsórios,
espécies tributárias de acordo com a teoria pentapartida.
Alternativa C – Errada. Legalmente as espécies tributárias são apenas
impostos, taxas e contribuição de melhoria (teoria tripartida adotada pelo
CTN). Além disso, pela disciplina constitucional (pentapartição), temos
impostos, taxas, contribuição de melhoria, contribuições especiais e
empréstimos compulsórios. A assertiva separou as subespécies de
contribuições como sendo espécies autônomas.
Alternativa D – Correta. Os possíveis fatos geradores das taxas estão
previstos tanto na Constituição Federal (art. 145, II) como no CTN (art. 77).
Trata-se do exercício regular do poder de polícia ou da utilização efetiva ou
potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos à sua disposição. A assertiva está correta ainda em
destacar a impossibilidade de adoção nas taxas de base de cálculo idêntica
ao dos impostos já existentes. Assim dispõe o art. 77, parágrafo único, do CTN
e aponta a jurisprudência do STF, vide Súmula Vinculante nº 29.
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Comentários
A questão exigiu muito além da literalidade da Constituição Federal,
cobrando aspectos doutrinários e jurisprudenciais.
Em todos os impostos há a identificação de que, de alguma forma, o
contribuinte demonstra a capacidade para contribuir, ainda que discreta.
Vejamos, alguns exemplos.
No imposto de renda, receber salário significa que a pessoa trabalha, logo
tem renda e pode contribuir. No ICMS, vender mercadorias significa que a
empresa está faturando e pode ajudar a coletividade. No imposto de
importação, importar uma mercadoria significa que a pessoa tem condições
de adquirir produtos do exterior, logo também pode contribuir na
arrecadação.
Ocorre que não é justo que todos paguem da mesma forma, já que a
capacidade para contribuir não é a mesma. Um rico empresário certamente
tem mais capacidade para contribuir do que um trabalhador que recebe um
salário mínimo.
Nessa linha, a Constituição Federal estabelece em seu art. 145, §1º, que:
Art. 145, § 1º. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e
serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte,
facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais
e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.
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Comentários
Assertiva I – Correta. Compreende a literalidade do parágrafo único do art.
78 do CTN.
Assertiva II – Foi considerada correta pela banca. Esse entendimento parte
do princípio de que a atividade de polícia não se manifesta exclusivamente
na atividade de fiscalização, mas também no exercício do poder
regulamentar, vale dizer, na edição de normas que regulamentam as
atividades dos contribuintes.
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Comentários
A questão, apesar de simples, tenta confundir o candidato ao atribuir às
taxas, características definidas na CF/88 para os impostos estaduais e
federais.
Alternativa A – Errada. Trata-se do princípio da capacidade contributiva
previsto no art. 145, §1º, da CF. Segundo este princípio, sempre que possível,
os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte.
Alternativa B – Errada. Trata-se de uma definição constitucional (art. 155,
§1º, IV) para o imposto sobre transmissão causa mortis e doação (ITCD), de
competência dos Estados e DF.
Alternativa C – Errada. Trata-se da previsão constitucional (art. 153, §3º, I e
II) válida para o IPI.
Alternativa D – Errada. Compreende aspectos definidos na Constituição
Federal (art. 153, §2º, I) para o imposto de renda.
Alternativa E – Resposta da questão. De acordo com o art. 145, §2º, da
Constituição, as taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Cumpre destacar que, não obstante essa previsão constitucional, o
entendimento do STF aponta para outras possibilidades.
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Comentários
A questão foi fundamentada nos arts. 77 e 79 do Código Tributário Nacional.
Alternativa A – Correta. Transcrição do parágrafo único do art. 77 do CTN.
Alternativa B – Correta. Por ser um tributo contraprestacional, a própria
Constituição Federal atribuiu a competência à União, Estados, DF e
Municípios (art. 145). Ocorrendo a prestação do serviço ou atividade de
polícia administrativa, pode ocorrer a instituição do tributo pelo ente
responsável pela atividade desenvolvida em relação ao contribuinte.
Alternativa C – Errado. Esta descrição não traz a definição de utilização
efetiva, mas sim de utilização potencial, conforme art. 79, I, b, do CTN.
Alternativa D – Correta. Literalidade do art. 79, II, do CTN.
Alternativa E – Correto. Literalidade do art. 79, III, do CTN.
Gabarito: C
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Alternativa A – Correta. As taxas e contribuição de melhoria são tributos
vinculados, cujos fatos geradores demandam uma contraprestação estatal.
Nas taxas temos a atuação do Estado na prestação de serviços públicos ou
no exercício do poder de polícia; na contribuição de melhoria temos a
realização de obra pública. Por essa razão, tais tributos são também
chamados de contraprestacionais.
Alternativa B – Errada. Tanto as taxas de polícia como as taxas de serviço
são tributos vinculados, já que demandam uma atuação estatal direcionada
ao contribuinte.
Alternativa C – Errada. É exatamente o contrário: o imposto é tributo não
vinculado por excelência. Seu fato gerador é situação que independe de
qualquer atuação estatal.
Alternativa D – Errada. Não há exceção quanto ao caráter não vinculado dos
impostos. Todos os impostos são não vinculados, pois seus fatos geradores
são manifestações de riqueza do sujeito passivo, inclusive o imposto de
renda.
Alternativa E – Errada. Valem aqui os mesmos comentários da alternativa B.
Gabarito: A
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O enunciado da questão já nos remete à jurisprudência. Mas algumas
alternativas podem ser eliminadas pelo simples conhecimento dos princípios
constitucionais. Analisemos cada uma das alternativas.
Alternativa A – Errada. Os tributos, em regra, devem obediência aos
princípios constitucionais que constituem limitações ao poder de tributar. A
própria CF/88 prevê exceções à aplicação dos princípios em alguns casos
específicos. No entanto, não há previsão constitucional para que as taxas não
respeitem os princípios da anterioridade ou isonomia.
Alternativa B – De início, já podemos observar um erro na assertiva. De
acordo com o conceito expresso no art. 3º do CTN, o tributo é uma prestação
instituída em lei, consoante o art. 150, I, da CF, que define o princípio da
legalidade tributária. Por esta razão, decidiu o STF:
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"Dispositivo por meio do qual o Ministério do Meio Ambiente, sem lei que
o autorizasse, instituiu taxa para inspeção de importações e exportações
de produtos da indústria pesqueira, a ser cobrada pelo Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, com
ofensa ao princípio da legalidade estrita, que disciplina o Direito
Tributário." (ADI 2.247-MC, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 13-9-
2000, Plenário, DJ de 10-11-2000.)
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Comentários
Inicialmente, cabe observar que a banca repetiu a resposta nas alternativas A
e D, mas não chega a prejudicar a solução da questão.
São classificados como extrafiscais os tributos cuja finalidade principal não é
arrecadar, mas regular algum setor econômico ou social. O IPI, apesar de
apresentar hoje uma arrecadação bastante expressiva, foi criado como
predominantemente extrafiscal e é utilizado muitas vezes como forma de
incentivar ou desestimular certas condutas dos contribuintes.
O imposto de importação é típico imposto extrafiscal, pois visa muitas vezes,
à proteção da indústria nacional. Já a CIDE, como o próprio nome diz, é uma
contribuição de intervenção, criada para custear as atividades estatais em
prol de determinado setor ou atividade econômica, típico tributo extrafiscal.
Por fim, há que se observar que não é possível instituição de taxa para custeio
do serviço de iluminação pública. De qualquer forma, a instituição de tributo
com tal fim (hoje possível apenas mediante contribuição específica) não
apresenta caráter extrafiscal, eis que não se pretende estimular ou
desestimular a utilização da iluminação pública.
Gabarito: E
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Alternativa A – Correta. A taxa surge em função de uma atividade estatal
relativa ao contribuinte. Nesse sentido, revela-se como um fato do Estado e
não do contribuinte (que é o caso dos impostos).
Taxas = fato do Estado
Impostos = fato do contribuinte
Alternativa B – Correta. De acordo com o art. 145, II, da CF, a taxa tem por
fatos geradores a prestação de serviços públicos ou o exercício regular do
poder de polícia.
Alternativa C – Errada. É certo que o fato gerador da taxa é a prestação de
serviços públicos. Entretanto, há que se observar alguns requisitos. O serviço
deve ser específico E divisível.
Alternativa D – Correta. Atenção a esta assertiva. Aqui não está se dizendo
que o fato gerador dos impostos são as atividades gerais do Estado. O que a
assertiva diz é que, por ser atividade geral, não pode ser financiada pelas
taxas, já que estas se destinam a custear serviços públicos específicos e
divisíveis. Para custear tais atividades, o Estado se vale da arrecadação com
os impostos, cuja receita é não vinculada.
Alternativa E – Correta. Literalidade do parágrafo único do art. 78 do CTN.
Gabarito: C
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Esta questão exigiu do candidato, exclusivamente, o conhecimento da
jurisprudência do STF. Vejamos:
Alternativa A – A Súmula 665 do STF defende a constitucionalidade da taxa
da CVM.
Súmula 665
É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores
mobiliários instituída pela Lei 7.940/1989.
Súmula 670
O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.
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Súmula 596
É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas e rodagem
cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto territorial rural.
Súmula Vinculante 29
É constitucional a adoção, no cálculo do valor da taxa, de um ou mais
elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que
não haja integral identidade entre uma base e outra.
Gabarito: C
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Questão que deve ser respondida com fundamento nas decisões do STF
sobre as contribuições. Vejamos em cada assertiva o entendimento que a
torna correta ou incorreta.
Alternativa A - Errada. Muito cuidado com o verbo prescindir. Ele significa
dispensar. A alternativa diz, em outras palavras, que seria obrigatório o uso
de lei complementar para instituir as CIDE e contribuições corporativas. Não
procede tal afirmação. A instituição dessas contribuições se dá por lei
ordinária.
"O STF fixou entendimento no sentido da dispensabilidade de lei
complementar para a criação das contribuições de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais." (AI
739.715-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 26-5-2009, Segunda
Turma, DJE de 19-6-2009.)
Alternativa B – Correta.
“A ‘destinação legal’ ou ‘finalidade’ é, atualmente, critério importantíssimo
para identificar determinadas espécies tributárias como as contribuições
especiais e empréstimos compulsórios, pois constitui seu critério de
validação constitucional. A competência é atribuída em função das
finalidades a serem perseguidas.” (PAULSEN, Leandro. Direito Tributário:
Constituição e Código Tributário à luz da doutrina e da jurisprudência. 15ª
ed. Livraria do Advogado, 2013, p. 670)
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Alternativa C – Errada.
“Contribuição em favor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas ( SEBRAE): constitucionalidade reconhecida pelo plenário do
STF, ao julgar o RE 396.266, Velloso, DJ de 27-2-2004, quando se afastou a
necessidade de lei complementar para a sua instituição e, ainda – tendo
em vista tratar-se de contribuição social de intervenção no domínio
econômico –, entendeu-se ser inexigível a vinculação direta do
contribuinte ou a possibilidade de que ele se beneficie com a aplicação dos
recursos por ela arrecadados, mas sim a observância dos princípios gerais
da atividade econômica.” (RE 389.016-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgamento em 30-6-2004, Primeira Turma, DJ de 13-8-2004.)
Alternativa D – Errada.
“Seguridade social. Servidor público. Vencimentos. Proventos de
aposentadoria e pensões. Sujeição à incidência de contribuição
previdenciária. Ofensa a direito adquirido no ato de aposentadoria. Não
ocorrência. Contribuição social. Exigência patrimonial de natureza
tributária. Inexistência de norma de imunidade tributária absoluta. EC
41/2003 (art. 4º, caput). Regra não retroativa. Incidência sobre fatos
geradores ocorridos depois do início de sua vigência. Precedentes da
Corte. Inteligência dos arts. 5º, XXXVI, 146, III, 149, 150, I e III, 194, 195,
caput, II e § 6º, da CF, e art. 4º, caput, da EC 41/2003. No ordenamento
jurídico vigente, não há norma, expressa nem sistemática, que atribua à
condição jurídico-subjetiva da aposentadoria de servidor público o efeito
de lhe gerar direito subjetivo como poder de subtrair ad aeternum a
percepção dos respectivos proventos e pensões à incidência de lei
tributária que, anterior ou ulterior, os submeta à incidência de
contribuição previdencial. Noutras palavras, não há, em nosso
ordenamento, nenhuma norma jurídica válida que, como efeito específico
do fato jurídico da aposentadoria, lhe imunize os proventos e as pensões,
de modo absoluto, à tributação de ordem constitucional, qualquer que
seja a modalidade do tributo eleito, donde não haver, a respeito, direito
adquirido com o aposentamento. Inconstitucionalidade. Ação direta.
Seguridade social. Servidor público. Vencimentos. Proventos de
aposentadoria e pensões. Sujeição à incidência de contribuição
previdenciária, por força de Emenda Constitucional. Ofensa a outros
direitos e garantias individuais. Não ocorrência. Contribuição social.
Exigência patrimonial de natureza tributária. Inexistência de norma de
imunidade tributária absoluta. Regra não retroativa. Instrumento de
atuação do Estado na área da previdência social. Obediência aos princípios
da solidariedade e do equilíbrio financeiro e atuarial, bem como aos
objetivos constitucionais de universalidade, equidade na forma de
participação no custeio e diversidade da base de financiamento.” (ADI
3.105, Rel. p/ o ac. Min. Cezar Peluso, julgamento em 18-8-2008, Plenário,
DJ de 18-2-2005.)
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O próprio enunciado fala que a questão deve ser respondida com base em
decisão recente do STF acerca do PIS e da COFINS.
Trata-se do RE 586.482/RS, de onde foram extraídas todas as assertivas.
Vejamos:
“TRIBUTÁRIO. CONSTITUCIONAL. COFINS/PIS. VENDAS INADIMPLIDAS.
ASPECTO TEMPORAL DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA. REGIME DE
COMPETÊNCIA. EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. IMPOSSIBILIDADE
DE EQUIPARAÇÃO COM AS HIPÓTESES DE CANCELAMENTO DA VENDA.
1. O Sistema Tributário Nacional fixou o regime de competência como
regra geral para a apuração dos resultados da empresa, e não o regime de
caixa. (art. 177 da Lei nº 6.404/76).
2. Quanto ao aspecto temporal da hipótese de incidência da COFINS e da
contribuição para o PIS, portanto, temos que o fato gerador da obrigação
ocorre com o aperfeiçoamento do contrato de compra e venda (entrega
do produto), e não com o recebimento do preço acordado. O resultado da
venda, na esteira da jurisprudência da Corte, apurado segundo o regime
legal de competência, constitui o faturamento da pessoa jurídica,
compondo o aspecto material da hipótese de incidência da contribuição
ao PIS e da COFINS, consistindo situação hábil ao nascimento da obrigação
tributária. O inadimplemento é evento posterior que não compõe o
critério material da hipótese de incidência das referidas contribuições.
3. No âmbito legislativo, não há disposição permitindo a exclusão das
chamadas vendas inadimplidas da base de cálculo das contribuições em
questão. As situações posteriores ao nascimento da obrigação tributária,
que se constituem como excludentes do crédito tributário, contempladas
na legislação do PIS e da COFINS, ocorrem apenas quando fato
superveniente venha a anular o fato gerador do tributo, nunca quando o
fato gerador subsista perfeito e acabado, como ocorre com as vendas
inadimplidas.
4. Nas hipóteses de cancelamento da venda, a própria lei exclui da
tributação valores que, por não constituírem efetivos ingressos de novas
receitas para a pessoa jurídica, não são dotados de capacidade
contributiva.
5. As vendas canceladas não podem ser equiparadas às vendas
inadimplidas porque, diferentemente dos casos de cancelamento de
vendas, em que o negócio jurídico é desfeito, extinguindo-se, assim, as
obrigações do credor e do devedor, as vendas inadimplidas - a despeito
de poderem resultar no cancelamento das vendas e na consequente
devolução da mercadoria -, enquanto não sejam efetivamente canceladas,
importam em crédito para o vendedor oponível ao comprador. ”
Gabarito: E
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Com validade no disposto no art. 145, III, da CF/88, o CTN preceitua:
“Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados,
pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que
decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado. ”
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Alternativa A – Errada. A instituição de contribuição de melhoria, nos termos
do art. 145, III da Constituição Federal é de competência do ente federado
que executar a obra pública de que resulte valorização imobiliária para o
contribuinte. No entanto, de acordo com o art. 7º do CTN, a competência para
instituição de tributos é indelegável, tanto por ação como por omissão. Assim,
na inércia do ente competente para instituir a contribuição, não cabe à União
instituir o tributo. Item falso.
Alternativa B – Correto. Enunciado corresponde ao texto literal do art. 145,
II.
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Alternativa A – Correta, de acordo com o parágrafo único do art. 148 da
Constituição.
Alternativa B – Correta. Há exigência constitucional de lei complementar
para a instituição do empréstimo compulsório.
Alternativa C – Errada. De acordo com o art. 148, II, da CF, em caso de
investimento público de relevante interesse nacional, aplica-se o princípio da
anterioridade.
Alternativa D – Correta, nos termos do art. 148, I.
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As hipóteses que autorizam a instituição dos empréstimos compulsórios
estão previstas no inciso I, do art. 148 da Constituição Federal:
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir
empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência.
Gabarito: D
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A contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, sendo espécie
tributária, deve obediência aos princípios constitucionais tributários, salvo
quando houver ressalva na própria Constituição.
Ocorre que não há ressalvas na aplicação dos princípios a esta espécie
tributária.
Alternativa A – Correta. A Súmula 670 do STF define que o serviço de
iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. Assim, de
acordo com a previsão constitucional do art. 149-A, os entes tributantes
devem custear tal serviço mediante a instituição de contribuição específica,
que deve respeitar os princípios constitucionais tributários.
Alternativa B – Errada. Não há ressalva na CF quanto à aplicação do princípio
da anterioridade na cobrança da contribuição.
Alternativa C – Errada. Vide comentários à alternativa A.
Alternativa D – Errada. Segundo o princípio da legalidade, há que se prever
em lei os aspectos da instituição do tributo, não podendo ser estabelecidos
em atos infralegais, como o Decreto, por exemplo.
Alternativa E – Errada. O parágrafo único do art. 149-A, da CF, confere
faculdade ao ente tributante para a cobrança da contribuição na fatura de
consumo de energia elétrica. Não se trata de obrigação, mas de opção.
Gabarito: A
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Item I – Sim. Segundo a Corte Suprema, o serviço de iluminação pública não
pode ser considerado específico e divisível, a fim de ter o seu custeio
mediante taxa. Com isso, os Municípios perderam parcela da sua
arrecadação, não podendo mais instituir taxa para cobrir tal despesa. Desse
entendimento resultou a Súmula 670. Ocorre que, com a Emenda
Constitucional 30/2002, a CF passou a autorizar a instituição de contribuição
para custear essa despesa, autorizando os Municípios e o DF a instituírem a
contribuição para o custeio da iluminação pública.
Item II – Não. A CF/88 autoriza os Estados, DF e Municípios a instituir
contribuição a ser cobrada dos seus servidores sujeitos ao regime próprio de
previdência. Vale observar, no entanto, que nos termos do art. 149, §1º, uma
vez instituído o regime próprio de previdência de cada ente, este poderá
instituir a contribuição, que não poderá ser inferior à contribuição que a
União cobra dos seus servidores, fixada atualmente 11%.
Item III - Deve-se responder negativamente, em decorrência do
mandamento constitucional do art. 195 acerca da incidência das
contribuições:
Art. 195. §2º. As contribuições sociais e de intervenção no domínio
econômico de que trata o caput deste artigo:
I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
Gabarito: C
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Alternativa A – Errada. O regramento constitucional do §2º, do art. 145 é
direcionado apenas às taxas. Ademais, temos vários exemplos de
contribuições com base de cálculo própria de impostos, como é o caso da
CSLL, PIS e COFINS.
Alternativa B – Errada. No §1º, do art. 145, a CF/88 define o princípio da
capacidade contributiva. No entanto, faz alusão apenas aos impostos, e não
aos tributos de forma geral.
Alternativa C – Errada. Define o art. 149, §2º, II, da CF/88 que as contribuições
sociais e de intervenção no domínio econômico incidirão também sobre a
importação de produtos estrangeiros ou de serviços.
Alternativa D – Errada. Os empréstimos compulsórios devem ser instituídos,
em todos os casos, mediante lei complementar.
Alternativa E – Correta. A alternativa reproduz o disposto nos incisos I e II do
art. 146 da Carta Magna.
Gabarito: E
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