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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017

de Movimentação de Cargas 7

Técnicas de Instalação, Operação, Manutenção, Testes e Inspeção:

Eng. Lucas Pimentel Gobbo

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

1. CONTEÚDO
2. Objetivo................................................................................................................................................. 5
3. Introdução ............................................................................................................................................ 5
Vantagens da utilização de equipamentos de movimentação de cargas ............................................................. 9
4. Equipamentos de movimentação de carga.............................................................................11 2
Tipos de equipamentos ....................................................................................................................................................... 12
5. Guindastes Giratórios.....................................................................................................................17
Classificação ............................................................................................................................................................................ 17
Guindastes de Parede .......................................................................................................................................................... 17
Guindastes de Coluna .......................................................................................................................................................... 18
Componentes Básicos .......................................................................................................................................................... 19
6. Guindastes giratórios – especificação ......................................................................................24
Talhas – Especificação ......................................................................................................................................................... 24
7. Guindastes giratórios – instalação ........................................................................................... 25
Talhas – Instalação ............................................................................................................................................................... 25
8. Guindastes giratórios – inspeção .............................................................................................. 26
Talhas - Inspeção inicial ..................................................................................................................................................... 26
Inspeção ................................................................................................................................................................................... 26
9. Guindastes giratórios – manutenção ........................................................................................28
10. Guindastes giratórios – ensaios e testes ...........................................................................31
Talhas – Ensaio Operacionais ........................................................................................................................................... 31
11. Guindastes giratórios – recomendações de segurança ............................................... 33
12. Guindastes giratórios - Operação .........................................................................................34
Operadores .............................................................................................................................................................................. 34
Práticas operacionais............................................................................................................................................................ 35
Manipulação da carga .......................................................................................................................................................... 36
13. Pontes rolantes ...........................................................................................................................37
Tipos de pontes rolante ....................................................................................................................................................... 41
Ponte do tipo apoiada .......................................................................................................................................................... 41
a) Univiga .......................................................................................................................................... 41
b) Dupla-viga ....................................................................................................................................42
Ponte rolante suspensa ....................................................................................................................................................... 42
2017

Ponte rolante tipo console .................................................................................................................................................. 43


14. Pontes rolantes - Componentes ........................................................................................... 44
Ponte .......................................................................................................................................................................................... 44
de

Cabeceiras................................................................................................................................................................................ 44
abril

Viga ............................................................................................................................................................................................ 44
Carro talha ............................................................................................................................................................................... 44
Talha .......................................................................................................................................................................................... 45
de

Trolley........................................................................................................................................................................................ 45
24

Caminho de rolamento ........................................................................................................................................................ 45

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Botoeira pendente ................................................................................................................................................................. 45


Controle remoto ..................................................................................................................................................................... 46
Cabine........................................................................................................................................................................................ 46
Caixa de engrenagem .......................................................................................................................................................... 47
15. Pontes rolantes – inspeção e manutenção ........................................................................47
Estrutura de suporte ............................................................................................................................................................ 47
Trincas em soldas .................................................................................................................................................................. 48
Inspeção dos acoplamentos .............................................................................................................................................. 49
3
Caminho de rolamento ........................................................................................................................................................ 50
Inspeção do tambor.............................................................................................................................................................. 51
Maquinário da talha .............................................................................................................................................................. 52
Polias .......................................................................................................................................................................................... 52
Corrente de carga ................................................................................................................................................................. 53
Ganchos .................................................................................................................................................................................... 53
Moitão ........................................................................................................................................................................................ 55
Condutores elétricos............................................................................................................................................................. 55
Dispositivos de comando .................................................................................................................................................... 57
16. Acessórios de movimentação de cargas ............................................................................57
17. Cordas ........................................................................................................................................... 60
18. CABOS DE AÇO ...........................................................................................................................61
Terminologia ........................................................................................................................................................................... 62
Arames ou fios........................................................................................................................................................................ 62
Pernas (strand) ...................................................................................................................................................................... 62
Alma (core).............................................................................................................................................................................. 63
Camada (layer) ...................................................................................................................................................................... 63
Construção ............................................................................................................................................................................... 63
Passo (pitch) ........................................................................................................................................................................... 63
Diâmetro de um cabo de aço ............................................................................................................................................ 64
Resistência dos arames (wire tensile) ........................................................................................................................... 64
Carga de ruptura efetiva (minimum breaking load) ................................................................................................. 64
Construção ............................................................................................................................................................................... 64
Relação pernas x arames ................................................................................................................................................... 65
Tipos de alma ......................................................................................................................................................................... 66
Torção ........................................................................................................................................................................................ 67
O cabo convencional x cabo não rotativo ..................................................................................................................... 68
Acabamento............................................................................................................................................................................. 69
Pré formação x pré esticamento ...................................................................................................................................... 69
Resistência dos arames ....................................................................................................................................................... 70
Composição ............................................................................................................................................................................. 71
Composições usuais ............................................................................................................................................................. 72
Especificação ........................................................................................................................................................................... 73
Seleção e uso .......................................................................................................................................................................... 74
Fatores de segurança........................................................................................................................................................... 74
Freqüência de inspeção x vida útil .................................................................................................................................. 75
Cabos aplicados em Ponte Rolantes ............................................................................................................................... 76

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19. Cabos de aço - Inspeção ........................................................................................................ 77


Inspeção visual ...................................................................................................................................................................... 77
Arames rompidos .................................................................................................................................................................. 78
Defeitos ..................................................................................................................................................................................... 79
Inspeção Eletromagnética .................................................................................................................................................. 81
Vantagens ................................................................................................................................................................................ 82
20. cabos de aço - Manutenção ................................................................................................... 83
21. correntes .......................................................................................................................................88
4
Correntes para Lingas.......................................................................................................................................................... 88
Lingas de Correntes.............................................................................................................................................................. 88
Quadro de Cargas de Trabalho ......................................................................................................................................... 89
Como especificar uma linga de corrente?..................................................................................................................... 89
Sistema de Classifição em Grau ....................................................................................................................................... 92
Redução da Capacidade de Carga ................................................................................................................................... 93
Ângulo de Trabalho das Lingas......................................................................................................................................... 94
Recomendações e Restrições de Uso ............................................................................................................................. 97
Corrente de rolos ................................................................................................................................................................... 98
Correntes de elos ................................................................................................................................................................ 101
22. CINTAS........................................................................................................................................ 103
Padrão de cores ................................................................................................................................................................... 105
Tipos de cintas...................................................................................................................................................................... 106
Formas de Levantamento ................................................................................................................................................. 107
Fator de Segurança (FS)................................................................................................................................................... 108
Etiqueta de identificação................................................................................................................................................... 108
Características gerais do poliéster ................................................................................................................................ 109
Cintas com proteção em Aramida ................................................................................................................................. 110
Dicas de utilização e inspeção de rotina ..................................................................................................................... 110
Inspeções ............................................................................................................................................................................... 111
Critérios básicos para inspeções de rotina ................................................................................................................. 112
23. Cintas - Recomendações de segurança........................................................................... 112
Itens para um levantamento seguro ............................................................................................................................ 112
Condições de segurança ................................................................................................................................................... 113
24. Ganchos ...................................................................................................................................... 114
Inspeção ................................................................................................................................................................................. 114
25. SINALIZAÇÃO MANUAL PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA ..................................... 115
26. NR-11_Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais ................................... 119
Trechos da Norma Regulamentadora n° 11 (Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de
materiais) da Portaria n° 3.214, do MTb .................................................................................................................... 119
Análise Comentada – NR-11 ........................................................................................................................................... 120
27. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 128
28. SOBRE O AUTOR ..................................................................................................................... 129

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2. OBJETIVO

Este material didático foi desenvolvido com o fim específico de orientar e


permitir um aprendizado básico sobre técnicas de manutenção, inspeção,
especificação e operação de Guindastes giratórios, Pontes rolantes e Acessórios
de movimentação de carga para utilização no meio industrial. 5
Objetiva-se com esse treinamento, primeiramente apresentar os
elementos básicos que compõem o sistema de movimentação de cargas, bem
com sua função dentro de cada subsistema ou equipamento. Dentro de cada
equipamento ou item específico serão tratados os temas: Inspeção,
Manutenção, Especificação, Operação e Requisitos de Segurança, com um
enfoque direcionado as normas e boas práticas utilizadas atualmente no Brasil e
no mundo.
Busca-se como resultado de toda esta jornada aprimorar os conhecimentos
profissionais já existentes e somá-los aos novos conhecimentos, na intenção de
melhorar a qualidade dos serviços através da aplicação de procedimentos de
inspeção e manutenção mais adequados as características desta planta
industrial.
Essa condição proporciona, acima de tudo, a realização de trabalhos mais
seguros e eficientes para organização, garantindo maior confiabilidade aos seus
equipamentos, e por conseqüência mais economia.

3. INTRODUÇÃO
HISTÓRICO:
Seja na implementação das grandes obras ou na realização de trabalhos
simplificados, torna-se indiscutível a importância da movimentação de cargas
para o desenvolvimento da humanidade
Desde o início dos tempos o Homem convive, com a necessidade frequente
de mover e transportar objetos pesados e volumosos, além do limite de sua
capacidade física. Os registros históricos indicam evidências do uso de

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equipamentos de movimentação de cargas


(guindastes) a partir do século I d.c, tendo
posteriormente seu uso mais difundido para
construções de grandes catedrais européias ainda
na idade média. Naquela época a força motriz
destes equipamentos era desenvolvida por 6

dezenas de homens ou animais, só sendo


substituída a partir do advento das máquinas a vapor;
O mais simples dos equipamentos de movimentação compunha-se apenas
de uma única estaca fincada no chão, que era erguida e sustentada por um par
de cabos amarrados em sua extremidade superior. Em seu topo, era fixada a
roldana por onde corria a corda utilizada para suspender os materiais, corda
esta, que era normalmente operada por um molinete fixo num dos lados da
estaca, junto à base.
Os equipamentos daquela época apresentavam grandes restrições de giro,
equilíbrio, altura de içamento e mobilidade, que foram com o decorrer das
experiências e dificuldades, superadas pouco a pouco.

CONSIDERAÇÕES GERAIS:
A técnica de movimentação de cargas compreende as operações de
elevação, transporte e descarga de objetos e/ou materiais, e pode ser efetuada
manualmente ou com recurso a sistemas mecânicos.
A aplicação sistêmica de recursos mecânicos permite que, de um modo
planejado e seguro se movimentem cargas de um determinado ponto para outro
com baixos níveis de força humana aplicada. Em outras palavras esses sistemas
podem ser entendidos como elementos multiplicadores de força e velocidade na
realização de operações.

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Os sistemas de movimentação de cargas incluem no seu grupo os


aparelhos e dispositivos que elevam e movimentam cargas cujas massas estão
abrangidas pelos limites das suas capacidades nominais.
Entende-se por carga ou capacidade nominal, a carga
máxima em operação que o aparelho de elevação pode
suspender. Esta é definida ainda na etapa de projeto do 7

dispositivo e nela encontra-se embutido todos os coeficientes


de segurança e critérios específicos de projeto do equipamento.

A eficiência operacional dos equipamentos de movimentação de cargas é


relação direta da especificação técnica adequada a cada uso particular. Os
sistemas selecionados para o desempenho das mais variadas
operações estão dependentes de muitos fatores, dentre os quais
devemos observar:
- O quê preciso transportar?
- Onde será realizada a movimentação?
- Com que velocidade pretendo movimentar a carga?
- Como pretendo movimentar a carga?
O quê? - A carga a ser movimentada deve ter todas as suas características
mapeadas, analisando-se: composição química, estado, físico, forma, textura,
tipo de embalagem, condições particulares de segurança, massa total,
fragilidade...
Onde? - É necessário conhecer, com precisão, o local da carga e descarga
e as respectivas particularidades destas locações (presença de ventos,
movimentação sobre processos, fluxo de pessoas, obstáculos aéreos...)
Com que velocidade? – Deve-se analisar quanto tempo será necessário
para efetuar o transporte da carga (velocidade de içamento, translação,
descarga, giro,...)

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Como? –Quais serão os movimentos e os deslocamentos necessários para


a realização da movimentação da carga. (elevação, giro, translação,...)
Essas dentre outras análises, são bastante importante para evitar os super
dimensionamentos e/ou a subutilização dos equipamentos de movimentação de
cargas, bem como possibilitar trabalhos com padrões de segurança adequados.
8

RISCOS:
Em função da elevada energia potencial (Quantidade de movimentos e
alturas) envolvida nos processos de movimentação de cargas, todos os trabalhos
desenvolvidos em seus processos apresentam um alto grau de risco a vida e a
integridade das pessoas que o rodeam. Dentre os principais riscos podemos citar
o risco de morte ou lesões graves por esmagamento em função de:
a) Queda de objetos ou carga suspensa;
b) Agarramento ou arrastamento dos equipamentos;
c) Queda de mesmo nível ou em altura dos operadores;
d) Rompimento súbito de elementos de máquinas do equipamento;
e) Tombamento de estruturas;

ANÁLISE ECONÔMICA DE IMPLANTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE


MOVIMENTAÇÃO:

Na maior parte dos casos os estudos mostram boa a relação custo x


benefício na implantação de equipamentos de movimentação de cargas dentro
dos processos produtivos. Com a implantação obtêm-se oportunidades de
redução de custo: mão de obra, materiais e despesas gerais; aumento da
capacidade produtiva e melhoria nas condições de trabalho dando maior
segurança e reduzindo a fadiga dos funcionários. No entanto antes de qualquer
implantação faz-se necessário um estudo de viabilidade econômica para
comparar os investimentos de aquisição, manutenção (mão de obra,
ferramental, espaço físico, treinamento,...) e depreciação destes equipamentos,

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além disso, deve-se observar a possibilidade de se ter um capital mal aplicado


em função dos altos juros impostos pelos financiamentos, principalmente se
estes equipamentos forem subutilizados.
Estudos mostram que para as grandes demandas de movimentação os
ganhos em produtividade compensam substancialmente o investimento
atribuído a aquisição. Devido a isto eles se adaptaram muito bem em diversos 9

ramos da produção industrial como: automobilístico, aeronáutico, naval, têxtil,


etc. Assim o uso de equipamentos de movimentação nos processos industriais
deixou de ser novidade e passaram a ser essenciais para garantir alta
produtividade ganhando importância dentro da área de produção.
Com esta modificação a movimentação de material e cargas passou a ser
vista com outros olhos e tomar um rumo para o campo logístico da produção,
que engloba o suprimento de materiais, componentes, movimentação e o
controle de produtos. Os profissionais reconheceram a necessidade de se
estabelecer um conceito bem definido de logística industrial, uma vez que
começaram a compreender melhor o fluxo contínuo dos materiais, as relações
tempo-estoque na produção e na distribuição e os aspectos de fluxo de caixa no
controle de materiais. Com isto as empresas desenvolveram atividades de
controle global capaz de apoiar firmemente cada fase do sistema com um
máximo de eficiência e um mínimo de capital investido.

VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

A) Redução de Custos:
- Redução de custo de mão de obra: a utilização dos equipamentos de
manuseio vai implicar a substituição da mão de obra pelos meios mecânicos,
liberando esta mão de obra para outros serviços dentro da empresa, onde ela
não pode ser substituída, serviços esses que vão exigir esforço intelectual do
homem.

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- Redução de custo de materiais: com um transporte mais racional, o custo


de perdas durante a armazenagem é reduzido.
- Redução de custo de despesas gerais : racionalizando-se os processos de
transporte e estoque diminuem-se os custos de despesas gerais, facilitando a
desobstrução dos locais, evitando riscos de acidentes de pessoal e sinistro. O
processo adquire fluidez. 10

B) Aumento na capacidade produtiva


- Aumento de produção: o aumento de produção só é possível com a
intensificação no fornecimento da matéria-prima, o que é conseguido com a
introdução de equipamentos de transporte que permitam maior rapidez na
chegada dos materiais até as linhas de produção.
- Aumento da capacidade de estoque: os equipamentos para empilhar
permitem explorar ao máximo a altura disponível para armazenagem nos
edifícios,baumentando assim a capacidade de estocagem de produtos acabados.
Permitem também um melhor acondicionamento, contribuindo para o aumento
do espaço.
- Melhor distribuição de armazenagem: com a utilização de dispositivos
para formação de cargas unitárias e métodos para uma perfeita utilização dos
estoques é possível montar um sistema de armazenagem organizado, com a
utilização de métodos para uma perfeita utilização dos estoques.

C) Melhores condições de trabalho


- Maior segurança : com o uso de dispositivos destinados a cargas unitárias
e com a aplicação de equipamentos de manuseio, o risco de acidentes durante as
operações fica reduzido, desde que o sistema seja utilizado corretamente.
- Redução de fadiga / maior conforto para o pessoal : quando se trata de
manuseio por uma máquina, está liberando o homem para serviços nobres, o
que lhe diminui a fadiga. Ao mesmo tempo, os que continuam trabalhando em

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serviços de transporte e estocagem de cargas trabalham com muito mais


conforto, pois o equipamento faz serviço pelo homem.

D) Distribuição
- Melhoria na circulação : com a criação de corredores bem definidos,
endereçamento fácil e equipamentos eficientes, a circulação das mercadorias 11

dentro de um fábrica é sensivelmente melhorada. Quando se integra a unidade


produtora às unidades regionais de armazenagem de produtos acabados, para
distribuição aos pontos de venda, a utilização de métodos de carga e descarga de
mercadorias, bem como de estocagem altamente eficientes traz como
conseqüência melhor circulação entre estes pontos.
- Reposição de material : a aplicação de sistemas de manuseio torna viável
a criação de pontos de armazenagem em vários locais distantes da fábrica e que
estejam colocados estrategicamente próximos aos pontos consumidores. Tudo
isso só é possível graças à utilização de equipamentos de movimentação e
armazenagem, pois o uso de cargas unitárias minimiza os custos de processo.
- Melhoria dos serviços ao usuário: estando as mercadorias muito mais
próximas dos centros consumidores, a chegada até o usuário torna-se muito
mais rápida, com menos riscos de deterioração ou quebra e com menor custo,
ou seja, o consumidor pode adquirir as mercadorias em melhor estado e por
melhores preços.
- Maior disponibilidade: da mesma forma haverá sempre disponibilidade
de produtos em cada região.

4. EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

Movimentar materiais é uma tarefa que demanda grande esforço. A


utilização de equipamentos adequados para cada tipo de material a ser
transportado pode contribuir para uma melhor execução desta tarefa. Cada vez

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mais, novos equipamentos, mais modernos e sofisticados, são introduzidos no


mercado, e a escolha do melhor equipamento depende de muitas variáveis,
como o custo, o produto a ser manuseada, a necessidade ou não de mão de obra
especializada, espaço disponível, entre outros.
São considerados equipamentos de movimentação de cargas ou materiais,
os equipamentos que levantam e movimentam para outros locais, materiais 12

diversos. Entre estes equipamentos destacam-se os elevadores de carga,


guindastes, monta-cargas, pontes-rolantes, talhas, guinchos, gruas, caminhões
tipo munck, etc.
Neste item, falaremos um pouco sobre os principais equipamentos
utilizados na movimentação de cargas aplicáveis as áreas industriais, ressaltando
suas vantagens e desvantagens.

TIPOS DE EQUIPAMENTOS

CARROS
MANUAIS DE CARGA:
São os equipamentos
mais simples.
Consistem em
plataformas com
rodas e um timão
direcional. Servem para movimentar materiais em pequeno volume e baixo peso.
Possuem vantagens como baixo custo, versatilidade, manutenção quase
inexistente. Desvantagens: Capacidade de carga limitada, baixa velocidade e
produção, exigem grande quantidade de mão-de-obra.

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PALETEIRAS: São carros de


movimentação de cargas com braços
metálicos em forma de garfo e e sistema de
elevação hidráulica. Vantagens: possibilidade
de trabalho com cargas unitizadas, operação
com esforço físico moderado, versatilidade. 13

Desvantagens: pequena altura de elevação,


restrições de uso em função do terreno.

EMPILHADEIRAS: podem ser elétricas ou de


combustão interna .São usadas quando o peso e
as distâncias são maiores (se comparadas com o
carrinho) As mais comuns são as frontais de
contrapeso. Vantagens: livre escolha do caminho,
exige pouca largura dos corredores, segurança ao
operário e à carga, diminui a mão-de-obra. Desvantagens: retornam quase
sempre vazias, exige operador especializado, exige paletização de cargas
pequenas.

PLATAFORMAS DE CARGA E
DESCARGA: utilizadas no recebimento e na
expedição de mercadorias, facilitando o
trabalho de carga e descarga de veículos e
containers. Geralmente são fixas.

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MESAS E PLATAFORMAS HIDRÁULICAS: usadas


basicamente na elevação da carga para auxílio em
processos de manutenção e montagem de
equipamentos. 14

GUINDASTES: usados em pátios, construção pesada, portos, plataformas


marítimas e oficinas de manutenção. Podem ser do tipo fixo ou móvel, com lança
treliçada ou telescópica. Opera cargas não paletizadas, grandes capacidades de
carga, versátil, alcança locais de difícil acesso, mas apresenta a desvantagem de
exigir espaço e ser lento.

GRUAS: Fixo a terra, as Gruas ou guindastes


de torre oferecem a melhor combinação de altura e
capacidade, e são usados geralmente na construção
de edifícios ou estruturas altas. Para conservar o

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espaço de trabalho na obra, o eixo vertical do guindaste é construído


frequentemente dentro e ao centro da futura edificação, que é então, após o
termino da obra (quando o guindaste é desmontado) convertido ao vão por onde
passa o elevador. A estrutura horizontal contém uma espécie de trilho onde se
desloca o equipamento responsável pelo içamento. Esta estrutura é balanceada
assimetricamente com o auxílio de contrapesos. 15

STACKER CRANE: Consiste numa torre


apoiada sobre um trilho inferior e guiada por
um trilho superior muito utilizada a
almoxarifados e estoques de cargas unitizadas.
Pode ser instalada em corredores com menos
de 1 metro de largura e algumas torres atingem até 30m de altura. Exige alto
investimento, mas ocasiona uma grande economia de espaço.

PÓRTICOS E SEMIPÓTICOS: São


equipamentos de uma os duas vigas elevadas e
auto-sustentáveis sobre trilhos. Possuem
sistema de elevação semelhante ao das pontes
rolantes e comando desde o piso, por
botoeiras ou cabina, podendo esta ser fixa na
viga ou móvel junto
ao carro. Os pórticos
são utilizados no armazenamento em locais descobertos
e apresentam velocidades de elevação e translação de

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acordo com as necessidades operacionais. Sua capacidade de carga pode chega


atingir 80 Ton e seu vão chega atingir 40m.
O pórtico, devido a seu tipo de construção, não precisa de nenhum apoio
como o semipórtico, para ser montado, por isso é a solução ideal para o
transporte de materiais em espaços livres ou em prédios que não foram
dimensionados para este fim. 16

Vantagens: maior capacidade de carga que as pontes rolantes, não requer


estrutura. Desvantagens: menos seguro, interfere com o tráfego no piso, e é
mais caro.
. PONTES ROLANTES: Viga suspensa sobre um vão livre, que roda sobre
dois trilhos. São empregadas em fábricas ou depósitos que permitem o
aproveitamento total da
área útil Vantagens:
elevada durabilidade,
movimentam cargas
ultrapesadas, carregam e
descarregam em
qualquer ponto,
posicionamento aéreo.
Desvantagens: exigem estruturas, investimento elevado, área de
movimentação definida, profissional capacitado.
GUINDASTES GIRATÓRIOS:
Apresentam como característica
básica a condição de serem
equipamentos de área de
movimentação limitada para o
manuseio de materiais e visam
atender locais de trabalho
específicos.

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5. GUINDASTES GIRATÓRIOS

Os guindastes giratórios são guindastes


com pontos de apoio fixos, utilizados para 17
manuseio de cargas e materiais em áreas
restritas de movimentação. Apresentam
restrições angulares e de alcance em função da
forma e local de instalação.

CLASSIFICAÇÃO:

São subdivididos basicamente em duas classes: Os guindastes giratórios de


coluna e de parede, sendo o primeiro montado sobre colunas metálicas fixadas
ao piso e o segundo fixado em paredes ou colunas de concreto.

GUINDASTES DE PAREDE:

Por serem fixados a paredes ou colunas de concreto, os guindastes de


parede apresentam maiores restrições quanto a mobilidade em função dos
empecilhos impostos pelas paredes onde os mesmos são montados. Apresentam
normalmente restrições de giro não permitindo passeios com angulações
maiores do que 180°.
Em função do seu modo construtivo, necessitam de análise minuciosa e
criteriosa quanto a resistência estrutural da parede ou coluna de concreto que
vai recebê-lo antes de sua montagem, principalmente para as construções onde
não tenha sido previsto em seu projeto a sustentação deste tipo de
equipamento. Exige procedimento de fixação adequado, por profissionais
habilitados, através da aplicação de sapatas metálicas ou estruturas especiais em
função das cargas aplicadas. Como podemos observar abaixo apresentam

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características construtivas diferenciadas em função das capacidades de cargas


desejadas.

18

GUINDASTES DE COLUNA:

São equipamentos de movimentação mono-apoiados em mancais de


deslizamento ou rolamento dispostos na estruturas das colunas metálicas.
Diferentemente dos guindastes de parede podem permitir giros de até 360°, a
depender dos obstáculos impostos pela vizinhança da instalação. Assim como o
guindaste de parede esta classe de equipamentos trabalham com a
movimentação de cargas unitizadas ou não, e são operados a partir do solo sob o
comando de joystick e/ou botoeiras de comando acionadas por operador
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19

COMPONENTES BÁSICOS

COLUNA: Estrutura metálica, sob a qual a lança é instalada,


fabricada em aço estrutural através da união de partes metálicas por
solda e montada no sentido vertical. Responsável pela absorção de
esforços de flambagem e flexo-torção transmitidos pela carga
movimentada através da viga horizontal.
Normalmente construída por tubos ou união de perfis, apresentam
núcleo oco que proporciona leveza a estrutura e favorecem a resistência
a flambagem .

LANÇA:
Estrutura
construída em aço, composta por perfis metálicos estruturais ou viga “tipo
caixão” fechada por solda. Responsável pela sustentação de todos os esforços de
flexão provocados pela movimentação espacial da talha em conjunto com a
carga sob movimentação.
Encontra-se fixada a coluna ou a parede por meio de articulações com
pinos, tendo a outra extremidade livre de sustentação.
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TROLLEY: Unidade de translação horizontal composta por elemento


transportador responsável pela suportação da talha, composto por rodízios
metálicos montados em estrutura de chapas e eixos fechados e encaixados no
interior das vigas por onde percorrem transladando de uma extremidade a outra
da lança. Podem apresentar sistema de auto-propulsão através do uso de motor 20

elétrico e caixa de redução acoplada diretamente a estrutura do trolley.

TALHA: Montada sob o carro trolley, fixada através de gancho ou manilha,


é destinada basicamente ao deslocamento vertical de cargas, sustentando-as
e/ou deslocando-as por meio de cabos de aço ou correntes.

A depender do modo de acionamento


podem ser subdivididas em três classes:
Talhas Manuais, Elétricas ou Pneumáticas.

TALHAS MANUAIS: Por apresentarem


dimensões portáteis as talhas manuais são
mais utilizadas para serviços leves de montagem e manutenção que necessitam
de baixa a moderada capacidade de carga. São isentas de sistema de propulsão
própria, mas podem ser instaladas em carros do tipo trolley para permitir a
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movimentação em vigas com perfil tipo “I”. Com capacidades de carga que
variam de 250Kg a 6Ton e elevação média de 3m são compostas basicamente
por:

• Roda dentada de operação da corrente;


• Dispositivo limitador de sobrecarga que impede que a máquina eleve cargas 21

superiores à sua capacidade nominal.


• Corrente principal;
• Corrente de propulsão;
• Ganchos fabricados em aço-liga, tratados termicamente e dotados de trava de
segurança;
• Carcaça;
• Alavanca quando aplicável;

TALHAS ELÉTRICAS:
Apresenta seus movimentos de descida e subida
acionados por motor elétrico agregado a uma caixa de
redução, acionada por sistema de botoeira com fio ou
wireless. Ao contrário das talhas manuais apresentam
construções mais robustas e em função de sua mobilidade são
normalmente aplicadas em guindastes giratórios e pontes
rolantes para realização de trabalhos mais pesados que as manuais. Em função
da maior robustez e mobilidade são na maioria dos casos aplicadas em processos
de movimentação de carga, podendo realizar trabalhos com cargas de até 50 Ton
(talhas mais usuais) e alturas de elevação a depender das condições construtivas
do equipamento. São compostas basicamente pelos seguintes componentes:

• Joistick de comando;
• Motor elétrico;
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• Caixa de redução;
• Dispositivo limitador de sobrecarga que impede que a máquina eleve cargas
superiores à sua capacidade nominal.
• Chaves fim de curso;
• Cadernal;
• Polias de carga; 22

• Tambor de enrolamento dos cabos;


• Cabo de aço de elevação;
• Ganchos fabricados em aço-liga, tratados termicamente e dotados de trava de
segurança;
• Carcaça;
• Trolley integrado
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23

TALHAS PNEUMÁTICAS:
Apresenta seus movimentos de descida e
subida acionados por motor pneumático integrado
ao corpo da talha, que acionado através da força de
impulsão do ar comprimido. Uma das principais
vantagens e a possibilidade utilização em áreas

classificadas (áreas que não podem ser submetidas a chamas


ou arcos elétricos).
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6. GUINDASTES GIRATÓRIOS – ESPECIFICAÇÃO


TALHAS – ESPECIFICAÇÃO

Segue abaixo algumas características a serem observadas para a


especificação de talhas aplicadas aos guindastes giratórios e pontes rolantes
24
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE CABOS DE AÇO PARA TALHAS
Na seleção do sistema de cabos, devem ser considerados os seguintes
parâmetros:
a) Tipo de serviço, caracterizado pelo grupo de classificação;
b) Diâmetro do cabo;
c) Diâmetro do tambor, polias de carga e polias compensadoras;
d) Ranhuras.

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE MOTORES DE ELEVAÇÃO PARA TALHAS


Na seleção de motores de elevação e translação devem ser considerados
os seguintes parâmetros:
a) Regime de operação (períodos de utilização, intermitência no serviço,
duração das operações)
b) Potencia nominal necessária;

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE MOTORES DE TRANSLAÇÃO PARA TALHAS


Na seleção de motores de elevação e translação devem ser considerados
os seguintes parâmetros:
a) Regime de operação (períodos de utilização, intermitência no serviço,
duração das operações)
b) Potencial nominal necessária;
c) Conjugado necessário para vencer a inércia;
d) Conjugado de aceleração;
e) Tempo de aceleração;
f) Coeficiente de atrito e perdas por escorregamento;
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7. GUINDASTES GIRATÓRIOS – INSTALAÇÃO

TALHAS – INSTALAÇÃO

ESTRUTURA SUPORTE
A estrutura suporte onde está instalada a talha, tal como monovia, braço
giratório, deve ser dimensionada considerando as cargas às quais devem ser
25
submetidas em função da utilização da talha.
Devem ser observadas, ainda as dimensões mínimas requeridas, assim
como as tolerâncias permissíveis (dimensão, forma, posição), valores esses a
serem indicados pelos fabricantes.

ELEMENTOS DE COMANDO
Os elementos de comando pendentes tais como botoeiras, devem ser
localizados a uma altura adequada para o operador.

ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA – TALHA ELÉTRICA


A linha de alimentação, a ser dimensionada conforme indicações do
fabricante da talha, deve ser seccionável da rede por disjuntor ou chave
seccionadora de fácil acesso.
A seqüência de fazes deve ser respeitada para que a direção dos
movimentos (gancho, trole) coincida com a marcação dos elementos de
comando. Em caso de divergência, devem ser invertidas duas fazes na linha; não
é permitida qualquer modificação nas ligações do motor ou dos elementos de
comando.
O equipamento deve ser convenientemente aterrado.

ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA – TALHA PNEUMÁTICA


As talhas pneumáticas devem ser adequadamente ligadas às linhas de ar,
que devem suprir a vazão, pressão e características de ar compatíveis com a
talha, de acordo com as indicações do fabricante.
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POSTO DE OPERAÇÃO
Ao operador de talhas deve ser assegurado posto de operação seguro, do qual o
acesso à corrente ou alavanca de comando seja fácil, e que permita boa postura
e visão da talha e da carga.

26
8. GUINDASTES GIRATÓRIOS – INSPEÇÃO
TALHAS - INSPEÇÃO INICIAL

a) Todas as talhas devem ser inspecionadas pelo fabricante, antes do seu


fornecimento ao cliente; as talhas que tenham sido consertadas ou alteradas
devem ser inspecionadas antes da sua instalação, para garantir a conformidade
com a NBR 10981 e com as especificações do fabricante.
b) Nova inspeção visual deve ser efetuada pelo responsável da montagem antes
da instalação da talha, para certifica-se de que a talha e/ou seus acessórios não
foram danificados no transporte, armazenamento ou manuseio.

INSPEÇÃO

Inspeções freqüentes e periódicas do equipamento deverão ser inseridas


nos programas de manutenção do equipamento. Essa ação deverá ser tomada
tanto no sentido de fornecer subsídios para as ações de manutenção, como de
evitar que falhas ou defeitos não-detectados nas manutenções venham a se
converter em fatores de risco.
Após cada inspeção realizada é necessária a emissão de relatório de
inspeção que deverá conter todos os itens avaliados e respectivas
recomendações.
As inspeções podem ser classificadas em inspeção inicial de segurança,
inspeção diária e inspeção periódica de segurança.

INSPEÇÃO DIÁRIA
As inspeções diárias devem objetivar, no mínimo:
a) A constatação do correto funcionamento dos sistemas:
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- Avaliar o correto funcionamento dos fins-de-curso;


- Avaliar a correta atuação dos comandos e de eventuais dispositivos de
proteção;
b) O exame visual do estado de conservação:
- Elementos de máquinas submetido a ação das cargas: (Parafusos, cabos,
correntes, porcas, pinos, eixos, polias, etc...) 27

- Ganchos, moitões e/ou dispositivos de carga, verificando a existência de


deformações ou outros danos.
NOTA: As deficiências devem ser cuidadosamente examinadas, e corrigidas
e eliminadas as suas causas. Deformações excessivas do gancho geralmente
indicam que o sistema foi operado de forma imprópria e que pode ser induzido a
danos em outros componentes.

INSPEÇÃO PERIÓDICA:
As inspeções periódicas na talha devem ser completas, realizadas em
intervalos definidos, profissional habilitado dependendo da severidade do
serviço, das condições ambientais e das indicações específicas do fabricante.
Além das indicadas na seção.
As inspeções periódicas devem abranger, no mínimo, as partes do
equipamento, indicadas a seguir, constatando:
a) fixação e aperto de parafuso e/ou rebites;
b) desgaste das roldanas;
c) desgaste excessivo, corrosão, deformação ou ruptura de elementos, tais
como: rolamentos, eixos, engrenagens, pinos;
d) desgaste excessivo dos componentes do mecanismo de freio;
e) desgaste excessivo, corrosão, deformação ou trincas na corrente de
carga;
f) estado do gancho: pelo menos uma vez por ano o gancho deve ser
inspecionado com líquido penetrante, ou outro meio apropriado, visando a
determinar a inexistência de fissuras;
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g) estado da porca e trava do gancho dos elementos do moitão, tais como:


anéis de retenção, pinos, soldas ou rebites;
h) desgastes anormais ou deterioração dos componentes elétricos, em
especial contadores, chaves fim-de-curso
e) estado da botoeira de comando;
i) estado do trole, em especial das rodas, parafusos de fixação e/ou 28

fechamento e mecanismo de acionamento;


j) estado das estruturas suporte, monovia e seus complementos e dos
elementos de fixação;
l) estado das linhas de alimentação e do que possa influir na
operacionalidade do equipamento e na segurança do pessoal, tais como: limpeza
em geral e, em especial das botoeiras e demais mecanismos de controle,
mantendo os símbolos legíveis.
NOTA: As deficiências devem ser cuidadosamente examinadas, e corrigidas
e eliminadas as suas causas. Protocolos das inspeções efetuadas devem ser
elaborados e assinados pelos responsáveis, ficando em fácil acesso para
realização de auditorias e análise dos resultados.

9. GUINDASTES GIRATÓRIOS – MANUTENÇÃO

Segue abaixo algumas recomendações e procedimentos a serem realizados


na manutenção das talhas que equipam as pontes rolantes e os guindastes
giratórios:

a) as correntes de carga e de comando devem ser mantidas limpas e livres


de oxidação e de qualquer material abrasivo ou que possa se acumular na
corrente alterando o seu módulo ou reduzindo sua capacidade de articulação. O
processo de limpeza não deve provocar avarias nas correntes;
b) as correntes de carga articulam-se sob altas pressões específicas e
devem ser lubrificadas de acordo com as recomendações do fabricante da talha.
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Na falta dessas recomendações, lubrificar a corrente com óleo mineral de alta


viscosidade, aplicando em pequena quantidade, porém com grande freqüência,
visto que o óleo se dispersa com uso da talha.
Nota: As correntes de comando que atuam sob esforços reduzidos,
normalmente, não necessitam de lubrificação.
29
c) Recomenda-se o estabelecimento de um plano de manutenção preventiva,
devidamente desenvolvido por profissional habilitado, baseado nas
recomendações do fabricante e em análise criteriosa das condições
operacionais dos equipamentos em questão.

PRECAUÇÕES NA MANUTENÇÃO
Antes do início dos reparos ou ajustes na talha, as seguintes precauções
devem ser tomadas.
a) Se a talha possui acionamento elétrico, o circuito deve ser
desenergizado através da chave seccionadora do suprimento de força
da talha, sendo que a referida chave deve ser bloqueada na posição
“desligada” através de cadeados ou similares.
b) Se a talha tiver acionamento pneumático, a válvula na linha de
fornecimento de ar deve ser fechada e bloqueada.
c) Placas contendo as indicações de “em reparo”, “manutenção” ou
similares devem ser colocadas na talha, de forma a ficar claramente
indicado que o equipamento não pode ser utilizado.
d) Após o término dos reparos e ajustes, a talha não deve ser posta em
funcionamento antes que todas proteções tenham sido reinstaladas, os
dispositivos de segurança reativados e todos os equipamentos de
manutenção removidos.
e) Se a talha bloqueou com uma carga suspensa, retirar a carga por
qualquer meio seguro antes de desmontar qualquer componente.
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LUBRIFICAÇÃO
Todas as partes móveis da talha, para as quais esteja especificada uma
lubrificação, devem ser lubrificadas periodicamente, nos intervalos indicados
pelo fabricante. Os pontos que devem ser lubrificados, assim como o tipo e
qualidade de lubrificante, devem seguir as indicações do fabricante. Devem ser
tomadas precauções equivalentes às descritas acima, quando a talha estiver em 30
lubrificação.

AJUSTES E REPAROS
a) Qualquer condição de insegurança ou não-conformidade determinada
pelas inspeções deve ser corrigida antes de pôr a talha novamente em
uso, salvo as condições que apresentem baixa criticidade ao
funcionamento do equipamento;
b) Alguns ajustes devem ser efetuados visando a garantir a boa operação
dos mecanismos, tais como: freios, catracas, mecanismos limitadores
(fins de curso);
c) Reparos ou substituições devem ser efetuadas oportunamente,
conforme requeridos para o correto funcionamento do equipamento.
d) Devem ser substituídas todas as peças vitais que apresentem desgaste
ou estejam deformadas, quebradas ou apresentem fissuras.
Nota: Soldas no ganchos ou elementos estruturais que compõem o
equipamento não devem ser realizas sem acompanhamento técnico de
um profissional habilitado;

TALHAS UTILIZADAS DE FORMA DESCONTÍNUA


As talhas utilizadas de forma descontínua, sujeitas à paralisação da ordem
de um mês ou mais, devem ser preparadas (trabalho de preservação) para os
períodos de paralisação, de forma adequada às condições ambientais, visando a
defendê-las da umidificação dos componentes elétricos e da corrosão de uma
forma geral. É recomendável, que pelo menos uma vez ao mês, seja simulado o
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uso da talha. Recomenda-se também a continuidade de execução dos planos de


inspeção para estes equipamentos.
Nota: Nos casos em que os equipamentos tiverem passado mais 03 meses
parados recomenda-se a realização de uma inspeção conforme itens da inspeção
inicial e/ou periódica [Prática Recomendada]
31

10. GUINDASTES GIRATÓRIOS – ENSAIOS E TESTES

TALHAS – ENSAIO OPERACIONAIS

Cada talha deve ser ensaiada antes de sua entrada em serviço. O primeiro
ensaio, mesmo quando não realizado no estabelecimento do fabricante, deve ser
efetuado sob sua responsabilidade técnica (ART – Anotação de Responsabilidade
Técnica).
O fabricante deve fornecer ao comprador um certificado com os resultados
dos ensaios, atestando que a talha fornecida encontra-se conforme os requisitos
da Norma ABNT NBR 11327 e seus Anexos.

VERIFICAÇÕES
Antes da realização dos ensaios operacionais, os seguintes pontos devem
ser verificados:
a) apoios e/ou elementos de fixação;
b) batentes na monivia ou trave de ponte ou do braço giratório, conforme
o caso;
c) ligações elétricas ou pneumáticas, conforme o caso;
d) níveis de óleo e pontos de lubrificação;
e) condições da corrente e sua acomodação nas roldanas;
f) dispositivo fim-de-curso, se houver;
g) terminais da corrente.
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PROCEDIMENTOS DE ENSAIO
Tanto as talhas novas como as que tenham sido reparadas ou modificadas,
bem como as que tenham permanecido inoperantes por mais de trinta dias,
devem ser ensaiadas sob a orientação de pessoa devidamente qualificada, antes
do início ou reinício da sua operação.
32
AVALIAÇÃO DE COMPATIBILIDADE
É necessário comprovar a compatibilidade da talha com os demais
equipamentos e com o local de operação. Deve-se avaliar as eventuais
obstruções fixas ou móveis no caminho da talha ou de seus acessórios, bem
como no caso da existência de desvios, sistemas de segurança, necessariamente
independente da atuação do operador ou de terceiros, devem impedir que a
telha tenha acesso a obstruções ou a descontinuidade da viga de rolamento.

ENSAIOS EM VAZIO
São efetuados para constatação de funcionamento e regularidade de
atuação de todos os comandos e funções, devendo ser ensaiados, no mínimo, os
seguintes itens:
a) os movimentos de subida e descida do gancho e de deslocamento do
trole, se houver, observando-se coincidência com as marcações;
b) a atuação dos freios;
c) a atuação dos dispositivos limitadores e de segurança.

ENSAIOS COM CARGA


Os ensaios com carga, tanto nas talhas novas como nas reparadas e cujo
meios de levantamento tenham sido substituídos ou alterados, devem atender
ao prescrito na NBR 10981 quanto aos ensaios dinâmicos e dos freios, com
exceção das medidas de velocidade e de percurso de frenagem, que podem ser
substituídos por controle visual, caso o ensaio inicial já tenha sido executado
pelo fabricante.
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Devem ser tomados, durante os ensaios, todos os cuidados exigidos em


operação normal acrescidos de cautela de içar inicialmente a carga na menor
altura possível, elevando-a, após constatação da correta atuação dos freios.
Uma sobrecarga de 25% acima da capacidade nominal deve ser elevada e
abaixada, com a alimentação de energia (tensão/pressão) nos valores nominais,
sem alteração expressiva das velocidades. 33

Condicionado a que a alimentação de energia, seja elétrica ou ar


comprimido, esteja dentro dos valores nominais indicados; as velocidades de
elevação e abaixamento de uma carga correspondente a capacidade nominal da
talha, devem ser, no máximo, 5% menores ou maiores do que a velocidade
nominal indicada pelo fabricante. Nestas condições, nas talhas elétricas, a
corrente medida não deve ultrapassar a indicada pelo fabricante.
Ensaios estáticos não são usualmente realizados. Se solicitados, em casos
especiais devem ser objeto. de entendimento entre fabricante e consumidor.
Estes ensaios devem ser realizados com uma sobrecarga de até 50%. da
capacidade nominal, até a capacidade 80 t., e de até 40% acima desta.

11. GUINDASTES GIRATÓRIOS – RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA

a) A capacidade de carga das talhas deve estar claramente posicionada no


corpo da talha, bem como o trilho também deve ter assinalada sua capacidade
de carga;
b) As talhas devem estar seguramente presas aos seus suportes ou ao
trolley através de manilha ou gancho com travas que não permitam o escape da
talha;
c) As talhas elétricas devem ser providas com limite de fim de curso que
não permita ao cabo de aço sobre-enrolar no tambor, provocando o choque da
carga contra a estrutura da talha, e romper-se;
d) O botão de subida da talha deve ser projetado de forma que requeira
permanente pressão para levantar ou abaixar a carga;
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e) Os trilhos por onde correm as talhas devem ter batente de fim de curso
para evitar a queda da talha;
f) O tambor das talhas com entalhe simples para acomodação do cabo
deve ser livre de projeções que possam danificar o cabo;
g) Só utilizar talhas que apresentem cabos, correntes, ganchos e demais
componentes em adequadas condições de uso; 34

h) Manter mãos e dedos distantes de pontos de fixação ou guias;


j) Não permanecer sob cargas suspensas;
l) Quando destinada ao manuseio de cargas de alto risco como, por
exemplo: metais em fusão e materiais radioativos a talha deve ser reclassificada,
pela redução em 1/3 da sua capacidade nominal determinada em sua
classificação;
m) O cabo elétrico da caixa de comando deve ser sustentado por um cabo
ou corrente paralela protegendo o cabo de possíveis esforços e danificações;
n) A talha deve ser aterrada de maneira a evitar possível choque elétrico no
operador em caso de falha do circuito;
o) Um mínimo de duas voltas de cabo deve permanecer no tambor quando
o bloco do gancho estiver no piso mais baixo do edifício onde a talha opera.

12. GUINDASTES GIRATÓRIOS - OPERAÇÃO

A operação deste tipo de equipamento requer muita atenção e


responsabilidade já que sua operação envolve bastante risco no que se refere a
segurança das pessoas e processos em volta de sua movimentação.

OPERADORES
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São os profissionais habilitados a realizar as manobras e operações


referentes ao uso do equipamento. As talhas devem ser operadas somente pelas
seguintes pessoas:
a) Operadores especificamente designados e treinados para tais tarefas;
b) Pessoal de manutenção e testes, desde que necessário para o
cumprimento de suas funções; 35

c) Inspetores.

PRÁTICAS OPERACIONAIS

Na operação da talha, as seguintes práticas gerais devem ser observadas:


a) o operador deve evitar que, durante a operação com a talha, sua
atenção seja desviada por outras tarefas ou motivos;
b) caso tenham sido colocadas na talha placas indicativas de que a talha se
encontra em reparos, ajustes, etc., o operador não deve acioná-la, até que
pessoas responsáveis tenham terminado o serviço e retirado as placas
indicativas;
c) antes de comandar qualquer movimento da talha, o operador deve
certificar-se de que a operação não coloca em perigo pessoas que estão na área;
d) o operador deve familiarizar-se com o equipamento e com os cuidados a
serem tomados. Caso ajustes ou reparos tornem-se necessários, ou se danos lhe
forem conhecidos ou suspeitados, deve comunicá-los prontamente às pessoas
pertinentes. Em caso de troca de turno, deve ser informada ao novo operador
qualquer anomalia;
e) Todos os controles devem ser testados pelo operador antes de iniciar a
jornada. Caso algum controle não esteja funcionando satisfatoriamente, este
deve ser ajustado ou reparado antes de iniciar o serviço.
f) antes de operar a talha, o jogador deve assegurar-se de que as mãos
estejam afastadas das partes da talha que entrarão em movimento.
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QUALIFICAÇÃO E RESPONSABILIDADES INERENTES AOS OPERADORES


Os operadores selecionados devem ter alto grau de responsabilidade e
bom entendimento de equipamentos mecânicos.
Nota: O trabalho com talhas e equipamento similares pode acarretar
situações de perigo, para pessoas e equipamentos, que somente podem ser 36

evitadas através de uma operação cuidadosa e responsável pelos operadores de


tais equipamentos.
Testes práticos, limitados ao equipamento específico a ser operado, devem
ser efetuados com o pessoal a ser selecionado.

MANIPULAÇÃO DA CARGA

Na manipulação da carga, devem ser observadas, no mínimo, as práticas e


as restrições descritas abaixo:
CAPACIDADE: Nenhuma talha deve ser carregada acima de sua capacidade
nominal, exceto para efeito de teste devidamente autorizado.
FIXAÇÃO: A corrente da talha não pode ser enrolada na carga. A carga deve
ser fixada ao gancho da talha através de laços ou outros meios adequados ao seu
manuseio, cuidando-se que não haja possibilidade de deslizamento, mesmo
quando a carga oscilar com os movimentos do trole.
MOVIMENTAÇÃO:
a) A carga não pode ser elevada mais do que uns poucos centímetros, até
se constatar que está devidamente balanceada nos laços ou nos meios
de manuseio da carga.
b) Deve-se cuidar, durante o içamento, para que:
• a corrente não esteja “dobrada” ou retorcida e, no caso de vários
ramais, que estes não estejam enrolados entre si;
• a carga não esteja impedida por qualquer obstrução.
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c) A talha deve estar centralizada acima da carga de tal forma que o


içamento seja feito verticalmente, sem arrastes que possam danificar a
talha.
Nota: Somente em casos excepcionais e após verificar que tanto a talha
como a sua fixação não sofrerão danos, pode-se admitir um desvio desta regra.
d) talhas não devem ser utilizadas para o transporte de pessoas, a menos 37

que esteja especificamente autorizado pelo fabricante, e o sistema seja


devidamente aprovado pelas autoridades competentes;
e) O operador não deve passar com cargas acima de pessoas. No caso de
serem utilizados dispositivos pega carga, tais como eletroímãs, sistema de vácuo
e similares, esta proibição é absoluta e extensiva a uma faixa de segurança a ser
determinada em cada caso;
f) Caso a talha opere regularmente com cargas pequenas em relação à sua
capacidade nominal, o operador deve testar os freios cada vez que operar com
uma carga próxima da capacidade nominal, levantando a carga um pouco acima
do piso ou do suporte da carga, e verificando a ação do freio. somente após
constatando o bom funcionamento do freio, pode ser feito o içamento da carga;
g) O operador deve evitar ligações desnecessárias do(s) motor(es) da talha,
a fim de evitar eventuais danos por excesso de ligações;
h) O operador não deve abandonar a carga suspensa pela talha, a menos
que sejam tomadas as devidas precauções;
i) Os meios de comando (por exemplo, botoeira) devem estar sempre ao
alcance da mão do operador quando estiver manipulado a carga;
j) Dispositivos de sobrecarga da talha não devem ser utilizados pelo
operador para limitar o percurso do gancho.

13. PONTES ROLANTES

As Pontes rolantes são equipamentos usados para transportar cargas


dentro de um espaço físico pré determinado. Tem o nome de "ponte rolante"
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
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por ser constituída basicamente de uma viga principal apoiada em cada


extremidade por apoios rolantes que se deslocam sobre dois trilhos elevados e
paralelos afastados um do outro, o comprimento aproximado da viga.
Estes equipamentos se destinam à movimentação horizontal e vertical,
sendo geralmente empregadas no transporte e elevação de cargas
(equipamentos e materiais) em instalações indústria (fundições, usinas 38

siderúrgicas, linhas de montagem, em casas de máquinas de usina, elétricas, em


pátio de carga, depósitos, etc.) e nos canteiros de obras.

O deslocamento da viga
principal é no seu sentido
tranversal, tanto para a direita
como para a esquerda, pela
extensão dos trilhos e geralmente
em planos horizontais ou, em
casos especiais os trilhos podem
seguir trajetória curva e os planos
serem levemente inclinados.
Acrescentado à viga
principal geralmente existe um
guincho capaz de suspender as
cargas verticalmente do chão até aproximadamente a altura da viga principal.
Este guincho frequentemente está instalado sobre um carro que se desloca
longitudinalmente através da viga principal.
A ponte rolante tem seus movimentos longitudinal, transversal e vertical
motorizados. Dependendo de seu tamanho e potência, tem os seus movimentos
comandados por um operador na cabina, ou por botoeira ao nível do piso.
O movimento longitudinal esquerdo ou direito é feito pelas rodas sobre os
trilhos. O transversal esquerdo ou direito é feito pelo carro sobre a ponte. O
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

vertical ascendente ou descendente é feito pelo enrolamento ou


desenrolamento do cabo de aço ou corrente.
Os tipos de pontes rolantes variam em função dos fabricantes e são
grandes opções oferecidas. Sua capacidade podem variar de 0,5 à 300 toneladas,
porém de forma geral, as pequenas têm uma potência de carga até 3 toneladas e
as grandes podem chegar até 120 toneladas, podendo ser montadas em 39

pequenos vãos, de aproximadamente 6m, até em grandes vãos que chegam a


30m. Pontes com capacidade acima de 120 toneladas podem ser consideradas
como pontes de uso especial.
Convencionou-se dividir as pontes em grupos levando em consideração a
capacidade de carga:
- Grupo leve: Pontes rolantes de 3 à 15 ton;
- Grupo médio : Pontes rolantes de 15 às 50 ton;
- Grupo pesado: Pontes rolantes de 50 à 120 ton.
- Grupo extra pesado: Pontes rolantes com capacidade acima de 120 ton.

Diferentemente do grupo leve, os grupos de pontes médios e pesados são


equipados com dois sistemas de elevação no carro, sendo um deles o gancho
auxiliar, que permite maior versatilidade no levantamento da carga, pois opera
com maior velocidade.

Em função de capacidade de carga as pontes rolantes podem ser


constituídas de uma ou duas vigas principais suspensas, sobre um vão livre, e
apoiadas rigidamente sobre as cabeceiras (vigas testeiras) móveis. As cabeceiras
2017

se deslocam sobre trilhos (caminhos de rolamento) apoiados sobre estruturas


metálicas ou de concreto.
de
abril

Para aplicações que exigem menor capacidade de elevação e menores


áreas de varredura, utilizam-se pontes rolantes com talha móvel, que constam
de

de um viga “I”, em cuja aba inferior se apoia uma talha com trole.
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

40

Outra possibilidade de classificação pode ser desenvolvida em função do


fator de utilização da ponte rolante. Podemos classificá-las como uso:
a) ocasional – com duas a cinco operações a plena carga por hora, a
2017

velocidades baixas, usadas em usinas de força;


b) leve – de cinco a dez operações a plena carga por hora, a baixa
de

velocidades, em oficinas mecânicas e armazéns;


abril

c) moderado – trabalham em regime de 10 a 20 operações horárias, a


velocidades médias, em fundições leves e pátios de carga;
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

d) constante – funcionam de 20 a 40 vezes por hora, a plena carga, a


velocidade mais elevada, principalmente linhas de montagem e fundições
pesadas;
e) pesado – conjugam elevadas velocidades com grande capacidade,
realizando mais de 40 operações por hora.
41

TIPOS DE PONTES ROLANTE:

Com base em suas características construtivas as pontes rolantes são


subdivididas em:
1) Apoiada
a) Univiga
b) Dupla-viga
2) Suspensa
3) De console

PONTE DO TIPO APOIADA

A viga da ponte rolante corre por cima dos trilhos do caminho de


rolamento. Estes trilhos são sustentados pelas colunas de concreto do prédio ou,
no caso do projeto do prédio não ter previsto a instalação de uma ponte rolante,
colunas de aço especialmente fabricadas para a estrutura do caminho.

A) UNIVIGA

A ponte rolante apoiada univiga é


2017

constituída por duas cabeceiras, uma


única viga e um ou dois carros trolley
de
abril

que sustentam a(s) talha(s). O carro


trolley corre na aba inferior
de

da viga da ponte rolante. Dependendo


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

da capacidade do vão, as vigas principais podem ser constituídas de viga tipo “I”
laminada ou viga tipo “caixão” soldada. Geralmente este tipo de ponte é aplicada
para capacidade de cargas que podem chegar a até 15 toneladas.

42
B) DUPLA-VIGA

A ponte rolante apoiada


dupla-viga é constituída por duas
cabeceiras, duas vigas e um ou
dois carros trolley que sustentam
a(s) talha(s). O carro trolley corre
em trilhos que são normalmente
fixados na parte superior
da viga da ponte rolante.
O aproveitamento da altura é particularmente vantajoso nessa construção
podendo o gancho de carga ser içado entre as duas vigas principais da ponte
rolante. Geralmente são fabricadas para aguentar cargas de até 50 toneladas.
Em comparação as pontes do tipo univiga, apresentam maior capacidade
de carga em função do uso de duas vigas.

PONTE ROLANTE SUSPENSA

Transladam na aba inferior da viga de rolamento que é montada


diretamente na estrutura do prédio, aproveitando assim o máximo de altura
2017

disponível e eliminando a necessidade de estrutura auxiliar no piso.


de

A viga da ponte rolante corre por baixo dos trilhos das vigas do caminho de
abril

rolamentos. Estes trilhos são sustentados pelas colunas de concreto do prédio


ou, no caso do projeto do prédio não ter previsto a instalação de uma ponte
de

rolante, colunas de aço especialmente fabricadas para a estrutura do caminho.


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

As aproximações laterais do gancho são menores do que qualquer outro


tipo de construção de ponte rolante, pois a viga principal avança além do vão do
caminho de rolamento, possibilitando o máximo aproveitamento da largura do
prédio. Outra particularidade dessa construção de ponte rolante é a
possibilidade de combinação com outras pontes rolantes ou monovias
utilizando-se de um único mecanismo de elevação e translação da carga. Em 43

geral
suportam
até 10000
kg.

PONTE ROLANTE TIPO CONSOLE

A ponte rolante tipo console movimenta-se em um nível próprio, debaixo


das grandes pontes rolantes. Com isso, ela proporciona um fluxo de materiais
sem atritos através de possibilidades de movimentação adicionais para outras
áreas de produção de forma conseqüente.
Com coordenadas de ângulos retos, ela pode, nesse caso, atender a
mais de um local de trabalho. As pontes rolantes do tipo console tipo console são
2017

geralmente encontradas para capacidades de até 5t e comprimentos de lança de


de

até 10m.
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

44

14. PONTES ROLANTES - COMPONENTES


PONTE

É a estrutura principal propriamente dita. Suporta maior parte dos


componentes e realiza o movimento de translação da ponte rolante que cobre o
vão de trabalho. Uma ponte rolante é constituída por duas cabeceiras e uma uni-
viga ou dupla-viga.

CABECEIRAS

Estão localizadas nas extremidades da viga. Nas cabeceiras estão fixadas as


rodas, uma das quais geralmente é acionada por uma caixa de engrenagem, que
por sua vez é acionada por um motor elétrico, o que permite o movimento de
translação da ponte rolante. Estas rodas se movem por sobre os trilhos que
compõem o caminho de rolamento.

VIGA

É a viga principal da ponte rolante. Quando o projeto da ponte


rolante utiliza apenas uma viga tem-se uma ponte chamada de uni-viga, e
2017

quando o projeto da ponte rolante utiliza duas vigas tem-se uma ponte chamada
de ponte dupla-viga. Sobre ou sob esta viga, dependendo do tipo de ponte
de

rolante desloca-se o carro da talha.


abril

CARRO TALHA
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

O carro talha se movimenta sobre as vigas principais da ponte e é o


mecanismo onde se localiza o sistema de elevação (talha). É responsável pelo
deslocamento transversal e vertical da carga.

TALHA

A talha pode ser montada no carro ponte e é


45
resposável pelo movimento de elevação da carga.
Geralmente a talha utiliza um cabo de aço para
levantar um bloco de gancho ou dispositivo de
elevação. Para parar o movimento de elevação é
utilizado um motor elétrico com freio
eletromagnético chamado de motofreio. A talha também pode ser montada sob
a viga principal da ponte com o auxílio de um Trolley para poder se deslocar na
transversal da ponte, não sendo necessário o carro ponte.

TROLLEY

O trolley movimenta a talha sob a viga da ponte rolante. Geralmente o


movimento do trolley é realizado por um motor elétrico que aciona uma caixa
de engrenagens.

CAMINHO DE ROLAMENTO

Trata-se de um par de trilhos ferroviários, normalmente fixados nas vigas


laterais do edifício, que servem como caminho para o deslocamento longitudinal
da Ponte Rolante. Esse par de trilhos é posicionado abaixo das rodas da
cabeceira e deve ser cuidadosamente calculado para resistir aos esforços
existentes no trabalho deste equipamento.
2017

BOTOEIRA PENDENTE
de

A botoeira pendente é a forma mais tradicional de controlar os


abril

movimentos de uma ponte rolante. Entretanto, como a botoeira pendente é


ligada ao painel elétrico da ponte rolante através de um cabo, ela pode
de

contribuir para: aumentar o risco da operação (devido a proximidade do


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

operador com a carga que está sendo movimentada), diminuir a produtividade (o


operador pode ter dificuldade em se movimentar por entre máquinas e
materiais, pois está preso a ponte rolante pela botoeira pendente) e aumentar
os custos de manutenção (pois o cabo está sujeito a enroscar em algo e a
botoeira pendente está sujeita a golpes e pancadas).
46
CONTROLE REMOTO

Outra maneira de controlar os movimentos de uma ponte rolante é através


do uso de um controle remoto via rádio frequência. Este tipo de equipamento é
composto por um receptor de rádio frequência conectado eletricamente ao
painel da ponte rolante, um transmissor portátil para seleção dos movimentos,
carregador de baterias e bateria (química). O uso do controle remoto
via rádio frequência oferece algumas vantagens sobre a botoeira pendente:
O transmissor do controle remoto é portátil, assim, assegura um melhor
posicionamento do operador em relação a carga que está sendo movimentada,
ou seja, mais segurança na operação da ponte rolante.
O controle remoto permite que o operador se posicione a uma distância
segura do receptor que está conectado ao painel da ponte rolante, ou seja, o
operador pode escolher a melhor e mais eficiente rota dentro da configuração
de instalação de fábrica para se locomover, aumentando a produtividade.
Com o uso do controle remoto, a botoeira pendente pode ser retirada ou
pode continuar instalada atuando como reserva do controle remoto. Em ambos
os casos o desgaste dos cabos será mínimo, reduzindo os custos
de manutenção da ponte rolante.
2017

CABINE

Outra maneira de controlar os movimentos da uma ponte rolante é através


de

de uma cabine de operação que é localizada na própria ponte rolante. Este tipo
abril

de controle é utilizado quando o ambiente abaixo da ponte é muito agressivo


e/ou quando o operador precisa visualizar a operação pelo alto, como, por
de

exemplo, a movimentação de um container (transporte).


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

CAIXA DE ENGRENAGEM:

Composta por engrenagens de dentes


retos ou oblíquos, de funcionamento
silencioso e construção leve, fornecem a
necessária resistência ao momento de
torque de acionamento. Estão disponíveis 47

quatro relações de transmissão diferentes por modelo

15. PONTES ROLANTES – INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO

ESTRUTURA DE SUPORTE

CHECANDO APERTO NOS PARAFUSOS:


2017

Note o acúmulo de sujeira e/ou tinta


Trincas na pintura ou acúmulo de sujeira geralmente são causados por
de

parafusos folgados.
abril

1. Verifique todos os parafusos quanto à folga, a falta ou a parafusos


de

quebrados.
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

2. Uma boa dica é verificar se há trincas na pintura em torno do parafuso, o


que mostra que houve movimento.
3. Às vezes um acúmulo de sujeira ou graxa pode fazer a mesma coisa.
4. Usar uma chave de torque para verificar o aperto nem sempre funciona,
pois a corrosão poderia lhe dar uma leitura falsa.
5. Substitua um parafuso solto ou deformado, em vez de apertá-lo. É muito 48

provável que tenha sido danificado.


6. Se houver por perto outros parafusos que mostrem sinais de folga,
substitua todos.

TRINCAS EM SOLDAS

INSPEÇÃO DE TRINCAS EM SOLDAS:


1. Verifique se existem trincas na estrutura e em todas as soldas.
2. Uma trinca na solda terá sempre início na superfície e caminhará ao
longo de toda solda até falhar completamente.
2017

3. Muitas vezes, uma trinca na pintura vai ser uma pista para uma solda
de

que está falhando.


abril

4. Se diagnosticada no início, a trinca pode muitas vezes ser removida e


reparada.
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

5. Antes de soldar qualquer parte da ponte rolante, verifique se você tem


um soldador certificado, e se esta parte for uma parte estrutural da ponte
rolante, deve-se obter os procedimentos do fabricante, ou especificá-los através
de um profissional habilitado;
6. Além disso, em primeiro lugar tente determinar a razão da trinca. A
ponte rolante esta sendo sobrecarregada ou utilizada indevidamente? 49

INSPEÇÃO DOS ACOPLAMENTOS

1.Checar o acoplamento quanto a:


- presença de parafusos folgados;
- presença de folgas excessivas nos contatos do acoplamento;
- presença de trincas;
2017
de
abril
de
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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

CAMINHO DE ROLAMENTO

50

Avaliar a possível presença de desgaste na superfície do caminho de rolamento e


desgaste e no flange da roda. (O desgaste pode se dá em ângulo ou centralizado,
a depender do alinhamento da ponte em relação ao caminho de rolamento);
A escala de avaliação do desgaste deverá ser classificada em: Leve,
moderado ou severo;

1
1
0
2
e
d
l
i
r
b
a
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

INSPEÇÃO DO TAMBOR

51

Hoist drum: tambor da talha


Wire rope: cabo de aço
Rope clamp: braçadeira para cabos
Seizings: tipo de nó de junção

1. Verificar o estado do enrolamento do cabo de aço no tambor.


2.Verificar o estado da lubrificação dos mancais do tambor.
3. Verificar a fixação do cabo no tambor.
4. Nunca desça a talha até um ponto em que fique menos de 2 voltas
faltando no tambor
5. Verificar o estado de lubrificação do cabo sob o tambor.
2017
de
abril
de
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de Movimentação de Cargas 7

MAQUINÁRIO DA TALHA

52

1. Verificar o desgaste nos sulcos do tambor;


2.Verificar o desgaste nas roldanas;
3.Verificar desgaste da manilha de sustentação;
4.Verificar o funcionamento dos fins de curso;

POLIAS

2017

1. Verificar o seu desgaste e lubrificação.


2. Verificar os flanges e as bandas.
de

3. Avaliar o processo desgaste do sulco utilizando o calibre de roldanas.


abril
de
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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

CORRENTE DE CARGA

53

Na talha deve ser verificado o seguinte:


1. Presença de deformação do tipo torção;
2. Alongamento dos elos;
3. Corrosão;
4. Desgaste laterais e nas uniões dos elos;

GANCHOS

2017
de
abril
de
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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

Procurar por: (Desgaste, Deformação, Rachaduras,..)


1.Verificar a funcionalidade das Travas de segurança
2. Ganchos com rosca e porcas precisa ter tópicos inspecionados
periodicamente.
3. Ganchos só podem ser reparados por procedimentos do fabricante.
4. A trava de segurança do gancho deve estar presentes e funcionar 54

adequadamente.
5. Um aumento na abertura da garganta do gancho de mais de 15% é motivo de
remoção.
6. Qualquer torque no gancho de mais de 10% é motivo de remoção.

1.abertura da garganta.
2. gancho retorcido.
2017
de
abril
de
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MOITÃO

55

1.Verificar o aperto dos parafusos da placa lateral do moitão;


2.Verificar a folga do pino da polia e rolamento do distocedor;
3.Verificar o funcionamento da trava de segurança do gancho;

CONDUTORES ELÉTRICOS

2017
de
abril
de
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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

56

2017
de

1.Verificar o estado das terminações dos cabos;


abril

2.Verificar a livre circulação do carrinho;


de

3.Verificar o estado dos isoladores;


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

4.Verificar o aperto dos conectores elétricos;


5.Verificar a existência de corrosão nas terminações elétricas;
6.Verificar a presença de parafusos ou elementos soltos;
7.Verificar a tensão da mola de retorno;

DISPOSITIVOS DE COMANDO
57

1. Certifique-se de que todos os botões estão marcados e legíveis.


2. Verifique se há botões que estão quebrados ou avariados.
3. Verifique o funcionamento do botão de parada de emergência.

16. ACESSÓRIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS


2017

Qual acessório para qual aplicação?


Para movimentar cargas se faz necessária a utilização de acessórios com
de

meios de interligação entre as cargas e os equipamentos de movimentação.


abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

Dentre estes acessórios podemos citar: as Lingas


de cabo de aço e corrente, as cintas, as cordas, os
travessões, os ganchos, os moitões, etc...
A escolha dos acessórios deveria ser feito pela
engenharia de produção ou pelo planejamento, no
entanto, mas na maioria das vezes, quem tem de 58

escolher é o próprio movimentador. Por isso iremos


apresentar algumas informações relevantes quanto a
escolha e ao uso de alguns desses acessórios de
movimentação. Seguem os acessórios e suas respectivas
aplicações:
• Cabos de Aço: Utilizado para cargas com superfície lisa, oleosa ou
escorregadia, assim como laços de cabo de aço com ganchos para
aplicação nos olhais da carga.
• Correntes: Utilizada para materiais em altas temperaturas e cargas
que não tenham chapas ou perfis. Lingas de corrente com gancho
podem ser acoplados aos olhais da carga.
• Cintas e Laços Sintéticos: Utilizados para cargas com superfícies
extremamente escorregadias ou sensíveis, como por exemplo,
cilindros de calandragem, eixos, peças prontas e pintadas.
• Cordas de Sisal e Sintéticas: Utilizadas para cargas com superfície
sensível, de baixo peso, como tubos, peças de aquecimento e
refrigeração ou outras peças passíveis de amassamento.
• Combinação Cabo e corrente: Utilizado para o transporte de perfis
2017

e trefilados. Neste caso a corrente deve ficar na área de desgaste


onde possivelmente existam cantos vivos e o cabo fica nas
de

extremidades exercendo função de suporte e facilitando a


abril

passagem da Linga por baixo das cargas.


de
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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

RECOMENDAÇÕES GERAIS:
• Para o transporte de chapas na perpendicular devemos usar
grampos pega-chapa.
• Desde abril de 1979 é obrigatório que estes ganchos tenham uma
trava. A pega (abertura) do grampo deve ser indicada na própria
peça. 59
• Para o transporte de chapas devemos usar sempre dois grampos
que tenham uma pega compatível com a espessura da chapa. Os
dois grampos são necessários para que se garanta a estabilidade da
carga, pois, se a chapa balança, as ranhuras da garra desgastam
rapidamente, podendo se quebrar nos cantos.
• Antes de movimentar, sempre travar os grampos.
• Para o transporte de perfis existem diversos tipos de dispositivos de
movimentação, os quais nem sempre são dotados de travas que
não permitam que a carga se solte.
• Estes dispositivos são projetados para cargas específicas e só devem
ser usados para as quais foram construídos.
• Também para movimentar as chapas na horizontal, devemos usar
grampos com trava, pois chapas finas tendem a se dobrar o que
pode fazer com que se soltem dos grampos e caiam.

UTILIZAÇÃO INADEQUADA:
• Cabos de Aço: para materiais com cantos vivos ou em altas
temperaturas.
2017

• Correntes: para cargas com superfície lisa ou escorregadia.


• Cintas e Laços Sintéticos: para cantos vivos e cargas em altas
de

temperaturas.
abril
de
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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

60

17. CORDAS
Os mais antigo e simples acessório de amarração e movimentação de
cargas é a corda. Elas são produzidas a partir de fibras, naturais ou artificiais, que
são torcidas, trançadas ou encapadas. Antigamente as fibras que se utilizavam na
fabricação de cordas eram fibras naturais como Sisal ou Cânhamo. Hoje estas
fibras são substituídas por fibras
sintéticas como Poliamida,
Poliester ou Polipropileno que às
vezes são comercializadas com
nomes comerciais como nylon,
diolen, trevira e outros.

COMO DIFERENCIAR AS
DIVERSAS FIBRAS:
Uma vez que existem
2017

diversos tipos de fibras com


diferentes capacidades, é
de
abril

necessário que se saiba qual é a


fibra para se conhecer sua
de

capacidade de carga.
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

Em cordas, a partir de 3mm de diâmetro devemos ter uma filaça de uma


determinada cor para identificar a fibra mas, cordas abaixo de 16mm de
diâmetro, são muito finas e não devem ser utilizadas para movimentação. Em
cordas a partir de 16mm deveria haver identificação do fabricante e do ano de
fabricação. Por normalização internacional as cores que identificam as fibras são:
Cânhamo -------------------------------------------- Verde 61

Sisal --------------------------------------------- Vermelho


Cânhamo de Manilha ----------------------------- Preto
Poliamida -------------------------------------------- Verde
Poliester ----------------------------------------------- Azul
Polipropileno-------------------------------------- Marrom
A cor verde, para cânhamo e poliamida, não é passível de ser confundida
uma vez que o cânhamo tem um acabamento rústico e a poliamida um
acabamento muito liso.

18. CABOS DE AÇO:

A utilização de cabos de aço é bastante diversificada, seja como elemento


estrutural, comandos em equipamentos ou para transporte de cargas e pessoas.
Este componente está presente, por exemplo, na sustentação de grandes
pontes, acionamento de “flaps” em aeronaves e em guindastes de aplicações on
e offshore, e em todos os casos a importância dos trabalhos de inspeção deve
2017

sempre ser considerada.


Diversas são as ações demandas mesmo antes da instalação do
de

componente, como garantir a rastreabilidade de fornecimento, realizar


abril

inspeções de recebimento, prever a disponibilidade de acessos nos


equipamentos, presença de pessoal treinado para manutenção e etc... A falha de
de

um cabo de aço pode trazer consequências graves para empresas,


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

interrompendo processos e causando prejuízos de ordem material e pessoal,


poderiam ser evitados com custos bastante reduzidos.
Este material foi estruturado visando fornecer informações básicas sobre
cabos de aço, relacionadas à sua construção e características operacionais,
formando uma base para seleção e uso adequado destes componentes.
62
TERMINOLOGIA:

Estão relacionados a seguir os termos mais utilizados em literaturas


técnicas sobre cabos de aço, a denominação em inglês é largamente utilizada
para alguns, sendo, portanto interessante que nos familiarizemos com as
mesmas.

ARAMES OU FIOS:

Material metálico obtido


através do processo de trefilação,
que assume a função de estrutura
básica para a formação dLe cabo de
D
aço. É assim classificado em função
da seguinte relação geométrica entre
seu comprimento e diâmetro:

PERNAS (STRAND):

Conjunto de arames trançados


em forma de hélice e dispostos em
2017

camadas sobre a alma do cabo, ou


sobre outra camada de pernas
de

internas.
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

ALMA (CORE):

Núcleo em torno do qual as pernas são torcidas e ficam dispostas em


forma de hélice. Sua função principal é fazer com as pernas sejam posicionadas
de forma uniforme permitindo a distribuição equalizada dos níveis de tensão no
interior de cada perna.
63

CAMADA (LAYER)

Conjunto
de pernas de um
mesmo nível em
relação ao núcleo
do cabo de aço.

CONSTRUÇÃO

Constituição de um cabo de aço em termos de


quantidade / tipo de arames e pernas.

PASSO (PITCH)

Corresponde a distância medida no cabo de aço para realização de uma


2017

volta completa da perna em torno do núcleo.


de
abril
de
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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

DIÂMETRO DE UM CABO DE AÇO

O diâmetro real do cabo, deve ser obtido medindo-se em uma parte reta
de aço, em 2 posições com espaçamento mínimo de 1m. Em cada posição,
devem ser efetuadas duas medições, com defasagem de 90º, do diâmetro do
círculo circunscrito. A média dessas 4 medições deve ser o diâmetro real.
64

RESISTÊNCIA DOS ARAMES (WIRE TENSILE)

Medida expressa em unidade de pressão, relativa a resistência a tração dos


arames empregados na confecção das pernas de um cabo de aço.

CARGA DE RUPTURA EFETIVA (MINIMUM BREAKING LOAD)

Medida expressa em unidade de força, correspondente ao valor mínimo da


carga que o cabo deve suportar anteriormente ao rompimento em um ensaio de
tração.

CONSTRUÇÃO:
2017

A diversidade de construções de cabos de aço disponíveis no mercado


atualmente é bastante elevada, de modo a atender as exigências de cada 5
de

aplicação, como as citadas na introdução efetuada anteriormente. O nosso


abril

enfoque abordará aquelas mais utilizadas no processo de movimentação de


cargas.
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

RELAÇÃO PERNAS X ARAMES

A quantidade de pernas presentes em um cabo de aço pode ser indicada pelo


primeiro algarismo situado a esquerda da letra “x”, e o número de arames de
cada perna corresponderá ao algarismo situado à direita da mesma letra. Por
exemplo:
65

6 x 19 – cabo de aço de 6 pernas, com cada uma


dotada de 19 arames;

19 x 7 – cabo de aço de 19 pernas, com um totalde 7


arames por perna.

Esta forma de denominação é empregada em cabos que seguem a norma


API SPEC 9A1 (Specification for wire ropes), mas não é necessariamente adotada
por outras normas, como por exemplo, do sistema BSI2. A relação entre a
quantidade de pernas e performance de um cabo de aço pode ser bem
visualizada pelo seguinte exemplo: consideremos dois cabos de mesmo
diâmetro, com mesma quantidade de pernas mas diferenciadas pela quantidade
de arames nas pernas, um possui 7 e outro 25. No primeiro, o diâmetro dos
2017

arames das pernas seria obrigatoriamente maior que os arames do cabo de 25


de

pernas, o que lhe atribuiria uma maior resistência ao desgaste, tanto por abrasão
abril

como por corrosão. Por outro lado, o segundo cabo apresentaria uma maior
flexibilidade. A seleção da construção a ser empregada depende
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

fundamentalmente da aplicação a que se destina o componente, como veremos


mais à frente de forma semelhante para outras características construtivas.

TIPOS DE ALMA

O núcleo do cabo de aço pode ser constituído de diferentes materiais e


estruturas, mas com um mesmo objetivo de dar suporte as demais pernas do
66
cabo. Vejamos os tipos mais usuais:

Alma de aço (AA) – o elemento central é uma perna idêntica


as demais que constituem as camadas do cabo. Mas utilizada
em cabos de pequeno diâmetro.

Alma de aço de cabo independente (AACI) – a


composição da perna central não corresponde a das demais
pernas que constituem as camadas.

Alma de fibra (AF) – fabricada em fibra natural como


sisal.
Alma de fibra artificial (AFA) – confeccionada em
material artificial como polipropileno.
2017

A seleção de cada tipo de alma influenciará em determinadas


características operacionais do cabo de aço, por exemplo, a maior flexibilidade
de

pelo emprego das almas de fibra pode ser interessante, mesmo diante da menor
abril

resistência mecânica do mesmo. Em alguns casos a necessidade de utilização de


de

várias camadas de cabo, por exemplo, em um tambor, demanda a necessidade


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

de uma maior resistência à compressão disponibilizada pelas almas de aço,


mesmo que os esforços de tração não sejam elevados.

TORÇÃO

Os arames podem ser torcidos em torno de uma perna e esta em torno da


alma para direita ou para esquerda; isto resulta em pelo menos quatro
67
possibilidades de montagem, considerando-se um mesmo sentido de torção para
as diferentes camadas:

A - Arames das pernas para esquerda e pernas para a direita em torno do


núcleo.
B - Arames das pernas para direita e pernas para esquerda em torno do
núcleo.
C - Arames trançados para direita nas pernas e estas trançadas para direita
em torno do núcleo;
D - Idem, desta vez com arames e pernas trançadas para esquerda;

A B C D
2017

Aos cabos com torção de arames e pernas de mesma orientação


de

denominaram-se como de torção LANG. Logo os cabos C e D são


abril

respectivamente LANG a direita e LANG a esquerda.


Para o caso de orientações opostas entre os trançados dos arames nas
de

pernas e destas em relação ao núcleo, identificaram-se a torção como REGULAR.


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

A orientação da torção da perna determina a denominação do cabo, onde acima


temos A como REGULAR a direita e B, como regular a esquerda.

A estabilidade de um cabo de aço quando submetido ao carregamento


também é uma característica a ser avaliada na seleção do tipo de torção de um
cabo de aço. Por exemplo, percebermos a maior tendência do destrançamento 68

dos cabos LANG, diante de uma montagem onde uma das extremidades é fixa, e
a outra livre para ser carregada. Por outro lado, este mesma torção atribui ao
cabo uma maior resistência ao desgaste, uma vez que se verifica uma maior área
metálica exposta dos arames.

O CABO CONVENCIONAL X CABO NÃO ROTATIVO

Nas montagens acima o mesmo sentido de


torção das pernas das camadas foi mantido
para os diferentes níveis em relação ao
núcleo. Consideremos agora a alternância
de sentidos, ou seja, as pernas da camada
mais interna são torcidas para direita e a seguinte para esquerda.

Esta variação é característica de cabos denominados como NÃO


ROTATIVOS, enquanto nos referiremos daqui em diante para os
demais como convencionais. Como resultado desta montagem,
podemos visualizar uma tendência menor ao destrançamento das
pernas quando o cabo é submetido ao carregamento. Isto é
2017

fundamental, por exemplo, em aplicações onde várias linhas de cabo


são utilizadas em um mesmo moitão ou catarina, pois reduziria a
de
abril

tendência das pernas ao entrelaçamento. Além das diferentes torções entre as


camadas, os cabos não rotativos apresentam uma elevada quantidade de pernas,
de

por exemplo, 18x7 ou 34x7, o que permite identificá-los facilmente. Estes cabos
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

apresentavam tradicionalmente valores de resistência a tração inferiores a dos


cabos convencionais, mas atualmente com o advento do cabo “compactado”
temos verificado o oposto, com diferenças de capacidades da ordem de 30%.

ACABAMENTO
69
Os cabos de aço podem receber proteção anticorrosiva por galvanização,
aplicada aos arames anteriormente a montagem das pernas a quente ou
eletrolicamente. Diante da ausência desta proteção os cabos são denominados
polidos e em geral, atualmente, não se verificam diferenças de resistência
mecânica entre os cabos polidos e galvanizados.

PRÉ FORMAÇÃO X PRÉ ESTICAMENTO

É comum confundir pré-formação com pré- esticamento, em


função da pouca utilização da expressão “cabos de aço pré -
esticados”. Vejamos, portanto o que significa cada ação:

Pré-formação – os cabos de aço são


submetidos a cortes para realização de
montagens em diferentes sistemas, e era
comum a abertura abrupta das pernas ou arames das
pernas neste momento, uma vez que a tensão resultante
da torção em hélice era liberada.
A pré-formação reduz o nível de tensão entre os arames, conformando-os
em hélice. As vantagens desta operação não
2017

se limitam ao descrito acima, podemos ainda


citar a redução dos atritos internos entre
de

arames, além da maior facilidade do


abril

manuseio do cabo.
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

Pré-esticamento – em algumas aplicações não devem ser toleradas


deformações de comprimento do cabo quando em serviço, desta forma o cabo é
submetido a um carregamento superior a carga de trabalho, mas dentro do
limite elástico do material por algumas horas. Máquinas de tração utilizadas em
testes de carga são utilizadas, tracionando trechos do cabo em toda sua
extensão. 70

RESISTÊNCIA DOS ARAMES

O agrupamento das resistências dos arames normalmente empregado por


fabricantes de cabo de aço, é efetuado conforme a TABELA 1 a seguir.

A seleção da resistência dos arames influenciará diretamente na resistência


a ruptura do
cabo de aço, como pode ser visto no comparativo apresentado na TABELA
2.
2017
de
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

COMPOSIÇÃO

NÚMERO DE OPERAÇÕES:
No princípio, a montagem de um cabo de aço era efetuada em mais de
uma operação, onde as pernas da camada interna eram torcidas em torno do
núcleo, sendo posteriormente torcida uma segunda camada sobre a primeira e 71
assim sucessivamente. Por exemplo: a descrição 1 + 6/14 significa que 1 arame
deve ser “coberto” por 6 arames trançados em forma de hélice, e esta camada
resultante recebe a cobertura de mais 14 arames em uma segunda operação
semelhante .
Atualmente um cabo de aço pode
ser composto em uma única operação
dependendo das quantidades de
arames envolvidas na montagem, estas
por sua vez das características que se
deseja obter. Na FIGURA ABAIXO
podemos visualizar uma linha de
montagem de um cabo de aço.

POR QUE MENOS OPERAÇÕES?


11

Quando a relação de quantidade 0


2
de pernas não é adequada a montagem e
d
em uma operação, ocorre a defasagem l
i
r
b
entre os passos das pernas entre a
e
camadas e conseqüentemente seu
d
24

cruzamento, sujeitando o cabo a ocorrência de danos como “nicking” e


Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

desgastes causados por atritos internos. A FIGURA ABAIXO mostra as possíveis


ocorrências resultantes de quantidades diferentes de operações para montagem
de um cabo de aço.

COMPOSIÇÕES USUAIS

CABO TIPO FILLER:


72
Esta composição apresenta fundamentalmente
arames de “enchimento” de menor diâmetro que os
demais em uma perna, cujo objetivo é permitir uma
melhor acomodação dos arames que efetivamente são
sujeitos ao carregamento, reduzindo atritos e desgastes
internos. Estes arames menores não são considerados como contribuintes para
resistência mecânica do cabo de aço. Notemos que esta composição também é
mais resistente a esforços de compressão pela ocupação dos vazios entre os
arames.

CABO TIPO SEALE:


A presença de camadas com mesma quantidade de
arames, apesar dos diferentes diâmetros é a característica
desta composição, sendo que nesta montagem os arames
menores contribuem para a resistência mecânica do cabo,
e permitem ainda a melhor acomodação interna do cabo. A camada dotada de
arames de maior diâmetro irá apresentar uma maior resistência ao desgaste, por
exemplo, por abrasão.
2017
de
abril

CABO TIPO – WARRINGTON:


A alternância de diâmetros entre arames de uma
de

mesma camada marca esta composição. Os dois diâmetros


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

utilizados fazem com esta composição apresente uma boa resistência à fadiga, e
mesmo a desgastes por abrasão.

CABO TIPO - WARRINGTON-SEALE


A combinação das composições acima é comum,
73
originando cabos warrington-seale, de modo a obterem-se
características como melhor resistência a abrasão e fadiga.

ESPECIFICAÇÃO

Uma vez apresentadas as diferentes características construtivas que de um


cabo de aço, é necessário poder relacioná-las de maneira adequada, por
exemplo, para permitir a sua aquisição junto aos diversos fabricantes. A seguir,
apresentamos a sequência usualmente utilizada para descrever um cabo de aço.

a) Diâmetro;
b) Construção;
c) Composição;
d) Torção;
e) Alma;
f) Resistência dos
arames;
g) Acabamento;
h) Carga de ruptura.
2017

INTERPRETAÇÃO:
de

No exemplo a seguir
abril

podemos visualizar trecho de


de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

tabela típica de um fabricante de cabos de aço. Nesta vemos como são


apresentadas algumas das diferentes características de cabos de uma mesma
construção.
Para chegar a esta tabela foi necessário previamente estabelecer alguns
itens de interesse por parte do usuário, como a construção e tipo de alma. A
torção dos arames, composição e acabamento, como em geral não influenciam 74

na resistência do cabo podem ser definidas posteriormente, em função apenas


da disponibilidade na linha de produção do fabricante.

SELEÇÃO E USO:

EM FUNÇÃO DO SERVIÇO
Conforme citado anteriormente, o sistema onde o componente será
utilizado é que determina as características que serão necessárias ao cabo.
Tomemos como exemplo a montagem onde o percurso implicará em passagem
por diversas polias, neste caso é imediata à identificação da necessidade de
emprego de um cabo flexível. A fixação de queimadores de gás em plataformas
de produção sugere maior resistência corrosão – portanto galvanização, e por
tratar-se de um cabo estático, a construção lang poderia ser cogitada. Portanto a
construção e composição de um cabo de aço devem ser rigorosamente avaliadas
quanto a adequabilidade para uma determinada aplicação, uma vez que a
seleção equivocada pode trazer prejuízos a curto ou médio prazo para as
instalações.

FATORES DE SEGURANÇA
2017

Os cabos de aço são utilizados com cargas inferiores a sua resistência


máxima, o quanto inferior dependerá da aplicação, mais especificamente do
de

risco potencial presente em seu emprego. Na tabela abaixo relaciona alguns


abril

exemplos de fatores de segurança frequentemente utilizados.


de
24

TABELA – Fatores de segurança p/ serviços com cabos de aço


Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

75

Consideremos o seguinte exemplo: o cabo de um elevador tem resistência


a ruptura da ordem de 10 toneladas, e opera com uma carga de 0,5 toneladas.
Podemos constatar a aplicação de um fator de segurança de 20.

FREQÜÊNCIA DE INSPEÇÃO X VIDA ÚTIL

A determinação da frequência de inspeção de um cabo de aço dependerá


da observação inicial do sistema. A coleta de dados como média horária de
operação, nível de carregamento e histórico de vida útil são ações fundamentais
para equipamentos de movimentação de carga, visando a definição da
periodicidade de inspeção. A determinação da vida de um cabo de aço deve ser
na realidade resultado do tratamento de dados de inspeção, que permitem
identificar a causa fundamental que causou a reprovação do componente em
serviço, entre diversos períodos de operação.

Na tabela a seguir apresenta um exemplo do acompanhamento de


performance de cabos de aço de um guindaste offshore.

TABELA – Acompanhamento de vida útil de cabo de aço


2017
de
abril

Atenção também dever ser dada a montagens estáticas, onde o principal


de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

fator que pode determinar grave comprometimento à vida do cabo de aço é


corrosão.

CABOS APLICADOS EM PONTE ROLANTES:

Segue abaixo as características técnicas de alguns cabos, recomendado por


um dos principais fabricantes de cabos do país:
76

A) Cabo de elevação
• 6x41 Warrington-Seale, alma de fibra (AF), torção regular, polido, pré-
formado, IPS.
• PowerPac, torção regular, polido, 1960 N/mm . 2
2017

• ProPac, torção regular, polido, 1960 N/mm 2

B) Cabo para levantar cargas quentes


de

• 6x41Warrington-Seale, alma de fibra (AF), torção regular, polido, pré-


abril

formado, IPS.
• PowerPac, torção regular, polido, 1960 N/mm .
de

2
24

Observações:
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

• Nas instalações que possuam dois ou mais cabos independentes poderão


ser utilizados torção direita e esquerda simultaneamente.
• Para trabalhos em atmosfera corrosiva, também é recomendado cabo de
aço com alma de aço (AACI).

77

19. CABOS DE AÇO - INSPEÇÃO:


INSPEÇÃO VISUAL

As ocorrências de danos em cabos de aço podem, em sua maioria, ser


detectadas através de uma simples inspeção visual. Os pontos críticos do sistema
devem ser investigados, de modo a sugerir a expectativa do tipo de dano a que o
componente está sujeito. O aspecto de quebra dos arames de um cabo pode ser
fundamental para a determinação da causa do ocorrido, como podemos ver na
FIGURA ABAIXO onde os arames romperam por fadiga. Neste tipo de ocorrência
os arames rompidos permanecem em suas posições originais, e a sua localização
exige uma atenção muito especial.

2017

Na FIGURA A temos os aspectos característicos de rupturas de arames por:


abrasão (a partir da esquerda), onde se percebe a redução de espessura do
de

arame na região anterior à falha; por tração, neste a estricção da seção


abril

transversal do arame antes do rompimento é bem nítida; por fadiga e também


de

por fadiga associada à corrosão.


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

Figura - A

ARAMES ROMPIDOS:

Na tabela a seguir é uma transcrição


da norma CONTEC N-21613, onde estão 78
representadas as quantidades de arames rompidos consideradas como limite
para indicação de substituição de um o cabo de aço.

TABELA – Limite de arames rompidos em um cabo de aço

2017
de
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

Notemos que a tabela depende de informações fundamentais como a


construção e torção, independente do diâmetro ou da resistência do arame
utilizado. Como exemplo, consideremos um cabo 6 x 25 c/ torção regular, tipo
bastante utilizado em movimentações de carga, a identificação de 6 arames
rompidos em uma distância equivalente a 6d ou 13 arames em 30d indicariam a
retirada de operação do cabo. 79

DEFEITOS:

Um cabo pode ser reprovado para operação por danos que não
apresentem arames rompidos, mas que também comprometem, por exemplo, a
distribuição de esforços entre pernas e consequentemente a resistência a
ruptura do componente. As ilustrações apresentam alguns defeitos típicos e
permitem a percepção da afirmativa acima.

FIGURA A - “Gaiola de passarinho”, característico de


um alívio brusco de tensão aplicada ao cabo.

FIGURA B – amassamentos, resultantes de esforços de compressão das camadas


superiores de cabo alojadas em um tambor de um guincho. 1
1
0
2
e
d
l
i
r
b
a
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas 7

FIGURA C– abrasão, a redução de diâmetro do cabo em valores


superiores a 10% determina a necessidade de substituição do
cabo. Observemos a camada externa na ilustração.

80

FIGURA D – corrosão externa, o limite citado anterior – 10%, deve ser


considerado também para esta ocorrência. Há inúmeros tipos de
defeitos que podem determinar a substituição de cabos em serviço,
como dobras, ruptura da alma, destrançamento de pernas e etc. A
literatura técnica sobre o assunto é vasta, e indicamos neste trabalho
referências importantes para eventuais consultas.

LIMITAÇÕES DO MÉTODO:
A ocorrência de corrosão interna em um cabo de aço é considerada grave,
pois pode levar o cabo a falha abrupta, com cargas bastante inferiores em
relação a sua carga de ruptura. Ocorre por lubrificação deficiente, e é comum
não ser anteriormente identificado indicio algum de comprometimento externo
que levasse a suspeita da presença de corrosão internamente ao cabo.

As figuras a e b ilustram bem o assunto.


2017
de
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

Figura- A Figura- B

Desta forma a inspeção visual nos deixa em situação desconfortável para


emissão de um parecer definitivo sobre a continuidade operacional de alguns
cabos, após longo tempo de exposição a ambientes corrosivos. Métodos
complementares de avaliação são utilizados, como o corte da extremidade do
81
cabo e avaliação de sua integridade interna, ou a abertura do mesmo através do
uso de ferramentas como ilustrado na FIGURA C. Mas com o advento do método
de inspeção eletromagnética, a ser visto a seguir, deu-se um grande salto para a
redução e mesmo eliminação de ocorrência de falhas de cabos em serviço,
causadas por corrosão interna.

INSPEÇÃO ELETROMAGNÉTICA:

PRINCÍPIO:
A indução de um campo magnético em torno de um cabo de aço e a
captação das alterações causadas por defeitos como presença de arames
rompidos e perda de massa, causada por corrosão ou abrasão, tornam este
método uma grande opção para a emissão de um laudo sobre a condição física
de cabos de aço. O equipamento é um conjunto constituído de um cabeçote para
2017

geração do campo eletromagnético, que envolve trecho do cabo de aço, e de um


de

console que recebe os sinais a proporção que o cabo é movimentado através do


abril

cabeçote e os plota em um gráfico.


de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

Figura- A
82

Figura-B

Neste pode-se verificar o tipo de defeito, a distância a partir do cabeçote


onde este está localizado e, em caso de perda de massa, avaliá-la
quantitativamente. Voltemos a ilustração acima, nesta podemos perceber a
alteração da curva inferior mais a direita do gráfico, representando uma redução
de massa que poderia ocorrer por corrosão interna, notemos também que a
curva superior apresenta no mesmo trecho a ocorrência de “ruídos”
característicos da presença de arames rompidos. Quanto aos arames, a inspeção
visual complementaria a avaliação, uma vez que não é possível efetuar a
contagem dos mesmos apenas com o aparelho.
A calibração dever ser efetuada para cada tipo de cabo a ser inspecionado,
considerando-se dados como área metálica do cabo e sua construção.

VANTAGENS:
2017

Não há dúvida que a identificação de ocorrência de corrosão interna é a


principal vantagem do método, mas podemos citar também:
de
abril

• A possibilidade de identificação de defeitos sem a remoção em


excesso da lubrificação aplicada para proteção do cabo – uma vez
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

que tal ação seria restrita as regiões onde foram constatados sinais
de defeitos;
• Mapeamento de defeitos de forma precisa para monitoração
periódica de cabos.

Contudo não devemos considerar que este método substitua a inspeção 83

visual, pois ainda há a dependência da mesma para a constatação quantitativa


dos arames rompidos, e que tão pouco reduza o tempo de inspeção dos cabos,
pois na prática tem-se constatado que pela indicação de diferentes níveis de
defeito, a pesquisa visual tem tomado mais tempo. A definição de um plano de
inspeção eletromagnética deve ser considerado, com a frequência de
intervenções a ser definida da mesma forma descrita no item 7.3, acrescendo-se
dos resultados das primeiras inspeções realizadas por este método.

20. CABOS DE AÇO - MANUTENÇÃO:

Os cuidados requeridos por cabos de aço são relativamente simples e


podem estender significativamente a vida útil destes componentes.
Consideremos as indicações a seguir:

NO RECEBIMENTO:
O cabo de aço pode ser entregue pelo fornecedor simplesmente enrolado,
o que ocorre em geral quando se trata de comprimento reduzido, ou
acondicionado em uma bobina, sendo esta a maneira mais adequada. Em ambas
2017

as situações deve ser evitar desenrolar o cabo de aço pelo piso, como nas
FIGURAS abaixo, uma vez que a sujeira pode contaminar a lubrificação aplicada e
de

até danificar os arames quando em serviço, por exemplo, na passagem em


abril

roldanas ou mesmo no contato entre as voltas em um tambor.


de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

84
É comum também verificarmos o desenrolar de cabos de aço a partir de
rolos o u bobinas apoiadas no piso (FIGURAS C e D).

Figura- C
Figura- D

Tal ação é extremamente inadequada, pois certamente poderá induzir a


torções no cabo e, conseqüentemente, a formação de nós nas regiões indicadas.
A maneira correta é o posicionamento do cabo enrolado ou bobina sobre uma
mesa rotativa (FIGURA E), sendo que diante de cabos de grande diâmetro ou
extensão provenientes em bobinas o uso de um cavalete passa a ser
imprescindível (FIGURA F).
2017
de
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

NA INSTALAÇÃO:
Quando a retirada do cabo de aço é seguida diretamente da montagem em
um equipamento de movimentação de cargas, por exemplo, em um tambor de
um guincho, se deve atentar para o cuidado com a torção do cabo.
Consideremos a bobina posicionada a frente ao tambor, se o cabo deixa a bobina
na parte superior em direção ao guincho e é ancorado na parte inferior do 85
tambor FIGURA abaixo teremos a inversão da torção utilizada na acomodação
fornecida pelo fabricante, uma vez que a ancoragem deveria ocorrer na parte
superior do tambor FIGURA abaixo. Quando posto em serviço o cabo tenderá a
se acomodar como originalmente entregue, ou mesmo durante a própria
operação de montagem o que poderá resultar em danos como dobras ou
amassamentos entre voltas no tambor.

Em alguns casos anteriormente a retirada do cabo destinado a


2017

substituição, o mesmo é utilizado como guia para o novo cabo, ou se lança mão
de um cabo de menor diâmetro para tal função. Atenção especial deve ser dada
de

para que a união efetuada não danifique o novo cabo, assim como para que não
abril

ocorra a transferência de torção inadequada do cabo guia para aquele em


instalação. Em substituição a pontos de solda entre as extremidades dos cabos
de

em questão, é bastante comum o emprego do “chapéu chinês” (FIGURA I), pois


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

além de permitir a visualização do nível de torção transferida ao cabo novo, é de


fácil instalação.

86

Figura- I

Outro aspecto importante na montagem em tambores é a realização desta


tarefa com um nível de tensão da ordem de 1 a 2% da carga de ruptura do cabo,
o que garantirá o enrolamento adequado da primeira camada de cabo alojada no
tambor. Se isto não for efetuado, as voltas de cabo na camada seguinte, quando
carregadas, podem penetrar entre as voltas da camada inferior provocando
danos como amassamentos entre as diferentes voltas (FIGURA -J).

2017

Figura- J
de

EM SERVIÇO:
abril

A preservação de um cabo de aço é sem dúvida alguma fundamental para


este componente, como já citado anteriormente quando falamos de inspeção.
de

Não apenas para evitarmos a incidência de corrosão externa ou interna, mas


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

também para atenuar a ocorrência de efeitos como abrasão ou desgaste. A


freqüência de aplicação do lubrificante deve ser efetuada de acordo com a
severidade operacional a que o equipamento está submetida, assim como a
seleção do tipo de lubrificante.
Vejam alguns exemplos:
87

– Para aplicação em guindastes, mas especificamente nos cabos de carga e


lança, atualmente tem sido empregada a graxa GCA, lubrificante à base de sabão
de cálcio, contendo grafite da LUBRAX INDUSTRIAL. Esta apresenta
características que lhe dão resistência à lavagem por água, com elevada
adesividade, permitindo o uso em grandes extensões, sem gotejamento.
– Para cabos estáticos expostos ao tempo, a LUBRAX INDUSTRIAL GBA-300,
lubrificante de base asfáltica, também possui características de adesividade e
resistência à lavagem por água, formando uma película flexível que permanece
aderida às superfícies lubrificadas mesmo em equipamentos expostos ao tempo.
Em função de sua viscosidade deve ser aquecida a cerca de 70ºC antes de ser
aplicada.

A aplicação pode ser efetuada manualmente ou através de emprego de


dispositivos de lubrificação pressurizada, como o apresentado na FIGURA A.
Semelhantemente ao cabeçote de inspeção eletromagnética, o dispositivo
“abraça” o cabo, recebendo graxa sob pressão.
2017
de
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

21. CORRENTES

CORRENTES PARA LINGAS

Correntes são fabricadas em diversas


88
formas e qualidades. Primeiramente os
elos são dobrados e depois soldados.
Posteriormente é feito o tratamento térmico (correntes de grau) e ensaio de
tração. Diversos testes são feitos durante e após a fabricação para que as
correntes sejam certificadas. Durante a produção, alguns elos são dobrados em
diversos sentidos para verificar a solda e após a produção e tratamento térmico,
são realizados testes de tração e ruptura.
O passo de um elo é o seu comprimento interno. Somente correntes que
tenham elos com passo igual a três vezes o seu diâmetro podem ser utilizadas
para movimentação e amarração de cargas. Esta regra se explica pelo fato de
que correntes assim construídas, quando aplicadas em ângulos retos, os elos se
apoiamos elos vizinhos, evitando assim que a corrente se dobre. As correntes
podem ser fabricadas através do processo de soldagem ou forjamento

LINGAS DE CORRENTES

• Lingas simples - em
aço forjado usadas em
fundições, Pontes
2017

rolantes, Empreiteiros
de

de Construção e para
abril

todos os trabalhos
onde se tornam
de

necessários Guindastes para remoção de material, como cargas e


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

descargas de navios e caminhões. Segue tabela de cargas de


trabalho.

QUADRO DE CARGAS DE TRABALHO

89

COMO ESPECIFICAR UMA LINGA DE


CORRENTE?

1. Identifique o peso da

2017
de
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

carga a ser movimentada.


2. Verifique se a carga possui pontos de içamento adequados.
3. Leve em consideração a altura do pé direito de suas instalações.
4. Verifique o dimensional do gancho da ponte rolante, guindaste ou
dispositivo no qual a linga será acoplada, para garantir a compatibilidade com o
elo de sustentação. 90

5. Escolha a linga com os componentes que mais se adequam à sua


operação.
6. Se a carga for assimétrica, possuir cantos vivos, ou for movimentada em
ambientes com temperaturas mais elevadas considere o fator de redução de
carga.
7. Defina o número de ramais e o comprimento total de acordo com o
detalhamento abaixo:

1 ramal 2 ramais 3 ramais 4 ramais

1 RAMAL
2017

Recomenda-se comprimento mínimo de


de

1000mm.
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

2 RAMAIS

É preciso levar em consideração a maior


distância entre os pontos de içamento, conforme a
figura abaixo. 91

A = abertura máxima entre os pontos de içamento

Pode-se aplicar uma fórmula simplificada, multiplicando a distância entre


os pontos de içamento por 0,85. O resultado é o comprimento mín. da linga com
ângulo ß até 45°.

Exemplo

L = 1000 x 0,85 =
850mm
(850mm é igual ao
comprimento mínimo da
linga ß<= 45°)
2017
de

4 RAMAIS
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

É preciso levar em consideração a maior


distância entre os pontos de içamento, conforme a
figura abaixo.

92

A = abertura máxima entre os pontos de içamento

Pode-se aplicar uma fórmula simplificada, multiplicando a distância entre


os pontos de içamento por 0,95. O resultado é o comprimento mín. da linga com
ângulo ß até 45°.
Exemplo

L = 1000 x 0,95 =
950mm
(950mm é igual ao
comprimento mínimo da
linga ß<= 45°)

Por fim, recomendamos o mínimo de 30% acima do comprimento indicado


pelo cálculo, de modo a aumentar a versatilidade da linga.
2017

SISTEMA DE CLASSIFIÇÃO EM GRAU


de

A classificação do grau da corrente é conferida de acordo com a tensão de


abril

ruptura, ou seja, a capacidade da corrente.


A corrente grau 8 é aquela que suporta de 800N/mm2 ou mais.
de

A corrente grau 10 é a corrente que suporta 1000N/mm2 ou mais.


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

A corrente grau 12 é a corrente que suporta 1200N/mm2 ou mais.


Exemplo: Grau de qualidade x Carga de trabalho

93

Este sistema de classificação em graus também é aplicado a ganchos, elos,


conectores, manilhas e outros acessórios, indicando a compatibilidade destes,
em termos de resistência, com o grau apropriado da corrente.

REDUÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGA

TEMPERATURA:
Entre -40°C e 200°C: Não há alteração na capacidade de carga.
Entre 200°C e 300°C: Redução de 10%.
Entre 300°C e 400°C: Redução de 25%

CANTOS VIVOS:
Redução da capacidade de carga em 20%. Considera-se canto vivo, quando
2017

o raio é menor que o diâmetro nominal da corrente.


de
abril

O que chamamos de canto vivo:


de

Raio no canto da peça menor do que o diâmetro nominal da linga.


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

94

CARGAS ASSIMÉTRICAS: Redução da capacidade de carga em 50%


quando o içamento ocorrer com lingas de 2 ou mais ramais.

O que chamamos de cargas assimétricas:

assimétrico simétrico

ÂNGULO DE TRABALHO DAS LINGAS


2017
de
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

95

Exemplos:

Içamento com Içamento com linga de dois


linga de um r amal, ramais, ângulo de 45°, força
sem inclinação, aplicada em cada ramal
força aplicada ao aproximada de 70% do peso
ramal corresponde da carga.
ao peso da carga.
2017
de
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

96

Içamento com linga de dois ramais, ângulo de 60°, força aplicada


em cada ramal correspondente ao peso da carga.

Içamento com linga de dois ramais, ângulo de 80°, força aplicada


em cada ramal superior ao peso da carga.

Normas brasileiras foram desenvolvidas pela ABNT (Associação Brasileira


de Normas Técnicas) com base nas normas internacionais, sendo estas as
aplicáveis:
- NBR ISO 1834: Corrente de elos curtos para elevação de cargas -
2017

condições gerais de aceitação.


- NBR ISO 3076: Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Grau T
de

(8), não calibrada, para lingas de correntes, etc.


abril

- NBR ISO 15516-1: Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Lingas
de correntes parte 1: Requisitos e métodos de ensaio.
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

- NBR ISO 15516-2: Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Lingas
de correntes parte 2: Uso, manutenção e inspeção.
- NR-11 – Norma regulamentadora de segurança e medicina do trabalho.

INSPEÇÕES DE CORRENTES:
97

As correntes utilizadas em movimentação de cargas devem ser


inspecionadas pelo menos
vez por ano e, dependendo do tipo de trabalho, semestralmente.
Substituições de correntes devem ser feitas quando seu diâmetro médio
(dm) em
qualquer ponto tenha sofrido redução igual ou superior a 10% do diâmetro
nominal.

Para esta conclusão, deve-se adotar a seguinte fórmula:

Devem também ser substituídas as correntes que apresentarem


deformação por dobra ou torção, amassamento, entalhamento, trinca ou
2017

alongamento no comprimento externo maior que 3%, o que corresponde a um


alongamento no passo interno maior que 5%, caracterizando, assim,deformação
de

plástica. Em caso de dúvidas, solicite mais informações ao nosso departamento


abril

de assistência técnica.
de

RECOMENDAÇÕES E RESTRIÇÕES DE USO:


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

Lingas de corrente e acessórios não devem:


• Ser submetidas a meios ácidos ou alcalinos.
• Ser zincadas, galvanizadas, receber tratamento de superfície que
envolva ácidos, bases e alta temperatura. Tais processos, quando
necessários, devem ser feitos exclusivamente pelo fabricante.
• Ser submetidas, pelo usuário, a nenhuma espécie de tratamento 98

térmico, termoquímico e soldas.


• Ser submetidas a temperaturas superiores a 400°C. Tal situação
compromete permanentemente a capacidade de carga.
• O fabricante deverá ser consultado quando as correntes forem
submetidas a produtos químicos de alta concentração.

Antes de qualquer uso, verifique:


• Capacidade de carga indicada na plaqueta de identificação.
• Danos visíveis ou sinais de desgaste que possam comprometer a
capacidade de carga.
• Se a corrente está livre de torções ou nós.
• A presença de pontos de içamento adequados na carga.

CORRENTE DE ROLOS
2017

INSPEÇÃO
A corrente de rolos deve ser inicialmente inspecionada ainda montada na
de

talha. Para inspecionar a corrente quanto ao desgaste ou alongamento, proceda


abril

de acordo com as instruções do fabricante da talha. Na falta dessas instruções,


proceda como indicado nas alíneas abaixo:
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

- Caso sejam detectados alongamentos


maiores do que 2%, a corrente deve ser
substituída.
- Inspecionar a corrente quanto à torção,
conforme ilustrado na Figura ao lado. Se
verificado que num trecho de 1,5 m da corrente 99

suspensa verticalmente, sem carga, a deflexão


excede 15º, a corrente deve ser substituída.
- Inspeciona a corrente quanto à flexão,
conforme ilustrado na Figura ao lado. Se
verificado que num trecho de 1,5 m da corrente
suspensa verticalmente, sem carga, a deflexão no
sentido perpendicular das articulações excede 6
mm, a corrente deve ser substituída.
- Uma inspeção mais meticulosa da corrente
deve ser feita, removendo-a da talha, limpando-a
com solvente neutro e verificando os seguintes
pontos e eventuais defeitos:
a) pinos frouxos;
b) rolos presos, que não sejam facilmente girados com os dedos;
c) articulações que não possam ser facilmente movimentadas com as
mãos;
d) chapas laterais abertas;
e) corrosão;
2017

f) estrias, mossas e outras avarias.


de

SUBSTITUIÇÃO
abril

A corrente deve ser substituída caso se apresente fora dos limites de


tolerância em qualquer das constatações feitas conforme os itens abaixo:
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

a) a existência de qualquer dos defeitos mencionados na alínea “e” da


seção 6.1.8.1 é motivo suficiente para questionar se a corrente tem condições de
uso e cogitar da sua substituição;
b) a nova corrente a ser instalada deve ser idêntica à fornecida com a talha,
quanto às dimensões, tipo e material, a não ser que diversamente recomendado
pelo fabricante da talha, em virtude de condições de trabalho diversas das 100

originalmente previstas;
c) ao instalar a nova corrente, deve-se ter cuidado de não torcer, sujar ou
danificar, e observar que ela circule livremente nas roldanas de tração e livres (
se houver). Todas as ligações e terminais devem ser adequadamente fixados;
NOTA: As instruções do fabricante da talha devem também ser seguidas
em relação à escolha e às instalações dos elementos de interligação.
d) ao instalar uma nova corrente, devem ser desmontadas e inspecionadas
e, se necessário, substituídas as peças nas quais a corrente se encaixa ou desliza.

MANUTENÇÃO
Na manutenção deve ser verificado o seguinte:
a) as correntes de rolos devem ser mantidas limpas e livres de oxidação.
Correntes excessivamente sujas podem ser lavadas por imersão em solvente
neutro, agitando-as para assegurar que todas as juntas sejam livres e isentas de
corpos estranhos;
b) tanto em operação, como após as limpezas, as correntes de rolos devem
ser lubrificadas de acordo com as recomendações do fabricante da talha. Na falta
dessas recomendações, a corrente pode ser lubrificada com óleo automotivo de
2017

grau SAE 20-40. Nunca aplique graxa à corrente, a não ser para atender ao
recomendado em 6.1.3.
de
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

CORRENTES DE ELOS

INSPEÇÃO
Seguem os itens que devem ser realizados ou avaliados na inspeção destes
componentes:
a) ensaiar os movimentos de subida e descida da carga na talha,
observando a atuação da corrente de carga na roldana de tração. A corrente 101

deve entrar e sair suavemente da roldana. Se a corrente


prender, saltar ou produzir ruído, verificar em primeiro
lugar se ela está limpa e corretamente lubrificada. Se o
defeito persistir, verificar as peças nas quais a corrente se
encaixa, quanto ao desgaste, deformação ou outra avaria;
b) examinar visualmente suas condições quanto a
estrias, mossas ou entalhes, respingos de soldas, corrosão
ou deformação de elos, uma vez que a inspeção da
corrente requer a sua prévia limpeza. Afrouxar a corrente
e deslocar elos adjacentes para o lado, para inspecionar as
faces de contato dos elos quanto ao desgaste. Se for
observado desgastes ou houver suspeita de alongamento,
a corrente deve ser medida de acordo com as instruções do fabricante da talha.
Na falta dessas instruções, proceder à medição como indicado a seguir:
- Selecionar uma extensão da corrente raramente solicitada, por exemplo:
na extremidade, junto à ancoragem;
- Suspender a corrente verticalmente, tensioná-la com uma pequena carga
da ordem de 5 % a 10% da carga de trabalho e medir um comprimento razoável
2017

(se possível, de 7 a 11 elos) com um paquímetro;


- Medir o mesmo número de elos no trecho mais solicitado da corrente,
de

sob as mesmas condições, e calcular o percentual de aumento do comprimento.


abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

SUBSTITUIÇÃO
- A corrente deve ser substituída se ela exceder ao comprimento máximo
recomendado pelo fabricante da talha para um número dado de elos. Na falta
desta recomendação, a corrente deve ser substituídas se o trecho mais solicitado
estiver 2,5%, ou mais, mais longo que o do trecho não solicitado.
- A existência seja de estrias, mossas, entalhes, defeitos de solda e elos 102

deformados, é motivo suficiente para questionar se a corrente tem condições de


uso e cogitar a sua substituição.
Uma decisão segura, nesses casos,
depende principalmente do
adequado julgamento quanto à
extensão e conseqüência do
defeito por pessoa experiente e
qualificada.

- A nova corrente que for instalada deve ser idêntica em dimensões, tipo e
grau (referente às características do material) à fornecida com a talha, a não ser
se diversamente recomendado pelo fabricante da talha em virtude das condições
de trabalho diversas das originalmente previstas.
Os elos da corrente, que passam na roldana de tração em sentido vertical,
perpendicular ao eixo, devem ser instalados com as emendas (soldas) para fora
da roldana, conforme ilustrado na Figura. Esta precaução é desnecessária nas
roldanas livres.
2017

- A corrente deve ser instalada sem qualquer torção entre suas


extremidades.
de

- Ao instalar uma nova corrente, devem ser demonstradas e inspecionadas,


abril

se necessário substituídas, as peças nas quais a corrente se encaixa ou desliza.


de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

- Ao instalar a nova corrente, deve-se ter cuidado de não a torcer, sujar ou


danificar, observar que ela circula livremente nas roldanas de tração ou livres, se
houver. Todas as ligações e terminais devem ser adequadamente fixados.
- As instruções do fabricante de talha devem também ser seguidas em
relação à escolha e instalação dos elementos de interligação.
103

NOTA: Uma decisão segura, nesses casos, depende principalmente do


adequado julgamento quanto à extensão e conseqüências do defeito por pessoa
experiente e qualificada.

MANUTENÇÃO
A corrente deve ser mantida limpa e livre de oxidação e de qualquer
material abrasivo, ou que possa se acumular alterando o seu módulo ou
reduzindo sua capacidade de articulação. Correntes excessivamente sujas podem
ser lavadas por imersão em solvente neutro, agitando-as para assegurar-se de
que todas as juntas estão livres e isentas de corpos estranhos. O processo de
limpeza não deve provocar avarias.
A corrente articula-se sob altas pressões específicas e deve ser lubrificada
de acordo com as recomendações do fabricante da talha. Na falta dessas
recomendações, a corrente pode ser lubrificada com óleo automotivo de grau
SAE 30-40 aplicando em pequena quantidade, porém, com muita freqüência,
visto que o óleo se dispersa com o uso da talha.

NOTA: Nunca aplique graxa à correntes que trabalharão no interior das


2017

talhas.
de

22. CINTAS:
abril

Cada vez mais, as cintas de


de

poliéster são encaradas como opção


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2017
de Movimentação de Cargas

prática e de baixo custo, substituindo, em 80% dos casos, as antigas correntes e


cabos de aço. Todos os segmentos de comércio e serviços que dependem de
processos de logística – sobretudo a área portuária, indústrias, transporte
rodoviário e ferroviário e construção civil – e utilizam as cintas para movimentar
cargas.
O poliéster é uma das principais matéria-prima das cintas de elevação e 104

amarração. É a mais forte das fibras sintéticas e apresenta alta capacidade de


absorção de força, além de excepcional resistência a sucessivos carregamentos.
Durabilidade, segurança no manuseio, fácil transporte e baixo custo são
fatores que tornam as cintas de elevação e amarração uma opção interessante
para as empresas que têm a necessidade de movimentar cargas até 100 mil kg.
Testes convencionais de abrasão demonstram que as cintas têm vida útil
superior às outras do grupo das sintéticas. Eleva sua carga com segurança
protegendo-a contra amassamentos, riscos ou danos. As cintas oferecem uma
capacidade de CARGA MÁXIMA por uma LARGURA MÍNIMA. Seguem algumas
características das cintas de poliéster:
- Ponto de fusão 260º C
- Temperatura limite de utilização: -40° à 100° C
- Ponto de amolecimento: 235° C a 240° C
- Inflamabilidade: Poliéster não propaga a combustão, mas queima em
contato com a chama. Porém a combustão se extingue imediatamente
assim que se elimina o contato com a mesma.

O destaque fica por conta da trama especial desenvolvida para garantir o


2017

máximo em segurança, resistência e flexibilidade, especialmente nas operações


de elevação de cargas. Por isso, as cintas de movimentação oferecem capacidade
de

de carga máxima por uma largura mínima. A textura e a costura das cintas não
abril

marcam ou riscam superfícies polidas ou acabadas dos materiais a serem


movimentados. São leves, extremamente flexíveis e permitem um manuseio fácil
de

e rápido, ao contrário dos cabos, correntes ou cordas. Além disso, ajustam-se


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

perfeitamente ao contorno da carga. As cintas são produzidas de acordo com o


Padrão Internacional de Cores e apresentam Fatores de Segurança 7:1 (elevação)
e 2:1 (amarração), que atendem as especificações recomendadas pela
Comunidade Européia – EN 1492- 1/2 e EN 121/95. Isso é garantia de máxima
segurança na utilização em relação à capacidade de peso e estabilidade.
As cintas de movimentação possuem, ainda, total aprovação nos mais 105

rigorosos testes, com garantia de total absorção de esforços e resistência a


sucessivos carregamentos. Testes convencionais de abrasão demonstram que as
cintas de movimentação de poliéster têm vida útil superior às outras do grupo
das sintéticas.
Tal característica permite elevar e amarrar a carga com segurança,
protegendo-a contra amassamentos, riscos ou danos.
As cintas sintéticas são produzidas com equipamentos e tecnologia mais
modernas e avançados disponíveis no mercado mundial, o que garante ótima
aplicação sob condições severas. Apresenta, ainda, baixa absorção de líquidos
penetrantes, sem degradação nem encharcamento mesmo durante períodos
prolongados de uso na movimentação em ambientes úmidos ou tanques.
Nas operações de elevação de cargas com revestimento usinado, pintado
ou delicado, as cintas são bem leves e flexíveis e superam em muito as cordas,
correntes e cabos de aço para esse tipo de serviço. Nas cintas podem ser
utilizados diversos olhais ou outros acabamentos, de acordo com a necessidade
e características do modal a ser usado.

PADRÃO DE CORES
2017

As cintas devem ser produzidas de acordo com o Padrão Internacional de


Cores , garantindo assim a máxima segurança na utilização das cintas em relação
de
abril

à sua
capacidade de
de

carga.
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

TIPOS DE CINTAS

106
As cintas para elevação são produzidas de acordo com as Normas
Internacional EN 1492 e Nacional NBR 15637:2008, garantindo assim a máxima
segurança na utilização das cintas em relação à sua capacidade de carga. Para
garantirem a máxima segurança, as cintas devem ser aprovadas nos mais
rigorosos testes, com total absorção de esforços e resistência a sucessivos
carregamentos. Leves e extremamente flexíveis, são ideais para içamento de
cargas de material delicado, superando em muito cordas, correntes e cabos de
aço.

As cintas de amarração são compostas por catracas e presilhas para


amarração de cargas tensionadas: amarração rápida, prática e mais segura. Evita
tombamentos, quedas e deslizes durante o percurso, conferindo maior valor
agregado às cargas transportadas. Para serem certificadas, as cintas de
amarração devem atender a Norma Internacional EN 12195 partes 1 e 2.
As cintas de amarração podem ser utilizadas com diversos tipos de
2017

terminais de fixação e ancoragem, de acordo com a necessidade e características


específicos.
de
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

Para reduzir o atrito e para evitar cortes nas cintas podemos usar
107
revestimentos com materiais sintéticos resistentes, em especial de poliuretano.
Normalmente estes de perfis são ajustáveis à cinta.
Utilizadas tanto na amarração, como na elevação de cargas, têm a função
de proteger as cintas durante a movimentação quando estão expostas a cortes
ou abrasão. Com diversos modelos e tipos, as proteções podem ser aplicadas nas
mais variadas posições e comprimentos, prolongando substancialmente a vida
útil das cintas.

FORMAS DE LEVANTAMENTO

As cintas elevam e movimentam sua carga em qualquer uma das quatro formas
diferentes de levantamento ilustrado .Algumas cintas são especificamente
designadas para serem utilizadas em somente um tipo de levantamento.

As formas mais comuns de cintas são:


• Cesto sem fim
• Com olhais sem reforço
2017

• Com olhais reforçados


• Com terminais metálicos
de

No caso de terminais metálicos, eles devem ser feitos de forma que seja
abril

possível passar um pelo outro para que se possa fazer uma laçada.
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

108

FATOR DE SEGURANÇA (FS)

É a relação entre o limite de carga de trabalho especificado e a carga de


ruptura mínima efetiva da Cint. É usado nos ensaios laboratoriais (planejamento
da construção do produto), para atender a legislação e garantir a sua segurança
na hora da movimentação.
Sendo assim: Nunca exceda a capacidade da cinta na realização de
trabalhos de amarração e elevação de cargas.

ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO

Toda e qualquer cinta em utilização


deverá apresentar fixada em seu corpo uma
2017

etiqueta de identificação onde deverá ser


apresentada todas as suas características
de

básicas. Devido ao envelhecimento das fibras,


abril

em especial quando usadas ao ar livre ou em


de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

banhos químicos, a data de fabricação das cintas deve estar na etiqueta.

109

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO POLIÉSTER


2017
de
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

CINTAS COM PROTEÇÃO EM ARAMIDA

ARAMIDA é um tecido resistente, criado com base na pesquisa avançada


de teias de aranha. Cientistas analisaram a aparente resistência dos finos fios das
teias que resistiam a
110
grandes impactos.
Tal resistência levou
as fabricas a
utilizarem a
ARAMIDA na
confecção de roupas
à prova de balas.

DICAS DE UTILIZAÇÃO E INSPEÇÃO DE ROTINA

a) Inspecionar as cintas antes de cada uso


(observando se há danos) e assegurar que
a identificação e a especificação estão
corretas (etiqueta do produto);
b) Inspecionar todos os encaixes e acessórios
usados em conjunto com a cinta;
c) Nunca utilizar cintas danificadas;
d) Verificar a existência de cantos vivos e preparar proteções para evitar
2017

danos à cinta;
e) Proteger as cintas de bordas cortantes, fricção e abrasão, utilizando-se
de

reforços e proteções complementares, de modo a garantir a segurança


abril

e vida útil da cinta;


f) Conhecer o peso e o centro de gravidade da carga;
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

g) As áreas de movimentação devem propiciar condições de forma que o


trabalho seja realizado com total segurança e serem sinalizadas de
forma adequada, na vertical e no piso;
h) Obter catálogos técnicos, para melhorar o entendimento sobre o
produto;
i) Consultar a empresa fabricante para esclarecimentos adicionais, 111

quando houver dúvida no procedimento a ser realizado.

INSPEÇÕES

A inspeção preventiva é de fundamental importância para a manutenção


dos níveis de segurança e economia. As cintas devem ser examinadas em
intervalos regulares, dependendo da freqüência de uso, por pessoa qualificada.
Mesmo que os fios externos não cheguem a se romper, podem atingir um
2017

ponto de desgaste que diminui o coeficiente de segurança da cinta, tornando seu


uso precário à segurança. Em situações de desgaste excessivo por abrasão,
de

solicitar proteções.
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

Não utilizar cintas onde o desgaste por abrasão seja maior que 10% da
espessura original da cinta. (Ocorre geralmente quando a cinta é utilizada em
contato com área não plana da carga)
Nunca utilizar cinta sem proteção em carga que tenha a largura inferior à
da cinta. Na ocorrência de corte no sentido longitudinal, onde o corte ultrapasse
10% da largura da cinta, a cinta deve ser retirada de uso. (Ocorre quando a cinta 112

sofre tensão desequilibrada ou contato com cantos vivos, agudos ou abrasivos)


Nunca utilizar sem proteções a cinta em contato com cantos vivos, agudos
ou abrasivos. Na ocorrência de corte no sentido transversal, onde o corte
ultrapasse 10% da largura da cinta, a cinta deve ser retirada de uso.

CRITÉRIOS BÁSICOS PARA INSPEÇÕES DE ROTINA

• Colocar a cinta em uma superfície plana;


• Examinar com atenção ambos os lados;
• Examinar cuidadosamente os olhais;
• Examinar cuidadosamente as proteções e os acessórios se houver;
• Todo o pessoal envolvido com o uso e as inspeções deve ser
treinado.

23. CINTAS - RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA


ITENS PARA UM LEVANTAMENTO SEGURO:

1. Não exceder às especificações do fabricante, nas limitações de peso e


estabilidade.
2. Nunca aplique uma sobrecarga no equipamento de elevação.
2017

3. Uma operação suave e balanceada rende muito mais, além de evitar


desgaste do
de

equipamento e acidentes.
abril

4. Nunca use cintas avarariadas.


5. Posicionar a cinta corretamente na carga, para propiciar uma fácil
de

remoção, após o uso.


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

6. Não deixe a carga em contato direto com o piso. Coloque calços ao


descarregá-la para
melhor poder elevá-la.
7. Não posicione a cinta em cantos agudos ou cortantes.
8. Utilize ganchos com um raio de apoio nunca inferior a “1”, de seção lisa
e redonda. 113

9. Evite a colocação de mais de 1 par de cintas, no mesmo gancho.


10. Quando elevar uma carga pesada com mais de uma cinta, verifique se o
total do peso
está bem distribuído na tensão dos vértices da cinta.

CONDIÇÕES DE SEGURANÇA

• Conhecer o peso e o centro de gravidade da carga.


• Verificar condições de embalagem ou de amarração da carga.
• Se necessário, preparar proteções para cantos vivos.
• Preparar local de destino.
• Colocar o gancho de elevação perpendicularmente sobre o centro
de gravidade da carga.
• Não exceder as especificações técnicas.
• Não sobrecarregar o sistema ou equipamento de elevação.
• Posicionar a cinta corretamente na carga.
• Verificar se a carga está livre para movimentação.
• Verificar o balanceamento da carga.
• Em longos percursos de movimentação ou para cargas assimétricas,
utilizar guia não metálica na condução.
2017

• Se a carga pender, baixá-la imediatamente.


de

• Evitar a colocação de mais de um par de cintas no mesmo gancho.


abril

• Operar a movimentação com suavidade, evitando movimentos


bruscos.
de

• Nunca utilize cintas avariadas


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

• Sinalize o local de movimentação.


• Avise a todos os envolvidos e todos que estiverem na área de risco.
• Saia da área de risco.
• A sinalização ao operador deve ser feita por uma única pessoa.

114

24. GANCHOS
Elemento de fixação da carga ao equipamento de
movimentação de carga. Normalmente fabricado em aço alta
liga através de processo de forjamento.

INSPEÇÃO:

- Devem ser substituídos os ganchos que apresentam qualquer um dos


defeitos a seguir:
a) deformações:
aumento em 10% da abertura da garganta do gancho;
torção em mais de 10% do plano do gancho;
Nota: Os valores mencionados aplicam-se exclusivamente aos ganchos
fabricados em aço de classe de resistência “M”, conforme a NBR 10070.
b) desgastes:
2017

Desgaste de mais de 5% na base do gancho;


de

Desgastes na porca de fixação ou nos elementos de trava de fixação do


abril

gancho;
c) corrosão:
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

Alteração de mais de 5% nas dimensões da rosca da porca do gancho;

Alteração das medidas do gancho acima das tolerâncias originais

determinadas pelo fabricante;


d) fissuras superficiais:

No caso de fissuras superficiais que não podem ser eliminadas sem 115

ultrapassar as tolerâncias permissíveis referentes às medidas construtivas, o


gancho deve ser substituído.
- Recomenda-se a realização de END´s (LP ou PM) periodicamente para
avaliação dos ganchos de carregamento para detecção de trincas a fim de
detectarem possíveis deformidades.
-A inspeção visual de todos os ganchos deverá ser realizada em paralelo
com inspeção mensal de cabos de aço e estropos.

25. SINALIZAÇÃO MANUAL PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA


No Brasil todo sinaleiro e operador deve ser treinado e passar por
reciclagem continua sobre o conteúdo da norma ABNT NBR- 11436.
O sinaleiro precisa ser capaz de se comunicar de forma rápida e eficiente
com o operador, para que este possa fazer o que exatamente precisa ser feito.
Felizmente para que esta comunicação seja feita de forma clara e segura, existe
uma linguagem universal para orientar os movimentos do guindaste. São os
sinais manuais. Estes mesmos sinais são usados oficialmente em todo o mundo,
mas aqui no Brasil, vemos algumas variações bastante criativas, por isto sempre
2017

que um sinaleiro entra em um canteiro de obras este deve conversar com o


operador e os demais sinaleiros sobre as praticas locais, pois, estas variações são
de

regionais e de empresa para empresa.


abril

RESPONSABILIDADES DO SINALEIRO:
de

O SINALEIRO SE TORNA AOS OLHOS DO OPERADOR DO EQUIPAMENTO:


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

Muitas vezes, o operador não pode ver a carga, seja ao longo de um


telhado plano ou do outro lado de uma parede, etc... As vezes a carga está na
sua frente, e o operador não pode ver através dela e prever onde possa haver
um obstáculo.

O SINALEIRO DEVE TER CONSCIÊNCIA DE CADA MOVIMENTO QUE A 116

CARGA FARÁ A CADA SINAL:


Os sinais para guindaste destinam-se a dizer ao operador do equipamento
de movimentação o que ele deve fazer e em qual direção a carga irá. Um sinal faz
com que o equipamento se mova, gire suba e desça carga.

A elevação e transporte de cargas por aparelhos de elevação devem ser


regulados por um código de sinalização que comporte, para cada manobra, um
sinal distinto feito, de preferência, por movimentos dos braços ou das mãos,
devendo os sinaleiros ser facilmente identificáveis à vista.
Abaixo serão apresentados os sinais utilizados para movimentação de
cargas utilizados para movimentação com pontes rolantes e guindastes
giratórios.l

ABAIXE CARGA- Com o braço estendido para baixo e o


dedo indicador apontado para o solo, movimente a mão em
pequenos círculos horizontais.
2017

ELEVE A CARGA- Com o antebraço na vertical e o dedo


de

indicador apontando para cima, movimente as mãos em


abril

pequenos círculos horizontais.


de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

PARE- Com o braço na horizontal e a mão espalmada para


baixo, faça movimentos para a esquerda e para a direita.

117

FAÇA MOVIMENTOS LENTAMENTE- Com a mão espalmada,


sobre a outra mão que está sinalizando. No exemplo: Eleve a carga
lentamente.

PARE O EQUIPAMENTO - Com o braço estendido para a


frente, mão aberta e levemente levantada, faça o movimento
empurrando na direção do equipamento. Com o guindaste em
movimento parar.

AMARRE TUDO (Catraca esticadores etc.)- Cruze as mãos


em frente ao corpo.
2017
de

EMERGÊNCIA “PARE”- Com os dois braços estendidos na


abril

horizontal e as mãos espalmadas para baixo, movimente


de

horizontalmente os braços para a esquerda e direita


24

rapidamente.
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

MOVIMENTE O TROLLEY (Ponte rolante ou pórticos)- Com 118


o antebraço na vertical, indique com o polegar o sentido do
deslocamento.

MOVIMENTE A PONTE OU O PÓRTICO- Com o braço


estendido na horizontal e a mão espalmada com os dedos
apontados para cima, faça movimentos no sentido do
deslocamento.

MÚLTIPLOS TROLLEYS- Indique com um dedo o trolley


assinalado com o número 1 e com dois dedos o trolley 2.
2017
de
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

26. NR-11_TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO


DE MATERIAIS

Com base nos assuntos discutidos neste curso, foram retirados trechos da
Norma Regulamentadora nº 11 para comentários e discussão:

TRECHOS DA NORMA REGULAMENTADORA N° 11 (TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, 119


ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS) DA PORTARIA N° 3.214, DO MTB

11.1. Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes,


transportadores industriais e máquinas transportadoras.
11.1.3 Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais
como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-cargas, pontes rolantes,
talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras rolantes, transportadoras de diferentes
tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias
garantias de resistência e segurança, e conservados em perfeitas condições de
trabalho.
11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes,
roldanas e ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente,
substituindo-se as suas partes defeituosas.
11.1 .3.2. Em todo equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima
de trabalho permitida.
11.1.5. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o
operador deverá receber um treinamento específico, dado pela empresa, que o
habilitará nessa função.
11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de
advertência sonora (buzina).
2017

11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente


inspecionados; e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser
de

imediatamente substituídas.
abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

ANÁLISE COMENTADA – NR-11

A Norma Regulamentadora 11, cujo título é Transporte, Movimentação,


Armazenagem e Manuseio de Materiais, estabelece os requisitos de segurança
mínimos a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao
transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto
de forma mecânica quanto manual, de modo a evitar acidentes no local de 120

trabalho.
Essa NR foi redigida devido ao grande número de acidentes, causados
pelos equipamentos de içamento e transporte de materiais, ocorridos com a
crescente mecanização das atividades que motivaram um aumento da
quantidade de materiais movimentados no ambiente de trabalho. A NR 11 tem a
sua existência jurídica assegurada no nível de legislação ordinária, nos artigos
182 e 183 da CLT.

Para uma melhor interpretação seguem algumas perguntas e respostas da


NR-11 referentes aos nossos objetos de estudo neste curso comentadas:

A. QUAIS OS CUIDADOS ESPECIAIS QUE SE DEVE TOMAR NA OPERAÇÃO DE


EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS?
Segundo o item 11.1 da NR 11, os equipamentos utilizados na
movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga,
guindastes, monta-cargas, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos,
esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e
construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e
segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho:
2017

1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas
e ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as
de

suas partes defeituosas;


abril

2. Em todo o equipamento será indicada, em lugar visível, a carga máxima


de

de trabalho permitida;
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

• Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador


deverá receber um treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará
nessa função;
• Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de
advertência sonora (buzina);
• Todos os transportadores industriais serão permanentemente 121

inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão


ser, imediatamente, substituídas;

B. COMO SÃO CLASSIFICADOS OS EQUIPAMENTOS DE IÇAMENTO?


Os equipamentos de içamento podem ser classificados como: talhas
manuais e elétricas, pontes-rolantes, guindaste de cavalete, de torre, de cabeça
de martelo, lança horizontal e móvel sobre rodas ou esteiras.

C. QUAIS OS RISCOS NA ATIVIDADE DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA?


As operações envolvendo estes equipamentos representam um risco
adicional no local de trabalho. É importante que a operação de içamento seja
coordenada com o resto do trabalho e que seja dada especial atenção à
possibilidade de queda de objetos. A movimentação de carga sobre locais onde
circulam pessoas implica em riscos adicionais, que devem ser evitados isolando-
se a área onde esteja ocorrendo a operação. Desta forma, não deve ser
permitida a movimentação onde pessoas executem outras atividades, sendo esta
uma condição de grave risco de acidentes fatais.

D. QUAIS OS SINAIS UTILIZADOS NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA?


Os trabalhos que envolvam gruas e guindastes móveis elevados sempre
2017

serão executados sob a supervisão de uma pessoa qualificada e experiente. É


importante incluir, no treinamento, os seguintes procedimentos de sinalização
de

para movimentação de cargas:


abril

• Subir - Com o antebraço na vertical e o indicador apontando para cima


mover a mão em pequenos círculos horizontais.
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

• Baixar - Com o braço estendido para baixo e o indicador apontando para


baixo, mover a mão em pequenos círculos horizontais.
• Deslocar a Ponte - Com o braço estendido para frente, mão aberta e
ligeiramente levantada, fazer movimentos de empurrar na direção do
movimento.
• Deslocar o Carro - Palma da mão para cima, dedos fechados, polegar 122

apontando na direção do movimento, sacudir a mão horizontalmente.


• Carros Múltiplos - Levantar um dedo para o gancho número 01 e dois
dedos para o gancho número 02.
• Parar - Com o braço estendido, palma da mão para baixo, manter a
posição rigidamente.
• Mover Levemente - Usar uma mão para dar qualquer sinal de
movimentação e colocar a outra mão parada em frente da mão que está
realizando o sinal de movimento.
• Parada de Emergência - Com o braço estendido e palma da mão para
baixo, executar movimentos para esquerda e direita.
• Eletroímã Desligado - O pontoneiro abre os braços, com as palmas das
mãos para cima.

E. QUAIS SÃO OS PONTOS CRÍTICOS A SEREM VERIFICADOS NO


TRABALHO DE INSPEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA?
As inspeções periódicas devem ser executadas com especial atenção à
verificação da sustentação da estrutura da grua, testes para determinar a rigidez
das correntes ou cordas, lubrificação e ajuste dos freios. Os pontos críticos para
2017

inspeção e controle são:


• Sensor de sobrecarga para guinchos grandes;
de

• Dispositivos para evitar que a carga entre em contato com o


abril

equipamento, saia do lugar ou se choque com outro equipamento;


de

• Freios para os controles dos acessórios de içar;


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

• Ganchos com travas para que o olhal ou laço do cabo não escorregue
(ganchos abertos devem ser proibidos).

F. QUAIS SÃO AS NORMAS TÉCNICAS DA ABNT A SEREM USADAS COMO


REFERÊNCIA NA INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO UTILIZADOS EM
EQUIPAMENTOS DE IÇAMENTO DE CARGA?
A revisão da NR 22 trouxe grande contribuição para estabelecer os 123

requisitos técnicos para o uso e inspeção de cabos, correntes e outros meios de


suspensão ou tração e suas conexões conforme estabelece o item 11.1.3.1 da NR
11.
Os cabos de aço devem ser projetados, especificados, instalados e
mantidos em poços e planos inclinados, conforme as instruções dos fabricantes e
o estabelecido nas normas da ABNT, em especial:
• NBR 6327 - Cabo de aço para uso geral: requisitos mínimos;
• NBR 11900 - Extremidades de laços de cabos de aço;
• NBR 13541 - Movimentação de carga: laço de cabo de aço: especificação;
• NBR 13542 - Movimentação de carga: anel de carga;
• NBR 13543 - Movimentação de carga: laços de cabo de aço: utilização e
inspeção;
• NBR 13544 - Movimentação de carga: sapatilho para cabo de aço;
• NBR 13545 - Movimentação de carga: manilhas.

As inspeções freqüentes consistem na avaliação visual por pessoa


qualificada e familiarizada antes do início de cada trabalho de modo a detectar
possíveis danos no cabo de aço que possam causar riscos durante o uso, como
2017

seguem abaixo:
• Distorções no cabo, tais como: dobras, amassamentos, alongamento do
de

passo, gaiola de passarinho, perna fora de posição ou alma saltada;


abril

• Corrosão em geral;
de

• Pernas rompidas ou cortadas;


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

• Número, distribuição e tipo de ruptura dos arames visíveis.


• Redução por Desgaste.

G. EXISTE ALGUMA CERTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA PARA OS


EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA?
124
Os cabos, correntes e outros meios de suspensão ou tração e suas
conexões devem ser previamente certificados por organismo credenciado pelo
Inmetro ou por instituição certificadora internacional.

H. COMO SE DEVE PROCEDER ÀS INSPEÇÕES DOS EQUIPAMENTOS E


ACESSÓRIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA?
As inspeções freqüentes e periódicas não precisam ser realizadas em
intervalos iguais e devem ser mais freqüentes quando se aproxima o final da vida
útil do cabo de aço. As inspeções periódicas devem ser realizadas por pessoa
qualificada.
Recomenda-se que sejam feitas inspeções diárias, realizadas pelo
operador, antes do início de cada turno. Os operadores serão treinados para
identificar visualmente os defeitos, devendo existir uma lista de verificação para
que seja possível registrá-los.

I. QUAIS OS CUIDADOS A SEREM TOMADOS NAS INSPEÇÕES DE CABOS?


Esta inspeção abrangerá o comprimento total do cabo. Os arames externos
das pernas devem estar visíveis ao inspetor durante a inspeção. Qualquer dano
no cabo que resulte em perda significativa da resistência original deverá ser
registrado e considerado o risco implicado na continuidade do uso deste cabo,
2017

tais como:
de

• Todos os itens listados na inspeção freqüente;


abril

• Redução do diâmetro do cabo abaixo do seu diâmetro nominal, devido à


deterioração da alma, corrosão interna / externa ou desgaste dos arames
de

externos;
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

• Corrosão acentuada ou arames rompidos junto aos terminais;


• Terminais mal instalados, desgastados, tortos, trincados ou com
corrosão;
Devem ser tomados cuidados especiais para se inspecionar trechos do
cabo que
possam sofrer deterioração muito rápida, conforme segue: 125

• Trechos em contato com selas de apoio, polias equalizadoras ou outras


polias nas quais o percurso do cabo é limitado;
• Trechos do cabo junto ou próximo aos terminais onde possam aparecer
arames oxidados ou rompidos;
• Trechos sujeitos a flexões alternadas;
• Trechos do cabo que fiquem apoiados nos beirais das platibandas dos
edifícios, ou ainda, trechos torcidos como “parafusos”;
• Trechos do cabo que normalmente ficam escondidos durante a inspeção
visual, tais como as partes que ficam sobre as polias.

J. QUANDO SE DEVE SUBSTITUIR UM CABO DE AÇO?


Para que se possa ter dados para decidir o momento adequado da
substituição de um cabo de aço, deve ser mantido um registro de toda inspeção
realizada. Neste registro, deverão constar os pontos de deterioração listados
anteriormente e as substituições realizadas.
Não existe uma regra precisa para se determinar o momento exato da
substituição de um cabo de aço, uma vez que diversos fatores estão envolvidos.
A possibilidade de um cabo permanecer em uso dependerá do julgamento de
uma pessoa qualificada. Deverá ser avaliada a resistência remanescente do cabo
2017

usado, em função da deterioração detectada pela inspeção. A continuidade da


de

operação do cabo dependerá da sua resistência remanescente.


abril
de
24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

NR-11 - CONSIDERAÇÕES FINAIS


• As normas técnicas da ABNT NBR 13543 e NBR 6327, que tratam dos
aspectos técnicos envolvidos na utilização de equipamentos para movimentação
de materiais e cabos de aço, devem ser consultadas.
• Os equipamentos de içamento de cargas devem ser projetados para o
uso seguro, em todas as condições operacionais, possuindo todos os dispositivos 126
de segurança necessários. Devem ser inspecionados periodicamente e passar por
manutenções preventivas e corretivas. Estes equipamentos são constituídos,
principalmente, de:
_ Guinchos (gaiolas de içar, plataformas e cubas);
_ Gruas, elevador, blocos de roldana ou outros dispositivos com ganchos;
_ Acessórios, tais como: correntes, ganchos, garfos, elevadores, grampos,
caixas para elevação de materiais e equipamentos similares.
• O gancho, apesar de merecer uma atenção especial, pois é a parte mais
fraca do sistema de içamento, não quebra de repente. Ele sofre uma
deformação, que pode ser acompanhada nas inspeções periódicas. Sempre que
possível, deve ser usado gancho de segurança com trava ou gancho específico
para o serviço a ser feito.
• Os cabos de aço são muito utilizados nas operações industriais e
merecem inspeções rigorosas e freqüentes. Sinais de deterioração indicam a
necessidade de troca imediata. O mais grave deles é a corrosão, principalmente
quando a mesma se inicia no interior do cabo. Outras causas freqüentes de
desgaste incluem: fadiga do material, sobrecarga, falta de lubrificação e dobras.
• As inspeções dos cabos de aço podem ser subdivididas em freqüentes e
2017

periódicas.
• No caso de se detectar um dano no cabo de aço, o mesmo deverá ser
de

retirado de serviço ou submetido a uma inspeção por uma pessoa


abril

qualificada.
• As inspeções devem ser determinadas pelo engenheiro responsável pela
de

obra ou pessoa qualificada e que seja responsável pela manutenção e instalação


24
Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
de Movimentação de Cargas

dos cabos de aço, baseando-se em fatores tais como: a expectativa de vida do


cabo determinada pela experiência anterior ou em instalações similares;
agressividade do meio ambiente; relação entre a carga usual de trabalho e a
capacidade máxima do equipamento; e freqüência de operações e exposição a
trancos.
127

2017
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de
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de Movimentação de Cargas

27. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

API- 2C
Manual Técnico de Cabos – CIMAF
NBR 4309 (Equipamento de movimentação de carga, cabo de aço,
cuidados, manutenção, instalação, inspeção e descarte)
128
NBR-11436 (Sinalização manual para movimentação de carga por
meio de equipamento mecânico de elevação)
NBR-13541 (Movimentação de Carga - Laço de Cabo de Aço -
Especificação)
NBR-13543 (Movimentação de Carga - Laço de Cabo de Aço -
Utilização e Inspeção)
NBR-13129 (Cálculo da carga do vento em guindaste)
NBR-8400 (Calculo de Equipamento Para Levantamento e
Movimentação de Carga)
NR-11 (Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de
materiais)
NBR-9974 – Talhas De Cabo Com Acionamento Motorizado
NBR-9986 - Talhas Em Geral
NBR-9967 - Talha Com Acionamento Motorizado
NBR- 9968 – Talhas com acionamento manual – Classificação
NBR-9986 – Talhas em geral – Terminologia
NBR-10401 – Talhas de corrente com acionamento manual –
Especificação
NBR-10402 – Talhas de corrente com acionamento manual –
2017

Ensaios mecânicos – Método de ensaio;


de

NBR 10070 – Ganchos haste forjados para equipamentos de


abril

levantamento e movimentação de cargas – Dimensões e


propriedades mecânicas – Padronização;
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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios 2 0 17
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2017
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