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Rev Flip Flop PDF
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Flip-Flop
Conceitos básicos do
Flip-Flop
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
Conteúdo
01 Introdução: .............................................................................................................. 3
02 Circuito Básico de Memória: .................................................................................... 4
03 Circuito do Flip-Flop:............................................................................................... 5
04 Funcionamento do circuito Flip-Flop: ...................................................................... 6
05 Flip-Flop RS:.......................................................................................................... 10
06 Representação em bloco do flip-flop RS: ................................................................ 11
07 Flip-Flop ativo com zero ou com um: ..................................................................... 12
08 Representação em bloco do flip-flop RS: ................................................................ 13
09 Flip-Flop JK: ......................................................................................................... 14
10 A entrada de"CLOCK": ........................................................................................... 15
11 Símbolo da entrada com "clock":............................................................................ 17
12 Entradas Auxiliares: .............................................................................................. 19
13 Tempo de propagação: ........................................................................................... 20
14 Análise Circuito Seqüencial Usando a Forma de Onda: ........................................ 22
15 Exemplo de análise de circuito usando forma de onda: ......................................... 23
16 Flip-Flop Tipo D: .................................................................................................... 29
17 Exemplo de aplicação do Flip-Flop D: .................................................................... 30
18 O Flip-Flop tipo T:.................................................................................................. 33
19 Flip-flop Tipo T a Partir do flip-flop tipo D, divisor por Dois:................................. 34
20 Flip-Flop tipo "D" construído com flip-flop JK:....................................................... 37
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
01 Introdução:
Um circuito seqüencial difere de um circuito combinacional. No circuito combinacional
a saída é função somente do estado das variáveis de entrada, e uma variação no
estado de uma entrada acarreta uma resposta imediata na variável de saída. Já em
um circuito combinacional a saída é função do estado das variáveis de entrada e do
estado da variável de saída. Este tipo de circuito depende da seqüência dos estados
das variáveis.
Para que a saída seja função da seqüência, o circuito eletrônico digital deve ter a
propriedade de memorizar o estado anterior, este circuito é chamado de memória
digital.
Assim o principal circuito de uma máquina digital seqüencial é o circuito de memória.
Existem vária formas de implementar um circuito de memória, neste trabalho as
memórias analisadas serão aquelas construídas com porta lógica na configuração
chamada bi-estável, pois a saída só pode assumir um de dois estados, ou está ligada
ou está desligada.
O circuito discreto que tem a função de memória em circuitos digitais é chamado de
Flip-Flop e será o alvo principal do nosso estudo. Existem basicamente quatro tipos de
Flip-flop, todos eles originados do circuito bi-estável.
O circuito bi-estável possui uma característica que até aqui não havia sido estudado
em circuito digital combinacional; a realimentação. Nos circuitos realimentados parte
do sinal de saída volta a ser aplicado a entrada, desta forma, mesmo após a entrada
ter sido retirada o circuito mantém um estado lógico bem definido esta função é
chamado de memorizar.
Muitos circuitos práticos podem ser obtidos com o Flip-Flop os mais comuns são os
contadores e registrados de deslocamento bastante usados em controle de máquinas
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
03 Circuito do Flip-Flop:
Um circuito de memória prático usando uma configuração chamada de biestável é
mostrado na figura abaixo. Este tipo de circuito também é conhecido como flip-flop.
O flip-flop é construído usando duas portas NAND ou duas portas NOR.
O presente de um circuito flip-flop depende do que ocorreu no passado, veja como esta
mágica ocorre na análise deste circuito no capítulo seguinte!
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
Você deve assumir nesta análise a porta utilizada é do tipo TTL que entende a entrada
desconectada como nível lógico "1".
Neste circuito quando a chave S for ligada um sinal de nível zero é aplicado a porta
CI1, obrigando a saída Q a assumir o valor "1" devido a função NAND e o LED acende.
Para efeitos didáticos vamos dizer que esta função é chamada de “SET”, ou ligado em
português (alguns dizem “setado”). Note que a letra "Q" é usada para indicar uma
saída de um circuito de Flip-Flop.
Quando a chave S acionada a entrada superior do CI1 vai para o nível lógico "0", o que
obriga a saída do CI1 a ir para o estado 1 devido a função NAND da porta conforme
você já conhece dos circuitos combinacionais. Esta ação é chamada de SET da saída
do flip-flop, alguns dizem de "SETAR" a saída!
Uma vez que a saída do CI1 é ligada este sinal é realimentado para a entrada superior
do CI2.
A realimentação não havia sido usada nos circuito combinacionais, isto é a novidade
dos circuitos seqüenciais!
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
Como a chave R está desligada, as duas entradas da porta NAND do CI2 assumem o
estado "1", assim a saída do CI2 vai para zero devido a função NAND. O valor "0" da
saída do CI2 é realimentado para a entrada inferior do CI1. Ao final desta seqüência
de eventos a saída Q está no nível lógico "1" e as duas entradas do CI1 estão no nível
lógico "0".
Todos estes eventos ocorrem de forma muito rápida. Na prática quando a chave S for
acionada a saída Q assume o valor "1" (SET) e a entrada inferior do CI1 assume o
valor "0" de forma praticamente instantânea, desta forma no restante deste trabalho
você deverá considerar esta seqüência de eventos como sendo um único evento
chamado de função SET da saída Q do flip-flop!
A pós a saída Q ter assumido o valor "1" a chave S pode ser liberada a saída se
manterá ligada devido ao zero da realimentação na entrada inferior do CI1. Esta
função é chamada de memorizar a saída, ou de forma simplificada de "função MEMO"
da saída Q do flip-flop, como é mostrado na figura abaixo!
Note que agora as duas chaves estão desligadas, este é o mesmo estado das chaves no
início deste estudo, no entanto agora a saída está ligada. A saída está ligada devido ao
evento de SET ocorrido no passado! O presente de um flip-flop depende do passado!
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
Se a chave "S" for liberada a saída se manterá no estado lógico "1" (SET), isto é a saída
manterá o mesmo estado que tinha antes da chave "S" ser ligada. A saída ficou
memorizada!
Se agora chave R for ligada, um zero será aplicado a entrada do CI2 e a saída desta
porta assume o valor "1" devido a função NAND. A saída "1" do CI2 é realimentado
para a entrada inferior do CI1. Agora o CI1 possui as duas entradas com o valor "1"
isto faz com que a saída "Q" assuma o valor "0", desligando o LED.
Se a chave "R" for liberada a saída se manterá no estado lógico "0" (ressetada), isto é a
saída manterá o mesmo estado que tinha antes da chave "R" ser desligada. A saída
ficou memorizada!
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
05 Flip-Flop RS:
O circuito analisado no capítulo anterior e mostrado abaixo é chamado de flip-flop RS
que é base para construção das memórias eletrônicas e para a construção dos outros
tipos de flip-flop.
A tabela verdade deste circuito é mostrado abaixo, como a saída altera quando as
chaves "S" e "R" conduzem o nível lógico "0" para uma das entradas do flip-flop, ele é
classificado como flip-flop RS ativo com "0". A tabela verdade deste tipo de flip-flop é
mostrada abaixo!
Observe que no caso de R=0 e S=1 a saída mantém o estado Q anterior, esta função é
chamada de "MEMO" (memorizar) e é indicada na tabela verdade mostrando a letra Q
com o sobrescrito menos um, este menos indica que a saída mentem o estado anterior
(o atual menos um).
Observe que a condição de ligar as duas chaves ao mesmo tempo não é especificada
isto porque não é definida uma função de ligar e desligar ao mesmo tempo o flip-flop,
por isto este estado das entradas não é definido. Na prática a saída vai assumir um
estado lógico, mas este estado vai depender de cada circuito integrado, para saber o
estado da saída quando alguém tentar ligar e desligar ao mesmo tempo você deverá
consultar o manual do fabricante da porta, normalmente a saída do flip-flop fica
desligada quando alguém tenta ligar e desligar ao mesmo tempo o flip-flop!
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
Este tipo de flip-flop pode ser representado na forma de um bloco como é mostrada na
figura abaixo, esta é a representação mais comum de um flip-flop do tipo RS.
A entrada "R" ativa a função de RESET da saída Q e a entrada "S" ativa a função de
SET da saída Q, nada mais lógico e simples!
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
Se o circuito do Flip-Flop RS for construído com portas NOR a entrada é ativa quando
a entrada variar para o nível lógico "1". Se a chave "S" for alterada para o nível lógico
"1" a função SET é executada e a saída Q é ligada. Se a entrada "R" for alterada para o
nível lógico "1" a função RESET é executada e a saída é desligada. Se as duas entradas
estiverem no nível lógico "0" o flip-flop executa uma função de "MEMO" e a saída
manterá o estado anterior. Quando um flip-flop executa uma função de ligar ou
desligar a saída quando o estado das entradas é alterado para o nível lógico "1" você
diz que este flip-flop é ativo com "1"!
Observe que as chaves estão ligadas ao positive e ao terra da fonte, esta configuração
pode ser usada tanto para CI's da família TTL como CMOS!
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
Este tipo de flip-flop pode ser representado na forma de um bloco como é mostrada na
figura abaixo, esta é a representação mais comum de um flip-flop do tipo RS.
A entrada "R" ativa a função de RESET da saída Q e a entrada "S" ativa a função de
SET da saída Q, nada mais lógico e simples!
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
09 Flip-Flop JK:
Além do flip-flop RS existem outros tipos de flip-flop usados em circuitos digitais, você
verá neste e nos próximos capítulos os outros tipos de flip-flop.
O Flip-Flop JK é um dos mais importantes por ser o que executa mais funções. Este
tipo de flip-flop resolve a indefinição da condição de ligado e desligado ao mesmo
tempo do Flip-Flop RS.
No Flip-Flop JK ativo em "1", a entrada que liga a saída é a entrada J, a entrada que
desliga a saída é a entrada K, quando as duas entradas têm o valor ativo a saída
assume uma nova função, a função "TROCA"!
Na função "TROCA" a saída troca o valor do estado anterior. Por exemplo, se o estado
anterior da saída era "1", após a função "TROCA" este estado passa para o valor "0".
Para indicar esta função a tabela verdade mostra a letra Q com uma barra indicando
que o valor está invertido além do sobrescrito para indicar que o valor do estado
anterior é que foi invertido. O símbolo de um Flip-Flop JK é mostrado na figura 14
abaixo.
Você deve ter observado a nova saída "Q" barrada, a maioria dos CI's possui esta
saída, mas nem todos, ela é simplesmente um espelho (imagem invertida) da saída "Q"
normal, apresentando o inverso do valor da saída Q. Outra forma de representar esta
saída é colocando a bolinha d inversão em uma das saídas como mostra a figura
acima á direita.
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
10 A entrada de"CLOCK":
Os circuitos de flip-flop apresentam uma entrada especial muito importante chamada
de "clock".
A entrada de "clock" serve para sincronizar o momento com que a saída "Q" troca de
estado. Em muitas aplicações o valor da alteração das entradas pode ocorrer em
tempos diferentes podendo acarretar que a saída assuma um estado indesejável antes
das duas entradas estarem com os estados bem definidos. O "clock" serve como um
filtro de forma que o flip-flop não "enxerga" as entradas enquanto o "clock" não estiver
ativo.
* O estado ativo.
* O estado inativo.
Durante o estado ativo a saída será atualizada conforme descrito na tabela verdade do
flip-flop. Durante o estado de inativo o flip-flop irá executar a função de memorizar o
último estado da saída durante o período ativo.
O sinal de clock gerado pelo gerador de pulso deve ser o mais estreito possível, isto é
tão importante que os circuitos são construídos de forma a serem ativos somente a
variação do sinal de clock, isto é, a uma fração muito curta de tempo.
* Na transição do nível baixo para o nível alto, este tipo de transição é chamada de
transição na subida do sinal de "clock".
* Na transição do nível alto pra o nível baixo, este tipo de transição é chamada de
transição na descida do sinal de "clock".
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
Muitas vezes o sinal de "clock" é representado por um trem de pulsos de uma onda
quadrada onde é salientado o ponto da transição, como mostra a figura 16 abaixo.
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
A figura abaixo mostra as várias formas de indicar o nível ativo das entradas de clock:
Através de um triângulo. Se o triângulo for pintado com a cor branco indica que a
transição é na subida, se o triângulo for pintado com a cor preto indica que a
transição é na descida. Uma forma de memorizar a cor de preenchimento é usando o
método mnemônico descrito a seguir:
A letra "b" da cor branco tem "perninha" da letra inicial "b" apontando para cima.
A letra "p" da cor preto tem "perninha" da letra inicial "p" apontando para baixo.
A figura abaixo mostra o símbolo da entrada de "clock" com um triângulo.
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
Note que nos símbolos acima as outras entradas e saídas foram omitidas, pois
dependem do tipo de flip-flop!
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
12 Entradas Auxiliares:
A maioria dos Flip-Flops possui algum tipo de entrada auxiliar.
Uma entrada auxiliar executa uma função especial que independe das entradas
normais R, S, J, K e Clock e outras que ainda vamos estudar por isto neste trabalho
se uma entrada for do tipo auxiliar isto será descrito no texto, caso contrário será uma
entrada normal.
A entrada auxiliar RESET: quando esta entrada é ativada a saída é forçada desligar.
Normalmente esta entrada auxiliar é simbolizada pela letra "R". Algumas vezes esta
entrada vem descrita com as letras CLR de CLEAR (Limpar em inglês).
A entrada auxiliar SET: quando esta entrada é ativada a saída é forçada a ligar.
Normalmente esta entrada auxiliar é simbolizada pela letra "S".
Note que o nome das entradas auxiliares é o mesmo das entradas normais no flip-flop
RS e executam exatamente a mesma função de forma independente do "clock", assim,
é possível usar outro tipo de flip-flop a funcionar com um flip-flop RS basta usar as
entradas auxiliares se estiverem presentes.
As entradas de SET e RESET podem ser ativas com nível lógico "1" ou com "0 como
qualquer outra entrada, e o símbolo destas entradas segue o padrão visto
anteriormente. A figura abaixo mostra um flip-flop JK com entradas auxiliares de
"SET" e "RESET". As entradas auxiliares do flip-flop da esquerda é ativo com "1" e o da
direita é ativo com "0"..
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
13 Tempo de propagação:
O tempo de propagação não é uma característica única dos flip-flops mas de todos os
circuitos integrados.
O circuito abaixo será usado para entender o temo de propagação onde na entrada da
porta inversora é aplicado um pulso de onda quadrada. Um osciloscópio de dois
canais é usado para medir a tensão na entrada e na saída da porta.
Observe que o sinal medido na saída é diferente do sinal esperado, que seria uma
onda quadrada perfeita, mas com sinais invertidos. Mas o que você vê é uma onda
com uma inclinação nas transições do sinal de início e no fim, isto é, tanto na
transição de descida como na transição de subida. O sinal presente na saída do
circuito integrado sofre um atraso no tempo até chegar ao nível lógico apropriado, este
atraso é que é chamado de tempo de propagação. Este atraso pode ser considerado
como o tempo em que o sinal se propaga dentro do circuito integrado até alcançar a
saída.
Ao olhar a figura 21 acima você percebe que o sinal na saída apresenta uma distorção
em relação ao sinal de entrada. O sinal na saída demora algum tempo para se ajustar
ao valor da entrada, há um atraso entre o sinal variar na entrada e a saída do circuito
integrado responder. Este tempo de atraso é chamado tempo de propagação!
Este tempo é muito curto e você nem percebe na maioria das aplicações, no entanto
pode ser importante em algumas aplicações! Por exemplo, em computadores, o tempo
de processamento de um programa depende essencialmente do tempo de propagação
das portas que compõe o computador, quanto mais avança a tecnologia mais rápidas
ficam as portas, menor o tempo de propagação, mais rápido é o seu computador!
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
O tempo de propagação é muito pequeno para ser visto pelos osciloscópios normais
(até 10 MHZ), no entanto, a sua existência é fundamental para o entendimento de
muitos circuitos seqüências. A importância do tempo de propagação é tão grande que
a partir de agora o gráfico da forma de onda na saída de uma porta lógica será
desenhado salientado esta inclinação. A análise teórica de circuitos com flip-flop é
feito na maioria das vezes usando formas de ondas mostrando a inclinação devido ao
tempo de propagação, servindo apenas como indicação de que o tempo de propagação
está sendo levado em conta.
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
A análise da forma de onda mostra o gráfico dos sinais de onda quadrada em função
do tempo aplicados as entradas de um flip-flop, e a partir dos estados das entradas é
levantado o gráfico da saída a cada instante de tempo. Este gráfico na prática poderá
ser observado por um osciloscópio.
Na maioria dos casos o flip-flop possui um sinal de "clock", você deverá fazer toda a
análise em função do ponto de transição do sinal de "clock, somente neste ponto é que
as saídas irão alterar de valor, no restante do tempo as saídas serão mantidas
memorizadas.
Uma vez determinado se a entrada de "clock é ativa na subida ou descida, você deverá
verificar o comportamento do flip-flop somente no momento da transição, isto é
naquela linha em que o "clock troca de sinal. O restante do tempo o flip-flop não altera
a sua saída, desta forma a análise do circuito com flip-flop é bastante simples, pois, a
maior parte do tempo o flip-flop fica inativo.
A resposta será função do tipo de flip-flop. Todos os flip-flops têm sua própria tabela
verdade. O flip-flop RS é capaz de executar três funções (SET, RESET e MEMO), já o
flip-flop JK é capaz de executar quatro funções (SET, RESET, MEMO e TROCA)!
Sair com as saídas desligadas é o normal em circuitos com flip-flops, por exemplo, a
memória de seu computador sai desligada quando o computador é ligado.
Para garantir que o flip-flop saia desligado circuitos especiais é ligado à entrada
especial de "Reset" dos flip-flops de forma a ativar esta entrada por um curto espaço
de tempo toda a vez que a máquina é ligada, desligando todas as saídas. Alguns
circuitos possuem um botão para esta função e quando este botão é acionado pelo
operador todos os flip-flops são desligados. Antigamente os computadores possuíam
um botão para desligar a memória hoje este circuito é ativado pelas teclas
Ctrl+Alt+Del!
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
Você deve prestar atenção em separar o que é entrada do circuito e o que é entrada do
flip-flop, o gráfico mostra somente os sinais presentes nas entradas do circuito. Neste
exemplo simples as entradas do circuito são ligadas diretamente as entradas do flip-
flop CI1 do tipo JK.
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
O primeiro passo é verificar o tipo de flip-flop que está sendo usado no circuito.
Neste circuito a onda é aplicada a um flip-flop JK com entradas ativas em "1" e com
"clock" ativo na subida
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
A análise da resposta da saída deverá ser feita somente na linha da transição do clock,
neste caso, na transição de subida, assim você deverá salientar estas linhas.
A análise da resposta da saída Q1 deverá ser feita somente nas linhas de tempo da
transição, para salientar ainda mais este momento estas linhas devem ser marcadas
como t1, t2 , t3 etc.. O tempo t0 foi marcado para salientar o momento inicial, que
por padrão deverá mostrar a saída Q de todos os flip-flops como assumindo o nível "0",
exceto se algo for dito em contrário no enunciado do exercício. A figura 25 abaixo
mostra o gráfico salientando os tempos de clock a serem analisados.
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
O terceiro passo consiste na análise propriamente dita. Cada linha deverá ser
analisada com base na tabela verdade do flip-flop, neste caso um flip-flop tipo JK. Ao
desenhar a resposta você deverá salientar a questão do atraso de propagação, isto será
importante para explicar o funcionamento de alguns circuitos, como por exemplo, os
registradores de deslocamento. Para cada linha de clock você terá uma resposta da
saída que poderá ser um SET (S), um REST (R), Uma memorização (M) ou uma TROCA
(T), coloque a letra correspondente a função executada pelo flip-flop ao lado da forma
de onda da saída. A figura 26 abaixo mostra as respostas da saída Q e a respectiva
função executada pelo flip-flop!
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
Exercício 01:
Solução:
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
16 Flip-Flop Tipo D:
O Flip-Flop tipo “D” de Dado Digital é o segundo tipo de Flip-Flop mais importante,
aquele tem maior aplicação é o tipo de Flip-Flop JK pois executa todas as funções, já o
Flip-Flop tipo D executa somente duas funções: SET e RESET a tabela verdade deste
Flip-Flop é mostrado abaixo:
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
Outro detalhe interessante neste tipo de flip-flop é que a saída será um espelho da
entrada, haverá na saída tantos pulsos altos quanto forem apresentados na entrada,
somente que a largura dos pulsos poderá estar alterada! Note que a forma de onda da
entrada "A" é a mesma do exemplo do capítulo do flip-flop tipo "D".
O primeiro passo para solucionar este circuito é determinar os estados das entradas
do flip-flop "J" e "K" em função da única entrada de sinal "A", como mostra a figura 34
abaixo.
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
A saída "Q" é determinada em função dos estados das entradas "J" e "K", note que a
entrada "K" estará sempre com o valor inverso de "J", só duas funções serão
executadas: SET e RESET! Exatamente as duas funções do flip-flop tipo "D"! A figura
35 abaixo mostra a solução da análise.
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
18 O Flip-Flop tipo T:
O flip-flop tipo só executa duas funções, Memorizar e Trocar, como a principal função
é a de Troca por isto é chamado de flip-flop tipo T (de Troca).
Este flip-flop até é definido como um flip-flop independente, mas, na maioria das vezes
é encontrado sendo implementado por um flip-flop tipo D ou por flip-flop JK. Você
verá no primeiro momento como um flip-flop independente e logo a seguir você verá
como implementar a função de troca (que é principal do flip-flop tipo T) usando outros
flip-flops.
A tabela verdade do flip-flop tipo T é mostrada abaixo, quando a entrada for um o flip-
flop fica trocando a saída a cada pulso de clock, quando a entrada for zero a saída fica
memorizada.
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
A maioria das vezes a função de troca exercida pelo flip-flop tipo T é executada por
outro tipo flip-flop, assim quando chega o clock a saída fica trocando constantemente,
quando o clock não é aplicado a saída fica memorizada no último valor.
A figura abaixo mostra este tipo de circuito usando um flip-floptipo "D" ao invés de um
flip-flop tipo "T", onde sinal da saída Q barrada é realimentado para a entrada D,
assim a cada clock a saída assume o seu valor inverso.
A figura abaixo mostra o circuito divisor por dois que executa somente a função de
troca, típica do flip-flop tipo "T". Note que este circuito só tem uma entrada, a entrada
de clock!
Figura 38 mostra o circuito de um divisor por dois usando flip-flop tipo "D".
A figura abaixo mostra a forma de onda presente na saída do circuito divisor por dois
da figura 38 acima.
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Conceitos básicos do
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Conceitos básicos do
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Note que no momento t0 a saída Q está com o nível "0" padrão, as saídas por
convenção deverão sair todas desligadas. Como a entrada D está ligada a saída Q
barrada o valor da entrada é igual a 1, o inverso da saída Q. No instante da transição
do clock t1 a entrada "D" está com um valor bem definido e igual a 1 o que faz ligar à
saída "Q". A saída Q não liga de forma imediata, existe o tempo de propagação, e
graças a atraso é que o circuito funciona, quando a saída estiver estabilizada com o
valor zero a entrada "D" estará estabilizada no valor "1", mas o clock não estará mais
ativo!
Figura 40 mostrando um circuito divisor por dois usando um flip-flop tipo "T"!
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
É possível criar um flip-flop tipo "D" usando um flip-flop tipo JK como mostra a figura
abaixo.
Figura 41 mostrando como fazer um flip-flop tipo "D" usando um flip-flop tipo
"JK"!
Neste circuito a entrada K é ligada a entrada "A" através de uma inversora, na análise
da forma de onda você deverá escrever esta condição na equação da entrada "K", como
mostra a figura 42 abaixo.
A partir dos estados das entradas é possível determinar os estados da saída. Note que
a entrada "K" apresenta sempre o inverso do estado da entrada "J", assim o flip-flop
"JK" só executa duas funções; SET e RESET, exatamente com o flip-flop tipo "D"!
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
Outra observação interessante é que se é possível montar um flip-flop tipo "D" usando
um flip-flop "JK" então é possível montar um flip-flop tipo "T" usando um flip-flop tipo
"JK" em um circuito divisor por dois, como mostra a figura 44 abaixo.
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Conceitos básicos do
Flip-Flop
A figura 45 abaixo mostra outra forma de obter o mesmo efeito, sem a porta inversora.
Se você tiver somente flip-flops do tipo "JK" no seu estoque, então você será capaz de
montar qualquer tipo de flip-flop!
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