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Julho de 1996
Curso de Matemática para Economistas
Capítulo IV
Otimizaçio Estática
Telefone: 55-21-552-5099
Fax: 55-21-536-9409
e-mail:
rubenS@sede.fgvrj.br
,
PREFACIO
Os autores objetivam, com este trabalho preliminar, bem como com aqueles que
lhe darão continuidade, na sequência de composição de um livro de matemática para
economistas, registrar as suas experiências ao longo dos últimos anos ministrando cadeiras
de matemática nos cursos de pós-graduação em economia da Fundação Getulio Vargas,
da UFF (Universidade Federal Fluminense) e da PUC-RJ.
É claro que todo máximo global é máximo local, que todo máximo estrito é um
máximo e que as definições acima estendem-se naturalmente aos mínimos, bastando para isto
trocar o sentido das desigualdades. No gráfico a seguir, o ponto Xo representa um máximo
local estrito (porém não global); Xl um mínimo global não estrito e x 2 um máximo global
estrito.
1
Demonstracão: Seja h e 9t D. Como a e int D é um ponto de máximo locaI. para a e 9t
suficientemente pequeno temos que f(a+ah) ~ f(a). Portanto
(grad f(a), h) = O
Teorema 1.2. Seja f:1 ~ 9t n vezes diferenciável em a e I, intervalo aberto de 9t, com
f(il (x) = O para 1 ~ i < n e I (li) (a):I: O. Se n é par então f possui um mínimo local estrito no
ponto a caso f(D) (a) > O e um máximo local estrito caso f(D) (a) < O. Se n é ímpar, então a não
é ponto nem de mínimo nem de máximo local.
(h)
Como l(lI)(a):I: O, 3 J'c J aberto contendo a tal que _r_ <
If(D) (a)1 I
V'a+h eJ' (devido
h I
n! D
2
Teorema 1.3. Seja f:D ~ 9t, De 9t aberto, uma função de classe C2 e a e D um ponto
D
c) indefinida, então a não é ponto de máximo local nem ponto de mínimo local de f.
j(a + h) - j(a) =
h' H(j ,a)h
2 + r(h) e ~ 1Ih~2
r(h)
=°
. h' h r(h)
Observe que o smal de f(a + h) -f(a) é o mesmo de 1Ih~ H(j ,a) 1Ih~ + 1h12 ' Dado ô > 0,
. ( ). h; ( ) h \
eXlStem ~,hz e B 0,6 taIs que ~II H j ,a ~II > ° e Ilh;hzl H (j),ah 1h21
2
< 0,
.
VISto que
pequeno tais que j(a + ~) > j(a) e j(a + hz) < j(a). Logo a não é ponto nem de mínimo
nem de máximo local.•
conclui que o único ponto crítico de f ocorre em (0,0). A matriz hessiana de f é dada por
[~ ~] que é positiva definida. Segue do teorema 1.3 que (0,0) é ponto de mfuimo local
estrito de f. É fácil ver que (0,0) é também um ponto de mínimo global estrito. Mas o
teorema 1.3 isoladamente não nos permite chegar a esta conclusão. Para tal, precisaremos do
teorema mínimo local-mínimo global a ser apresentado adiante.
3
Temos ! I
= x 2 e : : = Xl' donde se conclui que o único ponto crítico de f ocorre no ponto
2
(XI ,X,) =(0,0). Neste ponto, temos a matriz hessiana: H = [~ ~J. que é indefinida
Conclui-se pelo teorema 2.3 que o ponto (0,0) não é ponto nem de máximo nem de mínimo
def.
. ~
Exemplo 3: Seja f:9t 2 -+9t, f(xl'x 2 ) =-3x: -x; +5x I x 2 -7x 2 • Temos ih =-6x I +5x 2 ;
I
donde se obtém a solução (xl'x 2 ) = (35/13, 42113). A hessiana de f em todo ponto é dada
por [-56 _ J.
~ que é indefinida. Segue que o ponto crítico (35/13, 42/ 13) não é ponto nem de
Teorema IA. (Máximo Local - Máximo Global) Seja f (x) uma função real côncava, definida
no subconjunto convexo não vazio D do 9t D • Se Xo e D é um ponto de máximo local de f,
então Xo é um ponto de máximo global de f.
o teorema anterior nos permite, no caso em que as funções analisadas são côncavas
ou convexas, passar dos máximos e mínimos locais para os máximos e mínimos globais (que
são os que costumam realmente interessar em economia). Podemos agora reafirmar,
relativamente ao primeiro exemplo apresentado nesta seção, que o ponto (O,O) correspondc a
um mínimo global da função definida no 9t 2 , f (XI' x 2 ) = x; + x;. De fato, (O,O) é um ponto
de mínimo local e, além disso, a função f (XI' x 2 ) = x~ + x; é convexa.
4
Seja R a riqueza de um indivíduo avesso ao risco (ie., este indivíduo possui uma
função utilidade u de classe C2 , estritamente crescente, estritamente côncava em ~+) que
pode ser investida em mloteria arriscada ~ = r + ~ (E ~ = r) ou retida. Seja "a" o montante
da riqueza investida. A riqueza do indivíduo é dada por:
x = (R-a)+a(l+r+E) = R+a(F+E)
- --
Max Eu(x)
os 11 sR -
que tem como condição de primeira ordem (supondo um ótimo interior e usando os teoremas
l.1 e l.4 deste capítulo):
d
da E u(.~)
d($~Piu(R+a(r+eJ)=
= da - ) ~Pi(r+eJu'(R+a(r +eJ) = E[~u'(R+a~)] =O
$ -
Não é difícil ver que pelo teorema da função implícita a equação E[r u'(R+ar)] =0
- -
determina a em função de R de forma continuamente diferenciável1 (localmente2). Além disso
da -Er u"
-=-~-
2
dR Er u"
o sinal desta última expressão depende de E r u". Suponha que a medida de aversão
absoluta ao risco r. não cresça com a riqueza (o que é razoável economicamente). Para todo
valor r de r tal que 7>0 temos r. (R) ~ r. (R + ar) isto é, u" (R + ar) ~ -r. (R)u'(R + ar) ou
r u"(R+ar) ~-ra(R)r u'(R+ar).
Assim se a aversão absoluta ao risco não é crescente com a riqueza temos que a
proporção investida na loteria arriscada cresce com o nível de riqueza. .
Teorema l.5. Seja De 9t" um conjunto convexo não vazio,f:D ~ 9t uma função côncava e
diferenciável em Xo E int (D). Então, para que f passe por um máximo global em Xo é
necessário e suficiente que grad f (x o) O. =
5
Demonstracão: Pelo teorema 1.1, a condição é necessária. Reciprocamente, seja x e D, então
x = Xo + h, h e 9{". Seja a e (0,1), então (1- 0.) Xo + a x = Xo + a h, e pela concavidade de f
temos que (l-a)f(xo)+aj(x)Sf(xo+ah), ou seja,
f(x o +ah)- f(x o ) ~ a(f(x) - f(x o ».
Como df (x o ) = lim f (x o + uh) - f (x o ) e quando f é diferenciável temos que
dh a-+O a
~ (x o) =(grad f(xo),h), f(x)-f(x o) S lim f(xo+ah)-f(x o) =0, visto que
~ a~ a
grad f(x o ) = O. Logo f(x) S f(x o)' "i/xe D. Portanto Xo é um ponto de máximo global.•
Este teorema mostra que a condição de primeira ordem é necessária e suficiente para o
ótimo de um problema de otimização côncava sem restrições.
Teorema 1.6. Seja f:UxV --+9t diferenciável, Uc9t D , Vc9t m abertos. Suponhamos que
D
para cada a e V exista uma única solução de max f(x,a) de tal forma que x*:V--+9t
xeU
represente esta função, suposta diferenciável. Então se g: V--+9t é a função valor ótimo do
problema acima, i.e., g(a) = f(x*(a),a) tem-se que g é diferenciável e
dg
~. (a) = df(.
~.x (a),a)"
, 1= l, ... ,n.
I I
Demonstração: Observe que como x*(a) é o ótimo do problema max f(x,a) devemos ter
xeU
pelo teorema 1.1 que df (x*(a),a) = 0, "i/j=l, ... ,n. Pelo teorema da regra da cadeia tem-se
dx j
dg i- df * dX ~ ar *
que g é diferenciável e, para i = 1,2, ... ,m, -(a) = L -(x (a),a) ~ (a)+;- (x (a),a)
da. F. I dx.J
I
ua· ua· I I
sendo x * = (XI•
,.... dg
,x,,). Logo ;-(a) ar (x *(a),a).•
=;-
ua· ua· I I
6
Exercícios resolvidos - Seção 1
1) O resultado abaixo é muito útil quando a função f não é diferenciável no ponto de máximo
(ou mínimo). Veja a figura a seguir. Seja f:/ ~ 9t,/ c 9t intervalo, contínua e derivável em
I-{a}, a e I. Se f'(x) > 0, 'v'x < a e f'(x) < 0, 'v'x > a então a é um ponto de máximo
global estrito.
~ ,,
Teorema do Valor Médio: Se f: [a,b] ~9t é contínua e derivável em (a,b) então existe
ce(a,b) tal que f'(c)=f(b)-f(a).
b-a
Demonstração: Seja g:[a,b] ~ 9t tal que g(x) = f(x)- (f(b)- f(a» (x-a). Então g é
b-a
contínua em [a, b] , derivável em (a, b) e g (a) = g (b) = f (a). Se g for constante, o resultado
é trivial, já que g'(x)=O, 'v'xe(a,b), neste caso. Caso contrário existe Xo e(a,b) tal que
*
g(xo ) g(a) = g(b). Suponhamos que g(xo) > g(a). Pelo teorema de Weierstrass (da
existência de um máximo no domínio de uma função contínua definida num conjunto
compacto) existe ce(a,b) tal que g(c)~g(x), 'v'xe[a,b]. Pelo teorema 1.1 deste
., f(b)-f(a)
capítulo devemos ter g' (c)= O, ou seja, f (c) = .•
b-a
*
Passaremos agora à demonstração do exercício: seja b e I, b a. Se b>a, então pelo teorema
do valor médio existe ce (a,b) tal que f'(c) = f(b)- f(a) e como f'(c)<O (visto que
b-a
c> a) temos que f (a) > f (b). Se b < a então, de forma análoga, podemos mostrar que
f(a) > f(b). Assim a é ponto de máximo global estrito.
7
2) Considere uma fmna cujo preço de demanda p pelo produto y é dado por:
250- y, se y S 50
p= {
400- 4y, se y > 50
o custo da firma é dado por C (y) = X l. Obtenha a produção de lucro máximo e justifique
sua resposta.
-% y2 + 250y, se y S 50
n(y) = R(y) - C(y) = { -9/ 2 +400 50
72 Y y, se Y>
É fácil ver que 7t é diferenciável para todo y, exceto para y= 50. Derivando 7t para y ~ 50
vem que
- 3y + 250, se y S 50
n'(y) = { -9y +400, se y > 50
Com isto e do fato de 7t ser contínua, tem-se pelo exercício anterior que y =50 é a produção
de lucro máximo.
3) Determine os pontos de máximo e de mínimo das seguintes funções e em cada caso diga. se
são globais, locais, estritos ou não estritos:
ti) f(x,y)=x
3
l (l-x-y) defmidaem 9t~
8
Solução:
i) Como D é aberto, se (x, y) e D for um ponto de máximo (ou mínimo) local então
di di
dx (x,y) = dy (x,y) = O. Para simplificar a notação, vamos denotar
E = E(x,y) = l-x 2 - y2, "í/(x,y) e D. Assim devemos procurar (x,y) e D, tal que:
di _1/
dx (x,y) = y +x E 72 =O (I)
Observe em primeiro lugar que (0,0) satisfaz estas equações. Este é o único ponto crítico.
Com efeito, multiplicando a primeira equação por x e a segunda por y e subtraindo a primeira
da segunda vem: (x 2 -l) E- ill = O com (x, y) e D e, portanto, x = y ou x = - y (pois E > O
em D). Se x = y, tomando a primeira equação e substituindo este resultado, em (I) tem-se
x(l + E- 1I2 ) = O~ x = y = O (pois I + E-in> O). De forma análoga vemos que x = -y ~
x = y = O visto que 1_E-in < O e isto prova o que foi afIrmado.
Vamos estabelecer agora as condições de segunda ordem (no que se segue vamos
omitir (x,y»:
1 I
Portanto H(i ,(0,0» = que é singular, logo não podemos afirmar nada a priori. O que
I I
fazer então? Este problema pode ser resolvido de duas formas diferentes:
1° método: Como H(f, (x, y» é positiva semi-definida para todo (x,y)e D, concluiremos quei
é convexa em D. Por ser (0,0) o único ponto crítico de i no aberto D, ele deve ser um ponto
de mínimo global estrito (veja o teorema 1.4 e observe que -f é côncava; a unicidade "do
mínimo é garantida pela unicidade do ponto crítico).
9
E-In + X2 E-312 1+ xy E-312 ]
H (!,(x,y» = [ l+xy E-3/2 E-In + y2 E-312
e
Hu ( !, (x, y» = E- lI2 + x 2 E-312 > O, 'ti (x, y) e D
detH(f ,(x,y» = E-I +(x2 + l)E-2 +x 2 l E-3 -1-x 2 lE-3 -2xyE-X
Portanto det H(f, (x,y» > O, 'tI(x, y) e D - {(O, O)} , como queríamos demonstrar.
ü) Como 9t~ é aberto, os pontos críticos são os candidatos a pontos de máximo ou mínimo
local. Seja (x,y) e 9t!+ tal que
Como x * Oe y * O, então
3(1- x - y) - x = O~ 2x = 3y
{ 2(I-x- y)- y =0
àf
_=e- X
( z Y4)
- -2x(x+2y)e-x
( Z y 4)
- =0
dX
1 2
Logo de (1) e (2) temos 2x = 4 3 ~ X = y3 (*). Substituindo este resultado em (1)
y
vem que 2 l + 4 y4 -1 = O.
Portanto para determinar os pontos críticos desta função devemos resolver uma
equação polinomial de grau 6. Evidentemente não iremos fazer isto, mas mostraremos que
existe tal solução e determinaremos o intervalo no qual ela está. Para isto, façamos z = l,
assim a equação acima fica 2 Z3 + 4Z2 -1 = O. Seja p: 9t -+ 9t tal que p(z) = 2 Z3 + 4Z2 -1,
vamos determinar os pontos críticos desta função:
°
e p"(z) = 12 z+8 logo p" (O) > e p" (-4/3)<.0. Então °
é um ponto de mínimo local e
-4/3 é ponto de máximo local (veja teorema 1.2). Observe que p (-4/3) >O, p(O) < e p (1) °
> 0, portanto pelo teorema do valor intermediário, existe uma única raiz positiva lo e (0,1) de
p (z) e duas raízes negativas. Sejam Yl =.Jz;, e Y2 = -.Jz;,. Por (*) temos que
Pl = (XI' YI) e P2 = (x2' Y2) são os pontos críticos de f, onde Xi = Y; ,i = 1,2, logo P2 = - PI·
Observe que f(-x,-y) = - f(x,y), 'r:I(x,y) e 9t 2 , assim basta provar que (XpYI) é um
ponto de máximo global para concluirmos que (x2' Y2) é um ponto de mínimo global. Como
11
~(_,,2_y'> (x + 2Y)1 S; e-,,2-y' Ixl+ 2e-,,2- y' /y /S; e-,,2 IxI+2/y / e- Y'
(iv) Os pontos críticos de f devem satisfazer a seguinte equação f'(x) = 12x2 + IOx = O, ou
seja, XI = O e X2 = -5/6 são os únicos pontos críticos de f. Como f" (x) = 24x + 10 tem-se
que f"(O)=l0>0 e f"{-5/6) = -10<0. Logo O é um ponto de mínimo local estrito e
-5/6 é um ponto de máximo local estrito. Ambos não são globais pois
lim f(x)
X~+-
=+00 e lim f(x)
X~-
=-00.
12
Exerácios propostos
I) O teorema máximo local máximo global apresentado no texto foi enunciado para máximos
não estritos e concavidade não estrita. Examine a veracidade das seguintes afirmativas (prove
se verdadeira, e dê um contra exemplo, se falsa).
a) Máximo local estrito + concavidade (estrita ou não estrita) ~ máximo global estrito.
b) Máximo local (estrito ou não estrito) + concavidade estrita ~ máximo global estrito.
c) Se uma função estritamente côncava apresenta um máximo local, pode se garantir que ele
é, ao mesmo tempo, máximo local estrite e máximo global estrito.
2) Ache os pontos críticos das funções abaixo, classificando-os quando for o caso, como
ponto de máximo (estrito, não estrito, local, global) ou mínimo (idem).
c) f (x) = (x-lO)'
3) Dada a função lucro L: 9t+ ~ 9t, L (q) = R (q) - C(q), sendo R a receita e C o custo,
estipule condições suficientes para que o ponto q* seja um ponto: a) de máximo local estrito;
b) de máximo global não estrito.
4) Dada a função custo total C: 9t+ ~ 9t, C (q) e a função custo total médio M(q) = C (q)/q
mostre que o ponto no qual o custo médio se iguala ao custo marginal representa um ponto
crítico de M (q). Pode-se, então, afirmar que se o custo médio atinge um máximo ou mínimo,
ele se iguala ao custo marginal? E se a função custo for definida no intervalo 9t+ - {O}?
7) Uma firma vende dois produtos ql e q2, obtendo a receita R(q .. q2)' Sua função custo é
2
C(qpq2) e a função lucro, definida no 9t , é dada por L (qpq2) = R(qpq2)-C (qpq2)'
Pode-se afirmar, com certeza, que no ponto de lucro máximo (se houver) a receita marginal
da venda de cada produto se igualará ao respectivo custo marginal?
13
8) Uma firma vende o mesmo produto em dois mercados diferentes, obtendo as receitas
RI(ql) no primeiro mercado e ~(q2) no segundo mercado. O seu custo de produção é dado
por C(ql +q2) e a função lucro, definida no 9t:', é dada por
L(ql'q2) = RI (ql)+ RI (q2) - C(ql +q2)' Mostre que se o preço em cada mercado depende
apenas da quantidade vendida neste mercado, o preço deverá ser mais elevado no mercado
mais inelástico (daí o fato de a revendedora da Avon aumentar os preços de seus produtos
quando entra em casas mais luxuosas).
10) Uma firma emprega mão de obra N ao custo W e capital K ao custo r. Sua função de
produção é dada por Q (K, N) = KCJN~,O<a+fi<l, a~Oef3~O. Estabeleça condições
suficientes para máximo da função lucro defmida no 9t:'.
11) Demonstre: Seja f:D~9t, Dc9t D um conjunto aberto e! uma função duas vezes
diferenciável em D. Então para que x* e D seja ponto de máximo local estrito de f é
suficiente que
a) grad f(x*) = O
b) 3e > O tal que para todo x' comO< Ix' -x 1< e tenha-se
D
h'H(f, x') h < O para todo h e 9t - {O}.
12) Mostre que se !:D c 9t" ~ 9t é côncava e diferenciável, D convexo não vazio, então
para que ! (x) passe por um máximo no ponto Xo é necessário e suficiente que
(grad f(xo)'x-xo)~ O para todo x e C.
13) Diz-se que um ponto pertencente ao domínio de uma função diferenciável é estacionário
se ele é crítico. Seja F uma transformação monótona crescente de uma função U.
com f
diferenciável.
14
a) t se eleva?
b) r se eleva?
K, ~O
onde u(x) =..r; e f(x) =ax, a constante (sugestão: mostre inicialmente que no ótimo
KN+l =0).
16) Demonstre o teorema 1.3 supondo apenas que f é duas vezes diferenciável em a:
17) O que acontece com o teorema 1.4 se a função f for quase côncava?
15
2. Otimização com restrições
lé curva)
(não é curva)
p e N (Tp N) como o conjunto dos vetores Â'(O), onde Â: (-e,e) ~ N é uma função
diferenciável em O tal que MO) = p. Uma função desse tipo dizemos ser um caminho em N
diferenciável em O e que passa por p no instante O (por diferenciável em O queremos dizer que
l..(t)=(1.. 1(t), ... ,1..8+1(t» com l..i:(-E,E)~9t é diferenciável em O, "í/ i=l, ... ,n+l).
D 1
Demonstra-se sem dificuldade que Tp N é um subespaço vetorial de dimensão n em 9t + • O
diagrama a seguir ilustra o caso em que n = 1.
16
Seja f:A ~ 9t, A C 9t Daberto, diferenciável Diz-se que c e 9t é um valor regular de
f se para todo- x e A, tal que f (x) = c tem-se que grad f(x):F; O. Denotaremos r-I(c)={x e A;
f (x) = c}.
Teorema 2.1. Seja N = <p-1 (c), sendo c um valor regular de cp: A ~ 9t, A aberto em 9t D+I ,cp
de classe C K (K ~ 1). Então, para todo p e N, TpN é o conjunto dos vetores em 9t D+I que são
perpendiculares a grad cp (p).
Demonstração: Seja v e TpN, então existe Â.: (-e, e) ~ N diferenciável em O tal que
Â.(O)=p e Â.'(O)=v. Logo (cpoÂ.)(t)=c, 'v'te (-e,e), pois N=cp-I(C). Portanto,
derivando esta última expressão para t = O e aplicando a regra da cadeia, teremos que
(grad <p(p), Â.'(O») = O, isto é, (grad cp(p), v) = O, o que é o mesmo que dizer que
grad <p(p) é perpendicular a v. Provamos então que todo vetor em TpN é perpendicular a
grad cp(p), ou seja, que TpN está contido no conjunto dos vetores perpendiculares ao
grad cp(p). Como tanto TpN como o conjunto de vetores perpendiculares a grad cp(p) são es-
paços vetoriais n dimensionais (visto que grad cp (p) :F; O), e como o primeiro está contido no
segundo, segue, por um argumento geral de Álgebra Linear3 que ambos são iguais .•
Exemplo: Seja f: 9t 2 ~ 9t tal que f (XI ,x 2 ) = x~ +X; Temos que grad f(x I ,x 2 ) = 2(x I ,x 2 ).
Assim grad f (XI ,x 2 ):F; (O, O) se, e somente se (XI ,x 2 ) :F; (O, O). Neste caso, todo c > O é valor
regular de f uma vez que f (XI ,x 2 ) = O se, e somente se (XI ,x 2 ) = (0,0). Segue que c =
O é valor crítico de f e c<O é valor regular de f, visto que f-I (c) = 0 para todo c < O e a
definição de valor regular inclui este caso. Seja então c > O e N c =
2
{(XI ,x2 ) e 9t ; f (XI ,x2 ) = c}. O leitor mais atento observará que Nc é precisamente a
circunferência de centro em zero e raio ~ em 9t 2 • Dado P = (XI' x 2 ) e N c' pelo teorema
2
2.1, Tp N c = {(Vi'VJe 9t ;(grad f(Xi'X2),(VpV2))=0}={(vi'vJe9t2;xlvl +X2V2 =O}
que é a reta em 9t 2 que passa pela origem e é ortogonal à direção (x p x 2 ). O diagrama
abaixo ilustra este exemplo.
3 Se dois espaços vetoriais têm a mesma dimensão e um está contido no outro, então eles são iguais.
17
o leitor deve observar que, embora pensemos em termos ilustrativos o espaço
vetorial tangente "passando" no ponto de tangência, ele na verdade "passa" na origem.
Vamos agora definir o conceito de ponto crítico (ou estacionário) de uma função
diferenciável restrita a uma hiperfície. Sejam N c 9t D+1 uma hiperffcie de classe
C k (k ~ 1) e f: U ~ 9t uma função diferenciável, U c 9t D+1 aberto. Caracterizamos na
primeira seção deste capítulo os pontos críticos de f como aqueles x e U tais que
grad f(x) =0, ou equivalentemente, os pontos x e U, tais que :v (x) = O, "if v e 9t D+1•
Observe que todo ponto crítico de f quando pertence a N é ponto crítico de flN. Mas
a recíproca é falsa em geral. (Dê um contra-exemplo).
Teorema 2.3. (Teorema do Multiplicador de Lagrange com uma restrição) Sejam f:U ~ 9t
de classe C t (k ~ 1), U C 9t +1 aberto e
D
N = cp-I (c) hiperfície contida em U, onde
fI': U ~ 9t é de classe C e c e 9t é valor regular de cp. Então um ponto p e N é um ponto
t
crítico de flN se, e somente se existe à e 9t tal que grad f(p) = à grad cp(p).
18
Demom~ão: Pelo teorema 2.1 grad cp (p) é perpendicular a TpN. Por outro lado, pelo
que vimos anteriormente p é ponto crítico de flN se, e somente se grad f(p) é perpendicular
a TpN. Como Tp N c 9t D+1 é um subespaço de dimemão n e grad cp (p) '* 0, devemos ter
grad f(p) =  grad cp (p) para algum  e 9t .•
Podemos defuúr a noção de ponto crítico de flN de forma análoga ao que fizemos no
caso de uma restrição e concluir:
Teorema 2.4. (Teorema de Multiplicador de Lagrange com várias restrições) Sob as mesmas
hipóteses acima, p e N é um ponto crítico da restrição flN se, e somente se existem
ÂI , ... , Â", e 9t tais que grad f(p) = ÂI grad CPI (p) + ... + Âm grad CPm (p).
o
teorema do multiplicador de Lagrange (com várias restrições) garante que o ponto
crítico satisfaz a um sistema com n+ m equações
=
(gradf(x) = Â,. grad lI'l(X)+...+Â". grad lI'",(x» mais m equações (cp (x) c). Assim temos
um sistema em n + 2m incognitas (x,Â), onde x = (xl ... ,x"+,,,) e  = ( 1, ••• ,Âm) e as n + 2m
equações acima.
L:Ux9t m -+ 9t àL
e as condições do teorema 2.4 ficam ~(x,Â) =0,
(x,Â) -+ f(x) - (Â,cP(x») uX j
àL
V'i=l, ... ,n+me àÂ. (x,Â) =0, V'j = l, ... ,m.
J
4 Observe que a defmição de regularidade anteriormente apresentada é um caso particular desta mais geraI.
que inttoduzimos agora.
19
Por exemplo consideremos o problema típico do consumidor: dada u:9t!~ 9t função
de utilidade, c a renda do indivíduo, p e 9t:..
o vetor de preços. Suponhamos que o
indivíduo gaste toda sua renda. Então queremos:
max U(x)
xe 9t"
•
(p,x) = c
ter pelo teorema de multiplicador de Lagrange que ~U (x·) =ÀPj, i = I, ... ,n, para algum
aX·I
À e 9t, onde x· é o ponto de ótimo. Em adição, sabemos que (p,x) = c, que representa a
outra equação (aqui, m = I). Este sistema determina, em geral, os valores de
x e 9t:.. e  e 9t.
Neste caso, a condição de segunda ordem utiliza a matriz hessiana da função Lagrangeana
com respeito ao vetor ~ = (x Jt X 2)'
A condição de suficiência para que o ponto (x; ,x;) seja um máximo local estrito do
problema condicionado é que, neste ponto,
Essa condição requer que a matriz hessiana seja negativa definida para qualquer
variação, no domínio da função f, numa direção tangente à superfície de nível gerada pela
restrição g(x1 ,x2 ) = O, a partir do ponto (x~ ,x;).
O gl g2
H 2 = gl h l1 h l2
g2 h 21 hn
FUNDAÇAo GETÚLIO VARGAS
Biblioteca Máno Henriq:.Je S:rT1W".~.:.n
for maior que zero. Analogamente, a condição suficiente para mínimo local estrito é que tal
detenninante seja menor que zero.
H2 °
= gl
gl
h ll
g2
H3 =
°
gl
gl
h ll
g2
h l2
g3
h l3
h l2 ' g2 h 21 hn h23
g2 h 21 hn
g3 h 31 h32 h33
Para o caso de m restrições, com m >1, a condição de segunda ordem se altera. A este
respeito o leitor pode consultar Chiang(1974), Varian (Segunda Edição - 1984) ou Brandão
(1982).
Muitas vezes a verificação da condição de segunda ordem não é efetuada em
economia, pelo fato de se trabalhar com funções objetivo côncavas. Neste caso, para que Xo
pertencente ao interior do conjunto de definição da função seja um ponto de máximo global é
necessário e suficiente que ele seja um ponto crítico.
Quando se toma uma função do tipo f (x I ' x 2 ) = Xl x 2 ' este resultado não se aplica,
devido ao fato da função f não ser côncava. Ocorre, entretanto, que este resultado pode ser
estendido a uma classe mais abrangente de funções, chamadas de indiretamente côncavas. A
definição destas funções já foi apresentada no Capítulo 3:
Definição: (Função Indiretamente Côncava) Seja h(r) uma função monótona crescente.
Então F(x) é dita indiretamente côncava se ela pode ser escrita sob a fonna F(x) = h{t(x»),
sendo f(x) uma função côncava.
É claro que toda função côncava é indiretamente côncava. Vale também que toda
função indiretamente côncava é quase côncava (mas não a recíproca - veja o contra-exemplo
apresentado no capítulo 3). Uma função indiretamente côncava é transfonnada monótona
crescente de uma função côncava, que por sua vez é quase côncava. Como as transfonnadas
monótonas crescentes preservam a quase concavidade, segue que as funções indiretamente
côncavas são sempre quase côncavas.
21
Teorema 2.5. Para funções indiretamente côncavas F(x) = h(f(x», sendo h diferenciável com
h'(r) > O para todo r no domínio de h e f(x) uma função côncava diferenciável definida num
aberto U c 9t D , valem os seguintes resultados:
Demonstra&ão:
b) Decorre do fato de que f( xo) ~ f( x) para todo x numa vizinhança de Xo se, e somente se
h(/(xo)) ~ h(/(x») , ou seja, se, e somente se F(xo)~ F(x).
Deve-se observar que este resultado se aplica também ao caso da maximização (ou
minimização) condicionada, quando a restrição g(x) = O é gerada por uma função afim (ou
seja, com g(ax t +(l-a)x 2 ) =ag(x t )+(l-a)g(x 2 ) para ae [0,1] e xl' x 2
pertencentes ao domínio de g). A necessidade de se ter uma restrição g deste tipo decorre de
se precisar assegurar, no teorema anterior, que o domínio de ~N seja convexo.
pontos do seu domínio. Ou seja, U é indiretamente côncava, e pelo teorema anterior (que
podemos aplicar pelo fato da função de restrição ser uma função afim) o seu ponto crítico é
um ponto de máximo global.
22
Exerádos resolvidos:
1) Suponha que um consumidor tem uma função utilidade da forma u:9t!. ~ 9t tal que
U(XI'~) = In Xl + lox2 , sendo (x, ,x2) o vetor de bens de consumo. Se p, e P2 são os preços
destes bens, respectivamente, e m é a renda do consumidor que é gasta totalmente, determine
as quantidades ótimas a serem consumidas.
max In x, + In x2
s.a PIXI + P2X2 = m
onde U = 9t!., f == u e cp: 9t!. ~ 9t tal que, cp(xl'x2 ) = m - p,x, - P2X2 observe que O é
*
valor regular de cp já que grad cp(x"x2) = (-P,,-P2) (0,0) e cp-I (O) correspondem aos
pontos de 9t!. que estão sob a restrição m =p,x, + P2X2.
As duas primeiras equações implicam que p,x; = P2 x;. Logo pela última equação,
temos que2p,x; = m, isto é, x; = ~ p, e de forma análoga x; = ~ P2 .
Em termos econômicos, x; e x; determinados acima são a solução do problema proposto e
são as demandas marshallianas. Como U é uma função indiretamente côncava, o teorema 2.5
nos assegura que (x~ ,x;) corresponde a um máximo de ulcp-' (O).
2) Determine os pontos críticos da função f:9t D x 9t D~ 9t, f(x,y) = (x,y) restrita à esfera
unitária ~X~2 + IlyW = I e mostre como daí se obtém a desigualdade de Schwarz, onde
D
< x,y >= LXiYi e Ilx~2 =< X,X >,X = (x, ... ,x D) e Y= (Y ..... YD).
i=l
Como cp-'(O) é uma hiperfície compacta (é a esfera unitária) e f é contínua, temos que a
restrição 11q>-' (O) assume um máximo e um mínimo. Além disso,
*
grad cp (x,y) (0,0), 'V(x,y) e cp-'(O), isto é, cp-I (O) é hiperfície regular de classe C" e f é de
classe C" também. Logo os pontos de máximo e mínimo são pontos críticos e pelo teorema
de Lagrange, eles devem satisfazer às 2n+ 1 equações (aqui escritas sob a forma vetorial)
23
y=2Âx.
x = 2Ây para algum  e 5Jt .
W2 +lyl2 = 1
Logo y=4Â?y ou x=4Â.2x e como x~Oouy~O (visto que IxI2+lyI2=1) temos que
1
±'2.
Â. = Portanto o conjunto de pontos críticos é dado por
Portanto, os valores máximo e mínimo de flcp-I (O) são, respectivamente, 1/2 e -1/2.
..fi x ..fi y J
(211x11' 21Y~ e li'
-I
Dados x,y e 5JtD - {O} temos que (O) e portanto
..fi x ..fi
f (211x11' 2 ~y~ s 2"
y) 1
o que implica que 1< x,y >1 S Ilxll ~YII, 'ri x,y e 5JtD - {O}.
24
Exercícios propostos:
2 2
2) Em quais pontos da curva ~+L= I a função f(x,y) =xy assume seus valores máximo
8 2
e mínimo?
3) Se u(x) é uma função utilidade definida sobre n bens x = (xl' ... 'x,,) e 9t: como
u (x) = X~' ••. x:· ,onde L" ai < 1 , qual é a proporção da sua renda que o consumidor gastará
i=1
em cada bem?
para o ótimo do problema típico do consumidor com preços e renda estritamente positivas.
25
10) Seja / (XI ,X2 ) = PIXI + P2X2 definida em 9t 2 e c e 9t. O conjunto
2
/-1 (c) = {(Xl'X 2 ) e 9t ;PI X I + P2 X 2 = c} é uma curva de classe C k : a) se PI ;t Oe P2 = O?;
b) se PI;t Oe /12 ;t O? e c) se PI = Oe P2 = O? Qual o formato desta curva nos casos
possíveis? e o formato do espaço vetorial tangente? Pode-se dizer que , para
(Pl'P2);t (0,0), todo c e 9t é um valor regular de f?
s.a. (X-I)3 -l =0
(X,y) e 9t 2
(a) Solucione o problema geometricamente.
(b) Por que o Teorema do Multiplicador de Lagrange não pode ser usado neste caso?
12) Seja f:9t~ ~ 9t função de classe C 2 com forma hessiana negativa definida em todo
ponto. Considere o problema:
(a) Quais são as condição de primeira ordem para ponto de máximo de F? Estas
condições são suficientes para este caso?
(b) Mostre que XI pode ser colocado no ótimo como função de w I e w 2 e que
aX I < O
-a
wI
(sugestão: utilize o Teorema da função Implícita)
(c) Suponha que seja adicionada ao problema a seguinte restrição:x 2 = b, onde b e 9t++.
· I
Encontre o novo Óumo e mostre que - -
aX tn· -
<
-
aX1
-a tn° - .
aW I sem res çao W I com res çao
13) Sejam F:9t:' ~ 9t, f:9t:' ~ 9t++ e g:9t++ ~ 9t funções de classe Cio
26
N
Min L F{x(k), u(k), k)
1:=0
s.a.
x(o) = Xo
x{k+l)=/(x{k),k), k =O, ... ,N
g(x{N + 1) = o
27
3. Q Teorema de Kuhn - Tuger·
Iniciaremos esta seção revendo alguns conceitos já apresentados, algumas vezes sob
uma ótica um pouco diferente, embora equivalente, e introduzindo informações
complementares.
ü) o conjunto vazio
Sejam xl'x 2 , ••• ,x p pontos de 9t D • Uma combinação linear convexa desses pontos é,
por definição, um ponto da forma ai XI +a 2 x 2 + ... +a p x p onde a"a 2 , ••• ,a p são reais não
negativos tais que ai + a 2 + ...+a p = 1.
• A ~ teórica desta terceira seçIo é obtida da traucriçJo de textos seleciollldos, c:om a aquiedDcia do autor, de Amlise Convexa DO R" ,de
Mario Hcmique Simonsen.
28
Teorema 3.2: Sejam C I ,C 2 subconjuntos convexos do 9t", ai ,a2 números reais. Então
ai C I + a 2C 2 é convexo.
Demonstração: Simples verificação. Com efeito, sejam y = alx l +a2x 2 e y' = alx~ +a 2x;
dois pontos de ai C I + a 2C 2. No caso, XI' x~ pertencem a C I e x 2' x; pertencem a C2. Seja
(1- a) y + ay' um ponto do segmento de extremidades y e y', o que implica OS aS 1.
Então:
Logo,
Teorema 3.3: Para que um subconjunto C do 9t D seja convexo é necessário e suficiente que
toda combinação linear convexa de elementos de C pertença a C.
Demonstração:
Se OS ai < 1, façamos:
a2 ap
b 2 =--, ... b p = - -
l-a I l-a I
Então x' = b 2 x 2 + ... +b p x p ' pela hlp6tese de indução, sendo uma combinação linear
convexa de p -1 elementos de C, pertence a C. Note-se agora que:
Figura 3.2
Teorema 3.4: Para que K seja um cone convexo é necessário e suficiente que. se X I ,X 2
pertencem a K. aIx I + a 2 x 2 e K para quaisquer reais não negativos al'a 2 •
Demonstração:
a) a condição é necessária: com efeito. seja K um cone convexo. e xl'x 2 dois de seus
pontos. Quaisquer reais não negativos aI e a 2 podem ser expressos na forma:
aI = b(1-a)
a 2 =ba
sendo b ~ O e OS aS!.
Teorema 3.5: Para que K seja um cone .;onvexo é necessário e suficiente que. se xl'x 2 ..... x p
pertencerem a K, aIx I +a 2 x 2 + ... +a p x p pertença a K. para quaisquer reais não negativos
30
Propriedades Topológicas
Demonstração: Seja Xl e x 2 pontos de C e OS; aS; 1. Temos que provar que, para qualquer
d > Ocorresponde um elemento de C cuja distância a (1- a)x I + ax 2 seja menor do que d.
Com efeito, como Xl' X2 pertencem a C , dado d > O é possível encontrar pontos x~, x;
em C tais que:
dist «l-a) Xl +ax 2, (l-a) X; +ax;) = l(l-a) (Xl -x~) +a(x 2 - X;)~ S;
l(l-a) (Xl -x;)I+ la(x 2 -x;)1 = (l-a) IX I -x~11 +allx 2 -x;1 < (l-a)d +ad = d
Precisamos agora de três lemas de álgebra linear para demonstrar o teorema 3.7.
Lema 3.1: Seja {Xl'X 2, ... ,xJ uma base do 9t D • Então existe d>O tal que, se
dist (Yi'x) < d, (i = 1,2, ... ,n), {Yl'Y2 , ... ,y J também seja uma base do 9t D •
Lema 3.2: Seja {Xl'X 2, ... xJ uma base do 9t D , XO = a1x 1+a 2x 2+ ... +a D x D um vetor do 9t D •
Então, dado E> O existe d>O tal que, se
~x:-Xjll<d (i=O,I, ... ,n) e x~ = a;x;+a;x;+ ... +a:x:, la:-ajl<E(i=I,2, ... ,n).
Demonstração: Pelo lema 1, para d suficientemente pequeno, {x~, ... ,x:} é uma base do 9t D •
Isto posto, as coordenadas a;, ... , a: de x~ na base em questão determinam-se pela regra de
Cramer, sendo portanto, funções contínuas de x~, x; , ... , x: .
31
Defmamos os vetores:
V o =-u
VI =el-u
V2 =e2 -u
VD=eD-u
Então:
Demonstração:
i) simples verificação;
n
b=-b
n+l
Teorema 3.7: Seja C um subconjunto convexo do 9t\ C seu fecho. Suponhamos que yo
pertença ao interior de C no 9t D. Então yo pertence a C.
Demonstração: Por hipótese, para algum E > O, ~y - yo~ < E implica y e C. Segue-se que
existe b > O tal que yo + b Vo, yo + b v I ,. .. , yo + b v D pertencem a C, sendo v o, V1' ••. ' VD os
vetores defmidos no lema 3.3.
32
Como C é o fecho de C, segue-se que, para todo d > O existem vetores v~, v~ , ... , v:
tais que Yo + bV: E C e Iv; - vil< d, sendo b > O. Pelos lemas 3.1 e 3.2 podemos escolher d
tal que:
1' )vl"'"
' ,.
V D seja
base do mD
~ ;
Façamos:
1
bo =-----
l+a~+ ... +a:
b. = l ' a~
I , ('1 = 1,... ,n)
+a,+... +a D
Segue-se que:
Note-se que o teorema não vale para conjuntos não convexos. A título de exemplo,
suponhamos que C = {x E (0,1); x :# 1/2}. (Figura 3.3). O ponto 1/2 pertence ao interior
de C mas não pertence a C.
o 112 1
O~----~O~------O
Figura 3.3
Teorema 3.8: Seja C um subconjunto convexo fechado do 5JtD; C:# 0, Y um ponto de 5JtD,
Então:
33
ii) para que Z E C seja ponto de C à mínima distância de y é necessário e suficiente
que {y-z,x-z):SO para todo x E C.
Observação: Uma versão particular deste teorema foi demonstrada no capítulo dois para o
caso particular em que o conjunto C é um subespaço vetorial.
para qualquer O:S a :S L Daí se segue, em particular que, para O < a< 1:
(y - z, x - z) :S O.
Por essa desigualdade conclui-se que o ponto de C à mínima distância de y é único. Com
efeito, suponhamos que z e z' fossem pontos de C à mínima distância de y. Teríamos:
ou seja:
Do mesmo modo:
34
Suficiência: Suponhamos que z seja um ponto de C tal que:
(y-z,x-z)S O
2 2
lY-xl = l(y-z)-(x-z)1 = (y-z,y- z)-2(y- z,x-z)+(x- z,x- z) ~ (y-z,y- z)= Iy- zl2
A figura 3.4 ilustra o sentido geométrico do teorema no caso do 9t 2 • Para que z seja
o ponto de C à mínima distância de y, é necessário e suficiente que, para qualquer x E C, os
vetores y - z e x - z formem entre si ângulo reto ou obtuso. A figura se refere ao caso em
que y não pertence a C. No caso de y pertencer a C, o ponto à mínima distância é ~ y,
satisfazendo também o teorema.
z
n--~Y
Figura 3.4
Teorema 3.9: Seja K um cone convexo fechado do 9t y um ponto do 9t Então, para que
D
,
D
•
i) (y- z,z)= O
Demonstração:
a) A condi"ão é necessária:
b) A condi"ão é suficiente:
35
Hiperplanos e Teoremas de Separação
Sejam xo,u vetores do 9t., sendo u~O. O hiperplano H(xo,u) que passa por X o e
com normal u é, por defInição, o conjunto:
ou seja, o conjunto dos pontos x tais que x - Xo seja ortogonal a u. No 9t2 os hiperplanos
são linhas retas, como indicadas na figura 3.5.
H ( x o ' u)
Figura 3.5
36
H
H(Xo,u)
Lema 3.4: Seja C um subconjunto convexo fechado do 9t D ; Yum ponto não pertencente a C.
Então existe um hiperplano H (Y. u). passando por y. tal que:
ü) 1011 = 1
Segue-se que:
Tomemos:
y-z
u=-"='-~
~y-zll
segue-se que Ilull = 1 e que:
i) Ilull = 1
ü) C C H+ (y.u)
37
Demonstração: Como y pertence à fronteira de C, é possível tomar uma seqüência y 11 de
pontos não pertencentes a C, tais que Y11 convirja para y. Pelo lema 3.4, existirá uma
seqüência u lI ' tal que luJ = 1 e:
A seqüência u lI ' sendo limitada, admite uma subsequência convergente com limite u, tendo-se
lu J = 1 . Por passagem ao limite segue-se que:
(X-y,u)~O para todo x e C
ou seja:
Demonstração: Seja C o fecho de C. Pelo teorema 3.6, C é convexo. Pelo teorema 3.7, se
y pertencesse ao interior de C também pertenceria a C. Logo, y ou não pertence a C ou
pertence à sua fronteira. Em qualquer dos casos, pelos lemas 3.4 e 3.5, existe um vetor u tal
que lull = 1 e:
Cc C C H+ (y,u)
38
(Xl -X2'U)~ O,ou equivalentemente {X 2 , u)s (Xl' u)
todas positivas.
Teorema 3.12: Seja C um subconjunto convexo do 9t tal que Cfl9t~ = 0 . Então existe
D
Demonstração: Pelo teorema 3.11 existe um vetor u e 9t: tal que ~u II = 1 e (u, x) S (u, y),
quaisquer que sejam x e C e y e 9t~.
Sejam el'e 2 , ••• ,e D os unitários do 9t D , w =e1 +e 2 + ... +e D • Então, para qualquer b >
0, bw E 9t~. Logo:
(u,x) S °
para qualquer x e C.
39
Seja:
I
s = sup {( u, x) x e C}
Então, para qualquer vetor y e 9t~:
(y,u)~s
Logo:
Ou seja:
(e.,u}~.!a
I
- ~(w,u)
a
No caso das funções côncavas com valores no conjunto dos reais, a imagem
geométrica é a oferecida pela figura 3.8: O gráfico da função ao longo de qualquer segmento
em C situa-se acima da secante correspondente. No caso de funções com valores em 9t m ,
elas serão côncavas se e somente se cada uma de suas coordenadas for uma função côncava.
40
f (x)
~----~------~---------------x
Figura 3.8
Uma função G (x) diz-se convexa quando F(x) = -G(x) for côncava.
Teorema 3.14: Seja F (x) uma função côncava, definida num subconjunto convexo C do ~D
e com valores no ~m. Seja b um vetor do 9t Então o conjunto:
D
•
J={XE CIF(x)~b}
é convexo.
Demonstração: Veja o teorema 2.2 no capítulo anterior, quando provamos que toda função
côncava é quase-côncava.
Teorema 3.15: Seja F (x) uma função côncava definida no subconjunto convexo C do 9t e D
41
Demonstração: Sejam zl' Z2 pontos de Z, e seja OS; a S; l. Então, por hipótese, existem
Xl E C e x 2 E C tais que:
Zl $ F(x l )
Z2 $ F(x 2 )
Logo:
Teorema 3.16 (Máximo Local - Máximo Global): Seja f (x) uma função real côncava,
D
definida no subconjunto convexo não vazio C do 9t Suponhamos que existe d > O tal que,
•
para todo XE C tal que Ix-xoll<d, se tenha f(x)S;f(x o), sendo XoE C. Então, para
qualquer y E C se tem f(y) S; f(x o)'
Teorema 3.17: Seja C um subconjunto convexo não vazio do 9t D ; f (x) uma função real
côncava e diferenciável definida em C. Então, se Xo E C:
para todo X o E C. (No caso, grad f(x o) é o gradiente de f (x) calculado no ponto x o)'
o sentido geométrico do teorema está ilustrado na figura 3.9: o gráfico de uma função
côncava situa-se abaixo (ou pelo menos não acima) da tangente em qualquer de seus pontos.
c. ~
42
fez) __~
Xo
Figura 3.9
côncava e diferenciável definida em C; Xo um ponto de C. Então, para que f (x) passe por um
máximo no ponto Xo é necessário e suficiente que:
para todo x E C.
Demonstração:
a) A condição é neçessária:
Segue-se que:
b) A condição é suficiente:
43
Suponhamos (grad f(xo),x-xo)SO, para todo x e C. Pelo teorema 3.17 resulta
f(x) -f(xo) S O para todo x e C, o que significa f (x) assume o seu valor máximo em C no
ponto xo'
Teorema 3.19: Seja C um conjunto convexo não vazio do 9t D , f (x) uma função real côncava
e diferenciável definida em C; XO um ponto pertencente ao interior de C. Então, para que f
(x) passe por um máximo do ponto xo' é necessário e suficiente que grad f (x o) = O.
Demonstração:
D
a) A condição é necessária: Seja y um vetor qualquer do 9t Então, como Xo
•
pertence ao interior de C, existe um real positivo À tal que Xo +Ày e C. Pelo teorema 3.18:
ou seja:
D
(grad f (x o)' y) S O para qualquer y e 9t
maximizar f (x)
Supõe-se que as desigualdades de restrição sejam tais que, para algum ponto y de C
todos os gj (y) sejam estritamente positivos. Isto posto, o teorema de Kuhn e Tucker afirma
que, para o máximo condicionado de f (x) ocorra no ponto xo' é necessário e suficiente que
existam multiplicadores de Lagrange Pi'P2""'P", tais que:
44
üi) pjgj (x o) = O, (i = 1,... ,m). Isto significa que se gj (x o) > O, isto é, se gj (x) ~ O é
uma restrição supérflua no ponto de máximo condicionado xo' então o
multiplicador de Lagrange correspondente é igual a zero.
Teorema 3.20: (Kuhn, Tucker, Usawa, Gale, Slater). Seja C um subconjunto convexo do
9t D ; f (x), G (x) funções côncavas definidas em C, sendo f (x) com valores reais, G (x) com
valores no 9t m. Admitamos que, para algum y e C, se tenha G(y) > O (condição de Slater).
Seja Xo um ponto de C tal que G(x o) ~ O. Então, para que G(x) ~ O implique
f(x) ~ f(x o) é necessário e suficiente que exista p e 9t:, tal que:
Demonstração:
Pelo teorema 3.15, Z é convexo. Por outro lado, não há ponto de Z com coordenadas
1
todas positivas, o que implica Zn9t: = 0.
Segue-se, pelo teorema 3.12, que existe u = (uo,ul' ... 'u m ) e 9t,:+t. tal que Ilull = 1,
e
A condição de Slater garante que Uo > O. Com efeito, suponhamos por absurdo
uo=O. Teríamos então uIgI(y)+ ... +umgm(Y)~O. Sendo os uj não negativos e os gj(y)
positivos, isso implicaria UI = u 2 = ... = um = O, e portanto u = O. Mas isso contradiz o fato de
que Ilull = 1.
45
Isso posto, façamos:
m
e seja p o vetor do 9l de coordenadas (Pl"" Pm)' É imediato que p e 9l:, e:
Resta provar que f(x o) = f(xo)+(p,G(x o»), ou seja, que (p,G(xo»=O. Com efeito,
pela desigualdade acima, tomando x = Xo no segundo membro:
Logo (p,G(xo»)=O.
b) A condi"ão é suficiente
Então f(x):Sf(xo)-(p,G(x»), para todo xeC. Isto posto, G(x)~O implica (p,G(xo»)~O,
e portanto f(x):S f(x o)'
46
c) o teorema presume que as funções f(X),gl (X), ... ,gm(X) sejam côncavas, e que se
verifique a condição de Slater. Não é preciso supor que essas funções sejam diferenciáveis,
nem mesmo contínuas;
Como as coordenadas de p são todos não negativas, é imediato que G(x) ~ O implica
f(x) S; f(x o);
f(x) =+.JI-x 2
definida em C. É imediato que f (x) é côncava (figura 3.10). Tomemos agora a desigualdade
de restrição:
g(x)=x-I~O
47
f (x)
------~--------------~------------~~------ x
1
Figura 3.10
o teorema de Kuhn e Tucker pode ser representado em termos de ponto de sela. Para
m
ist,?, defina H:C x 9t:--+9t, tal que H(x,Â.)=f(x)+LÂ.igi(X). Sejam x o eCeÂ. o e9t:
i=1
satisfazendo as condições do teorema de Kuhn e Tucker. Logo por este teorema temos que
H(x,Â.o) S H(x o,Â.o) S H(xo'Â.), 'Vx e C e 'VÂ. e 9t:, onde a segunda desigualdade decorre
do fato que LÂ.Oi gi (xo) = OS LÂ.ig i (x o), visto que Â.i ~ O e gi (x o) ~ O, 'Vi = 1, ... ,m. Vale
i..1 i=1
também a recíproca, ou seja, a desigualdade acima implica o teorema de Kuhn e Tucker.
Com efeito, a primeira desigualdade nos diz que
f(x)+ LÂ.Oi gi (x) S f (xo) + LÂ.Oi gi (x o), 'Vx e C e a segunda implica que
i=1 i=1
LÂ.Oi gi(xo)SLÂ.i gi(X O)' 'VÂ.e 9t:. Tomando-se Â.=O, tem-seque LÂ.Oi gi(XO)SO, mas
i=1 i=1 i=1
como gj(xo) ~ O e Â. Oi ~ O, 'Vi = 1, ... ,m, segue-se que LÂ.Oi gi(X O) =0.
i=1
48
a) O(x*)- r ~ O
b) J,l * (O(x*)- r) = O
àF dO
c) -(x*)+J,l*-(x*)=O, V'i=l, ... ,n.
dx j dx j
a') g(x*) ~O
b') Â*(g(x*» =0
g
c') di (x*)+Â*d (x*) =0 V'i=l, ... ,n.
dxi dxi
Mostraremos que podemos proceder desta forma. Para isto, basta observar que cada
uma das seguintes condições (a), (b) e (c) equivalem, respectivamente, às condições (a'), (b') e
(c'). Com efeito,
dg • • dO •
dx. (x ) = h'2 (O(x » dx. (x ). Fazendo a= h\ (F(x
I I
•
»e p= h; (O(x » temos que
A •
ü) Equivalência entre (a) e (a') e (b) e (b'): basta observar que G (x*) = r se, e só se g
(x*) = O e Â: ~ O se, e só se J,l. ~ O, sendo Â: = O se, e só se J,l. = O, visto que
Â: = aJ,l· I fi, onde a,fi > O.
ConcluÚDos que o teorema de Kuhn e Tucker pode também ser aplicado para funções
indiretamente côncavas em que as funções monótonas crescentes transformadoras da função
côncava original são diferenciáveis (logo, com derivada maior que zero em todos os pontos
de seu domínio).
49
Exercidos resolvidos: Seção 3
Solução: f, g: 9t! ~ 9t tais que f (x,y ) = -w IX- W zy e g(x,y) = x+y -k são funções
côncavas definidas no convexo 9t!. É fácil ver que existe (x',y')e9t! tal que g(x',y'»O.
Queremos encontrar  ~ Oe (xo,Yo) e 9t! tais que g(xo'yo) ~ O, Âg(xo'yo) =0 e (xo,Yo)
seja o máximo de F(x,y) = f(x,y) + Âg(x,y). Portanto Â=Ooug(xo'yo)=O, mas se Â=O
então f == F e (0,0) é o ponto de máximo o que implica que k deve ser zero. No caso
alternativo, temos g(.xo,yo) =0. Vamos supor então que k>O. Como
gradF(x,y)=(-wI+Â, -wz+Â), gradF(x,y)=O se, e só se w I =Â=w z. Logo se
w I = W z ' qualquer ponto sobre g(x,y) = k é ponto de máximo de f e se w I :F- W z tem-se
que o máximo de F é assumido em fr (9t:) e como Xo + Yo = k então Xo = k ou Yo = k,
dependendo quem for maior: f(k,O) = -wlk ou f(O,k) = -w 2k. Observe ainda que a
solução do problema seria a mesma no caso da restrição sob a forma de igualdade x + y = k.
g; (;:, ~) >O,i=I,2.
;(xo,YO)=r..--\p=o
j dy (xo,Yo) = l-Â,q+~ =0 (2)
(I)
Observe que com isto ÂI :F- O, pois caso contrário : (x o' Yo) = Ix o :F- O. Assim reduzimos a
análise aos seguintes casos:
50
i) 1..1 > O e 1..2 = O. Neste caso, por (2) temos 1..1 = fq > O. Daí e por (1) vem:
Xo = q/ p > O. Como À.lgl (xo,Yo) = Oe 1..1 > O temos que
PXo + qyo = ri1 o que implica que Yo = m - 1. Devemos garantir finalmente que
q
somente se m ~ q.
Mas o que acontece se m < q? Se m < q, este caso não é aplicável e devemos partir para o
caso:
Ât (m- PX o -qyo) = O
Ü)À.l > O e 1..2 > O. Como { Â..2Yo = O '
m= PXo +qyo
~ Xo =
'fp
{ Yo =0 . p
Por (1) temos 1..1 = Ym, daí e por (2) temos 1..2 = Ym -1. Logo 1..2 > O se, e só se m < q.
Conclusão: {(%, % -1) é o ponto ótimo, se m ~ q
Aplicando o teorema de Kuhn e Tucker, queremos encontrar (x~ ,x~) e 9t!, tal que
g(x~,x~)~O e (x~,x~) seja ótimo para F(xl'x 2)=f(xl'x 2 )+À.g(xl'x 2 ) defInida em 9t:
para algum À. ~ O, e além disso À. g(x~ ,x~) = O.
(i) À. = O; o que não é possível pois neste caso F == j, sendo assim uma função
··tada em (»2
ilimi ';'''+.
51
À> O; neste caso P X~ + q X~ = R. Como F é diferenciável no aberto
(ü)
A = {(xl'~) e 9t~; Xi * ~}, se (x~ ,x~) e A, então pelas condições de primeira ordem
o o {(-Â. pl'l- Â. P2)' se 0< X2 < Xl
devemos ter grad F(xI ,x2) = O. Mas grad F(x I ,x2) = ':I ':I e
(1- A PI ,-A P2)' se O< Xl < X2
*
portanto grad F(x l ,X 2) O, 'V(X l ,X 2) e A. Logo ou X~ = O ou X~ = O ou X~ = X~.
Analisemos estas possibilidades.
a) Xlo -_ O ~ X 2o -- R/
/ q ~
F( Xlo'X o) -- O
2
. (R R)
Destas três possibilidades concluúnos que o ponto ótimo é - - , - - ,cujo valor ótimo
p+q p+q
é y<p+q). Como o ponto ótimo se encontra na restrição pX I +qx 2 = R, tem-se que ele é o
ponto ótimo do problema original.
Suponhamos inicialmente que (x~ ,x~) e int 9t! = 9t!.. Como F é côncava, para que
(x~ ,x~) seja ótimo é necessário e suficiente que grad F(x~ ,x~) = (0,0). Devemos considerar
então os seguintes casos:
52
-SX\ +6r~ = 25
{ 3x\ - 5x - -20 ~(x~,x~) ~ 9t~. Portanto
2
este caso não é possível.
Sejam
-16 12 50+Â) I~
D= =176 e Dx= =-40-32Â) <o (poisÂ)~O)
12 -20 Â) -SO -2
~ x~ = DIo < O, o que é absurdo, i.e., este caso também não é possível.
iii) Â.\ = O e Â. 2 > o. Temos que S(x~ y + (x~y = 2 (visto que Â.2g2(X~ ,x~) = O) e
grad F(x p x 2 ) = (-16x) + 12x2 -50-16Â. 2 x\,-20x 2 + 12x\ +SO- 2Â. 2 X2 ) = (0,0)
<=> {- S(1 + ~)x\ + 6x2 = 25
6x\ - (10+ ~ )x2 = -40
-S(I + Â 2 ) 6
Sejam D = = 8(1 + Â2)(1O+  2 ) - 36 > O (pois  2 ~ O)
6 -(10+Â 2 )
25 6
eD = -40 =-25(10+ 2)+240=-1O-25Â2 <O (pois 2 ~O)
z -(10+Â 2)
=> x~ = DIo < O, o que é absurdo, logo este caso não é possível.
iv) Â.\ > O e Â. 2 > O. Temos que x~ + x~ = I e 8(X~)2 + (X~)2 = 2
o2 o o2 o2 o2 o 1±.Jiõ o 1+.Jiõ o 8-.Jiõ
~8(x,) +1-2x, +(x 1 ) =2~9(x,) -2(x, ) -l=O~x, = ~XI = ~X2 = - -
9 9 9
Observe que O< x~, x~ < I e x~ < 5/9 (verifique!). Assim,
f(x~ ,x~) = -8 (X~)2 -lO(x~)2 +12x~x~ -50x~ +80x~ < 12x~x~ +80x~ < 12.+80.5/9 < 12 +80.5/8 = 62
{ x~ =(8 - ~1O) /9
x~ = (1 + ..)10) / 9
53
Para evitar muitas contas (como no caso acima) é conveniente fazermos o gráfico do
conjunto restrição e as curvas de nível da função a ser maximizada a fim de intuirmos qual é o
caso em questão. Veja gráfico a seguir:
x2
x1
Solução: Vamos supor que, C t > 0, 'Vt = O, ... , T. Se U'(C t ) = 0, 'Vt = O, ... , T então
54
, " ,
~ = (Co ,C\ "",CT ), ou seja, a condição de Slater é atendida. Podemos assim aplicar o
teorema de Kuhn e Tucker para resolver o problema proposto, maximizando V (Ç) + ÂG (Ç )
para algum  ~ O tal que o ponto ótimo ~o satisfaz G (~O)~O e ÂG«t) = O. Temos assim
dois casos a considerar:
i) Â = O. Neste caso a restrição não é relevante e o ponto ótimo CO é tal que
~A
,,=(l+r)'t U'(Ct) ,vt\.I =0
, ... , T
(1 +p) Pt
(l+r)t U'(C t ) = (l+r)t+l U'(Ct+l) \.I =0 T-1 U'(C t ) = (l+r) U'(Ct+l)
~ t t I ' vt , ... , ~ ,
(l+p) Pt (l+p) + Pt+l Pt (l+p) Pt+l
Como U'(Ct)=U'(Ct+J, 'Vt=O, ... ,T-I se, e somente se Ct =C t+1 , 'Vt=O, ... ,T-I (visto
que U é estritamente côncava) tem-se que o consumo será constante se, e somente se
P, _ I+p
----, t=O, ... , T-I .
P'+l 1+7
6) Seja f:C ~ 9tuma função côncava definida no convexo aberto C c 9t". Prove que f é
contínua.
55
e como L - f(x o) > O devemos ter u 2 ~ O. Agora tomando um ponto da forma (xo.1) e E tal
que L < f (x o) • chegaremos a conclusão de que u 2 S O. Portanto. ~ = O.
Seja agora x=xo+5ej• ie{l •...• n}e 5e9t(onde {ep ...• e.} é a base canônica do ~.).
Como C é aberto. se 151 for suficientemente pequeno. x e C. Aplicando a desigualdade agora
ao ponto (x. f(x» e E (e usando o fato que ~ =0) temos que 5(ej.uI)~0. Tomando 5
positivo e depois negativo. chegaremos à conclusão de que (ej• UI) = O. Como i e {l•...• n} é
arbitrário. teremos que u = O. o que é absurdo. pois lul
= 1. Portanto f é contínua.
Solução:
Como C =. -3,4).1] tem-se que C é convexo. Obviamente (0.0) EC .
(a) Devemo~ resolver Min x 2 + y2
{z.Y} E 91 2
s.a. (x+3)2 +(y-4t SI
que é equivalente a Max - x 2 _ y2
{Z,Y}E9I 2
(2) Â.G(x,y)=O
(3) G(x,y)~ O
Devemos ter: Â. > O visto que À = O implica que (x, y) = (O, O) por (1), o que não pode
ocorrer pelo ítem (a).
56
- 3Â
( 1+ Â + 3
)2 + (4Â)2
1+ Â - 4 = 1 :.
9 16
(I + Â)2 + (I + Â)2 = 1 => (1 + Â)2 = 25
=> Â. = 4 ou Â. = -6 (não interessa).
-12 16 • (-12 16)
Para Â. = 4 temos x = -5-' Y= 5"'. Então z = -5-' 5"' é solução ótima.
• •
(b)Sejamu=I:.r p=~ e H(u,p)={z={x,y)e9t 2 ;(u,z-p)=0}
É fácil ver que (0,0) e int H_ (u, p). Como C é compacto, o que precisamos mostrar é que
C c intHJ u,p), i.e, (u,z) > (u,p), 'Vz e C.
Sabemos que:
1z·~2 ~~I-a)z· + azl2 ,'Vz e C
e O< a ~ 1 => Iz .12 S Ilz.12 + 2a (z· ,( z- z· ))+ a 2 ~z - Z • ~2
=> O~ 2a(z· ,(z - z·)} + a2 1z - z·f
(+- ~ -~)) ~ O"" (u,z) ~ ~ (u,z')+ ~ (u,z') =(u,p}+(u,p) =2(U,p} > (u,p),
'Vz eC.
(I)
Considere uma variação esperada nos preços das ações de II I e 112 de hoje para
amanhã. Suponha que desejamos obter um lucro esperado de no mínimo $10.000 i.e,
(2)
O'll
Seja V = 0'12] a matriz de covariância dos retornos das ações com V definida positiva
[
0'21 0'22 .
57
(1 X2 + 2(1 x x + (1 X2
Solução: Dev.emos Mil'( 11 I 12 I 2 22 2
{.,,,J 2
s.a. PIXI + P2X2 ::;; 100.000
J.LIX I + ~X2 ~ 10.000
XI ~ O,x2 ~ O
que é equivalente a
Sejam
f(x p x 2) =- (C111X~ + 2C112 X I X2 + C122 X;)/2
gl(XI,X2) = 100.000- PIXI - P2X2' g2(X p X2) = IJixl + Jlzx2 -10.000, g3(X I,X2) = xi' g4(Xp~) =~.
Condição de Slater: seja K = {(x,y) e 9t 2 ; G(x,y)>O}. Impondo-se condições sobre J.1 1 'Pi'
P2 e J.12 (por exemplo: IOJ.LI > PI,I OJlz > P2) garante-se que int K * 0. Suponha que estas
condições são verificadas. Temos que (XI ,x2 ) é solução ótima tal que:
4
(1) grad f(X I,X2)+ L ~ grad gi (xpX2) = O
i=1
i=I, ... ,4
De (2) para i = 2 temos J.LIX 1+ J.LzX 2 = 10.000. Por outro lado (1) implica
- C111XI - C1I2 X 2 - PI~ + J.lJÂ..z + ~ = O
{ - C1 X - C1 X - P2~ + J.lzÂ..z + Â..4 = O
22 2 12 I
~ {- C111 X1- C112 X2 + J.L1Â..z = O
- C122 X2 - C112 X I + J.lzÂ..z = O
58
< l00.000JL1[JL10'22 - JL 20'12] + l00.000JL2[JL 20'1l - JL 10'12] < 100.000
Logo, (Xl ,x2 ) é solução ótima do problema, desde que G12 < h < Gll , uma vez que isto é
G22 J.l 2 G12
equivalente a Xi ~ 0, i = 1,2.
Geometria do problema:
59
Exercídos propostos:
1) Utilize o teorema de Kuhn e Tucker para obter as soluções dos seguintes problemas:
c) Maximizar R(Q) sujeito a R(Q) - C(Q) ~ I > O, com R(Q) - C(Q) , R(Q)
côncavas e R,C funções diferenciáveis para Q ~ O.
informação como -LXi log Xi . Mostre que a função entropia é côncava. Encontre
condições necessárias e suficientes para que a entropia seja maximizada sob restrições
fi (x) ~ O(i = l, ... ,m) se as funções fi são diferenciáveis e côncavas.
D
4) Suponha que a função de produção de uma firma é uma função Cobb-Douglas com
retornos crescentes de escala q = K~ ~, onde K é capital e L é o trabalho; o preço da
produção de uma unidade é 2 unidades monetárias; o custo do capital é 1; e 3 é o salário
unitário do trabalho. Resolva o problema de maximização de lucro.
6) Resolva:
60
(c) M~ 6xI -2x~ +2X I X2 -2xi
{~.;} ..
3x 1 +4x 2 S6
s.a. -Xl +4xi S2
Xl ~0,X2 ~O
(d) ~~ Xl + 2x2
3x~+xisl
s.a. x l -8x 2 S-l
Xl ~0,X2 ~O
7) Considere o problema:
min Xl
b) Mostre que x· = (0,0) é um ponto de múúmo. Observe que não podemos usar o teorema
de Kuhn e Tucker diretamente em virtude da condição de Slater, mas podemos resolver o
problema em duas etapas: primeiro considere o problema com apenas a segunda restrição e
aplique o teorema de Multiplicador de Lagrange; depois tome o lagrangiano desde problema
com a primeira restrição e aplique o teorema de Kunh e Tucker. Obtenha os multiplicadores
de Lagrange.
x
c) Seja = (9,3). Mostre que x também satisfaz às condições de Kunh e Tucker, embora
não seja ponto de mínimo local.
otimalidade.
61
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ESTIMATIVAS EMPÍRICAS PARA O BRASIL - Mario Henrique Simonsen e Rubens
Penha Cysne - Novembro de 1994 - 28 pág. (esgotado)
250. THE ECONOMIST MACl-flAVELLI - Brena P. M. Femandez e Antonio M. Silveira -
Novembro de 1994 - 15 pág.
251. INFRAESTRUTURA NO BRASIL: ALGUNS FATOS ESTILIZADOS - Pedro Cavalcanti
Ferreira - Dezembro de 1994 - 33 pág. (esgotado)
252. ENTREPRENEURIAL RISK AND LABOUR'S SHARE IN OUTPUT - Renato Fragelli
Cardoso - Janeiro de 1995 - 22 pág.
253. TRADE OR INVESTMENT ? LOCATION DECISIONS UNDER REGIONAL
INTEGRATION - Marco Antonio F.de H. Cavalcanti e Renato G. Flôres Jr. - Janeiro de
1995 - 35 pág.
254. O SISTEMA FINANCEIRO OFICIAL E A QUEDA DAS TRANFERÊNCIAS
INFLACIONÁRIAS - Rubens Penha Cysne - Janeiro de 1995 - 32 pág. (esgotado)
255. CONVERGÊNCIA ENTRE A RENDA PER-CAPITA DOS ESTADOS BRASILEIROS -
Roberto G. Ellery Jr. e Pedro Cavalcanti G. Ferreira - Janeiro 1995 - 42 pág.
256. A COMMENT ON "RATIONAL LEARNING LEAD TO NASH EQUILffiRIUM" BY
PROFESSORS EHUD KALAI EHUD EHUR - Alvaro Sandroni e Sergio Ribeiro da Costa
Werlang - Fevereiro de 1995 - 10 pág.
257. COMMON CYCLES IN MACROECONOMIC AGGREGATES (revised version) - João
Victor Issler e Farshid Vahid - Fevereiro de 1995 - 57 pág.
258. GROWTH, INCREASING RETURNS, AND PUBLlC INFRASTRUCTURE: TIMES
SERIES EVIDENCE (revised version) - Pedro Cavalcanti Ferreira e João Victor Issler -
Março de 1995 - 39 pág.(esgotado)
259. POLÍTICA CAMBIAL E O SALDO EM CONTA CORRENTE DO BALANÇO DE
PAGAMENTOS - Anais do Seminário realizado na Fundação Getulio Jargas no dia 08 de
dezembro de J99~ - Rubens Penha Cysne (editor) - Março de 1995 - 47 pág. (esgotado)
260. ASPECTOS MACROECONÔMICOS DA ENTRADA DE CAPITAIS - Anais do Seminário
realizado lia Fundação Getulio Vargas no dia 08 de dezembro de J99~ - Rubens Penha
Cysne (editor) - Março de 1995 - 48 pág. (esgotado)
261. DIFICULDADES DO SISTEMA BANCÁRIO COM AS RESTRIÇÕES ATUAIS E
COMPULSÓRIOS ELE VADOS - Anais do Seminário realizado na Fundação Getulio
Jargas no dia 09 de dezembro de J99~ - Rubens Penha Cysne (editor) - Março de 1995 -
47 pág. (esgotado)
262. POLÍTICA MONETÁRIA: A TRANSIÇÃO DO MODELO ATUAL PARA O MODELO
CLÁSSICO - Anais do Seminário realizado na Fundação Getulio largas no dia 09 de
dezembro de J99~ - Rubens Penha Cysne (editor) - Março de 1995 - 54 pág. (esgotado)
263. CITY SIZES AND INDUSTRY CONCENTRATION - Afonso Arinos de Mello Franco
Neto - Maio de 1995 - 38 pág. (esgotado)
264. WELF ARE AND FISCAL POLlCY WITH PUBLlC GOODS AND INFRASTRUCTURE
(Revised Version) - Pedro Cavalcanti Ferreira - Maio de 1995 - 33 pág. (esgotado)
4
265. PROFIT SHARING WITH HETEROGENEOUS ENTREPRENEURIAL PROWESS -
Renato Fragelli Cardoso - Julho de 1995 - 36 pág.
266. A DINÂMICA MONETÁRIA DA HIPERlNFLAÇÃO: CAGAN REVISITADO - Fernando
de Holanda Barbosa - Agosto de 1995 - 14 pág.
267. A SEDIÇÃO DA ESCOLHA PÚBLICA: VARIAÇÕES SOBRE O TEMA DE
REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS - Antonio Maria da Silveira - Agosto de 1995 - 24 pág.
268. A PERSPECTIVA DA ESCOLHA PÚBLICA E A TENDÊNCIA INSTITUCIONALISTA
DE KNIGHT - Antonio Maria da Silveira - Setembro de 1995 - 28 pág.
269. ON LONG-RUN PRICE COMOVEMENTS BETWEEN PAINTINGS ANO PRINTS -
Renato Flôres - Setembro de 1995 - 29 pág. (esgotado)
270. CRESCIMENTO ECONÔMICO, RENDIMENTOS CRESCENTES E CONCORRÊNCIA
MONOPOLISTA - Pedro Cavalcanti Ferreira e Roberto Ellery Junior - Outubro de 1995 - 32
pág. (esgotado)
271. POR UMA CIÊNCIA ECONÔMICA Fll..OSOFICAMENTE INFORMADA: A
INDETERMINAÇÃO DE SENIOR - Antonio Maria da Silveira - Outubro de 1995 - 25 pág.
(esgotado)
272. ESTIMATING THE TERM STRUCTURE OF VOLATILITY ANO FIXED INCOME
DERIVATIVE PRICING - Franldin de O. Gonçalves e João Victor Issler - Outubro de 1995
- 23 pág. (esgotado)
273. A MODEL TO ESTIMATE THE US TERM STRUCTURE OF INTEREST RATES -
Antonio Marcos Duarte Júnior e Sérgio Ribeiro da Costa Werlang - Outubro de 1995 - 21
pág. (esgotado)
274. EDUCAÇÃO E INVESTIMENTOS EXTERNOS COMO DETERMINANTES DO
CRESCIMENTO A LONGO PRAZO - Gustavo Gonzaga, João Victor Issler e Guilherme
Cortella Marone - Novembro de 1995 - 34 pág. (esgotado)
275. DYNAMIC HEDONIC REGRESSIONS: COMPUTATION ANO PROPERTIES - Renato
Galvão Flôres Junior e Victor Ginsburgh - Janeiro de 1996 - 21 pág.
276. FUNDAMENTOS DA TEORIA DAS OPÇÕES - Carlos Ivan Simonsen Leal - Fevereiro de
1996 - 38 pág. (esgotado)
277. DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE UMA OpçÃO E ARBITRAGEM - Carlos Ivan
Simonsen Leal - Fevereiro 1996 - 55 pág.
278. SUST AINED GROWTH, GOVERNMENT EXPENDITURE ANO INFLATION - Pedro
Cavalcanti Ferreira - Fevereiro 1996 - 38 pág.
279. REFLEXOS DO PLANO REAL SOBRE O SISTEMA BANCÁRIO BRASILEIRO -
Rubens Penha Cysne e Sérgio Gustavo Silveira da Costa - Junho 1996 - 23 pág.
280. CURSO DE MATEMÁTICA PARA ECONOMISTAS, CAPÍTULOS I E 11: FUNÇÕES,
ÁLGEBRA LINEAR E APLICAÇÕES - Rubens Penha Cysne e Humberto de Athayde
Moreira - Junho 1996 - 75 pág.
281. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR PATROCINADA: VALE A PENA? - Clovis de Faro e
Moacyr Fioravante - Junho de 1996 - 23 pág.
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282. OLlGOPOLISTIC COMPETITION UNDER KNIGHTIAN UNCERTAINTY - Hugo Pedro
Boire Sérgio Ribeiro da Costa Werlang - Julho de 1996 - 37 pág.
283. CURSO DE MATEMÁTICA PARA ECONOMISTAS - CAPÍTULO IV: OTIMIZAÇÃO
ESTÁTICA - Julho de 1996 - 71 pág.
000076055
\111"1"1"1"""111""1"1" 1\ 11\