You are on page 1of 11

Anatomia e Embriologia 08/03/17 13(48

Introdução à Terminologia Anatômica, Conceitos Anatômicos Básicos e Estágios 1


Embrionários Iniciais

CONTEÚDO
TERMINOLOGIA E POSIÇÃO ANATÔMICA
Planos e Secções
Componentes Básicos no Estudo da Anatomia
PLANO DE ORGANIZAÇÃO DA PAREDE DO TRONCO
Pele
Fáscia
Esqueleto
Músculos
Articulações
ESTÁGIOS EMBRIONÁRIOS INICIAIS: EMBRIÃO BILAMINAR E TRILAMINAR
Gastrulação: O Processo Que Produz o Embrião Trilaminar
Mesoderma Paraxial (Somítico)
DESENVOLVIMENTO DO MESODERMA INTERMEDIÁRIO

TERMINOLOGIA E POSIÇÃO ANATÔMICA


localizada na frente do corpo humano é referida como anterior, enquanto uma estrutura localizada nas
costas é referida como posterior. “Dorsal” (dorso) é usada também para descrever as costas, enquanto
qualquer parte do corpo. Os termos com significados semelhantes são cranial, o qual se refere à região da
cabeça e caudal, que se refere à região da cauda. O termo medial é relativo a estruturas localizadas em
direção ao centro ou ao plano sagital mediano do corpo humano, enquanto que estruturas laterais estão
situadas mais em direção ao lado (Figs. 1-1A e B). Superficial significa mais próximo à superfície, ou pele,
e profundo refere-se a mais longe da superfície do corpo (Tabela 1-1).

Planos e Secções
O plano sagital separa verticalmente o corpo em porções direita e esquerda. Uma secção tal como no
meio (mediana) é chamada de plano sagital mediano, enquanto uma ao lado da linha mediana é
denominada de plano sagital paramediano. Uma secção transversal, ou secção horizontal, divide o corpo em
O plano transverso é um plano em ângulo reto ao longo do eixo de uma estrutura ou do plano sagital.

https://www.evolution.com.br/contentresolver//epub/66365/OEBPS/Text/chapter01.xhtml Page 1 of 11
Anatomia e Embriologia 08/03/17 13(48

Figura 1-1. A, Posição anatômica do corpo humano. B, Vista lateral da posição anatômica do corpo
humano. C, Planos através do corpo humano.

TABELA 1-1. Resumo dos Termos


Termo Definição Termo Semelhante Termo Oposto
Anterior Mais perto da frente Ventral Posterior
Posterior Mais perto das costas Dorsal Anterior
Superior Localizado acima Cranial Inferior
Inferior Localizado abaixo Caudal Superior
Rostral Localizado em direção Termo embrionário Caudal
ao rostro para superior
Medial Em direção ao meio _ Lateral
Lateral Em direção ao lado _ Medial
Mediano Na linha mediana _ _
Superficial Perto da pele ou da _ Profundo
superfície corporal
Profundo Longe da pele ou da _ Superficial
superfície corporal

https://www.evolution.com.br/contentresolver//epub/66365/OEBPS/Text/chapter01.xhtml Page 2 of 11
Anatomia e Embriologia 08/03/17 13(48

Finalmente, o plano frontal (coronal) é o plano que separa a porção “anterior” do corpo da porção

Componentes Básicos no Estudo da Anatomia


A morfologia pode ser definida como forma e estrutura ou ao que ela se assemelha. Freqüentemente,
inclui o tamanho, a forma, o peso e o dimorfismo sexual (diferenças entre macho e fêmea). A relação

TABELA 1-2. Resumo dos Planos e Cortes


Plano Definição Termo Semelhante
Sagital Separa o corpo verticalmente —
Paramediano Separa o corpo verticalmente, mas —
paralelo à linha mediana
Transverso Separa o corpo em porções superior e Corte transversal
inferior
Frontal Separa o corpo em porções anterior e —
posterior

O suprimento sanguíneo de uma estrutura consiste de seu suprimento arterial e drenagem venosa. As

Capilares

Circulação Colateral
como uma anastomose (comunicação) entre os dois vasos. Este arranjo caracteriza, também, a drenagem
específico ou parte de um órgão, sendo chamada de artéria final. O bloqueio (oclusão) de uma artéria

Figura 1-2. Circulação.

Linfáticos

https://www.evolution.com.br/contentresolver//epub/66365/OEBPS/Text/chapter01.xhtml Page 3 of 11
Anatomia e Embriologia 08/03/17 13(48

torácico e, do lado direito, como ducto linfático direito. O ponto chave é que a linfa sempre retorna à circulação
venosa.

FISIOLOGIA E PATOLOGIA

Movimento do Líquido
O movimento de líquidos através das paredes dos capilares é determinado pela pressão
hidrostática capilar, que normalmente força o líquido para fora; pela pressão hidrostática do
líquido intersticial, a qual pode variar; pela pressão osmótica do plasma coloidal, produzida pela
maior concentração de proteína no capilar sanguíneo que exerce uma forte pressão osmótica
interior; e a pressão osmótica do líquido intersticial que causa uma forte pressão osmótica
exterior nos espaços intersticiais.
O edema (acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial) pode ser produzido por um
extravasamento anormal de líquido dos capilares. A diminuição de drenagem linfática dos
espaços intersticiais pode ser também a causa de acúmulo de líquido nos espaços intersticiais.

PATOLOGIA

Condições da Parede Arterial


A arteriosclerose é o espessamento da parede arterial devido a depósitos de cálcio (Ca ++),
enquanto a aterosclerose é um espessamento (placa) subintimal, formada principalmente por
acúmulo de células musculares lisas e uma mistura de lipídios intra e extracelulares, tecido
conjuntivo e glicosaminoglicanos, na túnica íntima ou camada arterial mais profunda. Ambas as
condições podem estreitar ou ocluir as artérias médias e as de grande calibre. A formação de
coágulo na placa representa um risco de trombose. O coágulo dentro da artéria pode causar um
infarto em um local distante no vaso, com a diminuição do suprimento de oxigênio. Com o
tempo, ramos colaterais, se presentes, algumas vezes se abrem quando a luz de uma artéria
colateral se estreita.

Inervação

PLANO DE ORGANIZAÇÃO DA PAREDE DO TRONCO

Pele
terminações nervosas sensoriais, assim como vasos sanguíneos e linfáticos cutâneos (do Latim, cutis, pele).

Fáscia

Fáscia Superficial

Fáscia Profunda

https://www.evolution.com.br/contentresolver//epub/66365/OEBPS/Text/chapter01.xhtml Page 4 of 11
Anatomia e Embriologia 08/03/17 13(48

circunda, porém, no lugar do termo “interna”, usa-se o prefixo latino endo-. Assim, a lâmina de
revestimento interno, da fáscia profunda no tórax, é chamada de fáscia endotorácica, no abdome, e, na pelve,
fáscia endopélvica, que hoje é nomeada de fáscia parietal da pelve.

Fáscia Extra-Serosal
serosa, ele é conhecido como adventícia deste órgão. No abdome, a fáscia extra-serosal se expande para

Figura 1-3. As camadas características do corpo; a cavidade serosa é na verdade uma cavidade
potencial entre as camadas da membrana serosa.

Esqueleto

Classificação dos Ossos

HISTOLOGIA

Formação do Osso
Os ossos se desenvolvem por um dos dois diferentes processos. A ossificação intramembranácea
ocorre no mesênquima vascularizado, enquanto a ossificação endocondral é a substituição de

https://www.evolution.com.br/contentresolver//epub/66365/OEBPS/Text/chapter01.xhtml Page 5 of 11
Anatomia e Embriologia 08/03/17 13(48

um modelo de cartilagem por matriz óssea.

Músculos

Músculo Esquelético

Articulações
ser classificadas como diartroses, que permitem maior liberdade de movimentos; anfiartroses que são pouco
movimentáveis; e sinartroses, que não se movimentam (Tabela 1-3).

ESTÁGIOS EMBRIONÁRIOS INICIAIS: EMBRIÃO BILAMINAR E TRILAMINAR

TABELA 1-3. Classificação das Articulações*


Nome da Articulação Descrição
Articulações fibrosas Consiste da união de dois ossos por tecido
fibroso
Sindesmose Ossos que estão separados, mas articulados por
ligamentos
Sutura União de dois ossos por tecido fibroso quase
sem movimento possível
Gonfose Um soquete que recebe um processo que se
aloja em um soquete, como a raiz do dente que
se encaixa no processo alveolar da maxila ou da
mandíbula
Articulações cartilagíneas Possuem superfícies ósseas justapostas por
cartilagem
Sincondrose Possui cartilagem conectando superfícies
opostas, que tipicamente são convertidas em
osso, como as epífises e diáfises de ossos longos
Sínfise Articulação entre dois ossos conectados por
cartilagem fibrosa, normalmente encontrada na
linha mediana
Articulações sinoviais (diartroses) Ocorrem entre superfícies ósseas opostas
recobertas por uma camada de cartilagem
hialina ou cartilagem fibrosa Possuem uma
cavidade articular revestida por membrana
sinovial, que secreta sinóvia e uma cápsula
fibrosa reforçada por ligamentos

* As sinartroses consistem da união de dois ossos que não permitem movimento.

https://www.evolution.com.br/contentresolver//epub/66365/OEBPS/Text/chapter01.xhtml Page 6 of 11
Anatomia e Embriologia 08/03/17 13(48

Gastrulação: O Processo Que Produz o Embrião Trilaminar


Células Epiblásticas
linha primitiva, localizada na extremidade caudal do embrião. Na extremidade rostral (cefálica) da linha
surge uma suave elevação chamada de nó primitivo, cercada por uma depressão denominada fosseta
primitiva. O surgimento da linha primitiva estabiliza os eixos anteriorposterior, direito-esquerdo e

Figura 1-4. A-D, Etapas da formação do embrião bilaminar, do saco vitelino e da cavidade
amniótica.

Figura 1-5. Secções transversais e craniocaudais através do embrião, demonstrando as células do


epiblasto produzindo a notocorda pela invaginação do nó primitivo formando o mesoderma
embrionário por invaginação através da linha primitiva.

https://www.evolution.com.br/contentresolver//epub/66365/OEBPS/Text/chapter01.xhtml Page 7 of 11
Anatomia e Embriologia 08/03/17 13(48

MEDICINA CLÍNICA

Teratoma Sacrococcígeo
Algumas vezes ocorre uma falha na regressão da linha primitiva, no tempo apropriado,
persistindo como um tumor na base da coluna vertebral, um teratoma sacrococcígeo. Com
freqüência, os teratomas sacrococcígeos contêm vários tipos de tecidos, já que são derivados de
células pluripotentes da linha primitiva. Estes tumores são mais encontrados nas mulheres e
geralmente são malignos e, por isso, devem ser removidos logo após o nascimento. Em neonatos,
o tumor possui uma morbidade de 10%, que aumenta para mais que 50% pelos 6 meses de
idade.

Neurulação
processo chamado de neurulação (Fig. 1-9). As células ectodérmicas imediatamente dorsais à notocorda

Mesoderma Paraxial (Somítico)

https://www.evolution.com.br/contentresolver//epub/66365/OEBPS/Text/chapter01.xhtml Page 8 of 11
Anatomia e Embriologia 08/03/17 13(48

Figura 1-6. Secções transversais através do embrião ao nível da linha primitiva, demonstrando a
migração do epiblasto na formação do endoderma e do mesoderma embrionário.

O mesoderma paraxial ou somítico forma segmentos pareados ou somitômeros, que iniciam na região

Figura 1-7. Formação da notocorda e do mesoderma embrionário.

DESENVOLVIMENTO DO MESODERMA INTERMEDIÁRIO

Figura 1-8. Formação do endoderma, mesoderma e ectoderma a partir do epiblasto durante a


gastrulação.

https://www.evolution.com.br/contentresolver//epub/66365/OEBPS/Text/chapter01.xhtml Page 9 of 11
Anatomia e Embriologia 08/03/17 13(48

Figura 1-9. Neurulação.

https://www.evolution.com.br/contentresolver//epub/66365/OEBPS/Text/chapter01.xhtml Page 10 of 11
Anatomia e Embriologia 08/03/17 13(48

Figura 1-10. O somito se desenvolve em esclerótomo e dermomiótomo. O dermomiótomo se


divide em dermátomo e miótomo.

https://www.evolution.com.br/contentresolver//epub/66365/OEBPS/Text/chapter01.xhtml Page 11 of 11

You might also like