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13 de abril de 2017
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Tiranos de nós mesmos: a servidão voluntária na era da sociedade do desempenho 16/04/17 17:44
homem deve obediência a outro, em uma teia cuja ponta leva, em última
instância, ao tirano. Ao cabo, os súditos são subjugados uns por meio dos
outros. O tirano se mantém tirano porque os próprios súditos se mantêm
servis. A servidão, paradoxalmente, é voluntária.
”
continuar exaustos-e-correndo.
Tchau, Querida Democracia
R$ 42,00
Mas por que insistimos em continuar correndo, mesmo exaustos? Por que
nos submetemos a tamanha violência psíquica? Onde está o tirano que nos
obriga a continuar correndo quando nossos corpos estão gritando por um
momento de pausa?
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Contra essa hiperatividade passiva, propõe o autor que criemos espaço para o
repouso, o tédio e a contemplação. O repouso nos dá tempo — tempo para
pensar e para criar. É assim que nos apercebemos de novos movimentos que,
ao invés de reproduzirem o andar linear, adotam a dinâmica fresca da dança.
“Comparada com o andar linear, reto, a dança, com seus movimentos revoluteantes,
é um luxo que foge totalmente do princípio do desempenho”.[10] Nesses novos
movimentos, conseguimos fugir da lógica de reprodução hiperativa e
resgatamos a criatividade. Para tanto, precisamos apenas aprendermos a
parar de correr.
Bibliografia
fev. 2017.
HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Tradução de Enio Paulo Giachini. Petrópolis: Vozes,
LA BOÉTIE, Étienne de. Discurso da servidão voluntária. Tradução de Casemiro Linarth. São
SIEYÈS, Emmanuel Joseph. Qu’est-ce que le tiers état? 3. ed. Paris: Ed. du Boucher, 2002.
Referências
[1] LA BOÉTIE, Étienne de. Discurso da servidão voluntária. São Paulo: Martin Claret, 2009. p.
36.
[2] Ibid.
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fev. 2017.
[7] SIEYÈS, Emmanuel Joseph. Qu’est-ce que le tiers état? 3. ed. Paris: Ed. du Boucher, 2002.
Tradução nossa. Texto original: Nous avons trois questions à nous faire. 1º Qu’est-ce que le
Tiers état ? — TOUT. 2º Qu’a-t-il été jusqu’à présent dans l’ordre politique ? — RIEN. 3º Que
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