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REFLEXUS - Revista de Teologia e Ciências das Religiões | 85

O Espírito Santo nos Pais


da Igreja do Quarto Século
Carlos Jeremias Klein1

RESUMO
Este trabalho trata da pneumatologia dos Pais da Igreja, desde o
Concílio de Nicéia até o Concilio de Constantinopla I. O Concílio de
1LFpLD  GH¿QLXDGLYLQGDGHGH&ULVWR)LOKRGH'HXVFRQVXEVWDQ-
FLDODR3DLHHPVHX6tPERORDFUHVFHQWRX(>FUHPRV@QR(VStULWR6DQWR
Os Pais da Igreja do século IV defenderam, contra os pneumatômacos e
PDFHGRQLDQRVTXHD¿UPDYDPVHUR(VStULWRFULDWXUDRXSHORPHQRVGH
ordem inferior ao Pai e ao Filho, a divindade do Espírito Santo. Tal con-
tribuição foi incorporada no Símbolo de fé Niceno-Constantinopolitano
GR&RQFtOLRGH&RQVWDQWLQRSOD  

PALAVRAS-CHAVE
Espírito Santo, Pais da Igreja, Macedonianismo, Concílio de Cons-
tantinopla.

ABSTRACT
7KLV SDSHU GHDOV ZLWK WKH 3QHXPDWRORJ\ RI WKH &KXUFK )DWKHUV
from the Council of Nicea until the Council of Constantinople I. The
&RXQFLORI1LFHD  GHQLHGWKH$ULDQFRQFHSWGH¿QHG&KULVWGLYL-
QLW\DV6RQRI*RGDQGDGGHGLQWKH1LFHQH&UHHG$QG>ZHEHOLHYH@
LQ+ROO\6SLULW,QWKHFRQÀLFWZLWKSQHXPDWRPDFKRVDQG0DFHGRQLDQV

1
Carlos Jeremias Klein, doutor em ciências da Religião, é professor do Curso de Te-
RORJLDGR&HQWUR8QLYHUVLWiULR)LODGpO¿DHP/RQGULQD35
86 | REFLEXUS - Ano VI, n. 7, 2012/1

WKH&KXUFK)DWKHUVFRQ¿UPHGWKHGLYLQLW\RI+RO\6SLULWDQGWKLVFRQ-
IHVVLRQZDVLQFRUSRUDWHGLQWKH6\PERORI)DLWKRIWKH&RQVWDQWLQRSOH
Council.

KEY-WORDS
Holy Spirit, Church Fathers, Macedonians, Council of Constanti-
nople.

Introdução

Os séculos IV e V foram decisivos no desenvolvimento da Cristo-


logia e Pneumatologia, na História da Igreja Cristã. Este trabalho trata
da pneumatologia dos Pais da Igreja no século IV, no qual se destacam,
entre outros, Santo Atanásio, o grande defensor da fé nicena, Dídimo,
o Cego, Santo Hilário de Poitiers, São Cirilo de Jerusalém e, principal-
PHQWHRV3DLVFDSDGyFLRV6mR%DVtOLR0DJQR6mR*UHJyULRGH1LVVD
e São Gregório Nazianzeno.
2&RQFtOLRGH1LFpLDUHXQLGRGHGHPDLRDGHDJRVWRGH
GH¿QLXDGLYLQGDGHGH&ULVWRD¿UPDQGRTXHR9HUERpFRQVXEVWDQFLDO
com o Pai.
26tPERORGH1LFpLDUH]DUH]D

Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas


as coisas, visíveis e invisíveis; e num só Senhor Jesus Cristo,
o Filho de Deus, nascido unigênito do Pai, isto é, da substân-
cia do Pai, Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus
verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai, por quem
todas as coisas foram feitas, as que estão no céu e as que estão
na Terra, que, por nós, os homens, e para nossa salvação, desceu
e se encarnou, se fez homem, padeceu, e ressuscitou ao terceiro
dia, subiu aos céus e há de vir a julgar os vivos e os mortos. E
no Espírito Santo2.

2
DENZINGER, E. El magistério de la Iglesia.%DUFHORQD+HUGHUS
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26tPERORGHIHQGHDGLYLQGDGHGR)LOKRFRPYiULDVD¿UPDo}HVGH
IpDFUHVFHQWDQGR³H>FUHPRV@QR(VStULWR6DQWR´&RPHIHLWRDFRQWUR-
YpUVLDFRPÈULRFHQWUDYDVHQDSHVVRDGR)LOKR
3RUYROWDGRDQRVXUJHRPDFHGRQLDQLVPRTXHQHJDYDDGLYLQ-
GDGHGR(VStULWR6DQWR0DFHG{QLRIRLELVSRGH&RQVWDQWLQRSODGH
DHGHDTXDQGRIRLGHSRVWR3RUYROWDGH0DFHG{QLR
e outros questionaram a divindade do Espírito Santo, mas, quanto ao
Filho, muitos eram homoiousios (o Filho não era consubstancial ao Pai,
mas semelhante). “Quanto ao Espírito Santo, parece que alguns deles
>PDFHGRQLDQRV@RKDYLDPGH¿QLGRFRPRXPDFULDWXUDPDVRXWURVSUH-
IHULDPSHUPDQHFHUQRYDJRUHFRQKHFLDPQRFRPRWKHLRQQmRSRUpP
como o verdadeiro Deus”. De acordo com Sozomeno (HE IV, 27), para
Macedônio “o Espírito Santo não tinha a mesma dignidade divina do
Filho, sendo apenas um ministro, um intérprete, uma espécie de anjo a
serviço de Deus”. Aqueles que negavam a divindade do Espírito Santo
eram, em geral, denominados pneumatômacos.

1. Santo Atanásio e Dídimo, o Cego

6DQWR$WDQiVLR  IRLRJUDQGHGHIHQVRUGDIpQLFHQDDG-


YHUViULR GR DULDQLVPR$WDQiVLR DFRPSDQKRX R ELVSR GH$OH[DQGULD
$OH[DQGUHHP1LFpLDHQWmRGLiFRQRFRPRVHFUHWiULRHSLVFRSDO$OH-
[DQGUHPRUUHXHPH$WDQiVLRVXFHGHXOKHQRHSLVFRSDGR$WDQiVLR
HVFUHYHXTXDWURFDUWDVDRELVSR6HUDSLmRGH7KPXLVQDVTXDLVD¿UPDD
GLYLQGDGHWDPEpPGR(VStULWR6DQWR1D(S6HUDSLRQD¿UPD³6H
pela participação no Espírito, nós somos ‘participantes da natureza di-
YLQD¶3HQmRSRGHKDYHUG~YLGDTXHDQDWXUH]DGHOHpGH'HXV´


6LPRQHWWL0³0DFHG{QLR PDFHGRQLDQRV ´,QDicionário Patrístico e de Anti-
guidades cristãs, p. 869.

Frangiotti, Roque. Basílio de Cesaréia6mR3DXOR3DXOXV

Apud0DODW\)U7DGURV<The Coptic Orthodox Church as a church of erudition
& theology2WWDZD2QWiULR&DQDGi&RSWLF2UWKRGR[3DWULDUFKDWHRI$OH[DQGULD
6W0DU\&RSWLF2UWKRGR[&KXUFKS
88 | REFLEXUS - Ano VI, n. 7, 2012/1

1D(S$WDQiVLRD¿UPDTXHR(VStULWR6DQWRSURFHGHGR3DL6 Quan-
WRjDWXDomRGR(VStULWRHPQRVVDYLGD(OHpRIXQGDPHQWRGHQRVVD
VDQWL¿FDomR³SRUHOHQyVUHFHEHPRVDXQomRHRVHORGHSDUWLFLSDQWHV
de Cristo, participantes da natureza divina. Através do Batismo e Cris-
ma usufruímos da membrezia da Igreja por Ele. É o Espírito Santo que
designa bispos para apascentar o rebanho de Deus”.7
'tGLPRR&HJRGH$OH[DQGULDQDVFHXHPVHJXQGR6mR-HU{-
QLPRRXVHJXQGR3DOiGLRGH+HOHQySROLVHPVXDHistória Lau-
síaca H IDOHFHX DRV  DQRV 1mR REVWDQWH WHU ¿FDGR FHJR DRV TXDWUR
ou cinco anos de idade, Dídimo, leigo e celibatário, escreveu diversas
REUDVHIRL³RPHVWUHGDHVFRODHFOHVLiVWLFDGH$OH[DQGULDDSURYDGRSRU
Atanásio”.8
Entre as várias obras de Dídimo, destacam-se Sobre a Trindade,
HVFULWDHPHSobre o Espírito Santo (De Spiritu Sancto), tra-
GX]LGD SDUD R ODWLP SRU 6mR -HU{QLPR 'tGLPR D¿UPD D FRQVXEVWDQ-
cialidade do Filho e do Espírito Santo com o Pai, “uma essência e três
hipóstases” e o “princípio de que as pessoas, na Trindade, se distinguem
por força das relações de origem”.9

2. Santo Hilário de Poitiers e o


Tratado sobre a Santíssima Trindade

Santo Hilário, bispo de Poitiers, nasceu na Gália por volta do ano


)RLFpOHEUHGHIHQVRUGDIpQLFHQD1R6tQRGRGH%p]LHUVHP

6
$SXG0DODW\)U7DGURV<The Coptic Orthodox Church as a church of erudi-
tion & theologyS
7
0DODW\)U7DGURV<The Coptic Orthodox Church as a church of erudition &
theologyS
8
5X¿QR+(apud P. Nautin, in Dicionário Patrístico e de Antiguidades Cris-
tas,  S  5X¿QR GH$TXLOpLD WUDGX]LX GLYHUVDV REUDV GH 2ULJHQHV SDUD R
latim, bem como a História Eclesiástica de Eusébio de Cesaréia, completando-a até
o tempo do imperador Teodósio, o Grande.
9
Pierini, Franco. A Idade Antiga. Curso de História da Igreja I. 6mR3DXOR3DXOXV
S
REFLEXUS - Revista de Teologia e Ciências das Religiões | 89

já bispo, sua defesa da cristologia de Nicéia não foi acatada, sendo,


HQWmRH[LODGRQD)ULJLDSHORLPSHUDGRU1HVVDpSRFDHVFUHYHXDa fé
contra os arianos, que posteriormente foi denominado Tratado sobre a
Trindade (De Trinitate) e De Synodis. É incerta a data de sua morte, no
DQRRX
Em De Trinitate Santo Hilário propõe-se, principalmente, comba-
ter o arianismo, tratando mais da Cristologia, referindo-se a questões
pneumatológicas apenas nos últimos capítulos.
(P IRUPD GH RUDomR DR 3DL UH]D +LOiULR ³e SRXFR
para mim, negar, por minha palavra ou minha fé, que meu Se-
nhor e meu Deus, Jesus Cristo, o teu Unigênito, seja uma cria-
tura. Também não suportarei que se atribua esse nome ao teu
Espírito Santo, que vem de Ti, enviado por teu Filho”.10 O Es-
pírito Santo não foi gerado, nem criado, e procede do Pai por
meio do Filho.11 Paulo após enumerar que todas as coisas cria-
das no céu e na terra o foram em Cristo e por Cristo (Cl 1,16),
“julgou ser suficiente dizer sobre o Espírito Santo que é teu Es-
pírito”, prossegue Hilário. “Que mantenha sempre fielmen-
te aquilo que no Símbolo do meu novo nascimento, ao ser bati-
zado no Pai, no Filho e no Espírito Santo, professei. Que a Ti,
nosso Pai, e ao teu Filho, juntamente contigo, sempre adore, e
que eu receba como dom o teu Espírito Santo, que procede de
Ti por meio do teu Unigênito”.12
É sugestivo que Hilário parece antecipar uma solução surgida mais
tarde entre o Oriente e o Ocidente, na questão do FilioqueD¿UPDQGR
que o Espírito Santo procede do Pai pelo Filho!

10
Hilário de Poitiers, Santo. Tratado sobre a Santíssima Trindade. 6mR3DXOR3DX-
OXVS
11
+,/È5,2'(32,7,(566DQWRTratado sobre a Santíssima TrindadeS

12
+,/È5,2'(32,7,(566DQWRTratado sobre a Santíssima TrindadeS

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3. São Cirilo de Jerusalém e


o Dogma sobre o Espírito Santo

&LULORQDVFHXSRUYROWDGRDQRHP-HUXVDOpPHIDOHFHXSURYD-
YHOPHQWHHP(PIRLVDJUDGRELVSRSHORVHXVHELDQRV$FiFLR
GH&HVDUpLDH3DWUy¿ORGH&LWySROLV³$IDPDGH&LULORPXLWRVRIUHXSRU
FDXVDGHVXDHOHLomRSURPRYLGDSRUH[SRHQWHVHXVHELDQRVHSHODVYL-
cissitudes posteriores... Na realidade, ele representou a tendência mais
SUy[LPDGDRUWRGR[LDQLFHQDPHVPRTXHWHQKDHYLWDGRSURQXQFLDUR
homoousios por motivos prudenciais, ou, mais provavelmente, por con-
VLGHUiORGHVLJQL¿FDomRDEHUWDSDUDRVDEHOLDQLVPR´
(PVXD&DWHTXHVHDRV,OXPLQDQGRV&LULORFRPHQWDRVRQ]HGRJ-
mas da fé cristã, enumerando os dez primeiros na mesma sequência
GRV 6tPERORV GH Ip$SRVWyOLFR H 1LFHQR 'HXV &ULVWR 1DVFLPHQWR
da Virgem, a Cruz, a Ressurreição de Cristo, o Juízo futuro, o Espírito
Santo, a Alma, o Corpo, a Ressurreição e as Divinas Escrituras. Sobre o
(VStULWR6DQWRHQVLQD&LULOR
Crê também no Espírito Santo e tem dele a mesma opinião que tens
do Pai e do Filho. Não aceites os que dele ensinam coisas injuriosas.
Aprende, pois, que este Espírito Santo é uno, indiviso e todo-poderoso.
Conhece os mistérios, perscruta tudo, mesmo as profundezas de Deus.
Desceu sobre o Senhor Jesus Cristo em forma de pomba. Operou na lei
e nos profetas e agora, na hora no batismo, selará a tua alma... Tem jun-
tamente com o Pai e o Filho a glória da divindade... Um é, pois, Deus,
Pai de Cristo; um o Senhor Jesus, Filho unigênito do único Deus; e um
R(VStULWR6DQWRTXHVDQWL¿FDHGLYLQL]DWRGDVDVFRLVDVHTXHIDORXQD
lei e nos profetas, no Antigo e no Novo Testamento.
As catequeses XVI e XVII comentam o Dogma sobre o Espírito
6DQWRDFUHVFHQWDQGRDOJXPDVD¿UPDo}HVSDUDHVFODUHFLPHQWR³eSRU-
tanto, o Espírito Santo, sumo poder, algo divino e imperscrutável. Vive
HpGRWDGRGHUD]mR6DQWL¿FDWRGDVDVFRLVDVTXH'HXVFULRXSRU-HVXV


6DXJHW-0³&LULORGH-HUXVDOpP´,QDicionário Patrístico e de Antiguidades
Cristãs, p. 298.

Cirilo de Jerusalém. Catequeses pré-batismais. 3HWUySROLV9R]HVS
REFLEXUS - Revista de Teologia e Ciências das Religiões | 91

Cristo. Ilumina as almas dos justos”; “Que o Espírito Santo subsiste,


vive, fala e prenuncia foi várias vezes por nós provado... Paulo escreve
H[SUHVVDPHQWHD7LPyWHR0DVR(VStULWRFODUDPHQWHGL]TXHQRV~OWL-
PRVWHPSRVDOJXQVDSRVWDWDUmRGDIp´ 7P ´
Cirilo conclui as catequeses XV, XVI e XVII aos Iluminandos com
DVGR[RORJLDVUHVSHFWLYDPHQWH³3RU(OHHFRP(OH>&ULVWR@VHGrJOyULD
a Deus, com o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém”.16 O
Deus da paz, por nosso Senhor Jesus Cristo e pela caridade do Espírito,
vos torne dignos de todos os dons espirituais e celestes. A ele a glória
e o império pelos séculos dos séculos. Amém”.17³$HOH>'HXVH3DLGH
QRVVR6HQKRU-HVXV&ULVWR@DJOyULDDKRQUDHRSRGHUSRUQRVVR6HQKRU
Jesus Cristo, com o Espírito Santo, agora e sempre e por todos os sécu-
ORVGRVVpFXORVVHP¿P$PpP´18

4. A pneumatologia de S. Basílio Magno

6mR%DVtOLR0DJQR  ELVSRGH&HVDUpLDGD&DSDGyFLDD


SDUWLU GR DQR  H[HUFHX JUDQGH LQÀXrQFLD QD YLGD GD ,JUHMD WDQWR
nas atividades pastorais, como na teologia. Escreveu vários tratados e
FDUWDVWUDWDQGRGHTXHVW}HVDVFpWLFDVVRFLDLVPRUDLVOLW~UJLFDVH
dogmáticas.
(VFUHYHXRWUDWDGR&RQWUD(XQ{PLRHQWUHHFRPEDWHQGR
o arianismo radical deste líder, para o qual somente o Pai é Deus.
Basílio escreveu o Tratado sobre o Espírito Santo, endereçado a
$Q¿OyTXLRELVSRGH,F{QLRHP¿QVGRDQRGHDSHGLGRGHVWH

+i SRXFR HVWDYD UH]DQGR FRP R SRYR *ORUL¿FDYD D 'HXV


3DL FRP DPEDV DV IRUPDV GH GR[RORJLD RUD FRP R )LOKR FRP
o Espírito Santo; ora pelo Filho, no Espírito Santo. Alguns dos
presentes nos acusaram de empregar palavras estranhas e até con-


Cirilo de Jerusalém. Catequeses pré-batismaisSH
16
Cirilo de Jerusalém. Catequeses pré-batismais, p. 218
17
Cirilo de Jerusalém. Catequeses pré-batismaisS
18
Cirilo de Jerusalém. Catequeses pré-batismaisS
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traditórias entre si. Tu, porém, pensando antes no bem deles, ou ao


menos, se o mal for inteiramente irremediável, para premunir seus
companheiros, pediste um ensinamento bem claro sobre o alcance
destas sílabas.19

O emprego das partículas “de”, “com”, “por”, “em” e “no” era


considerado, por alguns, para demonstrar as diferenças entre o Pai, o Fi-
lho e o Espírito Santo. Basílio escreveu que Aécio, chefe de uma seita,
DSRLDYDVHQHVVHVR¿VPDSDUDD¿UPDUTXH³RVVHUHVGHVVHPHOKDQWHVSRU
natureza são denominados de maneira dessemelhante e, reciprocamen-
WHRVVHUHVGHQRPLQDGRVGHPRGRGLIHUHQWHGLIHUHPWDPEpPTXDQWRj
natureza”.20
$pFLRIXQGDPHQWDYDVXDD¿UPDomRHPDOJXQVWH[WRVEtEOLFRVHQ-
WUHHOHV,&RU³([LVWHXPVy'HXVR3DLGHTXHPWXGRSURFHGH
HXPVy6HQKRU-HVXV&ULVWRSRUTXHPWXGRH[LVWH´2UDDUJXPHQWD
Aécio, a locução de quem é diferente da locução por quem, logo o Filho
não é semelhante ao Pai. Ao Espírito Santo, os partidários da seita re-
VHUYDYDPDH[SUHVVmRem quem. Basílio contra-argumenta que também
DR3DLDH[SUHVVmRpor quem e ao Filho, de quem e as duas ao Espírito,
QDV(VFULWXUDVFLWDQGRHQWUHRXWUDVSDVVDJHQV&RU,V&RU
7P
Basílio fundamenta sua pneumatologia nas Escrituras e na Tradi-
omRRUDOGRV3DLVGD,JUHMD2(VStULWR6DQWRUHFHEHYiULRVQRPHV(VSt-
rito de Deus, Espírito da verdade, Espírito reto21 e Espírito de Cristo22 e
Paráclito.2(VStULWRpFRQVLGHUDGR³6HQKRUGDYLGD´H³YLYL¿FDGRU´
H[SUHVVmRTXHVHUiLQFRUSRUDGDQR6tPEROR1LFHQR&RQVWDQWLQRSROLWD-
QR%DVtOLRFRUULJHFHUWRVXERUGLQDFLRQLVPRGH2UtJHQHV³(OHFRQWX-

19
Basílio de Cesaréia. Tratado sobre o Espírito Santo6mR3DXOR3DXOXVSS
91-92.
20
Basílio de Cesaréia. Tratado sobre o Espírito Santo, p. 92.
21
Basílio de Cesaréia. Tratado sobre o Espírito SantoS
22
Basílio de Cesaréia. Tratado sobre o Espírito SantoS

Basílio de Cesaréia. Tratado sobre o Espírito Santo, p. 116.

Basílio de Cesaréia. Tratado sobre o Espírito Santo, p. 122 e 128.
REFLEXUS - Revista de Teologia e Ciências das Religiões | 93

do, não tinha sobre o Espírito um conceito inteiramente sadio”. Sobre


DDomRGR(VStULWRHVFUHYH%DVtOLR

O Paráclito, como um sol, haverá de penetrar nos teus olhos pu-


UL¿FDGRVHPRVWUDUWHHPVLD,PDJHPGRVHU,QYLVtYHO1DIHOL]FRQ-
templação da Imagem, verás a inefável beleza do modelo original.
Por meio dele, elevam-se os corações, os fracos são conduzidos pela
PmRRVTXHSURJULGHPFKHJDPjSHUIHLomR(OHpTXHLOXPLQDQGRRV
TXHVHSXUL¿FDUDPGHWRGDPiFXODWUDQVIRUPDRVHPHVSLULWXDLVDWUD-
vés da comunhão com ele... as almas portadoras do Espírito, ilumina-
das por ele, tornam-se elas também espirituais e propagam graça. Daí
DVFRQVHTXrQFLDVDSUHYLVmRGRIXWXURDLQWHOLJrQFLDGRVPLVWpULRVD
percepção das coisas ocultas, a distribuição dos carismas, a cidadania
celeste, o canto em coro com os anjos, a alegria interminável, a habi-
tação junto de Deus, a semelhança com Deus.26

(PUHVSRVWDjTXHOHVTXHD¿UPDYDPTXHR(VStULWRQmRpGDPHVPD
natureza que o Pai e o Filho, que é inferior em dignidade, Basílio cita a
IyUPXODEDWLVPDOGH0DWHXVHFRPHQWD³TXDQGRRVDGYHUViULRV
D¿UPDPTXHQmRVHGHYHFRORFiOR>R(VStULWR6DQWR@QDPHVPDRUGHP
que o Pai e o Filho, como não ver nisso uma aberta oposição ao man-
GDPHQWRGH'HXV"´272(VStULWR6DQWRp2QLSUHVHQWH 6E6O
$J 28 e está em união eterna com o Pai e o Filho.29
$OLWXUJLDpH[WHQVDPHQWHUHIHULGDSRU%DVtOLRHPVHX7UDWDGRVR-
EUHR(VStULWR6DQWR$OpPGDIyUPXODEDWLVPDOWULQLWiULDHGDSUR¿VVmR
de fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo, na tradição da Igreja, cita a
ErQomRDSRVWyOLFD &RU DVGR[RORJLDVHOHPEUDROXFHUQiULR


Basílio de Cesaréia. Tratado sobre o Espírito Santo, p. 178.
26
Basílio de Cesaréia. Tratado sobre o Espírito Santo, p. 178.
27
Basílio de Cesaréia. Tratado sobre o Espírito Santo, p. 117.
28
Basílio de Cesaréia. Tratado sobre o Espírito SantoS
29
Basílio de Cesaréia. Tratado sobre o Espírito Santo, p. 166.

Basílio de Cesaréia. Tratado sobre o Espírito Santo, p. 171.

Basílio de Cesaréia. Tratado sobre o Espírito SantoS³-iIRLDVVHJXUDGRVHU
LQGLIHUHQWHTXDQWRDRVHQWLGRGL]HU³*OyULDDR3DLHDR)LOKRHDR(VStULWR6DQWR´
e “Glória ao Pai e ao Filho, com o Espírito Santo”.
94 | REFLEXUS - Ano VI, n. 7, 2012/1

“Nossos Pais julgaram conveniente não acolher em silêncio a luz da


tarde, mas dar graças logo que ela aparece. Não podemos dizer quem
foi o autor destas palavras de ação de graças do lucernário. O povo, no
entanto, pronuncia a antiga fórmula... ‘Louvamos o Pai, e o Filho, e o
Espírito Santo de Deus’”.

5. A pneumatologia de S. Gregório de Nissa

Gregório de Nissa, irmão de Basílio Magno, nasceu cerca do ano


 H IDOHFHX HP  (P  WRUQRXVH ELVSR GH 1LVVD SRVWHULRU-
mente, metropolita de Sebaste e participou do Concílio Ecumênico de
Constantinopla I.
$ SURGXomR OLWHUiULD GH *UHJyULR GH 1LVVD IRL H[WHQVD 3DUD HVWH
trabalho, é interessante citar quatro obras Contra Eunômio, Contra os
pneumatômacos macedonianos e A Eustátio sobre a Trindade.
*UHJyULRGH1LVVDIRLJUDQGHPHQWHLQÀXHQFLDGRSHOD¿ORVR¿DGH
Platão das idéias. Com o objetivo de combater o triteísmo, “atribui rea-
lidade aos conceitos universais, dizendo que a palavra ‘homem’ designa
a natureza, não o indivíduo; deve-se, portanto, chamar a Pedro, Paulo e
Barnabé, tomados em conjunto, um só homem e não três homens” (MG
 
3DUD*UHJyULRDGLVWLQomRQD7ULQGDGHVHGiDWUDYpVGHUHODo}HV
“Um é princípio, outro procede do princípio; e naquele que procede do
princípio admitimos novamente uma distinção; pois um procede ime-
diatamente do princípio; o outro, no entanto, por intermédio do que
procede imediatamente do princípio”.
Em A Estátio sobre a Trindade, Gregório descreve o ponto de vis-
WDGRVSQHXPDW{PDFRVPRGHUDGRVRXVHMDPDFHGRQLDQRV³$GPLWHP
TXHRSRGHUGD'LYLQGDGHVHHVWHQGHGR3DLDR)LOKRPDVH[FOXHPD
QDWXUH]DGR(VStULWRGDJOyULDGLYLQD´FRQWUDDUJXPHQWDQGR³$FXVDP-


Basílio de Cesaréia. Tratado sobre o Espírito Santo, p. 179.

Altaner, B. e Stuiber, A. PatrologiaS

Altaner, B. e Stuiber, A. PatrologiaS
REFLEXUS - Revista de Teologia e Ciências das Religiões | 95

-me de inovações e apóiam sua acusação em que eu confesso três hy-


SRVWDVHVHPHFHQVXUDPSRUD¿UPDUXPDVy%RQGDGHXP~QLFR3RGHU
uma só Divindade. Nisto não andam longe da verdade, por é certo que
D¿UPRLVWR  ´

6. A pneumatologia de S. Gregório Nazianzeno

*UHJyULR1D]LDQ]HQR DSU HUD¿OKRGH*UHJyULRELVSR


GH1D]LDQ]RDSDUWLUGHHGH1RQDFULVWmSLHGRVD)H]HVWXGRVHP
&HVDUpLDGD&DSDGyFLD&HVDUpLDGD3DOHVWLQD$OH[DQGULDH$WHQDVWHQ-
do, nesta última, conhecido Basílio Magno, que se tornou seu amigo.
)RLEDWL]DGRFHUFDGRDQRRUGHQDGRVDFHUGRWHSRUVHXSDLHP
RX1DWDOGH HELVSRHPSRU%DVtOLR&RQYLGDGRDSUHVLGLU
DFRPXQLGDGHQLFHQDHP&RQVWDQWLQRSODHPIRLLQWURGX]LGRSRU
7HRGyVLR QD ,JUHMD GRV$SyVWRORV H FRQ¿UPDGR QD VHGH QR &RQFtOLR
(FXPrQLFRGH
*UHJyULRHVFUHYHXRXGLVFXUVRV&DUWDVH3RHVLDVeXPGRV
TXDWURGRXWRUHVGD,JUHMD2UWRGR[DVHQGRRVRXWURV%DVtOLR*UHJyULR
de Nissa e João Crisóstomo.
3DVVDPRVDFRPHQWDUR'LVFXUVRQ~PHURGH*UHJyULRVREUHR
(VStULWR6DQWR1RLWHP*UHJyULRSHUJXQWDVHR(VStULWRGHYHVHU
colocado entre os seres que subsistem por si mesmos ou entre aqueles
que subsistem em outro, ou seja, se é substância ou acidente e conclui
pela primeira, pois, caso contrário, “como então Ele atua, diz isto e
aquilo, separa e se entristece, encoleriza-se e tem manifestamente todos
RVRXWURVPRYLPHQWRVVHPTXHVHYHMDTXHPRVPRYH"´ Bem, mas
VHR(VStULWRpVXEVWkQFLDGHYHVHURXFULDWXUDRX'HXV³7RGDYLDVHp
FULDWXUDFRPRFUHUQHOHRXQHOHDWLQJLUDSHUIHLomR"3RUTXHpGLIHUHQWH
crer em algo e crer qualquer coisa... Se, porém, é Deus, não é criatura


Quasten, Johannes, Patrologia II,*UHJRULRGH1LVD0DGULG%$&S

Altaner, B.; Stuiber, A. Patrologia, S

Gregório Nazianzeno, São. Discursos teológicos. 3HWUySROLV9R]HVS
96 | REFLEXUS - Ano VI, n. 7, 2012/1

QHPREUDIHLWDQHPFRVHUYRHQ¿PQDGDGHXPDQDWXUH]DLQIHULRU´
(P*UHJyULRVHUHIHUHjREMHomRGRVTXHD¿UPDPTXHVHR
Espírito ou é não-gerado, ou é gerado, no primeiro caso seriam dois os
sem princípio e no segundo caso seria gêmeo do Filho, ou, se gerado
SRU HVWH 'HXV QHWR *UHJyULR QmR DFHLWD HVWDV FRORFDo}HV H HP 
D¿UPDTXHR(VStULWR6DQWRSURFHGHGR3DL FLWDQGR-RmR FRQ-
FOXLQGR³9LVWRG¶(OHSURFHGHUQmRpFULDWXUDSRUQmRVHUJHUDGRQmRp
Filho; por estar entre o não-gerado e o gerado, é Deus”.
Notemos que Gregório avança no terreno da pneumatologia, em
UHODomR D %DVtOLR ³%DVtOLR FRQIHVVDYD QmR VHU FDSD] GH GH¿QLU j GL-
IHUHQoDGDJHUDomRGR)LOKRRPRGRGHH[LVWrQFLDGR(VStULWR6DQWR
*UHJyULRSURS}HRWHUPRSURFHVVmR HNSRUHXVLV  'LVF ´
(P*UHJyULRUHVSRQGHDRVPDFHGRQLDQRVTXHDGPLWLDPD
GLYLQGDGHGH&ULVWRPDVQmRDGR(VStULWR³3RUTXHQRVGDLVRQRPH
de ‘triteístas’, vós que adorais o Filho, embora sem aceitar o Espíri-
WR"1mRVHULHLVHQWmRµGLWHtVWDV¶"$VUD]}HVTXHWHUHLVSDUDUHMHLWDU
o diteísmo, bastarão a nós para repelir o triteísmo. No item seguinte,
FRQIHVVD

Para nós Deus é um porque uma é a Divindade; para a Unida-


de volta tudo o que vem dela, mesmo crendo que são Três. Porque
um não é Deus superior; outro inferior. Não um primeiro; o outro
segundo... À semelhança de três sóis unidos entre si, uma é a jun-
ção da luz. Quando, pois, olhamos para a Divindade e Causa pri-
mordial e seu único poder, imaginamos a Unidade. Quando, porém,
nos voltamos para aqueles nos quais é a Divindade, e que daquela
primeira Causa vêm, fora do tempo e com a mesma glória, são Três
os adorados”.

(P  *UHJyULR VH HPRFLRQD DR FRQWHPSODU D ULTXH]D GDV GH-
QRPLQDo}HV H TXDQWLGDGH GH QRPHV GR (VStULWR ³(VStULWR GH 'HXV


Gregório Nazianzeno, São. Discursos teológicos, p. 96.

Gregório Nazianzeno, São. Discursos teológicos, p. 97.

*ULERPRQW-,QDicionário Patrístico e de Antiguidades CristãsS

Gregório Nazianzeno, São. Discursos teológicos, pp. 101-102.
REFLEXUS - Revista de Teologia e Ciências das Religiões | 97

Espírito de Cristo, pensamento de Cristo, Espírito do Senhor, Senhor


HOHSUySULR(VStULWRGH¿OLDomRGHYHUGDGHGHOLEHUGDGH(VStULWRGH
sabedoria, de inteligência, de conselho, de fortaleza, de ciência, de
SLHGDGH GH WHPRV GH 'HXV´ UHIHULQGRVH DRV WH[WRV EtEOLFRV /F 
  /F  0W  $W   5P  &RU
 6E  &RU  5P  -RmR  &RU  H ,V V
&RQFOXLR'LVFXUVRH[SULPLQGRTXHGHVHMD³DWUDYHVVDUDVVLPHVWD
vida, persuadindo os outros, com todo o empenho, a adorarem o Pai e o
Filho e o Espírito Santo, a única Divindade e Força, a quem toda a gló-
ria, honra, poder, pelos séculos dos séculos. Amém”.

Considerações Finais

6DQWR $PEUyVLR GH 0LOmR   WDPEpP GHIHQGHX D Ip QLFHQD


contra os arianos e, além disso, escreveu De Spiritu Santo, dedicado ao
imperador Graciano.
Santo Hilário de Poitiers e Santo Ambrósio foram os pais latinos
que contribuíram para as questões trinitárias no século IV. Todavia, nas
TXHVW}HVGRJPiWLFDVSRQWL¿FDUDPQRTXDUWRVpFXORRVSDLVJUHJRV
Não obstante algumas suspeitas sobre a teologia de Cirilo de
-HUXVDOpP ³WDPEpP VREUH R (VStULWR 6DQWR &LULOR D¿UPD D GLVWLQ-
ção pessoal em relação ao Pai e ao Filho, e a plena divindade. Por
isso são só escassos os vestígios do tradicional subordinacionismo
anteniceno”.
%DVtOLR0DJQRHQULTXHFHVXDFRQWULEXLomRjSQHXPDWRORJLDFRPD
YDORUL]DomRGDWUDGLomROLW~UJLFD³0HWDFRPXPGHWRGRVRVDGYHUViULRV
inimigos da sã doutrina, é abalar os fundamentos da fé em Cristo, ar-
rasando, fazendo desaparecer a Tradição apostólica”.(DGX]³&RPR
acreditamos no Pai e no Filho e no Espírito Santo, assim também somos
batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.$VH[SUHV-


Sauget, J. M., op. cit., p. 298.

Basílio de Cesaréia, 1998, p. 118.

Ibidem, p. 121.
98 | REFLEXUS - Ano VI, n. 7, 2012/1

V}HVGH%DVtOLRSDUDR(VStULWR6DQWR6HQKRUGDYLGDHYLYL¿FDQWHIR-
ram incorporadas no Credo, no Concílio de Constantinopla I.
Gregório de Nissa serve-se de conceitos do platonismo em sua
WHRORJLD WULQLWiULD *UHJyULR GH 1D]LDQ]R D¿UPD TXH D GRXWULQD GD
Trindade desenvolveu-se paulatinamente, por ascensões, para não
suceder que pessoas com “olhos enfermos diante dos raios do sol
IRVVHPSRVWRVHPSHULJRDFLPDGHVXDVIRUoDV´&RPHIHLWR³$DQ-
tiga Aliança pregou abertamente o Pai, mas obscuramente o Filho.
$1RYDPDQLIHVWRXR)LOKRGHL[RXHQWUHYHUDGLYLQGDGHGR(VStULWR
Agora o Espírito mora conosco, e de modo mais evidente se mani-
festa a nós”.
As contribuições dos Pais do século IV para a pneumatologia fo-
ram decisivas no Concílio Ecumênico de Constantinopla I. Como resul-
tado, a Igreja recebeu o chamado Credo Niceno-Constantinopolitano,
FXMRWHUFHLURDUWLJRVHVHJXH

(>FUHPRV@QR(VStULWR6DQWR6HQKRUHYLYL¿FDQWHTXHSUR-
cede do Pai, que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glori-
¿FDGRTXHIDORXSHORVSURIHWDV(HPXPDVy6DQWD,JUHMD&DWyOL-
ca e Apostólica. Confessamos um só batismo para a remissão dos
pecados. Esperamos a ressurreição da carne e a vida do século
vindouro. Amém.

5HIHUrQFLDVELEOLRJUi¿FDV

ALTANER, Berthold; STUIBER, Alfred. Patrologia. São Paulo, Pau-


linas, 1988.
$7$1È6,26DQWR6mR3DXOR3DXOXV
%$6Ë/,2'(&(6$5e,$6mR3DXOR3DXOXV
&,5,/2'(-(586$/e06mR3HWUySROLD9R]HV


Gregório Nazianzeno, São. Discursos teológicos, p. 109.

1DYHUVmRVREUHRWH[WRJUHJR³GDFDUQH´1DYHUVmRGH'LRQtVLRR([tJXR³GRV
mortos”.

Denzinger, E. El magistério de la IglesiaS
REFLEXUS - Revista de Teologia e Ciências das Religiões | 99

DENZINGER, Enrique. El Magistério de la Iglesia%DUFHORQD+HU-


GHU
',&,21È5,23$75Ë67,&2('($17,*8,'$'(6&5,67­63H-
WUySROLV9R]HV6mR3DXOR3DXOXV
GREGÓRIO DE NAZIANZO, São. Discursos teológicos. Tradução do
grego por monja da Abadia de Nossa Senhora das Graças. Petrópo-
OLV9R]HV
+,/È5,2'(32,7,(566DQWRTratado sobre a Santíssima Trinda-
de6mR3DXOR3DXOXV
0$/$7<)U7DGURV<The Coptic Orthodox Church as a church of
erudition & theology.2WWDZD2QWiULR&DQDGi&RSWLF2UWKRGR[
3DWULDUFKDWHRI$OH[DQGULD6W0DU\&RSWLF2UWKRGR[&KXUFK
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3DXOR3DXOXV
QUASTEN, Johannes. Patrologia II 0DGULG %LEOLRWHFD GH$XWRUHV
&ULVWLDQRV %$& 

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