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SETE
DESAFIOS
DE COMPLIANCE
e como superá-los
2 TRENCH, ROSSI E WATANABE // COMPLIANCE NA AMÉRICA LATINA
Índice
Introdução 4
Desafio 2. Denunciantes 14
Um dos pontos mais notáveis nas investigações da Lava-Jato não é apenas a magnitude e o
alcance nos níveis mais altos do governo, mas o fato de as investigações terem sido iniciadas
por autoridades brasileiras. No passado, autoridades muitas vezes pegavam carona em
investigações de FCPA iniciadas por autoridades norte-americanas . Mas, em janeiro de 2014,
entrou em vigor uma nova e abrangente lei anticorrupção brasileira, a Lei da Empresa Limpa.
Desde então, as autoridades locais tem atuado de forma agressiva na aplicação da lei.
“Além da nova lei, observamos uma atividade expressiva de aplicação da lei”, diz Bruno Maeda,
sócio coordenador do Grupo de Compliance e Investigações da América Latina de Trench Rossi
e Watanabe, escritório brasileiro com um acordo de cooperação com Baker & McKenzie. “O fato
do caso da Petrobrás ter sido iniciado pelos procuradores brasileiros é uma demonstração do
que podemos esperar para o futuro”.
O governo mexicano havia aprovado em 2012 uma lei anticorrupção bastante aguardada, mas
ela se limitou a responsabilizar empresas envolvidas em pagamento de propinas no contexto de
licitações públicas e não estabeleceu uma estrutura para cobrir uma gama maior de situações
de compliance e de aplicação da lei anticorrupção. Espera-se que a emenda constitucional
resulte em uma reforma anticorrupção mais abrangente.
Devido ao seu compromisso com uma forte cooperação internacional, as autoridades do DOJ e
da SEC também começaram a compartilhar informações de investigações de casos de FCPA em
curso com seus pares estrangeiros. No passado, as autoridades norte-americanas normalmente
esperavam até que seus casos fossem solucionados para repassar provas que possam levar a
investigações locais.
“Esse é um desenvolvimento muito interessante”, diz Joan Meyer, Coordenadora do Grupo de Compliance
& Investigações da América do Norte de Baker & McKenzie. “Já vimos casos nos quais informações
confidenciais, que foram reunidas pelas empresas durante investigações internas e entregues ao DOJ ou
à SEC, foram repassadas a autoridades locais. Em seguida, essas empresas enfrentaram processos em
diferentes frentes, ao mesmo tempo, o que pode ser uma situação bastante desafiadora.”
Ainda que o número de denúncias recebidas pela SEC feitas por denunciantes de países latino-americanos
seja baixo em comparação com outras regiões, como a Ásia e a Europa, esse número vem aumentando
rapidamente. Em 2014, a SEC recebeu 448 denúncias de fora dos Estados Unidos. Dessas, 35 vieram de
países da América Latina, um crescimento de 19 denúncias em relação a 2013.
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É uma violação?
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SUBORNAR FUNCIONÁRIO
PÚBLICO NACIONAL
SUBORNAR FUNCIONÁRIO
PÚBLICO ESTRANGEIRO
NÃO MANTER
REGISTROS CONTÁBEIS
PRECISOS
PAGAMENTOS
DE FACILITAÇÃO
RESPONSABILIDADE
CRIMINAL DAS EMPRESAS
OUTRAS VIOLAÇÕES
PREVISTAS?
“Muitas vezes, o representante de vendas não sabe que isto é errado, eles acham que estão
ajudando”, diz o Coordenador do Grupo de Compliance & Investigações da América Latina, Bruno
Maeda. “Mas isso expõe a empresa ao risco de ser acusada de direcionar indevidamente a
licitação a seu favor”.
Ao invés disso, o representante de vendas pode ser treinado para enviar à autoridade
governamental informações sobre seu produto de um catálogo da empresa ou site, com um
simples e-mail ou uma nota dizendo “Seguem informações disponíveis publicamente sobre nosso
produto, para ajudá-lo a avaliar as soluções existentes no mercado”.
empregado da empresa”
BRUNO MAEDA
Coordenador do Grupo de Compliance & Investigações
da América Latina de Trench, Rossi e Watanabe
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TOTAL DE DE NÚ NCI A S
FE ITAS N A AMÉRICA LATIN A
N ÚM E RO D E D E N Ú N C I A S
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denúncias da
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denúncias do
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Argentina Brasil México Colômbia Equador
PRIORIZAR O RISCO.
Com recursos limitados, aplicar o mesmo grau de diligência a todos os terceiros não
DICA é viável para a maioria das empresas. Ao invés disso, as empresas devem conduzir
#2
revisões básicas quanto a terceiros de menor risco e dedicar a maior parte dos
recursos para avaliar terceiros que apresentar maior grau de risco. Muitas empresas usam uma
matriz para avaliar o risco oferecido por um intermediário, com base em elementos como o tipo
de atividade, a jurisdição e o nível de interação do terceiro com funcionários públicos. Com base
nisso, ajustam o nível da revisão ao risco apresentado.
políticas e verificações de terceiros, respeitem a privacidade dos dados e que permitirão que você
incluindo escritórios de advocacia, realize o nível de diligência e auditoria exigido para proteger a
realizando uma verificação empresa contra riscos de compliance por parte do terceiro.
detalhada de antecedentes e
conduzindo treinamentos”.
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É uma violação?
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SUBORNAR AGENTE
PÚBLICO NACIONAL
SUBORNAR AGENTE
PÚBLICO ESTRANGEIRO
PAGAMENTOS DE
FACILITAÇÃO
PRÁTICAS CORRUPTAS AO
FIRMAR CONTRATOS COM A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
RESPONSABILIDADE POR
ATOS DE TERCEIROS
1. Seu diretor mundial de compliance responde diretamente ao conselho de administração. Para ser
eficiente, seu diretor de compliance precisa ter autoridade e autonomia suficientes. O fato de ele/ela
responder diretamente ao conselho indica que sua empresa coloca este cargo no mesmo nível dos
outros diretores. Além disso, diretores locais de compliance devem responder ao diretor mundial de
compliance e não à administração local, de modo a preservar sua independência.
Pontuação: 0 100
Muito Muito
Corrupto Idôneo
Uruguai
Costa Rica
Brasil
El Salvador
Peru
Colômbia
Panamá
Bolívia
México
Argentina
Equador
Nicarágua
Paraguai
CORRUPTO Venezuela
Sem informação
www.trenchrossi.com
Em caso de perguntas sobre este relatório, ou caso queira saber mais sobre nosso Grupo de
Compliance & Investigações da América Latina, por favor, entre em contato com:
ARGENTINA MEXICO
Vanina Caniza Jonathan Adams
+54 (11) 4310-2226 +52 (55) 5351-4128
Vanina.Caniza@bakermckenzie.com Jonathan.Adams@bakermckenzie.com
BRAZIL* PERU
Bruno Maeda Teresa Tovar
+55 (11) 3048-6838 +51 (1) 618 8500 x 552
Bruno.Maeda@trenchrossi.com Teresa.Tovar@bakermckenzie.com
CHILE VENEZUELA
Sebastian Doren Maria Fernanda Zajia
+56 (2) 2367-7065 +58 (212) 276-5159
Sebastian.Doren@bakermckenzie.com MariaFernanda.Zajia@bakermckenzie.com
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Carolina.Pardo@bakermckenzie.com
* Através de um acordo de cooperação com o escritório brasileiro Trench, Rossi e Watanabe Advogados.