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16019500
REPRESENTAÇAO
Tipo do Documento Nº Decisão Município - UF Origem Data
Publicação
DJ - Diário de Justiça, Tomo 193, Data 09/10/2001, Página 84
Ementa Recurso. Representação. Condutas vedadas aos agentes públicos.
O Recurso Especial enfrenta acórdão do Tribunal Regional Eleitoral de Tocantins com a seguinte ementa (fl.
91):
“RECURSO ELEITORAL. CONDUTAS VEDADAS A AGENTES PÚBLICOS (ART. 73, III DA LEI 9.504/97).
SECRETÁRIO MUNICIPAL. AGENTE POLÍTICO. PARTICIPAÇÃO EM CAMPANHA ELEITORAL. POSSIBILIDADE.
Não há óbice na participação de Secretário Municipal em campanha eleitoral, desde que não use bens públicos
e nem prejudique o trabalho de sua Secretaria. Trata-se de agente político, cuja atuação em atos de
campanha, inclusive reunião na Justiça Eleitoral, não implica em infração às regras que regulam os atos dos
agentes públicos em campanha (art. 73, Lei 9.504/97).
Unanimidade.”
A Recorrente reclama de violação ao art. 73, III da Lei nº 9.504/97. Entende que o fato de o Secretário
Municipal de Administração ter praticado atos em prol da campanha eleitoral do Recorrido caracterizaria
conduta vedada nos termos do artigo apontado (fl. 97).
2. Como anotado pelo parecer do Vice-Procurador-Geral Eleitoral, cujos fundamentos adoto como razão de
decidir (fl. 139):
“O quadro fático delineado pelo acórdão recorrido e confirmado nas razões recursais demonstram que o caso
dos autos não se enquadra no dispositivo legal citado, por duas razões: o Secretário de Administração do
município compareceu à reunião por ter sido convocado pela justiça eleitoral, sendo que a coligação recorrente
também foi intimada para tal evento, não afetando a igualdade de oportunidades entre os candidatos, e
também porque o comparecimento a dita reunião não denota uso dos serviços do funcionário para comitê
eleitoral”.
Rediscutir o tema exige reexame das provas. Incidem as Súmulas nos. 07/STJ e 279/STF.
Publique-se. Intimem-se.
Brasília, 27 de setembro de 2004.
RELATOR
Respe 23.917