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TCC Mba Denner
TCC Mba Denner
BAURU
2018
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Denner da Silva Florentino de Andrade
BAURU
2018
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RESUMO
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INTRODUÇÃO
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1. REVOLUÇÃO DO ERP
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pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (2016), 83% do mercado nacional está
com os fabricantes de software SAP, TOTVS ou ORACLE.
De acordo com a consultoria especializada em pesquisa de mercado,
Gartner Group (2017), a tendência mundial dos softwares ERP dos últimos anos,
demonstrada no diagrama quadrante mágico, indica quais são líderes,
emergentes, visionários ou que atendem a determinados nichos de mercados,
conforme imagem a seguir:
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De acordo com a Secretaria da Fazenda (2018), toda empresa brasileira
está sujeita a fiscalização, devendo estar em conformidade com a legislação
atual vigente, alguns exemplos de auto de infrações e suas respectivas punições,
estão na tabela a seguir:
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Escrituração Contábil Digital (ECD), Escrituração Contábil Fiscal (ECF) e a Nota
Fiscal Eletrônica (NF-e), regulamentada na Emenda Constitucional n.º 42.
Além das empresas, o Governo e as entidades regulamentadoras também
evoluíram tecnologicamente, aumentando a exigência legal e a fiscalização. A
legislação atual contempla penalidades qualquer irregularidade identificada. Um
exemplo que ilustra o risco fiscal, conforme base legal do artigo 527 inc. V do
RICMS, indica multa de 1% sobre o valor das operações com atraso de
escrituração das notas fiscais de entrada de mercadorias.
Estar em conformidade com as obrigatoriedades legais exige um esforço
maior por parte dos empresários, uma gestão focada em um conjunto de
processos, costumes, políticas a qual a empresa se orienta, de forma a reduzir
os riscos e custos.
No caso das NF-es, há complexidade no cenário de integração, pois as
empresas do Brasil emitem documentos eletrônicos independente de seus
sistemas, considerando que a validação do arquivo digital acontece com base
em no leiaute padrão e aprovação da SEFAZ, retornando à validade do
documento, para assim a empresa enviar ao cliente e realizar sua contabilização
e tributação correta.
2.1. Sefaz
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modelos impressos 1 e 1A, posteriormente sendo e estendida para outros
modelos.
Desde sua concepção, a NF-e foi criada para ser um documento de
existência digital, emitido e armazenando eletronicamente, com o objetivo de
documentar a circulação de mercadorias ou serviços. Para acompanhar a o
trânsito da mercadoria foi criado o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica
(DANFE), um papel com uma via única, em destaque uma chave de acesso com
código de barras para facilitar a captura e a confirmação das informações,
checando também sua autenticidade.
Segundo a SEFAZ (2017), para atender as mais de 1,2 milhões de
empresas que emitem NF-e, número que tende a crescer cada vez mais que as
novas empresas forem sendo criadas ou ampliadas, há um investimento anual
em tecnologia de alta performance por parte do Departamento de Tecnologia da
Informação (DTI). Em 2016, após 8 anos do início do projeto, o Brasil chegou a
marca de 10 bilhões de documentos digitais emitidos.
A chave de acesso, consiste em um agrupamento de 44 caracteres
numéricos, implícito as informações relevantes ao emissor, como por exemplo,
Estado de origem, CNPJ da empresa emitente, data e código de validação.
A imagem a seguir destaca cada trecho do código e seu significado, sendo
essa uma forma de estruturação sistêmica da chave de acesso.
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A tecnologia utiliza de protocolo de comunicação chamado SOAP, que
significa Protocolo de Simples Acesso a Objetos, altamente confiável e seguro,
utilizado na linguagem XML, para comunicação e integração de aplicações via
HTTP, em Webservices, solução utilizada na integração de sistemas em
plataformas diferentes.
Em seu endereço eletrônico, a SEFAZ disponibiliza todos os manuais do
projeto, do leiaute comum e as atualizações, que são constantes e periódicas,
para os fabricantes de software e usuários.
Atualmente a versão do leiaute da NF-e, está na versão 4.0, atendendo
cenários diversos como Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e),
Manifesto do Destinatário Eletrônico (MD-e), Manifesto Eletrônico de
Documentos Fiscais (MDF-e), contribuindo para a integração entre as empresas,
o chamado B2B – Business to Business.
A SEFAZ disponibiliza também alterações e informações em publicações
chamadas Notas Técnicas, indicando a versão e a data de referência, sendo
salutar estar sempre atento a tais demandas.
É importante observar que as notas fiscais possuem diversos campos que
devem ser preenchidas observando regras e leis. Basicamente possui dados de
cabeçalhos, cuja finalidade é identificar compradores, empresa ou pessoa física,
endereço, cadastro CNPJ ou CPF, forma de pagamento, código fiscal de
operações e prestações (CFOP). Possui também os dados referente aos itens,
descrevendo produtos, quantidades e valores.
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2.2. Nota Fiscal Eletrônica no ERP da SAP
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A base de dados da empresa conta com dados de fornecedores/clientes,
materiais, impostos e regras tributárias, informações complementares e dados
de frete e transporte.
A Nota Fiscal de Saída é um documento emitido pela empresa
fornecedora de produtos ou serviços para o consumidor final, o governo atesta
a validade legal do documento digital. A nota fiscal pode ser impressa, porém o
documento é tido apenas como auxiliar.
Podemos ilustrar um processo de saída, conforme imagem a seguinte,
desde a origem da ordem emitida para o cliente, até a entrega e faturamento.
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2.4. Projeto GRC e a automação da nota fiscal de entrada
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compras. O fornecedor, por sua vez, deve preencher o XML não apenas dentro
do leiaute proposto pela SEFAZ, mas para a qualidade da informação chegar
mais precisa, deve atender o padrão da empresa recebedora, como por exemplo,
indicar o número do pedido de compras referente a negociação, as unidades de
medidas devem ser padronizadas, assim como os códigos e conversões, como
por exemplo l – litros, t – toneladas, kg – quilograma.
Após a emissão da NF-e, acontece a validação tanto no ambiente ERP
quanto no ambiente SEFAZ, posto que retorna um protocolo de validação que
foi registado em sua base. Há casos que a nota fiscal possui irregularidades,
sendo rejeitada pelo validador.
Estando dentro dos padrões exigidos, a SEFAZ disponibiliza um
webservice para consulta e baixa automática do XML, neste caso e recebedor
pode ter acesso a nota fiscal digital, antes mesmo do fornecedor encaminhar o
e-mail pelo B2B, desde que o destinatário da nota fiscal seja o seu CNPJ e este
possua o certificado digital para fazer o download.
A imagem a seguir detalha o fluxo da informação no sistema de entrada
de nota fiscal eletrônica.
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2.4. Metodologia do projeto
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3. ANÁLISE DOS RESULTADOS
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O objetivo do projeto é registrar de forma automatizada as notas fiscais
eletrônicas de aquisição de mercadoria, realizando a escrituração do livro fiscal
e direcionando para o pagamento, agilizando os processos de compras,
pagamento e escrituração fiscal, reduzindo os riscos e autuações das entidades
regulamentadoras do governo. A meta era registrar 80% dos documentos digitais
otimizando o processo.
No levantamento posterior do projeto, foi redesenhado os processos e
realizado nova métrica, o fluxo do processo sofre uma alteração considerável,
consequência da diminuição interações necessárias. Cabe ressaltar que a mão
de obra foi reaproveitada para outros processos, ocorrendo uma otimização dos
trabalhos.
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pode-se acompanhar os resultados, mês a mês, utilizando as métricas da moeda
corrente e também da quantidade de itens adquiridos.
A imagem a seguir detalha as entradas de notas fiscais; em fevereiro de
2018 foi totalizado 13,51 milhões de reais representando 88,24% do total de
notas possíveis a serem realizadas pelo GRC. Enquanto que 11,76% foi
realizado na forma clássica manual.
4. CONCLUSÕES
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modo que a ferramenta pudesse corroborar com a governança, redução de
riscos e a conformidade.
A visão de futuro para a empresa pós projeto busca 100% da automação
de notas fiscais eletrônicas, registrando também as notas fiscais de simples
remessa, as quais não exigem o pagamento; implementação da folha de
serviços, que busca gerenciar melhor os serviços prestados; substituindo a
metodologia atual de documento manual de entrada física e fiscal.
Demandas complexas como cenário em moeda estrangeira, partilha de
impostos entre Estados e a nota fiscal eletrônica de serviços estão em pauta
para os próximos tempos.
Com isto, notamos a importância da gestão assertiva, visando o
empresariar as corporações, provendo maior segurança e transparência para
todos os processos e interessados.
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REFERÊNCIAS
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SOUZA, C. A.; SACCOL, A. Z.. (Orgs). Sistema ERP no Brasil: (Enterprise
Resource Planning): teoria e caos. São Paulo: Atlas, 2008.
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