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Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

2º Trimestre de 2000

Título: Os ensinos de Jesus para o homem atual


Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

Lição 1: Jesus e a salvação


Data: 2 de Abril de 2000

TEXTO ÁUREO

“Porque o Filho do homem veio salvar o que se tinha perdido” (Mt


18.11).

VERDADE PRÁTICA

Jesus veio ao mundo com a sublime missão de propiciar a salvação a todos


os homens, mas só serão salvos os que o aceitarem como único e suficiente
Salvador.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Lc 1.47
A alegria no Salvador

Terça - Mt 1.21
O Salvador de seu povo

Quarta - Mc 5.34
Considerando a fé pessoal

Quinta - Lc 17.33
A perda que é ganho

Sexta - Jo 10.9
A porta da salvação

Sábado - Jo 12.47b
Veio para salvar o mundo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 1.21; 8.25; 10.22; Lucas 1.47; 2.11,30.

Mateus
1.21 - E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele
salvará o seu povo dos seus pecados.
8.25 - E os seus discípulos, aproximando-se, o despertaram, dizendo:
Senhor, salva-nos, que perecemos.
10.22 - E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que
perseverar até o fim será salvo.

Lucas
1.47 - e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
2.11 - pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o
Senhor.
2.30 - pois já os meus olhos viram a tua salvação.

PONTO DE CONTATO
Neste trimestre, seus alunos terão a oportunidade de aprender com o
próprio Senhor Jesus, o “Mestre dos mestres”, lições preciosas, que a cada
semana, serão expostas e analisadas com o precípuo propósito de ajudá-los a
crescerem no conhecimento do plano divino da Redenção e,
consequentemente, no desenvolvimento da salvação.
A única esperança de salvação da humanidade encontra-se no sangue de
Jesus Cristo, o Filho de Deus, derramado no Calvário. Este ato redentor e
propiciatório dos pecados do homem, já estava marcado e determinado, na
mente augusta e onisciente do Criador, antes da fundação do mundo. Assim,
tanto a Queda da humanidade originada na desobediência do primeiro Adão,
como a sua salvação pelo segundo Adão foram preconhecidas e providenciadas
dentro do plano de Deus. Prevista a Queda do homem, Deus determinou, logo
e para sempre, o único meio restaurador do ser humano: a propiciação pelo
sangue do Cordeiro imaculado, Jesus Cristo, seu Filho amado.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:


 Demonstrar o plano divino de redenção da humanidade através
da pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
 Relatar os ensinos de Jesus sobre a salvação.
 Reconhecer e afirmar que, para ser salvo, é necessário crer em
Jesus, com arrependimento dos pecados, e permanecer salvo
através da santificação.

SÍNTESE TEXTUAL

O desígnio divino de salvação da humanidade é completo e perfeito. Todos


os pecadores de todas as raças e povos podem ser salvos. Evidentemente não
é a mera aceitação do plano divino que produz a salvação, mas é a aceitação
pessoal de Jesus Cristo, pela fé no sentido de confiança nEle depositada, como
Salvador. Pois a fé que salva não é a meramente intelectual, mas a fé viva que
nasce no coração, evidenciando arrependimento autêntico e comprovada
mudança de vida garantida pela renúncia. Não basta ser salvo, no sentido de
aceitar a salvação graciosamente, é necessário permanecer salvo através da
santificação.
Sejamos gratos a Deus pelo grande ensejo de aprendermos com o próprio
Cristo o caminho da salvação!

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Muitas são as profecias do Antigo Testamento que relacionam a vida de


Jesus com fatos cumpridos no Novo Testamento. Elas fortalecem a verdade do
advento do Salvador através de sua encarnação entre os homens. Essas
profecias foram preditas e cumpridas para revelar a finalidade única e
exclusiva de resgate do homem através de Jesus Cristo, para a glória de Deus
e felicidade da raça humana.
Para que seus alunos compreendam ainda mais a verdade divina sobre a
salvação, faça a seguinte atividade com a classe, num clima bem participativo:
Divida a classe em dois grupos. O Grupo A vai se incumbir de citar
profecias com as respectivas referências do Antigo Testamento que falam da
promessa da primeira vinda de Cristo. Ao Grupo B, caberá a tarefa de indicar
as referências que demonstrem o cumprimento dessas profecias no Novo
Testamento.
É interessante que os alunos, ao apresentarem as referências bíblicas,
observem a cronologia do cumprimento profético.
Cite as profecias abaixo e peça que o Grupo A encontre no Antigo
Testamento a respectiva referência e ao Grupo B o seu cumprimento no Novo
Testamento.
Dê cinco minutos para que cada grupo encontre as referências.
COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Desde o ventre de sua mãe, Jesus já era apresentado por Deus como aquele
que haveria de trazer a solução para a reconciliação do homem com o seu
Criador, livrando-o da condenação eterna, resultante do pecado do primeiro
Adão. A nossa salvação foi, e é, sem dúvida, o maior de todos os milagres
operados por Jesus. Com esta lição, iniciamos uma incursão pelas páginas dos
Evangelhos, extraindo alguns dos maravilhosos ensinos de Jesus, nosso
Senhor.

I. O NOME DE JESUS ANUNCIADO

1. Sete séculos antes. Jesus teve seu nome previsto, séculos antes de
seu nascimento, e divulgado nas páginas áureas das Escrituras. O profeta
messiânico, Isaías, com setecentos anos de antecedência, vaticinou que seu
nome seria “...Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade,
Príncipe da Paz” (Is 9.6b). Para cumprir sua missão salvífica, Ele teria que ter
um nome assim, revelando sua personalidade e seu caráter único e inigualável.
2. O nome de Jesus e sua missão. Quando José, desposado com a
jovem Maria, percebeu que sua noiva estava grávida (cf. Mt 1.18), sem haver-
se ajuntado com ele, “intentou deixá-la secretamente” (Mt 1.19). Contudo, por
ordem divina, o anjo do Senhor lhe apareceu, tranquilizando-lhe, e dizendo
que ela estava grávida pelo poder do Espírito Santo, e teria um filho, cujo nome
seria Jesus, “porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1.20,21).
[grifo nosso]
3. O nome de Jesus e seu significado. O nome Jesus é a forma grega
do nome Josué (no hebraico, Yeoshuah), que significa “O Senhor salva”, ou
“Jeová Salva”. O significado do nome está em harmonia com a missão
salvadora de nosso Senhor Jesus Cristo. Isso é confirmado em Hb 7.25, que diz
“Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a
Deus...” e em At 4.12: “E em nenhum outro há salvação, porque também
debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual
devamos ser salvos”.

II. JESUS PROCLAMADO COMO SALVADOR

1. O testemunho do anjo. Antes, o anjo Gabriel já anunciara a Maria


que o nome do seu filho seria Jesus, que significa “salvador”. Aos pastores de
Belém, um mensageiro celestial asseverou que não temessem, pois, na cidade
de Davi, havia nascido “o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11).
2. O testemunho de Simeão. Por revelação do Espírito Santo, o velho
Simeão, “homem justo e temente a Deus”(cf. Lc 2.25) soube que não morreria
antes de ter visto o Cristo do Senhor. “E, pelo Espírito, foi ao templo...” (Lc
2.26.27a) [grifo nosso]. No santuário, Simeão, ao ver o menino Jesus, o tomou
nos braços, e exclamou: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo,
segundo a tua palavra, pois já os meus olhos viram a tua salvação” (Lc 2.29,30).
3. O testemunho de João, o Batista. Como um pregoeiro da verdade,
João Batista testificou da missão de Jesus, exclamando, às margens do Jordão:
“Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29b), e o fez por
revelação divina, pois Deus lhe dissera que o Cristo seria aquele sobre quem
João visse descer o Espírito Santo em forma corpórea de pomba (Jo 1.32-34;
Mt 1.16,17).
4. O seu próprio testemunho. Na casa de Zaqueu, após este confessar
seus pecados, Jesus afirmou que a salvação chegara àquela casa, “Porque o
Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.8-10).
Apresentando-se como o Bom Pastor, Jesus afirmou: “Eu sou a porta; se
alguém entrar por mim, salvar-se-á...” (Jo 10.9 a). No memorável sermão, à
entrada de Jerusalém, o Senhor afirmou que não veio para julgar, “mas para
salvar o mundo” (Jo 12.47). A Nicodemos, príncipe dos Judeus, Jesus disse
que todo aquele que nEle crê não perece, mas tem a vida eterna (cf. Jo 3.16).
Em Jo 5.24, Ele afirmou que quem ouve a sua palavra tem a vida eterna.

III. OS ENSINOS DE JESUS SOBRE A SALVAÇÃO

1. A fé como meio para a salvação (Jo 3.16). No diálogo com


Nicodemos, Jesus asseverou a necessidade do novo nascimento (Jo 3.1-5), e
revelou a verdade central do Novo Testamento, considerada por muitos
estudiosos o “Texto Áureo” dos Evangelhos, ao dizer que “Deus amou o mundo
de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Da parte de Deus, o amor
que salva. Da parte do homem, a fé que aceita a salvação de Deus (ver Ef 2.8,9).
A fé que salva não é a fé meramente intelectual (ver At 8.13,21). Mas é a fé viva,
que nasce no coração, estimulada pelo Espírito, com base na Palavra de Deus.
“...a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17). O amor leva
Deus ao encontro do homem perdido. A fé leva o homem perdido ao encontro
com Deus.
2. A necessidade do arrependimento. O termo “arrependimento” na
Bíblia tem o sentido de contrição, tristeza e angústia do pecador diante de
Deus, por seus pecados, e também voltar-se resoluto para Deus. É uma
mudança total de rumo na vida: deixar a senda de pecado e caminhar de volta
a Deus e, continuar a caminhar com Deus.
3. A renúncia indispensável. O arrependimento para a salvação não
pode ser apenas um impulso de um momento. Precisa ser vivido na prática, na
continuidade da vivência do cristão. Para tanto, há necessidade de renúncia
quanto à velha vida (cf. 2 Co 5.17). Jesus disse: “Se alguém quiser vir após mim,
renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me” (Mt 16.24). Aqui
está o ponto crítico da conversão de um pecador. A natureza humana,
contaminada pelo germe do egoísmo, e da rebeldia contra Deus, reluta e resiste
em dar lugar à renúncia dos interesses mesquinhos, carnais e efêmeros, para
aceitar o senhorio de Cristo.
4. A perseverança do salvo. A vida cristã não é um “mar de rosas”.
Jesus afirmou aos seus discípulos que teriam aflições, no mundo, mas que
tivessem bom ânimo, pois Ele venceu o mundo (cf. Jo 16.33). Jesus nos garante
a vitória, na luta pela permanência como salvos em seu nome. Mas, para
chegarmos na eternidade, com Deus, é necessário que tenhamos perseverança.
O cristão enfrenta lutas e desafios constantes, a começar de parte de seus
próprios familiares e conhecidos. O Senhor previu que pais e filhos não se
entenderiam, e que os crentes seriam odiados por causa de seu nome (Mt
10.21,22), mas que “...aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 10.22b).
Diante disso, não há base bíblica para a doutrina da predestinação absoluta,
segundo a qual uns já nascem para serem salvos, e outros, desafortunados, já
nascem miseravelmente predestinados à perdição. Isso não condiz com o
caráter de Deus, revelado nas Escrituras. Para ser salvo, é necessário crer em
Jesus, com arrependimento, e permanecer salvo, através da santificação (cf.
Hb 12.14). A santificação se manifesta através da perseverança, em obediência
aos ensinos de Jesus.

IV. A FÉ PESSOAL RECONHECIDA

A doutrina calvinista ensina que o homem nada faz para ser salvo.
Segundo esse ensino, a salvação vem de cima, como um “prato feito” para o
pecador. Se ele é um “eleito”, não precisa nem estender a mão para receber a
salvação. Nesse ensino, não há lugar para a fé pessoal. Mas Jesus valorizou a
fé de cada pessoa que o buscou de todo o coração. A mulher que foi curada do
fluxo de sangue ouviu de Jesus: “...Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou” (Mt
9.22); vendo a fé do paralítico de Cafarnaum, Ele disse: “Filho, perdoados
estão os teus pecados ” (Mc 2.5); à pecadora que ungiu seus pés, Jesus disse:
“A tua fé te salvou; vai em paz” (Lc 7.50). A fonte da salvação é a graça de Deus:
“Pela graça sois salvos...”; mas a fé é o meio da parte de Deus, qual é a mão
estendida do pecador em direção à mão estendida do amor de Deus: “...por
meio da fé”. (Ver Ef 2.8,9.) “...e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8).
Grifamos a palavra isso, lembrando que ela se refere diretamente à salvação e
indiretamente à fé. A salvação é o grandioso dom de Deus, bem evidente nesta
passagem e no seu contexto.

CONCLUSÃO

Sem dúvida alguma, a salvação trazida por Jesus Cristo, foi o maior
milagre propiciado por Deus ao ser humano, depois da Queda, no Éden. As
curas, as maravilhas, a sua mensagem, tudo foi usado por Ele para despertar o
homem para aceitar o dom de Deus, a salvação (Ef 2.8). O perdido, uma vez
que creia e se arrependa dos seus pecados, confessando a Cristo como seu
Salvador e Senhor, tem a vida eterna (Jo 5.24).

VOCABULÁRIO

Asseverar: Afirmar com certeza, segurança; assegurar.


Calvinista: Baseado no sistema teológico protestante exposto pelo teólogo
Calvino.
Corpóreo: Relativo a corpo; material.
Contrição: Profunda tristeza acompanhada de arrependimento em
consequência do quebrantamento da lei de Deus.
Desafortunado: Infeliz.
Desposado: Indivíduo recém-casado, ou noivo.
Efêmero: De pouca duração; passageiro, transitório.
Incursão: Entrada, penetração.
Pregoeiro: Aquele que prega.
Propiciar: Tornar propício, favorável.
Vaticinar: Profetizar, predizer; prenunciar.

EXERCÍCIOS
1. Qual o significado do nome Jesus?
R. O mesmo que o nome Josué, “o Senhor Salva”.

2. Quem revelou a Simeão que Jesus era “a salvação de Israel”?


R. O Espírito Santo.

3. Que significa a palavra “arrependimento”?


R. É uma mudança total de rumo na vida: deixar a senda de pecado e
caminhar de volta a Deus e, continuar a caminhar com Deus.

4. Que disse Jesus em relação à fé da mulher hemorrágica, em Mateus 9?


R. “Filha, tem bom ânimo; a tua fé te salvou”.

5. Com base na lição, qual é a fé que salva?


R. É a fé viva, que nasce no coração, estimulada pelo Espírito, com base na
Palavra de Deus.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

Subsídio Teológico

“O estudo da obra salvífica de Cristo deve começar pelo Antigo


Testamento, onde descobrimos, nas ações e palavras divinas, a natureza
redentora de Deus. Descobrimos tipos e predições específicas daquEle que
estava para vir e do que Ele estava para fazer. Parte de nossas descobertas
provém da terminologia empregada no Antigo Testamento para descrever a
salvação, tanto a natural quanto a espiritual.
Qualquer um que tenha estudado o Antigo Testamento hebraico sabe quão
rico é o seu vocabulário. Os escritores sagrados empregam várias palavras que
fazem referência ao conceito geral de ‘livramento’ ou ‘salvação’, seja no sentido
natural, jurídico ou espiritual. O enfoque recai em dois verbos: natsal e yasha.
O primeiro corre 212 vezes, mais frequentemente com o significado de ‘livrar’
Israel das mãos dos egípcios (Êx 3.8). Senaqueribe escreveu ao rei em
Jerusalém: ‘O Deus de Ezequias não livrará o seu povo das minhas mãos’ (2 Cr
32.17). Frequentemente, o salmista implorava o salvamento divino (Sl 22.21;
35.17; 69.14; 71.2; 140.1). O emprego do verbo indica haver em vista uma
‘salvação’ física, pessoal ou nacional.
O termo assume ainda conotação espiritual: a salvação mediante o perdão
dos pecados. Davi apela a Deus para salvá-lo de todas as suas transgressões (Sl
39.8). Em Salmos 51.14, é provável que Davi tenha em mente a restauração e
salvação espirituais pessoais, quando ora: ‘Livra-me dos crimes de sangue, ó
Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a tua
justiça”. (Teologia Sistemática, CPAD, págs. 335,336)

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