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Universidade Federal do Paraná

Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Alimentos
Termodinâmica Aplicada à Engenharia de
Alimentos

Ana Paula Biz


Curitiba - 2018
EQUILÍBRIO E ESTABILIDADE EM
SISTEMAS MONOCOMPONENTES
OS CRITÉRIOS PARA O EQUILÍBRIO
Para ilustrar o critério de equilíbrio, A fronteira (entre os subsistemas) é aberta
considere o sistema não-uniforme: para o fluxo de calor e massa:
 única fase;

 único componente;
𝑁 𝑈
 adiabático;
𝑆 𝑉
 volume constante.

Massa total: 𝑁 = 𝑁 ′ + 𝑁′′


𝑁′ 𝑈′ 𝑁 ′′ 𝑈 ′′ Energia interna total: 𝑈 = 𝑈 ′ + 𝑈′′
𝑆′ 𝑉′ 𝑆 ′′ 𝑉 ′′ Volume total: 𝑉 = 𝑉 ′ + 𝑉′′
Entropia total: 𝑆 = 𝑆 ′ + 𝑆′′
OS CRITÉRIOS PARA O EQUILÍBRIO
Considerando a S como função de U, V e N, pode-se calcular a mudança da S no sistema I,
devido as mudanças em N’, U’ e V’:
𝜕𝑆 ′ ′+
𝜕𝑆 ′
′+
𝜕𝑆 ′
𝑑𝑆′ = ′
𝑑𝑈 ′
𝑑𝑉 ′
𝑑𝑁′
𝜕𝑈 𝑉 ′,𝑁′ 𝜕𝑉 𝑈 ′,𝑁′ 𝜕𝑁 𝑈 ′,𝑉 ′

1 𝑃′ 𝐺′
𝑑𝑆′ = 𝑑𝑈′ + ′ 𝑑𝑉′ − ′ 𝑑𝑁′
𝑇′ 𝑇 𝑇
De forma similar, o sistema II:
𝜕𝑆 ′′ 𝜕𝑆 ′′ 𝜕𝑆 ′′
𝑑𝑆 = 𝑑𝑈′′ + 𝑑𝑉 ′′ + 𝑑𝑁′′
𝜕𝑈 ′′ ′′
𝑉 ,𝑁 ′′ 𝜕𝑉 ′′
′′
𝑈 ,𝑁 ′′ 𝜕𝑁 ′′
𝑈 ′′ ,𝑉 ′′
1 𝑃′′ 𝐺 ′′
𝑑𝑆′′ = ′′ 𝑑𝑈′′ + ′′ 𝑑𝑉′′ − ′′ 𝑑𝑁′′
𝑇 𝑇 𝑇
OS CRITÉRIOS PARA O EQUILÍBRIO
Sabe-se que a entropia total do sistema é: 𝑑𝑆 = 𝑑𝑆 ′ + 𝑑𝑆′′
1 1 𝑃 ′ 𝑃 ′′ 𝐺 ′ 𝐺 ′′
Então: 𝑑𝑆 = 𝑑𝑈 ′ + 𝑑𝑈 ′′ + ′ 𝑑𝑉 ′ + ′′ 𝑑𝑉 ′′ − ′ 𝑑𝑁 ′ − ′′ 𝑑𝑁′′
𝑇′ 𝑇′′ 𝑇 𝑇 𝑇 𝑇

O número de mols, a energia interna e o volume são constantes:


𝑑𝑁 = 𝑑𝑁 ′ + 𝑑𝑁′′ 𝑑𝑈 = 𝑑𝑈 ′ + 𝑑𝑈′′ 𝑑𝑉 = 𝑑𝑉 ′ + 𝑑𝑉′′
𝑑𝑁 = 0 𝑑𝑈 = 0 𝑑𝑉 = 0
𝑑𝑁 ′ = −𝑑𝑁′′ 𝑑𝑈 ′ = −𝑑𝑈′′ 𝑑𝑉 ′ = −𝑑𝑉′′

′ ′′ ′ ′′
1 1 𝑃 𝑃 𝐺 𝐺
𝑑𝑆 = − ′′ 𝑑𝑈 ′ + ′ − ′′ 𝑑𝑉 ′ − ′ − ′′ 𝑑𝑁′
𝑇′ 𝑇 𝑇 𝑇 𝑇 𝑇
OS CRITÉRIOS PARA O EQUILÍBRIO
Desde que S = máximo ou dS = 0 para todas as variações do sistema N, U e V constantes,
conclui-se que:
𝜕𝑆 1 1
=0 então = ′′ ou 𝑇 ′ = 𝑇′′
𝜕𝑈 ′ 𝑉 ′ ,𝑁′ 𝑇′ 𝑇
A condição de equilíbrio só
é satisfeita se os dois
𝜕𝑆 𝑃′ 𝑃′′
=0 então = ′′ ou 𝑃′ = 𝑃′′ subsistemas tiverem a
𝜕𝑉 ′ 𝑈 ′ ,𝑁′ 𝑇 ′ 𝑇 mesma T, P e energia molar
de Gibbs.
𝜕𝑆 𝐺 ′ 𝐺 ′′
=0 então = ′′ ou 𝐺 ′ = 𝐺′′
𝜕𝑁 ′ 𝑈 ′ ,𝑉 ′ 𝑇 ′ 𝑇
OS CRITÉRIOS PARA O EQUILÍBRIO
Para um sistema fechado com T e V constantes, os balanços de energia interna e entropia
são: 𝑑𝑈 𝑑𝑆 𝑄ሶ
= 𝑄ሶ = + 𝑆𝑔𝑒𝑛 ሶ
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑇
Eliminado 𝑄ሶ das equações, e usando o fato de que 𝑇𝑑𝑆 = 𝑑(𝑇𝑆), desde que T é constante,
então:
𝑑(𝑈 − 𝑇𝑆)

= −𝑇𝑆𝑔𝑒𝑛
𝑑𝑡 O fato de que 𝑇 ≥ 0 e 𝑆ሶ ≥ 0, conclui-se que
𝑔𝑒𝑛
como 𝐴 ≡ 𝑈 − 𝑇𝑆 ሶ
−𝑇𝑆𝑔𝑒𝑛 ≤ 0.
𝑑𝐴

= −𝑇𝑆𝑔𝑒𝑛 ≤0 Assim, para o equilíbrio de um sistema fechado em
𝑑𝑡 T e V constantes, A = mínimo.
OS CRITÉRIOS PARA O EQUILÍBRIO
Para um sistema fechado com T e P constantes, os balanços de energia interna e entropia
são: 𝑑𝑈 𝑃𝑑𝑉 𝑑𝑆 𝑄ሶ
= 𝑄ሶ − = + 𝑆𝑔𝑒𝑛 ሶ
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑇
𝑑𝑈 𝑑(𝑃𝑉) 𝑑𝑆
= 𝑄ሶ − 𝑇 = 𝑄ሶ + 𝑇𝑆𝑔𝑒𝑛ሶ
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 Assim, para o equilíbrio de
𝑑𝑈 𝑑(𝑃𝑉) 𝑑𝑆 𝑑𝐻 um sistema fechado em T e P

𝑄= + 𝑇= ሶ
+ 𝑇𝑆𝑔𝑒𝑛
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 constantes, G = mínimo.
𝑑(𝑈 + 𝑃𝑉) 𝑑(𝐻 − 𝑆𝑇)
𝑄= ሶ ሶ
= −𝑇𝑆𝑔𝑒𝑛
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Como 𝐻 ≡ 𝑈 + 𝑃𝑉 Como 𝐺 ≡ 𝐻 − 𝑆𝑇
𝑑𝐻 𝑑𝐺
𝑄=ሶ ሶ
= −𝑇𝑆𝑔𝑒𝑛 ≤0
𝑑𝑡 𝑑𝑡
OS CRITÉRIOS PARA O
EQUILÍBRIO/ESTABILIDADE
CRITÉRIO CRITÉRIO
SISTEMA LIMITAÇÃO
EQUILÍBRIO ESTABILIDADE
Isolado, adiabático, fronteira U = cte S = máximo
d²S<0
fixa V = cte dS = 0
Sistema isotérmico, fechado T = cte A = mínimo
d²A>0
com fronteira fixa V = cte dA = 0
Sistema isotérmico, isobárico T = cte G = mínimo
d²G>0
e fechado P = cte dG = 0
Sistema isotérmico, isobárico, T = cte
G = mínimo
aberto movendo-se com a P = cte d²G>0
dG = 0
velocidade de fluido M = cte
Fonte: adaptado Sandler, 2006.
OS CRITÉRIOS DE ESTABILIDADE
Condição para a existência de um estado de equilíbrio estável de um fluido é:
Então energia interna aumenta
Critério de estabilidade térmica:
com o aumento da temperatura
𝑪𝑽 > 𝟎
do sistema.

Critério de estabilidade mecânica: Então o volume do fluido diminui


𝝏𝑷 com o aumento da pressão.
<𝟎
𝝏𝑽 𝑻
POTENCIAL QUÍMICO E A RELAÇÃO
FUNDAMENTAL ENTRE PROPRIEDADES
PARA FLUIDOS MONOFÁSICOS COM
MASSA VARIÁVEL
RELAÇÕES FUNDAMENTAIS ENTRE
PROPRIEDADES
A equação 𝒅 𝒏𝑮 = 𝒏𝑽 𝒅𝑷 − 𝒏𝑺 𝒅𝑻 relaciona a energia de Gibbs total de qualquer
sistema fechado às suas variáveis canônicas, T e P.

Para um sistema monofásico e aberto, nG se torna uma função do número de moles das
espécies químicas presentes, além de T e P. A relação fundamental é:
𝒏𝑮 = 𝒈(𝑷, 𝑻, 𝒏𝟏 , 𝒏𝟐 , … , 𝒏𝒊 , … ) e o diferencial total de nG é:

𝜕 𝑛𝐺 𝜕 𝑛𝐺 𝜕 𝑛𝐺
𝑑 𝑛𝐺 = 𝑑𝑃 + 𝑑𝑇 + ෍ 𝑑𝑛𝑖
𝜕𝑃 𝑇,𝑛
𝜕𝑇 𝑃,𝑛
𝜕𝑛𝑖 𝑃,𝑇,𝑛𝑗
𝑖

O somatório é sobre todas as espécies presentes.


O subscrito 𝑛𝑖 indica que todos os números de moles, exceto o i-nésimo, são mantidos constantes.
RELAÇÕES FUNDAMENTAIS ENTRE
PROPRIEDADES
𝜕 𝑛𝐺 𝜕 𝑛𝐺 𝝏 𝒏𝑮
𝑑 𝑛𝐺 = 𝑑𝑃 + 𝑑𝑇 + ෍ 𝑑𝑛𝑖
𝜕𝑃 𝑇,𝑛
𝜕𝑇 𝑃,𝑛
𝝏𝒏𝒊 𝑷,𝑻,𝒏𝒋
𝑖

Por definição é o
POTENCIAL QUÍMICO
 Não pode ser medido diretamente.
 Conceito abstrato.
 Potencial químico como força motriz para a 𝜕 𝑛𝐺
transferência de massa: 𝜇≡
𝜕𝑛𝑖 𝑃,𝑇,𝑛𝑗
𝝁𝒂𝒍𝒕𝒐 → 𝝁𝒃𝒂𝒊𝒙𝒐
RELAÇÕES FUNDAMENTAIS ENTRE
PROPRIEDADES
Com a definição de potencial químico e pelas identidades termodinâmicas, onde
𝜕𝐺 e 𝜕𝐺
=𝑉 = −𝑆 a equação
𝜕𝑃 𝑇
𝜕𝑇 𝑃

𝜕 𝑛𝐺 𝜕 𝑛𝐺 𝜕 𝑛𝐺
𝑑 𝑛𝐺 = 𝑑𝑃 + 𝑑𝑇 + ෍ 𝑑𝑛𝑖
𝜕𝑃 𝑇,𝑛
𝜕𝑇 𝑃,𝑛
𝜕𝑛𝑖 𝑃,𝑇,𝑛𝑗
𝑖

Se torna: 𝑑 𝑛𝐺 = 𝑛𝑉 𝑑𝑃 − 𝑛𝑆 𝑑𝑇 + ෍ 𝜇𝑖 𝑑𝑛𝑖
𝑖

Relação fundamental entre propriedades para sistemas de


fluidos monofásicos com massa e composição variáveis.
RELAÇÕES FUNDAMENTAIS ENTRE
PROPRIEDADES
Para o caso, 𝑛 = 1 e 𝑛𝑖 = 𝑥𝑖 (fração molar), a equação

𝑑 𝑛𝐺 = 𝑛𝑉 𝑑𝑃 − 𝑛𝑆 𝑑𝑇 + ෍ 𝜇𝑖 𝑑𝑛𝑖
𝑖

fica 𝑑𝐺 = 𝑉𝑑𝑃 − 𝑆𝑑𝑇 + ෍ 𝜇𝑖 𝑑𝑥𝑖 onde 𝐺 = 𝐺(𝑇, 𝑃, 𝑥1 , 𝑥2 , … , 𝑥𝑖 , … )


𝑖

Lembrando que σ𝑖 𝑥𝑖 = 1, impede certas operações matemáticas que dependam da


independência das variáveis.
RELAÇÕES FUNDAMENTAIS ENTRE
PROPRIEDADES
A equação 𝒅𝑮 = 𝑽𝒅𝑷 − 𝑺𝒅𝑻 + σ𝒊 𝝁𝒊 𝒅𝒙𝒊 implica:

𝜕𝐺 𝜕𝐺
𝑉= 𝑆=−
𝜕𝑃 𝑇,𝑥
𝜕𝑇 𝑃,𝑥

𝜕𝐺
Ainda, como 𝑮 = 𝑯 − 𝑻𝑺 e 𝑆 = − Quando a energia de Gibbs é apresentada
𝜕𝑇 𝑃,𝑥 como uma função de suas variáveis
𝜕𝐺 canônicas, ela assume o papel de FUNÇÃO
𝐻 =𝐺+𝑇 −
𝜕𝑇 𝑃,𝑥
DE GERAÇÃO, fornecendo os meios para o
cálculo de todas as outras propriedades
𝜕𝐺 termodinâmicas através de operações
𝐻 =𝐺−𝑇
𝜕𝑇 𝑃,𝑥 matemáticas simples.
ISOFUGACIDADE COMO CRITÉRIO
DE EQUILÍBRIO
ISOFUGACIDADE COMO CRITÉRIO DE EQUILÍBRIO
𝜕𝐺
Integrando 𝑉= entre P1 e P2 à temperatura constante:
𝜕𝑃 𝑇 𝑃2
𝐺 𝑇1 , 𝑃2 − 𝐺 𝑇1 , 𝑃1 = න 𝑉 𝑑𝑃
𝑃1

𝑃2
𝑹𝑻 𝐼𝐺 𝐼𝐺
𝑅𝑇
Para uma gás ideal, 𝑽𝑰𝑮 = então 𝐺 𝑇1 , 𝑃2 − 𝐺 𝑇1 , 𝑃1 =න 𝑑𝑃
𝑃1 𝑃
𝑷

Subtraindo as equações 𝐺 e 𝐺 𝐼𝐺 :
𝑃2
𝑅𝑇
𝐺 𝑇1 , 𝑃2 − 𝐺 𝐼𝐺 𝑇1 , 𝑃2 − [𝐺 𝑇1 , 𝑃1 − 𝐺 𝐼𝐺 𝑇1 , 𝑃1 ] = න 𝑉− 𝑑𝑃
𝑃1 𝑃
ISOFUGACIDADE COMO CRITÉRIO DE EQUILÍBRIO
𝑃2
𝑅𝑇
𝐺 𝑇1 , 𝑃2 − 𝐺 𝐼𝐺 𝑇1 , 𝑃2 − [𝐺 𝑇1 , 𝑃1 − 𝐺 𝐼𝐺 𝑇1 , 𝑃1 ] = න 𝑉− 𝑑𝑃
𝑃1 𝑃

Considerações:
𝑃1 igual à zero
Reconhecendo que P=0, todos os fluidos são gases ideais,
então 𝐺 𝑇1 , 𝑃 = 0 = 𝐺 𝐼𝐺 (𝑇1 , 𝑃 = 0)
𝑃2
𝐼𝐺
𝑅𝑇
𝐺 𝑇, 𝑃 − 𝐺 𝑇, 𝑃 = න 𝑉− 𝑑𝑃
𝑃1 𝑃
ISOFUGACIDADE COMO CRITÉRIO DE EQUILÍBRIO
𝑃2
𝑅𝑇
𝐺 𝑇, 𝑃 − 𝐺 𝐼𝐺 𝑇, 𝑃 = න 𝑉− 𝑑𝑃
𝑃1 𝑃
Por conveniência, define-se uma nova propriedade termodinâmica: FUGACIDADE
𝐺 𝑇, 𝑃 − 𝐺 𝐼𝐺 𝑇, 𝑃 𝐼 𝑃 𝑅𝑇
𝒇 = 𝑃 exp = 𝑃 exp න 𝑉− 𝑑𝑃
𝑅𝑇 𝑅𝑇 0 𝑃

Da definição de fugacidade fica claro que:


 a 𝑓 tem unidade de pressão; A fugacidade se torna igual a pressão à pressões
 𝑓 → P como quando 𝑃 → 0 suficientemente baixas, onde o fluido se
assemelha a um gás ideal. Mesma situação com
o coeficiente de fugacidade.
ISOFUGACIDADE COMO CRITÉRIO DE EQUILÍBRIO
𝑓 𝐺 𝑇, 𝑃 − 𝐺 𝐼𝐺 𝑇, 𝑃
∅ = = exp
𝑃 𝑅𝑇
Coeficiente de fugacidade
𝑓 𝐼 𝑃 𝑅𝑇
∅ = = exp න 𝑉− 𝑑𝑃
𝑃 𝑅𝑇 0 𝑃
Define-se o ∅ em relação à
pressão parcial do sistema, não à
pressão parcial do estado de
referência.
ISOFUGACIDADE COMO CRITÉRIO DE EQUILÍBRIO
Coeficiente de fugacidade
∅ = 1, as forças atrativas e as forças repulsivas se
equivalem e geralmente é indicativo de um gás ideal.
∅ < 1, a “tendência em escapar” é menor do que para
um gás ideal, as forças atrativas dominam o
comportamento do sistema.
∅ > 1, as forças repulsivas são mais fortes.

𝒇
∅=
𝑷

A energia de Gibbs molar de um gás real (ATKINS; de PAULA, 2012)


ISOFUGACIDADE COMO CRITÉRIO DE EQUILÍBRIO
O critério de equilíbrio entre duas fases é G’ = G’’, com a restrição que T e P devem ser
constantes e iguais nas duas fases:
Como a energia de Gibbs molar é a mesma
𝐺 𝑇, 𝑃 − 𝐺 𝐼𝐺 𝑇, 𝑃 𝑓′(𝑇, 𝑃) 𝑓′′(𝑇, 𝑃)
𝑓 = 𝑃 exp 𝑙𝑛 = 𝑙𝑛
𝑅𝑇 𝑃 𝑃
𝑓 𝐺 𝑇, 𝑃 − 𝐺 𝐼𝐺 𝑇, 𝑃 Em termos de fugacidade
𝑙𝑛 = 𝑓 ′ 𝑇, 𝑃 = 𝑓′′(𝑇, 𝑃)
𝑃 𝑅𝑇
𝐼𝐺
𝑓
𝐺 𝑇, 𝑃 = 𝐺 𝑇, 𝑃 + 𝑅𝑇𝑙𝑛 ∅ 𝑇, 𝑃 = ∅(𝑇, 𝑃)
𝑃
𝑓′(𝑇, 𝑃) 𝑓′′(𝑇, 𝑃) Critério de
𝐺 𝐼𝐺 𝑇, 𝑃 + 𝑅𝑇𝑙𝑛 𝐼𝐺
= 𝐺 𝑇, 𝑃 + 𝑅𝑇𝑙𝑛 equilíbrio
𝑃 𝑃
TERMODINÂMICA
DE TRANSIÇÃO DE
FASES
Diagrama de fases no plano P-T (SANDLER, S. I.; 2006)
TERMODINÂMICA DE TRANSIÇÃO DE FASES
A inclinação de qualquer curva de fase de equilíbrio pode ser encontrada a partir de:
𝐺 ′ 𝑇, 𝑃 = 𝐺 ′′ (𝑇, 𝑃)
As mudanças na energia de Gibbs nas duas fases (dT e dP), tem que ser igual:
𝑑𝐺 ′ = 𝑑𝐺 ′′ 𝑑𝐺 = 𝑉 𝑑𝑃 − 𝑆𝑑𝑇
𝑉 ′ 𝑑𝑃 − 𝑆′𝑑𝑇 = 𝑉 ′′ 𝑑𝑃 − 𝑆′′𝑑𝑇
Desde que P e T são os mesmos nas duas fases nesse sistema de equilíbrio:
𝑉 ′ − 𝑉 ′′ 𝑑𝑃 = 𝑆 ′ − 𝑆 ′′ 𝑑𝑇
𝑑𝑃 𝑆 ′ − 𝑆′′
=
𝑑𝑇 𝐺′ =𝐺′′ 𝑉 ′ − 𝑉′′
𝑑𝑃 ∆𝑆
=
𝑑𝑇 𝐺 ′ =𝐺′′
∆𝑉
TERMODINÂMICA DE TRANSIÇÃO DE FASES
𝐺 ′ 𝑇, 𝑃 = 𝐺 ′′ (𝑇, 𝑃)
Sabendo também que 𝑮 = 𝑯 − 𝑻𝑺
𝐻′ − 𝑇𝑆′ = 𝐻′′ − 𝑇𝑆’’
𝐻 ′ − 𝐻 ′′ = 𝑇𝑆′ − 𝑇𝑆’’
𝐻 ′ − 𝐻 ′′ = 𝑇(𝑆 ′ − 𝑆 ′′ )
𝐻 ′ − 𝐻 ′′
= (𝑆 ′ − 𝑆 ′′ )
𝑇
𝒅𝑷 ∆𝑺
Então a = pode ser
𝒅𝑻 𝑮′ =𝑮′′ ∆𝑽
𝑑𝑃 𝑠𝑎𝑡 ∆𝐻
=
𝑑𝑇 𝐺 ′ =𝐺′′
𝑇∆𝑉 Equação de Clapeyron
TERMODINÂMICA DE TRANSIÇÃO DE FASES
Para uma curva de coexistência vapor-líquido, onde há mudança da pressão de vapor com a
temperatura, em que a temperatura de vapor não é muito alta:
𝑉𝑉 ≫ 𝑉𝐿
∆𝑉 ≈ ∆𝑉 𝑉
Considerando a fase vapor como gás ideal ∆𝒗𝒂𝒑 𝑽 = 𝑽𝑽 = 𝑹𝑻/𝑷

𝑑𝑃𝑣𝑎𝑝 𝑑𝑃𝑣𝑎𝑝 ∆𝑣𝑎𝑝 𝐻


=
𝑑𝑇 𝑅𝑇²
𝑑𝑙𝑛 𝑃𝑣𝑎𝑝 ∆𝑣𝑎𝑝 𝐻
= Equação de Clausius-Clapeyron
𝑑𝑇 𝑅𝑇²
TERMODINÂMICA DE TRANSIÇÃO DE FASES
𝑑𝑙𝑛 𝑃𝑣𝑎𝑝 ∆𝑣𝑎𝑝 𝐻
=
𝑑𝑇 𝑅𝑇²
O calor de vaporização é em função da temperatura, integrando a equação:
𝑇2 ∆
𝑃𝑣𝑎𝑝 (𝑇2 ) 𝑣𝑎𝑝 𝐻
𝑙𝑛 𝑣𝑎𝑝 =න 𝑑𝑇
𝑃 (𝑇1 ) 𝑇1 𝑅𝑇²

𝑃𝑣𝑎𝑝 (𝑇2 ) ∆𝑣𝑎𝑝 𝐻 1 1


𝑙𝑛 𝑣𝑎𝑝 =− −
𝑃 (𝑇1 ) 𝑅 𝑇2 𝑇1

Integração aproximada da Equação


de Clausius-Clapeyron
TERMODINÂMICA DE TRANSIÇÃO DE FASES
Equação de Antoine 𝐵
𝑙𝑛 𝑝𝑣𝑎𝑝 =𝐴 −
𝑇+𝐶
A, B e C são constantes para uma dada espécie química -> facilmente encontrados para um
grande número de espécies.
Cada conjunto de constantes é valido para uma faixa específica de temperatura.

(SMITH; VAN NESS; ABBOTT, 2012)


REFERÊNCIAS
ATKINS, P. W.; PAULA, de J. Físico-Química: volume 1. Tradução de: SILVA, E. C. da;
CARDOSO, M. J. E. de M.; BARCIA, O. E. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. Título original:
Physical chemistry.

KORETSKY, M. D. Termodinâmica para engenharia química. Rio de Janeiro: LTC, 2007. 502 p.

SMITH, J. M.; VAN NESS, H. C.; ABBOTT, M. M. Introdução à termodinâmica da engenharia


química. Tradução de: QUEIROZ, E. M.; PESSOA, F. L. P. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
Título original: Introduction to chemical engineering thermodynamics.

SANDLER, S. I. Chemical, biochemical and engineering thermodynamics. 4. ed. United


States of America: John Wiley & Sons, 2006.

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